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2ª edição, revisada
2012
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GOIÁS/TOCANTINS Produtora editorial Clarissa Boraschi Maria
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MATO GROSSO DO SUL/MATO GROSSO Claudirene de Moura Santos Silva
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Travessa Apinagés, 186 – Batista Campos Produção gráfica Marli Rampim
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Rio de Janeiro
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Porto Alegre Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
SÃO PAULO ou forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva.
Av. Antártica, 92 – Barra Funda A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e
Fone: PABX (11) 3616-3666 – São Paulo punido pelo artigo 184 do Código Penal.
“A metodologia é importante demais para ser deixa-
da aos metodólogos.” (Howard S. Becker)
9
Ribeiro de Azevedo, Natália Píffero dos Santos, Samuel
Sganzerla e Tomás Chaves.
Os integrantes do Grupo de Estudos em Ciências
Criminais (GCrim) colaboraram decisivamente para o
aprendizado de como é possível realizar pesquisas que
integram plenamente corpo docente e discente: Arthur
Amaral Reis, Antonio Goya Martins Costa, Clarissa Cer-
veira de Baumont, Eduardo Gutierrez Cornelius, Érica
Santoro Lins Ferraz, Felipe Bertoni, Flora Barcellos de
Valls Machado, Greice Stern, Leonardo Gunther, Marie-
la Wudich, Paula Gil Larruscahim e Vitor Guimarães.
Para realizar o trabalho, utilizei textos de queridos
amigos que considero corresponsáveis pelos resultados
apresentados: Alethéa Vollmer Saldanha, Carla Mar-
rone Alimena, Davi Tangerino, Fauzi Hassan Choukr,
Fernanda Bestetti de Vasconcellos, Geraldo Prado,
Grégori Elias Laitano, Janaína de Souza Bujes, Lenio
Streck, Marcelo Mayora Alves e Samuel Sganzerla.
Germano Andre Doederlein Schwartz e Renata
Almeida da Costa contribuíram com importantes crí-
ticas e indicações de leitura.
Aury Lopes Jr. abriu novas oportunidades editoriais.
Thaís Weigert realizou importantes revisões no
texto.
No princípio e no final, Mariana de Assis Brasil e
Weigert, por ser Mari.
10
SUMÁRIO
Agradecimentos ....................................................... 9
Advertência inicial................................................... 15
Parte I
COMO NÃO SE FAZ UM TRABALHO DE CONCLUSÃO 19
01. Problematização a Partir de um Tema e de um
Sumário Fictícios ............................................. 21
02. A Abordagem Denominada Histórica e a Criação
de Estórias Jurídicas......................................... 24
03. Estudo de Direito Comparado versus Descrição
de Legislação Comparada ................................. 29
04. As Abordagens Principiológicas........................ 31
05. O Manuseio dos Conceitos Dogmáticos (em Es-
pecial no Direito Penal).................................... 33
06. O Uso da Jurisprudência .................................. 37
07. As Fontes Bibliográficas e o Uso da Web .......... 41
Parte II
COMO É POSSÍVEL FAZER UM TRABALHO DE CON-
CLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
08. A Ancoragem do Trabalho no Empírico e o seu
Atravessamento pelo Teórico ........................... 49
11
09. Distintos Estudos de Referência em Criminolo-
gia, Direito Penal e Direito Processual Penal .... 56
09.01. Pesquisa Documental: Jurisprudência –
Análises de Discursos, Tendências e
Julgados de Referência .......................... 57
Caso 01
Projeto de Monografia – Análise de Dis-
cursos Jurisprudenciais sobre Aborto de
Fetos Anencefálicos .............................. 60
Caso 02
Pesquisa Acadêmica – Investigação dos
Discursos Jurisprudenciais sobre as Cir-
cunstâncias de Aplicação da Pena ......... 65
Caso 03
Dissertação de Mestrado – Análise de
Discursos Jurisprudenciais sobre Prisão
Preventiva ............................................ 70
Caso 04
Dissertação de Mestrado – Análise de
Discursos Jurisprudenciais sobre Nulida-
des Processuais ..................................... 75
Caso 05
Ensaio – Caso de Referência (Leading
Case) sobre Interceptações Telefônicas .. 80
09.02. Estudos Documentais de Casos Proces-
suais Mediados por Observação (Passiva
e Participativa)...................................... 86
Caso 06
Dissertação – Análise Comparativa de
Casos Julgados pelo Tribunal do Júri ..... 91
12
Caso 07
Dissertação – Análise de Casos e Obser-
vação Participativa em Processos de
Porte de Drogas Ilícitas ......................... 97
Caso 08
Dissertação – Análise de Casos e Obser-
vação Participativa em Processos de
Violência Doméstica ............................. 103
