CARTA REUNIÃO ANCIÃES

DIA 16 DE MARÇO - LYNN, MA – USA RESTRITO

VISITA DO CONSELHO DOS ANCIÃES NO
16 de Março de
BRASIL, AOS ESTADOS UNIDOS 2024

INTRODUÇÃO
A motivação dessa reunião decorre das ações realizadas pelo Conselho dos Anciães mais
antigos da Congregação Cristã nos Estados Unidos, a partir da última Reunião Regional Ministerial
(RRM), realizada na cidade de Lynn, no estado de Massachusetts.
É digno de nota recordarmos que, antes do lastimável episódio acerca do qual
discorreremos, os irmãos do Conselho americano já haviam sido chamados ao Brás para tratarem
assuntos preocupantes, concernentes à a obra de Deus nos Estados Unidos, entretanto, não
foram ao Brasil para estabelecer um diálogo.
Com o objetivo de contextualizar e fazer um breve histórico dos eventos ocorridos, seguem
abaixo os relatos dos fatos e a compreensão destes, por parte do Conselho de Anciães que
representam os Anciães Mais Antigos do Brasil, juntamente com um conselho de anciães dos
Estados Unidos, que se reuniram para tratar dessa causa à época.
A decisão do conselho, nessa reunião, em se desconsiderar esses irmãos como
representantes do ancionato perante o ministério da Congregação Cristã no Brasil foi tomada sem
que houvesse sequer uma manifestação contrária. A emissão da circular de número 178/2024
que trata dessa matéria — redigida pelo Brás, e que desconsidera esses irmãos como anciães —
foi feita com base nessa referida unanimidade e foi reconhecida por quase todo o ministério dos
Estados Unidos.
Com vistas a estarmos de acordo aos trâmites corretos, o Conselho dos Anciães mais
antigos da Congregação Cristã nos Estados Unidos foi recebido no Brasil, na sede da
Congregação Cristã no Brasil sediada no Brás, em São Paulo. Contudo, salientamos que na data
22/02/2024 compareceram apenas três representantes. À ocasião, esses três foram ouvidos e lhes
foi concedido amplo direito de defesa, fato esse registrado em ata lavrada e vinculada a esse
evento.
Nessa mesma data, esses tres irmãos renunciaram ao cargo da presidência do citado
Conselho de Anciães mais antigos da Congregação Cristã nos Estados Unidos. Àquela altura,
indagado ao irmão ancião Roberto Barreto se a renúncia dele se estendia aos demais membros do
Conselho ausentes, ele assentiu que sim, que respondia inclusive pela renúncia dos demais
conselheiros.

RELATO DOS FATOS

O controle da frequência da Reunião Regional Ministerial (RRM) de 27 de Janeiro de 2024,
na cidade de Lynn, sede do episódio separatista na região de Boston nos ESTADOS UNIDOS,
foi completamente diferente de todas as reuniões anteriores. Àquela ocasião, foi colocada uma
lista de presença à entrada da Reunião Ministerial, para que todos assinassem manualmente o
documento. Qual foi a razão da preocupação em se obter uma lista dessas assinaturas manuais

