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CP Iuris - PROCESSO PENAL IV - Questoes Comentadas
CP Iuris - PROCESSO PENAL IV - Questoes Comentadas
Gabarito: B
a) Art. 66, CPP - Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser
proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
b), c) e d) Art. 67, CPP - Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
e) Art. 68, CPP - Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a
execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu
requerimento, pelo Ministério Público.
Gabarito: A
a) Art. 72, CPP Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio
ou residência do réu.
b) art. 69, CPP. Determinará a competência jurisdicional:
I - o lugar da infração:
II - o domicílio ou residência do réu;
III - a natureza da infração;
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função.
c) art. 70, §1º, CPP. Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele,
a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de
execução.
d) art. 70, CPP. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
e) art. 71, CPP. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de
duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Gabarito: D
a) Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes de violação de direito autoral e contra a
lei de software decorrentes do compartilhamento ilícito de sinal de TV por assinatura, via satélite
ou cabo, por meio de serviços de cardsharing. STJ. 3ª Seção.CC 150629-SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro,
julgado em 22/02/2018 (Info 620).
b) Compete à Justiça Estadual a execução de medida de segurança imposta a militar licenciado.
STJ. 3ª Seção. CC 149.442-RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 09/05/2018 (Info 626).
c) A doação eleitoral por meio de “caixa 2” é uma conduta que configura crime eleitoral de
falsidade ideológica (art. 350 do Código Eleitoral). A competência para processar e julgar este
delito é da Justiça Eleitoral. A existência de crimes conexos de competência da Justiça Comum,
como corrupção passiva e lavagem de capitais, não afasta a competência da Justiça Eleitoral, por
força do art. 35, II, do CE e do art. 78, IV, do CPP. STF. 2ª Turma.PET 7319/DF, Rel. Min. Edson
Fachin, julgado em 27/3/2018 (Info 895).
d) STJ. 3ª Seção. CC 154656-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/04/2018 (Info 625).
e) Compete à Justiça estadual o julgamento de crime ambiental decorrente de construção de
moradias de programa habitacional popular, nas hipóteses em que a Caixa Econômica Federal
atue, tão somente, na qualidade de agente financiador da obra. O fato de a CEF atuar como
financiadora da obra não tem o condão de atrair, por si só, a competência da Justiça Federal. Isto
porque para sua responsabilização não basta que a entidade figure como financeira. É necessário
que ela tenha atuado na elaboração do projeto ou na fiscalização da segurança e da higidez da
obra. STJ. 3ª Seção.CC 139197-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 25/10/2017 (Info 615).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>
Gabarito: A
I – CORRETA - O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas
hipóteses em que, não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da CF/88), o desembargador
acusado houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo
tribunal. Assim, mesmo que o crime cometido pelo Desembargador não esteja relacionado com as
suas funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa para a 1ª instância significar que o réu seria
julgado por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal que o Desembargador. A
manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a isenção (imparcialidade e
independência) do órgão julgador. STJ. Corte Especial. QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 21/11/2018 (Info 639).
II – CORRETA - Com a decisão proferida pelo STF, em 03/05/2018, na AP 937 QO/RJ, todos os
inquéritos e processos criminais que estavam tramitando no Supremo envolvendo crimes não
relacionados com o cargo ou com a função desempenhada pela autoridade, foram remetidos para
serem julgados em 1ª instância. Isso porque o STF definiu, como 1ª tese, que “o foro por
prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e
relacionados às funções desempenhadas”. O entendimento acima não se aplica caso a instrução já
tenha se encerrado. Em outras palavras, se a instrução processual já havia terminado, mantém-se
a competência do STF para o julgamento de detentores de foro por prerrogativa de função, ainda
que o processo apure um crime que não está relacionado com o cargo ou com a função
desempenhada. Isso porque o STF definiu, como 2ª tese, que “após o final da instrução processual,
com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência
para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.” STF. 1ª Turma.
AP 962/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 16/10/2018
(Info 920).
III – CORRETA – vide assertiva II
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Gabarito: D
I – INCORRETA - Compete ao foro do local onde efetivamente ocorrer o desvio de verba pública
— e não ao do lugar para o qual os valores foram destinados — o processamento e julgamento da
ação penal referente ao crime de peculato-desvio (art. 312, caput, segunda parte, do CP). STJ. 3ª
Seção. CC 119819-DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 14/8/2013 (Info 526).
