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HistóriaAntiga PDF
HistóriaAntiga PDF
Antiga
1
• Carlos Rafael Vieira Caxile
• Waldech César Rocha Júnior
HISTÓRIA ANTIGA
1ª EDIÇÃO
EGUS 2015
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica
Gerente de Filmagem/Fotografia
Equipe de Pesquisa e Desenvolvimento de Projetos José Alves Castro Braga
Tecnológico e Inovadores para Educação
Operador de Câmera/Iluminação e Áudio
José Alves Castro Braga
Coordenador da Equipe
Anderson Barbosa Rodrigues Designer Editorial
Edwalcyr Santos
Analista de Sistemas Mobile
Francisco Danilo da Silva Lima Diagramador Web
Luiz Henrique Barbosa Lima
Analista de Sistemas Front End
André Alves Bezerra Assessoria Pedagógica/Equipe de Revisores
Sonia Henrique Pereira da Fonseca
Analista de Sistemas Back End Evaneide Dourado Martins
Luis Neylor da Silva Oliveira
Leitura Obrigatória..............................................................................64
Saiba mais..............................................................................................66
Revisando................................................................................................68
Autoavaliação.......................................................................................74
Bibliografia.............................................................................................78
Bibliografia Web.................................................................................. 81
Palavra do Professor-autor
Bons estudos!
FUNARI, Pedro Paulo A., Org.; GLAYDSON José da, Org.; MARTINS, Adilton Luís,
Org. História Antiga: contribuições brasileiras. São Paulo: Annablume FAPESP, 2008.
Estudo Guiado:
Após a leitura das obras, escolha uma e faça a resenha.
PROBLEMATIZANDO
É apresentada uma situação problema onde será feito
um texto expondo uma solução para o problema
abordado, articulando a teoria e a prática profissional.
“Ao longo de todo o período Paleolítico, o homem desenvolveu uma série de ha-
bilidades físicas e técnicas que lhe permitiram aprimorar a sua vida na terra. Contu-
do, o aspecto rústico destes instrumentos lhe permitia realizar um campo bastante
limitado de intervenções na natureza. Em geral, o indivíduo desse período histórico
assegurava sua sobrevivência coletando alimentos oferecidos pela natureza ou rea-
lizando outras atividades, como a pesca e a caça.”
Suponhamos que você está ministrando uma aula sobre o referido assunto, e
seus alunos lhes questionem como você responderia?
Estudo Guiado:
Que habilidades foram essas? O que melhorou na vida dos seres
humanos com a adoção dessas habilidades? Qual a relação entre
alterações climáticas e mudanças de comportamentos? Qual a relação
entre mudança de comportamentos e desenvolvimento intelectual?
Habilidades
Reconhecer as experiências dos ancestrais humanos e seu desenvolvimento no
decorrer do tempo.
Atitudes
Posicionar-se criticamente diante das teorias sobre a origem da humanidade.
Histórico da Pré-História
Há cerca de três milhões de anos, num acampamento no Quênia, perto
da costa leste do lago Turkana, chamado anteriormente lago Rudolf, um ser
humano primitivo pegou um seixo, e com alguns golpes transformou-o num
instrumento. O antes era um acidente da natureza transformou-se numa peça Seixo:
Pedra tosca
tecnológica a ser usada na modelagem de um galho para desenterrar raízes de pequenas
ou para retalhar a carde de um animal morto. Abandonado logo em seguida dimensões, utilizada
no empedramento
pelo seu criador, o implemento de pedra ainda existe, um elo inquebrantável de certas obras;
com os nossos ancestrais; junto com muitos outros, esse implemento está pre- calhau.
Na nossa busca das origens da humanidade não se pode escapar a um per- Antropoides:
Diz-se dos macacos
sistente estado de excitação que afeta a todos, profissionais ou não, porque que mais se
parece existir uma curiosidade universal sobre o nosso passado, ou seja, sobre assemelham ao
homem.
como um ser pensante, sensível e cultural, emergiu de um tronco primitivo que
quase macacos antropoides.
Esta é a pergunta que fazemos a nosso respeito. Não se trata de pura e sim-
ples curiosidade porque, sem dúvida, a chave para o nosso futuro reside num
verdadeiro entendimento sobre o tipo de animal que somos.
