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CEP – Centro de Estudos Presbiteriano

Simone Quaresma

VOCAÇÃO FEMININA
Mamãe deveria ter me ensinado a depender financeiramente do
meu Marido

© ABRIL 2015.
Centro de Estudos Presbiteriano

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Vocação Feminina

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 4

I – MULHERES HUMILHADAS? ................................................................................................... 5

II – O LOUVOR DA MULHER EM DEPENDER DO MARIDO. .................................................. 6

III – MEDO DA PERDA ................................................................................................................... 7

IV – O DESEJO DE SER SOLTEIRA ESTANDO CASADA ......................................................... 8

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APRESENTAÇÃO
É assustador como o feminismo tem encontrado abrigo no coração das mulheres cristãs. As
seguidoras de Cristo aceitaram o argumento da cultura secular de que para se tornarem plenas e
satisfeitas devem abraçar a independência.

A mídia de massas apóia tal atitude, e até a formenta em comerciais em que o homem é
retratado como um retrógrado e a mulher a poderosa no lar e na família. E estas ideias chegaram até
a igreja de Cristo.

A liberação feminista tem diluído casamentos, tem quebrado a liderança familiar, tem
colocado famílias inteiras nos lugares mais perigosos que o feminismo pode propor. Mulheres cristãs
não estão satisfeitas em serem esposas submissas e mães dedicadas e dependentes de seus maridos.
Até a palavra submissão tornou-se repugnante aos ouvidos das mulheres da igreja.

O nosso coração pastoral ao longo dos anos tem se preocupado com tal comportamento entre
as mulheres de Deus; nós que labutamos no ministério queremos formar o caráter de Cristo na vida
de nossas ovelhas. E, de modo particular, lidar com o coração das mulheres para que as mesmas
sejam piedosas na mente e na prática. Uma vida de devoção com Deus e obediência a sua Palavra.
Essa luta nós travávamos sozinho, todavia, agora com o advento do movimento feminista a urgência
em uma resposta bíblica, piedosa e eficaz se faz mais presente.

Pela Graça de Deus um grupo de mulheres tem surgido na igreja para de forma clara, bíblica
e Cortez se oporem ao feminismo cristão! No presente texto se observa exatamente isso, o texto em
si é claro e desafiador, onde leva as mulheres refletirem sobre a sua vocação de esposas dedicadas e
dependentes de seus maridos. A vocação de ser simplesmente mulher piedosa e temente a Deus e a
sua Palavra autoritativa. Li este texto e julguei interessante para ser compartilhado com os leitores e
por isso, editei o mesmo como um e-book digital. Espero que todos tenham um bom crescimento na
graça pela simples leitura do mesmo, e minha esperança é que a sua mente e seu coração mude de
perspectiva e se volte somente para o Senhor Jesus – o Rei absoluto de nossas vidas.

Rev. João Ricardo Ferreira de França

Presidente do Centro de Estudos Presbiteriano.

Piripiri – PI.

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INTRODUÇÃO*:

Ser dona de casa e depender financeiramente do marido: Medos modernos.

• Medo de ter que pedir dinheiro "até para comprar um batom":

Este é um medo clássico que brota no coração de mulheres imersas numa cultura feminista.
Como será a minha vida se eu tiver que pedir dinheiro ao meu marido para minhas necessidades mais
básicas? Seria muita humilhação!

Na verdade, pensar assim é ignorar por completo a forma como Deus designou que uma família
funcionasse. Este pensamento provém de uma distorção dos padrões familiares instituídos por Deus.
Isto é compartimentar a família, é não entender que os dois são um, que tudo que pertence a um,
pertence ao outro, que todos os ganhos são destinados ao bem comum.

O casamento não é uma união onde duas pessoas têm vidas paralelas, cuidam das próprias
necessidades e apenas se encontram para jantar e dormir. O casamento é uma associação que visa o
bem estar e o crescimento mútuo, onde tudo gira em torno do bem comum. E na área das finanças do
casamento não poderia ser diferente!

I – MULHERES HUMILHADAS?
Ouço muitas mulheres dizerem que se sentem humilhadas por não terem seu ‘próprio
dinheiro’, por não ganharem um salário! Ora, o salário de seu marido é o seu salário! Ele foi
constituído provedor exatamente para te sustentar! Isto não é um favor, é uma obrigação! Você foi
constituída auxiliadora idônea justamente para dar a ele condições, ao ficar na retaguarda, para que
ele vá o mais longe possível no trabalho e nos estudos, sem preocupação alguma, pois tem alguém de
confiança cuidando de sua casa e dos seus filhos. Ele está livre para ganhar o sustento da família!
Você está ali para suprir a casa enquanto ele está nas ruas!

