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O Relacionamento com sua Mãe está

diretamente ligado ao seu estado financeiro!


27/10/2017
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Elainne Ourives

No livro de Bert Hellinger, “O amor do espírito” Editora Atman, ele fala sobre
isso para quem quiser aprofundar o assunto. Em 2011 eu tinha feito a
formação em constelação familiar, estava grávida da Laura e recordo que
aquela formação com Guilhermino, fechava as chaves que eu buscava
naquela época. Bloqueio de prosperidade, falta de dinheiro em uma visão
sistêmica está relacionado a mãe, porque nós mães, mulheres somos férteis,
e o dinheiro vem da fertilidade, é energia em movimento.

Neste livro ele comenta que dinheiro deve ser empregado a serviço da vida,
pois o dinheiro é uma imagem da vida e quem desrespeita o dinheiro,
desrespeita a vida. O dinheiro é sempre representado nas Constelações por
uma mulher – por quê? Porque o dinheiro é fértil.

O sucesso dos negócios e na profissão vem com a bênção da mãe. Sem isso
só há fracassos, pois, o dinheiro tem a imagem da mãe; quem rejeita a mãe
permanece pobre.
Para Hellinger, tomamos a vida como um todo, quem tem reservas em
relação à mãe, que foi sua primeira e talvez mais importante experiência de
nutrição e confiança oferecida pela vida, também terá reservas em relação à
realização, ao sucesso e à felicidade. Quem rejeita sua mãe, quem não
concorda com ela do jeito que é, rejeita também a vida e a felicidade.

"Como o sucesso pode chegar? Ele vem quando nossa mãe pode vir a nós e
quando nós a honramos como tal. ”

E por outro lado, muitos estudos mostram que o lado masculino representa
financeiro.
Genteeee também está certo porque na verdade, a constelação sistêmica
mostra, sem sombra de dúvidas, que o homem não é um indivíduo, mas sim,
apenas uma célula de um grande corpo, que se chama sistema familiar, e
enquanto não honrar e respeitar este corpo, não consegue harmonizar-se e
sente-se sempre “um estranho no ninho”. Mas depois que ele se percebe
como parte de um “todo”, toda a vida se suaviza e os caminhos se abrem,
como que por encanto! Por isso somos sistêmicos, somos um, somos o todo.
Pai e pai influenciam sim em nossa vida, sejam nos relacionamentos ou
dinheiro.
A mulher segue o marido e o homem serve ao feminino; nas organizações
quando a mulher organiza e o homem segue, dá errado. Um genro que usa
o dinheiro do sogro em geral leva o negócio à falência. O homem que vai
morar na casa dos pais da mulher em geral leva o relacionamento ao
fracasso. Pois é.

O dinheiro é adquirido através de algo que fazemos; dinheiro vindo pelo nosso
empenho nos faz feliz e serve a vida, mas, como a vida, o dinheiro quer ser
gasto a serviço da vida. O dinheiro herdado não foi por empenho ou trabalho
- por isso acontecem falências. É mais fácil de gastar.
Por isso despedir-se do campo da pobreza e movimentar-se em direção ao
campo da riqueza é uma conquista espiritual.

Um conteúdo magnífico que quero citar neste artigo é de Alice Duarte.

Ela primeiro nos faz pensar e meditar sobre abundância e nossos pais. Uma
pergunta impactante é: Você já parou para pensar no que está por trás da
falta de prosperidade na sua vida? Na falta de clientes, na empresa que vai
mal, naquele aumento e emprego que não vem? Não vale pôr a culpa na
crise, no governo, no capitalismo, no mundo. A causa pode morar sabe onde?

Prosperidade é ter tudo o que se necessita para viver bem e não somente
para sobreviver. E você só pode atingir esse estado de conforto quando
consegue estar em sintonia com a vida, tal como ela é. E para isso é
necessário aceitar e agradecer a tudo e a todos, principalmente o difícil. Já
parou para pensar em agradecer a atual crise que vive? Gosto de pensar na
bela oportunidade que ela traz para sairmos da zona de conforto, repensar
nossas práticas e nosso rumo, nos capacitar melhor e buscarmos soluções
criativas.

Mas se colocar a culpa sempre em algo fora de você, você vai ficar naquela
postura infantil, como a criança que pede para que a mãe lhe dê algo. A
solução passa por fincar os pés na vida como adulto, que é dono das próprias
escolhas, que dá e recebe dos demais, que recebeu o que tinha que receber
dos pais e agora precisa fazer o resto sozinho.
Pronto para começar?

