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Prezados líderes e membros da comissão diretiva

da Associação Central Sulriograndense da Igreja


Adventista do Sétimo Dia

Graça e Paz a vocês da parte de Deus nosso Pai e


do Senhor Jesus Cristo!

Eu, Ezequiel Rosa Gomes Junior, sinto muito em


ter que dirigir algumas palavras a vocês, mas
entendi ser obrigado a escrever esse documento
a fim de demonstrar, mais uma vez, o elevado
grau de seriedade e clareza que desejo manter
em nossas comunicações presentes e futuras.
Especialmente com vistas às implicações de
determinadas posturas da vossa parte que não
estão em harmonia com as doutrinas,
regulamentos e praxes que regem a Igreja
Adventista do Sétimo Dia (IASD). Escrevo,
portanto, não somente com base em minhas
experiências ou opiniões pessoais, mas baseado
na Bíblia, no Espírito de Profecia, no Manual da
Igreja e no Livro de Regulamentos Eclesiástico-
administrativos.

A estrutura desse documento seguirá um modelo


jurídico simples e comum, onde são
apresentados em ordem, fatos, leis e pedidos.
Essa estrutura foi adotada por ser didática e útil
aos propósitos por detrás desse texto, que
ficarão evidentes ao longo de tudo o que aqui
será relatado, embasado e pedido.

1- Dos Fatos
1.1 Eu, Ezequiel, me tornei membro da IASD no
ano de 2005 e por influência divina, e de líderes
ligados ao ministério pastoral da IASD, fui
chamado a estudar teologia a fim de me tornar
um pastor da igreja adventista. Me graduei e
conclui o mestrado entre os anos de 2007-2012 e
em 2013 fui chamado para ser aspirante ao
ministério, cargo que ocupei até o primeiro
semestre de 2016. Entre maio e junho de 2016
fui desligado do quadro de aspirantes por
supostamente ter quebrado um “voto oficial” da
igreja ao me manifestar politicamente a favor do
impeachment da ex-presidente do Brasil, Dilma
Roussef, em meio a um dos maiores escândalos
de corrupção de que temos registro na história
da humanidade. Não tive direito a nenhum tipo
de defesa na comissão ministerial nem na
comissão diretiva que tratou do meu
desligamento.

1.2 No contexto dos eventos imediatos do meu


desligamento, busquei me informar sobre o tal
“voto oficial” da igreja usado para embasar meu
desligamento e descobri que não havia voto
nenhum, mas somente um texto bastante
obscuro escrito pelo então departamento de
comunicação da Divisão Sul Americana sugerindo
alguma espécie de inadequação dos membros da
igreja em irem às manifestações populares que
àquele momento estavam sendo comuns no
Brasil por causa da amplíssima repercução
nacional que o caso tomou, culminando
posteriormente com a prisão do ex-presidente
Lula. Eu e meu sogro chegamos a escrever um e-
mail ao autor do texto referido e recebemos a
resposta de que aquele texto era meramente sua
opinião pessoal sobre o tema e que não havia até
aquele momento do ano de 2016 NENHUM VOTO
DA IGREJA EM TORNO DE SEU CONTEÚDO.
Posteriormente, em 2017, e provavelmente em
resposta à repercussão negativa em torno do
meu desligamento do ministério, a Divisão Sul
Americana viria a votar um documento dizendo
que obreiros e funcionários da igreja não
estariam autorizados a irem em manifestações
públicas de cunho político, podendo sofrer
“sanções” em caso de desobediência a essa
recomendação.

1.3 Meu sogro foi falar com o presidente e o


secretário da ACSR levando consigo a informação
de que, segundo o autor do texto usado para
justificar meu desligamento, não havia nenhum
voto da igreja sobre o assunto, ao que
responderam a ele que isso era irrelevante e
acrescentaram acusações desconexas e
aleatórias à minha pessoa para tentar justificar a
decisão. Cobrei de forma respeitosa aos líderes
que me oferecessem pessoalmente a chance de
responder à qualquer acusação contra mim, mas
eles disseram que a comissão diretiva do campo
não me concederiam isso.

1.4 Inicialmente, comecei a perceber que havia


um desejo extremamente desproporcional de me
prejudicar a retirar do ministério. Busquei
entender a situação em um quadro mais amplo e
conversando com amigos e com outros pastores
da IASD sobre o caso, comecei a receber
informações sobre o condutor principal de todo
esse processo, o presidente da ACSR, Sr. Marcos
de Oliveira Junior.

Descobri que ele tem uma história nada cristã no


ministério adventista a qual ele aparentemente
tenta mascarar usando de certo rigor para com
questões secundárias a fim de parecer muito
conservador e zeloso na causa da igreja.

Fui informado por irmãos e pastores da IASD de


que Marcos Junior, no passado (2004), havia tido
sua credencial ministerial retirada por um
período em função de que teria sido visto por um
irmão da igreja (chamado Rogério Behling
[https://www.facebook.com/rogerio.behling.104])
entrando em um motel com uma prostituta na
cidade de Ijuí-RS onde Marcos atuava como
secretário da então missa ocidental
sulriograndense.

O diagnóstico de alguns desses meus amigos e


colegas de ministério era de que o Pr. Marcos
deve ter desenvolvido uma postura moralista e
legalista em sua administração e teologia
pessoal, provavelmente como forma de tentar
compensar suas falhas morais (que não se
limitam ao episódio acima mencionado, como
ficará claro adiante). A exatidão dessa opinião
externada por membros e pastores da igreja
precisaria ser confirmada por uma avaliação
psiquiátrica/psicológica profissional e não será
alvo de especulações aqui. O que importa em
função desse quadro geral é que a partir desse
tipo de informação eu comecei a entender
algumas coisas mais claramente e busquei
contornar o problema apelando para a igreja a
fim de que reconsiderasse a decisão proferida
contra mim.