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nesse dia?
Recebemos a explicação deste ato como sendo devido ao fato de algumas irmãs não terem
cadastro no sistema e não poderem ser validadas digitalmente. Explicação essa nada
convincente, visto que bastaria se fazer o controle automático pelo sistema de todo o ministério e,
se fosse o caso, se colheriam assinaturas somente dessas irmãs, separadamente. Contudo, tal
explicação não faz sentido por duas razões:
 A primeira razão é o fato de que nunca antes irmãs examinadoras de organistas, irmãs
auxiliares das portas e irmãs do espaço infantil participaram de Reuniões Regionais
Ministeriais na congregação de Lynn. Porque então elas foram chamadas para assinar uma
lista, exatamente quando o Conselho dos anciães mais antigos da Congregação Cristã
nos Estados Unidos iriam apresentar as mudanças de estatuto e Pontos de Doutrina e
Fé?
 A segunda razão é sobre o real motivo ministerial para a presença dessas irmãs numa
Reunião Regional, a fim de justificar que elas tomassem assento numa reunião desse porte,
sabendo que o propósito principal era o de tratar mudanças tão radicais que interessariam
unicamente ao ministério?
Alguns irmãos do ministério que estiveram na referida reunião nos relataram que NÃO
HOUVE SEQUER um assunto envolvendo as atividades dessas citadas irmãs naquele evento.
Algumas delas, ao final da reunião, indagaram qual foi a razão delas terem sido convocadas, visto
que nada relacionado a atuação delas na igreja foi tratado.
É possível concluir que foi procurado um aumento de quórum naquele encontro, deixando
tudo devidamente registrado e assinado com o objetivo de se concretizar mudanças tanto no
ESTATUTO quanto nos PONTOS DE FÉ E DOUTRINA da nação. Ainda que esses documentos
não tenham sidos registrados em cartório, esse era certamente um passo planejado para ser
efetivado posteriormente.
NUNCA, jamais, em qualquer país onde existe a Congregação Cristã houve essa iniciativa
de modificar tanto o estatuto (By-laws) quanto as nossas referências de fé de forma arbitrária,
isolada e sem nenhum conhecimento dos demais anciães, à semelhança do que foi feito nos
ESTADOS UNIDOS. E mais inquietante ainda, nem sequer o próprio corpo ministerial de
anciães e diáconos dos ESTADOS UNIDOS presentes naquela reunião foi informado do que
havia sido planejado! Ou seja, é muito sério o fato de os irmãos que ali estavam não terem
sidos previamente informados do verdadeiro objetivo oculto daquela reunião na igreja de Lynn
— o de se estabelecer uma verdadeira quebra de unidade com o ministério espiritual do Brasil.
Acrescente-se que, agindo assim, mostraram um completo desprezo quanto a unidade
ministerial existente entre Estados Unidos e Brasil bem como todos os demais países. Não
somente isso, caso esse estatuto fosse aprovado, estariam rompendo doutrinariamente com todas
as demais nações onde a Congregação está estabelecida.

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Ao que nos parece, o processo seria o de apresentar as mudanças nas próximas Reuniões
Regionais que seguiriam, fazendo tudo exatamente como foi feito em Lynn, sem chamar atenção.
Após essas leituras (feitas em velocidade muito rápida, diga-se de passagem) terminarem
de serem realizadas nas Reuniões Regionais, finalmente, levariam para Reunião Geral Anual de
Ensinamentos (Assembleia Geral Anual), simplesmente pedindo aprovação, sem entrar em
detalhes, alegando que tudo já estava devidamente autorizado nas regionais dos estados.
Fechariam tudo com um amém na plenária, e todas as mudanças, seriam implantadas sem que
houvessem polêmicas nem oposições.
Como já mencionado, a leitura do novo Estatuto e dos novos “Pontos de Doutrina e Fé” foi
feita em uma fala extremamente rápida, em inglês, para um público formado, em sua maioria, por
brasileiros, sem a mesma fluência no idioma de um falante nativo americano. Aqui é preciso
destacar que essa dificuldade de compreensão ficou evidente inclusive para aqueles irmãos
fluentes no idioma inglês que ali estavam presentes, alguns dos quais afirmaram que nem eles
conseguiram acompanhar o que se falava.
A verdade é que a rapidez da leitura em Lynn foi proposital e ardilosa. Afirmamos isso
porque foi verbalmente declarado para dois anciães da presidência da Congregação Cristã no
Brasil que houve sim, uma ordem específica por parte de um certo irmão do Conselho dos
anciães mais antigos da Congregação Cristã nos Estados Unidos, para que o ancião secretário
lesse tudo muito rápido naquela RRM.
Decepcionados, reafirmamos que tudo isso foi levado a termo sem que se revelasse
de maneira transparente os verdadeiros propósitos velados desses novos documentos.
Conforme relatado, os participantes não entenderam nada das mudanças ali propostas.
Exatamente por não terem compreendido todo o escopo das emendas. A maioria do ministério
veio a entender o que aconteceu somente algum tempo depois.
A verdade é que as alterações do Estatuto da “Christian Congregation in the Unites States”
(CCUS) foram sutilmente encaminhadas visando uma mudança radical no relacionamento entre a
obra de Deus no Brasil e nos ESTADOS UNIDOS, sem que as danosas consequências
espirituais propostas fossem comunicadas ao corpo presbiteral da América.
Isso fica evidente pela construção das mudanças, vejamos: No novo “By-Laws” está escrito
que a “CCUS não depende nem está sujeita a nenhuma outra organização, nacional ou
internacional, mas goza de comunhão espiritual com Congregação Cristãs em outros países, que
defendem a mesma fé e doutrina”. No estatuto Brasileiro contém a seguinte frase “a Congregação
Cristã no Brasil não depende, nem mantém vínculo com instituições outras quer no país quer no
exterior, porém, conserva comunhão espiritual com comunidades religiosas no exterior que
professam a mesma fé e doutrina”. Nesse ponto há uma semelhança com o estatuto da Congregação
Cristã no Brasil, contudo, entendemos que aqui se iniciam gradativamente os objetivos desse
documento, pelo acréscimo minucioso e intencional de uma palavra no texto: “nem está