Alice Duarte nos ensina oito passos para melhorar sua relação com o dinheiro
e se conectar com a abundância:

1) Coloque-se em paz com seus pais (de hoje e do passado)


Agradeça e aceite sua mãe e seu pai como eles são e não como você gostaria
que eles fossem ou tivessem sidos. A mãe é quem nos deu o primeiro
sustento, por isso ela está ligada ao movimento de ir para a vida, à
prosperidade e ao dinheiro. O pai, na visão sistêmica, representa nossa
carreira e profissão. Se você está vivo nesse mundo, trabalhando,
constituindo família, aprendendo e impactando na vida de outras pessoas é
porque seus pais foram perfeitos como pais do ponto de vista da existência
humana e da vida. E se você os toma sem reivindicações, o dinheiro flui e
você se sente adaptado e realizado na vida.

2) Busque o equilíbrio de troca


O dinheiro é uma energia de agradecimento. Você dá algo a alguém – um
serviço, um produto ou um conhecimento – e esse alguém retribui com certa
quantia de dinheiro. Esta relação precisa ter um equilíbrio, ser justa para
ambas as partes. Meu produto ou serviço não pode ser mais caro nem mais
barato do que o benefício que ele proporciona.
“Nossa vida flui quando equilibramos o dar e receber. E um modo de o
universo nos mostrar se estamos fazendo isso é quando recebemos dinheiro
ou quando estamos na abundância. ” Brigitte Champetier de Ribes

3) Vá para a vida para que o dinheiro chegue até você


Faça as pazes com o seu passado, mantenha os pés bem fincados no presente
e flerte com o futuro. Se o dinheiro não vem, é sinal de que algo precisa ser
resolvido antes, provavelmente na sua história pessoal ou na de membros do
seu sistema, seja na família de origem ou em alguma geração anterior. Isso
pode estar atrapalhando você de estar disponível para a vida. Aí o dinheiro
não vem.

4) Se atreva a ser tão grande quanto o seu dinheiro


Pare para pensar: quando você lida com o dinheiro você se sente menor,
maior ou igual? Essa relação precisa ser de igual para a igual. Não se pode
ser como uma criança que pede, nem ser maior que o dinheiro, pois nessa
postura arrogante não se consegue agradecê-lo. Se dinheiro não se sente
respeitado ele vai embora da sua vida.

5) Olhe para o dinheiro com bons olhos


Se você não olha o dinheiro, ou seja, evita fazer planilha de gastos e
rendimentos, não gosta de olhar o holerite, quanto tem na carteira, nem o
extrato bancário, atenção! Você pode estar excluindo o dinheiro da sua vida.
Se você olha para seu rendimento e para suas contas com carinho e respeito,
você tem saúde financeira. Tenha gratidão a tudo o que receber (mesmo as
pequenas quantias), ao banco e até aos impostos recolhidos. Tudo aquilo que
você exclui, rejeita e tem aversão, você acumula tensão e começa a dar nós.

6) Dê significado nobre ao seu trabalho


Você não vende um produto, serviço ou conhecimento, você vende conforto,
praticidade, bem-estar e sucesso às pessoas. “Qualquer empresa que é bem-
sucedida está a serviço da vida, dos seres humanos”, disse Bert Hellinger,
criador das Constelações, em seu último seminário no Brasil. É preciso colocar
o foco no benefício que seu trabalho vai proporcionar e não focar em
aumentar seu faturamento e ter sucesso. “Quem somente serve ao dinheiro
já perdeu antes de começar”, acrescentou Hellinger.

7) Observe que sentimento surge quando você dá e ganha dinheiro


Você sente pena da pessoa que te dá dinheiro? Você sente desconforto e
irritação quando dá seu dinheiro ao outro? Tem gente que sente vergonha e
culpa quando recebe, ao passo que quando dá ou perde sente alívio. Crenças
sabotadoras podem estar por trás dessas dinâmicas.

8) Cuidado com as crenças sabotadoras!


Verifique ao longo da sua vida se você ouviu e tomou essas ideias como
verdade: “Os ricos são gananciosos, desonestos, exploradores” ou “É mais
fácil um camelo passar pelo buraco da agulha que um rico entrar no reino
dos céus”. Você tem medo de seguir um caminho diferente da família se ela
não tem prosperidade? Você tem medo de ter que ajudar a família se ganhar
muito dinheiro? Você acredita que o dinheiro corrompe? Tira a paz interior?
Atrai inveja, falsos amigos, assalto, sequestro? Que torna as pessoas
arrogantes? Cuidado! Sua mente inconsciente pode estar sabotando
secretamente a sua prosperidade!

