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Manual Organização Política Dos Estados Democráticos PDF
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A Cidadania e o Cidadão
A história da cidadania
O termo cidadania significa “qualidade ou direito de cidadão”. O conceito
de cidadania, ligado à participação política e às normas de conduta social,
remonta às civilizações clássicas, da Grécia e Roma Antigas.
Na região da Antiga Grécia, o território encontrava-se dividido em
cidades. Cada cidade, também chamada polis, tinha uma organização política própria, sendo as
cidades totalmente independentes umas das outras. As cidades funcionavam, portanto, de
forma semelhante a Estados soberanos. Nestas Cidades-Estado, a cidadania tinha um valor
extraordinário, e o cidadão participava activamente em todos os aspectos da vida na
comunidade. Porém, nem todos eram considerados iguais na antiga sociedade grega. Os
gregos faziam a distinção entre “o cidadão” e “o súbdito”, ambos habitantes da cidade mas
com direitos e deveres muito diferentes. Apenas os cidadãos gozavam de direitos como a
participação na vida política e a possibilidade de ser eleito para cargos públicos. As mulheres,
os escravos e os estrangeiros não eram considerados cidadãos e, por isso, não possuíam esses
direitos.
Na Roma Antiga, a cidadania desenvolveu-se principalmente ao nível das leis. O estatuto
legal de cidadania, que atribuía ao cidadão um conjunto de privilégios, era concedido não só
aos habitantes da cidade de Roma, mas também aos indivíduos que habitavam os territórios
conquistados pelo Império.
Mas foi com a Revolução Francesa, no século XVIII, que se desenvolveu a cidadania
moderna. Os ideais desta Revolução – a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade – iniciaram
uma mudança que viria a transformar o mundo ocidental.
Em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU), adopta a Declaração Universal dos
Direitos Humanos. Defendendo direitos fundamentais como o reconhecimento da dignidade
humana, a liberdade, a igualdade, a justiça e paz, a declaração dos direitos humanos
influenciou, e continua a influenciar, o conteúdo de muitas das legislações nacionais (como é o
caso da Constituição da República Portuguesa) e internacionais (por exemplo, a Carta dos
Direitos Fundamentais da União Europeia).
Mas a luta pelos direitos não se esgotou com a declaração dos direitos humanos. Seguiram-
se-lhe outras lutas: a dos trabalhadores pelos direitos sociais; a das mulheres pela igualdade; a
da comunidade homossexual pela não discriminação; a luta global pela preservação do meio
ambiente, entre tantas outras.
A identidade
É através da identidade que nos reconhecemos e somos reconhecidos pelos
outros. Características como o nome, sexo, naturalidade, filiação e impressão
digital, fazem parte da nossa identificação. No entanto, a identidade de cada
pessoa, não se resume a estes elementos, ela é também produto da história pessoal de cada
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um. Pois se tivéssemos nascido noutro lugar ou noutro século, seríamos com certeza pessoas
completamente diferentes. Isto acontece porque a identidade é sempre uma construção
relacional. Resulta das trocas que ocorrem naquilo a que se chama o “sistema de pertenças”,
isto é, o conjunto de pessoas e instituições com quem nos relacionamos, que são importantes
para nós e com os quais nos identificamos. É através dos significados produzidos por estas
relações que encontramos sentido para aquilo que somos. O direito à identidade encontra-se
consagrado no artigo 26ª da Constituição da República Portuguesa: “A todos são reconhecidos
os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à
cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida
privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação.”
Nacionalidade
A Nacionalidade é o vínculo que se estabelece entre uma pessoa e um
determinado Estado. O reconhecimento, atribuição ou aquisição da
nacionalidade dependem de certas condições fixadas pelo Estado. No entanto,
não é preciso ter-se nascido em Portugal ou ser-se filho de portugueses para se
ser Português, isto é, para se ter nacionalidade portuguesa e representar Portugal. Por isso,
em Portugal, existe uma Lei da Nacionalidade que estabelece quem é e quem pode ser
português. A lei existe desde 1981 e, ao longo dos anos, tem vindo a ser alterada no sentido de
se tornar uma lei mais justa e menos discriminatória para os imigrantes que escolheram fazer
de Portugal o seu lar. A última alteração a esta lei foi feita em Abril de 2006.
Sugestão:
Consulte, na internet, a actual lei da nacionalidade (Lei Orgânica n.º 2/2006 de 17 de
Abril) para ficar a saber quem tem direito à nacionalidade portuguesa.
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Espaços de exercício da Cidadania
Estado
Município
Freguesia
Bairro
Trabalho
Família
Escolas
Curso
Instituições Sociais
Valores cívicos
Todas as pessoas vivem em conjunto umas com as outras, isto é, nós não vivemos sozinhos,
vivemos em comunidade. Para que as pessoas se consigam entender e para que não
existam conflitos entre elas, é necessário que todos cumpram um conjunto de regras. Estas
regras vão permitir que todos possam viver da melhor forma e com o maior entendimento
entre todos.
