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CURSO ON-LINE – ATUALIDADES E GEOGRAFIA – ABIN

PROFESSORES: RICARDO VALE E VIRGÍNIA GUIMARÃES


AULA 00

Olá amigos concurseiros, tudo bem? Como vão os estudos? Espero que
estejam cada vez mais motivados a alcançar seus objetivos!

É com grande satisfação que iniciamos hoje mais um curso on-line no


Ponto dos Concursos, tendo como foco agora as disciplinas de “Atualidades” e
“Geografia”. Meu nome é Ricardo Vale e posso dizer que a minha relação com os
concursos públicos começou bem cedo. No ano de 2001, fui aprovado na EsPCEx,
onde concluí em 1o lugar o curso preparatório de cadetes do Exército. No ano de
2002, ingressei na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde concluí em
2o lugar minha formação em Ciências Militares. Em 2008, fui aprovado em 3º lugar
no concurso de Analista de Comércio Exterior do MDIC, cargo em que atualmente
exerço minhas atribuições. No ano de 2009, tive a grande oportunidade de ministrar
no site do Ponto alguns cursos on-line na área de Comércio Internacional e de
Direito Internacional, este último em parceria com o mestre Rodrigo Luz.

Dessa vez também não estou só, mas sim acompanhado de uma
presença feminina que irá abrilhantar nosso curso. Deixem-me apresentá-la, por
favor!

A nossa professora é a Virgínia Guimarães, mestre em História pela


Universidade Federal de Pernambuco e que se dedica atualmente a cursos
preparatórios para concursos na disciplina de Atualidades. Essa menina já foi
premiada nacionalmente com sua monografia e, nem bem terminou seu mestrado,
já teve sua dissertação selecionada para ser publicada. Bem, vou parar de “puxar o
saco” dela pra ela não ficar convencida. Durante as aulas, vocês terão oportunidade
de verificar o quanto ela é competente.

Bom, antes de passar a palavra à Virgínia, gostaria de chamar sua


atenção para a importância das disciplinas de Atualidades e Geografia, que têm
grande peso no concurso da ABIN. Vejamos como foi o último concurso!

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No último certame da ABIN, realizado no ano de 2008, de um total de
150 questões, 40 foram de Atualidades e Geografia, o que representa cerca de
30% da prova. Em outras palavras, se um candidato quiser se dar bem nesse
concurso, não há outro caminho: ele tem que estar muito antenado nessas duas
matérias.

Mas por que será que o Oficial de Inteligência e Agente de Inteligência


precisam saber tanto sobre Atualidades? Em razão da atividade que exercem,
essas pessoas precisam saber como a dinâmica das relações internacionais, a
economia e a política influenciam nos destinos do país.

Vocês sabiam que a ABIN é um órgão que presta assessoria imediata ao


Presidente da República? É, meus amigos, é isso mesmo! Aqueles que forem
aprovados nesse importante cargo público do Poder Executivo Federal terão que
saber interpretar muito bem o contexto internacional e interno com a finalidade de
assessorar o Chefe do Poder Executivo. Daí o peso das disciplinas de “Atualidades”
e “Geografia” nesse certame!

Para comprovar isso, gostaria de contar uma pequena história para


vocês!

Há um tempo atrás, quando eu ainda era militar do Exército e estudava


incessamente para concursos da área fiscal, dois grandes amigos meus, quando
saiu o edital da ABIN, vieram correndo me contar que o concurso tinha saído. E o
melhor de tudo para eles era que aquele era um concurso atípico! Mas como assim
atípico? Eu digo que era atípico porque, apesar de cobrar Direito Constitucional e
Administrativo, as disciplinas que tinham maior peso eram aquelas que ninguém
estudava – Legislação de Interesse da Atividade de Inteligência e
Atualidades/Geografia. Em outras palavras, estava todo mundo nivelado e, era
possível mudar totalmente o foco de seus estudos! Moral da história: esses dois
colegas meus foram aprovados na ABIN, começando a estudar após a abertura do
edital. Dá pra acreditar? Um deles, inclusive, nunca tinha visto cara de concurso
público na vida!
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Tudo bem que eles são muito inteligentes, mas sabem qual foi o
diferencial? Eles tinham uma excelente bagagem em “Atualidades” e “Geografia”
em razão da sua formação na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde
se estuda muito o contexto internacional, economia e política.

Assim, nossa proposta nesse curso é, de uma forma bem objetiva,


abranger todo o edital de Atualidades e Geografia da ABIN. Sabemos que isso não
é tarefa fácil, mas também não impossível! Se fôssemos aprofundar em todos os
assuntos, era melhor comprar um livro sobre cada tópico do edital. Pois bem, vocês
que já conhecem o site do Ponto sabem que a proposta não é essa. Dessa forma,
nós iremos nos aprofundar na medida do necessário e naqueles pontos em que
acharmos que têm maior probabilidade de serem cobrados. Como faremos isso?

Faremos isso buscando compreender a forma de pensar da banca


examinadora – o CESPE – por meio da resolução de questões.

Vamos dar uma olhada no edital de 2008 da ABIN?

- ATUALIDADES: Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais


como segurança e defesa do Estado, espionagem econômica e industrial,
terrorismo, política, energia, tecnologia, meio ambiente e relações internacionais, e
suas vinculações históricas.

- GEOGRAFIA CONTEMPORÂNEA.

1 Geografia do Brasil.

1.1 A integração do Brasil no processo de internacionalização da economia. 1.2 A


divisão inter-regional do trabalho e da produção. 1.3 O processo de
industrialização e suas repercussões na organização do espaço. 1.4 A rede
brasileira de transportes e sua evolução. 1.5 A estrutura urbana brasileira e as
grandes metrópoles. 1.6 A dinâmica das fronteiras agrícolas e sua expansão
para o Centro-Oeste e para a Amazônia. 1.7 A Evolução da estrutura fundiária e
os problemas demográficos no campo. 1.8 Os movimentos migratórios internos.
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1.9 A distribuição dos efetivos demográficos no território nacional. 1.10 A
estrutura etária da população brasileira e a evolução de seu crescimento. 1.11
Integração entre indústria, estrutura urbana, rede de transportes e setor agrícola
no Brasil. 1.12 Recursos naturais: aproveitamento, desperdício e políticas de
conservação de recursos naturais. 1.13 O Brasil e a questão cultural.
2 Geografia mundial.

2.1 Globalização e fragmentação em relação à nova ordem mundial. 2.2 O estágio


atual do capitalismo e a divisão internacional do trabalho. 2.3 Processo de
desenvolvimento/subdesenvolvimento. 2.4 Caracterização geral dos sistemas
político-econômicos contemporâneos e suas áreas de influência e disputa. 2.5 O
papel das grandes organizações político-econômicas internacionais. 2.6 A formação
dos grandes blocos econômicos. 2.7 A ação do Estado na economia e políticas
contemporâneas. 2.8 As conseqüências da transformação do espaço socialista. 2.9
Os conflitos geopolíticos recentes. 2.10 Movimentos migratórios internacionais e
crescimento demográfico. 2.11 A questão ecológica em nível mundial. 2.12 Cultura
e espaço: conflitos étnicos/religiosos/lingüísticos atuais. A questão das
nacionalidades.

