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Oe Ec8 PDF
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EC8-1
Exemplo de aplicação 2
Materiais: C35
A 500 NR SD
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
ESTRUTURA
Acções gravíticas
Acção sísmica
O edifício está localizado em Portugal Continental nas zonas sísmicas 1.2 (agR = 2,0 m/s2) e 2.3
(agR = 1,7 m/s2).
O solo de fundação é constituído por uma areia muito compacta classificável como um
terreno do tipo B de acordo com o EC8-1.
O edifício é classificado como pertencendo à classe de importância II, à qual está associado
um coeficiente de importância I = 1,0: ag = agR
1.6 Sismo 1
1.4 Sismo 2
1.2
Espectros de resposta de cálculo
Sd [m/s2]
1.0
Direcção X
0.8
(q=3,6) 0.6
0.4
0.2
0.0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0
T [s]
2.2
2.0
1.8 Sismo 1
1.6 Sismo 2
Espectros de resposta de cálculo 1.4
Se [m/s2]
Direcção Y 1.2
1.0
(q=3,0) 0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0
T [s]
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
ANÁLISE ESTRUTURAL
A estrutura foi analisada recorrendo a um modelo tridimensional constituído por barras que
simulam os pilares, paredes, vigas e lajes.
A rigidez de flexão e de corte destes elementos estruturais foi considerada igual a metade
da rigidez elástica
ANÁLISE ESTRUTURAL
ANÁLISE ESTRUTURAL
A contribuição dos elementos sísmicos secundários para a rigidez lateral da estrutura não deve
ser superior a 15% da dos elementos primários.
(controlar a redução da aceleração espectral por via da diminuição da rigidez da estrutura)
A percentagem da força de corte obtida em cada tipo de elemento e a relação entre a força de
corte nos elementos secundários e primários é a seguinte:
Direcção X Direcção Y
Pilares de canto: 2,3 % Pilares de canto: 1,6 %
Pilares centrais: 3,9 % Pilares centrais: 2,2 %
Paredes (5.5 m x 0,3 m): 5,2 % Paredes (2,0 m x 0,3 m): 3,4 %
Paredes (2,0 m x 0,3 m): 88,6 % Paredes (5,5 m x 0,3 m): 92,8 %
= 11,4 / 88,6 = 0,129 < 0,15 = 7,2 / 92,8 = 0,078 < 0,15
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
ANÁLISE ESTRUTURAL
Necessário verificar se as paredes ligadas por vigas constituem
uma parede acoplada.
direcção X: qo = 3,0 αu/α1 com αu/α1 =1,2 por se tratar de um sistema de paredes acopladas.
q = qo = 3 x 1,2 = 3,6
Mai = eai Fi
em que:
eai = 0,05 Li eaiX = 0,05 x 12 = 0,60 m ; eaiY = 0,05 x 18 = 0,90 m
Fi - força horizontal actuante ao nível do piso i
zi . mi
Fi = Fb .
zj . mj
Fb = Sd(T1) m
ANÁLISE ESTRUTURAL
m = 3060 t ; = 0,85
FbX = 0,60 x 3060 x 0,85 = 1561 kN ; FbY = 0,62 x 3060 x 0,85 = 1613 kN
Direcção Y Direcção X
OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios
VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO
Direcção X Direcção Y
Direcção X: 1/(1 - 0,124) = 1,141 (metodologia conservativa mas que conduz a uma
edifício regular em que as paredes nas duas direcções horizontais são os únicos
elementos sísmicos primários
g + 2 q: N = -3650 kN
Dimensionamento à flexão
A armadura longitudinal deve ser concentrada junto às extremidades da secção da parede nos
elementos de extremidade.