Talvez a espécie humana apenas seja um grande erro biológico, tendo evoluído
além do que permitia o seu desenvolvimento em harmonia consigo mesma e com o
mundo que a cerca. Essa é uma possibilidade. Cientistas, escritores e outros tem ten-
tado explicar por que a humanidade busca o autoaniquilamento. A ideia proposta
é a de que o homem é potencialmente agressivo.
Sem dúvida, fazemos parte do reino animal. E é verdade que em certo ponto
de nossa evolução nos distanciamos dos hábitos alimentares comuns aos grandes
primatas e passamos a incluir uma porção considerável de carne no nosso cardápio.
Mas, uma séria interpretação biológica desses fatos não leva à conclusão de que
matar esteja em nossos genes, apesar de toda a raça humana ter aderido à caça
como parte de seu modo de vida. Sustentamos que os humanos não poderiam ter
evoluído de modo extraordinário como o fizeram, se nossos ancestrais tivessem
sido criaturas fortemente cooperativas.
Apesar das limitadas informações sobre as primeiras culturas humanas, es- http://www.
brasilescola.com/
tamos agora testemunhando uma grande evolução no estudo da pré-história. geografia/os-fosseis.
O que fora antes uma busca mais ou menos isolada, feita por caçadores de htm
Inicialmente, seus modos de viver não eram tão diferentes; mas, aos poucos, a
crescente complexidade social da linhagem Homo teria conduzido a um divisor
evolucionário cada vez maior entre o Homo e os australopitecíneos. A adoção de
Homo sapiens estava de certa forma, predeterminada. Todos os “quase homens”, http://escola.
“pré-humanos”, “macaco-homens”, ou como quer que fossem chamados, re- britannica.com.br/
article/481722/lemure
presentavam, apenas, passos de uma caminhada, onde ao final o produto seria
perfeito.
Sabe-se que o Ramapithecus não era, de modo algum, uma criatura que vivia
dentro de estreitos limites geográficos: ele vivia onde hoje é a Europa a Ásia e África.
Sabe-se, também, que o Homo erectus ocupava essas mesmas áreas geográficas.
Mas os elementos principais da história, a diversificação e a eliminação, no perío-
do durante o qual diferentes tipos de hominídeos viveram lado a lado, parecem ter
existido apenas na África. Pode ser que restos fossilizados de australopitecíneos per-
manecem enterrados nas colinas da Europa e da Ásia.
Por que foi que o tronco ancestral básico, Ramapithecus diversificou-se para
gerar os membros da família hominídea? E por que somente no Continente
Africano? Por que a linha Homo foi tão bem sucedida? E por que forças provo-
caram a extinção das duas espécies de Australopithecus?
O que era, na verdade, ser quase humano, fazer artefatos de pedra e madeira,
viver em grupos sociais organizados e partilhar do mundo com seres que também
eram mais humanos do que antropoides, mas que levavam a vida de modo diferen-
te? Provavelmente jamais o saberemos. Podemos até fazer suposições e a ampla
abordagem de pesquisas, incluindo o estudo do antigo e do moderno, está come-
çando a dar alguma materialidade a essas suposições. Mas mesmo que essas supo-
sições fossem absolutamente certas, não há como ter de fato certeza.
Esse volumoso crânio confirmou duas coisas. Primeira: que a linha ancestral
humana, Homo, originou-se bem antes do que grande parte das pessoas sus-
peitava, talvez até mesmo um milhão de anos antes. Segunda: uma vez que
a história do Homo estende-se tanto, retroativamente, quer dizer que esses
indivíduos eram contemporâneos de alguns dos primeiros australopitecineos.
Isso impossibilita pensar que nossos ancestrais diretos sejam descendentes
evolucionários dos australopitecineos – primos, mas não descendentes. Os
pesquisadores acreditavam que, embora o robusto Australopithecus pudesse
ter sido uma ramificação da via principal da evolução humana, seu primo
mais frágil, o Australopithecus africanus estava caminhando ao longo da rota
principal para, enfim, dar origem à linha Homo.
Habilidades
Reconhecer as esferas: político, econômico, social e cultural das civilizações meso-
potâmica, egípcia e hebraica.
Atitudes
Posicionar-se criticamente diante das antigas civilizações na sua diversidade.
Mesopotâmia
http://www.lmc.
ep.usp.br/people/
hlinde/Estruturas/
ur.htm
Fonte: http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/Estruturas/ur.htm
Devido a essa nova situação, era comum os sacerdotes dispuserem das terras la-
vradas pelos seus trabalhadores, confiscarem animais e utensílios, além de remune-
rarem os trabalhos deles no limite da sobrevivência. Também na Suméria os templos
e zigurates foram construídos á custa do trabalho de boa parte da população.