Dêem uma olhada na parte de atualidades! Em um certo momento, o


nosso edital diz: “Relações Internacionais”. Falar dessa forma é realmente muito
abrangente. Tem tanta coisa que pode ser cobrada dentro do assunto relações
internacionais! É praticamente impossível esgotar o assunto em uma aula ou duas,
entretanto somos totalmente capazes de tratar daqueles assuntos mais
importantes e dar grande atenção àqueles que estão sendo mais cobrados nas
últimas provas e estão em voga no momento.

“Mas, professores, por que vocês não fazem um curso de Atualidades e


outro de Geografia?”

Bem, nós tínhamos até pensado nisso! No entanto, após analisar o edital
com bastante calma e verificar ainda como o CESPE cobra esses assuntos em
suas provas, decidimos fazer um curso único que abrangesse os dois assuntos. A
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conclusão a que chegamos é que em muitos momentos os dois se confundem.
Vejam, por exemplo, o item 2.6 do edital de Geografia - A formação dos grandes
blocos econômicos. Esse assunto guarda total relação com Atualidades, mais
especificamente com o tópico “Relações Internacionais e suas vinculações
históricas”.

Agora que você já entendeu o porquê do nosso curso abranger o edital


de Geografia e Atualidades, vejamos como ficarão divididas nossas aulas, que
terão uma organização que entendemos mais didática que o edital:

- Aula 00- Aula demonstrativa – 1. Globalização e fragmentação em relação à


nova ordem mundial

- Aula 01- Relações Internacionais 1. O estágio atual do capitalismo e a divisão


internacional do trabalho. 2- Processo de desenvolvimento/subdesenvolvimento. 3-
A formação dos grandes blocos econômicos. (25/03/2010)

- Aula 02- Relações Internacionais- 1- A integração do Brasil no processo de


internacionalização da economia. 2- A divisão inter-regional do trabalho e da
produção. 3- A ação do Estado na economia e políticas contemporâneas. 4- As
conseqüências da transformação do espaço socialista. 5- Movimentos migratórios
internacionais e crescimento demográfico. (01/04/2010)

- Aula 03- Política- 1- Caracterização geral dos sistemas político-econômicos


contemporâneos e suas áreas de influência e disputa. 2-Os conflitos geopolíticos
recentes. 3- O papel das grandes organizações político-econômicas internacionais.
(08/04/2010)

- Aula 04- Geografia do Brasil- 1- Os movimentos migratórios internos. 2- A


distribuição dos efetivos demográficos no território nacional. 3- A estrutura etária da
população brasileira e a evolução de seu crescimento. 4- Integração entre indústria,

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estrutura urbana, rede de transportes e setor agrícola no Brasil. 5- A Evolução da
estrutura fundiária e os problemas demográficos no campo. (15/04/2010)

- Aula 05- Geografia do Brasil- 1- O processo de industrialização e suas


repercussões na organização do espaço. 2- A rede brasileira de transportes e sua
evolução. 3- A estrutura urbana brasileira e as grandes metrópoles. 4- A dinâmica
das fronteiras agrícolas e sua expansão para o Centro-Oeste e para a Amazônia.
(22/04/2010)

- Aula 06- Meio Ambiente- 1- A questão ecológica em nível mundial. 2- Recursos


naturais: aproveitamento, desperdício e políticas de conservação de recursos
naturais. (29/04/2010)

- Aula 07- Tecnologia/cultura/energia- 1- O Brasil e a questão cultural 2- Cultura e


espaço: conflitos étnicos/religiosos/lingüísticos atuais. A questão das
nacionalidades(06/05/2010)

- Aula 08 – Segurança/defesa/espionagem/terrorismo - Exercícios + teoria


(13/05/2010)

Nas nossas aulas, iremos explanar todo o assunto e, ao mesmo tempo,


mostrar como ele já foi cobrado em provas anteriores, preferencialmente do
CESPE. Quando julgarmos conveniente, utilizaremos também questões de outras
bancas com o objetivo de aprofundarmos em alguns assuntos que até então o
CESPE não abordou. Podem ficar tranqüilos, serão muitas questões de concursos
anteriores! Aliás, acreditamos que isso pode ser um grande diferencial em sua
preparação. Assim como o atleta que acorda cedo para correr, o concurseiro tem
que acordar cedo para resolver questões! Mas fiquem tranqüilos, isso é passageiro!
Depois da nomeação, eu lhes garanto que tudo melhora e vocês terão muito mais
tempo para aproveitar a vida!

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Dito tudo isso, passo a palavra à Virgínia, que irá conduzir vocês no
restante dessa aula!

_____________________x __________________________

Meu Deus, você fala demais Ricardo! Pensei que nem ia me deixar dizer
nada!

Pois bem, meus amigos, como já fomos apresentados e não sou tão
falante quanto o Ricardo (por favor, não me desmintam!), gostaria apenas de dizer
que é uma grande satisfação estar com vocês nessa jornada rumo à aprovação.
Deixemos de maiores conversas e vamos direto à nossa aula!

O tipo de geografia cobrada atualmente em concursos públicos foge à


definição de ciência que estuda a superfície terrestre e se volta ao estudo da
relação recíproca entre o homem e o meio ambiente, comumente conhecida como
Geografia Humana. O interesse por este aspecto da geografia cresce na medida
em que se percebe a importância do ser humano conhecer o espaço onde se vive
e compreender os sistemas que interferem no nosso dia-a-dia, afetando
diretamente a nossa vida. Um dos fenômenos que interferem em nosso cotidiano é
a globalização, sobre a qual falaremos na aula de hoje.

GLOBALIZAÇÃO

1-Conceitos Iniciais

Apesar de todos nós já termos ouvido falar sobre esse termo, nem
sempre nos damos conta da proporção e influência da globalização nas situações
políticas, econômicas e sociais que vivemos atualmente. Para felicidade de uns e
tristeza de outros, é graças à globalização que temos tanta facilidade em encontrar
um Mc Donalds a cada esquina, ouvir Paul McCartney, Jack Johnson ou Beyoncé
com tanta freqüência. É por causa dela que nos sentimos tão à vontade para opinar
sobre decisões políticas tomadas pelos chefes de Estado da Inglaterra ou dos EUA,
discutir a legitimidade da ocupação do Iraque ou julgar o comportamento e a cultura
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de povos que nem saberíamos da existência se não fosse a globalização. Pois
bem, os efeitos decorrentes da globalização nós já conhecemos, mas afinal, o que
é a globalização e por que ela acarretou tantas mudanças na nossa vida?

Devemos ter bem claro em nossas mentes que a globalização é um


processo e, como todo processo, não ocorreu do dia pra noite e possui implicações
positivas e negativas que acarretaram mudanças em todos os aspectos mundiais,
sejam econômicos, sociais, culturais ou políticos.

