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EIV Estudo de Impacto de Vizinhança

Junho | 2013

Implantação de Condomínio Residencial Plurifamiliar

Porto Marabella e Porto Trinidad


Empreendedor

MRV Engenharia e Participações S/A

Empreendimento

Porto Marabella e Porto Trinidad

Local

Rua Avaí, n˚ 119 | Vila Rosa | Novo Hamburgo – RS

Objetivo do EIV

Implantação de Condomínio Residencial Plurifamiliar

Data

Junho | 2013

Estudo de Impacto de Vizinhança Aprovado em 17/06/2013 às 10:28:01 Folha 2

LZ Ambiental Consultoria e Serviços Ltda


Rua Bento Gonçalves, 3150 – Sala 208 – Guarani – Novo Hamburgo | RS – CEP: 93.520-000 – Fone (51) 30970880
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Sumário

1. Introdução ............................................................................................................................. 8
2. Objetivo ................................................................................................................................. 9
3. Dados do Projeto – EIV ........................................................................................................ 10
3.1. Identificação do Empreendedor.................................................................................. 10
3.2. Identificação do Empreendimento.............................................................................. 10
3.3. Identificação da Empresa Responsável pela Elaboração deste EIV ............................ 10
3.4. Equipe Responsável pela Confecção do Documento .................................................. 11
3.4.1. Coordenação Técnica .............................................................................................. 11
3.4.2. Responsabilidade Técnica ....................................................................................... 11
4. Diagnóstico Urbano Ambiental ........................................................................................... 12
4.1. Aspectos Gerais de Localização ................................................................................... 12
4.1.1. Aspecto Histórico .................................................................................................... 12
4.1.2. Meio Físico .............................................................................................................. 14
4.1.2.1. Bioma e Ecossistema do Município de Novo Hamburgo .................................. 14
4.1.2.2. Clima .................................................................................................................. 15
4.1.2.3. Geomorfologia ................................................................................................... 19
4.1.2.4. Geologia ............................................................................................................. 19
4.1.2.5. Hidrogeologia .................................................................................................... 21
4.1.2.6. Patrimônio Histórico e Cultural ......................................................................... 23
5. Caracterização do Empreendimento ................................................................................... 24
5.1. Localização do Empreendimento ................................................................................ 24
5.2. Edificações Residenciais .............................................................................................. 26
5.2.1. Detalhes do Projeto................................................................................................. 28
5.2.1.1. Estacionamento ................................................................................................. 29
5.2.1.2. Condicionantes Municipais................................................................................ 29
5.2.1.3. Serviços de Apoio .............................................................................................. 29
5.3. Público Alvo do Empreendimento .............................................................................. 29
5.3.1. Justificativa da Localização ...................................................................................... 30

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5.3.2. Situação da Gleba .................................................................................................... 32
5.3.2.1. Aspectos Gerais ................................................................................................. 32
5.3.2.2. Paisagem Natural da Gleba ............................................................................... 34
5.3.3. Aspectos Biológicos da Gleba .................................................................................. 36
5.3.3.1. Levantamento da Cobertura Vegetal ................................................................ 36
5.3.3.2. Espécies Imunes ao Corte .................................................................................. 44
5.3.3.3. Espécies Ameaçadas de Extinção ...................................................................... 44
5.3.3.4. Recursos Hídricos e APP .................................................................................... 44
6. Estudo de Tráfego................................................................................................................ 46
6.1. Polos Geradores de Tráfego ........................................................................................ 46
6.1.1. Demanda por Comércios ......................................................................................... 46
6.1.2. Demanda por Sistemas de Educação ...................................................................... 46
6.1.3. Demanda por Sistemas de Saúde ............................................................................ 46
6.2. Delimitação da Área de Influência .............................................................................. 48
6.2.1. Sistema Viário.......................................................................................................... 48
6.2.1.1. Rodovias ............................................................................................................ 49
6.2.1.2. Vias Arteriais ...................................................................................................... 50
6.2.1.3. Vias Coletoras .................................................................................................... 50
6.2.1.4. Vias de Acesso Local .......................................................................................... 51
6.2.1.4.1. Interseções ................................................................................................... 51
6.2.1.4.1.1. Interseção Rua 24 de Maio e Rua Visconde de São Leopoldo ..................... 51
6.2.1.4.1.2. Interseção Rua 24 de Maio e Rua Avaí ......................................................... 53
6.2.1.4.1.3. Interseção Rua Avaí e Pedro Álvares Cabral................................................. 54
6.2.1.4.1.4. Interseção Pedro Álvares Cabral e Rua Visconde de São Leopoldo ............. 56
6.2.1.4.2. Situação Atual............................................................................................... 59
6.2.1.4.2.1. Caracterização das Condições de Tráfego .................................................... 59
6.2.1.4.2.2. Metodologia de Contagem Volumétrica de Tráfego.................................... 60
6.2.1.4.2.3. Resultados .................................................................................................... 60
6.3. Estimativa do Tráfego gerado pelo Empreendimento ................................................ 62
6.3.1. Projeção do crescimento do tráfego de passagem ................................................. 63
6.3.1.1. Estimativa de Viagens Geradas ......................................................................... 63
6.3.1.2. Situação Futura.................................................................................................. 65

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6.4. Avaliação da Infraestrutura para Pedestres ................................................................ 67
6.5. Sistema de Transporte Público Coletivo ..................................................................... 68
Além do transporte público municipal, há três empresas que realizam o transporte
público intermunicipal no modal rodoviário, são elas: Viação Central, Viação Citral e
Wendling. .................................................................................................................... 77
6.5.1. Pontos de Ônibus .................................................................................................... 78
7. Estudo de Impacto de Vizinhança ....................................................................................... 80
7.1. Caracterização do Uso e Ocupação do Solo ................................................................ 80
7.1.1. Parâmetros Urbanísticos do Projeto ....................................................................... 80
7.1.1.1. Zoneamento Urbanístico Ambiental ................................................................. 80
7.1.1.2. Macrozoneamento ............................................................................................ 80
7.1.1.3. Setorização ........................................................................................................ 81
7.1.1.3.1. Setorização SM3 – Setor Miscigenado 3 ..................................................... 81
7.1.1.3.2. Setorização CD – Corredor de Densificação ................................................ 82
7.1.1.3.2.1. Regime Urbanístico ................................................................................. 82
7.1.1.3.2.1.1. Condicionantes Municipais ..................................................................... 83
7.2. Caracterização do Entorno .......................................................................................... 85
7.2.1. Levantamento de Usos e Ocupação do Entorno ..................................................... 85
7.2.2. Levantamento de Alturas do Entorno ..................................................................... 87
7.2.3. Classificação do Padrão/Valor das Edificações do Entorno .................................... 90
7.2.3.1. Laudo de Avaliação do Valor Imobiliário da Região ............................................ 92
7.2.3.1.1. Objetivo ............................................................................................................... 92
7.2.3.1.2. Metodologia ........................................................................................................ 92
7.2.3.1.3. Análise dos Dados Obtidos .................................................................................. 92
7.2.3.1.4. Valor Médio dos Imóveis ..................................................................................... 92
7.2.3.1.5. Conclusão ............................................................................................................ 93
7.2.4. Caracterização dos Equipamentos da AID............................................................... 93
7.2.4.1. Equipamentos Públicos ....................................................................................... 93
7.2.4.2. Equipamentos Privados ....................................................................................... 93
7.2.5. Análise dos Dados ................................................................................................... 94
Suas conexões com outros bairros, e pontos importantes de comércio e serviços da cidade
são consideráveis. ................................................................................................................... 94

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7.3. Viabilidade Técnica...................................................................................................... 98
7.3.1. Viabilidade para Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário....................... 98
7.3.2. Viabilidade para Efluente Pluvial............................................................................. 98
7.3.3. Demanda por Energia Elétrica ................................................................................. 99
7.4. Diagnóstico Ambiental .............................................................................................. 100
7.4.1. Diagnóstico de Geração de RSU ............................................................................ 100
7.4.2. Diagnóstico de Geração de Efluente Sanitário ...................................................... 101
7.4.2.1. Carga Poluidora ............................................................................................... 102
7.4.3. Demais Impactos Causados ................................................................................... 102
8. Impactos Urbanos Ambientais .......................................................................................... 104
8.1. Impactos sobre o Adensamento Populacional.......................................................... 104
8.2. Impacto sobre os Equipamentos Públicos Comunitários .......................................... 109
8.3. Impacto sobre as Redes de Infraestrutura Urbana ................................................... 111
8.3.1. Resíduos Sólidos Urbanos – RSU ........................................................................... 111
8.3.2. Efluentes Líquidos ................................................................................................. 112
8.3.3. Impermeabilização do Solo ................................................................................... 113
8.4. Impacto sobre o Uso e a Ocupação do Solo.............................................................. 114
8.4.1. Ventilação e Insolação........................................................................................... 114
8.4.2. Iluminação e Sombreamento ................................................................................ 116
8.5. Impacto sobre a Valorização Imobiliária do Entorno ................................................ 116
8.6. Impacto sobre os Sistemas Viário e de Transporte Público ...................................... 117
8.6.1. Sistema Viário........................................................................................................ 117
8.6.2. Transporte Público ................................................................................................ 118
8.7. Impactos sobre a Paisagem Urbana e Natural .......................................................... 119
8.7.1. Quanto a Paisagem Natural .................................................................................. 119
8.7.2. Quanto a Paisagem Urbana................................................................................... 120
8.8. Impactos Ambientais................................................................................................. 120
8.8.1. Aspectos e Impactos Ambientais – AIA ................................................................. 120
8.8.1.1. Análise de AIA .................................................................................................. 120
8.8.1.2. Significância ..................................................................................................... 122
8.8.1.2.1. Aspectos Ambientais ................................................................................. 122
8.8.1.2.2. Impactos Ambientais ................................................................................. 123

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8.8.1.2.3. Análise de Significância ............................................................................. 124
8.8.1.2.4. Controles Operacionais ............................................................................. 126
8.8.1.2.4.1. Plano de Controle Ambiental ........................................................... 126
8.8.1.2.4.2. Plano de Gestão de Resíduos da Construção Civil – PGRCC ............ 139
8.8.1.2.4.3. Plano de Controle de Poeiras ........................................................... 152
8.8.1.2.4.4. Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações ............................ 155
9. Matriz de Aspectos e Impactos ......................................................................................... 162
10. Considerações e Conclusões ............................................................................................. 165
11. Anexos ............................................................................................................................... 169

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1. Introdução

O presente Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV foi concebido por exigência da Comissão de
Parcelamento do Solo do Plano Diretor Urbanístico e Ambiental – PDUA do Município de Novo
Hamburgo | RS, para obtenção da diretriz urbanística especial – DUE, visando à implantação
de um condomínio residencial plurifamiliar.
A Lei 1.216/2004, que institui o Plano Diretor Urbanístico e Ambiental – PDUA do Município
de Novo Hamburgo, em seu artigo 86 salienta que as intervenções urbanísticas desenvolvidas
no território, privadas ou públicas, que causarem impacto no entorno, dependerão de
elaboração prévia de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV.
O EIV é um instrumento de controle do PDUA que prevê as intervenções urbanísticas, de
impacto no entorno, que possam ser permitidas desde que realizadas ações de
compatibilização, de mitigação e de controle dos impactos negativos. Conforme prevê o Art.
87 do PDUA, o EIV deve ser precedido por um termo de referência, a ser emitido pelo Poder
Executivo Municipal (parágrafo 1˚); o EIV irá embasar a emissão das DUE’s para o
empreendimento (parágrafo 2˚); o EIV poderá vetar a intervenção urbanística para o
empreendimento (parágrafo 3˚).
O Estatuto da Cidade estabelece normas de ordem pública e interesse social, que regulam o
uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos
cidadãos, bem como o equilíbrio ambiental, sendo que a partir do Estatuto da Cidade foi
legalmente instituída a política urbana, que tem como objetivo principal ordenar o
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante a garantia
do direito às cidades sustentáveis, à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer para as
presentes e futuras gerações, bem como demais diretrizes aplicáveis.
Em consonância com a legislação, este EIV foi precedido de um termo de referência, bem
como segue as recomendações gerais constantes na Lei Federal n° 10.257/2001, que
regulamenta o Estatuto da Cidade.

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2. Objetivo

O objetivo deste estudo é apresentar o conjunto de análises e informações técnicas relativas à


identificação, avaliação, prevenção e as medidas mitigatórias dos impactos sobre a vizinhança
do empreendimento, demonstrando de forma clara e concisa os impactos positivos ou
negativos relacionados aos seguintes aspectos:
− Impacto Econômico
− Impacto Social
− Impacto Urbanístico
− Impacto na Infraestrutura
− Impacto Ambiental
Deve-se levar em consideração a qualidade de vida da população residente nas áreas de
influência direta e indireta, analisando sobremodo o adensamento populacional gerado pelo
empreendimento, os equipamentos urbanos e comunitários existentes e demandados, o uso e
a ocupação do solo, a valoração imobiliária, a geração de tráfego e demanda por transporte
público, o patrimônio natural e cultural, bem como todos aqueles que de alguma forma
possam afetar favorável ou desfavoravelmente o ambiente como um todo.
Além de apresentar os impactos positivos e negativos da implantação do empreendimento, o
EIV apresenta as medidas mitigatórias e compensatórias desta implantação, objetivando
minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos nas áreas definidas como
de influência direta e indireta, sobre a valoração imobiliária, mobilidade urbana, transporte
público, dentre outros.

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3. Dados do Projeto – EIV

3.1. Identificação do Empreendedor

Razão Social: MRV Engenharia e Participações S/A


CNPJ: 08.343.492/0023-35
Endereço: Rua Felipe Neri, n° 148 – Sala 501 | 502
Bairro: Auxiliadora
Município: Porto Alegre
Estado: Rio Grande do Sul – RS

3.2. Identificação do Empreendimento

Denominação: Porto Marabella e Porto Trinidad


Endereço: Rua Avaí, n˚ 119
Bairro: Vila Rosa
Município: Novo Hamburgo
Estado: Rio Grande do Sul – RS
Matrícula do Imóvel: 64.016
Área Total do Terreno: 29.007,36 m2
Área Total a ser Construída: 40.920,87 m2
Tipo de Construção: Condomínio Vertical Multifamiliar formada por 5 torres

3.3. Identificação da Empresa Responsável pela Elaboração deste EIV

Razão Social: LZ Ambiental Consultoria e Serviços Ltda


CNPJ: 12.461.918/0001-17
Endereço: Rua Bento Gonçalves, n° 3150 – Sala 208
Bairro: Guarani
Município: Novo Hamburgo | RS

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Registros Pertinentes: CRQ-V n°: 57107892 | CREA/RS n°: 192082 | CTF IBAMA n°: 5093945
Telefone de Contato: (0xx51) 3097.0880
E-mail: lz@lzambiental.com.br

3.4. Equipe Responsável pela Confecção do Documento

3.4.1. Coordenação Técnica

Profissional: Cláudio Schilling Mendonça


Registro Profissional: CAU/RS: A70019-3
Profissional: Renata Zapata
Registro Profissional: CRQ-V: 05406633

3.4.2. Responsabilidade Técnica

Profissional: Andrei Longui


Registro Profissional: CREA/RS: 185.252-D
Profissional: Cláudio Schilling Mendonça
Registro Profissional: CAU/RS: A70019-3
Profissional: Guilherme Reisdorfer
Registro Profissional: CREA/RS 128.422-D

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4. Diagnóstico Urbano Ambiental

4.1. Aspectos Gerais de Localização

4.1.1. Aspecto Histórico

O Município de Novo Hamburgo está entre os Municípios de maior expressividade e


importância estadual, tanto econômica quanto cultural, sendo este, atualmente, o quinto mais
populoso dos 31 municípios que compõe a Região Metropolitana de Porto Alegre – RMPA,
possuindo um total de 238.940 habitantes (IBGE, 2010) e com uma densidade demográfica de
1.069,07 hab/km2. Com um grande potencial econômico, encontra-se em quinto lugar entre as
cidades da RMPA em termos de Produto Interno Bruto – PIB a preços de mercado (PIBpm), em
2008 alcançando R$ 4.499.416,00 (IBGE, 2009).
Com emancipação em 5 de abril de 1927, o município de Novo Hamburgo transformou-se,
rapidamente. Sua posição geográfica na região colaborou muito para seu desenvolvimento,
colocando-o em um posto comercial importante, onde os produtos agrícolas das regiões
vizinhas eram concentrados e enviados para Porto Alegre. O transporte utilizado na época para
o envio de mercadorias era o fluvial.
Em 1876, com a construção das ferrovias, que ligou a colônia alemã ao Município de Porto
Alegre, iniciou-se uma nova fase de desenvolvimento. A partir desse momento, Novo
Hamburgo tornou-se um dos mais importantes centros econômicos comerciais do período,
distribuindo e recebendo mercadorias de todo o Estado. O desenvolvimento do Município de
Novo Hamburgo deu-se a partir da estação de trem, em volta da qual surgiram armazéns,
magazines, hospedagens, dentre outros estabelecimentos, formando um novo núcleo batizado
como New Hamburg, ou Novo Hamburgo. Em 1942, um novo impulso deu-se à economia com
a construção da Rodovia BR 116, ligando o Município a Capital Porto Alegre e aos principais
centros do País.
Seguiu-se, assim, o desenvolvimento de Novo Hamburgo, onde o imigrante desempenhou
papel importante, figurando entre os protagonistas da história de sucesso da Cidade. O
Município destacou-se no setor coureiro-calçadista, tornando-se a Capital Nacional do
Calçado. Do artesanato familiar, produzindo inicialmente para atender as necessidades da

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própria família, passou a comercializar o excedente no mercado interno e, por fim, conquistar
o mercado externo. Esse foi o trajeto para a industrialização do Município. No período de 1930
a 1980, o desenvolvimento no Brasil deu-se por meio da produção econômica ligada
diretamente à indústria. No Rio Grande do Sul, o destaque foi para a indústria do calçado,
sendo o Município de Novo Hamburgo uma das maiores produtoras. A mão de obra ocupada
na indústria de calçados provinha, na maioridade, do próprio Município. A conquista do
mercado mundial e a profissionalização do setor fizeram com que Novo Hamburgo, durante a
maior parte do período, tivesse uma das maiores rendas per capita do País. A remuneração
valorizada da mão de obra e a grande disponibilidade de emprego trouxeram como
consequência o surgimento da migração para a região. A população urbana se multiplicou
rapidamente, atingindo quase 1000% de crescimento no período entre 1950 a 1990, sendo
que a população rural do Município foi diminuindo gradativamente durante essas décadas. A
partir de 1990, o quadro econômico de Novo Hamburgo passou a ser desfavorável,
prejudicando, principalmente, a indústria do calçado, que entrou em crise. Como resultado, o
Município enfrentou um longo período de instabilidade econômica, que se instalou na região.
Vários são os fatores que levaram a tal situação, dentre eles está a valorização cambial. Os
diversos fatores dificultaram as exportações e também comprometeram o mercado interno,
fazendo encolher o setor coureiro-calçadista.
Normalmente, a cidade que chega à industrialização, de acordo com Singer (1973), é aquela
que já apresentava um relativo aspecto urbano, por ter sido, anteriormente, importante
centro comercial. A infraestrutura criada dentro desse ambiente, necessária para o
desenvolvimento da indústria, já se encontra adiantada, facilitando, assim, os processos de
industrialização e urbanização. As atividades passam a se concentrar essencialmente no
perímetro urbano, onde encontra a grande maioria dos usuários. Ocorre inclusive, uma
transferência de diversos serviços antes executados em áreas rurais para a cidade. Na tabela
abaixo, podem-se evidenciar o desenvolvimento acelerado da população urbana de Novo
Hamburgo e, consequentemente, a redução da população rural, destancando-se o período de
1950 a 1980, como consequência da evolução e da prosperidade do parque industrial.

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4.1.2. Meio Físico

4.1.2.1. Bioma e Ecossistema do Município de Novo Hamburgo

De acordo com o Mapa de Biomas do Brasil (IBGE) o município de Novo Hamburgo encontra-se
localizado em área de dois biomas distintos, sendo parte do território em área do Bioma
Pampa e parte em área de Mata Atlântica.
Quanto aos ecossistemas, a área do município localizada no Bioma Mata Atlântica situa-se na
região fitogeográfica denominada de Floresta Estacional Semidecidual, entre a vertente leste
do Planalto Sul-riograndese e a leste da Depressão Central e seus patamares. Esta região
fitogeográfica é encontrada principalmente em áreas de clima úmido e temperaturas médias
mensais inferiores a 15º C durante quatro meses do ano, causadoras da estacionalidade
fisiológica das plantas. A característica Semidecidual é identificada pela existência de 20 a 50%
de árvores caducifólias no conjunto florestal, na época desfavorável. Apresenta, hoje em dia,
reduzidos grupamentos residuais. No município de Novo Hamburgo verifica-se especialmente
a presença das formações de Terras Baixas, nas áreas originalmente inundáveis pelo Rio dos
Sinos, com altitude não superior a 30 metros, e de formações sub montanha, em áreas
localizadas na bacia do Rio dos Sinos com altitude superior a 30 metros.
Em relação as áreas situadas no Bioma Pampa, verifica-se que estas são caracterizadas pela
presença de formações pioneiras, em área de Contato (Tensão Ecológica) entre Região de
Savana e de Floresta Estacional Decidual. Estas formações apresentam fitofisionomia bastante
alterada, apresentando dominância da Savana nos interflúvios de relevo conservado e solos
rasos, representada por um tapete graminoso rizomatoso e hemicriptófito remanescente,
sendo que as áreas de floresta estacional são encontradas nos vales encaixados e vertentes
formadas pelas drenagens menores, constituída principalmente por espécies fanerófitas.

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4.1.2.2. Clima

De acordo com a classificação do IBGE o município de Novo Hamburgo, assim como boa parte
do Estado do Rio Grande do Sul, apresenta clima caracterizado como Mesotérmico Brando,
com médias entre 10ºC e 15ºC, caracterizado como superúmido sem seca ou subseca.
Segundo o sistema de Köeppen, o estado do Rio Grande do Sul se enquadra na zona
fundamental temperada ou "C" e no tipo fundamental "Cf" ou temperado úmido. No estado
este tipo "Cf" se subdivide em duas variações específicas, ou seja, "Cfa" e "Cfb", sendo que o
município de Novo Hamburgo encontra-se em área de clima do tipo "Cfa" (Clima subtropical
úmido).
A variedade "Cfa" se caracteriza por apresentar chuvas durante todos os meses do ano e
possuir a temperatura do mês mais quente superior a 22°C, e a do mês mais frio superior a
3°C. A variedade "Cfb" também apresenta chuvas durante todos os meses do ano, tendo a
temperatura do mês mais quente inferior a 22°C e a do mês mais frio superior a 3°C.
O município apresenta precipitação pluviométrica média anual em torno de 1650 mm de e
temperatura média anual de 19,5 ˚C.

Tabela 1: Índices Pluviométricos Registados de 01/2012 – 11/2012

Meses Precipitação Pluviométrica Média Mensal (mm)


Jan 166
Fev 139,5
Mar 122,7
Abr 77,1
Mai 35,7
Jun 31,9
Jul 144,9
Ago 93,6
Set 273,7
Out 121,1
Nov 26,0

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET


Estação Meteorológica 83967

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Gráfico 1: Panorama Gráfico Índices Pluviométricos (mm) Registados de 01/2012 – 11/2012

300
250
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Preciptação Média Mensal

Tabela 2: Direção Predominante dos Ventos Registados de 01/2012 – 11/2012

Meses Direção Predominante dos Ventos


Jan SE
Fev SE
Mar SE
Abr SE
Mai SE
Jun SE
Jul SE
Ago SE
Set SE
Out SE
Nov SE

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET


Estação Meteorológica 83967

Tabela 3: Velocidade dos Ventos Registada de 01/2012 – 11/2012

Velocidade dos Ventos


Meses
(km/h)
Jan 12,61
Fev 10,99
Mar 9,98
Abr 8,28
Mai 7,95
Jun 8,35
Jul 9,16
Ago 7,55
Set 11,42
Out 8,82
Nov 10,89

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET


Estação Meteorológica 83967

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Gráfico 2: Panorama Gráfico Velocidade dos Ventos (km/h) Registados de 01/2012 – 11/2012

14

12

10

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Velocidade dos Ventos (km/h)

Tabela 4: Umidade Relativa do Ar Registada de 01/2012 – 11/2012

Umidade Relativa do Ar
Meses
(%)
Jan 70,33
Fev 71,67
Mar 69,39
Abr 75,7
Mai 78,14
Jun 80,37
Jul 77,88
Ago 74,75
Set 75,27
Out 75,37
Nov 67,07

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET


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Gráfico 3: Panorama Gráfico Umidade Relativa do Ar (%) Registados de 01/2012 – 11/2012

85

80

75

70

65

60
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Umidade Relativa do Ar (%)

Tabela 5: Temperatura (˚C) Registada de 01/2012 – 11/2012

Temperatura Mínima Temperatura Máxima Temperatura Compensada


Meses
(˚C) (˚C) (˚C)
Jan 20,16 31,25 24,79
Fev 22,3 33,57 26,62
Mar 18,78 30,33 23,55
Abr 16,01 26,11 19,89
Mai 14,42 25,46 18,60
Jun 10,54 21,25 14,78
Jul 9,19 19,71 13,31
Ago 14,56 26,25 19,1
Set 14,16 24,04 18,19
Out 17,35 27,07 21,24
Nov 18,10 30,29 23,30

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET


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Gráfico 4: Panorama Gráfico Temperatura (˚C) Registados de 01/2012 – 11/2012

40

35

30

25

20

15

10

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Temp Mínima Temp Máxima Tem Compensada

4.1.2.3. Geomorfologia

A região enquadra-se na unidade geomorfológica denominada Depressão Periférica, que se


constitui em uma extensa zona de terras baixas, encravadas entre o Escudo Sul-rio-grandense
e as escarpas do Planalto Basáltico. Regionalmente, o relevo dominante é de colinas, que
apresentam declividades baixas a médias. São morros rebaixados, com formas alongadas e
topo convexo.

4.1.2.4. Geologia

Em termos geológicos, ocorrem rochas da Bacia do Paraná e solos de idade Terciária e


Quaternária em Novo Hamburgo (CPRM, 2006). A Bacia do Paraná é representada pelo Grupo
São Bento e com exposições em várias áreas do município (principalmente no centro-norte) de
rochas das Formações Botucatu e Serra Geral. Os depósitos de idade Terciária e Quaternária
predominam na porção sul do município, ao longo da várzea do Rio dos Sinos (nos limites com
São Leopoldo) e das planícies dos arroios mais caudalosos.

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- Cenozóico/Quaternário: Esses depósitos se constituem basicamente por Depósitos
Aluvionares Atuais. São formados por areias, cascalhos imaturos e mal classificados.
Localmente podem aparecer areias, siltes e argilas orgânicas de canais e planícies
aluviais e lagunares.

- Terciário/Quaternário: Formados basicamente por Depósitos de Leques Aluviais,


constituídos por depósitos continentais de encosta e leques aluviais constituídos por
arenitos arcoseanos, conglomerados e arenitos conglomeráticos, imaturos,
fracamente consolidados, areias e argilas, com cores que variam entre vermelho,
amarelo e cinza.

- Mesozóico/Jurássico-Cretáceo: Constituído por parte do Grupo São Bento, através dos


derrames da Formação Serra Geral. A Formação Serra Geral é constituída basicamente
por rochas vulcânicas básicas a intermediárias, cinza a cinza escuras, finas a afaníticas,
frequentemente com textura amigdalóide. Constituem derrames principalmente de
basalto e diques de diabásio relacionados ao magmatismo toleítico da Bacia do
Paraná.

- Triássico/Jurássico: Neste período o Grupo São Bento é representado pela Formação


Botucatu. Esta é constituída por arenitos finos a grosseiros, róseo-avermelhados com
bimodalidade granulométrica de gradação normal (“grain fall”), lentes subordinadas
com gradação inversa (“grain flow”), estratificações cruzadas acanaladas de grande
porte, características de grandes campos de dunas. Inclui arenitos intertrapianos na
fácies eólica, bem como arenitos finos a médios, róseos, argilosos, laminados, com
frequentes intercalações de drapes de argila e estratificações plano-paralela ou tabular
tangencial na base, relacionados à fácies de interdunas. Na parte superior encontra-se
interdigitada com os derrames basálticos da Formação Serra Geral.

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Imagem 1: Mapa Geológico do Estado do Rio Grande do Sul – CPRM, 2006

4.1.2.5. Hidrogeologia

O Município de Novo Hamburgo situa-se na Encosta Inferior do Nordeste, no Vale do Rio dos
Sinos, com altitude média de 57 metros acima do nível do mar. A área de estudo está inserida
na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos. A bacia hidrográfica do rio dos sinos está inserida na
macro região hidrográfica do Guaíba, situada entre os paralelos 29° e 30° e possui uma área de
3.820 km2, correspondendo a 4,5% da bacia hidrográfica do Guaíba e 1,5% da área total do
Estado do Rio Grande do Sul, com uma população aproximada de 975.000 habitantes, sendo
que 90,6% ocupam as áreas urbanas e 9,4% estão nas áreas rurais. Esta bacia é delimitada a
leste pela Serra Geral, pela bacia do Caí a oeste e ao norte, e ao sul pela bacia do Gravataí. Seu
curso d’água principal tem uma extensão aproximada de 190 km, e uma precipitação
pluviométrica anual de 1.350 mm. Suas nascentes estão localizadas na Serra Gaúcha, no
Município de Caraá, que está a cerca de 60 metros de altitude, correndo no sentido leste-oeste
até a cidade de São Leopoldo onde muda seu curso para a direção norte-sul, desembocando
no delta do rio Jacuí entre a Ilha Grande dos Marinheiros e Ilha das graças, a uma altitude total
de 12 metros. Seus principais formadores são o rio Rolante e Paranhana, além de diversos
arroios.