Tornando-se deste modo, necessário uma Formação Cívica de a tornar os/as cidadãos/ãs
mais responsáveis, mais críticos/as, mais activos/as e participativos/as na comunidade em que
fazem parte. Isto permite-lhes conviver da melhor forma com os outros e assumir uma
responsabilidade cada vez maior pela vida em comum.
A formação cívica procura, então, contribuir para que o/a
cidadão/ã sinta mais vontade de participar na sua comunidade e
para que sinta vontade de ser útil aos outros. Serve também para
que consiga ter a força de criticar aquilo que considera estar errado;
para que apoie a igualdade de oportunidades entre todas as
pessoas; para que tente sempre dar atenção aos grandes problemas do nosso tempo, como a
discriminação; a importância maior que é dada ao valor material (dinheiro) em vez dos valores
humanos (como a amizade, a solidariedade, por exemplo).
Assim, a sociedade em que vivemos será tanto melhor, mais humana e mais justa, quanto
maior for a participação do/a cidadão/ã. Quem não participa, seja por desinteresse, seja por
indiferença, nunca chega a perceber realmente o que é viver em sociedade.
Os valores são ideais que orientam a nossa vida e influenciam as nossas escolhas,
determinando o que pensamos acerca do que é bom ou mau. São ideais que norteiam as
nossas vidas levando-nos a realizar determinadas acções e a preferir determinadas coisas em
detrimento de outras. Os valores podem então ser definidos como as razões ou motivos que
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justificam as nossas escolhas e acções: são os critérios que estão na base das nossas decisões,
pois é em nome de determinados valores que agimos. Apresentam-se como uma realidade a
alcançar, superior e desejável.
Classificação de valores
Coragem ― ter coragem significa ter força para defendermos as nossas ideias e
criticarmos o que consideramos estar errado. Sem coragem cívica, o/a cidadão/ã pode
ser mais influenciado pelos líderes de opinião (partidos políticos, por exemplo), pela
comunicação social e pelas pessoas que têm um maior poder na nossa sociedade.
Tolerância ― é a capacidade de aceitar posições e pontos de vista diferentes dos
nossos, desde que sejam baseadas no respeito pela dignidade humana. Isto significa
que devemos sempre respeitar as opiniões dos outros, desde que estas respeitem os
direitos de todas as pessoas. Nem sempre é fácil percebermos até que ponto podemos
ou não tolerar determinadas situações.
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Patriotismo ― ser patriota significa respeitar os princípios e os valores defendidos
pelo nosso país. O patriotismo é uma virtude fundamental de qualquer democracia e
que recusa atitudes de discriminação em relação a outras nações.
Compromisso ― a Democracia diz-nos que devemos colocar os interesses da
comunidade em primeiro lugar. Assim, a Cidadania deve preparar o/a cidadão/ã para
estabelecer compromissos com as outras pessoas, isto é, para entrar em acordo com
os outros, de forma a que todos se sintam satisfeitos.
Legalidade ― a legalidade significa que é a lei que regula o nosso comportamento, isto
é, é através de regras e normas que sabemos aquilo que é ou não correcto fazer.
Enquanto cidadãos/ãs devemos respeitar essas leis, mesmo quando não concordamos
totalmente com elas, mas também devemos tentar mudar as leis que consideramos
injustas ou inadequadas.
Solidariedade ― a solidariedade significa preocuparmo-nos com o bem-estar dos
outros, ajudarmos os outros sempre que necessitem. Sem solidariedade não
conseguimos enfrentar os grandes problemas da nossa sociedade, especialmente
aqueles que se relacionam com os grupos mais desfavorecidos (como a pobreza, por
exemplo).
Participação ― sermos participativos significa dar atenção aos assuntos de interesse
público, isto é, a todos os assuntos que afectam a sociedade em que vivemos.
Abertura ― a abertura em Democracia é um dos princípios fundamentais e significa
ter a capacidade de aceitar opiniões diferentes das nossas.
Transparência ― ser transparente é ser sempre verdadeiro, sincero, nas suas acções.
Através da transparência ou honestidade é possível que as decisões que são tomadas
em democracia sejam sempre feitas baseadas na sinceridade e não por interesses
escondidos que podem por em causa a vida em comunidade.
Pluralismo ― o pluralismo significa o respeito pela existência de ideias diferentes das
nossas. Numa sociedade democrática a partilha de ideias diferentes é muito
importante.
