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Sumário

INTRODUÇÃO _______________________________________________ 4
O Brasil em 1600 ____________________________________________________________ 4
As conquistas do nordeste e do norte ___________________________________________ 6
Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará _________________________________ 6
França Equinocial - os franceses no Maranhão _________________________________ 9
Grão Pará _______________________________________________________________ 10
Como era a administração no Brasil colonial? ___________________________________ 11

INVASÕES HOLANDESAS 1624 – 1654 _______________________________ 12

1. Os “piratas” holandeses _____________________________________ 13


Os judeus e invasões holandesas ______________________________________________ 17

2. Companhia das Índias Orientais ______________________________ 18

3. Os holandeses invadem o Brasil ______________________________ 21


1ª grande invasão – Salvador _________________________________________________ 23
A Jornada dos Vassalos e a recuperação da Bahia ______________________________ 27
2ª grande invasão - Pernambuco ______________________________________________ 30
Ocupação de Pernambuco – 1630 a 1654 ______________________________________ 30
O Arraial do Bom Jesus ____________________________________________________ 32
Traição de Calabar e queda do Arraial _______________________________________ 35

4. Maurício de Nassau_________________________________________ 38
Um governador holandês para Pernambuco ____________________________________ 38
A lenda da administração nassoviana ________________________________________ 40
Novos ataques de Nassau – 2º ataque holandês à Bahia__________________________ 40
O malogro da armada do Conde da Torre _____________________________________ 43
A virada ________________________________________________________________ 44
Finalmente! Um rei português para Portugal! ___________________________________ 45
Duplicidade de Nassau: A conquista do Maranhão _______________________________ 47
A reação no Maranhão ____________________________________________________ 48

1
5. Pernambuco reage – Insurreição Pernambucana 1645-1654 _______ 50
Batalha no Monte das Tabocas ________________________________________________ 52
As atrocidades Holandesas ___________________________________________________ 53
Os mártires de Cunhaú ___________________________________________________ 53
Massacre de Uruaçu ______________________________________________________ 55
Padre Antônio Vieira e as negociações com Holanda _____________________________ 57
Batalhas decisivas em Pernambuco____________________________________________ 59
A primeira Batalha dos Guararapes__________________________________________ 59
A segunda Batalha dos Guararapes __________________________________________ 60
Capitulação final ___________________________________________________________ 62

EXPANSÃO E POVOAMENTO DO BRAIL - ENTRADAS E BANDEIRAS _______ 65

6. O ciclo da caça ao índio _____________________________________ 65


Uma nova atividade se inicia _________________________________________________ 65
Os ataques às reduções jesuíticas espanholas____________________________________ 70
O apoio dos jesuítas do Brasil aos jesuítas espanhóis______________________________ 77
Os jesuítas são expulsos de São Paulo e Santos ___________________________________ 78
O fim do ciclo da caça ao índio________________________________________________ 82

7. Sertanismo de contrato _____________________________________ 83


Os sertanistas combatem os quilombos ________________________________________ 83
Os sertanistas contra os índios hostis __________________________________________ 87
Na Bahia________________________________________________________________ 87
No Rio Grande do Norte – a Guerra dos Bárbaros ______________________________ 88

8. A busca pelo ouro __________________________________________ 91


Lembrando as primeiras entradas_____________________________________________ 91
Ciclo do ouro de lavagem ____________________________________________________ 94
A ocupação do Sul ________________________________________________________ 94
As grandes expedições ______________________________________________________ 96
Raposo Tavares _________________________________________________________ 100
Fernão Dias – o governador das esmeraldas__________________________________ 103
Finalmente! As grandes minas _______________________________________________ 105
Os caminhos do ouro ____________________________________________________ 107
A fome nas minas _______________________________________________________ 110

9. A Criação de gado e a união do Brasil _________________________ 111


Fixando povoações no Sul e no Nordeste ______________________________________ 111
Os caminhos do gado ______________________________________________________ 115

2
10. A ocupação da Amazônia e do extremo Sul do Brasil ___________ 118
Pedro Teixeira cruza a Amazônia ____________________________________________ 118
Colônia do Sacramento – a cidade uruguaia fundada por portugueses ______________ 121

A LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO INDÍGENA _________________________ 125

11. Um século conturbado no Maranhão _______________________ 125


Primeiras revoltas _________________________________________________________ 126
A Revolta de Beckman _____________________________________________________ 128

PARA OS MAIORES _____________________________________________ 126

12. Uma palavra sobre a escravidão dos negros __________________ 132

13. Biografia do Padre Antônio Vieira __________________________ 135


Trecho de um sermão do Padre Antônio Vieira _________________________________ 141

14. Entradas ou bandeiras?___________________________________ 143

CONCLUSÃO ___________________________________________________ 146

REFERÊNCIAS DE IMAGENS ______________________________________ 148

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS __________________________________ 153

3
Introdução

O Brasil em 1600

Q
uando deixamos a história do Brasil no volume anterior havia se

passado quase um século desde sua descoberta, no ano de 1500.

Agora, nesse início de século XVII (1601-1700), nosso país já

terá passado por uma série de mudanças. Até 1583 São Paulo era uma povoação

de 120 moradores brancos (como se contava na época) que se agrupavam em torno

do Colégio Jesuíta. Em 1600 contará já com 1500 habitantes. Os jesuítas têm ainda

o domínio espiritual e político e os moradores nada fazem de importante sem os

consultar. Veremos que no próximo século isso irá mudar e a causa será aquela

que sempre trouxe problema aos jesuítas: a escravização do índio. Por causa dela

os jesuítas entrarão em conflito com os sertanistasI de São Paulo e outros

escravizadores.1

Figura 1 - Pátio do Colégio - local onde começou Figura 2 - Pátio do Colégio em fotografia atual.
a cidade de São Paulo

I
Homens que se dedicaram a explorar o interior do Brasil com vários objetivos: busca índios para vender
como escravos, busca de ouro, explorar o território brasileiro e para povoar a terra.

4
Ao iniciar o século XVII a Terra de Santa Cruz não se resumia mais a alguns

povoamentos isolados num litoral dominado por índios e contrabandistas. Se antes

se parecia com uma colonização militar, pois se preocupava mais em sobreviver e

defender a terra, agora já vai sendo povoada verdadeiramente. Duas preocupações

ocuparão os capitães-mores das capitanias: defender o litoral de ataques ingleses,

holandeses e franceses e descobrir e conquistar o sertão, ou seja, o interior do

Brasil, antes que esses inimigos o fizessem.2

Como vimos, o século XVI se encerrou com o trono português sendo

ocupado pelo rei espanhol e uma série de ataques ao Brasil3. Assim, depois das

heroicas conquistas luso-espanholas, movidas pelo “serviço de Deus”I, veremos a

pirataria tentando tomar essas conquistas. Mas a união das coroas trará também

uma vantagem: o aumento do

território brasileiro.4 Tudo isso

veremos nas próximas páginas,

mas antes vejamos como

acontecerá a conquista de mais

uma parte do litoral brasileiro.

Figura 3 - Mapa das capitanias hereditárias em 1730


(Matthaeus Seutter).

I
Referência à Camões – Canto II, estrofe 32
"E se te move tanto a piedade
Desta mísera gente peregrina,
Que só por tua altíssima bondade,
Da gente a salvas pérfida e malina,
Nalgum porto seguro de verdade
Conduzir-nos já agora determina,
Ou nos amostra a terra que buscamos,
Pois só por teu serviço navegamos."
Explicação: E se a piedade desta gente (os portugueses) peregrina te move tanto que, só por tua altíssima
bondade, a salvas da pérfida e maligna gente (os inimigos), já agora determina/ordena conduzir-nos a algum
porto seguro de verdade, ou mostra-nos a terra que buscamos, pois só por teu serviço navegamos.

5
INVASÕES HOLANDESAS 1624 – 1654
1. Os “piratas” holandeses

D
esde o reinado de Dom Manuel I, o venturoso I (1495-1521), Portugal

mantinha a paz com outros reinos europeus, sem se envolver em

conflitos religiosos. É uma grande façanha dos portugueses, pois

estamos numa época em que a Europa passa por momentos difíceis: reinos inteiros

haviam deixado a Igreja Católica, gerando muitas guerras por causa da religião.