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O município é dividido em quatro microbacias, formadas pelos arroios Pampa, Cerquinha, Luiz
Rau e Gauchinho. Além destes, vários são os arroios que deságuam na região da várzea dos
Sinos, tanto na margem norte quanto na sul do rio. Os arroios da margem sul são todos eles
localizados no bairro de Lomba Grande, enquanto que, na margem norte, chegam águas dos
arroios cujas nascentes estão nos morros de Novo Hamburgo.
- Zona Urbana: Foram identificados os seguintes arroios: Pampa, Peri, Gauchinho, Luiz
Rau, Sanga Funda, Guarani, Nicolau Becker, Marquês de Olinda, Viesenthal, Vila Kunz,
Manteiga e Cerquinha.
- Zona Rural: Na zona rural, foram identificados os seguintes arroios: Peão, Passo dos
Corvos, Wallahay, Centro, Guari, Taimbé, São João, São Jacó e Poço Feio.

Ponto de Escoamento de Efluente Pluvial

Arroio Luiz Rau

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4.1.2.6. Patrimônio Histórico e Cultural

O município de Novo Hamburgo possui um patrimônio histórico relevante e que reflete


significativamente boa parte da história do município.
O povoado de Hamburgberg, núcleo inicial de Novo Hamburgo, teve sua origem nas casas
comerciais e de artefatos que se estabeleceram num entroncamento de importantes estradas
do século passado: O caminho das tropas, que vinham dos Campos de Cima da Serra e da
Estrada do Norte. Desde as picadas de Dois Irmãos, Bom Jardim e Travessão, essas vias
encontravam-se para Noroeste, logo em seguida, dividem-se rumo ao Sul, via São Leopoldo,
em direção ao oeste, via Porto dos Guimarães (Novo Hamburgo, 2013).
Confluência de caminhos, o povoado cresceu espontaneamente com ruas estreitas, largos
becos, praças, casarios e quintais. Quando, em 1927, Novo Hamburgo se emancipou, o antigo
núcleo, então já denominado Hamburgo Velho, passou a segundo distrito do recém-criado
município (Novo Hamburgo, 2013).
Dentre o patrimônio histórico e cultural tombado, estão os seguintes:
- Tombamento Federal (IPHAN)
Casa Schmitt-Presser
Sítio Histórico de Hamburgo Velho
- Tombamento Municipal
Biblioteca Municipal Machado de Assis
Monumento do Centenário da Imigração Alemã
Igreja Evangélica de Lomba Grande
Casa Pastoral de Lomba Grande
Cemitério Evangélico de Lomba Grande
Solar dos Kroeff
Evangelisches Stift/Lar da Menina
Igreja Evangélica da Ascensão
Antiga Escola Evangélica – Osvaldo Cruz

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5. Caracterização do Empreendimento

5.1. Localização do Empreendimento

O futuro empreendimento será localizado junto ao bairro Vila Rosa no Município de Novo
Hamburgo. Como mencionado anteriormente no estudo do meio físico, Novo Hamburgo faz
parte da Região Metropolitana de Porto Alegre, a qual está a aproximadamente 43 km de
distância. As edificações serão construídas sobre uma gleba de 29.007,36 m2 (Matrícula:
64.016), na quadra composta pelas Ruas Vinte e Quatro de Maio, Avaí, Visconde de São
Leopoldo e Rua Pedro Álvares Cabral no bairro Vila Rosa em Novo Hamburgo.

A imagem abaixo demonstra a localização da gleba no sistema viário de Novo Hamburgo.

Imagem 2: Área objeto do Estudo – Centro de Sensoriamento Remoto do IBAMA, 2009

No mapa abaixo está representada a localização do empreendimento em relação ao sistema


viário de Novo Hamburgo, demonstrando as principais vias de acesso ao empreendimento.

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Planta 1: Planta de Localização do Empreendimento em Relação ao Sistema Viário de Novo Hamburgo

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Planta 2: Planta de Macro Localização em Relação aos Bairros Vizinhos

5.2. Edificações Residenciais

O empreendimento denominado Porto Marabella e Porto Trinidad se caracteriza pelo uso


residencial, formado por 5 torres, sendo 3 torres pertencentes ao empreendimento Porto
Marabella e 2 torres pertencentes ao Porto Trinidad.
Todas as torres possuem 11 pavimentos e uma altura média de h=29m.

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Imagem 3: Esquema da Divisão dos Condomínios (Porto Marabella e Porto Trinidad)

Possui 40.920,87 m2 de área total construída, 660 unidades habitacionais – UH com


aproximadamente 33.139,15 m2 de área útil total, possui 800 vagas de estacionamento,
1.068,32 m2 de área de edificações não residenciais, 2.903,82 m2 de áreas permeáveis,
conforme é possível verificar no quadro de áreas abaixo:

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Tabela 6: Quadro de Áreas

Quadro de Áreas
Zonas Índice de Aproveitamento 2,4
Área Total do Terreno = 29.007,36
CD e SM3 Taxa de Ocupação 75%
Porto Trinidad Porto Marabella
Torres (2UH) Torres (3 UH)
2 2
Pavimento Área Computável 602,53 m Pavimento Área Computável 602,53 m
2 2
Térreo Área Construída 734,06 m Térreo Área Construída 734,06 m
2 2
1° ao 10° Área Computável 602,53 m 1° ao 10° Área Computável 602,53 m
2 2
Andar Área Construída 732,97 m Andar Área Construída 732,97 m
2 2
Área Total Área Computável 6.627,83 m Área Total Área Computável 6.627,83 m
2 2
Por Torre Área Construída 7.973,76 m Por Torre Área Construída 7.973,76 m
Área Construída Área Construída
2 2
Guarita 15,06 m Guarita 15,06 m
2 2
ETE 62,79 m ETE 105,72 m
2 2
Espaços de Lazer 270,27 m Espaços de Lazer 373,96 m
2 2
Lixo 38,94 m Lixo 38,94 m
2 2
Vestiário 12,56 m Vestiário 12,48 m
2 2
DML 3,66 m DML 3,66 m
2 2
Administração 16,25 m Administração 16,25 m
2 2
Subestação 20,05 m Subestação 20,05 m
2 2
Sala de Medidores de Luz 11,80 m Sala de Medidores de Luz 14,57 m
2 2
Total Área Construída 16.398,90 m Total Área Construída 24.521,97 m
Vagas Vagas
2 2
Área Total 3.840,00 m Área Total 5.950,08 m
2 2
Sendo Área Permeável 459,84 m Sendo Área Permeável 640,08 m
2 2
Total Área Computável 13.225,66 m Total Área Computável 19.883,49 m
2 2
Área Pavimentada Permeável 1.669,43 m Área Pavimentada Permeável 3.239,19 m
2 2
Total Área Permeável 1.287,84 m Total Área Permeável 1.615,98 m
Índices de Controle Urbanístico
Taxa de Ocupação 17,93 % Taxa de Ocupação 18,34 %
Índice de Aproveitamento 1,24 Índice de Aproveitamento 1,30
Taxa de Permeabilidade 27,63 % Taxa de Permeabilidade 31,77 %
Vagas Descobertas Vagas Descobertas
Total 322 Total 478
Sendo PNE 4 Sendo PNE 5
Sendo Presas 17 Sendo Presas 45
Unidades (UH) Unidades (UH)
Total 264 Total 396

Os cortes e detalhamentos, bem como a distribuição das edificações, estão nos projetos em
anexo a este EIV.

5.2.1. Detalhes do Projeto

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5.2.1.1. Estacionamento

O projeto arquitetônico do empreendimento prevê a construção de 800 vagas para


estacionamento, sendo que destas 800, 9 são PNE e 71 Presas. As vagas simples possuem uma
metragem quadrada igual a 11,52 m2, sendo que destes, 1,44 m2 é área permeável (grama).
Para as vagas PNE a metragem quadrada é de 17,76 m2, sendo que destes, 1,5 m2 é área
permeável (grama) e 5,76 m2 de espaço marcado com faixas na cor – Amarelo. As vagas PNE
possuem uma marcação horizontal com o símbolo internacional de deficiência física.

5.2.1.2. Condicionantes Municipais

Obrigatoriedade conforme Código de Obras do Município


Título 06 – Unidades em Condomínio - II.B - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
‘’01 - Condomínios Residenciais.
a) Terem, Estacionamento de Veículos Privativo, quantificado por A = Σ das áreas Privativas
das Unidades Autônomas e calculado por n = A / 120.
Para UHA com A ≥ 240 m² a proporcionalidade é optativa, podendo ficar limitada em 2 vagas
por Unidade.’’

5.2.1.3. Serviços de Apoio

Dentre a área útil do empreendimento que não tem finalidade residencial, estão inclusas as
seguintes edificações: Guarita, espaço de lazer, área para acondicionamento temporário de
resíduos (Lixo), vestiário, DML, administração, subestação e sala de medidores de luz. Este
conjunto de edificações representam 1.068,32 m2, ou 2,61 % das edificações a serem
construídas.

5.3. Público Alvo do Empreendimento

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O empreendimento Porto Marabella e Porto Trinidad possuem como público alvo, as seguintes
classes econômicas: B1 e A2, representando uma renda bruta mensal superior a 06 salários
mínimos e inferior a 12.
A faixa de valor dos imóveis vai de R$ 160.000,00 a R$ 180.000,00.
Este projeto será financiado pela Caixa Econômica Federal – CEF, com recursos do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE.

5.3.1. Justificativa da Localização

O Município de Novo Hamburgo está localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre,


localizado a 43,5 km da Capital do Estado do Rio Grande do Sul.

Imagem 4: Localização Novo Hamburgo em Relação a Capital do RS – Google Maps, 2013

Novo Hamburgo possui uma área de aproximadamente 223,82 km2, e uma densidade
demográfica de 1.067,4 hab/km2, conforme demonstra o mapa territorial abaixo:

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Imagem 5: Área de Novo Hamburgo – IBGE, 2010

Do ponto de vista ambiental, a área objeto deste estudo possui características antrópicas bem
acentuadas. No passado a área era utilizada para atividades esportivas pelo Esporte Club Novo
Hamburgo – ECNH.
A área abrigou um dos times mais tradicionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Os
investimentos na construção do estádio, denominado como Santa Rosa custou Cr$ 1.250,00,
de acordo com o tesoureiro da época e hoje Patrono do clube, Reinaldo Reisswitz. Com a
venda dos Taquarais, onde o ECNH permaneceria até quase metade da década de 50, o novo
estádio foi pago e ganhou o muro que o cercaria. Sua capacidade era para 17 mil pessoas, e foi
erguido pelo esforço comunitário, sendo inaugurado em 1953 (ECNH, 2013).
Uma grande mobilização comunitária foi realizada para que o Santa Rosa fosse inaugurado. As
obras seguiram pelas décadas seguintes e, em 1976, foram inaugurados os refletores. Sem
receber melhorias significativas por muitos anos, um colegiado de conselheiros que
administrava o clube no final da década de 90, formado por pessoas da comunidade que
cansaram de ver o ECNH ser jogado a própria sorte, realizou importantes melhorias no Santa
Rosa em 1999 e em 2000, como a reformulação do gramado, vestiários e pavilhão social, entre
outros.
Em 2006, o ECNH iniciou as obras em uma nova área de cinco hectare, localizada no bairro
Liberdade. Após a conclusão das obras e relocação do ECNH em nova área, a área foi vendida
para o Centro Universitário Feevale.

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Do ponto de vista urbanístico, o empreendimento encontra-se intimamente ligado à malha
urbana do Município e interligada a áreas densamente urbanizadas como os bairros Centro,
Rio Branco e Guarani. Face ao uso e ocupação do solo da gleba, a mesma vem perdendo a
característica comercial, passando a possuir uma característica predominantemente
residencial, maximizando a valoração da gleba então pretendida para o parcelamento do solo.
São vários os fatores que justificam a implantação do condomínio residencial Porto Marabella
e Porto Trinidad:

- Existência de vias de circulação e interligação;


- Área próxima a malha urbana atual;
- Atributos físicos favoráveis (topografia, recursos hídricos, clima, etc);
- Facilidade de acesso;
- Oferta de serviços básicos essenciais;
- Menor custo de instalação de redes de abastecimento de água, esgotamento sanitário
e energia elétrica em virtude da proximidade de áreas já urbanizadas;
- Disponibilidade de coleta de resíduos sólidos urbanos – RSU;
- Boa demanda de mercado para imóveis com fins residenciais;
- Atendimento aos anseios de desenvolvimento da região;
- Verticalização dos Centros Urbanos, o que para o urbanismo moderno é uma solução
sensata para o desenvolvimento dos centros urbanos. Esta é uma solução que
potencializa os investimentos públicos em infraestrutura, acelera a requalificação dos
espaços degradados da cidade e ainda inibem o crescimento desordenado dos limites
urbanos;
- Continuidade na revitalização do bairro Vila Rosa, ratificando sua vocação residencial;
- Aumento da demanda para o comércio local, fortalecendo o bairro e descentralizando
a cidade.

5.3.2. Situação da Gleba

5.3.2.1. Aspectos Gerais

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A área objeto do estudo está localizada no Bairro Vila Rosa, a aproximadamente 1,2 km da
Região Central da Cidade.
Possui uma área total de 29.007,36 m2 (Matrícula: 64.016).
A gleba está inserida entre a Rua Vinte e Quatro de Maio, Rua Avaí, Rua Pedro Álvares Cabral e
Rua Visconde de São Leopoldo.

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5.3.2.2. Paisagem Natural da Gleba

Imagem Interna da Gleba antes da Intervenção

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Imagem 6: Pontos dos Registros Fotográficos

16
14

2 3
1

17 11
8 7 9
10

12
13
5 6 15
4

5.3.3. Aspectos Biológicos da Gleba

5.3.3.1. Levantamento da Cobertura Vegetal

Conforme histórico da área, esta foi ocupada anteriormente pelo Esporte Clube Novo
Hamburgo. Atualmente, ainda permanece o campo de futebol no centro da área e, no seu
entorno, exemplares vegetais porte arbóreo, de espécies nativas e exóticas, com diferentes
portes, além de esporádicas espécies arbustivas, comumente usadas em ajardinamento. As
referidas áreas de vegetação com porte arbóreo são mantidas roçadas e desprovidas de sub-

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bosque, apresentando exemplares vegetais dispostos de forma esparsa, não caracterizando
formações vegetais, ou seja, não se enquadrando na RESOLUÇÃO CONAMA nº 33, de 7 de
dezembro de 1994, que define estágios sucessionais das formações vegetais que ocorrem na
região da Mata Atlântica do Estado do Rio Grande do Sul.
Conforme descrito anteriormente, estas áreas encontram-se descaracterizadas quanto às
formações vegetais, além de apresentar as seguintes características abaixo:

 Presença pouco expressiva de epífitas (os exemplares que, porventura, forem


identificados, serão coletados e dispostos em outro local que promova a sobrevivência
dos mesmos).
 Ausência de sub-bosque em toda extensão da área;
 Ausência de trepadeiras;
 Serapilheira ausente;
 Existência de exemplares de espécie exótica (eucalipto – eucalyptus spp.) Dispostos de
forma esparsa, além de outras espécies com baixa representatividade. Para fins de
identificação individual dos exemplares vegetais com porte arbóreo, os mesmos foram
numerados com tinta indelével por ordem, conforme eram catalogados e identificados
no campo.

Foram encontrados 98 exemplares arbóreos na área do empreendimento, sendo 68 (sessenta


e oito) de espécies exóticas e 30 (trinta) de espécies nativas. Dos exemplares de espécies
nativas, 03 (três) são da espécie imune ao corte Figueira (Ficus sp.), que deverão ser
transplantados. Também foi verificada a presença de um exemplar desta espécie parasitando
exemplar de Eucalipto, também devendo ser transplantado.

A tabela abaixo apresenta os dados coletados do censo dos exemplares vegetais com porte
arbóreo de espécies nativas e exóticas.

Tabela 7: Espécies Existentes no Local

Quantidades de Espécies
Nativas Exóticas Imunes ao Corte
Vegetais
68 - x -
30 x - -

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04 - - x

Gráfico 5: Espécies Existentes no Local

80

70

60

50

40

30

20

10

0
Nativas Exóticas Imunes ao Corte

Tabela 8: Relação dos exemplares vegetais com porte arbóreo de espécies nativas e exóticas, com os respectivos dados
dendrométricos de diâmetro altura do peito (DAP), altura em metros e volume (m³), além da identificação de localização por
Coordenadas UTM (posição) de cada exemplar na área do empreendimento.

Coordenadas UTM
DAP Alt Vol
Nº Tipo Nome Comum/ Nome Científico (Localização) –
(cm) (m) (m³)
Datum WGS 84
1 Exótica Liquidambar - Acer rubrum 46 9 0,823 22 J 486817 6716851
2 Exótica Goiaba - Psidium guajava 4 3 0,002 22 J 486805 6716851
3 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 91 16 5,723 22 J 486812 6716840
4 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 90 16 5,598 22 J 486817 6716844
5 Exótica Ligustro - Ligustrum lucidum 39 6 0,394 22 J 486822 6716790
6 Aroeira-vermelha - Schinus
Nativa 4 2 0,001 22 J 486819 6716789
terebinthifolius
7 Exótica Plátano 53 10 1,213 22 J 486813 6716793
* Exótica - 69 10 2,057 22 J 486813 6716793
* Exótica - 67 10 1,939 22 J 486813 6716793
8 Aroeira-vermelha - Schinus
Nativa 4 2 0,001 22 J 486816 6716765
terebinthifolius
9 Nativa Maricá - Mimosa bimucronata 9 2 0,007 22 J 486818 6716754
10 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 13 3 0,022 22 J 486826 6716730
11 Nativa Cedro - Cedrela fissilis 54 11 1,386 22 J 486823 6716721

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12 Nativa Cedro - Cedrela fissilis 29 9 0,327 22 J 486824 6716717
13 Nativa Figueira - Ficus sp. 19 5 0,078 22 J 486826 6716718
14 Nativa Cedro - Cedrela fissilis 63 14 2,400 22 J 486826 6716713
15 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 44 8 0,669 22 J 486822 6716714
16 Nativa Pitanga - Eugenia uniflora 6 2 0,003 22 J 486823 6716715
17 Nativa Pitanga - Eugenia uniflora 6 2 0,003 22 J 486823 6716715
18 Nativa Cedro - Cedrela fissilis 15 4 0,039 22 J 486842 6716718
19 Nativa Chal-chal - Allophylus edulis 6 2,5 0,004 22 J 486842 6716718
* Nativa - 4 2,5 0,002 22 J 486842 6716718
* Nativa - 5 2,5 0,003 22 J 486842 6716718
20 Exótica Goiaba - Psidium guajava 8 3 0,008 22 J 486857 6716667
21 Exótica Ligustro - Ligustrum lucidum 10 4 0,017 22 J 486905 6716668
* Exótica - 6 4 0,006 22 J 486905 6716668
* Exótica - 6 4 0,006 22 J 486905 6716668
* Exótica - 6 4 0,006 22 J 486905 6716668
22 Nativa Pitanga - Eugenia uniflora 8 4 0,011 22 J 486907 6716666
23 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 9 4 0,014 22 J 486911 6716659
24 Exótica Limão - Citrus sp. 9 3,5 0,012 22 J 486911 6716671
* Exótica - 9 3,5 0,012 22 J 486911 6716671
Aroeira-vermelha - Schinus
25 Nativa 5 3 0,003 22 J 486923 6716671
terebinthifolius
* Nativa - 6 3 0,005 22 J 486923 6716671
* Nativa - 5 3 0,003 22 J 486923 6716671
* Nativa - 6 3 0,005 22 J 486923 6716671
26 Exótica Goiaba - Psidium guajava 6 3 0,005 22 J 486926 6716665
27 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 12 6 0,037 22 J 486925 6716665
28 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 102 16 7,191 22 J 486920 6716670
29 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 88 18 6,021 22 J 486930 6716677
* Exótica - 55 18 2,352 22 J 486930 6716677
30 Exótica Eucalipto - Eucalyptus sp. 87 15 4,904 22 J 486935 6716683
31 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 11 4 0,021 22 J 486935 6716680
32 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 10 4 0,017 22 J 486937 6716678
33 Exótica Amoreira - Morus nigra 7 3 0,006 22 J 486944 6716660
* Exótica - 6 3 0,005 22 J 486944 6716660
* Exótica - 7 3 0,006 22 J 486944 6716660
* Exótica - 5 3 0,003 22 J 486944 6716660
* Exótica - 6 3 0,005 22 J 486944 6716660
34 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 6 4 0,006 22 J 486942 6716683
35 Nativa Pitanga - Eugenia uniflora 6 2 0,003 22 J 486942 6716682

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36 Exótica Goiaba - Psidium guajava 22 6 0,125 22 J 486947 6716686
37 Nativa Figueira - Ficus sp. 11 6 0,031 22 J 486947 6716686
* Nativa - 12 6 0,037 22 J 486947 6716686
* Nativa - 9 6 0,021 22 J 486947 6716686
* Nativa - 9 6 0,021 22 J 486947 6716686
* Nativa - 11 6 0,031 22 J 486947 6716686
38 Nativa Araçá - Psidium sp. 12 4 0,025 22 J 486947 6716690
* Nativa - 10 4 0,017 22 J 486947 6716690
39 Exótica Goiaba - Psidium guajava 10 4 0,017 22 J 486947 6716691
* Exótica - 18 4 0,056 22 J 486947 6716691
40 Nativa Figueira - Ficus sp. 14 4 0,034 22 J 486947 6716691
* Nativa - 10 4 0,017 22 J 486947 6716691
41 Nativa Araçá - Psidium sp. 6 3,5 0,005 22 J 486947 6716692
* Nativa - 10 3,5 0,015 22 J 486947 6716692
* Nativa - 7 3,5 0,007 22 J 486947 6716692
* Nativa - 6 3,5 0,005 22 J 486947 6716692
42 Exótica Goiaba - Psidium guajava 13 3,5 0,026 22 J 486946 6716696
* Exótica - 12 3,5 0,022 22 J 486946 6716696
* Exótica - 9 3,5 0,012 22 J 486946 6716696
* Exótica - 4 3,5 0,002 22 J 486946 6716696
* Exótica - 4 3,5 0,002 22 J 486946 6716696
* Exótica - 4 3,5 0,002 22 J 486946 6716696
43 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 5 3,5 0,004 22 J 486939 6716691
* Exótica - 4 3,5 0,002 22 J 486939 6716691
44 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 10 4,5 0,019 22 J 486937 6716685
45 Exótica Canela-canfora - Cinnamomum 6 4 0,006 22 J 486929 6716698
verum
* Exótica - 6 4 0,006 22 J 486929 6716698
* Exótica - 6 4 0,006 22 J 486929 6716698
* Exótica - 8 4 0,011 22 J 486929 6716698
46 Exótica Goiaba - Psidium guajava 12 3 0,019 22 J 486931 6716708
* Exótica - 14 3 0,025 22 J 486931 6716708
47 Exótica Amoreira - Morus nigra 5 3 0,003 22 J 486932 6716715
* Exótica - 4 3 0,002 22 J 486932 6716715
* Exótica - 3 3 0,001 22 J 486932 6716715
* Exótica - 4 3 0,002 22 J 486932 6716715
* Exótica - 6 3 0,005 22 J 486932 6716715
* Exótica - 5 3 0,003 22 J 486932 6716715
48 Exótica Goiaba - Psidium guajava 10 3 0,013 22 J 486942 6716736
* Exótica - 9 3 0,010 22 J 486942 6716736

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Aroeira-vermelha - Schinus
49 Nativa 12 4,5 0,028 22 J 486933 6716745
terebinthifolius
* Nativa - 7 4,5 0,010 22 J 486933 6716745
* Nativa - 8 4,5 0,012 22 J 486933 6716745
* Nativa - 10 4,5 0,019 22 J 486933 6716745
50 Nativa Fumo-bravo - Solanum mauritianum 12 4,5 0,028 22 J 486975 6716741
51 Exótica Cinamomo - Melia azedarach 16 8 0,088 22 J 486939 6716805
* Exótica - 14 8 0,068 22 J 486939 6716805
* Exótica - 16 8 0,088 22 J 486939 6716805
* Exótica - 20 8 0,138 22 J 486939 6716805
* Exótica - 14 8 0,068 22 J 486939 6716805
52 Exótica Ligustro - Ligustrum lucidum 3 3 0,001 22 J 486930 6716810
* Exótica - 6 3 0,005 22 J 486930 6716810
* Exótica - 3 3 0,001 22 J 486930 6716810
* Exótica - 5 3 0,003 22 J 486930 6716810
* Exótica - 4 3 0,002 22 J 486930 6716810
* Exótica - 3 3 0,001 22 J 486930 6716810
* Exótica - 6 3 0,005 22 J 486930 6716810
* Exótica - 6 3 0,005 22 J 486930 6716810
* Exótica - 5 3 0,003 22 J 486930 6716810
* Exótica - 4 3 0,002 22 J 486930 6716810
* Exótica - 3 3 0,001 22 J 486930 6716810
53 Exótica Jambolão - Syzygium cumini 6 3 0,005 22 J 486923 6716796
54 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 9 4 0,014 22 J 486916 6716814
* Nativa - 10 4 0,017 22 J 486916 6716814
55 Exótica Canela-canfora - Cinnamomum 9 3 0,010 22 J 486911 6716817
verum
* Exótica - 7 3 0,006 22 J 486911 6716817
* Exótica - 8 3 0,008 22 J 486911 6716817
56 Exótica Canela-canfora - Cinnamomum 6 2 0,003 22 J 486908 6716819
verum
* Exótica - 3 2 0,001 22 J 486908 6716819
57 Nativa Pitanga - Eugenia uniflora 9 3 0,010 22 J 486905 6716822
58 Exótica Goiaba - Psidium guajava 4 3,5 0,002 22 J 486900 6716824
* Exótica - 6 3,5 0,005 22 J 486900 6716824
Aroeira-vermelha - Schinus
59 Nativa 6 3,5 0,005 22 J 486898 6716825
terebinthifolius
* Nativa - 4 3,5 0,002 22 J 486898 6716825
* Nativa - 4 3,5 0,002 22 J 486898 6716825
* Nativa - 7 3,5 0,007 22 J 486898 6716825
* Nativa - 3 3,5 0,001 22 J 486898 6716825

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60 Exótica Goiaba - Psidium guajava 6 3,5 0,005 22 J 486897 6716826
* Exótica - 4 3,5 0,002 22 J 486897 6716826
* Exótica - 5 3,5 0,004 22 J 486897 6716826
61 Exótica Goiaba - Psidium guajava 6 3 0,005 22 J 486891 6716828
62 Exótica Goiaba - Psidium guajava 6 2,5 0,004 22 J 486890 6716828
63 Exótica Goiaba - Psidium guajava 6 2,5 0,004 22 J 486887 6716828
64 Exótica Goiaba - Psidium guajava 4 2,5 0,002 22 J 486887 6716828
Aroeira-vermelha - Schinus
65 Nativa 11 3,5 0,018 22 J 486956 6716833
terebinthifolius
* Nativa - 7 3,5 0,007 22 J 486956 6716833
66 Exótica Uva-do-Japão - Hovenia dulcis 13 5 0,037 22 J 486947 6716837
67 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 29 7 0,254 22 J 486941 6716840
68 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 31 8 0,332 22 J 486936 6716842
69 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 24 7 0,174 22 J 486935 6716839
70 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 29 8 0,291 22 J 486932 6716840
71 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 19 6 0,094 22 J 486926 6716840
72 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 21 8 0,152 22 J 486925 6716843
73 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 43 9 0,719 22 J 486923 6716842
74 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 34 8 0,399 22 J 486919 6716840
75 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 60 10 1,555 22 J 486915 6716843
76 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 37 8 0,473 22 J 486910 6716844
77 Nativa Aroeira-vermelha - Schinus 10 4 0,017 22 J 486901 6716849
terebinthifolius
78 Exótica Não identificada - Família Theaceae 18 5 0,070 22 J 486893 6716844
* Exótica - 14 5 0,042 22 J 486893 6716844
Aroeira-vermelha - Schinus
79 Nativa 9 4,5 0,015 22 J 486889 6716849
terebinthifolius
* Nativa - 10 4,5 0,019 22 J 486889 6716849
* Nativa - 8 4,5 0,012 22 J 486889 6716849
4
* Nativa - 9 4,5 0,015 22 J 486889 6716849
80 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 40 9 0,622 22 J 486881 6716848
81 Exótica Cipreste - Cupressus sp. 44 14 1,170 22 J 486879 6716849
82 Exótica Jacarandá - Jacaranda mimosaefolia 36 10 0,559 22 J 486879 6716850
Aroeira-vermelha - Schinus
83 Nativa 7 4 0,008 22 J 486877 6716850
terebinthifolius
Aroeira-vermelha - Schinus
84 Nativa 8 4 0,011 22 J 486877 6716850
terebinthifolius
85 Exótica Cipreste - Cupressus sp. 49 13 1,348 22 J 486877 6716850
86 Nativa Ingá - Inga sp. 9 5 0,017 22 J 486868 6716849
* Nativa - 10 5 0,021 22 J 486868 6716849
* Nativa - 12 5 0,031 22 J 486868 6716849

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* Nativa - 9 5 0,017 22 J 486868 6716849
87 Exótica Uva-do-Japão - Hovenia dulcis 25 7 0,189 22 J 486865 6716846
88 Exótica Goiaba - Psidium guajava 11 4 0,020 22 J 486852 6716848
Exótica - 10 4 0,017 22 J 486852 6716848
89 Exótica Goiaba - Psidium guajava 19 5 0,078 22 J 486850 6716841
90 Exótica Ligustro - Ligustrum lucidum 9 5 0,017 22 J 486850 6716841
* Exótica - 8 5 0,013 22 J 486850 6716841
* Exótica - 6 5 0,007 22 J 486850 6716841
* Exótica - 8 5 0,013 22 J 486850 6716841
* Exótica - 3 5 0,001 22 J 486850 6716841
* Exótica - 7 5 0,010 22 J 486850 6716841
91 Exótica Plátano - Platanus x acerifolia 64 9 1,592 22 J 486848 6716846
92 Exótica Goiaba - Psidium guajava 20 4,5 0,077 22 J 486845 6716840
93 Exótica Ligustro - Ligustrum lucidum 6 5 0,007 22 J 486845 6716840
* Exótica - 5 5 0,005 22 J 486845 6716840
* Exótica - 7 5 0,010 22 J 486845 6716840
* Exótica - 7 5 0,010 22 J 486845 6716840
* Exótica - 9 5 0,017 22 J 486845 6716840
94 Exótica Goiaba - Psidium guajava 6 3 0,004 22 J 486854 6716829
* Exótica - 4 3 0,002 22 J 486854 6716829
95 Exótica Goiaba - Psidium guajava 5 2,5 0,002 22 J 486850 6716827
96 Nativa Leiteiro - Sapium glandulosum 5 3 0,003 22 J 486845 6716821
* Nativa - 4 3 0,002 22 J 486845 6716821
* Nativa - 5 3 0,003 22 J 486845 6716821
* Nativa - 5 3 0,003 22 J 486845 6716821
* Nativa - 4 3 0,002 22 J 486845 6716821
97 Exótica Plátano - Platanus x acerifolia 86 8 2,555 22 J 486838 6716846
98 Nativa Morta 45 6 0,524 22 J 486828 6716852
* Nativa - 23 6 0,13 22 J 486828 6716852
* Nativa - 21 6 0,114 22 J 486828 6716852
* Nativa - 26 6 0,175 22 J 486828 6716852

Dentre os indivíduos de espécies nativas localizadas na área, 05 destes apresentam Diâmetro à


Altura do Peito (DAP) maior ou igual a 0,15 metros.
No que diz respeito ao volume total de madeira quantificada, entre espécies exóticas e nativas,
compõe-se de 58,88 m³.