Ao ouvirmos a palavra globalidade, nos remetemos imediatamente a uma


noção de conjunto, de integralidade ou de totalidade. O termo 'globalização'
carrega consigo esse mesmo sentido de conjunto, transmitindo a idéia de algo
inteiro, completo, sugerindo uma integração. Desta maneira, globalizar seria o
oposto de dividir, marginalizar, expulsar ou excluir. A exclusão é justamente o
principal argumento dos opositores da globalização, já que presenciamos
cotidianamente o ressurgimento, em vários locais do planeta, de diversas
manifestações fundamentalistas, racistas e terroristas que a humanidade
considerava praticamente superadas. Globalização e exclusão são conceitos que
definem duas realidades interligadas, sendo que o primeiro sinaliza as
características atuais do processo de desenvolvimento do capitalismo em nível
mundial e o segundo trata de sua conseqüência mais visível e imediata.

“Tá certo professora, você falou uma monte, e nos deu algumas
informações sobre globalização, mas como poderíamos conceituar esse
fenômeno?”

Ótima pergunta! Definir globalização não é algo simples e tampouco há


consenso sobre isso entre os estudiosos, mas poderíamos, a grosso modo, dizer o
seguinte:

Globalização é um fenômeno de aprofundamento do intercâmbio


político, econômico, social e cultural entre as diversas nações do planeta

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atualmente intensificado pelas profundas transformações e inovações
científicas e tecnológicas na área da comunicação.

Vejamos de que maneira esse conceito já foi cobrado em questões de


concursos anteriores:

(ESAF/AFRF-2002-1-adaptada) O processo de globalização se


manifesta no entrelaçamento dos campos do comércio, das
finanças e da produção internacional e no aprofundamento da
interdependência entre os países e com importantes
desdobramentos políticos, econômicos e socioculturais.

Vejam só se essa assertiva não se parece com o que dissemos


anteriormente? É praticamente a mesma coisa, não é? Dessa forma, a questão está
correta!

Com a globalização, os mercados se tornam mais abertos e aumenta o


intercâmbio comercial. Isso é resultado da redução das práticas protecionistas, as
quais são bem menos acentuadas hoje do que se compararmos com o início do
século XX. O desenvolvimento dos meios de transporte e das comunicações
também foi um fator do fluxo comercial.

Da mesma forma que impulsionou esse aumento dos fluxos comerciais,


a globalização causou impacto nas finanças. Com os meios de comunicação cada
vez mais desenvolvidos, é possível que capitais cruzem fronteiras em questão de
segundos. Assim, um investidor estrangeiro pode aplicar na BOVESPA e, de uma
hora para outra, tirar seu dinheiro.

Também podemos dizer que a globalização gerou um outro tipo de


empresas: as multinacionais. Com isso, surge o fenômeno da internacionalização
da produção. As empresas buscam se instalar em países onde o custo da mão-de-
obra é mais barato, o que aumenta seus lucros. É só pensarmos na China que

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teremos uma noção bem exata disso! Imaginem quantas empresas multinacionais
se instalam neste país! Muitas, não é mesmo?

Vamos a mais algumas questões:

(ESAF/AFRF-2002.1-adaptada) A globalização é um processo


eminentemente comercial associado à liberalização das trocas e à
expansão dos mercados nacionais em escala global, o qual
aprofunda diferenças econômicas entre países.

(CESPE/ABIN-2008) A globalização é um fenômeno puramente


econômico-financeiro, fundamentado no alcance mundial do
mercado, que aumentou os fluxos comerciais entre países e blocos
de países.

Uma pergunta: podemos dizer que a globalização é um processo


eminentemente comercial? Ou ainda que ela é um fenômeno puramente
econômico-financeiro?

Não podemos de forma alguma. A globalização é um fenômeno que se


evidencia no campo econômico, político, social e cultural. Logicamente, ela é
também um processo ligado ao aprofundamento do intercâmbio comercial, mas não
se restringe a isso, o que torna as duas questões erradas.

Outra pergunta: podemos dizer que a globalização aprofunda diferenças


econômicas entre países?

Sim, podemos afirmar isso. O aprofundamento do comércio internacional,


apesar de contribuir para o crescimento e desenvolvimento econômico dos países e
melhoria da qualidade de vida das populações, não o faz de forma equitativa. Assim
não podemos dizer que o crescimento e desenvolvimento econômico seja igual
para todos os países. Alguns deles se mantêm à margem ou excluídos desse
processo. Podemos dizer, inclusive, que uma das características do processo de

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globalização é a assimetria de oportunidades de desenvolvimento. Vejam uma
questão que o CESPE formulou no ano de 2007!

(CESPE/Banco do Brasil-2007) O quadro africano explicita um dos


aspectos centrais da globalização econômica contemporânea: o
caráter simétrico das oportunidades de desenvolvimento e de
inserção no mercado mundial.

Ao contrário do que diz a assertiva, o quadro africano ilustra o caráter


assimétrico das oportunidades de desenvolvimento e de inserção no mercado
mundial.

Na prova de Oficial de Inteligência da ABIN de 2008 tivemos uma


questão nesse sentido:

(CESPE/ABIN-2008) A globalização, como fenômeno em curso no


mundo, é caracterizada pela integração de mercados, levando o
crescimento econômico a todas as regiões, articuladas segundo um
processo equitativo de distribuição de riqueza.

A globalização é caracterizada pela integração de mercados? Sim, com


certeza. Com o fenômeno da globalização, há um aprofundamento das relações
comerciais entre os países, motivados pelos ideais liberalistas. Apesar de ainda
existirem práticas protecionistas, estas são muito menores se comparadas com o
passado.

Até aí a questão estava bem. No entanto, será que podemos dizer que a
globalização leva ao crescimento econômico de todas as regiões do mundo e ainda
que há um processo equitativo de distribuição de riquezas? Não, não podemos.
Existem ainda países ou regiões que se encontram à margem do processo de
globalização. Basta pensarmos no Haiti ou em alguns países da África, como a
Somália, por exemplo!

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Como eu tinha dito anteriormente, a globalização também se refere a
uma realidade que divide, marginaliza, expulsa e exclui. Assim, seria totalmente
errado acreditar que ela promove um crescimento equitativo de distribuição de
riquezas. Ainda que ela afete variadas regiões do mundo e áreas da sociedade,
suas conseqüências são diferenciadas em intensidade, o que está ligado ao nível
de desenvolvimento de cada país.

2- A globalização e a nova ordem mundial:

A globalização é um fenômeno que se aprofundou no período após a


Segunda Guerra Mundial, o que foi motivado, preponderantemente, pelo processo
de mundialização do capitalismo. Esse processo tem início em virtude da
necessidade da reconstrução da Europa e do Japão. Por meio do plano Marshall
(programa de reconstrução da Europa) e das fusões entre as empresas industriais
americanas e européias, iniciam-se os movimentos internacionais de capitais.
Passamos, então, a assistir capitais e empresas americanas se deslocando para
diferentes partes do mundo. Esse processo teve como personagens principais a
emergência dos Estados Unidos como potência econômica e a transformação
interna das empresas americanas que se tornavam multinacionais. Assim, as
multinacionais se tornaram a expressão mais avançada de um sistema econômico
(capitalismo) que moldou as novas formas de organização interna e de relações de
trabalho.