II - CORRETA - No caso de crimes contra a vida, se os atos de execução ocorreram em um lugar e a
consumação se deu em outro, a competência para julgar o fato será do local onde foi praticada a
conduta (local da execução). STF. 1ª Turma. RHC 116200/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
13/8/2013 (Info 715).
III - CORRETA - Compete à Justiça Federal apreciar o pedido de medida protetiva de urgência
decorrente de crime de ameaça contra a mulher cometido por meio de rede social de grande
alcance, quando iniciado no estrangeiro e o seu resultado ocorrer no Brasil. STJ. 3ª Seção.CC
150712-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 10/10/2018 (Info 636).
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Gabarito: A
I – CORRETA - Súmula 528-STJ.
II – CORRETA - STJ. 3ª Seção. CC 130134-TO, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora
convocada do TJ-SE), julgado em 9/10/2013 (Info 532).
III – CORRETA - STJ. 3ª Seção. CC 116926-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 4/2/2013
(Info 515).
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Gabarito: C
a) Art. 83, CPP. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou
mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos
outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao
oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c).
b) Art. 84, CPP. Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal,
do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados
e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes
comuns e de responsabilidade.
c) Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo
da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.
d) art. 80, CPP. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número
de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz
reputar conveniente a separação.
e) art. 82, CPP. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos
diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante
os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos
processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas.
Gabarito: C
I – CORRETA - Cabe apenas ao STF decidir sobre a necessidade de desmembramento de
investigações que envolvam autoridades com prerrogativa de foro. De igual forma, se surgem
diálogos envolvendo autoridade com foro no STF, o juiz que havia autorizado a interceptação
não poderá levantar o sigilo do processo e permitir o acesso às conversas porque a decisão
quanto a isso é também do STF.
II – INCORRETA – vide assertiva I
III – CORRETA - A simples menção ao nome de autoridades detentoras de prerrogativa de foro,
seja em depoimentos prestados por testemunhas ou investigados, seja em diálogos telefônicos
interceptados, assim como a existência de informações, até então, fluidas e dispersas a seu
respeito, são insuficientes para o deslocamento da competência para o Tribunal hierarquicamente
superior. STF. 2ª Turma. Rcl 25497 AgR/RN, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/2/2017 (Info 854).
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Gabarito: A
I – CORRETA - O prefeito detém prerrogativa de foro, constitucionalmente estabelecida. Desse
modo, os procedimentos de natureza criminal contra ele instaurados devem tramitar perante o
Tribunal de Justiça (art. 29, X, da CF/88). Isso significa dizer que as investigações criminais contra o
Prefeito devem ser feitas com o controle (supervisão) jurisdicional da autoridade competente (no
caso, o TJ). STF. 1ª Turma. AP 912/PB, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 7/3/2017 (Info 856).
II – CORRETA - Se o STF entende que não há indícios contra a autoridade com foro privativo e se
ainda existem outros investigados, a Corte deverá remeter os autos ao juízo de 1ª instância para
que continue a apuração da eventual responsabilidade penal dos terceiros no suposto fato
criminoso.STF. 1ª Turma. Inq 3158 AgR/RO, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Rosa
Weber, julgado em 7/2/2017 (Info 853).
III – CORRETA - Se uma pessoa sem foro por prerrogativa está sendo interceptada por decisão do
juiz de 1ª instância e ela liga para uma autoridade com foro (ex: Promotor de Justiça), a gravação
desta conversa não é ilícita. Isso porque se trata de encontro fortuito de provas (encontro fortuito
de crimes), também chamado de serendipidade ou crime achado. Se após essa ligação, o Delegado
ainda demora três dias para comunicar o fato às autoridades competentes para apurara a conduta
do Promotor, este tempo não é considerado excessivo, tendo em vista a dinâmica que envolve as
interceptações telefônicas. Assim, o STF decidiu que a prerrogativa de foro de membro do
Ministério Público é preservada quando a possível participação deste em conduta criminosa é
comunicada com celeridade ao Procurador-Geral de Justiça. Tais gravações, por serem lícitas,
podem servir como fundamento para que o CNMP aplique sanção de aposentadoria compulsória a
este Promotor. STF. 1ª Turma. MS 34751/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2018 (Info
911).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
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