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5.3.3.2. Espécies Imunes ao Corte

Foram identificados exemplares de espécies imunes ao corte na área em estudo, assim


definidas pela Lei Estadual Nº 9.519/1992, Art. 31 e 33. Deverão ser submetidos a
procedimento de transplante. O procedimento de transplante deverá ser apresentado
juntamente com o Laudo de cobertura vegetal na fase prévia do licenciamento ambiental do
empreendimento.
Os indivíduos desta espécie encontram-se listados no quadro abaixo, com os respectivos dados
dendrométricos, bem como Coordenadas UTM de localização individual:

Tabela 9: Indivíduos de Figueira (Ficus sp.) existentes na área.

Nº Coordenadas UTM (WGS 84) DAP (m) Altura (m) Vol (m³)
13* 22 J 486826 6716718 19 5 0,078
28** 22 J 486920 6716670 Figueira sobre exemplar de Eucalyptus sp.
37* 22 J 486947 6716686 11 6 0,031
40* 22 J 486947 6716691 14 4 0,034

* Nº: Número identificador no quadro 1 em que o exemplar foi marcado em campo.


** Nº: Identificação da Figueira (Ficus sp.) que se encontra sobre um exemplar de Eucalyptus sp.. Para este caso, não foi possível
realizar medição do mesmo, pois este possui múltiplos caules emaranhados no entorno do exemplar hospedeiro.

5.3.3.3. Espécies Ameaçadas de Extinção

Não foram encontradas espécies arbóreas da flora constantes na lista de espécies da flora
ameaçadas de extinção, previstas no anexo I do Decreto Estadual Nº 42.099/2002, ou
constantes no Anexo I da Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente Nº 06/2008.
Entretanto, constatou-se a presença de um exemplar de Bromeliaceae da espécie Vriesea
gigantea, sobre um exemplar de Jacarandá (Jacaranda mimosifolia). Este exemplar consta na
lista de espécies da flora ameaçada de extinção no Estado do Rio Grande do Sul na categoria
vulnerável, sendo que a mesma deverá ser resgatada e realocada quando da supressão da
vegetação.

5.3.3.4. Recursos Hídricos e APP

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Não foram identificados recursos hídricos na área de intervenção, bem como no seu entorno,
não sendo a área ou parte desta considerada como área de preservação permanente (APP).

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6. Estudo de Tráfego

O estudo de tráfego tem como objetivo avaliar os impactos causados ao tráfego urbano do
Município de Novo Hamburgo em função da implantação do Condomínio Residencial Porto
Marabella e Porto Trinidad. Este estudo foi desenvolvido com base na literatura disponibilizada
pelo Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN (Roteiro para Estudo de Tráfego).

6.1. Polos Geradores de Tráfego

Há no Município grandes geradores de tráfego urbano próximo à área de influência direta e


indireta do empreendimento, podendo destacar-se os seguintes:

6.1.1. Demanda por Comércios

- Bourbon Shopping Novo Hamburgo: O empreendimento está localizado a cerca de 0,6


km de distância do Bourbon Shopping Novo Hamburgo.
- Hipermercado BIG: O empreendimento está localizado a cerca de 0,7 km do
Hipermercado BIG.

6.1.2. Demanda por Sistemas de Educação

- Universidade Feevale – Campos II: O empreendimento está localizado a cerca de 2 km


da Universidade Feevale – Campos II.
- Colégio Marista PIO XII: O empreendimento está localizado a cerca de 0,34 km do
Colégio Marista PIO XII.
- Centro Tecnológico do Calçado – SENAI: O empreendimento está localizado a cerca de
0,38 km do Centro Tecnológico do Calçado – SENAI.

6.1.3. Demanda por Sistemas de Saúde

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- Hospital Geral de Novo Hamburgo: O empreendimento está localizado cerca de 0,45
km de distância do Hospital Geral de Novo Hamburgo.
- Posto de Saúde: O empreendimento está localizado cerca de 0,59 km de distância do
Posto de Saúde – “Postão” da Rua Joaquim Nabuco.

Destacam-se também como polos geradores de tráfego, que geram demanda por malha viária
as indústrias em geral, comércios e serviços locais. Sistemas de recreação e lazer, dentre
outros.
O sistema viário de Novo Hamburgo está representado conforme mapa abaixo:

Imagem 7: Sistema Viário de Novo Hamburgo – PDUA, Anexo 6

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6.2. Delimitação da Área de Influência

Com as características do empreendimento e da área do seu entorno, foi possível definir a


área de influência através de uma análise da configuração do sistema viário, que será usado
como acesso ao empreendimento imobiliário, incluindo todas as vias que serão afetadas de
forma relevante pelo tráfego demandado.
A abrangência da área de estudo depende das características do sistema viário da região e das
dimensões e atividades relacionadas aos polos geradores de tráfego. Grandes
desenvolvimentos propostos em áreas congestionadas e de difícil acessibilidade causam
impactos em uma região maior e consequentemente na sua área de influência. Para a
definição do fluxo existente nas vias, número de faixas de rolamentos, localização dos
semáforos e demais características do sistema viário da área de influência são feitos
levantamentos de campo e medições de tráfego.
Segundo as recomendações do Institute of Transportation Engineers (ITE), organização Norte
Americana que congrega os engenheiros de trânsito, a área de influência direta do
empreendimento para a avaliação dos impactos de tráfego correspondente à região abrangida
pelas vias onde o incremento do tráfego gerado pelo empreendimento é superior a 100
veículos por hora no sentido mais carregado do sistema viário.

6.2.1. Sistema Viário

As avenidas e ruas de uma cidade compõem a rede viária, ou sistema viário, e as normas para
deslocamentos de pessoas e veículos formam o sistema de trânsito urbano. A malha viária é
composta por vários tipos de vias urbanas, sendo vias de trânsito rápido (não existente em
Novo Hamburgo), arteriais, coletoras e de acesso local. Também se destacam as Rodovias
(Federais, Estaduais e Estradas Vicinais) e as vias especiais (ferrovias, ciclovias, dentre outras).
O estudo está diretamente associado a área de influência das vias de acesso a gleba até as vias
arteriais mais próximas, vias lindeiras e imóveis lindeiros.

- Vias Arteriais: Vias de ligação entre diferentes regiões da cidade com interseções em
nível e acessibilidade aos lotes no entorno e às outras vias. Em geral, o fluxo veicular é

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alto e apresentam interseções semaforizadas. Na sua grande maioria são as grandes
avenidas com canteiro central.
- Vias Coletoras: Via destinada a coletar e distribuir o trânsito oriundo das vias arteriais
e que adentram certa região da cidade. O fluxo veicular geralmente é médio. Como
exemplo, têm-se as avenidas que servem a determinada região e que interligam vias
arteriais e locais.
- Vias Locais: Via caracterizada por interseções em nível, destinada ao acesso local ou a
áreas restritas. Em geral, o fluxo veicular é baixo e não apresentam semáforos.
- Vias Especiais: São as vias que possuem uma característica diferenciada para uso,
como as passagens em nível, podendo ser consideradas como ferrovia, ciclovia entre
outras.

6.2.1.1. Rodovias

A gleba está inserida no contexto do Município de Novo Hamburgo em ponto estratégico,


estando próximo aos acessos da Rodovia Federal BR 116 (Aproximadamente 0,57 km) e
Rodovia ERS 239 (2,37 km).
A Rodovia BR 116 é uma rodovia longitudinal, possuindo uma extensão de aproximadamente
4.385 km, interligando 10 estados brasileiros e cidades importantes como Pelotas, Porto
Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Lages, Curitiba, São Paulo, Guarulhos, São José
dos Campos, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Magé, Muriaé, Governador Valadares, Teófilo
Otoni, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Fortaleza.
Esta importante rodovia corta do eixo sul a norte o Município de Novo Hamburgo,
caracterizando a via mais importante no acesso a demais cidades da RMPA, interior e a capital
do Estado. O trecho entre os Municípios de Dois Irmãos e Porto Alegre é considerado o
segundo mais movimentado do Brasil, com um tráfego aproximado em torno de 120 mil
veículos. Esta rodovia encontra-se com a Rodovia RS 239, no entroncamento do km 232 em
Estância Velha/Novo Hamburgo. Liga-se a Rodovia RS 240, no km 245, no município de São
Leopoldo. Liga-se a Rodovia RS 118, no Município de Sapucaia do Sul. Liga-se no km 262 na
Rodovia Federal BR 386, no Município de Canoas e a Rodovia BR 290 (Free-Way) em Porto
Alegre. Em Pelotas possui entroncamento com as Rodovias Federais: BR 392, BR 471 e BR 293.
A Rodovia acaba no limite ao Uruguai, na cidade de Jaguarão.

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Esta Rodovia caracteriza-se por possuir tráfego acentuado, principalmente nos horários entre:
06h30min as 09h30min e as 16h30min as 19h30min, possuindo grandes focos de
congestionamento nestes horários. Há pontos de congestionamento junto a sinaleira do Bairro
Roselândia em Novo Hamburgo, nos dois sentidos; próximo ao posto da Polícia Rodoviária
Federal em São Leopoldo, nos dois sentidos; próximo a estação do Trensurb Petrobrás entre
Canoas e Esteio, nos dois sentidos; próximo ao viaduto da Metrovel em Canoas, no sentido
Interior-Capital.
O trecho que liga o município de Novo Hamburgo a Capital atualmente é de sentido único,
possuindo duplicação até a estação Fátima em Canoas e posteriormente três pistas até o
acesso a BR 290 (Free-Way).
A Rodovia RS 239 é uma rodovia estadual gaúcha que liga os municípios de Estância Velha ao
distrito de Barra do Ouro em Maquiné, passando pelos Municípios de Novo Hamburgo, Campo
Bom, Sapiranga, Araricá, Nova Hartz, Parobé, Taquara, Rolante e Riozinho. A rodovia possui
115,01 km. Possui pistas de sentido único, possuindo duplicação até o Município de Taquara,
no entroncamento com a Rodovia RS 115.
A Rodovia RS 239 corta o Município de Novo Hamburgo no sentido de leste para oeste e se
caracteriza como eixo de acessibilidade para as cidades do Vale do Rio dos Sinos, Vale do
Paranhama e Serra. Não são registrados grandes focos de congestionamento na rodovia.

6.2.1.2. Vias Arteriais

O Município de Novo Hamburgo possui 32 vias arteriais, sendo que 2 delas estão em projeção.
Dentre as vias arteriais que estão dentro da área de influência da gleba e são objetos deste
estudo, é possível salientar, a Avenida Nações Unidas (Entre a Avenida Rincão e a Avenida
Nicolau Becker, Entre a Avenida Nicolau Becker e a Avenida Primeiro de Março, Entre a
Avenida Primeiro de Março e a Estaca 46 do Projeto DNOS, Entre a estaca 46 do Projeto DNOS
e o Prolongamento da Avenida dos Municípios) que se encontra aproximadamente 117 metros
da gleba, A Avenida Nicolau Becker (Entre a Rótula João XXIII e a Avenida Vitor Hugo Kunz) que
se encontra 350 metros da gleba.

6.2.1.3. Vias Coletoras

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O Município de Novo Hamburgo possui 53 vias coletoras.
Dentre as vias coletoras que estão dentro da área de influência indireta da gleba e são objetos
deste estudo, é possível salientar, a Rua Bento Gonçalves (Entre a Rua Demétrio Ribeiro e a
Avenida Nicolau Becker, Entre a Rua Marcílio Dias e a Avenida Coronel Travassos) que se
encontra 490 metros, a Avenida Pedro Adams Filho (Entre a Avenida Nicolau Becker e a Rua
Paraíba) que se encontra a 370 metros, a Rua 24 de Maio (Entre a BR 116 e a Rua Pedro Adams
Filho) que passa em frente a lateral norte do futuro empreendimento.

6.2.1.4. Vias de Acesso Local

A área de influência está relacionada aos trecho das vias de acesso local que serão mais
utilizadas em função da demanda gerada. Fazem parte da área de influência do
empreendimento as vias onde o incremento de tráfego gerado pelo empreendimento utilizará
uma parcela significativa da capacidade da via e cujo tráfego atual já consome
significativamente parte da capacidade viária.
As áreas de acesso local e que fazem parte da área de influência direta do empreendimento
Porto Marabella e Porto Trinidad, são as seguintes:
- Rua Avaí
- Rua Vinte e Quatro de Maio
- Rua Visconde de São Leopoldo
- Rua Pedro Álvares Cabral

Para definição da área de influência desse estudo foram realizados levantamentos de campo e
identificadas as principais interseções do entorno, conforme será possível evidenciar abaixo:

6.2.1.4.1. Interseções

6.2.1.4.1.1. Interseção Rua 24 de Maio e Rua Visconde de São Leopoldo

A interseção entre a Rua 24 de Maio e a Rua Visconde de São Leopoldo está representada na
figura abaixo. Os movimentos permitidos estão representados no mapa. Esta interseção não é
semaforizadas e todas as vias encontram-se pavimentadas.

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Ambas as vias possuem o tráfego em sentido duplo. A Rua 24 de Maio e a Rua Visconde de São
Leopoldo possuem uma faixa de tráfego por sentido.
Próximo a esta interseção possuem 2 pontos de ônibus que atualmente atendem 5 linhas do
transporte coletivo público.

Vista da Interseção entre as Ruas 24 de Maio e


Visconde de São Leopoldo – Antiga Entrada do
Estádio Santa Rosa – ECNH.

Vista Sul da Interseção entre as Ruas 24 de maio e


Visconde de São Leopoldo.

Vista Oeste da Interseção entre as Ruas 24 de


Maio e Rua Visconde de São Leopoldo, em
Direção à Avenida Nações Unidas.

Vista Leste da Interseção entre as Ruas 24 de


Maio e Rua Visconde de São Leopoldo, em
Direção à Rua 11 de Junho e Avenida Pedro
Adams Filho.

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Imagem 8: Sentidos dos fluxos da interseção entre as Ruas 24 de Maio e Rua Visconde de São Leopoldo

São permitidas as seguintes conversões na interseção:


- Conversão à direita da Rua 24 de Maio à Rua Visconde de São Leopoldo.
- Conversão à esquerda da Rua 24 de Maio à Rua Visconde de São Leopoldo.
- Conversão à direita da Rua Visconde de São Leopoldo à Rua 24 de Maio.
- Conversão à esquerda da Rua Visconde de Saõ Leopoldo à Rua 24 de Maio.

6.2.1.4.1.2. Interseção Rua 24 de Maio e Rua Avaí

A interseção entre a Rua 24 de Maio e a Rua Avaí está representada na figura abaixo. Os
movimentos permitidos estão representados no mapa. Esta interseção não é semaforizada e
todas as vias encontram-se pavimentadas.
Ambas as vias possuem o tráfego em sentido duplo. A Rua 24 de Maio e a Rua Avaí possuem
uma faixa de tráfego por sentido.

Vista Leste da Interseção entre as Ruas 24 de Maio e


Rua Avaí, em Direção à Rua 11 de Junho e Avenida
Pedro Adams Filho.

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Vista Oeste da Interseção entre as Ruas 24 de Maio e
Rua Avaí, em Direção à Avenida Nações Unidas;

Vista Sul da Interseção entre as Ruas 24 de Maio e Rua


Avaí.

:
Imagem 9: Sentidos dos fluxos da interseção entre as Ruas 24 de Maio e Rua Avaí

São permitidas as seguintes conversões na interseção:


- Conversão à direita da Rua 24 de Maio à Rua Avaí.
- Conversão à esquerda da Rua 24 de Maio à Rua Avaí.
- Conversão à direita da Rua Avaí à Rua 24 de Maio.
- Conversão à esquerda da Rua Avaí à Rua 24 de Maio.

6.2.1.4.1.3. Interseção Rua Avaí e Pedro Álvares Cabral

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A interseção entre a Rua Avaí e a Rua Pedro Álvares Cabral está representada na figura abaixo.
Os movimentos permitidos estão representados no mapa. Esta interseção não é semaforizada
e todas as vias encontram-se pavimentadas.
Ambas as vias possuem o tráfego em sentido duplo. A Rua Avaí e a Rua Pedro Álvares Cabral
possuem uma faixa de tráfego por sentido.

Vista Sul da Interseção entre as Ruas Avaí e Pedro

Álvares Cabral, em Direção à Rua Cristóvão Colombo.

Vista Leste da Interseção entre as Ruas Avaí e Pedro


Álvares Cabral.

Vista Norte da Interseção entre as Ruas Avaí e Pedro


Álvares Cabral, em Direção à Rua 24 de Maio.

Vista Oeste da Interseção entre as Ruas Avaí e Pedro


Álvares Cabral, em Direção à Avenida Nações Unidas.

Imagem 10: Sentidos dos fluxos da interseção entre as Ruas Avaí e Rua Pedro Álvares Cabral

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São permitidas as seguintes conversões na interseção:
- Conversão à direita da Rua Pedro Álvares Cabral à Rua Avaí.
- Conversão à esquerda da Rua Pedro Álvares Cabral à Rua Avaí.
- Conversão à direita da Rua Avaí à Rua Pedro Álvares Cabral.
- Conversão à esquerda da Rua Avaí à Rua Pedro Álvares Cabral.

6.2.1.4.1.4. Interseção Pedro Álvares Cabral e Rua Visconde de São Leopoldo

A interseção entre a Rua Pedro Álvares Cabral e Rua Visconde de São Leopoldo está
representada na figura abaixo. Os movimentos permitidos estão representados no mapa. Esta
interseção não é semaforizada e todas as vias encontram-se pavimentadas.
Ambas as vias possuem o tráfego em sentido duplo. A Rua Pedro Álvares Cabral e a Rua
Visconde de São Leopoldo possuem uma faixa de tráfego por sentido.

Vista Leste da Interseção entre as Ruas Pedro Álvares


Cabral e Visconde de São Leopoldo, em Direção à Rua
11 de Junho.

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Vista Oeste da Interseção entre as Ruas Pedro Álvares
Cabral e Visconde de São Leopoldo, em Direção à
Avenida Nações Unidas

Vista Sul da Interseção entre as Ruas Pedro Álvares


Cabral e Visconde de São Leopoldo, em Direção à Rua
Carlos Gomes.

Vista Norte da Interseção entre as Ruas Pedro Álvares


Cabral e Visconde de São Leopoldo, em Direção à Rua
24 de Maio.

Imagem 11: Sentidos dos fluxos da interseção entre as Ruas Pedro Álvares Cabral e Visconde de São Leopoldo

São permitidas as seguintes conversões na interseção:


- Conversão à direita da Rua Pedro Álvares Cabral à Rua Visconde de São Leopoldo.
- Conversão à esquerda da Rua Pedro Álvares Cabral à Rua Visconde de São Leopoldo.
- Conversão à direita da Rua Visconde de São Leopoldo à Rua Pedro Álvares Cabral.

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- Conversão à esquerda da Rua Visconde de São Leopoldo à Rua Pedro Álvares Cabral.

Abaixo apresentamos o Mapa Macro contendo as principais vias de acesso ao


empreendimento e seus fluxos.

Planta 3: Planta de Vias de Acesso Direto ao Empreendimento

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6.2.1.4.2. Situação Atual

As quatro interseções analisadas atualmente possuem os maiores fluxos dentro da áreas do


entorno direto do empreendimento e, por fazerem parte das rotas diretas de acesso, sofrerão
acentuados efeitos de acréscimo de tráfego.
Para determinar as condições atuais de circulação dos veículos nessas interseções foram
realizados levantamentos de campo e contagens de veículo.
O levantamento foi realizado com base nas seguintes classificações:
- Veículos de Duas e Três Rodas: Bicicletas, Ciclomotores e Motocicletas;
- Veículos Leves: Automóveis, Caminhonetes e Utilitários;
- Veículos Pesados: Caminhões, Ônibus, Vans, Micro Ônibus e Lotações.

6.2.1.4.2.1. Caracterização das Condições de Tráfego

As pesquisas de tráfego em vias urbanas devem ser realizadas anteriormente à instalação ou


ampliação de empreendimentos que possam gerar impactos sobre essas vias. Com os estudos
realizados é possível identificar alterações provocadas pela instalação, ampliação e/ou
operação do empreendimento.
Os fluxos de tráfego apresentam mutações contínuas em seus volumes ao longo dos meses de
um ano, sendo mais sensíveis nas vias rurais que nas urbanas. A variação de volume em vias
urbanas pode ser observada de acordo com a localização da rua dentro do contexto: ruas de
áreas comerciais têm trafego intenso no mês de dezembro; em áreas industriais os volumes
são relativamente constantes durante todos os meses do ano.
Segundo Akishino (2010), em vias urbanas normalmente, os volumes diários variam pouco no
curso dos dias da semana, sendo que 70% das viagens diárias ocorrem no intervalo de 12
horas, compreendido entre sete horas da manhã e sete horas da noite. As segundas e sextas-
feiras apresentam valores um pouco acima da média; o sábado tem um volume menor e os
domingos e feriados apresentam os volumes mínimos nos grandes centros urbanos, porém,
em pequenos centros e em cidades turísticas o comportamento é bastante diferente.
Portanto, o presente estudo realizou a contagem volumétrica de veículos com a finalidade de
descrever as seguintes características: número, período de ocorrência, sentido, classificação
dos veículos e a magnitude dos fluxos que representa as principais vias de acesso ao
Condomínio Residencial Porto Marabella e Porto Trinidad.

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6.2.1.4.2.2. Metodologia de Contagem Volumétrica de Tráfego

As Contagens Volumétricas visam determinar a quantidade, o sentido e a composição do fluxo


de veículos que passam por um ou vários pontos selecionados do sistema viário, numa
determinada unidade de tempo. Essas informações poderão ser usadas na análise de
capacidade, na avaliação das causas de congestionamento e de elevados índices de acidentes,
no dimensionamento do pavimento, nos projetos de canalização do tráfego e outras melhorias
(BRASIL, 2006).
O método de contagem adotado foi a Contagem Manual e Pontual, onde foi definido 02 (dois)
postos de contagem nas Ruas 24 de Maio e Rua Avaí.
Nos postos de contagem, um observador permaneceu entre 07h00min às 19h00min durante o
dia 06 de junho de 2013. Para tanto, adotou-se a contagem manual com contador e com o
auxílio de fichas. Nessas fichas foram feitas as seguintes anotações: tipologia e número de
veículos.

6.2.1.4.2.3. Resultados

A contagem do tráfego de veículos, nos pontos 01 e 02 totalizaram 12 horas de amostragem.


Os resultados demonstraram que a Rua 24 de Maio, via de maior movimento e de sentido
duplo, registrou a maior faixa de trânsito de veículos principalmente nos horários de pico, que
apresentou os seguintes resultados:

Gráfico 6: Tráfego registrado na Rua 24 de Maio durante o período.

800
700
600
500
400
300
200
100
0
07:00 - 08:00 - 09:00 - 10:00 - 11:00 - 12:00 - 13:00 - 14:00 - 15:00 - 16:00 - 17:00 - 18:00 -
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00

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Gráfico 7: Quantidade de Veículos registrados na Rua 24 de Maio com relação a classificação durante o período.

5000
4800
4600
4400
4200
4000
3800
3600
3400
3200
3000
2800
2600
2400
2200
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
Veículos de Duas e Três Rodas Veículos Leves Veículos Pesados

Na Rua Avaí, via de menor tráfego e que conceberá o acesso ao empreendimento, possui baixo
movimento e sentido duplo, e registrou, principalmente nos horários de pico, os seguintes
resultados:

Gráfico 8: Tráfego registrado na Rua Avaí durante o período

250
200
150
100
50
0
07:00 - 08:00 - 09:00 - 10:00 - 11:00 - 12:00 - 13:00 - 14:00 - 15:00 - 16:00 - 17:00 - 18:00 -
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00

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Gráfico 9: Quantidade de Veículos Registrados em 12 Horas com Relação a Classificação na Rua Avaí

1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Veículos de Duas e Três Rodas Veículos Leves Veículos Pesados

6.3. Estimativa do Tráfego gerado pelo Empreendimento

A definição do tráfego gerado corresponde à estimativa do acréscimo de viagens ao fluxo de


veículos do sistema viário do entorno do empreendimento.
Os polos geradores de tráfego podem ser classificados como produtores ou atrativos de
viagens, dependendo do uso a que se destinam.
A geração de viagens é geralmente realizada com o uso de modelos de regressão que
relacionam o número de viagens geradas por um empreendimento, com uma ou mais variáveis
cuja estimativa seja de fácil obtenção.
As viagens de automóvel atraídas pelo empreendimento são de três tipos: Primárias, que são
as viagens que não existiam ou tinham destino em outra região da cidade e cujo objetivo é o
acesso ao empreendimento; Desviadas, que são as viagens que já ocorriam, mas que tiveram
uma alteração de rota para ter acesso ao empreendimento, e; De Passagem, que são as
viagens que já ocorriam e que não necessitam de nenhuma alteração de rota para o acesso ao
empreendimento.
As viagens primárias contribuem tanto para o carregamento das vias quanto para o
congestionamento nos pontos de acesso. As viagens de passagem não afetam o carregamento
das redes viárias, uma vez que esse tráfego já está nas vias, não devendo ser adicionado ao
tráfego de passagem nas vias adjacentes, e sim aos movimentos de conversão para entrada e

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saída ao empreendimento. As viagens desviadas podem ou não causar impacto dependendo
das condições locais das vias.
6.3.1. Projeção do crescimento do tráfego de passagem

Para estimar o tráfego futuro sem o empreendimento, são utilizadas taxas de crescimento
para o tráfego atual. A situação futura com projeto é a soma da situação sem projeto com a
situação com projeto. Com os dois cenários de análise, situação futura sem projeto e com
projeto, é feita uma comparação dos níveis de serviço do sistema viário e estabelecidos os
impactos.

6.3.1.1. Estimativa de Viagens Geradas

A quantidade de viagens geradas pelo Condomínio Residencial Porto Marabella e Porto


Trinidad foi estimada usando as taxas de geração de viagens por domicílio, obtidas na pesquisa
de entrevistas domiciliares realizada no município de Porto Alegre 2003 (EDOM, 2003). Apesar
da EDOM 2003 ter sido realizada apenas no Município de Porto Alegre, ela foi utilizada no
lugar da pesquisa EDOM de 1997 (que contemplou a Região Metropolitana de Porto Alegre)
por apresentar taxas de geração de viagens mais atualizadas e compatíveis com o incremento
no uso dos veículos particulares observados nos últimos anos.
Para estimativa das taxas de geração de viagens, os domicílios foram agregados em categorias
segundo 3 variáveis (6 níveis). A tabela abaixo apresenta as taxas de geração de viagens para
cada categoria.