O caso dos 40 mártires jesuítas dá uma ideia do quão séria é a questão. Em

1570, o padre Inácio de Azevedo e 39 jesuítas (estudantes, irmãos, diáconos e um

outro sacerdote) partem em missão de Portugal para o Brasil e são abordados por

corsáriosII franceses calvinistas. Estes, ao perceber que a nau estava repleta de

jesuítas, encarregaram-se logo de os matar.

I
O rei que deu início ao período manuelino, um período de grande esplendor em Portugal e quando foram
feitas grandes descobertas.
II
São como piratas, assaltam navios e portos. A diferença é que, enquanto os piratas agem por conta própria,
os corsários eram contratados pelos governantes. Era como um assalto legalizado. Curiosamente Espanha
e Portugal foram os reinos que pouco usaram esse tipo de “serviço”.

13
Inglaterra

Holanda

França

Figura 13 - Atuais territórios de França,


Holanda e Inglaterra

Apesar dos violentos conflitos movidos pela religião, Portugal consegue

manter relações de comércio com reinos protestantes como Inglaterra e Holanda.

Isso muda após a questão dinástica e a união das monarquias ibéricas (Portugal e

Espanha) em 1581. Quando o trono português passa a ser ocupado por Felipe II da

Espanha, reino inimigo de Inglaterra, França e HolandaI, os inimigos da Espanha

passam a ser inimigos de Portugal1 e a Holanda causará grandes problemas ao

Brasil.

Figura 14 - Mapa das Províncias Figura 15 – Mapa Atual da Holanda


Unidas, séc. XVII

I
Seu nome no século XVII era República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos e o nome correto
atualmente é Países Baixos. Usaremos o nome Holanda por ser a nomenclatura mais comum e para facilitar
a leitura.

15
2. Companhia das Índias Orientais

pós esse período de ataques, em 1602, é criada a Companhia das

A Índias OrientaisI na Holanda, com a aprovação do governo holandês.

Trata-se de uma empresa de corsoII, que tinha o objetivo de atacar

embarcações e os domínios ultramarinosIII da União Ibérica (Portugal e Espanha)

na Ásia e retirar lucro desses saques1. A companhia é criada pelos judeus expulsos

da Península Ibérica, através de uma sociedade de quotasIV e realiza, por conta

própria, navegação e conquistas, contando com algum auxílio do governo2.

Através da companhia, os

holandeses atacam navios e portos para

roubar mercadorias. Em 1604, uma

frota de 7 navios holandeses aterroriza

Salvador, bombardeando a cidade e

saqueando seus navios por 40 dias3.

Mesmo sem a conquista de territórios,


Figura 18 - Doca* da Companhia das Índias
Orientais (Ludolf Bakhuizen, 1696)

* É um lugar onde os navios buscam abrigo, param para conserto ou para carga e descarga.
I
Índia Orientais é como eram chamavam os domínios portugueses na Ásia.
II
Empresa de pirataria.
III
Domínios fora da Europa.
IV
Empresa que pertence a várias pessoas.

18
3. Os holandeses invadem o Brasil

“Desenfreou-seI de tal modo a pirataria nos mares e por toda a


costa que durante o ano de 1616 tomaram os holandeses vinte e oito
navios (...) e em 1623 já o número de navios apresadosII no mar e nos
portos ascendiaIII a setenta! (...) Chega o momento em que,
enriquecidos na nova indústria de devastar os mares, vão os
holandeses passar do corso e do salteio IV a pretensões efetivas de
terras na América.”1

T
endo os holandeses enriquecido com o roubo de navios e portos, eles

decidem não parar aí. Era importante ter um apoio em terra para suas

atividades de corso. Assim, os lucros não só permitem a formação da

Companhia das Índias Ocidentais, mas animam a Holanda a se decidir pela

conquista de Salvador, na Bahia, sede do governo do Brasil2, onde os holandeses

contam com aliados numerosos: os cristãos-novos, que tinham contato com os

judeus da Holanda.3

I
Ter início, geralmente com ímpeto e/ou subitamente (de repente)
II
Presos.
III
Atingia, chegava a.
IV
Roubo.