A exploração da mão de obra de uma parcela da sociedade por outra cria, pela
primeira vez na humanidade, divergências determinadas pela função econômica
exercida pelo indivíduo no grupo.
A cultura, porém, estava em plena ebulição. Administrar uma cidade exigia mais
que disposição e preocupação divina: exigia instrumentos adequados, que se de-
senvolveram de forma extraordinária na Mesopotâmia.
Letras e contas
Escrita cuneiforme
Esse tipo de escrita (cunei-
forme) contudo não se consti- Escrita cuneiforme:
é a designação geral
tui numa exaustiva reprodução dada a certos tipos
do objeto a ser representado; de escritas feitas com
auxílio de glifos em
bastava traçar a figura do que formato de cunha. É
juntamente com os
se queria representar de forma
hieróglifos egípcios
esquemática para se saber a o mais antigo tipo
de escrita, tendo
que se queria referir. sido criado pelos
Sumérios na antiga
Mesopotâmia por
volta de 3.500a. n.E.
Fonte: http://geo5.net/siste-
mas-de-escrita/
Transmissão Cultural
O Código de Hamurábi
Hamurábi, grande chefe militar do século XVIII a.C., preocupou-se , após efetuar
importantes conquistas militares, de unificar a legislação.
O resultado não podia ser melhor, já que o Código não é somente um modelo de
jurisprudência, mas de língua babilônica. Não é, no entanto, um projeto de transfor-
mações sociais. Muito pelo contrário, legisla a partir da existência de três classes dis-
tintas: os ricos, o povo e os escravos. Os primeiros com mais privilégios e “obrigações”;
os ricos pagavam mais tributos, mas a prática de um delito contra eles seria punido
de forma bastante severa; os escravos que tinham seus direitos restringidos pela lei,
podiam casar-se com uma mulher livre e possuir bens, porém eram marcados como
animais, já que não deixavam de ser propriedade.
Egito
Uma truta que chega a um riacho límpido, de água corrente e fria, dotado de
vegetação que lhe sirva de alimento, recebe uma dádiva da natureza: isso é His-
tória Natural.
havia uma grande preocupação com a unidade. Qualquer divisão ocasionava termo, na realidade,
não era muito
menor capacidade de explorar a natureza, de tirar dela os alimentos e ou- utilizado pelos
próprios egípcios.
tras necessidades básicas. Também implicava perder a capacidade de construir No entanto, devido
templos e monumentos. à inclusão deste
título na Bíblia, mais
específicamente no
A grande duração da civilização egípcia fez com que durante muito tempo livro do “Êxodo”,
vivessem à sobra de suas pirâmides. As grandes pirâmides foram construídas, os historiadores
modernos adotaram
efetivamente, no Antigo Império Egípcio; a de Quéops foi construída por volta o vocábulo e
generalizaram-no.
de 2800. Ramsés II, no Novo Império, um dos momentos gloriosos do Egito,
reinou no século XIII, ou seja, 1500 anos após a construção da grande pirâmide
e mais de mil anos antes de Cristo. As pirâmides e outros monumentos mistura-
vam realidade com mito, reproduzindo ideias de imortalidade e lembravam da
força que se baseava na unidade.
Faraó
Semelhantemente a outros
grupos, o início da civilização
era atribuído a um único indi-
víduo, Menés, que teria sido o
primeiro rei da primeira dinas-
tia, o herdeiro dos deuses, as-
sim como aquele que revelou
aos egípcios a agricultura, o ar-
tesanato e a escrita.
Um dos símbolos do poder faraônico, a coroa cerimonial, que combina duas co-
res distintas: a alta mitra branca do sul, com a touca vermelha do norte. Também o
papiro, vegetação dos charcos do delta, associada ao lótus, do vale, em outro sím-
bolo do poder.
O mito confunde-se com a realidade do rei legitima-se pela sua origem divi-
na. Isso é uma característica de muitos povos, mas entre os egípcios adquire uma
expressão literal: o rei não tem apenas origem divina, ele expressa o próprio deus.
Mais do que comandante dos exércitos ou superior juiz, o faraó é o símbolo vivo da
divindade.