Tabela 10: Tabela EDOM 2003

Faixa de Domicílios Condutor de Passageiro de


Pessoas Autos Coletivo Outros Total
Renda (SM) Expandidos Automóvel Automóvel
Sem 2.672 1,79 0,32 0,82 0,31 3,15
Até 2 7.438 1,24 0,32 0,93 0,35 2,85
De 2 a 6 34.402 1,68 0,43 0,85 0,39 3,34
Com
De 6 a 12 24.537 2,23 0,39 0,71 0,40 3,73
De 12 a 20 7.913 2,67 0,53 0,54 0,40 4,13
Acima de 20 3.474 2,77 0,42 0,56 0,37 4,12
1 ou 2
Sem 4.354 0,18 0,08 1,42 0,84 2,53
Até 2 41.926 0,03 0,16 1,33 0,85 2,36
De 2 a 6 55.749 0,006 0,27 1,45 0,74 2,52
Sem
De 6 a 12 15.694 0,21 0,21 1,36 0,82 2,60
De 12 a 20 1.866 0,43 0,42 1,53 0,57 2,95
Acima de 20 627 1,01 0,00 1,38 0,76 3,15

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Sem 10.190 1,74 0,49 1,08 0,63 3,94
Até 2 21.286 1,02 0,48 1,31 1,00 3,80
De 2 a 6 88.801 1,38 0,66 1,26 0,75 4,05
Com
De 6 a 12 54.881 2,02 0,85 1,05 0,65 4,56
De 12 a 20 19.484 2,70 1,05 0,87 0,65 5,26
Acima de 20 7.436 3,65 1,42 0,69 0,54 6,30
3 ou 4
Sem 5.211 0,15 0,17 1,58 1,51 3,40
Até 2 56.915 0,02 0,15 1,75 1,47 3,39
De 2 a 6 62.028 0,12 0,29 1,97 1,22 3,59
Sem
De 6 a 12 10.908 0,27 0,23 1,88 1,43 3,81
De 12 a 20 1.787 0,64 0,17 1,51 1,45 3,78
Acima de 20 589 1,64 1,50 1,30 0,84 5,28
Sem 4.464 1,58 0,86 1,55 0,82 4,81
Até 2 11.124 0,87 0,44 2,02 1,58 4,92
De 2 a 6 34.404 1,17 0,64 1,85 1,14 4,80
Com
De 6 a 12 19.392 1,94 1,18 1,29 0,86 5,27
De 12 a 20 7.340 3,19 1,53 1,12 0,61 6,44
Mais de Acima de 20 3.276 3,99 1,20 1,10 0,69 6,99
5 Sem 2.317 0,01 0,00 1,79 2,62 4,42
Até 2 33.293 0,03 0,16 2,09 2,41 4,70
De 2 a 6 27.384 0,04 0,31 2,33 2,06 4,75
Sem
De 6 a 12 3.799 0,22 0,29 2,20 1,62 4,33
De 12 a 20 574 2,20 0,22 2,45 0,44 5,30
Acima de 20 343 0,00 1,05 1,62 1,74 4,40
SM: Salário Mínimo

Em função da localização e das características do empreendimento, foi considerado que os


domicílios terão renda entre 6 e 12 salários mínimos, com 1 automóvel e no máximo 4
moradores. Com base nestas características foi possível estimar uma taxa de viagens para o
empreendimento. A taxa de viagens adotada foi de 1,53 para automóveis e 1,90 para
transporte coletivo, que é a média ponderada dos estratos considerados. A quantidade diária
de viagens foi calculada usando a seguinte equação:

 =   

Onde:
V: Número de viagens produzidas diariamente
TV: Taxas de Viagens
Dom: Número de Unidades Habitacionais (Domicílios)

Da equação acima se pode verificar que os 660 domicílios deverão produzir 1.009 viagens
diárias em automóveis e 1.254 viagens em transportes coletivos.

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6.3.1.2. Situação Futura

A situação futura foi avaliada acrescentando o tráfego gerado pelo empreendimento ao


sistema viário dentro da área de estudo, conforme detalhado na etapa anterior, bem como
com as projeções de tráfego de passagem (que não tem como origem ou destino no
empreendimento).
Com base em estudos realizados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), a
taxa de crescimento de tráfego de passagem em cidades da RMPA é equivalente a 1,5% ao
ano. Em 10 anos é esperado um crescimento aproximado de 15% no tráfego de passagem.
O gráfico abaixo demonstra um comparativo levando em consideração os seguintes cenários:
- Cenário Atual: Representada pela rede viária existente atual, levando-se em
consideração os fluxos de veículos e as características físicas e operacionais
levantadas;
- Cenário Atual com o Projeto: Representa a rede viária existente atual, levando-se em
consideração os fluxos de veículos e as características físicas e operacionais levantadas
no estudo com base na projeção de acréscimo de tráfego em relação a demanda do
empreendimento;
- Cenário Futuro sem o Projeto: Representa a situação da rede viária 10 anos após a
implantação do empreendimento, considerando a projeção dos fluxos de veículo com
base nas taxas de crescimento.

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Gráfico 10: Cenário Atual, Cenário com o Projeto, Cenário Futuro sem o Projeto com Relação ao Tráfego da Rua 24 de Maio

6800 Cenário Atual Cenário Com o Projeto Cenário Futuro sem o Projeto (10 Anos)
6589
6600
6417
6400

6200

6000

5800
5580
5600

5400

5200

5000
Viagens

Gráfico 11: Cenário Atual, Cenário com o Projeto, Cenário Futuro sem o Projeto com Relação ao Tráfego da Rua Avaí

2500 Cenário Atual Cenário Com o Projeto Cenário Futuro sem o Projeto (10 Anos)

2035
2000 1863

1500

1026
1000

500

0
Viagens

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6.4. Avaliação da Infraestrutura para Pedestres

Na maior parte das interseções de estudo existem faixas para a travessia segura de pedestres,
mas todas elas se encontram em más condições, sem a devida marcação viária. Durante o
diagnóstico foi possível verificar que nas interseções não existem rebaixos do meio fio para
permitir a acessibilidade de portadores de necessidades especiais (PNE).
O mapa abaixo demonstra os pontos onde há passagem em nível para travessia de pedestre e
interseções semaforizadas:

Imagem 12: Sistemas para Travessia de Pedestres

Legenda:

Semáforos

Faixa para Pedestres

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6.5. Sistema de Transporte Público Coletivo

Modalidade urbana é a capacidade que os usuários têm de circular pela cidade atendendo
suas necessidades de trabalho, educação, lazer, cultura e convívio social.
Esta capacidade está relacionada às condições físicas e econômicas de cada indivíduo. Quanto
mais recursos financeiros, maior é a capacidade de mobilidade.
Novo Hamburgo possui atualmente dois tipos de sistema de transporte e circulação, sendo
pelo modal rodoviário – ônibus e mico ônibus, e modal metroviário.
No modal rodoviário municipal o transporte coletivo de passageiros via ônibus ou micro ônibus
é realizado, atualmente, por quatro empresas, são estas: Viação Hamburguesa, Viação
Courocap, Viação Futura e a Viação Feitoria. Por tratar-se de uma área totalmente consolidada
a gleba é atendida por transporte público coletivo e que poderia atender satisfatoriamente o
futuro empreendimento
O atual sistema de transporte público que atende o entorno imediato do empreendimento
está formado por 5 linhas, sendo elas:

- Linha Alpes do Vale


Itinerário: Estrada Germano Friedrich – Benjamin Altmayer – BR 116 – Rincão – 11 de
Junho – 24 de Maio – 25 de Julho – 05 de Abril – 1° de Março.

Com a Linha Alpes é possível ter acesso ao bairro Roselândia e ao bairro Centro. Esta
linha possui 9,2 km de extensão, na seguinte rota, conforme imagem acima.
A linha circula em dois horários, sendo um no sentido Centro-Bairro e a outra no
sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:

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 Horários sentido Centro – Bairro:
12h10min
 Horários sentido Bairro – Centro:
07h10min

- Cohaburgo
Itinerário: 1° de Março – Magalhães Calvet – Pedro Alvares Cabral – Pedro Adams Filho
– 15 de Novembro – 11 de Junho – Rincão – 24 de Maio – 25 de Julho – Marcílio Dias.

Com a Linha Cohaburgo é possível ter acesso ao bairro Operário e ao bairro Rio
Branco. Esta linha possui 10 km de extensão, na seguinte rota, conforme imagem
acima.
A linha circula em vinte horários, sendo nove no sentido Centro-Bairro e onze no
sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:

 Horários sentido Centro – Bairro:


06h20min 13h00min
06h55min 15h00min
09h00min 18h35min
11h35min 19h10min
12h20min

 Horários sentido Bairro – Centro:


06h25min 13h10min
07h00min 15h10min

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09h10min 18h15min
11h45min 18h45min
12h30min 19h20min

- Linha Erno
Itinerário: 1° de Março – Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do Patrocínio –
Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – 24 de Maio – 11 de Junho – Rincão.

Com a Linha Erno é possível ter acesso ao bairro Rincão e ao bairro Rincão dos Ilhéus
em Estância Velha. Esta linha possui 5,4 km de extensão, na seguinte rota, conforme
imagem acima.
A linha circula em cinquenta e dois horários, sendo vinte e seis no sentido Centro-
Bairro e vinte e seis no sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:

 Horários sentido Centro – Bairro:


06h03min 09h10min 12h40min 17h12min 21h15min
06h40min 09h30min 13h30min 17h43min 22h30min
07h10min 09h55min 14h25min 18h30min
07h40min 10h25min 14h58min 18h58min
08h10min 11h35min 15h40min 19h40min
08h35min 11h50min 16h15min 21h15min

 Horários sentido Bairro – Centro:


05h40min 08h00min 10h15min 13h05min 18h55min
06h20min 08h35min 10h45min 13h50min 20h00min

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06h40min 09h00min 12h00min 14h45min
07h00min 09h30min 12h25min 15h20min
07h30min 09h50min 12h40min 16h00min

- Linha Rincão/Roselândia
Itinerário: 1° de Março – Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do Patrocínio –
Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – 24 de Maio – BR 116.

Com a Linha Rincão/Roselândia é possível ter acesso ao bairro Rincão e ao bairro


Roselândia. Esta linha possui 5,3 km de extensão, na seguinte rota, conforme imagem
acima.
A linha circula em noventa e seis horários, sendo quarenta e oito no sentido Centro-
Bairro e quarenta e oito no sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:

 Horários sentido Centro – Bairro:


05h45min 09h20min 12h50min 16h55min
06h20min 09h40min 13h00min 17h10min
06h30min 10h00min 13h20min 17h25min
06h45min 10h23min 13h40min 17h45min
07h00min 10h45min 14h00min 18h00min
07h15min 11h08min 14h20min 18h15min
07h30min 11h24min 15h00min 18h35min
07h45min 11h35min 15h20min 18h50min
08h00min 11h50min 15h40min 19h15min
08h20min 12h05min 16h00min 19h35min

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08h40min 12h20min 16h20min 21h00min
09h00min 12h35min 16h40min 23h00min

 Horários sentido Bairro – Centro:


05h25min 08h35min 12h50min 19h05min
06h00min 08h55min 13h05min 19h30min
06h17min 09h15min 13h15min 19h50min
06h30min 09h35min 13h55min 20h15min
06h32min 09h55min 14h15min 20h45min
06h45min 10h15min 14h35min 21h15min
07h00min 10h38min 16h15min 21h45min
07h15min 11h00min 16h55min 22h10min
07h30min 11h23min 17h10min 22h30min
07h45min 11h39min 18h00min 22h50min
08h00min 12h05min 18h15min 23h00min
08h15min 12h20min 18h30min 23h15min

- Linha RS 239 Via BR 116


Itinerário: 1° de Março – Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do Patrocínio –
Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – 24 de Maio – BR 116 – RS 239 –
Avenida Bahia – Avenida Brasil – Ícaro – Oscar Horn.

Com a Linha RS 239 Via BR 116 é possível ter acesso ao bairro Rincão e ao bairro São
José. Esta linha possui 8,4 km de extensão, na seguinte rota, conforme imagem acima.

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A linha circula em sete horários, sendo três no sentido Centro-Bairro e quarenta e
quatro no sentido Bairro-Centro, conforme indicado abaixo:

 Horários sentido Centro – Bairro:


06h40min 17h35min
11h30min

 Horários sentido Bairro – Centro:


06h05min 12h15min
07h10min 18h15min

Atualmente possuem outras linhas que atendem a área de influência indireta do


empreendimento, conforme é possível verificar abaixo:

- Linha Canudos/Santo Afonso


Itinerário: 3 de Outubro – Oscar Horn – Ícaro – Victor Hugo Kunz - Nicolau Becker –
Ações Unidas – Rodoviária – 1° de Março.

 Horários sentido Centro – Bairro:


06h15min 08h55min 13h20min 18h10min
06h35min 09h15min 14h30min 18h30min
07h00min 10h00min 16h55min 19h05min
07h25min 11h15min 17h00min 20h05min
07h45min 12h10min 17h30min 21h10min
07h55min 13h00min 17h53min

 Horários sentido Bairro – Centro:


05h00min 07h22min 10h50min 16h40min
05h30min 07h37min 11h15min 17h00min
06h00min 08h05min 12h25min 17h17min
06h30min 08h35min 13h35min 17h35min
06h45min 08h50min 14h05min 18h22min

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07h05min 09h12min 15h55min 19h15min

- Linha Polivalente 25 de Julho/Mundo Novo


Itinerário: Dublin – General Daltro Filho – Barão de Santo Ângelo – General Daltro Filho
– General Osório – Nicolau Becker – José do Patrocínio – Castro Alves – Nações Unidas
– Nicolau Becker – Bento Gonçalves – Júlio de Castilhos – Joaquim Nabuco.

 Horários sentido Centro – Bairro:


22h25min

- Linha Vila Campos


Itinerário: Centro – Nações Unidas – Castro Alves – 25 de Julho – 5 de Abril – 1° de
Março – Frederico Link.

 Horários sentido Centro – Bairro:


06h50min 14h10min
07h45min 17h10min
08h50min 18h02min
11h32min 18h45min

 Horários sentido Bairro – Centro:


06h20min 14h30min
07h05min 17h30min
08h05min 18h25min
09h05min 19h05min
12h25min

- Linha Seletiva Circular Mundo Novo


Itinerário: Vidal Brasil – Mundo Novo – Guia Lopes – Marcílio Dias – 1° de Março –
Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do Patrocínio – Castro Alves – 25 de Julho.

 Horários sentido Centro – Bairro:


07h30min 13h50min

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08h05min 14h40min
08h50min 15h40min
09h50min

 Horários sentido Bairro – Centro:


07h20min 12h40min
07h55min 13h40min
08h40min 14h30min
09h40min 15h30min

- Linha Seletiva Vila Nova


Itinerário: Centro – 1° de Março – Magalhães Calvet – Júlio de Castilhos – Vitor Hugo
Kunz – Frederico Metz – Joaquim Pedro Soares – Pedro Adams Filho – Nicolau Becker –
José do Patrocínio – Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – Marcílio Dias.

 Horários sentido Centro – Bairro:


08h30min 16h10min
09h00min 16h55min

 Horários sentido Bairro – Centro:


08h40min 16h20min
09h10min 17h05min

- Linha Seletiva Vila Nova (Hospital Geral)


Itinerário: Centro – 1° de Março – Magalhães Calvet – Pedro Alvares Cabral – Pedro
Adams Filho – Joaquim Pedro Soares – Demétrio Ribeiro – Frederico Mentz – Vitor
Hugo Kunz.

 Horários sentido Centro – Bairro:


07h10min 15h40min
07h40min 07h15min
10h50min

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 Horários sentido Bairro – Centro:
07h45min 15h05min
10h20min 15h45min
10h55min

- Linha 1° de Março
Itinerário: Centro – 1° de Março – Magalhães Calvet – Nicolau Becker – José do
Patrocínio – Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – 5 de Abril.

 Horários sentido Centro – Bairro:


05h45min 11h10min 16h40min
06h05min 11h35min 17h10min
06h25min 11h50min 17h25min
06h50min 12h25min 17h50min
07h10min 13h00min 18h10min
08h00min 13h30min 18h30min
08h30min 14h00min 18h50min
08h55min 14h30min 19h10min
09h25min 15h00min 19h50min
09h50min 15h30min 20h50min
10h12min 16h00min 22h40min

 Horários sentido Bairro – Centro:


05h25min 09h40min 13h40min 16h15min
06h00min 10h05min 14h15min 16h40min
06h20min 10h25min 14h45min 17h25min
06h50min 10h45min 16h15min 17h40min
07h10min 11h35min 13h15min 18h25min
07h35min 12h20min 13h40min 19h10min
08h25min 12h50min 14h15min 20h15min
09h10min 13h15min 14h45min 23h00min

- Linha Canudos BR 116 Centro

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Itinerário: Oscar Horn – Ícaro – Vitor Hugo Kunz – Nicolau Becker – José do Patrocínio –
Borges de Medeiros – Castro Alves – 25 de Julho – BR 116 – Nicolau Becker –
Magalhães Calvet – Júlio de Castilhos.

 Horários sentido Centro – Bairro:


07h05min 18h30min
11h45min 19h30min
13h15min

 Horários sentido Bairro – Centro:


06h10min 17h27min
10h53min 18h40min
12h22min

Além do transporte público municipal, há três empresas que realizam o transporte público
intermunicipal no modal rodoviário, são elas: Viação Central, Viação Citral e Wendling.
O município possui uma Estação Rodoviária, que fica a aproximadamente 2,3 km da área do
futuro empreendimento, a qual possui mais de 200 destinos. O transporte intermunicipal é
realizado pelas empresas: Ouro e Prata, Viação Planalto, Caxiense, VINSA, Expresso Azul, Citral,
Caiense, Central, Socaltur e Wendling.
Em virtude do acrescimento populacional decorrente da ocupação dos condomínios Porto
Marabella e Porto Trinidad inevitavelmente ocorrerá um aumento pela demanda de
equipamentos públicos de transporte. O numero de linhas que atendem atualmente se mostra
insuficiente em relação a demanda gerada pelo empreendimento.
Desta forma, verifica-se que o bairro Vila Rosa poderá necessitar de novos investimentos por
parte do órgão público e demais empresas consorciadas, no incremento e na revitalização dos
sistemas de transporte que deverão atender a área de influência direta ao empreendimento.
Estas ações de maximização das oportunidades da demanda do transporte público deverão ser
articulados com o poder publico municipal visando a discussão de medidas que atenuem esses
problemas, como a implantação de um número maior de linhas, bem como a melhoria das vias
de acesso ao entorno.

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6.5.1. Pontos de Ônibus

No sistema de transporte público estão incluídos os pontos de embarque e desembarque de


passageiros. Ao total, nas áreas de influência direta e indireta, há 16 pontos de ônibus.

Imagem 13: Pontos de Embarque e Desembarque das Linhas Municipais e Intermunicipais

Pontos de Embarque e Desembarque

Além do modal rodoviário, o Município de Novo Hamburgo também possui sistema de


transporte público coletivo por modal metroviário.
O sistema metroviário é gerenciado pela Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A –
Trensurb, que opera no eixo da RMPA, atendendo as cidades de Porto Alegre, Canoas,
Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo, atualmente até a estação Santo Afonso.
A obra de ampliação previa a expansão de 9,3 km, totalizando 43 km de extensão da
denominada linha 1. A obra foi realizada pelo Consórcio Nova Via, por sua vez constituída
pelas empresas Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Toniolo Busnello e T`TRans.
Esta obra foi concebida pela necessidade de simplificar a mobilidade pública interior-capital e
é parte integrante do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC do Governo Federal e foi
dividida nos seguintes trechos:

- Trecho 1: Possui 0,7 km de extensão, com início no final do trecho existente, indo até a
travessia do Rio dos Sinos.

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- Trecho 2: Tem início na travessia do Rio dos Sinos e abrange as duas pontes, ambas
com 90 m de vão livre.
- Trecho 3: Compreende 0,7 km, com início ao final do trecho 2, indo até a Estação Rio
dos Sinos.
- Trecho 4: Possui 2 km de extensão, entre as estações Rio dos Sinos e Liberdade.
- Trecho 5: Possui 1,5 km e está situado entre a Estação Liberdade e a Estação Industrial.
- Trecho 6: Com extensão de 1,5 km, este trecho parte da Estação Industrial e termina
na Estação FENAC.
- Trecho 7: Trecho parte da estação FENAC até a Estação Novo Hamburgo.

A extensão proposta preconiza um incremento de 30 mil passageiros/dia e, para atender a


demanda o Trensurb estuda a possibilidade de adquirir novos três que estarão disponíveis em
até dois anos. (Trensurb, 2013)
O sistema de transporte metroviário tem capacidade de transportar 1.081 passageiros
simultaneamente, compreendendo uma taxa de ocupação média de 6 pessoas em pé/m2.

Imagem 14: Estações metroviárias de Novo Hamburgo

Estações metroviárias de Novo Hamburgo


(Estação Novo Hamburgo – Estação FNAC – Estação Liberdade – Estação Santo Afonso)

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7. Estudo de Impacto de Vizinhança

7.1. Caracterização do Uso e Ocupação do Solo

7.1.1. Parâmetros Urbanísticos do Projeto

7.1.1.1. Zoneamento Urbanístico Ambiental

O zoneamento urbanístico ambiental constitui uma forma de planejamento do uso e ocupação


do espaço urbano, englobando também o espaço rural de um determinado município, que
também prescinde de planejamento e do estabelecimento de zones de uso, ocupação e de
reservas ambientais.
Conforme o Art 4° da Lei Municipal 1216/2004, o PDUA trata de um conjunto de diretrizes que
integram o sistema de planejamento municipal, regulamentando os espaços urbano e rural
referente à instalação de atividades, parcelamento do solo, sistema viário, instrumentos
urbanísticos de controle do uso e ocupação do solo e outros dispositivos de ordenação,
administração e organização da cidade; definindo a estrutura o sistema de gestão para sua
operacionalização e estabelece disposições complementares e dá outras providencias.

7.1.1.2. Macrozoneamento

Em conformidade com o PDUA, a gleba está inserida na Zona Miscigenada – ZM do


macrozoneamento do Município de Novo Hamburgo. Zona com característica de ocupação e
uso intensiva a oeste do Rio dos Sinos e a rarefeita em Lomba Grande. Os dispositivos
urbanísticos preveem ocupação com lotes de dimensões compatíveis com as características e a
infraestrutura local, assim como uso adequado às densidades de ocupação máximas e mínimas
previstas. A ZM está situada nas áreas urbanizadas ao sul da Estrada ERS 239 e a note do
banhado do Rio dos Sinos.

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Imagem 15: Macrozoneamento do Município de Novo Hamburgo – Anexo 6 PDUA

7.1.1.3. Setorização

7.1.1.3.1. Setorização SM3 – Setor Miscigenado 3

A gleba está localizada no Setor Miscigenado Tipo 3 – SM3. Este setor possui característica de
ocupação e uso preferencial habitacional multifamiliar, com atividades compatíveis permitidas.
De acordo com o Art. 74 do PDUA a atividade está incluída no grupo 2 – Habitação: Residências
Multifamiliares Verticais, sendo este de uso permitido pelo PDUA.

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7.1.1.3.2. Setorização CD – Corredor de Densificação

Uma faixa da gleba, junto a Rua 24 de Maio encontra-se no Corredor de Densificação – CD.
Este corredor esta vinculado às vias arteriais e coletoras do sistema viário, com previsão de
densidade maior ou igual ao setor servido pela via.
De acordo com o regime urbanístico do Corredor de Densificação não há restrição para a
atividade de Residências Multifamiliares Verticais.

Imagem 16: Setorização do Município de Novo Hamburgo (SM3 e CD) – Anexo 6 PDUA

7.1.1.3.2.1. Regime Urbanístico

Conforme a setorização da gleba, o empreendimento deve obedecer ao seguinte regimento


urbanístico:

Tabela 11: Tabela de Regime Urbanístico. Retirado e modificado de PDUA – Anexo 1

Setor Corredor de
Regime Urbanístico Miscigenado 3 Densificação Porto Trinidad Porto Marabella
SM3 CD
TO % (Máx) 75 75 17,93 18,34
IA (Máx) 2,4 2,4 1,24 1,3
Altura (h) m (Máx) - - 29 29
Recuo de
m (Min) 4 0 - -
Ajardinamento
Lateral S S - -
Afastamentos
Fundos S S - -
A=H/6 (mín)
Frente S S - -
Observações 2/5/6 1/5 - -

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Observações Pertinentes:

TO: Taxa de Ocupação


IA: Índice de Aproveitamento
Altura: -
Afastamentos (A=h/6):
- Lateral: Sim – Afastamento obrigatório de A=h/6
- Fundos: Sim – Afastamento obrigatório de A=h/6
- Frente: Sim – Afastamento obrigatório de A=h/6
S – Com afastamento obrigatório A=H/6
Recuo de Jardim corresponde a faixa não edificável, além da faixa de domínio da rodovia

7.1.1.3.2.1.1. Condicionantes Municipais

A permeabilidade do solo prevista nos projetos urbanísticos deverão levar em consideração as


disposições do Código de Obras do Município.
Neste caso o Código de Obras do Município, capítulo 15 trata dos espaços livres e suas
definições, conforme é possível verificar nos itens abaixo:

- Definição e Classificação de Espaço Livre

É considerado espaço livre do lote a diferença entre a área do terreno e a taxa de ocupação
nominal, resultante da aplicação de recuos de ajardinamento e espaços de ventilação,
iluminação e insolação, definidas e classificadas:

Quanto ao Tipo

 Espaço Verde
É considerado espaço verde os espaços cultivados e ajardinados, constituindo a área
permeável do lote.
 Constituem espaço cultivado os locais ocupados por espécies vegetais;
 Constituem espaço ajardinado os locais ocupados por espécies arbustivas e
gramíneas.

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 Espaço Pavimentado
São considerados Espaço Pavimentado os espaços ocupados com passeios, pisos,
piscinas, estacionamentos e outros elementos construtivos constituindo o Espaço
impermeável do lote.

- Condições do Espaço Livre

O Espaço Livre deve satisfazer, no mínimo, as seguintes condições:

Condições Específicas

 Espaço Verde
a. Deve ser localizado em locais onde existirem as espécies vegetais descritas na
definição do presente TÍTULO, ocupando, no mínimo, a metade do Espaço
Livre.
 Na ausência das espécies mencionadas, devem ser plantadas, sendo
localizadas de forma a possibilitar a melhor ambientação e insolação;
 Na impossibilidade de completar o Espaço Verde no térreo, será este
localizado em jardins suspensos.
b. Serem, os locais cultivados ou plantados, complementados com
ajardinamento;
c. Ser preservado quanto à forma, ocupação e espécie;
d. Ser, o recuo de alargamento, ser ajardinado.
 A área ajardinada será desconsiderada devido ao seu caráter provisório.

 Espaço Pavimentado
a. Ocupar, no máximo, a metade do Espaço Livre com pisos descritos de acordo
com as suas taxas de impermeabilidade;
b. Serem, os Estacionamentos de Veículos Coletivos descobertos dos Centros
Comerciais e Shoppings; Mercados (super, hiper e macro); Anfiteatros,
Estádios e Ginásios Esportivos e Postos de Abastecimento e Serviços:
 Arborizados na proporção de uma árvore para cada 4 vagas;

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 A pavimentação dos Boxe-estacionamento (Pistas de Estacionamento)
deve ser com material absorvente de águas pluviais, conforme diretrizes
que serão fornecidas pela DEP - Diretoria de Esgotos Pluviais do
Município;
 As Circulações de Veículos (Pistas de Rolamento) podem ser
pavimentadas com materiais impermeáveis.

7.2. Caracterização do Entorno

7.2.1. Levantamento de Usos e Ocupação do Entorno

O bairro Vila Rosa, apesar de possuir uma grande vocação para uso residencial, possui 1.848
residências (incluindo residências horizontais unifamiliares e condomínio verticais e
horizontais multifamiliares), 26 indústrias, 86 comércios e 222 empresas no ramo de prestação
de serviços.
No entorno imediato do empreendimento foram levados os seguintes estabelecimentos
comerciais e de serviços, estabelecimento de uso misto e uso residencial:

Gráfico 12: Panorama Gráfico dos Usos

80
70
60
50
40
30
20
10
0
Total Residencial Comercial/Serviços Misto

Abaixo está o mapa detalhado contendo a localização do lote do futuro empreendimento em


relação aos usos existentes no local.

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Planta 4: Planta dos Usos

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7.2.2. Levantamento de Alturas do Entorno

O levantamento das alturas do entorno se fez necessário a fim de verificar os impactos


negativos quanto à verticalização acentuada do empreendimento, uma vez que o projeto de
implantação do condomínio Porto Marabella e Porto Trinidad preveem cinco torres com 11
pavimento e com uma altura média de 29 m.
Em função disto foi realizado um diagnóstico das edificações no entorno imediato ao
empreendimento, que atestou que no decorrer dos anos, o bairro passou por um processo
lento de verticalização em função do aumento da demanda por habitação. As edificações mais
antigas possuem um padrão de um pavimento, onde eram construídas casas pequenas em
grandes espaços territoriais.
Esta mudança vem se acentuando, não só no bairro Vila Rosa em Novo Hamburgo, mas num
contexto geral, principalmente em cidades cuja taxa de crescimento médio é acentuada e a
demanda por habitação cresce com o adensamento dos centros urbanos.
A tendência a verticalização dos bairros é um processo importante, do ponto de vista
urbanístico e ambiental, uma vez que crescendo verticalmente, se minimiza o processo de
expansão territorial, preservando desta forma, os espaços verdes existentes. Outro impacto
positivo destas edificações é que além da preservação do patrimônio natural, há menos
demanda por investimentos nas expansões, como de saneamento básico, distribuição de
energia elétrica, bem como demais estruturas necessárias neste sentido.
No diagnóstico realizado na área do entorno imediato do empreendimento, foram constatadas
as seguintes alturas das edificações existentes:

Gráfico 13: Panorama Gráfico das Alturas das Edificações

70
60
50
40
30
20
10
0
Total de Edificações Total de Edificações Total de Edificações Total de Edificações
do Entorno com 1 pavimento de até 2 Pavimentos com mais de 3
pavimentos

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Do total de edificações que possuem mais de 3 pavimentos, é possível analisar que
paulatinamente as edificações verticais estão crescendo na região, principalmente nos bairros
cujo público possui um padrão financeiro mais elevado, como podemos observar também nos
bairros Hamburgo Velho, Jardim Mauá e Boa Vista, neste Município.
O gráfico abaixo representa a distribuição das alturas das edificações com mais de 3
pavimentos:

Gráfico 14: Panorama Gráfico Distribuição das Alturas

18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Total de Edificações com 5 Edificações com 7 Edificação com 10 Edificação com 11
Edificações com pavimentos pavimentos pavimentos pavimentos
mais de 3
pavimentos

Esta tendência à verticalização se potencializa ainda mais em outras áreas próximas a área de
entorno imediato do empreendimento, sendo constatado no estudo condomínios com mais de
11 pavimentos. Neste aspecto pode-se concluir que o bairro passa por um processo de
requalificação natural.
Abaixo está representada na planta a localização do empreendimento Porto Marabella e Porto
Trinidad em relação as alturas diagnosticadas na área de entorno imediato do
empreendimento.
Com estar representação fica claro que a verticalização das edificações do condomínio não
gerará um impacto visual tão significativo na implantação do empreendimento.