21
Figura 21 - Territórios de Espanha e Portugal em 1580

A Bahia do século XVII é riquíssima. Possui três conventos, o Colégio da

Companhia de Jesus, uma dezena de igrejas, o Hospital da Misericórdia, a

belíssima Igreja da Sé, casas nobres e altas, com varanda e quintal, bem burguesas,

lojas de todas as mercadorias. Tudo isso demonstra sua riqueza.4 Pernambuco

também prospera. Graças ao comércio do açúcar, Olinda crescera como a Bahia.

O mosteiro de São Bento, os conventos de São Francisco e do Carmo, o colégio

dos jesuítas e a Misericórdia falam da fartura da região. Dois fortes defendem

Recife. Os engenhos, às margens do Capibaribe pareceriam castelos. 5 Eram dos

melhores lugares da América. A Bahia, sendo a principal capitania e centro do

governo do Brasil, é escolhida pelos holandeses para o primeiro ataque.

Figura 22 - Igreja Nossa Senhora do Amparo - Figura 23 - Representação de como seria a Antiga
Uma das belas Igrejas de Olinda do séc. XVII pode Sé de Salvador no séc. XVII
ser visitada ainda hoje.

22
4. Maurício de Nassau

Um governador holandês para Pernambuco

A
notícia desses sucessos (a conquista da Paraíba, do Rio Grande e do

Arraial) chega aos holandeses, animando-os fortemente.1 Então,

para manter e organizar suas conquistas no Brasil, a Holanda nomeia

um governador para essas terras: João Maurício de Nassau, que aqui chega em

janeiro de 1637. Já em março

aumenta ainda mais o domínio

holandês ao conquistar Porto

Calvo2 e algum tempo depois,

Ceará e Sergipe3. Figura 39 - Ruínas de um fortim holandês em Porto


Calvo

Sugestão de atividade:

Procure no Google Maps o Sítio da Trindade (local do Arraial do Bom

Jesus e conquistado em 1635). Depois procure Porto Calvo e Sergipe e

veja como os holandeses foram se aproximando de Salvador.

38
Finalmente! Um rei português para Portugal!

O ano de 1641 traz grandes notícias ao Brasil: a restauração do trono

português e o fim da União Ibérica (ocorrido em dezembro de 1640). Como em

1582 a união das coroas alterara as relações entre portugueses e holandeses, a

separação das duas coroas fará o mesmo agora. Portugal finalmente poderá tornar

a ser reino amigo de Holanda29. Veremos, no entanto, que as coisas não

acontecerão tão rapidamente ou facilmente assim.

Dom João IV, o restaurador, era


neto de Dona Catarina que disputara o
trono português após a morte do cardeal-
rei, D. Henrique, em 1580. Era
descendente de São Nuno de Santa
Maria, o Santo Condestável, que havia
ajudado a dinastia de Avis a assumir o
trono em 1385. Em Portugal, desde Dom
João IV, os reis não utilizaram mais a
Coroa, que foi oferecida a Nossa Senhora
após a consagração do reino à Imaculada
Conceição em 1646.I Após o fim da
União Ibérica, não mais será permitido a Figura 48 - Dom João IV, retratado ainda
como duque de Bragança (Peter Paul
um estrangeiro ocupar o trono português. Rubens, 1628)

Essa mudança trará sérias consequências a Brasil e Portugal no século XIX.

I
Por causa dessa consagração, quando a família real portuguesa se mudar para o Brasil em 1808, dom João
VI (6º, não confundir com o 4º) será aclamado rei no Brasil e não usará a coroa.

45
5. Pernambuco reage –

Insurreição Pernambucana 1645-1654

O
s abusos dos invasores fazem eclodirI, em 13 de junho de 1645, a

Insurreição Pernambucana. Por nove anos os colonos, liderados por

André Vidal de Negreiros, os negros, liderados por Henrique Dias, e

os índios, liderados por Felipe Camarão lutarão pela reconquista de Pernambuco1,

demostrando que os colonos do Brasil não aceitarão a permanência do invasor2.