Ao longo dos tempos, o faraó foi identificado com diferentes deuses: inicialmen-
te com o falcão, Hórus; depois Hórus-Rá, e no Novo Império, em Tebas, Amon-Rá.
Depois de morto transfigura-se em Osíris.
Sob a ótica do egípcio, somente um deus imortal explica uma natureza vivificada
de vida do rio. O faraó morria como individuo, mas não como deus vivo; igualmente
as águas do Nilo passavam para não voltar mais, entretanto, o rio continuava no
mesmo lugar, sempre igual, criando e permitindo a vida.
Vida, rio, deus, faraó – de certa forma, tudo se confundia, era a mesma coisa. Gra-
ças ao poder divino do faraó as colheitas eram abundantes: o Nilo era o ponto de
partida de toda a prosperidade, tinha de respeita-lo. Nas inscrições, o nome do rei
seguido pelos sinais “vida, saúde, força”, cuja presença demonstrava um desejo não
apenas em seu favor, mas também, por seu intermédio, em favor de todo o reino e
seus habitantes. O seu papel em favor do seu povo é que assegurava ao faraó a vida
eterna.
O faraó, na verdade, vivia uma vida dupla: publicamente era um deus vivo, objeto
de adoração e culto, apresentando-se sempre formalmente e distante, trajes ritu-
ais, barba postiça, joias e insígnias sagradas. Já na sua vida particular cultivava sua
família – na maioria das vezes compostas de várias mulheres, entre as quais irmãs e
meias-irmãs – e permitia-se ser apenas um rei.
A Bíblia conta a história de Abrahão e Sara: os dois eram casados, mas Sara não
engravidava. Então, ela pegou uma de suas criadas, chamada Hagar, e a entregou
como concubina ao marido para que pudessem ter filhos. Hagar tem um filho,
chamado Ismael. Sendo que, depois, Javé (Deus) anuncia que Sara engravidaria. O
casal não acredita por conta de já terem idades bem adiantadas, ele com cem anos
e ela com noventa. Mas, como para o Deus Hebreu tudo era possível, o filho nasce
e chama-se Isaac. Os irmãos não se dão muito bem, e Sara solicita ao marido que
expulse de casa a concubina e seu filho. O patriarca recusa, mas Deus intervém e,
Hagar e Ismael partem para o deserto. Final da história: de Isaac descendem todos
os hebreus, e de Ismael descendem os povos do deserto, os árabes.
Com Saul, instaura-se a monarquia entre os hebreus. Porém nessa ocasião já ha-
via uma divisão entre tribos do norte (Israel) e as do sul (Judá) e Saul não alcança
seu intento de atrair Judá ao seu reino. Morre nessa tentativa.
A mitificação de Salomão vem do fato dele ter sido o construtor do famoso tem-
plo de Jerusalém, ponto de referencia espiritual e material do povo, tanto quando
foi construído como depois. O templo tornou-se uma espécie de símbolo nacional.
Pode-se concluir através da leitura de alguns textos, que Iavé habitava os santu-
Habilidades
Identificar as transformações econômicas, sociais, políticas e culturais presentes
em Roma e na Grécia Antiga.
Atitudes
Posicionar-se criticamente quanto ao desenvolvimento social, político, econômi-
co e cultural de Roma e Grécia antiga.
Cidades-Estados
Khôra: era o Este crescimento demográfico, juntamente com um grande progresso tec-
território da polis
fora da cidade nológico, artesanal e comercial, contribuiu para a rápida urbanização.
propriamente dita.
O termo foi utilizado Na sua topografia, uma polis, no seu centro urbano, normalmente dividia-se
em filosofia por
Platão para designar em duas partes: a acrópole, centro religioso, e a asty ou cidade baixa, local de
um receptáculo,
um espaço ou um
reuniões e de negócios, chamada de ágora. E um terceiro elemento o porto.
intervalo no seu Por fim, a área rural, repleta de aldeias (khôra) formava a cidade-estado. Mas
diálogo Timeu.
para os gregos uma cidade-estado era formada pela comunidade e seus cida-
dãos.
economia mercantil. Nos séculos VII e VI a.C houve um crescimento considerável Stásis: o estado
de equilíbrio ou
das exportações de cerâmicas, a importação de artigos de luxo orientais, o sur-
inatividade causada
gimento de templos e outros monumentos, e deu-se o início da economia mo- por forças opostas
iguais.
netária e de implementação de um sistema técnico, especificamente helênico.