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Planta 5: Planta das Alturas das Edificações

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7.2.3. Classificação do Padrão/Valor das Edificações do Entorno

Com relação ao aspecto socioeconômico do empreendimento, foi necessário incluir no


diagnóstico inicial a análise do padrão das edificações, uma vez que o público alvo do
empreendimento Porto Marabella e Porto Trinidad está incluso na classe média alta.
Para a realização do estudo do impacto socioeconômico foi necessária a realização de um
levantamento dos padrões construtivos das edificações locais, que estão na área do entorno
imediato do empreendimento.
Esta análise levou em consideração o padrão qualitativo das edificações, onde se analisou os
seguintes parâmetros: Tipologia do Material, Área Total Construída, Padrão dos
Revestimentos, Condições Gerais da Edificação.
Os resultados desta análise demonstraram que as edificações possuem um padrão médio,
médio-alto e padrão alto, com maior predominância de edificações de padrão médio, seguido
de médio-alto, padrão baixo e padrão alto foi levantado somente um empreendimento na área
de entorno imediato conforme é possível evidenciar no gráfico abaixo:

Gráfico 15: Panorama Gráfico dos Padrões das Edificações

80

70

60

50

40

30

20

10

0
Total Padrão Baixo Padrão Médio Padrão Padrão Alto
Médio/Alto

Com a análise destes dados é possível afirmar que não haverá impacto negativo significativo
pela implantação do empreendimento do ponto de vista socioeconômico. Este
empreendimento possui padrão similar a característica dos empreendimentos locais.

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Abaixo está representado o mapa que contém a localização do empreendimento em relação a
classificação das edificações do seu entorno imediato.

Planta 6: Planta das Alturas das Edificações

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7.2.3.1. Laudo de Avaliação do Valor Imobiliário da Região

7.2.3.1.1. Objetivo

O objetivo deste laudo é demonstrar com base em uma pesquisa realizada a avaliação dos
valores dos imóveis já implantados na região, especificamente no bairro Vila Rosa, a qual
perfaz a área de influência direta do empreendimento.

7.2.3.1.2. Metodologia

Os dados para a avaliação e diagnóstico do padrão e valor das edificações da região, foram
levantados a partir de uma pesquisa junto ao mercado imobiliário do município de Novo
Hamburgo, no período de 05 de Maio de 2013 a 10 de Junho de 2013.

7.2.3.1.3. Análise dos Dados Obtidos

Foram levantadas 11 ofertas de imóveis no período com ocupação do tipo residencial,


especificamente edificações verticais estruturadas – condomínios multifamiliares com
unidades autônomas.
Conforme mencionado no estudo acima, o bairro Vila Rosa possui um padrão que vai de médio
a alto, o que acaba conferindo ao bairro uma valoração imobiliária significativa em
comparação a outros bairros do mesmo município. Isto se dá ao fato de estar muito próximo
ao centro da cidade, porém em área deslocada, o que mantém o bairro com uma procura
muito grande por indivíduos que trabalham próximos as áreas centrais. Outro ponto que
valoriza a área é o acesso facilitado e relativamente bem próximo ao acesso da Rodovia BR
116, no sentido Capital-Interior.

7.2.3.1.4. Valor Médio dos Imóveis

A média dos valores obtidos com a análise dos 11 imóveis analisados ficou numa faixa entre R$
1.830,00 – 4.100 m2, podendo-se estimar uma média de R$ 2.965,00 m2.

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7.2.3.1.5. Conclusão

Os resultados obtidos foram extremamente satisfatórios em função de que o empreendimento


Porto Marabella e Porto Trinidad possuem uma faixa aproximada dos valores encontrados,
sendo que o valor praticado é compatível com o valor médio dos imóveis da região.
Vale salientar que a implantação de grandes condomínios residenciais como este projeto, gera
um aumento de demanda por comércios e serviços, o que impulsiona a valorização econômica
da região. Estima-se que este processo ocorra em médio prazo. Estes impactos causados são
considerados positivos.

7.2.4. Caracterização dos Equipamentos da AID

Com vistas a analisar o empreendimento do ponto de vista de viabilidade técnica e


compatibilidade com os sistemas e equipamentos públicos e privados, que irão atender as
demandas do empreendimento Porto Marabella e Porto Trinidad, se fez necessária uma
avaliação minuciosa da disponibilidade destes equipamentos.
Foi realizado um levantamento com base nos seguintes sistemas, levando-se em consideração
a área de influência direta e indireta – AIDI do empreendimento.

7.2.4.1. Equipamentos Públicos

Foram diagnosticados os seguintes equipamentos públicos da AIDI do empreendimento:


- Instituições educacionais
- Serviços de Saúde
- Agências Bancárias
- Centros Culturais
- Locais de Lazer
- Cemitério e Capela Mortuária

7.2.4.2. Equipamentos Privados

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Foram diagnosticados os principais equipamentos privados da AIDI do empreendimento:
- Instituições Educacionais
- Serviços de Saúde
- Agências Bancárias
- Centros Culturais
- Locais de Lazer
- Comércios em Geral
- Comércio de Combustíveis
- Comércio de Alimentos
- Indústrias

7.2.5. Análise dos Dados

Foram diagnosticados 70 equipamentos públicos e privados que deverão suprir num todo ou
em parte a demanda gerada pelo empreendimento após a sua implantação.
Suas conexões com outros bairros, e pontos importantes de comércio e serviços da cidade são
consideráveis.
Os resultados obtidos através desta análise minuciosa estão compilados nos gráfico abaixo:

Gráfico 16: Sistemas Públicos X Sistemas Privados

45

40

35

30

25

20

15

10

0
Sistemas Públicos Sistemas Privados Principais Comércios e Indústrias

Gráfico 17: Tipologia dos Serviços Públicos Prestados

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6

0
Instituições Serviços de Equipamento Equipamentos Sistema de Agências Cemitério
Educacionais Saúde Cultural de Lazer Correios Bancárias
Plúblicas

Gráfico 18: Tipologia dos Serviços Privados Prestados

0
Instituições Agências Bancárias Equipamentos de Lazer Cartórios/Tabelionato Cemitério
Educacionais Privadas

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Gráfico 19: Comércios e Indústrias Relevantes

12

10

0
Comércios em Geral Comércio de Comércio de Alimentos Restaurantes Indústrias
Combustíveis

Na planta abaixo é possível identificar a macro localização dos bairros limítrofes ao


empreendimento, evidenciando os principais equipamentos comunitários públicos e privados,
os quais deverão receber a demanda do condomínio.

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Planta 7: Mapa de Caracterização dos Sistemas Públicos e Privados

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7.3. Viabilidade Técnica

Abaixo serão apresentadas as viabilidades técnicas para o abastecimento de água potável e


esgotamento sanitário, disponibilidade de canalização para condução do efluente pluvial e
viabilidade técnica para fornecimento de energia elétrica.
Todos os documentos emitidos pelos órgãos públicos competentes encontram-se nos anexos
deste Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV.

7.3.1. Viabilidade para Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

Visando obter a viabilidade técnica para o abastecimento de água tratada a empresa MRV
Engenharia e Participações S/A solicitou a Companhia Municipal de Saneamento – COMUSA
Atestado de Viabilidade Técnica o qual foi deferido e declarado viável, conforme segue:

“Atestamos a viabilidade de Abastecimento de Água Tratada e apresentamos as


Diretrizes Técnicas para a elaboração do projeto hidrosanitário de um Condomínio
Residencial, composto por 670 unidades habitacionais, localizado na Rua Avaí esquina
com 24 de Maio, Bairro Vila Rosa, cujo interessado é MRV Engenharia e Participações
S/A”. (PROC. 6-10/9/2012 – APH 2012-469)

O Atestado de Viabilidade Técnica para o Abastecimento bem como tratamento dos efluentes
sanitários encontra-se em anexo a este EIV.

7.3.2. Viabilidade para Efluente Pluvial

Quanto aos efluentes pluviais, o empreendimento recebeu do Departamento de Esgoto Pluvial


– DEP a seguinte diretriz quanto à canalização a ser instalada no local:

“O Anexo 01 que trata da retenção pluvial no lote deverá ser cumprido. Existe
canalização em canos de concreto de diâmetro 0,40 m que cruzam o lote junto à divisa
sul, da Rua Visconde de São Leopoldo para a Rua Avaí, onde podem estar ligados
extravasores pluvi-cloacal dos lotes lindeiros com frente para a Rua Pedro Alvares
Cabral. Essa canalização deverá ser sondada pelo empreendedor e, em havendo

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necessidade de mantê-la, o DEP recomenda a troca dos atuais canos por nova
canalização, podendo ser reposicionada.
Ao longo das ruas Avaí e Visconde de São Leopoldo, o empreendedor deverá executar
canalização em canos e concreto de diâmetro 0,40 m ponta a bolsa simples classe de
resistência 2 (ponta e bolsa armado classe de resistência 2 se executada na pista),
entre as Ruas 24 de Maio e Pedro Alvares Cabral, direcionando as águas às
canalizações existentes nessas transversais, conforme cotas topográficas locais. Na
Rua 24 de Maio o empreendedor deverá executar canalização em canos de concreto de
diâmetro 0,60 m ponta e bolsa classe de resistência 2 (ponta e bolsa armado classe de
resistência 2 se executado na pista), entre a rua Visconde de São Leopoldo e a Avenida
Nações Unidas, reposicionando a nova canalização para o novo alinhamento entre as
Ruas Visconde de São Leopoldo e Avaí. Quando apresentado o DEP fará a análise dos
projetos pluviais relativos às Ruas e trechos acima citados.” (Diretriz fornecida pelo
DEP).

A diretriz para os efluentes pluviais encontra-se em anexo a este EIV.

7.3.3. Demanda por Energia Elétrica

Em face de grande demanda gerada pelas 660 Unidades Habitacionais do empreendimento


Porto Marabella e Porto Trinidad, a organização gestora e responsável pela obra MRV
Engenharia e Participações S/A, recorreu até o órgão responsável pela distribuição da energia
elétrica na Região Metropolitana de Porto Alegre – AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia
S/A, visando obter a viabilidade técnica para o fornecimento de energia elétrica, a qual foi
deferida e declarada viável conforme segue:

“Declaramos para os devidos fins e a quem possa interessar, que é viável o


fornecimento de energia elétrica, localizada a Rua Avaí, Vinte e Quatro de Maio e
Visconde de São Leopoldo, s/n° - Bairro Vila Rosa, Novo Hamburgo – RS, cujo
requerente é MRV Engenharia e Participações S/A. Para a implantação da rede deverá
ser apresentado projeto elétrico de acordo com os padrões e normas técnicas vigentes
da AES Sul.”
“Salientamos que esta declaração de Viabilidade Técnica não predispõe liberação de
carga, nem exime o interessado da eventual necessidade de execução de obra em via
pública, de acordo com a legislação vigente.” (CP-AESSUL-1623-2012).

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A declaração de viabilidade técnica para o fornecimento de energia elétrica encontra-se em
anexo a este EIV.

7.4. Diagnóstico Ambiental

A gleba objeto deste estudo encontra-se em elevado estado de interferência ambiental, uma
vez que a mesma já abrigou outra atividade, conforme descrito no item “detalhes do projeto –
justificativa de localização”.
Vale salientar que a gleba encontra-se em um contexto regional bem desenvolvido, com
vocação residencial, por isso já possui sistemas demandados por outras obras já concluídas e
em fase de implantação na mesma região. Entre esses sistemas estão: Demanda por coleta
pública de resíduos sólidos urbanos e demanda por sistema de tratamento de efluente
sanitário.

7.4.1. Diagnóstico de Geração de RSU

A média per capta de geração de resíduos sólidos urbanos – RSU em um condomínio


residencial é de aproximadamente 0,73 kg/hab-1/dia-1. Levando-se em consideração o
adensamento populacional do condomínio estima-se que por apartamento sejam alocadas no
mínio três pessoas (Apartamentos possuem dois quartos), elevando-se a quantidade para 2,19
kg/apartamento-1/dia-1. (Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Domiciliares – SNIS, 2007)
O projeto a ser aprovado prevê a instalação de 660 unidades habitacionais, totalizando uma
quantidade de 1,4 Ton/dia de RSU, dos quais se estima que apenas 40% são totalmente
recicláveis, resultando num total de 0,5 Ton/dia de material reciclável.

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Gráfico 20: Características dos Resíduos Sólidos Urbanos – RSU

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

0
Total de Resíduos Gerados Por Dia Total de Resíduos Recicláveis Total de Resíduos Orgânicos e não
Recicláveis

Total de Resíduos Gerados Por Dia

7.4.2. Diagnóstico de Geração de Efluente Sanitário

O Estado do Rio Grande do Sul, consume em média 134 l/hab.d de água, o que gera
aproximadamente 100 l/hab.d de esgoto sanitário. Porém o consumo de água e
consequentemente a geração de efluentes sanitários está diretamente associada aos seguintes
fatores: Disponibilidade de água, clima, condições econômicas e o custo da água.
O cálculo da vazão doméstica média de esgoto é dado por:

     

é  =  /

1000
Em que:
Qd médio: Vazão doméstica média de esgoto
Pop: População atendida
Q: Quota per capta de água
R: Coeficiente de retorno (0,8)

A quota per capta de geração de efluentes sanitários esta associada aos seguintes parâmetros:
hábitos higiênicos, instalações e equipamentos hidráulicos-sanitários, a temperatura média e a
disponibilidade de equipamentos domésticos que utilizam água, tais como lavadoras de
roupas, lavadoras de louças, dentre outros.

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Em cidades médias, como Novo Hamburgo, que possui entre 50.000 a 250.000 habitantes, o
consumo médio per capta de água potável está estimado em 120-220 l/hab.d. Neste caso será
utilizada a média de 170 l/hab.d.

1980  170  0,8 



é  =  /

1000

O valor obtido da equação nos mostra que serão emitidos uma média de 269,28 m3/dia de
efluente sanitário após a implantação do empreendimento.
Cabe salientar que estão sendo consideradas uma população média de 1980 pessoas, ou três
pessoas por apartamento.

7.4.2.1. Carga Poluidora

Para os cálculos das cargas orgânicas (DBO), está sendo considerada uma taxa per capta de
geração de 54 mg DBO/l.efluente. Esta carga é característica do efluente doméstico bruto.

 â"#$ %& ' = %54  269.280-'  &

A carga orgânica resultante e que será acrescentada ao corpo receptor (rede pública
municipal) é de 14.541 mg/L-1.
Cabe salientar que no Art 20 da Resolução CONSEMA 128/2006, estão previstos parâmetros
para o lançamento de efluentes líquidos sanitários, os quais deverão atender os seguintes
parâmetros após o tratamento a ser executado:

- Faixa de Vazão: Entre 100 a 500 m3/d


- DBO5: 110 mg O2/L
- DQO: 330 mg O2/L
- SS: 125 mg/L

7.4.3. Demais Impactos Causados

Das distintas formas de relacionamento entre seres humanos e o meio que os envolvem,
surgem os problemas ambientais, os quais estão enraizados na continua e crescente crise
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social, conceitual, cultural, politica, econômica, ecológica, moral entre tantas outras (LEVI,
1990).
Dentre tantas manifestações agressivas perante o meio ambiente, existe uma modalidade, que
apesar de ficar atrás da poluição do ar e das aguas, deve ser debatida com mais ênfase, pois
traz em seus meandros (como tantas outras formas de poluição) uma gama de consequências
para a saúde, o bem estar e a própria qualidade de vida dos homens. A Poluição Sonora
constitui-se no tipo de degradação que mais se agrava com o transcorrer dos tempos, exigindo
em seu habitual silencio soluções que contemplem a qualidade de vida tão almejada pelas
populações (ENIZ, 2004).
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)
conceitua poluição sonora como sendo o conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou
mais fontes sonoras, manifestadas ao mesmo tempo num ambiente qualquer.
A Poluição Sonora apresenta reflexos em todo o organismo e não apenas no aparelho auditivo.
Os ruídos podem causar vários distúrbios, desde a alteração do humor, insônia e, ate mesmo,
na capacidade de concentração. Provoca, ainda, interferências no metabolismo de todo o
organismo com riscos de alterações cardiovasculares e da perda auditiva (LE BRUIT, 1990).
Elevados níveis de ruídos provocam, além da perda orgânica da audição, efeitos psicológicos,
distúrbios neurovegetativos, náuseas e cefaleias, redução da produtividade e o aumento do
numero de acidentes.
O ruído oriundo do trafego e uma das formas mais difundidas de contaminação sonora. Os
automóveis, ônibus e caminhões que circulam nos grandes centros urbanos produzem ruídos
entre 85 e 95 dB[A]. A NBR 10.151 fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade
do ruído em comunidades, apresentando o método para a medição de ruído, a aplicação de
correções nos níveis medidos, no caso dos ruídos apresentarem características especiais, e
uma comparação dos níveis corrigidos com um critério que leva em conta vários fatores. Esta
norma foi elaborada em 1987, tendo sua redação revisada e substituída no ano de 2000.

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8. Impactos Urbanos Ambientais

O processo de urbanização e concentração urbana vislumbrando do decorrer do último século


trouxe a necessidade de novas formas de organização das cidades. Sabe-se que as primeiras
cidades formaram-se por volta do ano 3.500 a.C., na região da Mesopotâmia. Entretanto, a
urbanização é um fenômeno moderno, pois a aceleração do processo de formação das cidades
aconteceu em meados do século XIX. O processo de urbanização moderno teve início no
século XVIII, em consequência da Revolução Industrial, desencadeada primeiro na Europa e, a
seguir, nas demais áreas de desenvolvimento do mundo atual. No caso do Terceiro Mundo, a
urbanização é um fato bem recente. Hoje quase metade da população mundial vive em
cidades. (MUNFORD, 1982)
A implantação de condomínios residenciais causam impactos que por sua vez, traçam uma
problemática por conta da urbanização e do adensamento populacional. Estes impactos não
são somente no meio natural, mas também no artificial, podendo causar problemas na
qualidade de vida das pessoas em um contexto urbano e socioeconômico, na valoração
imobiliária e na segurança.

8.1. Impactos sobre o Adensamento Populacional

Segundo os dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, dos anos
de 1920 a 2010, o Município de Novo Hamburgo teve um crescimento populacional
ascendente em curto prazo de tempo em função dos aspectos de crescimento econômico com
a exploração da indústria do couro e do calçado.

Tabela 12: Evolução da População da Cidade de Novo Hamburgo – 1920-2010

População Participação da Participação da


População
Anos Urbana População Urbana População Rural Total (Hab)
Rural (Hab)
(Hab) (%) (%)
1920 - - - - 8.520
1940 13.670 71,01 5.581 28,99 19.251
1950 20.670 70,19 8.777 29,81 29.447
1960 45.344 84,10 8.572 15,90 53.916
1970 81.811 95,18 4.145 4,82 85.956
1980 133.206 97,59 3.288 2,41 136.494
1991 201.502 97,97 4.116 2,00 205.668
2000 231.989 98,22 4.204 1,78 236,193
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2008 252.352 98,85 2.952 1,16 255.277
2010 234.798 98,26 4.142 1,73 238.940

Gráfico 21: Panorama Gráfico da População Residente de Novo Hamburgo – 1920-2010

300000

250000

200000

150000

100000

50000

0
1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2008 2010
População Urbana População Rural População Total

Imagem 17: Mapa da População Residente em Áreas Urbanas de Novo Hamburgo – Censo IBGE, 2010

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Imagem 18: Mapa da População Residente em Áreas Rurais de Novo Hamburgo – Censo IBGE, 2010

Na área de influência indireta do empreendimento, o adensamento populacional cresceu nos


últimos anos, chegando a 30.503 habitantes em 2010.
O crescimento da demanda por serviços e comércios, contribuirá significativamente para a
expansão e diversificação dos usos para o bairro Vila Rosa.
Para o acrescimento do adensamento populacional, bem como considerando os dados do
projeto, onde todos os apartamentos possuirão no dois quartos, estima-se que sejam três
indivíduos ocupantes em cada unidade habitacional, resultando numa população total de
1.980 indivíduos.
Este crescimento em função da implantação do empreendimento representará um
acrescimento de 6,49% da população residente contabilizada em 2010.
É pertinente salientar que esta estimativa de crescimento populacional é relativo,
considerando-se que parte considerável da população residente do empreendimento deve ser
a própria população interna, ou seja, a população que no geral vive em bairros e em função da
necessidade acaba optando por se deslocar dos bairros para a região central.
Quanto a população flutuante é possível afirmar que haverá incremento significativo em
função da demanda da população residente. Está dentre a população flutuante os empregados
domésticos, jardineiros, limpadores de piscina, pedreiros, serventes, mestres de obra,
engenheiros e arquitetos, profissionais de manutenção de infraestrutura (telefonia,
eletricidade, televisão por assinatura), entregadores de lojas de material de construção,
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entregadores e montadores de mobiliário, entregadores de compras, dentre outros que
possam de alguma forma utilizar também a infraestrutura dos condomínios.
Na falta de metodologia adequada para a estimativa da população flutuante, o estudo levou
em consideração as seguintes informações:

- Total de Empregados Domésticos (Previsão):


O Brasil possui em média 7,2 milhões de empregados domésticos, sendo na sua
maioria mulheres (Organização Internacional do Trabalho – OIT, 2013). Apesar do
Brasil possui o maior número de empregados domésticos do Mundo, este número
representa apenas 4% da população brasileira. No geral, 58% da classe A emprega
trabalhadores domésticos, mas na região Sul do Brasil, a classe A e B emprega uma
média de 48%. (IBOPE, 2013)
Com base, bem como o número de unidades habitacionais que totalizam 660, é
possível afirmar que nestes dados o total de empregados domésticos pode chegar a
316 indivíduos.

- Total de Prestadores de Serviço (Previsão):


Estas informações serão bem subjetivas e de difícil estimativa, porém tem-se como
base que para as atividades mínimas a fim de manter a infraestrutura do local, serão
necessárias no mínimo o acrescimento de 20 indivíduos, entre zeladoria e portaria.
Quanto a demais população flutuante, incluindo os prestadores de serviços externos
está sendo acrescentada uma taxa de 20% da população residente nos primeiros
meses, onde a demanda por serviços diversos, incluindo obras civis é bem maior.
Posteriormente acredita-se que a taxa de população flutuante tende a diminuir para
uma taxa entre 10-12%. Estes números totalizam uma população flutuante de
prestadores de serviços prevista de 416 indivíduos.

O gráfico abaixo representa as comparações da população total residente em 2010 no bairro


Vila Rosa, a população residente total estimada e a população total flutuante estimada.

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Gráfico 22: População Total Residente em 2010 – Prevista e Flutuante

35000

30000

25000

20000

15000

10000

5000

0
População Residente na Área de Influência Indireta Adensamento Populacional Previsto População Flutuante Estimada

Com base nas análises realizadas acima, bem como o diagnóstico da população residente em
2010 na área de influência indireta, pode-se considerar que haverá impacto positivo quanto ao
adensamento populacional. Como se sabe em estudos anteriores, a construção civil gera uma
grande quantidade de postos de trabalho, implicando na geração de emprego e renda. A
geração/aumento da renda do trabalhador está diretamente relacionada com o aumento do
fluxo de capital. Tais impactos são considerados positivos, com uma extensão regional, porém
limitados a fase de implantação do empreendimento.
Desta forma, os impactos associados ao sistema viário da área de entorno imediato ao
empreendimento foram considerados como:

- Fase de Implantação:
Impacto considerado positivo (pois gerará renda, emprego, fomento do comércio
local, arrecadação municipal), direto, temporário, curto prazo, reversível, atingirá
diretamente a área de influência direta do empreendimento, de média intensidade e
magnitude.

- Fase de Ocupação:
Impacto considerado positivo (pois gerará renda, emprego, fomento do comércio
local, arrecadação municipal), direto, permanente, curto e médio prazo, irreversível,
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atingirá diretamente a área de influência direta e indireta do empreendimento, de
média intensidade e magnitude.

8.2. Impacto sobre os Equipamentos Públicos Comunitários

Conforme foi levantado no diagnóstico dos usos do entorno do empreendimento, foram


constatados 18 equipamentos públicos comunitários nas áreas de influência direta e indireta a
área do empreendimento.
Para um estudo mais aprofundado e relevante na análise dos impactos causados sobre os
equipamentos públicos comunitários foi necessário levar a população residente nas
imediações dos bairros vizinhos, a fim de apurar percentualmente a demanda que será gerada
sobre estes sistemas.
Conforme mapa de localização do empreendimento em relação aos bairros limítrofes é
evidenciar a macro influência destes bairros nos equipamentos públicos comunitários.
Ao total são 6 bairros nas imediações diretas dos sistemas públicos comunitários atuais, são
estes: Bairro Rincão, Bairro Operário, Bairro Guarani, Bairro Rio Branco, Bairro Centro e Bairro
Vila Rosa.
Com base em informações estatísticas do adensamento populacional dos bairros, conforme
censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatística – IBGE, a população
residente nestes bairros totaliza 30.503 indivíduos.

Gráfico 23: População Total por Bairro

9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Bairro Rincão Bairro Bairro Guarani Bairro Rio Bairro Centro Vila Rosa
Operário Branco

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Com base nos dados analisados é possível verificar que a sobrecarga do bairro Vila Rosa é
relativamente menor dos demais bairros que atualmente utilizam os mesmos equipamentos
urbanos comunitários.
Com o acréscimo populacional em função da implantação do empreendimento, estimada em
6,49% em relação a população residente em 2010 na área de influência indireta do
empreendimento, totalizando 1980 indivíduos, é possível afirmar que a seria acentuada,
porém não significativamente, conforme demonstra o gráfico abaixo.

Gráfico 24: Gráfico demonstra o acréscimo de 6,49 % sobre a população residente atual da Área de Influência Indireta do
Empreendimento

9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Bairro Rincão Bairro Bairro Guarani Bairro Rio Bairro Centro Vila Rosa
Operário Branco

Vale salientar que boa parte da população que deverá ocupar o empreendimento é a
população interna da própria cidade, que optam por realocarem-se em espaços com maior
infraestrutura e mais próximos das regiões centrais. Esta população acaba fazendo uso dos
sistemas públicos comunitários, como por exemplo, o Hospital Geral de Novo Hamburgo, o
qual realiza atendimento a todo o Município de Novo Hamburgo.
Este acréscimo representa 6,49% da demanda a ser utilizada dos sistemas de equipamentos
públicos comunitários, concluindo-se que este impacto é negativo, direto, permanente, curto
prazo, irreversível, diretamente causado sobre a área de influência direta e indireta do
empreendimento, porém de intensidade e magnitude baixa.

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8.3. Impacto sobre as Redes de Infraestrutura Urbana

8.3.1. Resíduos Sólidos Urbanos – RSU

Com base nas informações levadas no diagnóstico de geração dos resíduos sólidos urbanos
com o crescimento populacional local, foi possível verificar que haverá demanda relativamente
expressiva com relação ao volume de resíduos sólidos urbanos – RSU gerados.
Esta demanda representa aproximadamente 1,4 toneladas de resíduos a serem gerados
diariamente. Isto representa um acrescimento significativo e haverá demanda expressiva pelo
serviço público local, que está estimado em um aumento de 142 % na geração e
consequentemente na demanda pelo serviço público.
Abaixo é possível evidenciar a análise com base nos resíduos sólidos gerados no bairro Vila
Rosa com relação a demanda que será acrescentada no sistema:

Gráfico 25: Resíduos Sólidos Urbanos Gerados e Demanda a ser Gerada pelo Empreendimento (Kg/dia)

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

0
Resíduos Gerados Atualmente Demanda a ser Acrescentada

Este impacto sobre o sistema de infraestrutura local é atenuado em função de que 40% do
total dos resíduos a serem gerados é material reciclável. Na análise dos aspectos e impactos
ambientais, bem como as medidas mitigadoras e compensatórias, está previsto um plano de

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controle operacional, denominado como Plano de Coleta Seletiva, que prevê a conscientização
ambiental, visando a separação adequada dos resíduos gerados, bem como as formas de
convênio com usinas de reciclagem para o encaminhamento destes resíduos para o processo
de reciclagem.
Com base no diagnóstico realizado os impactos sobre a infraestrutura local, no que tange a
geração, o transporte e a disposição final de resíduos sólidos urbanos gerados é possível
afirmar que haverá um impacto negativo com a implantação do empreendimento.
Este impacto é considerado negativo, direto, permanente, curto prazo, irreversível, porém
atenuado, causando impactos diretos nas áreas de influência direta e indireta, de intensidade
e magnitude alta.
Com relação a execução da coleta seletiva de resíduos, este se considera um impacto positivo,
direto e indireto, permanente, curto-médio prazo, reversível, causando impactos diretos nas
áreas de influência direta e indireta, de intensidade e magnitude alta.

8.3.2. Efluentes Líquidos

Com base nas informações obtidas no diagnóstico de geração de efluentes líquidos sanitários
com o crescimento populacional local, é possível afirmar que a vazão de aproximadamente
269,28 m3/dia conferirá ao corpo hídrico receptor uma carga orgânica de 14.541 mg/L-1. Este
impacto é considerado bem significativo em relação a demanda atual, como é possível verificar
na relação gráfica abaixo:

Gráfico 26: Demanda a ser gerada pelo Acrescimento Populacional (m3/dia)

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300

250

200

150

100

50

0
Efluentes Gerados Atualmente Demanda a ser Acrescentada

Este impacto poderá ser atenuado em função de que está previsto no projeto do
empreendimento está prevista a instalação de um sistema de tratamento contendo fossa e
filtro biológico conforme recomendações da COMUSA.
Conclui-se desta forma, que o impacto a ser gerado é negativo, direto, permanente, curto
prazo, irreversível, atingindo diretamente as áreas de influência direta e indireta, bem como a
regionalidade como um todo, de intensidade e magnitude média.