Civilidade ― a vida em comunidade exige que as pessoas se comportem de forma a
respeitarem sempre os direitos dos outros. Viver de forma civilizada significa, por
exemplo, tentar resolver os problemas através do diálogo com os outros e não através
da força e da ameaça; defender o nosso país e respeitar aquilo que pertence aos
outros.
Podemos concluir que os valores são, independentemente, das diversas qualificações que
sofrem, os fundamentos éticos e espirituais que constituem a consciência humana, definem
princípios e propósitos, pautam condutas e garantem a sobrevivência do mundo e da espécie
humana. Embora os valores sejam ingredientes básicos de uma cultura, podem mudar de
acordo com a sociedade que os produzem.
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Direitos e liberdades fundamentais
Artigo 13.º (Direito a circular livremente no país e de sair e entrar em qualquer país)
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Artigo 19.º (Liberdade de expressão, opinião e informação)
Artigo 21.º (Direito de participar nos assuntos públicos do seu país e em eleições livres
através do voto secreto)
Artigo 28.º (Direito a uma ordem social para a plena aplicação dos direitos aqui
enunciados)
Artigo 30.º (Nenhum indivíduo ou Estado pode atentar contra os direitos e liberdades
acima mencionados)
Existem em todo o mundo situações em que os Direitos Humanos não são cumpridos. São
violações dos Direitos Humanos e atingem milhares de pessoas todos os anos.
São exemplos de violações de Direitos Humanos:
Guerras
Terrorismo
Genocídio
Pena de morte
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A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia
2) Liberdades
Direito à liberdade e à segurança
Respeito pela vida privada e familiar
Liberdade de pensamento, de consciência e de religião
Direito à educação
Liberdade profissional e direito de trabalhar
3) Igualdade
Igualdade perante a lei
Não discriminação
Direito das crianças
Direito das pessoas idosas
Integração das pessoas com deficiência
4) Solidariedade
Direito de acesso aos serviços de emprego
Protecção em caso de despedimento sem justa causa
Proibição do trabalho infantil
Segurança social
Protecção da saúde
Protecção do ambiente
5) Cidadania
Direito de eleger e de ser eleito nas eleições para o Parlamento Europeu
Direito a uma boa administração
Provedor de justiça
Direito de petição
Liberdade de circulação e de permanência
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6) Justiça
Direito a um tribunal imparcial
Presunção de inocência e direitos de defesa
Direito a não ser julgado ou punido penalmente mais do que alguma vez pelo
mesmo delito
O Estado Novo
Depois de 1910 viveu-se um período de grande instabilidade política. Os presidentes da 1.ª
República Portuguesa empreenderam uma série de reformas, na Educação e na Cultura as
reformas foram bem sucedidas, mas os aspectos sociais e económicos foram de difícil
resolução. A incapacidade por parte dos sucessivos governos em superarem a crise
económico-financeira, o agravamento das condições de vida das populações e a instabilidade
política tornaram propícios os movimentos de revolta contra o regime da 1.ª República, que
viria a ser derrubada num golpe militar em Maio de 1926, chefiado pelo General Gomes da
Costa. Instaurando-se assim a Ditadura militar.
À ditadura militar, que começou em 1926, sucedeu-se em 1933 um outro regime político,
igualmente ditatorial e repressivo, conhecido por Estado Novo. As ideias essenciais do Estado
Novo eram: conservadorismo; tradicionalismo; nacionalismo; antiparlamentarismo;
autoritarismo; anticomunismo; anti-individualismo; corporativismo e imperialismo.
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Instituições do Estado Novo
União Nacional
No Estado Novo os partidos políticos estavam proibidos. A União Nacional,
fundada em 1930, apresentava-se como uma organização política não partidária
que pretendia enquadrar todas as forças políticas e correntes de opinião, unindo
todos os Portugueses, com vista à defesa dos interesses nacionais. Na prática
funcionava como um partido único.
Legião Portuguesa
A Legião Portuguesa era uma milícia criada em 1936 com o objectivo de
defender o Estado Novo, isto é, defender o património espiritual da Nação e
combater a ameaça comunista e o anarquismo.
Mocidade Portuguesa
A Mocidade Portuguesa era uma organização juvenil, criada em 1936. Tinha
como objectivo inculcar na juventude os valores patrióticos e nacionalistas do
Estado Novo.
Procurava desenvolver as capacidades físicas dos jovens e incutir-lhes o amor à
Pátria, o sentimento da ordem e da disciplina, e o culto dos deveres morais,
cívicos e militares.
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Comissão de Censura
A censura é um instrumento que os regimes totalitários utilizam para
controlar a divulgação de ideias, informações e notícias nos jornais,
rádios, televisões e espectáculos. No Estado Novo, a Lei nº150/72 previa
que os artigos para publicação tivessem uma das seguintes anotações:
"autorizado", "autorizado com cortes", "suspenso", "demorado", ou
"proibido". Vários órgãos colaboraram na censura durante o Estado
Novo, um dos quais foi a Comissão de Censura.