A globalização não pode ser entendida também sem um outro importante


contraponto histórico: o surgimento, a expansão e a crise do sistema socialista, que
acarretou inúmeras conseqüências para seu opositor capitalismo.

Após a Segunda Guerra Mundial, a humanidade passou por um período


conhecido como Guerra Fria. Durante esse período, os países se dividiram em dois
blocos econômicos distintos. De um lado, liderados pelos E.U.A, estavam os países
capitalistas; de outro, liderados pela URSS, estavam os países socialistas. Esses
dois grupos se lançaram numa disputa armamentista e geopolítica, buscando cada
um aumentar sua área de influência ao redor do mundo. Com arsenais nucleares
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capazes de destruir a Terra em instantes, Estados Unidos e União Soviética, não
podiam, todavia, agredir-se diretamente. Era uma questão de sobrevivência!

Segundo o jornalista José Arbex Jr., a guerra fria foi muito além de uma
disputa armamentista ou geopolítica. Ela teve uma importante dimensão cultural,
que colocou em movimento um jogo simbólico do Bem contra o Mal. Ela mexeu
com a imaginação das pessoas, criando e reforçando preconceitos, ódios e
ansiedades. Tenho certeza de que muitos de vocês já ouviram falar que comunistas
comiam criancinhas não é mesmo? Pois bem, essa é apenas uma das várias idéias
anti-socialistas que perduraram até os dias atuais, pois ainda hoje meu avô pode
jurar que eles comiam sim, que eram perigosos e maus!

A Guerra Fria representou, nesse sentido, a oposição entre dois ideais: o


socialista e o capitalista. O objetivo dos socialistas era a constituição de uma
sociedade igualitária, na qual o Estado teria o controle dos bancos, das fábricas,
do sistema de crédito e das terras e, além disso, seria o responsável por distribuir
riquezas e garantir uma vida decente a todos os cidadãos. Já para os capitalistas, o
raciocínio era inverso. No ideal capitalista, a felicidade individual era o principal. O
Estado justo seria aquele que garantisse a cada indivíduo as condições de procurar
livremente o seu lucro e a sua própria felicidade. Segundo essa lógica, a solução
dos problemas sociais viria depois, ou seja, estava em segundo plano.

Nesse contexto, alguns acordos foram firmados entre diferentes países


que decidiam se alinhar a uma filosofia ou outra como, por exemplo, o Pacto de
Varsóvia e a OTAN. Considerando que o mundo estava dividido, há essa época, em
dois grandes pólos, podemos dizer que a ordem mundial era ditada pela
bipolaridade.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada em 1949,


em pleno contexto da Guerra Fria. Também denominado Tratado de Washington, o
acordo estabelecia a manutenção de uma defesa coletiva pelas partes. Assim, os
Estados-membros da OTAN se comprometiam a assegurar defesa mútua, firmando

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o compromisso de que uma agressão a um ou mais aliados seria considerada uma
agressão a todos.

Assinado em 14 de maio de 1955, o Pacto de Varsóvia firmava uma


aliança militar entre os países do Leste Europeu e a URSS, tornando real a divisão
do mundo em dois blocos. Assim, como a OTAN, ele tinha o compromisso de ajuda
mútua em caso de agressão armada de outras nações e foi o principal instrumento
da hegemonia militar da URSS, sendo constituído por União Soviética, Alemanha
Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Romênia.

É, amigos, como podemos perceber, eram dois blocos muito diferentes e


é por causa de tamanha oposição entre seus princípios que a implantação de um
deles só seria possível mediante o desaparecimento do outro. Nenhum país poderia
ser ao mesmo tempo capitalista e comunista. Então, para conquistar adeptos de
suas idéias, passou a ser utilizado, por ambos os blocos, o maior instrumento
ideológico da Guerra Fria: a propaganda! Foi por meio dela que o mundo foi
inundado com as mais diversas imagens que tentavam mostrar a superioridade do
modo de vida de cada sistema.

Como vimos, a Guerra Fria permeou os principais fatos políticos e sociais


no mundo inteiro, desde o término da Segunda Guerra até o final dos anos 80.
Assim, a lógica que dominou o mundo do século XX foi ditada pela expansão
geográfica do socialismo, que se contrapunha a formação dos monopólios
capitalistas. Com a decadência dos regimes socialistas, que perderam espaço para
o capitalismo no final do século XX e início do século XXI, a globalização se torna
mais profunda.

Nos anos 80, começava a se configurar o quadro político internacional


que viria a culminar no fim da Guerra Fria, simbolizado, mormente, pela queda do
Muro de Berlim, em 1989 - resultado do intenso processo de reformas na União
Soviética, iniciado em 85 pelo dirigente Mikhail Gorbatchev.

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Em meio às muitas reformas propostas pelo presidente da União
Soviética, podemos destacar primeiramente as mudanças pretendidas por
Gorbatchev no plano econômico. Ao instituir a Perestroika (reestruturação da
economia) ele admitia a necessidade de se buscar novas formas de conduzir a
economia daquele país.

No plano político, Gorbatchev retomou negociações para dar fim à


corrida armamentista. No plano interno, libertou opositores do regime, viabilizou o
abrandamento da censura e permitiu que os problemas fossem discutidos
abertamente pela população. As reformas iniciadas na URSS logo se refletiram na
Europa socialista, onde os movimentos democráticos ganharam força para mudar o
panorama político do antigo bloco comunista.

Esse processo iniciado por Gorbatchev culminou no fim da própria União


Soviética, em 1991. Os Estados Unidos tornaram-se, assim, a única superpotência
mundial, tendo a bipolaridade chegado ao fim. Atualmente, pode-se dizer que o
mundo é multipolar, com a organização da economia girando em torno de blocos
econômicos.

Mas vocês podem estar pensando: “será que eu preciso saber tudo isso
pra fazer uma prova de atualidades e geografia?” Na verdade, é importante
relembrarmos esses acontecimentos para que vocês possam entender o mundo em
que vivemos agora, compreender as reportagens que lêem e fazer uma boa prova
de atualidades.

Quando eu ainda estava no colégio, decorávamos que o estudo da


História tinha como objetivo “compreender o passado para melhorar o futuro”.
Apesar de durante a graduação em História eu ter mudado muito minha
compreensão, a frase que a professora me fez decorar no primário cabe
perfeitamente agora! Porque se vocês tiverem uma boa compreensão do passado,
certamente o SEU futuro melhorará. Isso porque, além de fazer uma ótima prova,
vocês também estarão aptos a compreender os mais diversos temas atuais.

