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Transmissão Aula 03 PDF
Transmissão Aula 03 PDF
DE JUIZ DE FORA
Aula Número: 03
Curso de “Transmissão de Energia Elétrica” – Aula Número: 03 – PROF. FLÁVIO VANDERSON GOMES
Ementa do Curso
1. Introdução e considerações gerais
2. Linhas aéreas de transmissão (LTs)
Efeito corona
3. Relação entre tensão, corrente e potência em uma LT
Circuitos monofásicos
Circuitos trifásicos
Grandezas em p.u.
4. Indutância, reatância indutiva das LTs
Redução de KRON
5. Resistência e efeito pelicular
6. Impedâncias das LTs
Correção de Carson
Impedância de seqüência zero (Seq.(0))
7. Capacitância, susceptância capacitiva das LTs
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Cabos Condutores
• Constituem os elementos ativos propriamente ditos das LTs
• Sua escolha adequada representa um problema de fundamental
importância no dimensionamento das linhas
• Condutores ideais – características
Alta condutibilidade elétrica
Baixo custo
Boa resistência mecânica
Baixo peso específico
Alta resistência à oxidação
Alta resistência à corrosão por agentes químicos poluentes
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Cabos Condutores
• Inicialmente → Condutores de Cobre
• Atualmente → Condutor de Alumínio
Razão: preço mais baixo
• Problemas do Alumínio: baixa resistência mecânica
Solução: Fio de aço de alta resistência mecânica colocado no centro do
condutor (Coaxial); ACSR: Aluminium Conductor Steel Reinforced
Os cabos condutores são encordoados em camadas e quando formados por
fios de mesmo diâmetro vale a seguinte relação:
N = 3x2 + 3x + 1
N → número total de fios componentes
x → número de camadas
Em transmissão recomenda-se utilizar a bitola mínima
4 AWG (American Wire Gauge) para o alumínio → 41 740 CM
6 AWG para o cobre → 26 250 CM
1 CM = 0,5067x10-3 mm2 (CM → circular mil)
o Equivale à área de um circulo de um milésimo de polegada de diâmetro
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Cabos Condutores
• As vantagens do alumínio sobre o cobre, como condutor para linhas de
transmissão, podem ser verificadas de maneira bastante simples.
Admitamos que desejamos conduzir uma corrente I a uma determinada
distância. Para mesmas condições de perdas por efeito Joule, a seção
do condutor de alumínio deverá ser 1,6 vezes maior do que aquela do
condutor de cobre equivalente. Seu diâmetro será 1,261 vezes maior,
enquanto o seu peso unitário será aproximadamente igual à metade do
peso condutor de cobre equivalente.
• Considerando-se que há uma relação aproximada de preço entre cobre e
alumínio da ordem de 2, o investimento com condutores de alumínio será
aproximadamente igual a 25% do investimento necessário com condutores
de cobre equivalentes. A sua resistência mecânica, cerca de 25% inferior à
do cobre, é amplamente compensada com o eventual uso dos cabos de
alumínio-aço, sem que esse quadro econômico seja substancialmente
alterado em virtude do menor custo do aço.
Cabos Condutores
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Cabos Condutores
• Padrão de comercialização
AWG (American Wire Gauge) - americano
IEC (International Eletrotechnical Comission) - europeu
• No Brasil ainda se utilizam ambos os padrões por ainda não se
atualizarem nem as máquinas que fabricam os condutores nem as áreas
da Eletricidade que não utilizam um padrão comum
• Seção transversal é vulgarmente denominada de bitola
• AWG: o número que identifica o padrão é dado pelo número de vezes que
o condutor é trefilado, isto é, pelo número de vezes que o condutor passa
pela trefila (ferramenta de corte em forma circular que desbasta
- desengrossar - o condutor até ele atingir o diâmetro desejado)
Em outras palavras, quanto maior o padrão AWG do condutor, menor o seu
diâmetro efetivo
• IEC - Série métrica: neste padrão a bitola do condutor é dada diretamente
pela sua seção em mm2
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Cabos Condutores
• Existem diferentes tipos de condutores, e os mais usados em linhas de
transmissão são normalmente, por razões econômicas, condutores de
alumínio
CA: condutor de alumínio puro
AAAC: condutor de liga de alumínio, de All Aluminium Alloy Conductor (AAAC)
CAA: condutor de alumínio com alma de aço, cuja denominação muito
conhecida em inglês é ACSR, de Aluminium Cable Steel Reiforced
ACAR: condutor de alumínio com alma de liga de alumínio, de Aluminium
Cable Alloy Reiforced
Ex: Formação 24/7 de um cabo CAA que representa 24 fios de alumínio e 7 de aço
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Cabos Condutores
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Cabos Condutores
• No processo de encordoamento os fios descrevem uma trajetória helicoidal
em torno do centro do condutor. Os cabos sofrem uma deformação
provocada pelo seu peso, formando uma curva denominada catenária.