Assembleia Nacional
A Assembleia Nacional era uma das duas câmaras parlamentares do
Estado Novo. A outra era a Câmara Corporativa. Tinha como principais
funções fazer as leis e interpretá-las. Como não existiam partidos
políticos, o seu poder era limitado. O poder político estava concentrado
no Governo.
Câmara Corporativa
A Câmara Corporativa era uma das duas câmaras parlamentares do Estado Novo. A outra
era a Assembleia Nacional. Tinha funções meramente consultivas. Na Câmara Corporativa
estavam representadas as diversas corporações económicas, culturais, sociais do País:
Províncias e Municípios;
Universidades e Escolas;
Sindicatos Nacionais;
Grémios Patronais;
Organizações de Assistência Social.
SPN / SNI
O Secretariado Nacional de Informação (SNI) era um organismo criado pelo Estado
Novo que realizava a propaganda do regime. Simultaneamente, fazia a promoção
turística do País e apoiava diversas actividades como as artes plásticas, o cinema, o
teatro, a dança, a literatura, o folclore e a edição livreira. Anteriormente chamou-se
Secretariado da Propaganda Nacional (SPN). António Ferro foi a figura mais importante
desta instituição.
Prisões Políticas
As principais prisões onde eram encarcerados os presos políticos no Estado Novo
eram:
Prisão de Caxias
Prisão do Aljube
Forte de Peniche
Campo de Concentração do Tarrafal
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O 25 de Abril de 1975
O 25 de Abril de 1975 consagrou, pela primeira vez, em Portugal o
princípio da legitimidade democrática, e as eleições subsequentes
radicaram-no definitivamente. Não foi só sufrágio universal; foi sobretudo a
ideia de que não existe outro fundamento temporal para a autoridade dos
governantes que não seja a vontade do povo expressa pelo voto; nenhum
carisma pessoal, nenhuma vanguarda revolucionária, nenhuma força oculta
o pode substituir.
A partir daí implantaram-se e consolidaram-se instituições representativas tanto a nível
nacional como a nível regional e local; a liberdade política não tem tido falhas; o pluralismo e o
contraditório tornaram-se naturais e irreversíveis; surgiu um sistema de partidos moderno e
estável, ainda que deficiente; e a alternância tem funcionado.
A Constituição irradiou para toda a ordem jurídica, implicando alterações profundas em
todos os seus sectores. Os tribunais sabem que a devem conhecer e aplicar. E os cidadãos
sabem que a podem invocar como carta dos seus direitos, quer como limite da autoridade
pública, quer como quadro de exigências de solidariedade.
Em suma: Somente depois do 25 de Abril, os portugueses viram reconhecidos direitos
próprios de sociedades democráticas tais como:
Exercer a cidadania numa democracia é reconhecer que ao usufruto dos direitos está
associado o cumprimento de determinados deveres: dever de votar; dever de proteger o
ambiente; dever de respeitar a lei;…
Símbolos da Democracia
A Bandeira Nacional está dividida em duas partes por uma
linha vertical. A primeira parte é verde e constitui 2/5 da
bandeira. A segunda parte é vermelha e constitui 3/5 da
bandeira. No centro da linha vertical encontra-se um
escudo com 7 castelos e 5 quinas a azul. Á volta do escudo
existe a esfera armilar a amarelo. Os autores da Bandeira Republicana: Columbano,
João Chagas e Abel Botelho
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As 5 quinas Simbolizam os 5 reis mouros derrotados por D. Afonso
Henriques na batalha de Ourique.
Heróis do mar, nobre povo, Desfralda a invicta Bandeira, Saudai o Sol que desponta
Nação valente, imortal, À luz viva do teu céu! Sobre um ridente porvir;
Levantai hoje de novo Brade a Europa à terra inteira: Seja o eco de uma afronta
O esplendor de Portugal! Portugal não pereceu O sinal do ressurgir.
Entre as brumas da memória, Beija o solo teu jucundo Raios dessa aurora forte
Ó Pátria sente-se a voz O Oceano, a rugir d'amor, São como beijos de mãe,
Dos teus egrégios avós, E teu braço vencedor Que nos guardam, nos sustêm,
Que há-de guiar-te à vitória! Deu mundos novos ao Mundo! Contra as injúrias da sorte.
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A organização institucional do Estado Português
A Constituição é a lei fundamental que regula os direitos e garantias dos cidadãos e define a
organização política de um Estado. Os princípios da Constituição são superiores e invioláveis.
Nenhuma lei (ou situação) pode contrariar o que está escrito na Constituição. Quando tal
acontece diz-se inconstitucional.