8.3.3. Impermeabilização do Solo

Com base no diagnóstico da gleba quanto aos aspectos urbanísticos e construtivos, foi possível
verificar no código de edificações do Município de Novo Hamburgo, que o projeto
arquitetônico apresentado atende satisfatoriamente os índices de permeabilidade natural. A
implantação do condomínio deverá impermeabilizar uma área de 75% do total da gleba a ser
utilizada pelo empreendimento.
Em uma análise de localização com base no levantamento planialtimétrico, foi possível
verificar que há uma tendência de escoamento dos efluentes pluviais da porção leste para a
porção oeste, desaguando o efluente pluvial no leito do arroio Luiz Rau, não impactando
significativamente o sistema de drenagem pluvial do empreendimento.
Conclui-se, desta forma, que o impacto causado, referente a impermeabilização do solo é
negativo, direto, permanente, de curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de

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influência direta e indireta do empreendimento, porém de magnitude e intensidade média, em
função das medidas de mitigação.

8.4. Impacto sobre o Uso e a Ocupação do Solo

8.4.1. Ventilação e Insolação

Com base no diagnóstico realizado sobre as alturas dos empreendimentos, bem como dos
aspectos geográficos e de clima da região, foi possível verificar os aspectos e os impactos a
serem causados em função da ventilação e da insolação do local após a implantação.
Conforme podemos verificar no esquema gráfico abaixo, a implantação das torres
habitacionais do empreendimento não acarretam prejuízo no que diz respeito à ventilação e
insolação. Principalmente por sua implantação se dar no miolo do quarteirão, e suas torres
estarem dispostas de maneira a favorecer a passagem dos ventos predominantes, não estando
perpendicular a estes.
Do ponto de vista da insolação, podemos concluir que a implantação das torres residenciais do
empreendimento não foge do que de regra para o local, pois o gabarito adotado já é
recorrente no bairro, o que justifica plenamente sua execução.
Ainda do ponto de vista da altura das edificações, podemos concluir que o bairro Vila Rosa esta
passando por uma revitalização, onde casas residenciais de pequeno porte e baixo padrão de
qualidade, estão aos poucos dando lugar para condomínios verticais de padrão médio, no que
o empreendimento se encaixa perfeitamente.
Conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto causado é neutro, direto,
permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de influência direta do
empreendimento, porém de magnitude e intensidade baixa.

Planta 8 – Insolação e Ventos Predominantes

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8.4.2. Iluminação e Sombreamento

Do ponto de vista do Sombreamento, conforme podemos visualizar na peça gráfica abaixo, o


empreendimento causa influência direta em algumas edificações do entorno imediato.
Contudo, a abrangência deste sombreamento é restrita a um pequeno grupo de edificações,
não podendo assim ser motivo de impedimento para implantação dos edifícios,
principalmente por se tratar de um gabarito recorrente no bairro, e portanto harmônico em
relação ao seu entorno. Ainda no que diz respeito a análise do sombreamento causado pelas
edificações do empreendimento, pode-se dizer que sua principal influência é dentro do seu
próprio terreno, ou seja, a principal influência se dá nele próprio.

Imagem 19: Insolação e Sombreamento

Desta forma conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto causado é
negativo, direto, permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de
influência direta do empreendimento, porém de magnitude e intensidade baixa.

8.5. Impacto sobre a Valorização Imobiliária do Entorno

Foi possível verificar com base nos diagnósticos realizados no local que há uma tendência a
valorização dos imóveis da região com relação a implantação do Condomínio Porto Marabella
e Porto Trinidad no local. A análise da valorização levou em consideração os resultados obtidos

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no laudo de avaliação dos valores dos imóveis, bem como no público alvo do
empreendimento.
O gráfico abaixo representa o nível de valor dos empreendimentos imobiliários em relação ao
Condomínio Residencial:

Gráfico 27: Valor do m2 das Edificações Locais

4500

4000

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

0
Edificações (m2) Valor Edificações (m2) Valor Valor das Edificações (m2)
Mínimo Máximo Condomínio

Esta valorização se dá em função da crescente demanda por comércios e serviços no local,


decentralizando o bairro centro da cidade.
Desta forma conclui-se com base nas informações levantadas que o impacto causado é
positivo, direto, permanente, curto prazo, irreversível, atingindo diretamente a área de
influência direta do empreendimento, porém de magnitude e intensidade baixa.

8.6. Impacto sobre os Sistemas Viário e de Transporte Público

8.6.1. Sistema Viário

O aumento no fluxo de veículos durante a fase de demolição, limpeza, preparação do terreno


e terraplanagem será decorrente do transporte dos operários, empreiteiros e demais
contratados para a execução das obras civis. Também pode ser considerado que poderá haver
impacto negativo com relação ao transporte de máquinas, equipamentos e materiais, material

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terrígeno e da vegetação a ser suprimida. Este impacto causará uma pressão sobre o sistema
viário local principal, compreendendo as Ruas 24 de Maio, Rua Avaí, Rua Visconde de São
Leopoldo e Rua Pedro Álvares Cabral, podendo aumentar os riscos de acidentes nestas
imediações e podendo causar a deterioração do pavimento das vias públicas.
A caracterização das Condições de Tráfego das principais vias de acesso ao empreendimento
demonstra que a intensidade atual dos fluxos de veículo ainda pode ser considerada baixa,
porém um pouco acentuada na Rua 24 de Maio em relação às demais vias diagnosticadas.
Desta forma, os impactos associados ao sistema viário da área de entorno imediato ao
empreendimento foram considerados como:

- Fase de Implantação:
Impacto considerado negativo, direto, temporário, imediato (curto prazo), reversível,
atingirá diretamente a área de influência direta do empreendimento, de baixa
intensidade e magnitude.

- Fase de Ocupação:
Impacto considerado negativo, direto, permanente, imediato (curto prazo), reversível
desde que adotadas as medidas mitigatórias, atingirá diretamente a área de influência
direta do empreendimento, de média intensidade e magnitude.

8.6.2. Transporte Público

Com relação aos impactos associados ao transporte público coletivo de Novo Hamburgo é
possível afirmar com base no diagnóstico realizado que o mesmo é insuficiente para atender a
demanda local.
Neste aspecto vale salientar que, com base em estudos estatísticos, 47% da população
brasileira possui um meio de transporte motorizado tais como: ciclomotores, motocicleta e
automóveis (Pnad/IBGE), porém este dado não leva em consideração o poder aquisitivo da
população brasileira.
Levando-se em consideração os dados estatísticos obtidos bem como a análise do público alvo
do empreendimento, o impacto sobre o sistema de transporte público é atenuado, em função
de que o percentual que utilizará o sistema será relativamente pequeno e muitas vezes
esporádico.

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Considerando os dados apresentados acima, bem como a análise do diagnóstico realizado este
impacto é negativo, direto, permanente, curto a médio prazo, reversível, afeta diretamente a
área de influência direta e indireta do empreendimento, porém possui intensidade e
magnitude baixa.

8.7. Impactos sobre a Paisagem Urbana e Natural

Com base nos estudos realizados nas áreas de influência direta do empreendimento,
especificamente o entorno imediato foi possível avaliar os impactos que serão causados sobre
a paisagem urbana e natural com a implantação do empreendimento.
A análise dos impactos foi realizada tendo como base a avaliação da cobertura vegetal
existente, incluindo o passeio público, o padrão, a altura das edificações e o perfil
arquitetônico dos mesmos.
Esta análise obteve os seguintes resultados:

8.7.1. Quanto a Paisagem Natural

Não haverá impactos significativos com a implantação do empreendimento no aspecto da


paisagem natural, em função de que a gleba onde o empreendimento irá ser instalado já se
encontra em estado antropizado, havendo um remanescente muito pequeno de exemplares
arbóreos, conforme levantamento evidenciado no estudo biológico.
Será prevista na etapa de licenciamento ambiental a reposição florestal obrigatória, a título de
medida compensatória sobre os danos causados. Há sempre um incremento da compensação
ambiental a ser executado pelo empreendimento, desta forma, o impacto positivo sobrepõe-
se ao impacto negativo, uma vez que boa parte dos exemplares são exóticos e estão “velhos”
em mal estado fitossanitário.
Considerando os dados apresentados acima, bem como a análise do diagnóstico realizado este
impacto é positivo, direto e indireto, permanente, curto-médio prazo, irreversível, afeta
diretamente a área de influência direta e indireta do empreendimento, porém possui
intensidade e magnitude alta.

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8.7.2. Quanto a Paisagem Urbana

O empreendimento não deverá causar impactos significativos do ponto de vista da paisagem


urbana da região, uma vez que a área possui uma vocação residencial, com tendência a
verticalização, com o incremento imediato de demais condomínios residenciais com o mesmo
perfil arquitetônico da edificação.
O empreendimento deverá beneficiar a paisagem local, uma vez que a área, utilizada
antigamente pelo ECNH, encontra-se bastante deteriorada e com alto índice de insegurança. A
implantação do empreendimento irá embelezar o local, bem como deverá gerar segurança à
área do entorno imediato ao empreendimento.
Considerando os dados apresentados acima, bem como a análise do diagnóstico realizado este
impacto é neutro, direto, permanente, curto-médio prazo, irreversível, afeta diretamente a
área de influência direta do empreendimento, porém possui intensidade e magnitude média.

8.8. Impactos Ambientais

8.8.1. Aspectos e Impactos Ambientais – AIA

8.8.1.1. Análise de AIA

Toda a intervenção feita pelo homem pode causar impactos ao ambiente assim como no meio
social e econômico, sendo influenciada pelo porte, uso e funcionalidade da obra em questão,
podendo variar de uma pequena a grande significância de impacto, dependendo do tipo de
atividade.
A construção civil no Brasil é responsável por gerar 685.000.000 toneladas de resíduos da
construção civil – RCC mensalmente, incluindo obras de terraplanagem e movimentação de
solos, resíduos inertes como caliça e metralha, o que gera custos altíssimos e coleta,
transporte e disposição final ou reciclagem.
Além da geração de resíduos sólidos, há quantidade significativa de geração de efluentes
líquidos, pelos processos de fabricação de argamassa, lavagem de caminhões, dentre outros
processos.
As emissões atmosféricas são significativas quando se trata de obra civil, pois este impacto
está presente em várias etapas do processo de implantação de um empreendimento. A
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movimentação de solos, o tráfego de caminhões, o uso de equipamentos, causam emissões de
poeiras e ruídos, que podem afetar desfavoravelmente o ambiente e seu entorno.
Desta forma, se faz necessária uma análise profunda sobre os aspectos e os impactos
ambientais gerados pela construção civil, considerando o porte do empreendimento, estes
aspectos precisam ser controlados para que não se tornem grandes impactos.
De acordo com a NBR ISO 14001, o termo “meio ambiente” significa: circunvizinhança em que
uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres
humanos e suas inter-relações. A mesma norma trata o aspecto ambiental como sendo o
elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o
meio ambiente, sendo que um aspecto ambiental significativo tem potencial de causar
impactos ambientais significativos. O impacto ambiental é qualquer modificação do meio
ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais de
uma organização.
Para tanto, a gestão dos aspectos ambientais em uma obra civil é extremamente importante,
pois visa gerenciar e controlar estes aspectos para que não se tornem impactos ao ambiente.
Abaixo, segue a matriz de aspectos e impactos que são causados na obra civil, especificamente
da implantação do Porto Marabella e Porto Trinidad.
Conforme descrito acima, a análise dos aspectos e impactos ambientais é extremamente
importante na fase preliminar de um empreendimento. Com base nos aspectos e impactos
levantados será possível criar estratégias de controle para cada um deles, a fim de que se
possa assegurar a qualidade ambiental atenuando efeitos negativos sobre o ambiente.
Abaixo está a Matriz de correlação de aspectos e impactos ambientais – AIA da obra a ser
implantada:

Tabela 13: Matriz de Correlação de Aspectos e Impactos Ambientais – AIA

Impactos Ambientais
Assoreamento de Corpos Hídricos
Contribuição para o Esgotamento
Depleção/Diminuição da Camada

Alteração da qualidade do solo e


Alteração da Qualidade da Água

Alteração da qualidade da água

Alteração da Qualidade do Solo

da Disponibilidade de Recursos
Alterações da qualidade do ar
Contribui para a formação de

Alteração da fauna e da flora


Incômodos a Comunidade

solo/Ocupação em aterro
superficial e subterrânea

Resíduos Orgânicos no

Compactação do Solo
Ocupação em Aterro

Alteração da fauna
da água superficial
efeito estufa (CO2)
superficial

de Ozônio

naturais

Meio Físico

Aspectos Ambientais
Efluentes Efluentes Orgânicos
X
Líquidos sanitários

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Efluentes Oleosos X
Efluentes
X
Contaminados
Emissões Emissão de Material
X
Atmosféricas Particulado
Sucatas Metálicas X X
Papel/Papelão/
X X
Plástico/Vidros
Resíduos
X X
Contaminados
Resíduos Resíduos Inertes X X
Sólidos Resíduos de
Bombonas e
X X
Tambores
Contaminados
Equipamentos de
X X
Proteção Individual
Consumo de Energia
X
Elétrica
Consumo de Água X
Corte/Retirada de
X
Cobertura Vegetal
Recursos Destruição de Habitat
X
Naturais de Fauna
Trânsito de Peças
Pesadas (Blocos de X X
Concreto)
Consumo de
X X X
Combustível
Ruídos e Ruído X
Vibrações Vibrações X X
Vazamentos e
Emergências Derramamentos X
e Riscos Acidentais
Incêndios X

8.8.1.2. Significância

Identificados os aspectos e os impactos ambientais decorrentes da atividade, se faz necessária


a avaliação de significância dos AIA’s, levando em consideração vários fatores, dentre eles:

8.8.1.2.1. Aspectos Ambientais

- Temporalidade: Passado | Presente | Futuro


- Situação:
 Normal: Aspectos inerentes aos processos.
 Anormal: Aspectos associados a situações não previstas na execução.
 Emergência: Aspectos gerados em condições adversas, envolvendo
risco para a atividade, trabalhador e para a comunidade.
- Incidência:

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 Direta: Aspecto está associado às tarefas executadas dentro dos
limites da atividade executada.
 Indireta: Aspecto está associado às tarefas que são controladas
indiretamente e fora dos limites da atividade executada.

8.8.1.2.2. Impactos Ambientais

- Severidade:

Severidade Definição Pontuação


Impacto que causa pouco ou nenhum dano ao meio ambiente ou ao ser
Baixa 1
humano.
Se os impactos causados forem maiores, mas não tão graves, será de
Média 2
média severidade.
Alta Se os impactos forem muito graves, será de alta severidade. 3

- Frequência:

Frequência Definição Pontuação


Improvável de ocorrer, podendo ocorrer até uma vez por mês ou poucos
Baixa 1
registros durante o ano.
Média Provável de ocorrer, podendo ocorrer até uma vez por semana. 2
Altamente provável que ocorra, podendo ocorrer diariamente, tais como
Alta 3
consumo de papel, energia elétrica e recursos hídricos.

- Abrangência:

Nível Definição Pontuação


Os impactos excedem os limites da área da empresa, causando
Local 1
incômodo.
Regional Os impactos podem ocorrer dentro dos limites regionais. 2
Global Os impactos excedem os limites do estado e país. 3

Os aspectos e impactos ambientais serão considerados significativos e passíveis de controle


quando:
- Insignificante (até 3 pontos): Impactos não merecem atenção especial, por
serem raros em sua ocorrência ou de baixo risco ao ambiente.

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- Documentados (de 4 à 6 pontos): São aqueles impactos que possuem alguma
relevância ambiental, porém não necessitam de atenções prioritárias, mas
podem ter algum tipo de controle.
- Significativos (de 7 à 9 pontos): São aqueles impactos que necessitam de
algum controle operacional para minimizar os impactos ao ambiente.

8.8.1.2.3. Análise de Significância

Abaixo está representada a planilha de análise de significância dos aspectos e impactos


ambientais decorrentes da atividade de construção do Porto Marabella e Porto Trinidad.

Tabela 14: Cálculo de Significância dos AIA’s

Análise Análise
Aspecto Impacto Resultado Significância
S I S F A
Alteração da Qualidade da
Efluentes Orgânicos
N I Água superficial e 1 3 2 6 Documentado
sanitários
subterrânea
Alteração da qualidade da
Efluentes Oleosos A I 1 1 1 3 Insignificante
água superficial
Efluentes Alteração da qualidade da
N I 2 2 2 6 Documentado
Contaminados água superficial
Emissão de Material
N D/I Alterações da qualidade do ar 2 3 2 7 Significativo
Particulado
Ocupação em Aterro /
Contribuição para o
Sucatas Metálicas N D 1 2 2 5 Documentado
Esgotamento dos Recursos
Naturais
Ocupação em Aterro /
Papel/Papelão/ Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Plástico/Vidros Esgotamento dos Recursos
Naturais
Ocupação em Aterro /
Resíduos Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Contaminados Esgotamento dos Recursos
Naturais
Ocupação em Aterro /
Contribuição para o
Resíduos Inertes N D 1 2 2 5 Documentado
Esgotamento dos Recursos
Naturais
Resíduos de Ocupação em Aterro /
Bombonas e Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Tambores Esgotamento dos Recursos
Contaminados Naturais
Ocupação em Aterro /
Equipamentos de Contribuição para o
N D 1 2 2 5 Documentado
Proteção Individual Esgotamento dos Recursos
Naturais
Consumo de Energia Contribuição para o
N I 3 3 3 9 Significativo
Elétrica Esgotamento dos Recursos
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Naturais
Contribuição para o
Consumo de Água N I Esgotamento dos Recursos 3 3 3 9 Significativo
Naturais
Corte/Retirada de
N D Alteração da Fauna e da Flora 3 1 1 5 Documentado
Cobertura Vegetal
Destruição de Habitat
N D Alteração da Fauna 3 2 1 6 Documentado
de Fauna
Trânsito de Peças
Incômodo à Comunidade /
Pesadas (Blocos de N D/I 2 3 2 7 Significativo
Compactação do Solo
Concreto)
Consumo de Efeito Estufa / Diminuição da
N D/I 3 3 3 9 Significativo
Combustível Camada de Ozônio
Ruído N D/I Incômodo à Comunidade 3 3 2 8 Significativo
Incômodo à Comunidade /
Vibrações N D/I Alteração da Qualidade do 3 3 2 8 Significativo
Solo
Vazamentos e
Derramamentos E I Alterações da qualidade do ar 2 1 2 5 Documentado
Acidentais
Incêndios E I Alterações da qualidade do ar 2 1 2 5 Documentado

Dos 21 aspectos e impactos ambientais levantados e analisados consideraram-se os seguintes


resultados:

Gráfico 27: Resultado da Análise dos AIA’s

25

20

15

10

0
Significativos Documentados Insignificantes

Desta forma conclui-se com base nas informações levantadas nos diagnósticos bem como na
avaliação dos aspectos e impactos ambientais que os impactos causados sobre o meio
ambiente serão considerados negativos, direto, permanente, curto prazo, irreversível,

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atingindo diretamente a área de influência direta do empreendimento, porém de magnitude e
intensidade baixa.

8.8.1.2.4. Controles Operacionais

Com o intuito de acompanhar as atividades decorrentes das obras de instalação e, também,


após a implantação do empreendimento, sugere-se a realização de alguns programas
ambientais, conforme sumarizado abaixo. Estes programas objetivam monitorar as atividades
diretamente associadas as obras de instalação do empreendimento, assim como aquelas
diretamente vinculadas a sua ocupação. Pretendem também acompanhar, através da análise
de indicadores e parâmetros ambientais, a potencial ocorrência de alguma alteração
ambiental,
frente as quais se estabelecerão mecanismos de prevenção ou mitigação. Com isso, criam-se
mecanismos estratégicos para a minimização dos impactos ambientais adversos, que sejam
potencialmente decorrentes das obras de instalação e de ocupação do empreendimento.

- Plano de Controle Ambiental


- Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
- Plano de Controle de Poeiras
- Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações

São controles operacionais após a implantação do empreendimento e fazem parte, como um


todo, da gestão ambiental e da mitigação dos impactos o seguinte plano:

- Plano de Coleta Seletiva

Estes controles operacionais são documentos complementares ao Estudo de Impacto de


Vizinhança – EIV.

8.8.1.2.4.1. Plano de Controle Ambiental

a) Introdução

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O Plano de Controle Ambiental tem por objetivo apresentar a proposta de parcelamento,
assim como, as medidas mitigatórias, controle e compensação ambientais dos impactos
ambientais negativos decorrentes da instalação do empreendimento.

b) Objetivos do Empreendimento

São objetivos do empreendimento:

a) Respeitando o direito de propriedade, promover o parcelamento de área de expansão


urbana, atendendo ao quesito de função social do imóvel;
b) Atender uma demanda regional de imóveis predominantemente residencial;
c) Viabilizar o melhor aproveitamento e destinação da área, promovendo a compatibilização
entre o desenvolvimento socioeconômico e o equilíbrio ambiental;

c) Impactos Negativos a Implantação do Empreendimento do Ponto de Vista Ambiental

- Tráfego

A movimentação de máquinas e equipamentos de grande porte durante a realização das


atividades de implantação do empreendimento poderá apresentar como fontes potenciais de
impactos ambientais:
 Aumento de poeira nas áreas próximas ao empreendimento;
 Emissão de particulados durante a movimentação de material, corte e aterro na área
interna do empreendimento;
 Incremento do tráfego nas ruas de acesso;
 Geração de ruído advindo de máquinas, caminhões e equipamentos utilizados.

Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes medidas de
controle (mitigatórias):

 Aspersão com águas no trecho das vias de acesso, através de caminhão pipa, devendo
ser dada atenção especial à manutenção da limpeza das rodas dos equipamento,
quando estes forem circular em vias públicas;

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 Realização de um trabalho de informação/orientação dos usuários frequentes das vias
de acesso, a ser realizado no período de pré obra.
 Execução do transporte de equipamentos pesados para a obra fora dos horários de
pico de trânsito local e necessariamente durante o dia;
 Sinalização adequada para orientação do tráfego, utilizando placas de advertência*;
 Não efetuar carregamento de caminhões em excesso, para evitar transbordamentos
nas vias públicas, no caso de materiais que não forem ser utilizados na área interna do
empreendimento, observando-se ainda, o enlonamento dos caminhões.

* A sinalização deve advertir os usuários da via pública quanto à existência da obra, delimitar
seu contorno, bem como ordenar o tráfego de veículos e pedestres. Esta sinalização deverá
compreender dois grupos de sinais, quais sejam: Sinalização anterior à obra e sinalização no
local da obra. Deverá ser prevista a instalação de sinalização complementar, visando auxiliar o
conjunto de sinais convencionais, destacando-se placas de desvio de tráfego, placas de
fechamento de vias, indicação de obras nas vias transversais, atenção à mão dupla, todas estas
placas devem indicar a distância em metros até a obra. Colocar dispositivos em pontos
estratégico de grande visibilidade destinados a proteger operários, transeuntes e veículos
durante a execução das obras, ressaltando-se que estes dispositivos devem apresentar sempre
boas condições de uso.
O uso de colete ou tiras refletivas deve ser obrigatório quando o operador estiver a serviço em
vias públicas.
Ao término da implantação da obra, todos os dispositivos de sinalização utilizados no local
devem ser retirados do local.

- Supressão da Vegetação

Mesmo considerando que a área destinada ao empreendimento encontra-se antropizada,


quando da supressão do pequeno percentual de exemplares existentes na área, ainda assim
poderão ser observados os seguintes impactos ambientais:
 Geração de ruídos pelas máquinas e equipamentos de corte e roçada da vegetação;
 Geração de resíduos sólidos advindos do processo de poda/supressão.

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Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes medidas de
controle (mitigatórias)

 Execução das atividades de supressão da vegetação em horários de pouco trânsito,


necessariamente durante o período da tarde;
 Supressão da vegetação apenas nas áreas estritamente necessárias à implantação da
estrutura do empreendimento.

- Área do Bota Fora

Para a instalação do empreendimento poderá ser necessária à utilização de áreas de


compensação de massa e/ou bota fora externo, a ser definido pelo empreendimento, devendo
este local ser devidamente licenciado para essa finalidade.
 Ocupação do solo.

Para a instalação do sistema de acondicionamento temporário de resíduos da construção civil,


algumas regras deverão ser atendidas, tais como:
 Não alocar recipientes e demais dispositivos de coleta em locais suscetível a erosão;
 Em área suscetível a cheias e inundações;
 Com topografia acidentada;
 Que esteja alinhada com a direção predominante dos ventos e núcleos urbanos;
 Que interfira com espécies vegetais protegidas por lei.

Deverão conter soluções adequadas para a disposição final dos resíduos sólidos gerados, que
devem ser retirados periodicamente do local de trabalho, conforme prevê o Plano de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Afim de manter o canteiro de obras em condições de higiene, para maior conforto dos
trabalhadores, deverá ser contatado serviço de empresa especializada em desinsetização e
desratização para controle das pragas urbanas nas instalações da obra.
A empreiteira responsável pela execução da obra deve informar aos moradores do entorno,
através de projeto (antes da implantação do canteiro de obras).
Independente da observância das medidas preventivas recomendadas, durante a execução das
obras a empresa responsável pela supervisão geral do empreendimento deverá realizar

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inspeções rotineiras para análise das condições estruturais do solo, sobretudo nas áreas de
exposição, considerando fenômenos como erosão, assoreamento, efeitos da alteração de
drenagem, acondicionamento de resíduos, sistemas de segurança ocupacional, dentre outros.

- Poluentes Hídricos

A geração de efluentes líquidos deve ser analisada em dois aspectos:


 Drenagem de águas pluviais com carregamento de partículas sólidas e matéria
orgânica que poderão assorear o curso hídrico mais próximo do empreendimento;
 Efluentes sanitários gerados a partir da ocupação do empreendimento.
As águas pluviais deverão por um determinado período de tempo carregar materiais para o
corpo receptor, na fase inicial do funcionamento, regularizando-se por si só após lavagem
hidráulica superficial e varrição.
Os efluentes sanitários deverão ser coletados na sua totalidade (rede coletora de esgoto) e
encaminhados conforme diretrizes a serem acordadas e estabelecidas entre o empreendedor
e departamento de esgoto público.

- Poluentes Atmosféricos

Apenas na fase de implantação do empreendimento deverão ser emitidos poluentes


atmosféricos, não sendo evidenciada nenhuma forma significativa de geração destes
poluentes a partir da operação/ocupação do empreendimento.

- Ruídos

Apenas na fase de implantação do empreendimento deverão ser observadas emissões sonoras


perturbadoras; não sendo evidenciada nenhuma forma significativa de geração destas
emissões a partir da ocupação/operação do empreendimento.

- Resíduos Sólidos

A geração de resíduos sólidos deve ser analisada em dois aspectos:


 Resíduos de construção civil a serem gerados na fase de implantação;

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 Resíduos gerados a partir da ocupação do empreendimento.

d) Impactos Positivos na Implantação do Empreendimento

 Oferta de habitação financiada, contribuindo para regulação do mercado imobiliário da


região;
 Geração de empregos e renda tanto de maneira direta (pelas obras de implantação do
loteamento e sua infraestrutura) quanto indireta, pelo incremento do setor da
construção civil e das atividades comerciais da região;
 Incremento na arrecadação de impostos diversos, através das atividades do
empreendedor (ISSQN e ICMS), do patrimônio edificado e lotes (IPTU) e dos
estabelecimentos ao seu redor (ICM e ISSQN);
 Aumento da demanda por produtos e serviços ligados ao ramo da construção civil nos
municípios, em função das obras de instalação do loteamento e infraestrutura na área;
 Aumento da demanda, vigilância, equipamentos de segurança e outras necessidades
que venham a surgir de maneira mais imediata no decorrer das obras.

e) Desmobilização do Canteiro de Obras

Ao término das obras, deverão ser removidas as seguintes estruturas do canteiro de obras:
− Pisos e bases em concreto ou madeira compensada;
− Cercas;
− Barramentos ou outros obstáculos decorrentes das obras;
− Bueiros provisórios;
− Drenagens provisórias;
− Deverá ser efetuada a vedação satisfatória ou enchimento de fossas e sumidouros;
− Áreas propícias ao acúmulo de águas pluviais devem ser erradicadas;
− A rede natural de drenagem deve ser totalmente desobstruída;
− Resíduos perigosos porventura existentes deverão ser acondicionados e transportados
conforme previsto nas normas técnicas em vigor, levando em consideração as
recomendações do PGRCC, com a devida autorização do órgão ambiental competente.