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Continuando, o fim do período de Guerra Fria foi impulsionado
principalmente por diversos movimentos pela democratização e pacificação que
pipocaram por todo mundo. Dentre esses movimentos, alguns são bastante
conhecidos por nós, como o Festival de Woodstock, ocorrido em agosto de 1969
no EUA e os movimentos pelas “Diretas-Já”, que tiveram início em 1983 no Brasil e
em outros países sul-americanos, como o Paraguai, o Chile, o Uruguai e a
Argentina.

Veja como o conhecimento sobre esse período que abordamos foi


cobrado em prova:

(CESPE/Banco do Brasil-2009) Com o fim da União Soviética, a


OTAN e o Pacto de Varsóvia constituem, hoje, instrumentos para as
políticas externas dos Estados Unidos da América e Rússia,
respectivamente.

Vocês estão lembrados de quais eram as funções da OTAN e do Pacto


de Varsóvia? Um se contrapunha ao outro na defesa de seus interesses na política
externa mundial, não é mesmo?

Pois bem, ocorre que o cenário geopolítico mundial tem hoje outra
configuração e, desde a queda dos governos socialistas, o Pacto de Varsóvia foi
extinto.

“Mas professora, e a OTAN? Ela ainda existe, não é?”

Sim, existe mesmo! Todavia, com o fim da URSS e de suas ameaças à


soberania americana e capitalista no mundo, o papel da OTAN se redefiniu na nova
ordem internacional, já que o principal motivo de sua criação não existia mais.
Assim, foi criado um novo papel para a OTAN, que se tornou a base da política de
segurança de toda a Europa, (inclusive de seus ex-rivais do leste europeu) e da
América do Norte.

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Os países que integram a OTAN atualmente são: Alemanha Ocidental,
Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Países
Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia,
Hungria, Polônia, República Checa, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia,
Eslováquia e a Eslovênia.

Como podemos perceber, o mundo hoje não está mais dividido em


apenas dois blocos. O que temos hoje é uma multipolaridade, possibilitada,
sobretudo, pela globalização.

Se observarmos o edital do último concurso veremos que no item 2.1


consta “Globalização e fragmentação em relação à nova ordem mundial”. Mas o
que seria essa fragmentação?

Ora, se antes nós tínhamos o mundo dividido em dois blocos econômicos


antagônicos, um capitalista e outro socialista, o que se vê na nova ordem é uma
grande segmentação do espaço econômico mundial, expressa na constituição de
diversas comunidades. Assim, é correto afirmar que, junto com a Globalização,
ocorreu uma forte tendência entre os países da mesma região a se organizarem em
blocos, derrubando fronteiras econômicas para negociar seus produtos e serviços
entre si. Dessa forma, ocorre um fortalecimento dos mercados regionais.

Esses mercados nada mais são do que "mega-blocos", que se formaram


em torno dos novos pólos de poder econômico mundial: um europeu, sob o
comando da CEE; outro asiático, liderado pelo Japão; e, na América do Norte, um
terceiro formado pelo Canadá e o México em volta dos Estados Unidos. Pra ficar
mais claro ainda...

Blocos Econômicos são reuniões de países que têm como objetivo


principal a obtenção de crescimento econômico conjunto.

Em uma aula posterior, falaremos de forma mais aprofundada sobre os


principais blocos econômicos. Por hora, basta sabermos que estes surgiram como

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uma das conseqüências da liberalização e representam a principal característica da
nova ordem mundial.

Terminadas as explicações sobre a fragmentação na nova ordem


mundial, vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova:

(CESPE/ABIN-2008) A globalização econômica produziu a


segmentação do espaço econômico mundial, expressa por meio da
formação de blocos econômicos regionais como o MERCOSUL.
Pra quem leu com atenção o que falamos antes, esta questão é auto-
explicativa, não é? Conforme apontamos, a nova ordem mundial se baseia
justamente em deixar de lado a bipolaridade para se fragmentar em vários blocos
econômicos como, por exemplo, o MERCOSUL, a ALCA ou a União Européia.
Dessa forma, a questão está correta.

(CESPE/Banco do Brasil-2007) No atual estágio da economia


mundial, comumente denominado globalização, a formação de
blocos tende a responder a determinados desafios, entre os quais
se destaca a busca por melhor inserção em um mercado bastante
amplo e competitivo.

Após a queda do muro de Berlim, que simbolizou a derrocada do


socialismo, o capitalismo ganhou sobreforça no mundo. O crescimento do
capitalismo impulsionou as competições por inserção em um mercado que se
ampliava a cada dia. Logo a questão está certa.

(CESPE/TJDF-2008) Uma das principais razões que explicam a


formação dos atuais blocos econômicos, entre os quais se situam a
União Européia e o Mercado Comum do Sul, é o fato de oferecerem
aos seus integrantes condições mais favoráveis de inserção no
competitivo mercado global.

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Para responder a essa questão, bastava lembrar quais são os principais
atrativos de uma comunidade ou mercado para que os países a ele se associem.
Sem pensar muito, já vem logo à nossa cabeça a palavra benefícios! Lembra
daquela definição de blocos que colocamos lá atrás em negrito? Então
relembremos! Blocos Econômicos são reuniões de países que têm como
objetivo principal a obtenção de crescimento econômico conjunto.

E como é que os países obtém crescimento econômico conjunto por


meio da formação de blocos econômicos? A resposta está no fato de que a
formação destes permite condições mais favoráveis de inserção no competitivo
mercado global. Como efeitos da integração regional podemos citar o aumento da
oferta de produtos; a redução dos preços; a obtenção de ganhos de escala em
razão do aumento do mercado consumidor; o incentivo à inovação tecnológica em
razão da exposição à concorrência em âmbito regional e a complementaridade
entre as economias.

(CESPE/ABIN-2008) É observada a formação de uniões econômicas


regionais pela reunião de países geograficamente limítrofes ou não,
onde perduram políticas de resistência à globalização da economia,
impedindo o comércio com outros blocos econômicos e países para
concentrar o aumento de riqueza dos países pertencentes ao
próprio bloco.

O objetivo dos blocos econômicos não é erigir barreiras em relação a


terceiros países, mas sim liberalizar o comércio entre seus integrantes. Dessa
forma, a formação de blocos econômicos não tem como objetivo impedir o comércio
com outros blocos econômicos e países. Não se trata de insular esses países do
mercado internacional, mas somente de aprofundar os fluxos comerciais a nível
regional.

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No cenário da globalização, há uma política econômica dominante em
escala mundial chamada neoliberalismo, também conhecida por Consenso de
Washington. Trata-se de medidas destinadas a promover o reajustamento
macroeconômico de países em desenvolvimento que estivessem atravessando
dificuldades. Segundo o entendimento dos neoliberalistas, o Estado deveria reduzir
os gastos públicos e permitir a abertura comercial por meio da liberalização
comercial e da eliminação das restrições aos investimentos estrangeiros diretos. O
governo deveria intervir o mínimo possível, sendo estimuladas as privatizações e a
redução dos gastos sociais. O FMI adota o ideal neoliberal, impondo tais medidas
aos países aos quais concede empréstimos.