Após o término da era dos tiranos inicia-se o período clássico (séculos V e IV a.C.).
Nesse período houve evoluções divergentes, em direção à democracia, e às vezes
para regimes oligárquicos. Estas evoluções foram influenciadas tanto pelo resultado
as lutas sociais e políticas internas como também da intervenção das Cidades-es-
tados maiores, umas nas outras e no regime das menores. Esparta era a principal
Cidade-estado oligárquica e contra as tiranias e democracias. Atenas, por sua vez,
era a defensora dos regimes democráticos.
A partir do século de 380 a.C, alguns dos parâmetros básicos da sociedade grega
sofreram rápida mudança, que em cinquenta anos conduziria ao fim das cidades-
-estados. O aparecimento de novos centros e elementos de poder político e militar
surgiram e influenciaram consideravelmente a situação.
Roma
cidades como Florença,
Bolonha e Pisa,
entre outras, têm-se
encontrado vestígios
de templos, muralhas
e obras de artesanato
que evidenciam
Os romanos herdaram dos etruscos o urbanismo, “baseado em ritos de fun-
um considerável dação que delimitavam o território “sagrado” da cidade”. O sítio de Roma, no
planejamento urbano.
momento, em que surgiram as primeiras cidades etruscas, caracterizava-se
http://www.
klickeducacao. por aldeias latinas independentes. Algumas dessas aldeias reuniam-se numa
com.br/bcoresp/ federação de caráter religioso e defensivo. Por volta de 575 a.C., as aldeias
bcorespmostra/
0,5991,POR-9239-h,00. uniram-se numa comunidade urbana, marcado por um processo de remane-
html
jamento do espaço: abandono de determinados cemitérios, construção e pa-
vimentação do Fórum (centro cívico e mercado), abertura de ruas regulares,
edificações de templos e edifícios públicos.
A República Romana
Roma ainda era
governada por reis.
A primeira metade do século V a.C. foi marcada pela luta entre patrícios e
plebeus, travada num contexto de uma retomada do crescimento econômico
e da urbanização em seguida à depressão e ruralização. Os plebeus pobres
reivindicam a abolição das dívidas e da servidão por dívidas e repartição das
terras, já os ricos, almejavam o acesso às instâncias do poder. Chegou-se a
uma divisão censitária do corpo dos cidadãos em várias categorias. Ocorreu
Uma das iniciativas dos plebeus consistiu em criar instituições propriamente ple-
beias – o tribunato da plebe, os edis da plebe e a assembleia dos plebeus. Os tri-
bunos da plebe eram dotados de inviolabilidade pessoal e residencial, adquiriram
o direito de vetar as decisões dos magistrados e outros órgãos republicanos e de
impedir alguma ação, por ventura, contra plebeu simplesmente posicionando-se
desfavoravelmente. Dessa forma, tornaram-se protetores eficazes da plebe; com o
tempo o concilium plebis deu origem à assembleia das tribos (comitia tribuna), um
dos órgãos legislativos de grande importância na Roma republicana.
As classes dominantes, por sua vez, adotaram métodos de controle social e políti-
co muito eficazes. Por exemplo: o complicado sistema de votação na assembleia do
exército ou comitia centuriata, principal assembleia dos primeiros tempos da Repú-
blica, de forma a impossibilitar qualquer tipo de participação dos cidadãos menos
abastados nela presentes. Outro método foi a institucionalização da clientela, que
perdeu o sentido puramente econômico e adquiriu o de um apoio eleitoral.
O patriciado com sua família extensa ou gens, e depois a própria plebe, consti-
tuíram estamentos sociais com estruturação jurídica bem institucionalizada.
De 233 a 133 a.C., os mais altos magistrados, os cônsules foram duzentos, porém
saíram apenas de 58 famílias, cinco destas forneceram cinquenta e dois cônsules.
As nobilitas somente renovava seus quadros, com o ingresso de homens novos, em
forma lenta e limitada. Esses homens novos vinham da mais alta classe censitária, os
equestres ou cavaleiros.
PINSKY, Jaime (ORG.). 100 textos de história antiga. 9. ed. São Paulo: Contex-
to, 2009. 151 p. ISBN 85-7244-128-x (broch.
Estudo Guiado:
Após a leitura da obra, faça uma resenha.
Esses personagens da história têm nomes, quais são? Pode-se começar com os
dois do meio. Devido a importantes semelhanças entre eles, ambos estão agrupa-
dos no mesmo gênero, Australopithecus, mas ao individuo mais esbelto e dado o
nome cientifico de africanus, enquanto que para a criatura robusta adota-se o nome
específico de boisei.