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f) Saúde e Segurança do Trabalhador

Entre os cuidados a serem seguidos pela empreiteira com relação à segurança podem-se citar
os seguintes:
− Munir os operários de ferramentas e equipamentos apropriados a cada tipo de serviço, os
quais devem estar em perfeitas condições de manutenção de acordo com as
recomendações passadas pelo fabricante;
− Dotar os operários de proteção apropriada (capacetes, cintos de segurança, óculos, luvas,
botas, capas, abafadores de ruído, etc.), e tornar obrigatório o seu uso;
− Instruir os operários a não deixarem ferramentas em lugares ou posições inconvenientes,
advertindo-os para que pás, picaretas e outras ferramentas não permaneçam abandonadas
sobre montes de terras, nas bordas de valas, sobre escoramentos, ou quaisquer outros
lugares que não seja almoxarifado, nem mesmo durante os horários de intervalo e almoço;
− Evitar o mau hábito de deixar tábuas abandonadas sem lhes tirar os pregos. São comuns os
registros de problemas de saúde, devido infecção por tétano, causados por acidentes
envolvendo pregos oxidados;
− Zelar pela correta maneira de transportar materiais e ferramentas;
− Evitar o uso de viaturas com os freios em más condições ou com pneus gastos além dos
limites de segurança, pois podem provocar perdas de vidas por atropelamentos ou colisões;
− Atentar para a segurança com os pedestres nas áreas em que a obra se desenvolver
próxima a residências, cercar todas as valas em que a situação local exigir, utilizando
passarelas para as residências e sinalização noturna adequada;
− Efetuar a estocagem de material e de ferramentas nos depósito de tal maneira que permita
a perfeita circulação no almoxarifado;
− Evitar ferramentas em excesso nas prateleiras e quando isso for impossível, adotar como
precaução de segurança informar suas localizações com placas, bandeiras ou qualquer
outro sinal indicativo;
− Manter os operários vacinados contra doenças infecciosas, tais como tétano e febre tifoide.
Alertá-los através de painéis ou banners internos quanto a higiene pessoal com água e
sabão em abundância, como forma de combater as dermatoses;
− Todo o equipamento de proteção individual – EPI a ser utilizado deve possuir o Certificado
de Aprovação – CA, emitido pelo Ministério do Trabalho;

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− Para conforto e higiene, o canteiro de obras deve dispor de instalações sanitárias, vestiário,
refeitório, área de lazer e ambulatório, com as seguintes especificações mínimas:

 Instalações Sanitárias:

 Ter portas de acesso que impeçam o seu devassamento e ser


construídas de modo a manter o resguardo conveniente;
 Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso e no máximo a 150m
(cento e cinquenta metros) de distância do posto de trabalho;
 Ter um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário e mictório,
para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração;
 Ter chuveiro para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração.

 Instalações Vestiário:

 Ter armários ditados de fechadura ou dispositivo com cadeado;


 Ter bancos, com largura mínima de 0,30 cm

 Instalações do Refeitório:

 Ter capacidade de garantir o atendimento de todos os trabalhadores


no horário das refeições e com assento em número suficiente para
atender os usuários;
 Lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
 Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou
não da cozinha, deve haver local para aquecimento das refeições
 Área de Lazer

 Poderá ser utilizado o próprio refeitório como área de lazer, que


funcionará após o término das atividades diárias;
 Deverá possuir equipamento de telecomunicação.

 Instalações Ambulatório (para obras com mais e 50 operários):

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 Local para atendimento a urgências simples;
 Local para permanência de acidentados ou em observação;
 Deverá prever a instalação de O2 e monitor cardíaco de pressão
sanguínea.

g) Prevenção de Riscos Ambientais

Segundo o item 9.1.1 da Norma Regulamentadora – NR do Ministério do Trabalho, fica


estabelecida a obrigatoriedade da elaboração e implantação, por parte dos trabalhadores e
demais instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
tendo em consideração a proteção do ambiente e dos recursos ambientais.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas neste campo, devendo estar
articulado com o disposto nas demais NR’s, em especial o Programa de Controle Médico de
Segurança Ocupacional – PCMSO, previsto na NR 7.
A elaboração, implantação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas por
empresa terceirizada ou por equipe própria, capaz de desenvolve o dispostos nas normas, a
critério do empreendedor.
Cabe ao empreendedor, estabelecer, programar e assegurar o cumprimento do PPRA como
atividade permanente da empresa ou instituição e aos trabalhadores:
− Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
− Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos pelo PPRA;
− Informar ao seu superior hierárquico direto as ocorrências que, a seu julgamento,
possam implicar em riscos à saúde dos trabalhadores

h) Controle Médico de Saúde Ocupacional

Segundo o item 7.1.1 da NR 7, fica estabelecida a obrigatoriedade da implementação, por


parte de todos os empregados do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional –

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PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus
trabalhadores.
Cabe a organização contratante de mão de obra, prestadora de serviços informar a empresa
contratada os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do seu PCMSO, nos
locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados.
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa, no campo da
saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR’s.
Compete ao empreendedor:
− Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar sua
eficácia;
− Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao
PCMSO;
− Indicar, dentre os médicos do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa, um coordenador responsável pela
execução do PCMSO;
− No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo
com a NR 4, deverá o empregador indica médico do trabalho, empregado ou não da
empresa, para coordenar o PCMSO;
− Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empreendedor poderá contratar
médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
Deverá ser prevista a disponibilização de todo o equipamento e material necessário à
prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade
desenvolvida, manter local adequado para esta finalidade e profissional capacitado para este
fim.

i) Gerenciamento de Riscos Ambientais

Durante a execução das obras e serviços de engenharia, poderão ocorrer sinistros envolvendo
o meio físico e a equipe de trabalho local, tanto quanto outras localidades (do entorno e
distantes) e equipes contratadas para serviços terceirizados.
Entre as possibilidades com maior probabilidade de ocorrência estão:
− Inundações e erosão de grandes proporções;
− Derrame/Vazamento de materiais poluentes e/ou cargas perigosas;

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− Acidentes de trânsito;
− Movimentação de massa e/ou danos físicos a edificações localizadas no entorno,
consequência de trepidações e tráfego de equipamentos pesados;
− Explosões originárias de combustão por superaquecimento;
− Desmoronamento de estruturas em estado precário;
− Incêndios;
− Acidentes de trabalho;
− Epidemias envolvendo trabalhadores.

A fim de atuar na contenção das causas dos possíveis sinistros acima relacionados, será
responsabilidade da empreiteira adotar as medidas e procedimentos descritos a seguir:

a) Contingência para sinistros envolvendo os meios físicos/biótico

Considerando a conformação a situação da gleba, sugere-se que o empreendedor


realize por si ou por técnicos contratados, investigação preliminar nas edificações do
entorno antes do início das obras, a fim de resguardar seus interesses em caso de
ocorrência de sinistros, visando avaliar a precariedade das habitações, tanto quanto as
irregularidades construtivas das edificações no entorno. Caso a investigação
identifique riscos estruturais preexistentes, a organização deverá adotar os
procedimentos necessários à inclusão dos dados no seguro obrigatório das obras e
proceder à informação do risco aos interessados, a fim de evitar ocorrência de
catástrofe. A investigação deve ser realizada por perito.

b) Derrame/Vazamento de materiais poluentes e/ou cargas perigosas

Poderá ocorrer tanto no local das obras e serviços, quanto durante o transporte dos
mesmos do local de obtenção para a obra, ou em sentido oposto.
São considerados materiais poluentes: Óleos e graxas, resíduos sólidos domésticos e
efluentes sanitários (Canteiro de obras) e de lavagem de equipamentos.
São consideradas cargas perigosas: Combustíveis fósseis e que contenham cimento e
outros produtos químicos.

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Para gerenciamento dos riscos quanto à produção/obtenção, manuseio e
armazenagem destes produtos, cabem a empresa contratada para a execução da obra:

 Manter sistemas de drenagem de água pluviais e de esgotamento sanitários


isolados;
 Controlar a emissão de efluentes que possam conter óleos e graxas, oriundos
da lavagem, limpeza e/ou pequenos reparos em equipamentos, através de
dispositivos de filtragem e contenção;
 Recolher diariamente e dispor em local adequado, para posterior coleta, todo
o resíduo produzido no canteiro de obras;
 Os resíduos e efluentes perigosos somente poderão ser transportados por
empresas devidamente licenciadas pela Fepam;
 Comunicar as autoridades competentes, inclusive a Fepam ou Secretaria de
Meio Ambiente, logo após o sinistro, vazamentos, derrames ou quaisquer
outros envolvendo material perigoso;
 Mobilizar imediatamente o corpo de bombeiros, em caso de acidente com
carga perigosa.

Ao término das intervenções:

 Remover os detritos, restos e sobras de materiais de construção de qualquer


natureza e de entulhos provenientes das oras e da demolição do canteiro;
 Retirar pavimentos e pisos do canteiro de obras de modo a expor novamente
o solo do local, que deve ser terraplanado e vegetado no mínimo com
gramíneas;
 Desativar e remover containers e demais recipientes de acondicionamento de
resíduos;
 Desativar, desinfetar, demolir e aterrar os dispositivos de recepção e
tratamento dos esgotos sanitários existentes no canteiro;
 Desativar, limpar, demolir e aterrar caixas separadoras de óleos e graxas (caso
possua).

c) Contingência para Situações de Sinistros envolvendo o meio antrópico

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i. Acidentes de Trânsito

Caberá a contratada adotar ao empreendedor adotar a sinalização da obra


conforme especificado e acordar com o órgão de trânsito do Município, as
alterações e desvios de tráfego necessários à execução das intervenções.

ii. Movimentações de massa e/ou danos físicos a edificações localizadas no


entorno, consequência de trepidações e tráfego de equipamentos pesados

Ocorrendo qualquer das situações, os serviços devem ser paralisados e


acionada a equipe de engenharia responsável pelo projeto. Devem ser
executados novos estudos geotécnicos, inclusive de natureza geoestrutural,
para a verificação de possíveis ocorrências de falha ou outras estruturas
geológicas no substrato que não tenham sido detectadas inicialmente.
As especificações do projeto deverão ser revistas e ajustadas a nova situação.
Constatado que o dano se deve à execução do Projeto, caberá indenização ou
reparo ao proprietário, a expensas do empreendedor. Havendo riscos aos
moradores, a empresa será responsável por retirá-los do local, abrigando em
local que possua condições iguais de habitabilidade, até completo reparo ou
indenização sobre o dano.

iii. Incêndios

Poderão ser evitados se obedecidos os critérios de segurança, no que e refere


à manutenção do canteiro de obras.

j) Monitoramento das Obras e Serviços

No decorrer da obra, desde o início das atividades deverá o empreendedor prever o


acompanhamento periódico e sistemático dos aspectos ambientais da obra, sejam eles no
âmbito administrativo, técnico ou operacional, com o objetivo de impedir a ocorrências de

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situações indesejadas, otimizando a execução dos serviços, bloqueando a ocorrência de
impactos adversos ao ambiente e a saúde humana.
Para que o monitoramento resulte em efetivo controle ambiental, deverão ser observadas,
pelos envolvidos as seguintes recomendações:
- Toda e qualquer irregularidade observada no canteiro de obras deve ser registrada.
Cabe aos responsáveis emitir os registros e deixa-los a disposição dos seus superiores,
a fim de que se faça uma análise crítica sobre os eventos ocorridos;
- O carregamento de caçambas contendo resíduos sólidos ou sedimentares, destinados
ao transporte para bota-fora ou outros locais que não o canteiro de obras, deve ser
objeto do Registro de Transporte (Conforme PGRCC);
- Os responsáveis pela execução da obra ou empresa terceira deve prever no
planejamento a realização periódica de uma inspeção/auditoria da obra. Caso sejam
apontadas não conformidades (NC) que possam resultar em riscos ou danos ao
ambiente, ou ainda que tenham sido observados pelos responsáveis aspectos
relacionados neste Plano de Controle Ambiental relativamente as medidas
preventivas, mitigatórias ou corretivas de danos ambientais, será emitido o relatório
de auditoria/inspeção, o qual deverá ser devidamente registrado e as NC’s
devidamente sanadas em tempo hábil pré-determinado.
O acompanhamento diário das ações mitigatórias e/ou corretivas de impactos
ambientais previstas neste plano como um todo é objeto do responsável pela a
execução da obra, que deve ter em vista também, detectar outros problemas
ambientais significativos porventura surgidos na execução da obra e apontar
procedimentos corretivos a serem adotados pelos executores do projeto.

8.8.1.2.4.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC

k) Objetivo

Este Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC tem como objetivo a
caracterização, a quantificação e as formas de manejo dos resíduos gerados em decorrência da
obra civil, visando à redução, o reuso e a reciclagem.
O plano também tem como objetivo descrever a forma de planejamento das ações, definir
responsabilidades e os recursos necessários para desenvolver e implantar as ações necessárias
ao cumprimento das etapas previstas neste plano.
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l) Aplicação

Este plano é aplicável ao canteiro de obras, os empregados, empreiteiros, contratados e


subcontratados, visitantes, agentes de fiscalização, dentre outros.

m) Responsabilidades

Recursos Internos
Direção

− Criar procedimentos, mecanismos e estratégias com o objetivo de monitorar os aspectos


ambientais decorrentes de sua atividade;
− Disponibilizar recursos humanos e financeiros na aquisição de materiais e equipamentos a
serem utilizados como apoio na gestão dos resíduos sólidos e líquidos, bem como na
prevenção de acidentes;
− Disponibilizar aos envolvidos, treinamentos, palestras e cursos correlacionados a
capacitação, desde ao apoio a elaboração, a implantação e execução;
− Difundir as boas práticas de gestão
− Fazer-se presente na condução das atividades gerenciais

Equipe de Implantação
− Levantar as necessidades e custos e administrar os recursos para garantir a implantação e
eficácia deste Plano;
− Coletar informações necessárias, tais como orçamentos, recursos financeiros e humanos na
condução da implantação e manutenção deste documento;
− Disponibilizar tempo para envolver-se com as atividades, na inspeção regular, na
capacitação pessoal, na correção de problemas bem como no atendimento a não
conformidades na gestão e ações a emergências;
− Criar mecanismos de monitoramento através de ações preventivas e indicadores de gestão
a fim de medir a eficiência/eficácia das ações implantadas neste Plano;
− Comunicar de forma imediata, a ocorrência de qualquer emergência ambiental a alta
direção, bem como a todas as entidades competentes, quando necessário, tais como a
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Brigada de Incêndio (no caso de sinistro), a Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(caso haja o envolvimento de pessoas), ao órgão ambiental (em caso de envolver recursos
ambientais);
− Investigar as ocorrências anormais no processo;
− Definir as ações de atendimento a emergências;
− Definir e conduzir simulações, avaliando os resultados, emitindo relatório técnico,
descrevendo as ações corretivas, caso seja apontada não conformidade;
− Transmitir e treinar os colaboradores as informações contidas neste Plano;
− Promover a mitigação dos impactos ambientais, providenciando a remoção e a destinação
adequada dos resíduos gerados;
− Acompanhar as ações corretivas;
− Revisar este Plano periodicamente;
− Garantir que as ações propostas no Plano de Ação sejam cumpridas.

Recursos Externos
- Corpo de Bombeiros: Prestar socorro às vítimas; combater emergência conforme
estratégia.
- Defesa Civil: Evacuar e vigiar pessoas e casa; prestar socorro às vítimas.
- Órgãos Ambientais: Acompanhar o combate à emergência; participar do monitoramento
ambiental, da avaliação das consequências em termos ambientais e da restauração das
características iniciais das áreas atingidas e adjacências; acompanhar o recolhimento e a
destinação dos resíduos oriundos da emergência.
- Órgãos de Trânsito: Interditar e/ou desviar o transito rodoviário e as vias próximas ao local
de emergência.
- Prefeitura: Auxiliar na retirada de vítimas e encaminhamento para hospitais; providenciar
apoio, no tocante a recursos humanos e materiais, caso necessário.

n) Requisitos Legais Aplicáveis

Norma ABNT NBR 10.004: Dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos
Norma ABNT NBR 10.007: Dispõe sobre a amostragem de resíduos
Norma ABNT NBR 11.174: Dispõe sobre a armazenagem de resíduos não perigosos
Norma ABNT NBR 12.235: Dispõe sobre a armazenagem de resíduos perigosos
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Norma ABNT NBR 15.112: Resíduos da construção civil e resíduos volumosos
Norma ABNT NBR 15.114: Resíduos da construção civil – Reciclagem
Lei Federal n° 12.305/2010: Cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos
Decreto Federal n° 7404/2010: Regulamenta a Lei Federal n° 12.305/2010
Lei Estadual n° 9.921/1993: Dispõe sobre a gestão dos Resíduos Sólidos
Decreto Estadual n° 38.356/1998: Regulamenta a Lei Estadual n° 9.921/1993
Lei Estadual n° 7.877/1983: Dispõe sobre Transporte de Cargas Perigosas no RS
Resolução CONAMA n° 109/2005: Dispõe sobre o PGRCC
Resolução CONAMA n° 307/2002: Dispõe sobre a gestão dos resíduos da construção civil
Resolução CONAMA n° 348/2004: Altera a Resolução CONAMA n° 307/2002
Resolução CONAMA n° 448/2012: Altera a Resolução CONAMA n° 307/2002
Portaria Fepam n° 34/2009: Dispõe sobre o Manifesto de Transporte de Resíduos – MTR

o) Definições

Resíduos da Construção Civil: São os provenientes das construções, reformas, reparos e


demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de
terrenos, tais como: Tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais,
resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação, embalagens vazias contaminadas, chapas de
raio-x, comumente chamados de entulho de obras, caliça ou metralha.
Geradores: São pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades
ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos pela Resolução CONAMA 307.
Transportadores: São as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte
dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação.
Agregado reciclado: É o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de
construção que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação,
de infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia.
Gerenciamento de Resíduos: É o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar
resíduos, incluindo o seu planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos
para desenvolver e implantar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em
programas e planos.
Reuso: É o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo.

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Reciclagem: É o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à
transformação.
Beneficiamento: É o ato de submeter um resíduo as operações e aos processos que tenham
por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou
produto.
Aterro de Resíduos de Construção Civil: É a área onde serão empregadas técnicas de
disposição de resíduos da construção civil classe A no solo, visando à preservação de materiais
segregados de forma a possibilitar seu uso menor volume possível, sem causar danos a saúde
pública e ao ambiente.
Áreas de Destinação de Resíduos: São áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição
final dos resíduos.
Classificação dos Resíduos da Construção Civil: Os resíduos deverão ser classificados como:
Classe A: São resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de
infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
De construção, demolição, reformas e reparos de edificações, componentes cerâmicos (tijolos,
blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto;
De processo de fabricação de e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos,
tubos, meio-fio, etc.), produzidas no local da obra.
Classe B: São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
Classe C: São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os oriundos
do gesso.
Classe D: São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas e
solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais
objetos e materiais que contemplam amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Resíduos Perigosos (Classe I): Aqueles que apresentem alguma característica de
periculosidade, tais como: Inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
patogenicidade.
Resíduos não Perigosos (Classe II): Que não apresentam característica de periculosidade,
podendo obter duas classificações:

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Classe II – Não Inerte: Aqueles que não se enquadram como resíduos de classe I nem classe II-
Inerte. Os resíduos não inertes podem ter as propriedades: Biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.
Classe II – Inerte: Qualquer resíduo que submetidos a um contato dinâmico com água não
tiverem nenhum dos seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões
de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez e sabor.

p) Planejamento

O planejamento deve ser realizado no canteiro de obras, objetivando:


- Levantamento das informações junto a equipe de obra, identificando os resíduos
predominantes, empresa contratada para a remoção dos resíduos, locais para a
destinação adequada;
- Preparação e apresentação da proposta para aquisição e distribuição de dispositivos
de coleta de resíduos bem como a sinalização dos locais de descarte do canteiro de
obra;
- Definição dos responsáveis pela coleta dos resíduos nos locais de acondicionamento
inicial e transferência para o local de armazenamento final;
- Cadastro de fornecedores objetivando qualificar os fornecedores de serviço para a
gestão dos resíduos;
- Elaboração de rotina para o registro da destinação dos resíduos;
- Verificação das possibilidades de reciclagem e aproveitamento dos resíduos.

q) Implantação e Operação

A gestão dos resíduos da construção civil inicia-se da seguinte forma, na seguinte ordem
cronológica:
- Aquisição e distribuição dos dispositivos de coleta;
- Aquisição e distribuição dos dispositivos de sinalização;
- Treinamento com os operários no canteiro de obras (Triagem, Armazenamento e
Descarte Adequado).

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r) Monitoramento

Deverá ser avaliado o desempenho da gestão dos resíduos na obra, por meio de relatórios
analíticos periódicos, em relação a limpeza e a ordem no local, a triagem e a destinação dos
resíduos. Pode-se optar por indicadores que atestem a eficiência do sistema de
gerenciamento de resíduos.

s) Qualificação dos Fornecedores

Os fornecedores envolvidos na gestão dos resíduos deverão ser qualificados para garantir a
segurança dos processos posteriores a gestão dos resíduos.
Deverão ser requisitos mínimos:
− Licença de Operação
− Cadastro Técnico junto ao IBAMA
Deverão ser qualificados:
− Transportadores
− Unidades de Destinação Final

t) Organização do Canteiro de Obras

A gestão do canteiro de obras contribui a não geração e o reaproveitamento dos resíduos,


para tanto se considera que:
- O canteiro fique mais organizado e limpo;
- Haverá triagem de resíduos, impedindo sua mistura com os insumos;
- Haverá possibilidade de reaproveitamento de resíduos antes de descarta-los;
- Serão quantificados e qualificados os resíduos descartados, possibilitando a
identificação de possíveis focos de desperdício de materiais.
Há uma correlação entre os fluxos e os estoques de materiais no canteiro de obras e o evento
da geração dos resíduos. Por conta disto é importante observar o acondicionamento adequado
dos materiais, obedecendo aos critérios básicos de:
- Classificação;
- Frequência de utilização;
- Distanciamento do solo;
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- Preservação contra a umidade do local;
- Compatibilidade entre os resíduos.

u) Análise Qualitativa de Resíduos

Análise qualitativa de geração de RCC

Fonte
Descrição Tipo de Resíduo
Geradora
Resíduos do Processo de - Solo
Demolição
Demolição - Caliça
- Solo
Escavação, estaqueamento e - Caliça
Fundações
encamisamento - Ferragens
- Equipamentos de Proteção Individual
- Caliça
- Ferragens
Concretagem Estrutura predial
- Equipamentos de Proteção Individual
- Resíduos de Madeira, Serragem, Pó
- Caliça
- Ferragens
Apoios Estrutura predial - Equipamentos de Proteção Individual
- Plásticos
- Resíduos da Pavimentação
- Blocos Cerâmicos
Instalações Elétricas - Conduites, Mangueiras e Metais não Ferrosos
(Fio de Cobre)
- Blocos Cerâmicos
Instalações Hidrosanitárias
- PVC
Reboco Interno/Externo - Argamassa
Revestimentos - Pisos e Azulejos Cerâmicos
Forro de Gesso - Placas e Retalhos de Gesso Acartonado
- Embalagens Vazias Contaminadas
Acabamentos
- Outros Resíduos Contaminados
Pinturas - Tintas, Vernizes e Solventes
- Selantes, Texturas
- Pinceis, Bandejas, Rolos, Desempenadeira
- Equipamentos de Proteção Individual
- Resíduos Minerais não Metálicos
Outros Resíduos - Isopor
- Mantas de Isolamento Térmico
- Telhas

Classificação dos RCC’s

Classificação Classificação
Resíduo Descrição
(CONAMA 307) (NBR 10.004)

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Materiais a base de
Caliça cimento/concreto/argamassa, A IIB
tijolos, areia, brita, solo, etc.
Aparas plásticas não
Plástico / PVC contaminadas, sacos, outros B IIA
materiais plásticos
Pequenos pedaços de madeira,
Madeira / Serragem / Pó
Caixas, Pallets, Serragem, Pó de B IIA
de Serra
Serra, etc.
Sacos de cimento, argamassas,
Papel / Papelão B IIA
caixas de cerâmica, etc.
Pedaços de armaduras, pregos,
Metal arames de amarração, tubos e B IIA
conecções, Fios de Cobre etc.
Uniformes usados, outros
Tecidos / EPIs resíduos têxteis contaminados, D I
etc.
Resíduos Orgânicos Restos de comida e outros - IIA
Restos Vegetais Troncos e galhos A IIA
Solo contaminado, manta
Resíduos Oleosos D I
absorvente, solventes, etc.
Provenientes do
Embalagens Vazias acondicionamento dos produtos
D I
Contaminadas químicos, tais como: Tintas,
solventes, massa, silicone, etc.
Retalhos de gesso, meia cana,
Gesso C IIA
roda forros, etc.
Retalhos de Pedras Tais como, resto de chapas de
A IIB
(Minerais não Metálicos) mármores e granitos
Isopor e Mantas de Proveniente de sistemas de
B IIA
Isolamento Térmico isolamento acústico e Térmico
Resíduos de poliuretano
Poliuretano B IIA
expandido
Tintas, Selantes, Texturas, Rolos e
Outros Resíduos
Pinceis de Tinta e demais D I
Contaminados
resíduos não recicláveis
Pisos, Azulejos e Demais
Resíduos Cerâmicos A IIB
Revestimentos
Telhas Telhas em Fibrocimento A IIA
Vidros Vidros em geral B IIA

v) Análise Quantitativa de Resíduos

A quantidade estimada total de resíduos a ser gerada na obra é a seguinte:


Área total a ser construída: 40.920,87 m2
Total de resíduos a serem gerados na obra (massa): 8.184,174 Ton*
Total de resíduos a serem gerados na obra (volume): 6.972,47 m3*
*Dados Estimados
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w) Acondicionamento

Formas de Acondicionamento de RCC

Tambores
A Sacos
Identificação Bombonas Container Fardos Caixas
Granel Plásticos
(Fechado)
Caliça x x
Plástico / PVC x
Madeira / Serragem /
x x
Pó de Serra
Papel / Papelão x x
Metal x
Tecidos / EPIs x
Resíduos Orgânicos x
Restos Vegetais x
Resíduos Oleosos x
Embalagens Vazias
x
Contaminadas
Gesso x x
Retalhos de Pedras
(Minerais não x x
Metálicos)
Isopor e Mantas de
x x
Isolamento Térmico
Poliuretano x
Outros Resíduos
x x
Contaminados
Resíduos Cerâmicos x
Telhas x
Vidros x

x) Transporte Interno
Transporte Interno de Resíduos

Carrinhos, condutor de entulho, Equipamentos de escavação, pá-


Identificação guindastes, ou a granel em fardos ou em carregadeira, caminhão e
sacos plásticos guindastes
Caliça x x
Plástico / PVC x
Madeira / Serragem /
x x
Pó de Serra
Papel / Papelão x
Metal x
Tecidos / EPIs x
Resíduos Orgânicos x
Restos Vegetais x
Resíduos Oleosos x
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Embalagens Vazias
x
Contaminadas
Gesso x
Retalhos de Pedras
(Minerais não x
Metálicos)
Isopor e Mantas de
x
Isolamento Térmico
Poliuretano x
Outros Resíduos
x
Contaminados
Resíduos Cerâmicos x
Telhas x
Vidros x

y) Diretrizes para Transporte Externo de RCC

Antes de preencher o formulário de transporte para os locais de disposição final ou reciclagem


de resíduos perigosos, estes devem ser acondicionados e etiquetados de uma maneira segura.
Para a identificação de resíduos perigosos deve ser observada a tabela de Classificação de
Resíduos, presente neste documento. Em seguida deve-se quantificar o volume de material a
ser destinado, adotar as medidas legais para o transporte adequado dos resíduos.

Diretrizes de Transporte de Resíduos Perigosos (Classe I):

O transporte será feito por empresa habilitada para tal finalidade, sendo que a mesma deverá
apresentar, na época em que for solicitado este tipo de serviço, sua respectiva Licença
Ambiental e documentação pertinente, e encarregar-se, juntamente com o aterro que
receberá os resíduos, do preenchimento dos formulários exigidos pelos órgãos ambientais;
Cópia dos documentos deve sempre ficar com a empresa (gerador), até que seja emitida a via
carimbada do MTR (abaixo modelo) e outros comprovantes pela central de resíduos
industriais;
Motoristas de veículos transportando resíduos sólidos devem evitar paradas injustificadas ou
não autorizadas ao longo da rota de transporte. Os mesmos deverão possuir cursos de
transporte de cargas perigosas;
Os veículos de transporte de resíduos sólidos devem estar equipados com lona para prevenir
gotejamento ou dispersão ao longo da rota, ser mecanicamente capazes de atuar em
condições adversas de clima, obedecer à capacidade de carga projetada e não serem
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sobrecarregados, deve ser adequadamente e frequentemente sanitizados para evitar odores
indesejáveis.
O gerador será responsável pela correta execução de todos os aspectos e procedimentos de
transporte de resíduos sólidos, mesmo que o transporte seja realizado por terceiro contratado;
O gerador deve obter todas as licenças e permissões para o transporte de resíduos e verificar
que a sua equipe cumpra todos os regulamentos/leis de segurança para o transporte de
resíduos sólidos no Brasil. O registro das licenças deve fazer parte do arquivo ambiental. Em
caso de contratação de serviço de terceiros, deve solicitar estes documentos ao contratado.
Todos os resíduos perigosos, para tratamento final e disposição, devem ser documentados e
registrados. Cópia dos registros deve ser arquivada. Tais registros devem incluir as seguintes
informações: transportador, data e procedimento de envio, número de recipientes e volume
de resíduos, estado físico do resíduo, local da disposição final, descrição da operação e número
do MTR e nota fiscal.

Diretrizes de Transporte de Resíduos Não Perigosos:

O transporte será feito por empresa habilitada para tal finalidade.