1.5 Enviei e-mail para o Pr. Marcos Junior a fim de


tentar resolver a questão internamente. Fui
recebi em uma reunião com ele e com o
tesoureiro do campo onde eles me disseram que
não havia nada que pudesse ser feito. Mesmo eu
tendo conseguido a promessa de um chamado
para uma região distante do Brasil, esse
chamado foi negado. Deixei de receber salário e,
por pressão, assinei os documentos de meu
desligamento, recebi minha indenização e
reconstruí minha vida e minha família em outra
região do país.

1.6 Avisei os administradores da ACSR de que


eles poderiam sofrer em grave processo judicial
em função daquilo que considerei como
flagrantes ilegalidades no processo de meu
desligamento. Ao perceber que eles não
voltariam atrás, enviei uma notificação extra-
judicial para a ACSR, através de correio
eletrônico para o presidente, o secretário, a
tesoureiro e a responsável pelo RH na ACSR. O
presidente se enganou e respondeu ao e-mail do
meu advogado dizendo que havia recebido
orientações do advogado da Divisão Sul
Americana, Sr. Luigi Braga
[https://www.facebook.com/luigi.braga.73] para
não enviar aos meus advogados a confirmação
do recebimento do e-mail, numa tentativa de
escapar das implicações de uma notificação
extra-judicial num eventual litígio posterior.

Lembrando que a notificação extra-judicial é uma


comunicação amigável, não litigiosa, onde uma
parte manifesta o desejo de resolver um
problema com potenciais implicações jurídicas de
forma interna e sem acionar a justiça formal do
país. Nessa notificação pedimos por escrito as
justificativas e os documentos que pudessem
justificar meu desligamento do ministério. A
notificação foi posteriormente respondida sem
oferecer nenhuma justificação plausível ou
documento que viesse a dar razão dos motivos
ou do modus operandi do meu desligamento,
limitando-se àquele momento a afirmar a
“soberania” da comissão que havia tomado
aquela decisão.

1.7 A transição para um local diferente e para


uma ocupação laboral diferente consumiram
meus meses seguintes, mas as feridas do meu
desligamento demoraram a cicatrizar. Em
novembro de 2016 enviei um e-mail a todos os
funcionários, obreiros e anciãos de igreja na
ACSR sobre o caso de forma geral. Na
oportunidade expliquei tudo o que tinha
acontecido a partir da minha ótica particular e,
inclusive, ofereci uma solução para o caso sem a
necessidade de recurso a qualquer processo
judicial. Minha oferta foi solenemente ignorada.
Nesse mesmo caminho, enviei uns 2 ou 3 e-mail
e gravei uns 2 vídeos privados direcionados
somente ao público interno da igreja em relação
à questão como um todo, expondo a postura
ilegal, mentirosa e corrupta com que o Pr. Marcos
Junior conduziu toda a dinâmica em torno do meu
desligamento.

Pedi providências, me coloquei à disposição da


comissão diretiva da ACSR, anexei provas, e em
várias oportunidades elenquei testemunhas
específicas que poderiam confirmar as minhas
acusações e nada foi feito, em absoluto.
As Testemunhas além do já citado irmão Rogério
Behling
(https://www.facebook.com/rogerio.behling.104),
foram:

Abnal Junior: diretor da Rádio Novo Tempo


(https://www.facebook.com/abnal.junior)
Tiago Mendes: locutor da Rádio Novo tempo
(https://www.facebook.com/tiagomendesfm)
Andresa: secretária da Rádio Novo tempo:
(https://www.facebook.com/andresateixeira.daluz
?ref=br_rs)
Sikberto Marques: irmão que acompanhou o caso
do Pr. Marcos Junior no motel com prostituta na
época em que isso aconteceu
(https://www.facebook.com/sikberto.marks)
Pr. Ignácio Kalbermatter: ex-presidente da União
Sul Brasileira
(https://www.facebook.com/rute.silveirakalbermat
ter)
Pr. Alejandro Bullon:
(https://www.facebook.com/ministeriobullon/)
Pr. Enio dos Santos
(https://www.youtube.com/watch?
v=cSowxuO8wkI)

Cada uma dessas pessoas poderia e deveria


testemunhar de um ou mais aspectos das minhas
acusações contra o Pr. Marcos Junior em função
de falta de idoneidade ministerial, moral e
espiritual para conduzir a igreja como presidente
de associação na IASD. Minha acusações são
embasadas na trajetória lamentável dessa
pessoa no passado aliada à mentiras e fraudes
específicas ao longo do processo do meu
desligamento do ministério, posturas essas que
duram até o presente. Nenhuma dessas pessoas
foi contactada a fim de esclarecer os pontos
trazidos por mim.

O centro da minha acusação nesses pontos é que


a própria eleição do Pr. Marcos como presidente
de campo feriu o manual da IASD e as posturas
equívocas, mentirosas e fraudulentas dele no
exercício do cargo só aumentam a ampla gama
de prejuízos aos quais a IASD está e estará
sujeita em função do descumprimento de suas
próprias normas da parte de alguém que deveria
representar a igreja em suas atitudes.

1.8 Em outubro de 2016 gravei um vídeo público,


mas respeitoso e em tom tranquilo, sobre meu
afastamento do ministério. Até aquele momento
muitos amigos e colegas ao redor de todo o
Brasil ainda não sabiam do que tinha acontecido.
Esse vídeo está no ar até hoje e já ultrapassou a
marca de 1.500.0000 (um milhão de quinhentas
mil) visualizações. Nesse vídeo não ataquei
nenhuma pessoa ou a qualquer postura ou esfera
da igreja.

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