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sujeita a nenhuma outra organização”. Ou seja, a CCUS não se sujeitará a nenhuma

participação nem interferência doutrinária do Ministério do Brasil nos ensinos espirituais da igreja
Congregação Cristã nos Estados Unidos, se tornando separadas o tanto quanto queiram. Dessa
forma, quaisquer recomendações espirituais que forem aprovadas em assembleias (nacionais ou
internacionais) fora dos Estados Unidos não teriam efeito nem valia, segundo proposta desse
citado conselho de anciães. Diga-se de passagem, que essa conduta já estava em vigor, visto
que não aprovaram nem aceitaram fazer a leitura de NENHUMA das cartas apresentadas na
última Reunião Ministerial Nacional em Miami. Lembrando que essas mesmas cartas foram
lidas tanto no Brasil quanto em todos os demais países onde a Congregação está presente.
A desunião arquitetada com a elaboração desses novos documentos destoa visivelmente do
espírito amigo e fraterno do atual estatuto em vigor nos Estados Unidos da América. É possível
constatar isso pela simples leitura da redação do “By-Laws” de 1996, na qual se pode verificar,
com clareza, a compreensão de que as igrejas, em todos os países, independente de fronteiras
geográficas, são as mesmas e regidas pelo mesmo teor doutrinário. Está escrito assim no atual
estatuto: “os nomes estendidos como Congregação Cristã Nos Estados Unidos, Congregação
Cristã no Canadá, e etc., identificam segmentos nacionais da igreja em todo o mundo”.
O segundo passo foi elaborado com a seguinte frase: “goza de comunhão espiritual com
Congregações Cristãs de outros países, que defendem a mesma fé e doutrina”. Ora, como esses
pontos de doutrina foram modificados — já não sendo mais os mesmos — a CCUS não seria mais
participante da “mesma fé e doutrina” da Congregação Cristã no Brasil; por conseguinte, as
Congregações dos Estados Unidos e do Brasil não compartilhariam mais da mesma comunhão
espiritual, rompendo eles assim o vínculo fraterno e doutrinário que sempre tivemos. Aliás, não
romperiam somente com o Brasil, mas com todas as Congregações do resto do planeta, pois as
mudanças efetivadas nos “Pontos de Fé e Doutrina” quebram a unidade doutrinal com todos os
demais países onde a Congregação está presente.

Nessa mesma redação está construído passo a passo um outro ponto de quebra de nossa
unidade, elaborado com vistas a uma ação futura, onde se estabelece que o conselho dos anciães
mais antigos da Congregação Cristã nos Estados Unidos poderá impedir a qualquer tempo o
atendimento do ministério do Brasil às Reuniões Gerais de Ensinamentos (Assembléias
Gerais Anuais), como se lê: “o Conselho dos Anciãos, trabalhando em conjunto, determinará quem
preside cada reunião, incluindo a Assembléia Geral dos Anciãos do CCUS”. Esse texto poderia
não ter essa compreensão se essas modificações fossem resultados de um trabalho conjunto com
o Brasil, haja vista que o estatuto da CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL estabelece proposta
análoga. Entretanto, o conjunto de todas as colocações documentais nos levam irremediavelmente
a interpretação supracitada. Isso, porque essas alterações foram realizadas sem a coparticipação do
Brasil, e nem sequer ciência foi dada ao Conselho de Anciães dessa nação, que vem dando
atendimentos ministeriais nos Estados Unidos há dezenas de anos.