Não é esta a descrição da mulher virtuosa de Provérbios 31? Lá está aquela mulher
trabalhadora, que levanta ainda noite para cuidar da casa, fazer roupas, vender o que sobra aos
mercadores. Ali está ela, no interior de seu lar, dando ordens às criadas, atendendo ao bom
andamento de sua casa e falando e instruindo com sabedoria. Ela cuida até dos necessitados ao redor.
O coração do seu marido confia nela! Ele está livre para se assentar com os anciãos da terra e

*
Os tópicos pertencem ao editor deste e-book e forma inseridos para fixar a temática desenvolvida ao longo do texto.

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cumprir com seus deveres na sociedade. Ele tem toda a logística da casa funcionando bem! Ele é
estimado entre os juízes que reconhecem como sua vida familiar é bem ordenada. Eles são um time!

II – O LOUVOR DA MULHER EM DEPENDER DO MARIDO.


Esta mulher parece se sentir humilhada por não estar, ela mesma, assentada entre os anciãos
da terra? De forma alguma! Ela é, isso sim, louvada por seus filhos que a chamam ditosa, e por seu
marido que reconhece seu magnífico trabalho na manutenção da boa ordem do lar e diz: “muitas
mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.”

Outro texto que nos trás à lembrança a justiça feita para com os que ficam na retaguarda é I
Samuel 30. Naquela ocasião, Davi, fugitivo pelos desertos com seus homens, teve suas mulheres e
crianças levados cativos pelos amalequitas. Na estratégia de recuperá-los, Davi ordenou que parte do
grupo, que estava mais cansado, ficasse guardando a bagagem de todos. O restante partiu para a
peleja e recuperaram as mulheres, crianças, gado e absolutamente tudo que os amalequitas haviam
levado. Quando chegaram de volta, homens maus, chamados de filhos de Belial, sugeriram a Davi
que desse aos homens que tinham ficado com a bagagem, apenas suas mulheres e crianças. Eles
acharam que estes não tinham direito aos despojos. Mas Davi não concordou com esta injustiça:
“Quem vos daria ouvidos nisso? Porque qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte
dos que ficaram com a bagagem; receberão partes iguais. E assim, desde aquele dia em diante, foi
isso estabelecido por estatuto e direito em Israel, até ao dia de hoje.”

O princípio de justiça estabelecido aqui é o mesmo! Eles formavam uma equipe e, cada um
cumpria a sua parte para que o alvo fosse alcançado e o ‘despojo’ era de todos, igualmente de todos!

Portanto, minha irmã, o dinheiro ‘do seu marido’ não é dele, é da família! E sendo dinheiro
da família precisa ser usado para o bem comum, designado para as necessidades de todos e usado
com o consentimento de ambos para suprir o todo! Não sinta vergonha de viver da forma como Deus
ordenou.

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III – MEDO DA PERDA


• Medo de perder o provedor:

Este é um motivo muito digno, em princípio. Ter medo que seu esposo a abandone ou morra,
não pode, no entanto, ser um sentimento que governe a sua vida. Quando Deus estabelece padrões,
ele os estabelece para que os cumpramos, não para que fiquemos conjecturando se são ou não
seguros para nós. Não podemos entrar no casamento já nos planejando para ser abandonadas. Não
podemos pautar nossas vidas nas possíveis tragédias que possam nos sobrevir. Você sai de casa todos
os dias se planejando para não voltar, temendo morrer no caminho? Deixa roupas preparadas e
comida pronta para sua família sobreviver sem você durante a primeira semana, caso algo terrível te
aconteça? Não? Mas isso pode REALMENTE acontecer! As chances de morrermos todos os dias,
são muito maiores do que as chances de permanecermos vivas! E o que nos faz agir como se
fôssemos terminar o dia de hoje? Pode parecer um exemplo exagerado, mas não é. Se não vivemos
assim quanto ao dia da nossa morte, por que precisamos viver assim quanto ao dia de amanhã?

Como podemos resistir ao “mantra” repetitivo que ouvimos todos os dias: “você não pode
depender de homem”, “você precisa dar seu jeito de se manter independente dele”, “o que acontecerá
com você e com as crianças se ele for embora?”? Como não ser contaminada pelas ideias feministas
de autonomia e de cada um por si? Como não sermos assombradas pelo medo de nosso marido nos
abandonar e nos deixar passar fome? Em primeiro lugar, devemos nos lembrar que desde que o
mundo é mundo, estas covardias acontecem. Não é exclusividade da nossa era ter homens
irresponsáveis e egoístas que abandonam suas famílias.

Por outro lado, sabemos que o Senhor é quem nos sustenta, não o nosso trabalho ou o de
nosso marido. Ele é quem provê o pão de cada dia! Foi Ele quem alimentou o povo no deserto
durante 40 anos. Será que esquecemos esta verdade? Será que temos confiado em nosso próprio
braço para suprir aquilo que é mais essencial à vida humana, que é o alimento cotidiano? Será que
temos procedido como os pagãos, que não têm Deus e precisam se calçar de todas as artimanhas
possíveis para manter seu sustento e sua vida? Se você tem se esquecido de quem realmente tem
colocado o pão em sua mesa todos os dias, vale à pena lembrar do ensino das Escrituras a este
respeito:

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não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo
vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo,
mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em
celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do
que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da
sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os
lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão,
em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do
campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de
pequena fé?