A actual Constituição da República Portuguesa data de 1976 e foi proclamada na sequência
do 25 de Abril de 1974. Ao longo dos anos, a Constituição tem sido revista de forma a
acompanhar as mudanças do país e do mundo. A revisão constitucional que ocorreu em 2005,
acrescentou um artigo relativo ao referendo sobre o tratado europeu.
A Constituição da República Portuguesa é um documento extenso, estruturado da seguinte
forma:
Preâmbulo
Princípios fundamentais
Parte I – Direitos e Deveres fundamentais
Parte II – Organização económica
Parte III – Organização do poder político
Parte IV – Garantia e revisão da Constituição
Disposições finais e transitórias
Órgãos de soberania
No artigo 110.º, a Constituição estabelece que em Portugal os órgãos de soberania são:
O Presidente da República
O Presidente da República é o chefe de Estado, representa a República
Portuguesa e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.
É eleito por sufrágio directo e universal, para mandatos com a duração de
cinco anos, não podendo exercer mais do que dois mandatos sucessivos.
Podem candidatar-se à Presidência da República os cidadãos eleitores,
portugueses de origem, maiores de 35 anos, que apresentem a sua
candidatura perante o Tribunal Constitucional, apoiada por um mínimo de 7500 assinaturas.
É eleito o candidato que obtiver mais de metade dos votos validamente expressos (maioria
absoluta). Caso nenhum dos candidatos consiga a maioria absoluta, procede-se a segundo
sufrágio, onde só concorrem os dois candidatos que alcançaram mais votos na 1.ª volta.
Sugestão:
Consulte, na internet, a Constituição (artigos 133.º a 140.º)
para conhecer melhor as funções do Presidente da República.
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A Assembleia da República
O Governo
Nos termos da Constituição, o Governo é o órgão que conduz a política
geral do país e o órgão superior da Administração Pública. Tem funções
políticas (ex.: negociar convenções internacionais), legislativas (ex.: elaborar
decretos-lei) e administrativas (ex.: fazer executar o Orçamento do Estado).
O Governo, também chamado Executivo, é constituído pelo Primeiro-
Ministro, pelos Ministros e pelos Secretários e Subsecretários de Estado.
Na sequência de eleições legislativas e de acordo com os resultados apurados, o Presidente
da República nomeia o Primeiro-Ministro que, por sua vez, convida os restantes membros para
formar o Governo. Este submete à apreciação da Assembleia da República o seu programa
governamental, que é um documento que define as principais orientações políticas e as
medidas a adoptar ou a propor ao longo dos quatro anos do mandato para governar o país.
O Primeiro-Ministro tem como principais funções:
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Coordenar a acção de todos os Ministros
Representar o Governo junto dos outros órgãos do Estado
Justificar as suas acções perante a Assembleia da República
Manter o Presidente da República informado
Os Tribunais
Uma lei feita pelo Governo tem o nome de decreto-lei. O processo de criação de um
decreto-lei começa quando alguém, geralmente um ministro, toma a iniciativa redigindo um
projecto-lei.
Essa proposta é enviada à Presidência do Conselho de Ministros, que verifica se é adequada,
oportuna e correcta, fazendo-se os acertos necessários entre o Ministro proponente e a
Presidência do Conselho de Ministros. Seguidamente, é encaminhada para os outros Ministros
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que a analisam. A opinião do Ministro é transmitida ao Secretário de Estado que representa o
Ministério na reunião de Secretários de Estado.
A iniciativa é, então, analisada na Reunião de Secretários de Estado e, se houver acordo,
aprova-se o projecto, que será agendado para Reunião do Conselho de Ministros.
O Conselho de Ministros pode aprovar a proposta como lhe é apresentada, emendá-la, adiá-
la ou mesmo rejeitá-la.
Depois de aprovado, o diploma é assinado pelos Ministros com competência nas matérias
em causa e pelo Primeiro-Ministro e enviado ao Presidente da República para promulgação. Se
o Presidente não concordar com a lei exercerá o seu direito de veto em vez de a promulgar.
Uma vez promulgado, é referendado pelo Primeiro-Ministro e enviado para publicação no
Diário da República. É com a sua publicação no Diário da República que o decreto se torna,
efectivamente, uma lei.
As regiões autónomas
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Poder local
À ideia de poder local subjaz a convicção de que a unidade do Estado não deve levar à
dissolução de comunidades menores. Pelo contrário, considera-se que estas deverão ter a
possibilidade de administrar os interesses que lhes são específicos através de órgãos
representativos da vontade dos seus membros e próximos das populações. A existência de
competências a serem exercidas localmente pretende garantir uma maior eficácia na
resolução de certos problemas. Existem duas formas de poder local no nosso país: os
municípios (os órgãos representativos são a assembleia municipal e a câmara municipal) e as
freguesias (os órgãos representativos são a assembleia de freguesia e a junta de freguesia).