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Salta aos olhos que o texto do novo estatuto foi construído com cuidado para se excluir em
definitivo o ministério do Brasil de qualquer atuação naquela nação, chegando-se ao requinte de
exagero, ao se proibir ESTATUTARIAMENTE visita em missão aos irmãos nos ESTADOS
UNIDOS sem uma prévia autorização daquele conselho. E não somente isso, proibindo inclusive a
evangelização. A redação está assim escrita: “Qualquer viagem missionária para e dos Estados
Unidos em caráter oficial, seja com a intenção de visitar irmãos da CCUS ou de evangelizar,
deve ser apresentada, orada e autorizada pelo Conselho de Anciãos Seniores da CCUS em
uma reunião agendada”.
Outra questão preocupante é a autoridade absoluta colocada nas mãos de um conselho
reduzido — “Conselho dos Anciães mais antigos da Congregação Cristã nos Estados Unidos” —
composto apenas de seis irmãos, os quais poderiam, segundo o novo estatuto, deliberar sobre
tudo e sobre todos (tanto espiritualmente quanto materialmente), bastando quatro deles estarem
em acordo. Torna-se igualmente preocupante, pela redação do texto, a quase impossibilidade de
qualquer deles ser destituído.
Aqui importa esclarecer que no novo “By-Laws” proposto (2024), foi citado oficialmente
que o “By-Laws” de 1996 havia sido aprovado pelos Anciães Mais Antigos (“Senior Elders”),
o que não corresponde à verdade dos fatos, visto que aquela aprovação foi obtida pela
Assembléia de todos Anciães presentes, e não por um Conselho Especial dos Anciães Mais
Antigos. Esse é outro ponto que desperta preocupação: a discrepância existente no tocante a
possibilidade de futuras alterações, entre os estatutos de 1996 e o de 2024. Nesse novo estatuto
de 2024, foi escrito um parágrafo autorizando futuras emendas a serem realizadas de forma
isolada, conduzidas somente pelos anciães que compunham o conhecido “Conselho dos Anciães
mais antigos da CONGREGAÇÃO CRISTA NOS ESTADOS UNIDOS”. Em outras palavras, nesse
novo documento está previsto que novas reformas no estatuto deveriam ser propostas e
aprovadas apenas pelos membros do reduzido Conselho dos Anciães mais antigos da
CONGREGACAO CRISTA NOS ESTADOS UNIDOS (seis irmãos). Com esse novo trecho,
ficariam definitivamente afastados de participarem de quaisquer futuras inclusões, exclusões
e/ou alterações no Estatuto da CCUS todos os demais Anciães da Congregação Cristã, tanto
do Brasil quanto dos ESTADOS UNIDOS.
O parágrafo do By-Law de 2024 é esse: “Novas alterações no Estatuto deverão ser
propostas e aprovadas somente por comunhão unânime de todos os membros do Conselho
dos Anciães mais antigos da CONGREGAÇÃO CRISTA NOS ESTADOS UNIDOS”.
Diferentemente disso, atentem como no arranjo do estatuto (By-Law) de 1996 está bem
claro e seguro que quaisquer emendas em seu texto não ficaram reservadas para apenas um
grupo isolado. Nesse é exigido que somente seriam possíveis alterações com aprovação
numa assembléia dos anciães (Assembléia Geral) oficialmente agendada, sem especificar
um conselho em separado. “Quaisquer alterações a estes artigos deverão ser feitas e
aprovadas em uma Assembléia dos Anciães oficialmente agendada. Tais alterações entrarão

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então em vigor para todas as unidades locais da Igreja CONGREGAÇÃO CRISTÃ. O Estatuto de
1996 prevê que quaisquer alterações no Estatuto deverão ser feitas e aprovadas na Assembléia
dos Anciães”.
Com relação às alterações dos “Pontos de Doutrina e Fé”, foi explicado que a razão da
mudança resultou da compreensão de que todos os pontos de Fé e Doutrina iniciam com a
palavra “Believe” (em inglês, cuja tradução é “acreditar”) e que, segundo eles, não queriam
manter essa mesma palavra em relação ao inimigo de nossas almas.
A consequência disso é que a alteração do quarto “Ponto de Fé e Doutrina” inspira uma
indagação doutrinária. O que o Conselho dos Anciães mais antigos da Congregação Cristã nos
Estados Unidos de fato pretendia com essa modificação? Pois, com a retirada do quarto artigo de
fé se elimina a exposição de uma verdade que não podemos ignorar: Satanás é um querubim
caído, um ser de trevas que lidera uma multidão de anjos maus, possui identidade e propósitos, é
perigoso, terrível, sagaz e atuante contra a igreja. Essa é a razão pela qual consta em nosso
estatuto: “nós cremos na existência pessoal do diabo e seus anjos, maus espíritos que,
junto a ele, serão punidos no fogo eterno”.
Concluindo, o problema dessa mudança feita, é que a compreensão de contra quem
estamos em batalhas espirituais, simplesmente desapareceu nesse novo quarto “Ponto de
Doutrina e Fé” proposto pelo Conselho dos anciães mais antigos da Congregação Cristã nos
Estados Unidos; deixando a impressão que o inimigo já está derrotado “a priori” por nós. E não
está! Quem o derrotou por nós foi Cristo, e a vitória nossa depende de nossa fidelidade na fé,
pois Satanás continua agindo e destruindo vidas!
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