Os veículos de transporte de resíduos sólidos devem estar equipados com lona para prevenir
gotejamento ou dispersão ao longo da rota, ser mecanicamente capazes de atuar em
condições adversas de clima, obedecer a capacidade de carga projetada e não ser
sobrecarregados.
O gerador é responsável pela correta execução de todos os procedimentos de transporte de
resíduos sólidos, mesmo que o transporte seja realizado por terceiro contratado, pois
permanece responsável por todo e qualquer resíduo que gere em seu processo industrial até a
completa destinação dos resíduos.
O gerador deve obter todas as licenças e permissões para o transporte de resíduos (quando
necessário para RSI Classe II) e verificar que a sua equipe cumpra todos os regulamentos/leis
de segurança para o transporte de resíduos sólidos no Brasil.

z) Reutilização e Reciclagem dos Resíduos/Destinação Final

Os resíduos da construção civil deverão ser destinados da seguinte forma:

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- Classe A: Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou
encaminhados a áreas de aterro de resíduos de construção civil, sendo dispostos de
modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
- Classe B: Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou
reciclagem futura;
- Classe C: Deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade
com as normas técnicas especificas;
- Classe D: Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em
conformidade com as técnicas especificas.

aa) Reuso/Reciclagem Interna

Reuso e Reciclagem Interna de RCC

Tipos de Material ou
Cuidados Requeridos Utilização
Resíduo
Painéis de madeira Poderá ser utilizada para montagem de caixas
Retirada das peças,
provenientes da a fim de acondicionar matérias primas e
mantendo-as separadas
desforma de lajes, insumos, bem como ferramentas e
dos resíduos
pontaletes, sarrafos equipamentos, ou para o acondicionamento
inaproveitáveis.
etc. dos resíduos não perigosos.
Blocos de concreto e Segregação
bloco cerâmicos imediatamente após a sua
Poderão ser utilizados como aterro
parcialmente geração para evitar
danificados descarte.
Segregação
imediatamente após a sua
Resíduos de Pedras Poderão ser utilizados como aterro
geração para evitar
descarte.
Identificar eventual
Solo / Resíduos necessidade do
Poderão ser utilizados como aterro
Vegetais aproveitamento na
própria obra para aterros.
Segregação
imediatamente após a sua Poderá ser utilizada como acondicionamento
Caixas de Papelão
geração para evitar de ferramentas e equipamentos
descarte.
Segregação
Poderão ser utilizados como revestimento de
imediatamente após a sua
Sacos Plásticos bombonas/tambores para acondicionamento
geração para evitar
dos resíduos
descarte.

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bb) Reciclagem Externa

Reciclagem Externa de RCC

Tipos de Material ou Resíduo Local de Descarte/Processo


Resíduos de Papel e Papelão Reciclagem/Reprocessamento Externos
Resíduos Metálicos Reciclagem/Reprocessamento Externos
Poliuretano Expandido Reciclagem/Reprocessamento Externos

cc) Destinação Final

Destinação Final de Resíduos Perigosos e não Recicláveis

Descrição do Resíduo Local Descarte/Processo


Tecidos / EPIs Lavanderia Industrial | Aterro
Resíduos Orgânicos Prefeitura Municipal | Coleta Pública
Resíduos Oleosos Coletor Autorizado pela ANP
Devolução ao Fornecedor ou Reciclador de
Embalagens Vazias Contaminadas
Resíduos Perigosos
Gesso Reciclador Licenciado
Isopor Aterro de Resíduos Perigosos
Outros Resíduos Contaminados Aterro de Resíduos Perigosos

8.8.1.2.4.3. Plano de Controle de Poeiras

a) Objetivo

Este Plano de Controle de Poeiras tem como objetivo apresentar as medidas de controle para
a minimização dos impactos ambientais causados em decorrência das atividades de
terraplanagem, bem como o uso de massas cimentícias que possam gerar material particulado
– MP para a atmosfera, podendo gerar incômodo à vizinhança.
A emissão de material particulado é responsável por uma série de problemas respiratórios e
cardíacos, danos à flora e a principalmente a fauna, alteração da qualidade do ar, dentre
outros aspectos.

b) Fundamentação Teórica

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A poluição atmosférica inclui todo tipo de atividade, fenômeno e substância que contribua
para a deterioração da qualidade natural da atmosfera, causando males aos seres humanos e
ao meio ambiente.
A resolução n° 3 de 28/06/1990 do CONAMA considera como poluente atmosférico qualquer
forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou
características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que torne ou possa tornar o ar
impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem estar público, danosos aos
materiais, à fauna, e à flora, ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às
atividades normais da comunidade.
A US EPA (2006) considera como poluente atmosférico qualquer substância presente no ar que
possa causar danos aos seres humanos e ao meio ambiente.
Os poluentes gerados na atividade de terraplanagem são poluentes de fonte antropogênica,
pertencem ao grupo dos materiais particulados e são de origem primária.

− Material particulado (MP):


O material particulado é uma mistura entre partículas sólidas emitidas por fontes
com potencial de poluição.

− Efeitos da emissão de MP:

Recurso Afetado Efeitos Nocivos Potenciais


Efeitos à saúde por partículas que causam irritação nos olhos, boca, pele,
cabelo e lábios ou penetram o sistema respiratório, causando problemas
Pessoas respiratórios ou cardíacos
Danos aos materiais e propriedades por deposição e lavagem frequente
das superfícies
Paisagem Perda da identidade visual por deposição de partículas
Recobrimento da superfície de folhas, causando sombreamento, com
consequente redução da fotossíntese, alteração dos níveis de
Conservação Natural pigmentação e/ou redução de produtividade
Bloqueio dos poros estomatais limitando as funções naturais das plantas
Adição de nutrientes por presença das partículas causando deficiências às
plantas
Ambiente Aquático Aumento de partículas suspensas ou dissolvidas alterando a ecologia
aquática
Qualidade do Ar Aumento da concentração de partículas podendo causar deterioração da
qualidade do ar

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c) Controle nas Atividades de Movimentação de Terra

A condução das atividades de movimentação de terras e serviços preliminares estão entre as


maiores fontes de geração de material particulado.
Os efeitos de movimentação de terra são potencializados, especialmente em períodos secos e
de grande quantidade de ventos. Em campos considerados abertos, os efeitos destas emissões
são ainda mais potencializados.
A movimentação de terra e serviços de preparação de terrenos são utilizados equipamentos
mecânicos, com capacidade de movimentar quantidades de materiais muito maior do que com
o uso de ferramentas manuais fazendo com que o potencial de emissão seja maximizado.
As atividades de movimentação de terra estão ligadas a atividade de aterramento. Outra fonte
de geração de material particulado está relacionada a aderência da lama ou terra nos vincos
dos pneus dos veículos, que consequentemente acabam sendo espalhados pelas vias públicas,
sendo posteriormente transformada em poeira após a sua secagem.

Durante a Movimentação de Terras:


- Serviços de escavação deverão ser evitados durante períodos muito secos e com
ventos fortes;
- A remoção de terra da obra deve ser feita, preferencialmente, logo após a sua
escavação/movimentação;
- Umedecer o solo periodicamente;
- Espalhar nas vias de acesso, brita grossa a fim de minimizar a geração de poeira pela
circulação dos veículos;
- Prever sistema de sinalização com limites máximos de velocidade;
- Esvaziar a caçamba lentamente, evitando a formação de poeira;
- Quanto ao risco ocupacional, os operadores deverão utilizar os equipamentos de
proteção individual – EPI, como as luvas, protetor auricular e máscaras a fim de evitar
o contato com as vias respiratórias.

Estoques de Terra:
- Se houver estoque temporário de terras, fora dos locais da terraplanagem, deverão
os montes, ser umedecidos periodicamente e cobertos com lona.

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Transporte de Material:
- Os caminhões transportadores devem ser cobertos com lona ou outra barreira física
que seja eficiente.

Algumas observações quanto às medidas de controle:


- Em alguns casos, a própria umidade do solo, mantém as condições de controle
favoráveis, não necessitando de maiores cuidados;
- As medidas de controle e preservação devem ser estudadas na fase de planejamento
da obra, de acordo com as metodologias executivas a serem empregadas;
- As características de emissão podem ser bastante variadas, pois a emissão vai
depender de alguns fatores como o tipo de solo que se está movimentando, o tipo de
equipamento empregado, o tipo de movimentação realizada, das condições
meteorológicas, do tamanho do terreno e volume de terra movimentado, entre
outros fatores.

8.8.1.2.4.4. Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações

a) Objetivo

Este Plano de Monitoramento de Ruídos e Vibrações tem como objetivo monitorar os níveis de
pressão sonora no decorrer da instalação do empreendimento, pois estes processos geram
uma série de ruídos significativos com níveis de emissões distintos e que podem afetar
desfavoravelmente a população circunvizinha ao empreendimento.

b) Metodologia

Deverão ser monitorados periodicamente os níveis de pressão sonora na área do


empreendimento e em seu entorno. Desta forma, deve-se acompanhar a evolução dos níveis
de pressão sonora gerados pela instalação junto ao empreendimento e as áreas residenciais
mais próximas, comparando os resultados obtidos com os limites estabelecidos pela Resolução
CONAMA N° 001 de 8 de marco de 1990, através das condições exigíveis para avaliação da
aceitabilidade do ruído em comunidades e metodologia fixada pela NBR 10.151 de 2000.

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Esta medição deverá ser realizada mensalmente no decorrer das obras. Os equipamentos que
gerarem ruídos e vibrações muito expressivos deverão operar somente em horários durante o
período da tarde.

8.8.1.2.4.5. Plano de Coleta Seletiva

c) Objetivo

Este plano tem como objetivo promover ações no intuito de implantar um sistema de coleta
seletiva no Condomínio Residencial. Este plano também tem como objetivo descrever as
instalações necessárias para o acondicionamento dos resíduos sólidos gerados.
A política nacional de resíduos sólidos, instituída pela Lei 12.305/2010 determinou alguns
referenciais no sentido de estimular as práticas de prevenção, redução, valoração, reutilização
e reaproveitamento, a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos
gerados em atividades industriais, comerciais, de serviços e em decorrência da atividade
humana.
Este plano procura abordar, fundamentalmente, a promoção de instrumentos de
desenvolvimento social, ambiental e econômico, criando meio de promover a atuação de
catadores de materiais recicláveis e do descarte adequado.

d) Diagnóstico dos Resíduos Gerados

Na construção deste plano foi realizado um diagnóstico com base em estudos de outros
condomínios residenciais quanto aos resíduos gerados. Na planilha abaixo é possível visualizar
os diferentes tipos de resíduos sólidos gerados:

Tipo de Resíduo Descrição


Matéria Orgânica Putrescível Restos de alimentos, flores e podas de árvores.
Sacos e sacolas plásticas; embalagens de PET, água e leite (Tetra
Plástico Pak); recipientes de produtos de limpeza; esponjas; isopor;
utensílios de cozinha; látex; sacos de ráfia.
Caixas de papelão corrugado, revistas e jornais, cartões, papel,
Papel e Papelão
pratos descartáveis, cadernos e livros, pastas.
Copos, garrafas, pratos, espelhos, embalagens de produtos de
Vidro
higiene e limpeza, embalagem de produtos alimentícios.
Metais Ferrosos Palha de aço, alfinetes, agulhas, embalagens e artefatos em geral.

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Metais não Ferrosos Latas de bebidas, restos de cobre, restos de chumbo, fiação elétrica.
Caixas de madeira, tábuas, palitos de fósforo, palitos de picolé,
Madeira
tampas, móveis e lenhas.
Panos, Trapos, Couro e Roupas, panos de limpeza, pedações de tecido, bolsas, mochilas,
Borracha sapatos, tapetes, luvas, cintos, utensílios utilizados na cozinha.
Vasos de flores, pratos, restos de construção civil, terra, tijolos,
Pedra, Terra e Cerâmica
cascalho e pedras decorativas.
Velas de cera, restos de sabão e sabonete, carvão e cinzas, giz,
Diversos
pontos de cigarro, rolhas, sacos de aspirador de pó, lixas, varrição.
Pilhas, medicamentos, lâmpadas fluorescentes, inseticidas, colas em
Contaminante Químico geral, cosméticos, vidros contendo esmaltes, embalagens de
produtos químicos e óleos, papel carbono, filme fotográfico.
Papel higiênico, cotonetes, algodão, curativos em geral, fraldas
Contaminante Biológico
descartáveis, absorventes higiênicos, seringas, lâminas de barbear.

e) Objetivos e Metas

Nesta etapa foram selecionados alguns objetivos e metas a serem alcançados com a
implantação do mesmo. Os objetivos são direcionamentos gerais aos quais o plano deverá
estar vinculado, enquanto as metas devem ser mensuráveis.
Para que o plano seja capaz de otimizar as oportunidades vinculadas ao correto gerenciamento
de resíduos bem como realizar de forma satisfatória a coleta seletiva, é importante que ele
seja fundamentado nos princípios estipulados pela PNRS, levando em conta a redução, a
reutilização e a reciclagem dos resíduos.

f) Plano de Coleta Seletiva

O programa de coleta seletiva é um programa simples de ser implantado e que não necessita
da disponibilização de muitos recursos para a sua implementação. O programa consiste em
disponibilizar em um local no interior do condomínio, coletores adequados e que atendam
plenamente a Resolução CONAMA 275, que dispõe sobre as cores dos coletores para cada
tipologia de resíduos.
Os materiais recicláveis serão encaminhados para empresas de reciclagem para que façam a
devida triagem e o envio a diferentes organizações responsáveis pela transformação do
resíduo em matéria prima.
Os materiais que deverão ser encaminhados à reciclagem são os seguintes:
- Papel e papelão

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- Plástico
- Metais
- Vidros
- Resíduos Eletrônicos*
- Pilhas e Baterias*
*Convênios específicos

Deverá ser disponibilizado pelo condomínio um ou mais conjuntos de no mínimo 6 recipientes


de coleta seletiva, sendo um para plástico, um para papel e papelão, um para metais, um para
vidros, um para resíduos orgânicos e outro para outros resíduos não recicláveis e não
orgânicos.
Os coletores devem ser acondicionados em locais estratégicos no térreo ou na área de
garagem.
Deverão ser disponibilizados, conforme convênio, um coletor para acondicionamento e
descarte de resíduos eletrônicos e um para pilhas e baterias.
Os espaços de armazenagem devem ser amplos o suficiente para acondicionar o material pelo
menos uma vez por semana, ou pelo tempo necessário até que a empresa possa coletar o
material. Não pode conter infiltrações, rachaduras ou goteiras na cobertura. Porém deverá ser
viabilizado com a empresa coletora um calendário de descartes, a fim de não seja mantido no
local por muito tempo, resíduos recicláveis, pois por possuírem característica de
combustibilidade (exceção dos metais e vidros), podem servir de combustível em caso de
incêndio. O depósito também deverá ficar, preferencialmente, longe dos pontos de instalações
elétricas.
As lixeiras convencionais poderão ser substituídas por coletores com rodas, que simplificam o
processo de transporte interno dos resíduos.
Os colaboradores envolvidos no manuseio dos resíduos gerados no condomínio deverão
utilizar os equipamentos de proteção individual necessários, tais como luvas, botas e jaleco.

g) Comunicação com os Condôminos

É fundamental que todos os moradores conheçam as ações relativas ao sistema de coleta


seletiva do condomínio, bem como as regras gerais necessárias para o bom andamento dos
processos.

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Ao início dos trabalhos de implantação do sistema de coleta seletiva se faz necessário à
convocação de uma assembleia com os condôminos a fim de explicitar a todos de forma
simples e objetiva sobre os procedimentos a serem adotados quanto ao sistema de coleta
seletiva do condomínio.
A comunicação com os condôminos deverá ser feita de forma continua, podendo ser utilizados
sistemas de comunicação, como cartazes e cartilhas de educação ambiental, incentivando a
separação adequada dos resíduos, que os mesmos devem estar livres de sujeiras e demais
contaminantes, entre outras informações que são relevantes no processo de implantação.

h) Manuseio e Coleta

A gestão do manuseio e coleta dos resíduos deve ser muito bem estruturada, pois é em parte
o processo que irá maximizar as oportunidades de reciclagem e reprocessamento externos. A
separação efetuada corretamente permite a racionalização dos recursos despendidos e facilita
a gestão dos resíduos e o atendimento aos objetivos e metas propostos neste plano.
A mistura dos resíduos pode tornar um resíduo reciclável pode torna-lo inviável no processo
de reciclagem, por ter se tornado um resíduo todo perigoso.
A Resolução CONAMA 275 dispõe sobre as cores utilizadas para a fácil identificação dos
resíduos e por este motivo orienta que os sistemas de coleta seletiva simplifiquem a gestão no
momento da coleta dos resíduos. Abaixo estão listadas as cores e a identificação de cada uma
delas conforme regulamenta a Resolução:

Tipo de Resíduo Cor


Resíduos Orgânicos
Sucata de Metais Ferrosos
Resíduo de Papel e Papelão
Resíduo de Material Plástico
Resíduos de Vidro
Resíduos Eletrônicos | Pilhas e Baterias

A coleta dos resíduos deve ser feita separando-os de acordo com a sua classificação de cores.
Embalagens de papel/ papelão e plásticas, quando se apresentarem em bom estado de
conservação, isto é sem umidade, devem ser enfardadas ou ensacadas e conduzidas para
armazenamento em local seco, visando à reciclagem.
Toda sucata metálica, ou material deste resíduo não reutilizável deve ser segregado, para
posterior destino final.
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Todo e qualquer resíduo coletado precisa ser segregado e acondicionado nos recipientes
apropriados, devidamente identificados.

i) Acondicionamento

Os resíduos gerados após serem claramente identificados, classificados e devidamente


coletados deverão ser conduzidos a sistemas de acondicionamento que minimizem a
exposição dos resíduos a intempéries e demais ações que possam alterar a sua classificação.
Está sendo previsto no plano de gerenciamento de resíduos sistemas de acondicionamento
para cada tipo de resíduo gerado. Estes sistemas deverão garantir que a contaminação seja
minimizada e o espaço seja otimizado.
Todos os resíduos serão armazenados em área dentro do condomínio.
Estes resíduos devem ser armazenados em lixeiras ou contêineres que serão distribuídos na
área do condomínio conforme necessidade. A centralização da coleta dos resíduos deverá ser
feita na área de estocagem de resíduos, de forma a facilitar o controle sobre sua retirada.

j) Armazenamento

O sistema de armazenamento de resíduos não perigosos previsto está levando em


consideração o disposto na NBR 11.174. Esta norma estabelece todos os procedimentos
necessários bem como as condições especificas para a concepção de um local adequado para
este armazenamento, visando a prevenção de riscos a saúde humana e ao ambiente.
No processo de escolha da área a ser instalado o depósito, foram considerados os seguintes
fatores: Local onde os resíduos ficarão armazenados, se o mesmo está em conformidade com
o estabelecido pelo órgão ambiental fiscalizador; se os fatores como, uso do solo, topografia,
geologia, recursos hídricos, acesso, área disponível e meteorologia estão de acordo com o
estabelecido.
O sistema de armazenamento dos resíduos deve prever os seguintes requisitos:

− Sistema de isolamento e sinalização que impeça o acesso de pessoas não autorizadas


Placas ilustrativas contendo o acesso e placa com a identificação “Depósito de Resíduos”.
− Sistemas de controle de poluição do ar

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Aplicável somente para resíduos acondicionados em “montes” que possam dispersar
poeiras.
− Sistema de controle da poluição hídrica e do solo
O depósito deverá possuir telhado/cobertura e piso em concreto.

NOTA: As dependências, bem como os aspectos construtivos do depósito, já foram alocadas no projeto
arquitetônico do empreendimento.

k) Destinação Final

Deve-se observar também a licença ambiental em vigor do destinatário, em função da


responsabilidade solidária que pode gerar sanções administrativas e penais.
Depois de armazenado, o resíduo pode ter três destinos: a reutilização, a reciclagem ou o
descarte final.

Resíduo Local de Descarte


Coleta Publica de Novo Hamburgo
Resíduos Orgânicos
/RS
Sucata de Metais Ferrosos Reciclagem / Reprocessamento
Resíduo de Papel e Papelão Reciclagem / Reprocessamento
Resíduo de Material Plástico
(Filmes e Pequenas Reciclagem / Reprocessamento
Embalagens)
Resíduos de Vidro Reciclagem / Reprocessamento
Resíduos Eletrônicos | Pilhas e
Envio a Reprocessamento
Baterias

Ocondomínio providenciará empresas para a retirada segregada dos resíduos sendo que as
mesmas deverão apresentar na época em que for solicitado este tipo de serviço, suas
respectivas Licenças Ambientais.
O condomínio deve fazer com que todas as atividades de gestão de resíduos sejam executadas
de forma técnica, legal, sanitária e ambientalmente aceitável.

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9. Matriz de Aspectos e Impactos
Medidas Mitigatórias, Compensatórias e de Controle

Reversibilidade
Temporalidade

Abrangência

Magnitude
Natureza

Duração
Forma
Fase
Medidas Mitigatórias,
Aspectos Impactos
Compensatórias e de Controle

Não Reversível
Implantação

Permanente
Temporário

Reversível
Operação

Negativo

Indireto
Positivo

Neutro

Médio

Média
Direto

Longo
Curto

Baixa
Alta
AID

AII
Aumento do
Adensamento X X X X X X X X X X -
Populacional
Aumento da
Demanda por Implantação de PSF (posto de saúde da
X X X X X X X X X X X X
Sistemas Públicos família) para atender a demanda local.
de Saúde
Adensamento Aumento da
Populacional Demanda por
X X X X X X X X X X X X -
Sistemas Públicos
de Educação
Aumento da
Demanda por
X X X X X X X X X X X Implantação de praça para lazer.
Sistemas Públicos
de Lazer
Fomento do X X X X X X X X X X X -

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Comércio Local
O impacto gerado pelo
Aumento da empreendimento é perfeitamente
Demanda por Redes absorvido pela infraestrutura
Infra Estrutura Local X X X X X X X X X X X
de Infraestrutura disponível, atendendo apenas a
Urbana algumas modificações pontuais já
indicadas pelos órgãos pertinentes.
Aumento da Observar os índices de Área livre
Impermeabilização
Impermeabilização X X X X X X X X X X permeável e especificar revestimentos
do Solo
do solo com maior taxa de permeabilidade
Retificação do sentido das vias do
Aumento da
entorno, tornando-as de sentido único
Demanda do X X X X X X X X X X X
com restrição de estacionamento em
Tráfego de Veículos
horários de maior demanda do tráfego.
Intervenções de engenharia de tráfego,
visando a melhoria do fluxo nas vias
locais e coletoras.
Compatibilidade do Melhorias na sinalização horizontal nas
X X X X X X X X X X X X
Sistema Viário interseções.
Melhorias e inserção de novas faixas
para pedestres. Rebaixo de meio Fio
Sistema Viário
para Acessibilidade.
Melhoria do sistema de transporte
púbico oferecido à população,
Aumento de
aumento no número de paradas de
Demanda por X X X X X X X X X X X X
ônibus e, se possível, disponibilizar
Transporte Público
uma área de refúgio dos permitindo
assim, o fluxo contínuo da avenida.
Compatibilidade do Incremento na oferta de transporte
Empreendimento público. Intervenções de engenharia de
X X X X X X X X X X X X X X
em relação ao tráfego, visando a melhoria do fluxo
Transporte Público nas vias locais e coletoras.
Alteração da Projeto de Arborização do Passeio
X X X X X X X X X
Paisagem Natural Público.
Paisagem Urbana
Alteração da
X X X X X X X -
Paisagem Urbana

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(Gabaritos
Adotados)
Alteração da
Paisagem Urbana X X X X X X X -
(Ventilação)
Influência baixa em relação a insolação
e iluminação das edificações vizinhas.
Alteração da Implantação das torres procura
Paisagem Urbana minimizar os efeitos de
X X X X X X X X X
(Insolação e sombreamento, incidindo na sua maior
iluminação) parte dentro do próprio
empreendimento. Gabaritos
recorrentes em relação ao bairro.
Valorização
Valorização
Imobiliária do X X X X X X X X X X -
Imobiliárias
entorno
Plano de Gerenciamento de Resíduos
Geração de
X X X X X x X X X X X X da Construção Civil – PGRCC e Plano de
Resíduos Sólidos
Coleta Seletiva
Instalação de Sistema de Tratamento
de Efluentes sanitários conforme
Geração de recomendações técnicas da COMUSA.
X X X X X X X X X X X
Aspectos Efluentes Líquidos Medições dos parâmetros em
Ambientais conformidade com a legislação
ambiental estadual.
Plano de Controle de Ruídos e
Ruídos X X X X X X X X X X X
Vibrações
Contribuição com o Instalação de sistemas para uso da
Esgotamento dos X X X X X X X X X X X X X X água da chuva e sistema de energia
Recursos Naturais solar.
Necessidade de Geração de
X X X X X X X X X X X -
Mão de Obra Emprego e Renda
Total Impactos 12 12 5

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10. Considerações e Conclusões

Na estruturação deste Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, foram analisados inicialmente


os aspectos históricos e geográficos municipais de modo a contextualizar o empreendimento
em relação à região do entorno, bem como justificar a escolha e a instalação do
empreendimento no local.
Posteriormente, foi realizada uma avaliação aprofundada das características da gleba objeto
deste estudo, bem como da caracterização das áreas de influência direta e indireta que
influenciam significativamente a gleba, caracterizando os sistemas viário e os acessos diretos
ao empreendimento.
Em seguida se abordou as características do projeto como um todo, incluindo sua tipologia,
público alvo, tipo de edificações, dentre outros.
Após os diagnósticos dos estudos associados a gleba e ao projeto do condomínio, iniciou-se os
estudos associados aos impactos a serem causados pelo empreendimento, realizando uma
análise aprofundada com relação ao zoneamento urbanístico ambiental, incluindo o
macrozoneamento, a setorização e o regime urbanístico associados a implantação do
condomínio. Neste aspecto foram analisados os requisitos legais aplicáveis aos aspectos
urbanísticos e ambientais. Foram levantados os equipamentos públicos de saúde, lazer,
educação e transporte público. Foram realizadas avaliações por intermédio de padrões
gráficos a caracterização do entorno, considerando o padrão das edificações, a altura e as
tipologias locais, abordando sobremodo a valorização dos imóveis da região.
Foram disponibilizadas informações, incluindo a viabilidade técnica quanto aos aspectos de
demanda de energia elétrica, fornecimento de água potável, tratamento de esgoto sanitário e
estrutura do sistema de esgoto pluvial.
Juntamente, foi elaborado um diagnóstico ambiental com relação a geração de resíduos
sólidos urbanos – RSU gerados em decorrência da atividade executada, bem como a geração
de efluentes sanitários, demonstrando quantitativamente o aumento e a sobrecarga sobre o
sistema atual, enfatizando a carga poluidora que será acrescida no sistema de tratamento
público.
Após as análises de contextualização do projeto e dos diagnósticos, foi iniciada a análise dos
aspectos urbanísticos ambientais em relação aos impactos gerados pelo adensamento

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populacional, levando em consideração o processo de migração municipal interna e externa da
futura população residente, os impactos motivados pela demanda por transporte público
municipal, impactos sobre o sistema viário atual, impactos sobre a paisagem, levando-se em
consideração a circulação dos ventos, a sobra (dentre outros aspectos relevantes neste tipo de
edificação) impactos sobre o uso e a ocupação do solo local e os impactos ambientais causados
na fase de implantação e pós-implantação do empreendimento.
Ocorreu o levantamento dos impactos significativos nos âmbitos urbanístico e ambiental. O
estudo trouxe então um quadro resumo considerando todos os aspectos e os impactos,
prevendo as medidas de controle operacional, incluindo as medidas compensatórias e
mitigatórias da implantação do empreendimento. Nesta etapa do processo foram criados
alguns planos ambientais com o objetivo de minimizar os impactos negativos durante a
implantação do empreendimento, visando atenuar o incômodo à população circunvizinha,
maximizando o conforto dos mesmos.
Cabe salientar que a proposta do projeto arquitetônico apresentado para a futura implantação
do condomínio Porto Marabella e Porto Trinidad teve por objetivo o aproveitamento da
tendência de expansão urbana local, com a verticalização dos bairros, bem como está em
consonância com a atual política governamental voltada para atender as necessidades
habitacionais.
A avaliação, num contexto geral deste estudo, possibilitou identificar os impactos mais
significativos, destacando-se: a sobrecarga da infraestrutura viária local, o aumento pela
demanda de transporte público, o aumento médio por sistemas públicos e comunitários,
principalmente nas áreas de educação e lazer.
Diagnosticou-se que esses impactos já ocorrem atualmente na região e no município, desta
forma o empreendimento poderá potencializar esta situação. No entanto, com a parceria
público-privada, estes impactos poderão ser atenuados e, consequentemente, poderá ocorrer
a melhora destes sistemas da área de influência direta do empreendimento em questão.
Durante o processo de avaliação dos impactos, também foram identificados aqueles que
trarão de forma significativa benefícios para a região, ou seja, impactos classificados como
positivos. Estes estão atrelados principalmente aos aspectos econômicos da região, geração de
renda e emprego, melhoria no impacto visual da área e na segurança do local, uma vez que a
mesma encontra-se deteriorada e sem segurança.

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Em virtude dos aspectos analisados e apresentados no presente Estudo de Impacto de
Vizinhança – EIV, pode-se concluir que os impactos positivos sobrepõem-se aos impactos
negativos do ponto de vista urbanístico e ambiental, devendo-se realizar as medidas
mitigatórias e compensatórias previstas neste estudo, a fim de potencializar os impactos
positivos, além das ações de melhoria da infraestrutura urbana por parte do Poder Público
Municipal, que visam a garantia da manutenção da qualidade ambiental do território urbano.
Desta forma, a implantação do condomínio Porto Marabella e Porto Trinidad pode ser
considerada viável e de grande importância ao município.

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Responsabilidade Técnica

Cláudio Schilling Mendonça


Registro Profissional: CAU/RS: A70019-3

Andrei Ferreira Longui


Registro Profissional: CREA/RS: 185.252-D

Guilherme Reisdorfer
Registro Profissional: CREA/RS: 128.422-D

Coordenação do Projeto:

Renata Zapata
Registro Profissional: CRQ-V: 054.066.33

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11. Anexos

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Viabilidade Abastecimento de Água e Tratamento de Esgoto Sanitário

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Viabilidade Abastecimento de Energia Elétrica

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Viabilidade DEP – Departamento de Esgoto Pluvial

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Projeto Arquitetônico

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Responsabilidade Técnica

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