Em Portugal, El-reiII precisa fazer um verdadeiro jogo diplomáticoIII para

voltar à antiga aliança com os holandeses. Enquanto, na Europa, seus

embaixadores (dentre eles, Padre Antônio Vieira) atendem certas exigências da

Holanda, o rei busca dar apoio à luta em Pernambuco de maneira que os holandeses

não percebam.

I
Iniciar subitamente
II
Expressão era usada tanto por espanhóis quanto portugueses. Aqui usaremos apenas para nos referir ao
rei português.
III
Habilidade na condução de negócios, astúcia, esperteza.

50
Batalha no Monte das Tabocas

A primeira grande batalha da Insurreição Pernambucana se dá no Monte das

Tabocas, em agosto de 1645. O governador geral aproveita a batalha para

embarcar os homens de Martim Soares Moreno (aquele que havia conquistado o

Ceará) e André Vidal de Negreiros, com o pretexto de fazer os rebeldes

“obedecerem" ao rei.5 No desenrolar da insurreição, coisa espantosa, oficiais

holandeses casados com pernambucanas começam a desertar e defender os colonos

(gente de suas esposas), lutando contra seu próprio povo.6 Os rebeldes alcançam

grande vitória e, após o combate, reúnem-se os homens de Filipe Camarão,

Henrique Dias, Martim Soares Moreno e André Vidal de Negreiros, iniciando o

cercoI a Recife.7

Ao final do ano de 1645, para consolidar a reconquista e para inquietar os

invasores encurralados no Recife, funda-se na Várzea, ao sul do Rio Capibaribe, o

Novo Arraial Real do Bom Jesus, que seria o definitivo centro da reação

libertadora. Em 1646, Olinda é reconquistada. 8

Figura 56 - Ruínas do Forte Novo do Bom Jesus Figura 57 - Vista aérea do Monte das Tabocas

I
Operação de envolver em círculo, com tropas, o inimigo, bloqueando suas possíveis saídas e
impossibilitando sua retirada; ASSÉDIO; SÍTIO.

52
EXPANSÃO E POVOAMENTO DO BRAIL -

ENTRADAS E BANDEIRAS
6. O ciclo da caça ao índio

E
ssa primeira metade do século XVII foi bastante difícil para o Brasil.

A luta contra os holandeses em alguns pontos do litoral foi árdua,

principalmente em Pernambuco, mas também na Bahia e no Maranhão. Mas e no

restante do Brasil? O que acontece? Bem, agora será preciso muita atenção, pois a

ocupação do território brasileiro crescerá neste século. Por isso veremos muitos

acontecimentos no Brasil e todos ao mesmo tempo, mas iremos conhecê-los aos

poucos. Vamos ver primeiro a ocupação do sertãoI, que fará o Brasil alcançar o

tamanho que hoje conhecemos.

Uma nova atividade se inicia

Vimos a chegada dos portugueses em 1500, as dificuldades que cada

capitania enfrentou para conseguir se estabelecer na terra, as lutas em São Paulo

do Piratininga e Rio de Janeiro e o esforço do padre Nóbrega e de São José de

Anchieta para alcançar a paz em Iperoig. Acabamos de ver a invasão e expulsão

dos holandeses entre 1624 e 1654. Entretanto, há algo que marcará a história do

I
Não se esqueça: aqui sertão tem o sentido de interior do Brasil.

65
Brasil por três séculos: a luta contra a escravização dos índios.1 Sua liberdade já

tinha sido confirmada por vários reis portugueses. Também pela Igreja Católica,

desde 1537, pelo Papa Paulo III2. Muitos governadores também lutarão por essa

liberdade. Ainda assim, a escravização dos índios se arrastará por muitos anos e

será motivo de vários conflitos.