Se forçarmos um pouco a memória, nos lembraremos que, até alguns


anos atrás, a esquerda política brasileira fazia duras críticas ao governo em razão
de algumas medidas que estavam sendo tomadas, como a privatização de
empresas estatais. Essas medidas adotadas pelo governo nada mais eram do que
o aceite às políticas impositivas do FMI para nos emprestar dinheiro.

Sintetizando, o neoliberalismo tem como principais características:

1)- Amplas privatizações;

2)- Redução de subsídios e gastos sociais por parte do governos;

3)- Abertura da economia e eliminação de restrições aos investimentos


estrangeiros

4)- Desregulamentação do mercado de trabalho, permitindo formas de


contratação que reduzam custos das empresas..

3- Efeitos da Globalização:

Segundo Oliveira (2009) a globalização engendra três importantes


processos, os quais seriam os movimentos internacionais de capitais, a
produção capitalista internacionalizada e a ações internacionais de governo.

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O primeiro deles possui um nome auto-explicativo. Esses movimentos
internacionais de capitais dizem respeito aos investimentos feitos por grandes
empresas em suas filiais nacionais e internacionais, se tornando a base de uma
superestrutura de absorção de capitais em todas as partes do mundo. Esse
movimento estimula o crescimento das finanças internacionais, dos depósitos em
bancos estrangeiros e dos investimentos em outros mercados.

O segundo processo, de internacionalização da produção capitalista,


incorporou a sua estrutura produtiva a admissão de mão-de-obra de outros países,
integrando deste modo mundialmente as empresas. Para termos uma idéia, só
entre as empresas multinacionais americanas de 30 a 50 % de sua mão-de-obra
está fora dos Estados Unidos. Além disso, uma vez internacionalizada a produção
capitalista, abrem- se as comportas para que determinados produtos, anteriormente
monopolizados por poucos países, sejam internacionalizados - como
conhecimentos científicos e tecnologia - contribuindo ainda mais para
aproximação das economias nacionais.

O terceiro processo –ações internacionais de governo- é conseqüência


dos dois anteriores somados à necessidade de intervenção do Estado na economia
e em projetos de cooperação internacional. Deste modo, uma vez que os capitais
estão se movimentando pelo mundo e empresas estão se internacionalizando,
torna-se necessário o surgimento de organizações internacionais, que se tornam
uma realidade no pós Segunda Guerra mundial.

ONU, OMC, FMI, BIRD. Se não fosse pela globalização talvez essas
siglas não significassem nada pra nós. Entretanto, tenho certeza de que todos já
ouviram falar delas, seja lendo um jornal ou assistindo a um noticiário.

A ONU – Organização das Nações Unidas – foi criada em 1945, após o


fim da Segunda Guerra Mundial, sempre tendo como foco principal a manutenção
da paz e da segurança internacionais. É uma organização que parte do princípio de
que diversos problemas mundiais podem ser mais facilmente combatidos por meio
de uma cooperação internacional. Não é raro ligarmos a TV e ouvirmos essa sigla
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atrelada a problemas mundiais como pobreza, desemprego, degradação ambiental,
criminalidade, AIDS, migração ou tráfico de drogas.

Atualmente, as Nações Unidas e suas agências investem, em forma de


empréstimo ou doações, cerca de US$ 25 bilhões por ano em países em
desenvolvimento. Esses recursos destinam-se à proteção de refugiados,
fornecimento de auxílio alimentar - como vemos na África - , superação de efeitos
causados por catástrofes naturais – como vemos nos recentes exemplos do Haiti e
Chile. Além disso, auxiliam no combate a doenças, e reforçam o regime
democrático em várias regiões do mundo, já tendo apoiado mais de 70 eleições
nacionais.

A Organização Mundial do Comércio (OMC), por sua vez, é uma


organização internacional que tem como objetivo o crescimento e desenvolvimento
econômico por meio da liberalização do comércio internacional. Para isso, busca
uma melhor regulamentação do comércio internacional e a progressiva redução das
barreiras tarifárias. Para cumprir os objetivos a que se propõe, a OMC exerce
certas funções, quais sejam:
1- Administrar os acordos internacionais entre seus membros.
2-Servir como um fórum para as negociações internacionais de
comércio.
3- Solucionar controvérsias comerciais entre seus membros.
4- Proceder à revisão das políticas comerciais dos países-membros.
5- Alcançar maior coerência global na formulação de políticas
econômicas em escala global, incluindo cooperação como o FMI e o Banco
Mundial.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional


que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial e se
define como uma organização de 185 países, trabalhando por uma cooperação
monetária global para assegurar a estabilidade financeira, facilitar o comércio
internacional, promover altos níveis de emprego e desenvolvimento

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econômico sustentável, além de reduzir a pobreza. Dentre os seus principais
objetivos estão:

1)- Ajuda aos problemas financeiros que países membros venham a ter
(através do empréstimo de recursos com prazos limitados);

2)- Favorecimento da expansão equilibrada do comércio internacional.

3)- Contribuir para a instituição de um sistema multilateral de


pagamentos e promover a estabilidade dos câmbios.

Poderíamos falar abundantemente sobre cada uma das ações


internacionais de governo, pois elas deram origens a verdadeiros estados
internacionais. Todavia, o importante é termos bem claro que a unificação do capital
mundial com a força de trabalho mundial resultou num sistema que exigia a
formação de instituições supranacionais para regular suas ações.

A essa altura do campeonato, acho que todos concordamos que a


globalização trouxe uma indiscutível integração da sociedade, cultura e políticas
mundiais. Não queremos parecer um propagandista liberal levantando aqui uma
bandeira pró-globalização, mas o fato é que junto com ela surgiram sim alguns
avanços que não podem ser ignorados.

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet,


que permite um fluxo de troca de idéias e informações jamais visto na história da
humanidade. Um bom exemplo disso somos nós que estamos nesse momento nos
relacionando com pessoas das mais diversas regiões do Brasil. Em outro momento,
quando é que uma pessoa do interior de Minas Gerais teria aula com um professor
de Brasília? Mas com o advento da internet, cá estamos nós interagindo e
aprendendo além de, obviamente, desfrutar da tecnologia. Assim, é correto afirmar
que o processo de globalização diz respeito à forma como os países interagem e
aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração os
aspectos que falamos acima.

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Vejamos como os efeitos da globalização foram cobrados em provas
anteriores:

(CESPE/ABIN-2008) A atuação de organismos internacionais como o


Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do
Comércio tem eliminado as concentrações e os desequilíbrios nas
atividades econômicas, provocados pelo avanço da globalização.

A atuação do FMI e da OMC não tem sido suficientes para eliminar


concentrações e desequilíbrios nas atividades econômicas. O que se percebe
atualmente é que a globalização tem causado um aumento da concentração e do
desequilíbrio nas atividades econômicos. Conforme dissemos anteriormente, a
globalização é marcada pela assimetria de oportunidades. Dessa forma, a questão
está errada!