O EC8 obriga a considerar a armadura vertical de alma no cálculo da resistência à flexão das
secções de parede. A armadura mínima na alma da parede é dada por (EC2):
O momento resistente associado a esta armadura para o nível de esforço axial actuante é:
MRd = 21300 kNm > MEd = 21038 kNm
Momento [kNm]
awd 30 (d + v) sy,d bc - 0,035 15000
o
5
= 2 q0 – 1 = 2 x 3,0 - 1 = 5,0 10000
0
Asv = (5,5 – 2 x 0,83) x 7,86 = 30,2 cm2 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
Øx 10-3 [m-1]
v = 30,2 / (550 x 30) x 435/23,33 = 0,034
d = 0,094
(wd)min = 0,08
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DIMENSIONAMENTO DAS PAREDES
O confinamento deve ser prolongado horizontalmente no comprimento lc até ao ponto onde o betão
não confinado possa destacar-se devido a grandes extensões de compressão: c > cu2 = 0,0035
Cálculo de lc:
lc = xu (1-cu2 /cu2,c)
lw bc
xu = (d + v) b
o
Valor inferior ao mínimo anteriormente calculado pelo que será adoptado um comprimento lc = 0,83 m
coerente com a disposição da armadura longitudinal na extremidade
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DIMENSIONAMENTO DAS PAREDES
O espaçamento máximo das cintas na direcção longitudinal nos elementos de extremidade:
h0 = 83 cm; b0 = 22 cm; s = 10 cm
Na zona crítica na base da parede irá formar-se a rótula plástica pelo que no dimensionamento
ao esforço transverso considera-se prudente tomar um ângulo = 45º para a inclinação do
campo de compressões.
= 0,6 (1 – 35 / 250) x 23,33x103 x 0,3 x 4,7 x sen 45º x cos 45º = 8488 kN >> VEd
Asw /s = VEd /(z cotg fyd) = 1659 / (4,7 x 43,5) = 8.1 cm2/m (2R 10 // 0,20)
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DIMENSIONAMENTO DAS PAREDES
Dimensionamento da parede acima da zona crítica com base em diagramas envolventes dos
momentos e esforços transversos de cálculo
31,5
1258
11,57
3,5
21038 1659
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DIMENSIONAMENTO DAS PAREDES
Paredes acopladas
g + 2 q: N = -2479 kN
Dimensionamento à flexão
A armadura necessária para resistir ao momento actuante deve ser calculada para o esforço axial
mínimo:
O confinamento dos elementos de extremidade da parede deve ser calculado para o esforço axial
máximo:
= 2 q0 – 1 = 2 x 3,6 - 1 = 6,2
As vigas de acoplamento apresentam uma relação l/h = 4/0,8 = 5 > 3, pelo que neste caso
verifica-se que o modo de rotura por flexão é preponderante face ao modo de rotura por
esforço transverso o dimensionamento é idêntico ao das vigas correntes
Pilares
Nos pilares centrais no piso 0 o esforço axial máximo relativo à combinação fundamental de
acções (1,35 g + 1,5 q) é NEd = -8152 kN pelo que a armadura mínima é dada por:
Esta situação requereria a formação das rótulas plásticas nos pilares e traduzir-se-ia na
transmissão à laje, na zona de ligação aos pilares, de um momento total:
Esforços no pilar relativos à acção sísmica obtidos no modelo global considerando q=1,0
incluindo os efeitos da torção acidental.
EX EY
Pilar Piso Secção
N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]
(g + 2 q) + EX (g + 2 q) + EY
Pilar Piso Secção
N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]
Neste piso a armadura mínima do pilar é condicionada pelo esforço axial relativo à combinação
fundamental de acções: As,min = 0,10 NEd /fyd = 0.10 x 6527/43,5 = 15 cm2
O esforço transverso máximo actuante é: VEd = (410,6 + 342,7) / 3.5 = 215 kN, valor relativamente
reduzido. A armadura transversal é pormenorizada de acordo com as disposições do EC2.
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DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS SECUNDÁRIOS
Dimensionamento da laje
Momento flector na zona de ligação ao pilar obtido no modelo global (barra que simula a laje) para a
acção sísmica EY considerando q =1,0, incluindo os efeitos da torção acidental:
Mx = 275,4 kNm.
Para efeitos da verificação da capacidade resistente da laje considera-se que o momento devido
à acção sísmica transmitido pelo pilar à laje se distribui numa largura de 2h para cada lado das
faces do pilar (largura total de 2m)
VEd = 422 kN
Valor muito alto devido à elevada relação entre o momento flector e o esforço vertical.
k = 1,8; l =0,0081
(g + 2 q)
Pilar Piso Secção
N [kN] Mx [kNm] My [kNm]
EX EY
Pilar Piso Secção
N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]
(g + 2 q) + EX (g + 2 q) + EY
Pilar Piso Secção
N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]
Estes esforços conduziriam a armaduras muito elevadas no pilar, taxa da ordem de 0,06,
superior ao limite regulamentar.
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DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS SECUNDÁRIOS
Dimensionamento em ductilidade
(g + 2 q) + EX (g + 2 q) + EY
Pilar Piso Secção
N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]