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SANTARÉM
2019
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SANTARÉM
2019
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
2. ENSAIOS LABORATORIAIS REALIZADOS EXCLUSIVAMENTE NO
REVESTIMENTO ASFÁLTICO ........................................................................................... 6
2.1 Ensaios convencionais: estabilidade marshall ............................................................ 6
2.2 Ensaios de ruptura ...................................................................................................... 10
2.2.1 Resistência à tração estática ....................................................................................... 10
2.2.2 Vida de fadiga ............................................................................................................ 12
2.3 Deformação permanente ............................................................................................. 14
2.3.1 Avaliação da deformação permanente em laboratório............................................... 15
2.4 Ensaios complementares ............................................................................................. 16
2.4.1 Desgaste cântabro ...................................................................................................... 16
2.4.2 Dano por umidade induzida ....................................................................................... 18
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 22
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23
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1. INTRODUÇÃO
carregamento e a Figura 2 mostra uma condição oposta em que se tem baixa temperatura e
alta frequência de aplicação de cargas.
Do mesmo modo que ocorre num solo em função da quantidade de água, o volume de
ligante asfáltico em um concreto asfáltico exerce influência no seu comportamento quanto à
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O método que foi difundido pelo mundo é resultante dos estudos em pistas
experimentais de aeroportos no Estado do Mississipi realizado pelo WES (Waterways
Experiment Station) em 1948 a pedido do U. S. Army Corps of Engineers. O resultado da
pesquisa foi a modificação do procedimento e do critério de escolha do teor ótimo de ligante
de modo a utilizá-lo no projeto de pavimento de aeroportos. O esforço de compactação foi
aumentado e incluiu-se a medida do deslocamento no momento da ruptura da amostra no
ensaio de Estabilidade que foi denominada de fluência.
Essas modificações foram baseadas em estudos de campo com tráfego de aeronaves
com diferentes configurações de eixos sobre concretos asfálticos densos com teores de
ligantes diferentes Para as análises tomou-se como referência 500, 1 500 e 3.500 coberturas
Em campo, percebeu-se que o teor de asfalto associado ao máximo valor de estabilidade
Marshall era muito rico para o tráfego de aeronaves e, assim, foram feitas reduções de 10 a
20% em relação ao teor ótimo (FOSTER 1982).
Os testes em campo indicaram ainda, que a densidade aumenta rapidamente para as
primeiras 100 coberturas e estabilizando para um número de coberturas maior que 500. A
densidade em qualquer nível de cobertura foi essencialmente a mesma independente da carga
de roda aplicada A justificativa apresentada foi de que o projeto das misturas asfálticas para
revestimentos de pavimentos estava mais relacionado à pressão de contato pneu-pavimento do
que a carga por eixo.
O número de 1.500 coberturas foi utilizado para estabelecer o critério de dosagem
considerando que esse seria o tráfego atingido em 3 verões. O volume de vazios de ar (Va), o
volume de vazios no agregado mineral (VMA) e o volume de vazios preenchidos com asfalto
(VFA) foram calculados e relacionados com o desempenho em campo. Foster (1982) alerta
para o fato de que utilizou-se a Apparent Relative Density (densidade real) dos agregados
para o cálculo do volume de vazios.
Notou-se que o VMA não apresenta relação com o desempenho de pista, mesmo assim
o Asphalt Institute adotou um nível mínimo de VMA em função do tamanho máximo nominal
do agregado, Por outro lado, o Va, o VFA e a fluência apresentaram relação com o
desempenho verificado em campo Aqui destaca-se que a relação entre o volume de vazios e o
desempenho de pista foi baseado no Apparent Relative Density (densidade real) dos
agregados. Então, Foster (1982) sugere que o uso do método RICE para determinar a Gmm
das misturas asfáltica demanda o ajuste do critério de avaliação do volume de vazios para
fornecer o adequado teor de ligante ótimo do Método Marshall. Os resultados mostraram
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também que a estabilidade Marshall não é eficiente para indicar se uma determinada mistura é
propensa a apresentar comportamento plástico em pista.