É bastante curioso pensar que, enquanto portugueses, espanhóis e mestiços

unem-se a índios e negros para lutar contra os holandeses no Nordeste, na capitania

de São Vicente, de maneira especial na povoação de São Paulo dos Campos de

PiratiningaI (que a partir de agora chamaremos de São Paulo para facilitar a

leitura), os índios serão presos aos milhares e vendidos como escravos. Esse é o

início do terrível “ciclo da caça ao índio”II. Mas, para entender melhor essa parte

da história, precisamos conhecer um pouco mais os habitantes do Brasil,

principalmente de São Paulo neste século XVII.

Quando os jesuítas aqui chegaram, em 1549, logo perceberam um grande

problema: os primeiros colonos tinham tomado costumes, sentimentos e ideias

indígenas. Após alguns anos na América, o europeu se parecia com o índio,

Figura 67 - Criação da Câmara Municipal de São Paulo com


João Ramalho e jesuítas (Antônio Parreira, 1915)

I
Que se tornará a cidade de São Paulo.
II
Período da História do Brasil em que os índios foram aprisionados e vendidos como escravos em maior
quantidade.

66
8. A busca pelo ouro

Lembrando as primeiras entradas

D
esde o início da colonização do Brasil os portugueses se arriscaram

no sertão à procura de pedras e metais preciosos, encorajados pelas

grandes minas descobertas na América Espanhola (as minas de Potosí, hoje na

Bolívia), logo no início de sua colonização.1 Por isso, durante quase todo século

XVI tivemos entradas no Brasil à

procura de metais preciosos.2

Por volta de 1525, o primeiro

desbravador, Aleixo Garcia, já

havia organizado uma grande

expedição de Santa Catarina ao


Figura 88 - Mina de prata em Potosí (Theodoor de Bry, 1596)
Peru. Em 1531, Martim Afonso de

Souza (chefe da primeira expedição

colonizadora do Brasil) tinha

enviado Pero Lobo e mais 80

homens à procura de minas, Figura 89 - Moeda de prata de Potosi de 1668

91
confiando nas informações de um chefe indígena. Infelizmente toda a expedição

se perdeu. D. João IIII, quando iniciou o sistema de capitanias hereditárias e depois

o do governo geral, recomendou aos donatários e governadores que procurassem

metais e pedras preciosas.3 Gabriel Soares de Souza, um senhor de engenho, tinha

perdido a vida em uma entrada, em 1591. Um dos governadores do Brasil,

Francisco de Souza, investiu ele próprio nessa busca ao final do século XVI e

início do século XVII.

Aleixo Garcia
Aleixo Garcia foi um português que participou de uma expedição espanhola,
comandada por Juan Dias de Solís. A expedição procurava algum ponto de uma
passagem na América para Oceano Pacífico (como Fernão de Magalhães encontrou
por volta de 1520). Entrando no Rio da Prata, os navios de de Solís foram atacados
por índios e parte da tripulação (inclusive o capitão) morreu em 1516.
Aleixo Garcia e mais alguns companheiros sobreviventes decidiram então
retornar para a Espanha, mas alguns navios naufragaram no litoral de Santa
Catarina, onde tomou conhecimento da existência de uma “montanha de prata”.
Tratava-se do Império IncaII, com o qual os índios da região tinham contato através
do caminho chamado Peabiru. Por volta de
1524 Aleixo Garcia, liderando dois mil índios,
penetrou o sertão à procura da montanha de
prata. Chegando ao Peru, foi recebido com
hostilidade e se viu obrigado a voltar. Aleixo
Garcia acabou morrendo por causa de ataques
indígenas no Rio Paraguai em 1524 ou 1525,
durante a viagem de volta.4
Figura 90 - O Caminho do Peabiru

I
O rei português que tinha enviado jesuítas ao Brasil em 1549
II
Um império indígena no Peru.