Mateus 6.25-30.

Que este ensino tranqüilize o nosso coração, e tire de nós a prepotência de achar que somos
nós que provemos alguma coisa! Quanto ao dia de amanhã?

Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos
vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste
sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia
de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.

Mateus 6.31-34.

Nosso dever é obedecer ao chamado do Senhor no desempenho de nossos papéis, o


suprimento e o cuidado diário vêm de suas bondosas mãos.

IV – O DESEJO DE SER SOLTEIRA ESTANDO CASADA.

• Desejo de manter o padrão de solteira:

Este é outro dilema enfrentado pelos jovens que pensam em se casar. Eles desejam ter, no
primeiro ano de casados, aquilo que seus pais só obtiveram depois de anos de muitas lutas e
privações. Os casais de alguns anos atrás se casavam para construir a vida juntos. Eles não tinham
carro, casa ou viagens maravilhosas de lua de mel. Os casais de hoje, influenciados pela forma de
pensar deste mundo que serve e ama Mamom, têm um padrão muito elevado a perseguir. Sua casa
tem que ser própria, com móveis planejados, porcelanato no piso, televisões gigantes na sala. O
requinte e o luxo se espalham pela cozinha, com eletrodomésticos de última geração e também pela
garagem com um carro zero estacionado. Não importa que a renda do marido não seja suficiente.

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Se a vida de solteiro tinha estes privilégios, a vida de casados precisa, a qualquer custo, seguir
este padrão. A esposa precisa, então, gerar renda para manter estes luxos. A maternidade é adiada e a
vida à dois se resume a escassos e furtivos momentos juntos. Eles precisam ganhar dinheiro. Eles não
podem ter menos do que tinham anteriormente. Eles não podem começar de baixo.

Os pais têm falhado em ensinar estas lições a seus filhos. Os pais não querem que seus filhos
passem pelo aperto que eles passaram no começo da vida e tentam protegê-los das lutas que virão.
Mal sabem eles que, agindo desta forma, estão tirando dos filhos o privilégio e a honra de passar por
situações difíceis juntos, de crescer juntos e de construírem uma vida juntos. Mamãe deveria ter me
ensinado que quando eu me casasse eu não teria todas as mordomias que estou acostumada a ter no
meu lar de origem, que levou décadas para obter este padrão. Mamãe não deveria tentar me poupar
de situações que são necessárias à vida de qualquer jovem em começo de casamento.

Quando uma moça se dispõe a seguir um rapaz, tornando-se sua esposa, deveria estar ciente
de que está se desligando por completo de sua família de origem e passando a ser uma só carne com
ele e com o padrão de vida dele! Já pararam para pensar nisso, meninas? Quando você se casa, deve
estar disposta a viver com o salário que seu marido ganha e deve se contentar com o tipo de vida que
ele pode te dar. Se você acha que não será feliz se casando com um rapaz mais simples, que ganha
pouco, que lhe dará uma vida sem luxo, você tem duas opções: não se casar com ele, ou mudar seu
coração, que está posto no dinheiro e no conforto.

Se você não está disposta a rever seus valores, é melhor que não se case com ele, do que se
casar pensando que pode dar um jeito na situação sendo a provedora. “Eu tenho mais gosto pelo
estudo do que ele, então não tem problema. Eu faço um concurso público, ganho bem, e ele não
precisará se preocupar em prover os luxos que preciso. Eu cuido disso.” Já ouvi estas frases dezenas
de vezes de moças que se casam com rapazes pobres e que não têm perspectivas de crescimento
profissional ou intelectual. Ela cuida desta parte. E da parte dela, quem cuida?

Se não estamos dispostas a viver com o salário de nosso marido, precisamos rever o que a
Bíblia fala sobre riqueza, sobre as reais necessidades que temos, assim como o Apóstolo Paulo nos
ensinou: “ porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado
como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de
fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me
fortalece.” Filipenses 4.11-13

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FONTE:

Via Mulheres Piedosas:

http://www.mulherespiedosas.com.br/depender-financeirament…/
http://www.mulherespiedosas.com.br/depender-financeirament

INFORMAÇÕES SOBRE A AUTORA:

* Simone Quaresma é casada há 24 anos com o Rev. Orebe Quaresma,


pastor da Congregação Presbiteriana de Ponta da Areia em Niterói, Rio
de Janeiro.
Professora de educação infantil, deixou a profissão para ser mãe em
tempo integral de 4 preciosidades: Lucas (22 anos), Israel (20 anos), Davi
(18 anos) e Júlia (16 anos). Ela mantém o blog Se Eu Gostasse de Ler…
de leituras diárias para os jovens da Congregação pastoreada por meu
marido; trabalha com aconselhamento e estudos bíblicos com as mulheres
da Congregação.

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