Caso 09
Dissertação – Pesquisa Documental em
Processos de Execução Penal sobre Trá-
fico de Drogas ...................................... 108
09.03. Pesquisas em Direito Comparado e Com-
paração de Experiências Jurídicas ......... 114
Caso 10
Tese – Pesquisa de Direito Comparado
sobre Cultura de Emergência ................ 115
Caso 11
Dissertação – Pesquisa de Campo com
Análise de Experiências Comparadas
sobre Tratamentos de Drogas ................ 120
09.04. O Que Significa um Trabalho Teórico? .. 125
Caso 12
Dissertação – Aplicação de Teoria Crimi-
nológica em Problema Empírico............ 129
Caso 13
Dissertação – Trabalho Teórico de Cru-
zamento de Autores da Filosofia e da
Criminologia......................................... 133
13
10. A Pesquisa ‘Falha’ (Quando o Campo é Dema-
siado Hostil) .................................................... 137
Caso 14
Documentário – Cobertura de Expedição
de Alpinismo ........................................ 138
Caso 15
Dissertação – Trabalho de Campo e En-
trevistas com Agente(s) Penitenciário(s). 143
11. Tela em Branco: Como Iniciar o Trabalho de
Conclusão? ...................................................... 149
12. Questões Centrais na Pesquisa: Tema, Proble-
ma, Objetivos, Justificativa, Metodologia ......... 158
Considerações finais sobre os vícios na pesquisa ......... 163
De métodos e de fetiches metodológicos (breve ensaio
teórico) ................................................................... 167
Referências bibliográficas ......................................... 183
14
ADVERTÊNCIA INICIAL
15
de citação bibliográfica; se o local de publicação deve
ou não preceder a indicação da editora; se o título da
obra ou do artigo deve ser grifado em negrito ou em
itálico, se a fonte oficial de publicação deve ser Arial
ou Times&New&Roman ou se haveria alguma licenciosi-
dade com Courier'New.
Com o devido respeito a Umberto Eco: evite livros
de metodologia que objetivam ensinar a melhor técnica de
elaboração da ficha de leitura.
Na linha da epígrafe de Becker, o método é dema-
siado importante para ser empobrecido com questões
exclusivamente formais. Logicamente que formas mí-
nimas são importantes, mas não podem, sob qualquer
pretexto, sufocar as questões substanciais da pesquisa.
Aliás, penso que não deveria existir uma discipli-
na específica intitulada “Metodologia de Pesquisa”,
porque se metodologia é caminho, é trajeto de inves-
tigação, deveria ser discutida constantemente em todas
as aulas e, mais especificamente, entre orientando e
orientador durante a concretização dos projetos. No
entanto a formalização da metodologia como discipli-
na autônoma revela uma cultura dogmática que valo-
riza os procedimentos em detrimento dos conteúdos
de investigação.
O livro tem como objetivo, portanto, problemati-
zar as formas usuais de redação dos trabalhos de con-
clusão (monografias, dissertações e teses) nas Faculda-
des de direito. Procura apontar os inúmeros equívocos
16
derivados da supervalorização dos procedimentos de
investigação e propor algumas alternativas viáveis para
romper com esta herança burocrática que é uma das
responsáveis pela estagnação da pesquisa jurídica.
Procuro, através deste trabalho, debater com os
alunos e com os professores possibilidades diversas de
pesquisa, fundamentalmente como abordar conteúdos
de forma não burocrática.
Assim, elaborei esta monografia em forma de
diálogo, redigido na primeira pessoa do singular. E para
efetivar esta troca de experiências, dividi o trabalho
em dois momentos. No primeiro descrevo uma espécie
de pauta negativa sobre a pesquisa acadêmica: como
não fazer uma pesquisa. No segundo, em uma pauta
positiva, aponto algumas saídas possíveis que aprendi
e desenvolvi durantes meus 15 anos de docência: como
é possível fazer uma pesquisa. O momento propositivo
foi construído a partir da apresentação de casos, ou
seja, de trabalhos de conclusão que considero repre-
sentativos em termos metodológicos e com qualidade
no conteúdo da análise.
Creio que esta forma de apresentação de virtuosos
trabalhos acadêmicos (projetos de pesquisa, monogra-
fias, dissertações e teses) permitirá aos alunos e aos
professores perceber a infinita quantidade de métodos
possíveis para além da mera revisão bibliográfica –
forma que se efetivou como padrão e que se transfor-
mou no vício da academia jurídica nacional.
17
Espero, sinceramente, que este livro colabore
para que os pesquisadores possam realizar um diag-
nóstico dos problemas que a pesquisa jurídica enfren-
ta atualmente, visualizar maneiras outras de investi-
gação e qualificar o diálogo entre corpo docente e
discente.
18