92
finalmente serão descobertos ouro e pedras preciosas em quantidade nunca vista

na América.31

Finalmente! As grandes minas

Justamente quando a crise financeira em Portugal vai de mal a pior (por causa

de péssimas safrasI de açúcar, febre amarela e alta mortalidade de animais da

lavoura), uma grande quantidade de ouro será encontrada no Brasil.32 São vários e

diferentes os testemunhos sobre quem teria sido o primeiro a encontrar ouro na

região que hoje é chamada de Minas Gerais, justamente pela abundância de metais

e pedras preciosas. Uns dizem ter sido Antônio Rodrigues de Arzão; outros, Duarte

Lopes, um participante da expedição de Fernão Dias, que teria encontrado ouro em

um rio na cidade de Mariana. Uma terceira versão afirma que o primeiro

descobridor do ouro teria sido um mulato de Taubaté, ao colher uma pequena

porção do precioso metal perto de Ouro Preto.33 O certo é que, em pouco tempo

(entre 1692 e 1694), muitas descobertas são feitas nos vários riachos que

desaguam no Rio Doce (a Bacia do Rio Doce).

Independentemente de quem tenha sido o primeiro descobridor, importa

saber que a notícia se espalhará rapidamente e fará vir um extraordinário número

de exploradores às Minas Gerais nos últimos anos do século XVII. Eles vêm das

Capitanias de São Vicente e do Rio de Janeiro, transpõem as serras de Ouro Preto

(Serra do Espinhaço) e encontram numerosas minas de ouro nos ribeiros (pequenos

I
Colheita, produção agrícola.

105
rios) que descem para a Bacia do Rio Doce.34 Logo novos descobrimentos são

feitos também no Rio das Mortes, no Rio das Velhas, no Ribeirão do Carmo (na

cidade de Mariana) e do Tripuí.35

Figura 105 - Bacia do Rio Doce (a linha azul central é o Rio Doce,
veja quantos rios desaguam nele)

“as bandeiras que atravessavam a região entre a Serra da


Mantiqueira e as cabeceiras do Rio São Francisco tinham notado que os
leitos e margens de muitos dos rios e riachos cruzados por eles eram
idênticos aos de Paranaguá e demais lugares que produziam ouro de
aluvião”36

106
9. A Criação de gado e a

união do Brasil

Fixando povoações no Sul e no Nordeste

V
imos como o território do atual estado do Paraná começa a ser

povoado por causa do ouro de lavagem e como o ouro de Minas

Gerais está atraindo exploradores de todos os lugares ao centro do

Brasil. Com o fim do perigo holandês, as entradas ganham força, tanto para a

conquista da terra quanto para a conquista das almas, pois também os missionários

retomam suas expedições para buscar novas tribos a serem catequizadas.1

Ao mesmo tempo, uma atividade econômica crescerá e será responsável pela

ligação do interior do Brasil com o litoral: a criação de gado. As fazendas dão às

povoações do interior uma certa independência do litoral, já que garantem uma

alimentação constante e até melhor que a do mar.2 No Sul a criação de gado

demorará mais a se desenvolver, mas com o tempo se revelará a melhor região

111
Descubra no Google Maps como o gado se espalhou.

Encontrar Salvador, Piauí, Pernambuco e Maranhão é fácil.

Dica para encontrar o Rio São Francisco: é uma grande mancha azul ao norte da

Bahia.

Dica para encontrar Rio Parnaíba: quase toda a divisa entre o Maranhão e Piauí é

feita por esse Rio.

Figura 111 - Peões laçando gado (Pedro Weingärtner, 1908)

Além das fazendas fornecerem alimentação, garantindo uma certa

independência do litoral, a criação de gado apresenta algumas vantagens. O

próprio gado “transporta a si mesmo”, adapta-se a regiões ruins para o cultivo da

cana de açúcar e se multiplica facilmente. O trato com animais também não é

difícil. Depois de acostumar o gado ao novo pasto, tudo fica entregue ao vaqueiro.

113
10. A ocupação da Amazônia e do

extremo Sul do Brasil

Pedro Teixeira cruza a Amazônia

E
ntre 1629 e 1632 os

portugueses conquistam a Foz

do AmazonasI após diversas batalhas contra

ingleses e holandeses que tinham invadido

a região. O rei da Inglaterra tinha chegado a Figura 116 - Foz do Amazonas

ceder terras a nobres ingleses.1 A Amazônia, entretanto, seguia abandonada desde

a passagem dos espanhóis, por volta de 1540. Finalmente, em 1637, missionários

espanhóis vindos do Peru chegam ao Maranhão através do Rio Amazonas. Esse

acontecimento faz o governador do Estado do MaranhãoII, Jácome Raimundos de

I
São as áreas onde o rio deságua no oceano, no caso do Rio Amazonas são várias as áreas, abrangendo os
estados do Pará e Amapá. Era relativamente fácil se estabelecer aí vindo do oceano.
II
O Brasil nesta época estava dividido em dois estados: o Estado do Brasil e o Estado do Maranhão.
Veremos mais à frente essa divisão.