Quando iniciei esse artigo, falei sobre os mandamentos de Deus, lembra?

Como eu sempre tive dificuldade de saber quais são os 10, vou descrever
eles aqui para relembrar nossos acordos.

1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.


2 - Não tomar seu santo nome em vão
3 - Guardar domingos e festas de guarda
4 - Honrar Pai e Mãe
5 - Não matar
6 - Não pecar contra a castidade
7 - Não roubar
8 - Não levantar falso testemunho
9 - Não desejar a mulher do próximo
10 - Não cobiçar as coisas alheias

Uma história muito linda e transformadora para mim é de Honrar o Pai e a


Mãe!

Certa vez, estava atendendo uma cliente que falava de um histórico de


traições entre o pai e a mãe, acrescentando a frase "ele fez isso com a
gente!", e dizendo que por isso não podia perdoar o pai. Isso fazia ela olhar
o pai com raiva e rejeição. Pelo seu amor inconsciente e identificação com a
mãe, a filha tomou partido contra o pai e se afastou emocionalmente dele.
Neste tipo de situação, quem perde é a filha que toma partido de um dos
pais, pois as questões entre eles devem ser deixadas entre eles, e os filhos
ficarem apenas em seu lugar de filhos.

Os filhos não têm o direito de julgar os pais como certos ou errados. Nunca.
Na visão sistêmica, os filhos são sempre pequenos e os pais são grandes.
Quando julgam, os filhos ocupam o lugar de grandes, ocupando um lugar que
não é deles, adoecendo o sistema. Os filhos devem cultivar pelos pais os
sentimentos de amor, perdão, gratidão, independente da distância, se estão
mortos ou vivos. A isso chamamos honrar o pai e a mãe, em uma visão
sistêmica. Nosso mestre em Constelações Familiares, Marcilio Costa, sempre
fala que como honramos os santos no céu, devemos honrar os pais na terra.

Nossos pais nos deram a vida, por isso, devemos agradecer o dom que
recebemos e seguir. É na própria vida que encontramos tudo o que
precisamos, pois, a própria vida é um sistema, o sistema completo, onde
podemos encontrar tudo, e através destes encontros nos transformar, e
perceber que temos potencialmente dentro de nós tudo o que nós
precisamos. Nas sessões de constelação em grupo percebemos mais
claramente isso, que tudo o que procuramos já está de alguma forma em
nós, em nosso campo, sendo a vida um caminhar para despertar e
desenvolver este potencial.

Além disso, vale ressaltar que os pais não precisam dos filhos, e sim os filhos
precisam dos pais. Quando os pais acreditam que precisam dos filhos, os
estão colocando no lugar de seus próprios pais, e cobram dos filhos o amor
que não receberam dos pais. O peso é grande demais, e o sistema adoece.
Para trabalhar nossas carências de pai e mãe o primeiro passo é terapia. O
segundo é reconhecer e honrar os pais, simbolicamente os guardar no
coração. Quando aceitamos e integramos os pais, aceitamos e integramos a
vida, e deixamos de projetar nossas carências nos filhos, nos cônjuges ou na
política dos governantes, por exemplo, em quem projetamos nossas
necessidades e raivas.

Quem tem problemas na aceitação do pai pode ter dificuldades com: estudos,
trabalho, comportamento, relacionamentos com homens, compromisso,
disciplina, força diante da vida. Quem tem dificuldades em receber a mãe
internamente acaba espelhando esta dificuldade em conflitos com:
relacionamento com mulheres e em geral, vícios como o excesso em álcool,
fumo, alimentos, entre outros, desequilíbrio emocional, desconexão
espiritual, falta de dinheiro, satisfação e sentido na vida. Estas associações
valem em geral, mas cada caso deve ser analisado especificamente, pois cada
pessoa tem sua história de vida e familiar.
Em um trabalho de Constelação, procuramos a raiz dos sintomas no sistema,
pais e ancestrais, e utilizamos técnicas de transformação do inconsciente
como visualizações, frases curativas e exercícios de consciência para
elaboração e integração do trauma. Esperamos com este artigo e outros que
virão promover uma visão sistêmica para relacionamentos mais significativos,
a favor da terapia, da transformação humana, do autoconhecimento e de
maior qualidade e realização na vida!