Estas autarquias constituem-se como pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos
representativos. A Constituição prevê ainda um terceiro nível de poder local – as regiões
administrativas – que decorrerão da organização administrativa subjacente ao processo de
regionalização. As relações do poder local com o Estado têm várias vertentes, de entre as quais
se destacam as seguintes:
o poder local e o poder central cooperam na resolução dos problemas das populações
de forma coordenada, partilham o esforço administrativo e financeiro, seja
associando-se para a realização de determinada obra, seja fazendo o poder local
determinadas obras e o poder central outras;
o Estado distribui verbas às autarquias e, por outro lado, fiscaliza o cumprimento da
lei, tendo o poder local, de resto, autonomia administrativa;
o poder local, democraticamente eleito, representa as populações perante o Estado,
fazendo-lhe chegar os seus problemas e reivindicações.
União Europeia
A União Europeia é uma das organizações que mais têm contribuído para a ajuda aos países
em desenvolvimento. As iniciativas são efectuadas através do financiamento de acções de
defesa do ambiente, de melhoria das condições de vida dos mais desfavorecidos, do apoio ao
comércio justo e do financiamento de projectos tecnológicos e para a formação dos recursos
humanos.
Fundadores
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Estados Membros
A seguinte tabela apresenta os actuais estados membros e as respectivas datas de adesão.
1981 Grécia
Países Candidatos
Antiga República Jugoslava da Macedónia, Croácia e Turquia
Os símbolos da UE:
A bandeira europeia
A bandeira da Europa além de simbolizar a União Europeia representa também a
unidade e a identidade da Europa. O círculo de estrelas douradas representa a
solidariedade e a harmonia entre os povos da Europa. As estrelas são doze porque
tradicionalmente este número constitui um símbolo de perfeição, plenitude e unidade. Assim,
a bandeira manter-se-á inalterada, independentemente dos futuros alargamentos da UE.
Hino Europeu
O hino europeu não é apenas o hino da União Europeia, mas de toda a Europa
num sentido mais lato. A música é extraída da 9ª Sinfonia de Ludwig Van
Beethoven, composta em 1823. Mais conhecida como “Ode à Alegria”, foi
adoptada em 1985, sem letra, como hino oficial da União Europeia.
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culturas, tradições e línguas na Europa é algo de positivo para o continente.
O Euro
No dia 1 de Janeiro de 2002 entrou em circulação o Euro, que veio substituir as
moedas nacionais de cada país. A introdução do Euro fez a Europa crescer
economicamente e, em poucos anos, tornou-se a segunda moeda mais
importante do mundo, ao lado do dólar americano. Também veio reforçar a
identidade europeia, ao possibilitar aos/às cidadãos/ãs europeus/europeias
sentirem-se mais próximos uns dos outros.
As Instituições europeias
Ao participarem no projecto da União Europeia, os países (Estados-Membros) delegaram
poderes de decisão a instituições por eles criadas, que contam com a participação de
representantes eleitos pelos cidadãos de cada país e/ou nomeados pelos respectivos
governos.
Estas instituições trabalham em conjunto, procurando beneficiar todos os cidadãos da
União.
As instituições mais importantes da União Europeia e cujas decisões afectam a vida dos/as
cidadãos/cidadãs europeus/europeias são três: Conselho, Parlamento e Comissão. Existem
ainda outros órgãos e instituições com vocação especializada como: o Tribunal de Contas, o
Tribunal de Justiça, o Conselho Económico e Social Europeu, o Comité das Regiões, o Banco
Europeu de Investimentos e o Banco Central Europeu.
Conselho Europeu
Reúne-se em Bruxelas, excepto em Abril, Junho e Outubro, meses em que
o local de reunião passa a ser no Luxemburgo. O Conselho da União
Europeia, também conhecido por Conselho de Ministros, é composto pelos
ministros da pasta respectiva de cada um dos Estados-Membros. Quando
se reúnem os presidentes e/ou os primeiros-ministros dos 27 o Conselho toma a designação
de Conselho Europeu (também conhecido por Cimeira), no qual participa também o
Presidente da Comissão Europeia. No conselho Europeu são definidas as principais linhas de
orientação política e são abordadas as questões da actualidade internacional.
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Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu (PE) é directamente eleito pelos cidadãos da União
Europeia para representar os seus interesses. As suas origens remontam aos
anos cinquenta e aos Tratados constitutivos e, desde 1979, os seus
deputados são eleitos directamente pelos cidadãos que representam.
As eleições realizam-se de cinco em cinco anos e todos os cidadãos da UE têm direito a
votar, bem como a apresentar‑se na qualidade de candidatos, seja onde for que vivam na UE.