118
A LUTA CONTRA A ESCRAVIDÃO

INDÍGENA
11. Um século conturbado no Maranhão

D
esde que chegaram ao Brasil, em 1549, os jesuítas viam nos índios

uma alma a catequizar, homens a aperfeiçoar e educar.1 Padre Manoel

da Nóbrega, ao iniciar aqui a catequese indígena, resumiu todas as dificuldades do

Brasil em duas: o mau exemplo dos colonos e a escravização do índio, que muitas

vezes era disfarçada de servidãoI.2 Como fizeram padre Manuel da Nóbrega e São

José de Anchieta, o padre Antônio Vieira lutará contra a escravização dos índios e

será um dos jesuítas mais famosos no Brasil3.

As brigas entre jesuítas e apresadores de índios não se limitarão a São Paulo

e Rio de Janeiro. Por causa da escravidão indígena o Estado do Maranhão será

palco de vários motins no século XVII. Como em São Paulo, as povoações do

Maranhão são bastante independentes, desobedecendo as ordens do governador do

estado e do próprio rei. Para se ter uma ideia, Castelo Branco, o fundador da cidade

Belém, tinha sido deposto e preso no Pará, em 1618.4

I
Os colonos contratavam os índios, mas com tão mau pagamento e tratamento que nada mais era que uma
escravidão disfarçada.

125
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Recens_elaborata_mappa_geographica_regni_Brasiliae_in_America_Meridionali_max
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capa.jpg
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une_croix_pour_la_b%C3%A9n%C3%A9diction_de_l%27Ile_de_Maragnan.jpg/320px-
%C3%89l%C3%A9vation_d%27une_croix_pour_la_b%C3%A9n%C3%A9diction_de_l%27Ile_de_Mar
agnan.jpg
Figura 9 Disponível em: https://portodososlados.files.wordpress.com/2011/06/forte-do-presepio1.jpg
Figura 10 Disponível em:
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une_croix_pour_la_b%C3%A9n%C3%A9diction_de_l%27Ile_de_Maragnan.jpg/320px-
%C3%89l%C3%A9vation_d%27une_croix_pour_la_b%C3%A9n%C3%A9diction_de_l%27Ile_de_Mar
agnan.jpg
Figura 11 Disponível em:
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Figura 12 Disponível em: https://i.ytimg.com/vi/1vOe08xLrKI/maxresdefault.jpg
Figura 13 Disponível em: montagem com https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
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Dos.jpg
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The_dock_of_the_Dutch_East_India_Company_at_Amsterdam.jpg
Figura 19 Disponível em:
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p_de_Kust_van_Mallabaer_-_Victory_over_Kochi_on_the_coast_of_Malabar.jpg
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Figura 21 Disponível em: https://2.bp.blogspot.com/-4d1YxRuUAHM/Uep01-
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Figura 22 Disponível em:
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Citações
Introdução
1
Calmon 1, p. 447
2
Calmon 1, p. 459 e 460
3
Vianna 1, p. 132-134
4
Leite 5, p. 25
1
Vianna 1, p. 138
2
Vianna 1, p. 140
3
Leite 1, p. 501
4
Vianna 1, p. 142
5
Calmon 1, p. 449-452
6
Calmon 2, p. 19-21; Vianna, 142; Salgado, p.155-156
7
Studart, p.36
8
Calmon 2, p. 21
9
Vianna 1, p. 143
10
Calmon 2, p. 22
11
Calmon 2, p 33 e 34
12
Vianna, p. 143-145
13
Calmon 2, p.38
14
Calmon 2, p.35 e 36
15
Calmon 2, p.44

155

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