Quero citar neste artigo, o Instituto de Constelação familiar, pois eles usam
um nome lindo para o que você vai ler aqui: “O Dinheiro pelo Olhar da
Constelação Familiar – Energia a Serviço da Vida. (www.iperoxo.com)

Olhamos para o dinheiro e o julgamos como fonte de nossos problemas –


ainda mais visível na nossa situação atual enquanto país. É uma situação
difícil. Ficamos todos presos na confusão.
Ao mesmo tempo, percebemos que é inegável o papel do dinheiro na
manutenção da vida. Ele proporciona crescimento, possibilidades, segurança
e liberdade. Ele nos sustenta.
Então, como podemos olhar para o dinheiro e ver sua real energia?

O que é o dinheiro?

O dinheiro em si é um pedaço de papel. Todo o poder, valor e energia que


emana dele é uma convenção da nossa sociedade para tornar as trocas entre
os indivíduos mais igualitárias.

Antigamente, o escambo era a prática usual. Mas quantos pães valiam uma
galinha? Ou a maçã valia mais ou menos que uma laranja? Dessa dúvida
surgiu a necessidade de padronizar um meio sem oscilação de valor para
realizar as trocas. Desse movimento, o dinheiro foi criado.
Ainda que fisicamente sua representação seja bem simples (papel e metais),
o dinheiro é uma manifestação de uma energia que está à serviço da vida, e
não somente isso, mas é essencial a ela.

Bert Hellinger fala que o “dinheiro é algo espiritual! O dinheiro é vida. Sem
dinheiro, ninguém pode sobreviver em nossa sociedade. O dinheiro nos
permite continuar vivos. ” (Livro “Histórias de sucesso na empresa e no
trabalho” – Editora Atman)

Numa troca, estipulamos um valor e a outra pessoa concorda ou não com o


que estipulamos. Podemos negociar ou encerrar uma negociação com base
nos argumentos apresentados entre os lados.

Aqui, somos apresentados à lei que exerce maior influência sobre o fluxo de
dinheiro: o equilíbrio. O dinheiro, para permanecer com quem o recebe, exige
que a troca seja justa, para ambos. Quando há um desequilíbrio, acontece
uma disfunção na gestão do valor.

Os rendimentos param, os negócios travam e às vezes não sabemos o


porquê. Mas uma boa dica é olhar para o equilíbrio entre o dar e o tomar em
todos os âmbitos do negócio.
Quem recebe o dinheiro também deve merecer, oferecer na sua troca algo
compatível com o que está cobrando pelo serviço. Compatível aqui quer dizer,
nem exigir a mais do seu valor e nem a menos. Cobrar o que é justo.
Uma pessoa que cobra menos do que o justo pelo seu trabalho, em algum
tempo se tornará um prestador de serviço que parará de servir seu cliente.
Como vemos na situação em desequilíbrio, um dos dois lados se sente
pressionado e sai da relação comercial.

O Olhar de Bert Hellinger

O psicoterapeuta alemão aborda a influência do sistema na nossa forma de


lidar com o dinheiro e o sucesso, e como por vezes nossos comportamentos
seguem um emaranhamento familiar neste mesmo assunto.
Em seu livro “Leis Sistêmicas da Assessoria Empresarial” ele propõe a
seguinte metáfora:
“O dinheiro possui uma dimensão espiritual. Ele reage como se tivesse uma
alma e um faro fino para a justiça e a injustiça.
Quer ficar com aqueles que o ganharam honestamente, com o suor do seu
trabalho. Quer voltar para aqueles que trabalharam duro para obtê-los ou
para aqueles que o receberam de outros com a condição de administrá-lo e
multiplicá-lo honestamente, a serviço da vida.
O dinheiro que outros ganharam para nós quer ficar conosco quando os
recompensamos corretamente. Acima de tudo, uma vez que pertence à vida,
o dinheiro quer ser gasto e transmitido a serviço da vida. O dinheiro se alegra
quando é gasto. Ele retorna ainda mais rico para nós. ”

Hellinger reconhece que esta é só uma metáfora, e que na verdade o dinheiro


e seus movimentos são apenas uma manifestação do que está em nosso
centro, que ele chama de alma.
O dinheiro deseja servir nosso interesse pela vida. Por isso, se coloca à
disposição naquilo que contribui para o avanço dela.

Em outro livro, chamado “Êxito na vida, êxito na profissão”, Hellinger discorre


sobre as causas da nossa relação com dinheiro ser tão conflitante. Ele fala de
uma razão religiosa para isso:

Na bíblia se transmite um dito de Jesus: “É mais fácil um camelo passar pelo


buraco de uma agulha do que um rico entrar nos reinos dos céus” (…) Na
consciência do Ocidente, esta emoção contra a riqueza e o efeito desastroso
para a salvação de nossas almas continua atuando, tanto na vida pessoal,
quanto na vida pública.