Esse volumoso crânio confirmou duas coisas. Primeira: que a linha ancestral hu-
mana, Homo, originou-se bem antes do que grande parte das pessoas suspeitava,
talvez até mesmo um milhão de anos antes. Segunda: uma vez que a historia do
Homo estendem-se tanto, retroativamente, quer dizer que esses indivíduos eram
contemporâneos de alguns dos primeiros australopitecineos. Isso impossibilita pen-
sar que nossos ancestrais diretos sejam descendentes evolucionários dos austra-
lopitecineos – primos, mas não descendentes. Os pesquisadores acreditavam que,
embora o robusto Australopithecus pudesse ter sido uma ramificação da via princi-
pal da evolução humana, seu primo mais frágil, o Australopithecus africanus estava
caminhando ao longo da rota principal para, enfim, dar origem à linha Homo.
O rei passa a atuar junto com a religião. Dá dinheiro para a construção e decora-
ção de templos, fornece matérias primas e ás vezes também mão de obra. Em troca,
busca a legitimação de seu poder, que, advindo dos homens, vai ganhando caráter
divino. A cultura, porém, estava em plena ebulição. Administrar uma cidade exigia
mais que disposição e preocupação divina: exigia instrumentos adequados, que se
desenvolveram de forma extraordinária na Mesopotâmia.
Os primeiros reis egípcios, faraós, se diziam, por isso, senhores das duas terras,
Cercado de desertos por quase todos os lados, o Egito antigo manteve, durante
toda a sua existência alguma característica advinda da diversidade produzida ao
longo de milênios. Surpreendentemente sua cultura resistiu ao contato com os assí-
rios, persas, macedônicos e romanos.
Os hebreus desenvolveram sua civilização mil anos antes de Cristo. Não apre-
sentando, assim, a antiguidade da civilização egípcia e mesopotâmica, mesmo con-
vivendo de maneira estreita com essas duas civilizações (na proto-história dos he-
breus, Moisés tira o seu povo do Egito no século XIII e Nabucodonosor da Babilônia
destrói o templo de Jerusalém em 586).
A partir do século de 380 a.C, alguns dos parâmetros básicos da sociedade grega
sofreram rápida mudança, que em cinquenta anos conduziria ao fim das cidades-
-Estados.
A primeira metade do século V a.C. foi marcada pela luta entre patrícios e ple-
beus, travada num contexto de uma retomada do crescimento econômico e da
urbanização em seguida à depressão e ruralização. Os plebeus pobres reivindicam
Uma das iniciativas dos plebeus consistiu em criar instituições propriamente ple-
beias – o tribunato da plebe, os edis da plebe e a assembleia dos plebeus. Os tri-
bunos da plebe eram dotados de inviolabilidade pessoal e residencial, adquiriram
o direito de vetar as decisões dos magistrados e outros órgãos republicanos e de
impedir alguma ação, por ventura, contra plebeu simplesmente posicionando-se
desfavoravelmente. Dessa forma, tornaram-se protetores eficazes da plebe; com o
tempo o concilium plebis deu origem à assembleia das tribos (comitia tribuna), um
dos órgãos legislativos de grande importância na Roma republicana.
3. Nossa visão da evolução humana tem sido transformada nos últimos anos. Agora
está claro que a linha ancestral que levou os seres humanos modernos estende-se,
talvez, até 5, 6 milhões de anos atrás. Também está claro que por uma grande parte
desse tempo nossos ancestrais compartilharam seu ambiente com dois tipos de
criaturas com as quais foram muito aparentados, mas que por fim se extinguiram.
Como são chamados esses ancestrais? Como eram constituídos fisicamente e como
se comportavam?
5.O que foi encontrado na Tanzânia em 1961? Qual a importância dessa descoberta?
18. Quais eram as principais cidades-estados gregas? Quais suas diferenças e seme-
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FUNARI, Pedro Paulo A., Org.; GLAYDSON José da, Org.; MARTINS, Adilton Luís, Org.
História Antiga: contribuições brasileiras. São Paulo: Annablume FAPESP, 2008.
Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=TSjoravdMHAC&printse-
c=frontcover&dq=historia+antiga&hl=pt-BR&ei=d9oWT87JJ4_yggfbuOyfAw&-
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