• O comprimento real é um pouco maior que a extensão da linha .
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Cabos Condutores
• Condutores tubulares e expandidos
Tensões EAT → Perdas por efeito corona
Reduzir os gradientes de potencial nas superfícies dos condutores
Solução encontrada
Aumento do diâmetro do condutor
Condutores tubulares e expandidos
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Cabos Condutores
• Condutores múltiplos
Advento, em 1950, das primeiras linhas em tensões extra-elevadas (380 kV)
Utilizados para redução do efeito corona
De um modo geral, linhas acima de 300 kV utilizam condutores geminados
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Efeito Corona
• Descargas que se formam na superfície do condutor quando a intensidade
do campo elétrico ultrapassa o limite de isolação do ar
• Principais conseqüências
Emissão de luz
Ruído audível
Ruído de radio (interferência em circuitos de comunicação)
Vibração do condutor
Liberação de ozônio
Aumento das perdas de potência (deve ser suprida pela fonte)
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Efeito Corona
• Ionização do ar em torno dos condutores devido ao campo elétrico dos
mesmos
Os elétrons livres próximos à superfície do condutor ganham energia do campo
elétrico, suficiente para sua aceleração. Estes munidos de energia cinética,
chocam-se com os átomos de oxigênio, nitrogênio e outros gases presentes,
dando-lhes essa energia que faz os átomos mudarem para um estado mais
elevado
Os átomos para voltarem à sua condição original, cedem energia em forma de
calor, luz , energia acústica, radiações eletromagnéticas
Tal fato é denominado ionização por impacto
A tensão crítica pela qual se inicia o efeito corona é chamada tensão crítica de
corona ( Vc)
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Efeito Corona
• A tensão crítica de corona pode ser avaliada pela fórmula semi-impírica:
2D 0,386 ⋅ (760 − 0,086 ⋅ H )
Vc = 2,43 ⋅ m ⋅ δ ⋅ d ⋅ log δ=
d 273 + t
• Vc : tensão crítica de corona (kV) valor de pico
• m : coeficiente de rugosidade (0,93 para fios e 0,87 para cabos)
• d : diâmetro do condutor (mm)
• D : distância entre condutores (mm)
• δ : coeficiente que depende da temperatura e da altitude
• H : altitude (m)
• t : temperatura média anual (Celcius)
• f : freqüência do sistema (Hz)
• V : tensão da rede (kV pico a pico)
• As perdas podem ser determinadas pela fórmula de PEEK
⋅ (V − Vc ) ⋅10 −3
3,44 d
P= ⋅f⋅
2
(kW / km)
δ 2D 20
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Efeito Corona
Exercício 1: Para evitar o efeito corona, calcular o diâmetro mínimo equivalente dos
condutores de uma LT aérea, sendo a distância média entre os condutores de 7 m,
funcionando a 400 kV, numa altitude de 1000 m e temperatura média de 22,64 °C.
Calcule uma estimativa para as perdas, caso a tensão crítica de corona seja
excedida em 10%, sendo a freqüência 60 Hz.
• Dados fornecidos:
D = 7 m = 7000 mm
VL = 400 kV → Pico = VLP = 400 ⋅ 2 kV = 565,69 kV
H = 1000 m
t = 22,64 oC
m = 0,87 (cabos)
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Solução Exercício 1:
Efeito Corona
2D 14000
2,43 ⋅ 0,87 ⋅ 0,88 ⋅ d ⋅ log > 400 ⋅ 2 d ⋅ log > 304,07
d d
14000
d = 100 mm d ⋅ log = 214,61
d
14000
d = 160 mm d ⋅ log = 310,72
d
Deve-se então combinar vários condutores por fase (2, 3 ou 4) para obtenção do diâmetros de 160 mm 22
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Efeito Corona
A nova tensão crítica para d = 160 mm é: Vc = 2,43 ⋅ 0,87 ⋅ 0,88 ⋅ 310,72 = 578,06 kV
Vcef = 408,83 kV
⋅ (V − Vc ) ⋅10 −3
3,44 d
P= ⋅f⋅
2
(kW / km)
δ 2D
⋅ (57,8) ⋅10 −3
3,44 160
P= ⋅ 60 ⋅
2
(kW / km)
0,88 14000
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