Além disso, alguns movimentos de filósofos antes e depois do cristianismo


também abordavam a questão da riqueza X pobreza como algo ligado ao mal
x bem. Mesmo que alguns destes grupos tenham sido perseguidos pelo
cristianismo, muito de suas posturas e ideias influenciaram a doutrina cristã
nos séculos seguintes.

Nossa postura em relação ao dinheiro

A relação com o dinheiro é algo desafiador a todos nós. Geralmente nos


queixamos da sua falta e dizemos: “- Não farei algo pois não tenho dinheiro.

Sim, é verdade. A falta de dinheiro é um limitador. Mas talvez haja uma
dinâmica agindo de forma oculta neste argumento. Porque é tão desafiador
termos dinheiro para servir aos nossos planos?
Em uma constelação onde o dinheiro foi colocado no campo durante nosso
trabalho no Instituto, foi possível perceber que o dinheiro tem uma força
direcionada à vida, ao crescimento. Seu trabalho é de sustentar nosso
caminhar na vida, e ele nos serve com alegria e motivação.
Por isso, ter dinheiro é uma responsabilidade. A partir do momento que você
o possui, cabe a você movimentar sua vida, tomar a responsabilidade do seu
caminhar na sua mão. É preciso assumir as suas decisões.
Por mais que seja desconfortável, muitas vezes a falta de dinheiro pode estar
prestando um serviço àquele que não o tem. Quando não se tem dinheiro é
mais fácil terceirizar a responsabilidade por não fazer algo. A frase sai quase
automática: – Queria muito fazer, mas não tenho dinheiro…

O caminho opcional é desafiador: Eu tenho dinheiro, mas tenho medo de


tomar tal decisão. O que devo fazer?

Para todas estas perguntas, somente um adulto pode ter a resposta, pois
para se caminhar na vida é necessário aceitar alguns riscos.
Se não somos capazes de decidir, ficamos como a criança que espera que
alguém a cuide ou tome as decisões por ela (talvez, sim, dentro de nós exista
ainda uma criança que em algum momento se sentiu abandonada e que ainda
aguarda por seus pais). A “criança” aguarda que os pais – ou alguém que
assuma o papel deles – venham à sua salvação. E assim permanece inocente,
culpando a tudo e a todos por sua infelicidade. Nesse lugar, é impossível
crescer.

Nestes casos, é preciso perceber que aquilo que não recebemos quando
criança, podemos agora como adultos, conquistar e criar para nós mesmos:
seja uma relação de afeto, seja o resgate de nosso vínculo com nossos pais
para além de nossas reivindicações, seja a conquista de algo material de que
precisamos. Também há o movimento de aceitarmos a riqueza quando outros
no nosso sistema não tiveram a mesma sorte. Neste caso, aquele que se
sobressai sente peso e culpa pela sua situação. Como superar isso? Hellinger
fala que:

Somente com a má consciência, com a coragem de ter uma má consciência.


Conseguimos isso quando obtemos, em outro lugar, a força e a segurança
para nos tornamos ricos e continuarmos sendo ricos. Isto é, se entrarmos em
sintonia com um movimento do espírito que permanece igualmente voltado
a tudo tal como é, um movimento além da diferenciação entre o bom e o
mau, porque tudo tem igualmente sua origem em seu pensamento e por isso
só pode ser tal como é.
Podemos perceber o quanto o dinheiro nos serve e está à nossa disposição.
Ele nos pede coragem para poder andar ao nosso lado. Ao mesmo tempo,
se ainda não estamos prontos para assumir nossa vida, ele aguarda até
sermos responsáveis para lidar com as decisões e a maturidade que ele nos
exige.

Dinheiro que permanece!

Para concluir, colocamos aqui um trecho do livro “Histórias de sucesso na


empresa e no trabalho” de Bert Hellinger que fala de sua visão sistêmica para
o dinheiro:

“Quero dizer algo sobre o dinheiro. O dinheiro tem alma. O dinheiro é algo
espiritual. O dinheiro é resultado do amor. O dinheiro é adquirido através de
um desempenho. É o equilíbrio de um bom desempenho. Se alguém ganhar
dinheiro por seu desempenho, o dinheiro o ama. O dinheiro também
permanece com ele, pois foi adquirido através do seu desempenho.

O dinheiro também quer render algo – depois. Por isso o dinheiro espera ser
gasto. Ser gasto em algo bom, que leve a vida adiante. Então se ganha mais
dele – cada vez mais. Através de seu desempenho, o dinheiro entra no
circuito de serviço, trabalho e ganho, tudo ao mesmo tempo. ”

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