A energia de compactação produzida no método original de Bruce Marshall não era
suficiente para se equivaler à densidade proporcionada para 1,500 coberturas Através de
tentativas, adotou-se o diâmetro do soquete de compactação pouco menor que do molde e
alterou-se o número de golpes para 50.
Ainda hoje o método Marshall é caracterizado pela seleção do ligante asfáltico e do
agregado de modo a atender determinadas especificações de projeto. A compactação ainda é
realizada por impacto de um soquete padrão (com diâmetro pouco menor do que do molde)
para obtenção de corpos de prova cilíndricos e que devem atender a certos limites quanto ao
Va e ao VMA. Em alguns casos, também são especificados limites para o VFA. Além disso,
algumas agências estabelecem limites também quanto aos valores de estabilidade e de
fluência (ADVANCED ASPHALT TECHNOLOGIES, 2011).
contribuição das subcamadas na absorção das tensões solicitantes. Segundo Huang (1993), em
revestimentos com espessuras inferiores a 50mm, não acontece um decréscimo suficiente na
rigidez, quantificada pelo módulo de rigidez por flexão (So) (SHRP, 1994a), de modo a
causar uma variação no nível de deformação ao longo dos diversos carregamentos. Nesse
ensaio, a deformação é mantida constante enquanto a tensão inicial no corpo-de-prova
diminui até o fim do ensaio. Alguns autores admitem que o limite de ruptura corresponde à
redução em 50% do S0 inicial da mistura (Epps e Monismith, 1969; Pronk e Hopman, 1990;
Tayebali et al., 1993). Para a determinação da vida de fadiga pode ser utilizado o mesmo
equipamento de determinação do módulo de resiliência – Figura 4, ou ainda corpos-de-prova
trapezoidais como é comum na França (Rowe, 1993) – Figura 5 ou barras prismáticas –
Figura 6.
Embora ainda não normatizado, o ensaio de fadiga tem sido largamente realizado no
país, geralmente à compressão diametral sob tensão e temperatura controladas. Utilizase uma
freqüência de 60 aplicações por minuto com 0,10 segundo de duração do carregamento
repetido. Para manter a temperatura controlada utiliza-se uma câmara com sistemas de
aquecimento e refrigeração ligados a um termostato.
383/99, baseada na norma espanhola (NTL, 1986), consiste na análise das massas de corpos-
de-prova Marshall de misturas asfálticas drenantes ou porosas, submetidos ao aparelho de
abrasão Los Angeles.
Apesar de sua concepção estar relacionada aos pavimentos drenantes, o ensaio de
desgaste Cântabro pode ser estendido para outros tipos de misturas asfálticas. Os principais
passos do ensaio são os seguintes: (i) pesar inicialmente o corpo-de-prova Marshall (M1); (ii)
colocar no aparelho de abrasão Los Angeles sem as esferas de aço; (iii) condicionado a 25°C,
efetuar 300 revoluções na velocidade angular de 30rpm; (iv) pesar novamente o corpo-de-
prova (M2). O desgaste Cântabro é determinado por meio da expressão:
Onde:
D = valor do desgaste em %;
M1 = massa do corpo-de-prova antes do ensaio;
M2 = massa do corpo-de-prova após o ensaio.
O desgaste máximo admitido é de 25% para misturas asfálticas porosas (DNER, 1999),
e o desgaste para cada teor de ligante deve ser realizado a partir da média aritmética de três
corpos-de-prova, com o valor individual não diferindo 20% do valor médio. Como citado, o
ensaio Cântabro é comumente realizado em misturas drenantes como camada porosa de atrito
– CPA, podendo ser empregado para misturas areia-asfalto e para concretos asfálticos. O
ensaio pode ainda ser realizado com corpos-de-prova submetidos à submersão, visando
principalmente misturas drenantes em sua suscetibilidade à ação da água, evidenciando perda
por problemas de adesividade.
Tabela 2- Resultados de RT, RTu e RRT para duas misturas asfálticas analisadas.
3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BERNUCCI, Liedi Bariani; MOTTA, Laura Maria Goretti da; CERATTI, Jorge Augusto
Pereira; SOARES, Jorge Barbosa. Pavimentação asfáltica: Formação Básica para
Engenheiros. Rio de Janeiro: PETROBRAS: ABEDA, 2006.