O Parlamento exprime, portanto, a vontade democrática dos perto de 500 milhões de
cidadãos da União e representa os seus interesses nas discussões com as outras instituições da
UE. As últimas eleições tiveram lugar em Junho de 2009. O actual Parlamento conta com 736
deputados dos 27 países da União Europeia.
O Parlamento tem três funções principais:
1. Adoptar os actos legislativos europeus – conjuntamente com o Conselho em
numerosos domínios. O facto de o PE ser um órgão directamente eleito pelos cidadãos
garante a legitimidade democrática da legislação europeia.
2. O Parlamento exerce um controlo democrático das outras instituições da UE,
especialmente da Comissão. Tem poderes para aprovar ou rejeitar as nomeações dos
membros da Comissão, e tem o direito de adoptar uma moção de censura de toda a
Comissão.
3. O poder orçamental: o Parlamento partilha com o Conselho a autoridade sobre o
orçamento da UE, o que significa que pode influenciar as despesas da União. No final
do processo orçamental, incumbe-lhe adoptar ou rejeitar a totalidade do orçamento.
Comissão europeia
A Comissão é independente dos governos nacionais. Tem por missão representar e
defender os interesses da União Europeia no seu todo. Elabora novas propostas de legislação
europeia, que apresenta ao Parlamento Europeu e ao Conselho. É composta
por 27 comissários, nomeados pelos governos dos Estados-Membros por um
mandato de 5 anos, que exercem as suas funções com total independência dos
governos nacionais que os escolhem. O actual mandato da Comissão termina
em 31 Outubro de 2009. O seu Presidente é José Manuel Barroso, de Portugal.
A Comissão responde politicamente perante o Parlamento, que tem poderes para demitir toda
a equipa mediante a adopção de uma moção de censura.
Os Membros da Comissão devem apresentar a demissão se tal lhes for solicitado pelo
Presidente, desde que os restantes Comissários aprovem esta decisão. O trabalho corrente da
Comissão é realizado pelos seus administradores, peritos, tradutores, intérpretes e pessoal
administrativo, num total de cerca de 23 000 funcionários europeus. Este número pode
parecer muito elevado, mas na realidade é inferior ao número de funcionários de qualquer
autarquia de média dimensão da Europa.
Tribunal de Justiça
É a instituição que assegura o direito na interpretação e aplicação dos
Tratados. Controla o cumprimento das obrigações dos Estados-Membros e a
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legalidade dos actos das instituições comunitárias. Tem sede no Luxemburgo.
Tribunal de Contas
Sugestões:
Faça uma visita virtual ao site da União Europeia (http://europa.eu)e
navegue livremente pelos links nela contidos.
Cidadania europeia
A Cidadania Europeia faz parte da nossa vida. Por todo o lado deparamos com a sua
presença, com os seus símbolos, cruzamo-nos com as suas manifestações. É irrecusável, pois, a
pertença do nosso país à União Europeia. Contudo, isso também significa que, desse modo,
somos cidadãos europeus. A cidadania europeia vem acrescentar-se à nossa cidadania original:
somos cidadãos portugueses e cidadãos europeus. Estamos, assim, investidos duma cidadania
mais enriquecida, onde aos direitos que temos enquanto cidadãos portugueses se vêm
acrescentar aqueles que decorrem do facto de sermos cidadãos europeus. Esse alargamento
da nossa esfera de direitos traz-nos, também, deveres. E um dos mais importantes é, sem
duvida, o dever de participar activa e criticamente no desenvolvimento do projecto europeu,
um projecto de paz e mais desenvolvimento e justiça para todos. A cidadania europeia é, pois,
uma nova dimensão da nossa responsabilidade social.
A Cidadania Europeia foi instituída pelo Tratado de Maastricht, em 1992, e confere direitos
e deveres aos cidadãos da união europeia.
O objectivo principal era reforçar e fortalecer a identidade europeia e possibilitar que os
cidadãos europeus participassem de forma mais intensa no processo de integração
comunitária. A condição de cidadão europeu ficou reservada a quem tivesse a nacionalidade
de um Estado membro. A cidadania europeia não substitui mas complementa a cidadania de
cada estado. Por consequência são as leis de cada estado membro - diferentes em muitos
casos – as que regulam como se pode aceder à cidadania da União.
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Direito de voto
Qualquer cidadão/cidadã europeu/europeia tem não só direito de votar como de se
candidatar, no seu Estado-Membro de origem ou de residência, às eleições do Parlamento
Europeu e também às eleições municipais.
Direito à Informação/Transparência
O cidadão/cidadã europeu/europeia pode, em certas condições e com a respectiva
autorização, ter acesso á consulta dos documentos das Instituições e dos Estados-
Membros da União Europeia.
