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A DOUTRINA DE DEUS

O coração da salvação é a renovação das relações pessoais entre Deus e pecadores (Jo 17.3). Sem
essa relação não há salvação e sem o conhecimento pessoal de Deus não há esse relacionamento 1.
Religiões não cristãs e liberais possuem ideias de salvação decorrentes de suas ideias quanto à natureza
de Deus. Assim, é preciso entender a natureza de Deus para termos conclusões corretas sobre a questão
da salvação2.

Ao entrarmos no estudo da natureza de Deus, estamos entrando na questão da ontologia, e começando


a abordar a questão maior da natureza da realidade derradeira. A questão sobre Deus é fundamental na
construção de uma cosmovisão; o que determinará a maneira como respondermos a outras áreas de
pensamento3.

OS ATRIBUTOS DE DEUS

O crescimento da religiosidade, com o surgimento de seitas e religiões novas, levanta a questão de “qual
deus as pessoas acreditam”. Deus exige exclusividade (Êx 20.3), portanto não basta termos uma religião,
experiência mística, sinceridade no culto. Se cultuamos um deus diferente do revelado na Bíblia, então
somos idólatras. Por isso, conhecer a Deus é crucial para nossa vida4.

Os animistas vêm Deus como um Criador distante e inacessível, como é o caso do candomblé, onde
Olorum, o ser supremo, não age em nome próprio, são os Orixás que estão ligados com a vida das
pessoas5. No panteísmo, Deus é identificado com o universo, como no hinduísmo onde tudo é Brahma6.
No islamismo os atributos de Deus são desconhecidos, pois ele não é um Deus que se relaciona
pessoalmente com os súditos7. No mormonismo, há muitos deuses finitos, embora só um seja o deus da
terra. Os deuses do mormonismo são humanos que se tornaram deuses por evolução, por isso
continuam com atributos físicos (corpo de carne e sangue), sendo limitados por estes 8.

Quanto ao cristianismo, foi na Idade Média que surgiram os primeiros estudos sobre os atributos de
Deus9. Pós-Reforma, os teólogos classificaram os atributos de Deus de diferentes formas: católicos
(atributos negativos e positivos); luteranos (inativos e operativos); reformados (incomunicáveis e

1
FERREIRA, F.; MYATT, A. Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual.
São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 153.
2
FERREIRA & MYATT, p. 154.
3
FERREIRA & MYATT, p. 154.
4
FERREIRA & MYATT, p. 198.
5
FERREIRA & MYATT, p. 199.
6
FERREIRA & MYATT, p. 200.
7
FERREIRA & MYATT, p. 200-201.
8
FERREIRA & MYATT, p. 202.
9
FERREIRA & MYATT, p. 203.
comunicáveis). O objetivo destas divisões é evidenciar a Sua transcendência (distinção e elevação) e
imanência (contato e habitação no mundo). Outras classificações são as de: John Gill (metafísicos e
morais); A. H. Strong (absolutos/imanentes e relativos/transitivos); Millard Erickson (morais e naturais);
Thomas Oden (essenciais/relacionais/interpessoais/pessoais e morais); e Robert Reymond
(transcendentes e condescendentes)10.

ESTUDO BÍBLICO

REFERÊNCIAS

FERREIRA, F.; MYATT, A. Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o
contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007.

10
FERREIRA & MYATT, p. 205.

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