(CESPE/TJDF-2008) Uma das inovações trazidas pela globalização é


o caráter autônomo da economia, ou seja, instabilidades políticas
ou confrontações bélicas deixaram de exercer influência sobre os
mecanismos de produção, circulação e fixação de preços das
mercadorias.

É exatamente o contrário! Um dos principais efeitos da globalização é


justamente a grande instabilidade que ela causa na economia. Com o avanço dos
meios de comunicações, as notícias se alastram na velocidade de seus
acontecimentos, influenciando decisivamente nas decisões dos investidores
mundiais. Os grandes investidores internacionais podem agora, com o simples
acesso a um computador, retirar milhões de dólares de nações em que se
vislumbram problemas econômicos. Assim, o atual estágio das finanças
internacionais dá ensejo a movimentos especulativos de capitais e, ainda, faz com
que uma crise em um país se alastre rapidamente a vários outros.

(ESAF/AFRF-2003) A globalização econômica que se observou no


século XX é um processo complexo, que permitiu a países

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emergentes, como Taiwan e Coréia do Sul ascender a altos níveis
de desenvolvimento, ao passo que outras economias perpetuaram
sua condição marginal na economia mundial, com perversas
implicações sociais.

Apesar de a globalização ter acenado com perspectivas de um mundo


integrado e sem fronteiras, o que se vê nos últimos anos é o aumento das
desigualdades em diferentes motes do cenário mundial. Assim, mesmo em um
momento em que o comércio internacional cresce como nunca antes visto, o que
presenciamos é uma grande concentração de riquezas nas mãos de apenas alguns
países.

A globalização econômica também possibilitou que alguns países, como


os Tigres Asiáticos e os BRIC’s (Brasil, Rússia, Índia e China) alcançassem um alto
nível de desenvolvimento. Dessa forma, a questão está correta.

(CESPE/ABIN-2008) Em relação ao Brasil, o processo de


globalização diminuiu a concorrência entre produtos agrícolas no
mercado internacional, o que impulsionou a modernização da
agricultura no país.
A globalização tem como um de seus efeitos o maior intercâmbio
comercial entre os países por meio da liberalização do comércio internacional.
Assim, é natural que os produtos agrícolas brasileiros sofram uma maior
concorrência internacional, ao contrário do que afirma a questão. Com o
aprofundamento da concorrência, há necessidade de se modernizar a agricultura a
fim de reduzir custos e aumentar a produtividade.

(CESPE/BA-2009) O atual estágio da economia mundial, comumente


identificado como globalização, tem nas inovações tecnológicas
que se processam no campo das comunicações um de seus
instrumentos fundamentais, pois elas permitem, entre outros
importantes aspectos, a rápida circulação de informações e de
capitais.
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Se antes uma pessoa estava limitada à imprensa local, agora ela mesma
pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro em
relação a qualquer assunto que ela se interesse, tendo apenas como limitação a
barreira lingüística. O mesmo ocorre com os capitais, a cultura e as empresas que
constroem filiais em vários lugares do mundo. Lembram do que falamos
anteriormente sobre um empresário poder mover milhões com o simples apertar de
uma tecla no computador? Então... tudo isso só é possível graças às inovações
tecnológicas que se processaram no campo das comunicações. Portanto, estas
inovações são um dos instrumentos fundamentais para o estágio atual da
economia. A questão está correta!

(CESPE/INMETRO-2009) Nove jovens de 17 a 23 anos de idade,


integrantes de um grupo neonazista, foram responsabilizados por
soltar uma bomba caseira que feriu participantes da última Parada
Gay de São Paulo. Eles são de uma gangue que prega a intolerância
contra homossexuais. (Folha de S.Paulo, 5/12/2009, p. C3 (com
adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a


amplitude do tema por ele abordado, assinale a opção correta.

a) a Intolerância como a noticiada no texto é própria de países


emergentes, nos quais os níveis de educação formal e de cultura política
de grande parte da população ainda estão longe de atingir os padrões
clássicos de civilização.

b) Os grupos neonazistas, apesar da denominação que recebem, não


seguem as ideias de Adolf Hitler, já que não querem ser associados à
derrota sofrida pelo regime após a Segunda Guerra Mundial.

c) O fato citado no texto traduz uma das marcas da contemporaneidade,


isto é, as manifestações de intolerância que costumam atingir, entre

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outros grupos, imigrantes e diversas minorias, como as étnicas e as
religiosas.

d) Os países integrantes da UE — França, Itália e Alemanha à frente —


esforçam-se por produzir legislação que, a ser seguida em todo o bloco,
estimule a vinda de imigrantes para atuar em determinados setores da
economia.

e) No mundo contemporâneo, práticas de intolerância costumam


fundamentar-se em um nacionalismo xenófobo, razão pela qual não se
verificam em atividades que fogem ao padrão clássico da política, como
nas competições esportivas.

COMENTÁRIOS:

Segundo alguns dos ideólogos da globalização, esta é percebida como


um novo patamar civilizatório e como um processo inexorável, representando uma
nova forma de organização das sociedades, capaz de superar as identidades
nacionais e os particularismos, religiosos, étnicos e regionais.

No entanto, como já dissemos anteriormente apesar do intuito de


integração, contraditoriamente, ressurgem em vários locais do planeta, diversas
manifestações fundamentalistas, racistas e terroristas que a humanidade
considerava quase superados.

A letra A está errada. A intolerância, ao contrário do que afirma a


questão, não é própria de países emergentes, existindo também em países
desenvolvidos.

A letra B está errada. O neonazismo está associado ao resgate do


nazismo criada por Adolf Hitler, portanto, esta totalmente conectado às suas idéias.
O movimento neonazista se baseia em preceitos racistas, primando sempre pela
"raça pura ariana". Os seguidores desse movimento promovem preconceito contra
grupos específicos, como homossexuais, negros, índios, judeus e comunistas.
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Apesar de algumas correntes defenderem apenas a segregação da "raça pura
ariana" das demais "raças" (condenando agressões físicas contra tais grupos),
outras promovem explicitamente o ataque físico aos “impuros”.

A letra C está correta. Se você leu com atenção nossa aula já matou a
charada não é? Apesar do intuito de integração da globalização, ressurgiram, em
vários locais do planeta, diversas manifestações fundamentalistas, racistas e
terroristas que a humanidade já considerava quase superados.

A letra D está errada. Na União Européia, as leis sobre imigração e asilo


político variam muito de país para país. No entanto, há uma tentativa de
uniformização por meio do Pacto Europeu sobre Imigração e Asilo. O objetivo, de
forma alguma, é estimular a vinda de imigrantes para o país para atuar em
determinados setores da economia. Pelo contrário, há grande preocupação em
restringir a entrada de imigrantes.

A maioria dos países desenvolvidos estabelece um sistema de "cotas" e


realizam um processo de seleção dos imigrantes, medindo conhecimento da língua
e cultura do país que em que desejam morar. A intenção dessa seleção é criar um
sistema seletivo que privilegie a imigração de mão-de-obra qualificada.