Direito de Petição e de Recurso ao Provedor de Justiça Europeu
Para além do recurso ao tribunal da União Europeia, o/a cidadão/cidadã pode ainda
apresentar “queixa” através de dois meios:
a petição, carta assinada e dirigida ao Parlamento Europeu sobre assuntos que se
enquadram no âmbito das actividades da União Europeia e que afectam
directamente os interesses dos/as cidadãos/cidadãs;
o recurso ao Provedor de Justiça Europeu em caso de má administração das
instituições ou dos organismos comunitários.
A ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma instituição internacional
formada por 192 Estados soberanos e fundada após a 2ª Guerra Mundial para
manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações amistosas entre as
nações, promover o progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os
membros são unidos em torno da Carta das Nações Unidas, um tratado internacional que
enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional.
II Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial (1939 -1945) foi o conflito que mais vítimas causou
(50 milhões) em toda a história da humanidade. Foi provocada pelos três países
em que tinham sido implantados regimes autoritários (Alemanha, Itália e Japão).
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Estes estados queriam ampliar as suas respectivas áreas de influência e uniram-
se numa coligação que ficou conhecida como Eixo.
Para Hitler, era fundamental criar uma "nova ordem" na Europa, baseada na
superioridade alemã, na exclusão - eliminação física incluída - de minorias étnicas
como os judeus, na supressão das liberdades e dos direitos individuais e na
perseguição de ideologias liberais, socialistas e comunistas.
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destruir a Alemanha nazi. Na Primavera de 1945, a Alemanha foi invadida a leste pela URSS e a
ocidente pelos restantes países aliados. Berlim foi conquistada pelas tropas soviéticas e Hitler
suicidou-se. Os chefes alemães renderam-se sem condições em 8 de Maio de 1945. Era o fim
da guerra.
Os custos que a 2ª Guerra Mundial causaram foram dramáticos.
O número total de mortos aponta para os 50 milhões. Contudo,
apenas uma pequena parte eram soldados. A grande maioria das
vítimas foram civis. Os combates nas áreas urbanas e,
principalmente, os bombardeamentos vitimaram sobretudo
população civil. Em 1945, a Europa e o Japão encontravam-se num
estado caótico: cidades arrasadas, vias de comunicação e de
transporte, instalações industriais completamente destruídas. Os principais países afectados
foram a Alemanha e o Japão.
O Nazismo
Objectivos da ONU
Quando os Estados se tornam membros das Nações Unidas, eles estão também a aceitar as
obrigações da Carta das Nações Unidas, uma espécie de “Constituição” da ONU que contém os
princípios básicos das relações internacionais. De acordo com a Carta, as Nações Unidas têm
quatro objectivos principais:
manter a paz e a segurança internacional;
desenvolver relações de amizade entre as Nações;
cooperar nas soluções de problemas internacionais, promovendo o respeito pelos
direitos humanos;
ser um centro de harmonização das acções das Nações na prossecução desses
objectivos.
Quando foi estabelecida, em 1945, a ONU contava com 51 países que se comprometeram a
preservar a paz através da cooperação internacional. Actualmente, quase todos os países do
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mundo são membros da ONU (192 países, em 2007). Portugal aderiu em 1955. A Suíça e Timor
Leste em 2002. Mais recentemente, em 2006 o Montenegro tornou-se membro da ONU, após
ter declarado a sua independência da Sérvia.
Nota:
Devido à posição que assumiu nas duas Grandes Guerras, a Suíça é, historicamente, um país neutro.
A sua entrada na ONU aconteceu apenas em 2002, na sequência de um referendo nacional onde
mais de 50% dos habitantes se manifestaram a favor da adesão às Nações Unidas. É o único país do
mundo cuja adesão à ONU se fundou na vontade do povo expressa através do voto.
Na Carta das Nações Unidas estão enumerados os órgãos principais da ONU (artigo 7.º): a
Assembleia Geral; o Conselho de Segurança; o Conselho Económico e Social; o Conselho da
Tutela; o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado.
Exceptuando o Tribunal Internacional, cuja sede fica em Haia (na Holanda), todos os outros
órgãos têm a sua sede em Nova Iorque (EUA). Para além destes, existem outras estruturas
importantes para fazer cumprir a missão da ONU. O conjunto de órgãos principais, órgãos
subsidiários e instituições especializadas forma o que se chama o sistema das Nações Unidas.
Nota:
Apesar da sede das Nações Unidas se situar, geograficamente, em Nova Iorque, o terreno onde estão
os edifícios não é solo americano mas sim território internacional. Isto significa que aquele pedaço de
terra não é propriedade de um só país mas de todos os países que pertencem à ONU.
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Forças de manutenção da paz das Nações Unidas
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