Tenho certeza que muitos de vocês conhecem alguma universitária ou


graduada que foi morar nos Estado Unidos para trabalhar de baby-sitter para
aprender inglês. No Brasil, qual o preço que teríamos que pagar para ter uma babá
com curso superior completo e carteira de motorista, como é exigido nos EUA? Eu
mesma tenho um grande amigo que, apesar de formado em História, nesse
momento está na Irlanda, limpando o chão de um hospital. Não pretendo, de forma
alguma, desmerecer nenhum desses trabalhos - que são tão importantes quanto
qualquer outro! Esses exemplos são apenas para mostrar que, os imigrantes que
entrarem nesses países não serão aproveitados em suas profissões originais, não
serão médicos, advogados ou professores de suas escolas e certamente terão
subaproveitadas as suas capacidades intelectuais.

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A letra E está errada. No mundo contemporâneo, práticas de intolerância
estão presentes nos mais diversos seguimentos da sociedade e não se restringem
ao nacionalismo xenófobo. Assim, elas vão além de atividades que fogem ao
padrão clássico da política, evidenciando-se inclusive em competições desportivas.
Ano após ano temos notícia, por exemplo, de que um jogador de futebol sofre
discriminações racistas em gramados europeus.

BIBLIOGRAFIA

ROSS, Jurandir Sanches (org). GEOGRAFIA DO BRASIL. - 6ª- edição - São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e Ciência Social.


Rio de Janeiro:Zahar, 1996.

SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da Universidade de
São Paulo, 2008.

SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e território na


América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

1-(ESAF/AFRF-2002-1-adaptada)- O processo de globalização se manifesta no


entrelaçamento dos campos do comércio, das finanças e da produção internacional
e no aprofundamento da interdependência entre os países e com importantes
desdobramentos políticos, econômicos e socioculturais.

2-(ESAF/AFRF-2002.1-adaptada) A globalização é um processo eminentemente


comercial associado à liberalização das trocas e à expansão dos mercados
nacionais em escala global, o qual aprofunda diferenças econômicas entre países.

3-(CESPE/ABIN-2008) A globalização é um fenômeno puramente econômico-


financeiro, fundamentado no alcance mundial do mercado, que aumentou os fluxos
comerciais entre países e blocos de países.

4-(CESPE/BB-2007) O quadro africano explicita um dos aspectos centrais da


globalização econômica contemporânea: o caráter simétrico das oportunidades de
desenvolvimento e de inserção no mercado mundial.

5-(CESPE/ABIN-2008) A globalização, como fenômeno em curso no mundo, é


caracterizada pela integração de mercados, levando o crescimento econômico a
todas as regiões, articuladas segundo um processo equitativo de distribuição de
riqueza.

6-(CESPE/IRB-2009) Com o fim da União Soviética, a OTAN e o Pacto de Varsóvia


constituem, hoje, instrumentos para as políticas externas dos Estados Unidos da
América e Rússia, respectivamente.

7-(CESPE/ABIN-2008) A globalização econômica produziu a segmentação do


espaço econômico mundial, expressa por meio da formação de blocos econômicos
regionais como o MERCOSUL.

8-(CESPE/IRB-2007) No atual estágio da economia mundial, comumente


denominado globalização, a formação de blocos tende a responder a determinados

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desafios, entre os quais se destaca a busca por melhor inserção em um mercado
bastante amplo e competitivo.

9-(CESPE/TJDF-2008) Uma das principais razões que explicam a formação dos


atuais blocos econômicos, entre os quais se situam a União Européia e o Mercado
Comum do Sul, é o fato de oferecerem aos seus integrantes condições mais
favoráveis de inserção no competitivo mercado global.

10-(CESPE/ABIN-2008) É observada a formação de uniões econômicas regionais


pela reunião de países geograficamente limítrofes ou não, onde perduram políticas
de resistência à globalização da economia, impedindo o comércio com outros
blocos econômicos e países para concentrar o aumento de riqueza dos países
pertencentes ao próprio bloco.

11- (CESPE/ABIN-2008) A atuação de organismos internacionais como o Fundo


Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio tem eliminado as
concentrações e os desequilíbrios nas atividades econômicas, provocados pelo
avanço da globalização.

12- (CESPE/TJDF-2008) Uma das inovações trazidas pela globalização é o caráter


autônomo da economia, ou seja, instabilidades políticas ou confrontações bélicas
deixaram de exercer influência sobre os mecanismos de produção, circulação e
fixação de preços das mercadorias.

13-(ESAF/AFRF-2003) A globalização econômica que se observou no século XX é


um processo complexo, que permitiu a países emergentes, como Taiwan e Coréia
do Sul ascender a altos níveis de desenvolvimento, ao passo que outras economias
perpetuaram sua condição marginal na economia mundial, com perversas
implicações sociais.

14- (CESPE/ABIN-2008) Em relação ao Brasil, o processo de globalização diminuiu


a concorrência entre produtos agrícolas no mercado internacional, o que
impulsionou a modernização da agricultura no país.

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15-(CESPE/BA-2009) O atual estágio da economia mundial, comumente
identificado como globalização, tem nas inovações tecnológicas que se processam
no campo das comunicações um de seus instrumentos fundamentais, pois elas
permitem, entre outros importantes aspectos, a rápida circulação de informações e
de capitais.

16- (CESPE/INMETRO-2009) Nove jovens de 17 a 23 anos de idade, integrantes


de um grupo neonazista, foram responsabilizados por soltar uma bomba caseira
que feriu participantes da última Parada Gay de São Paulo. Eles são de uma
gangue que prega a intolerância contra homossexuais. (Folha de S.Paulo,
5/12/2009, p. C3 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema


por ele abordado, assinale a opção correta.

a) a Intolerância como a noticiada no texto é própria de países emergentes, nos


quais os níveis de educação formal e de cultura política de grande parte da
população ainda estão longe de atingir os padrões clássicos de civilização.

b) Os grupos neonazistas, apesar da denominação que recebem, não seguem as


ideias de Adolf Hitler, já que não querem ser associados à derrota sofrida pelo
regime após a Segunda Guerra Mundial.

c) O fato citado no texto traduz uma das marcas da contemporaneidade, isto é, as


manifestações de intolerância que costumam atingir, entre outros grupos,
imigrantes e diversas minorias, como as étnicas e as religiosas.

d) Os países integrantes da UE — França, Itália e Alemanha à frente — esforçam-


se por produzir legislação que, a ser seguida em todo o bloco, estimule a vinda de
imigrantes para atuar em determinados setores da economia.

e) No mundo contemporâneo, práticas de intolerância costumam fundamentar-se


em um nacionalismo xenófobo, razão pela qual não se verificam em atividades que
fogem ao padrão clássico da política, como nas competições esportivas.
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GABARITO

1- CERTO 9- CERTO

2- ERRADO 10- ERRADO

3- ERRADO 11- ERRADO

4- ERRADO 12- ERRADO

5- ERRADO 13- CERTO

6- ERRADO 14- ERRADO

7- CERTO 15- CERTO

8- CERTO 16-Letra C

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