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HACKING
PARA
TODOS:
O GUIA
COMPLETO
Conheça a Estratégia
do Crescimento
Exponencial
OBJETIVO
com background de marketing ou digital.
DO
Nesta obra, vamos abordar tanto a
parte teórica do Growth Hacking
LIVRO
quanto a sua aplicação na prática.
SOBRE
O AUTOR
Felipe Collins é Head de marketing da ACE, Melhor
Aceleradora de Startups da América Latina e ecossistema
completo de inovação para o empreendedor de alto impacto.
Também é professor e palestrante.
EXEMPLOS DE SUCESSO
McDonalds
Esse hack é um exemplo off-line - criado antes até da existência da
Internet como conhecemos. Em sua estratégia de expansão, na dé-
cada de 1950, o McDonald’s descobriu que os seus restaurantes
localizados à beira de saídas para rodovias interestaduais vendiam
mais sanduíches que os situados em outras regiões da cidade.
Não há um histórico detalhado do quanto isso foi crucial para o crescimento da rede, mas é
sabido que foi o seu novo canal de vendas que possibilitou com que o McDonald’s escalasse
o seu negócio a nível nacional.
Hotmail
Antes de ser comprado pela Microsoft, em 1996, o Hotmail era um
serviço de e-mail gratuito que tentava encontrar o seu espaço em
meio a milhares de provedores pagos.
Eles descobriram que os usuários que “seguiam” ao menos de 5 a 10 perfis tinham uma
probabilidade muito maior de não abandonarem a rede social nos primeiros dias - afinal, uma
timeline com mais conteúdo gera maior engajamento.
Então, fizeram alguns testes para encontrarem uma maneira de manter seus novos cadas-
trados: no momento em que a conta é criada, o Twitter passou a sugerir perfis para que o
usuário recém-criado seguisse. Assim, ele entraria na “conta” dos que seguem mais de 5
outros perfis - e teria menos chance de abandono. Funcionou
Dropbox
Em 2009, o Dropbox tentava atrair
novos usuários por meio dos canais
tradicionais, mais saturados e de maior
concorrência, e mídia na Internet. Mas
no final das contas, gastava muito din-
heiro para trazer pouco retorno em
vendas, e não conseguia aumentar
sua base de assinantes.
O seu cliente é o foco de todo o esforço da sua empresa. como idade, sexo e região onde mora e socioeconômicos,
Não apenas na hora de fazer divulgação, não apenas na hora como classe social e renda média familiar. Idealmente, você
de vender, não apenas na hora de faturar. Em todos os mo- precisa ter uma persona muito bem definida.
mentos.
Persona é uma representação fictícia baseada em infor-
Sempre que estiver pensando em alguma ação, pergunte-se mações reais de um cliente ideal para o seu produto ou
se ela está adequada ao seu cliente. Um caminho comum serviço. Um bom estudo de persona inclui informações so-
rumo ao fracasso é achar que conhece o seu consumidor bre o trabalho, a rotina, os gostos, os canais de conteúdo,
sem ter conversado com ele, ou nem considerar sua opinião os hábitos e como a sua persona resolve o mesmo proble-
na operação do negócio. ma que você tenta resolver (é o que chamamos de job to be
E conhecer o cliente vai muito além de dados demográficos done).
“Não encontre clientes para o seu pro- pode ser apenas uma adequação de mensagem, mas há
duto. Encontre produtos para o seu também a chance de você conseguir reverter a situação
cliente” - WAENGERTNER, Pedro. mexendo na sua oferta central ou pivotando o seu tipo de
cliente.
Um dos principais fatos do Growth Hacking ser diferente do
marketing tradicional é a liberdade de poder mexer no pro- Se você sente que a sua venda está muito “empurrada” para
duto - e isso é muito relevante em termos de resultado. o seu consumidor ou se não está conseguindo tracionar a
sua receita, você precisa dar um bom passo para trás e se
Não ter product-market fit significa que você está oferecen- perguntar: será que o que eu estou oferecendo condiz com
do o produto errado para o mercado errado. Muitas vezes o que o meu potencial cliente busca?
MÉTRICA CENTRAL
Métrica Central é aquele número ou gráfico que mostra o istem opções comuns como faturamento bruto, número de
que é sucesso para a sua companhia, e portanto, o número vendas, MRR (receita recorrente mensal).
que você precisa impactar para crescer. É a chave para toda
a empresa ou unidade de negócio, o principal termômetro de Uma métrica central é resultante da interação entre uma
performance geral e deve ser sempre o foco (direto ou indi- série de métricas relacionadas, que você também pode im-
reto) das ações da empresa pactar com ações e testes de Growth Hacking. Por exemplo,
se você aumentar o número de clientes que entram na
Empiricamente, é o índice que você precisa olhar todo dia sua loja (métrica relacionada), provavelmente vai aumentar
pela manhã e trabalha incessantemente para que ele cresça o número de vendas (métrica central).
cada vez mais e mais rápido.
Ou então: você pode aumentar a sua receita recorrente
O indicador que você escolhe como métrica central pode mensal (métrica central) ao diminuir a taxa de cancelamen-
variar de acordo com o seu modelo de negócios, mas ex- to do seu serviço (métrica relacionada).
MÉTRICA
RELACIONADA
MÉTRICA MÉTRICA
RELACIONADA RELACIONADA
MÉTRICA
CENTRAL
MÉTRICA MÉTRICA
RELACIONADA RELACIONADA
NÚMERO
DE
VENDAS
TICKET LEADS
MÉDIO NO
PIPELINE
FATURAMENTO
LIFETIME
CHURN
VALUE
META SMART
S M A R T
SPECIFIC MEASURABLE ATTAINABLE RELEVANT TIME BASED
{Específico} {Mensurável} {Atingível} {Relevante} {Temporal}
É muito fácil se perder em meio a centenas de números “Vender mais” ou “ganhar mais dinheiro” pode até ser o seu
e indicadores. Para manter-se focado em seu objetivo de objetivo, mas nunca a sua meta. Para criar a meta, você pre-
crescimento, trace uma meta SMART. O conceito tem sido cisa responder a uma série de questionamentos e encaixá-la
usado não só em estratégias de marketing e vendas, mas no formato SMART, descrito detalhadamente abaixo.
também em qualquer âmbito que envolva a gestão de metas
e objetivos.
ESPECÍFICO:
Uma boa meta é específica. Ela diz o quanto você vai vender a mais ou ganhar
a mais e também como você vai fazer isso. “Vender mais cursos pela internet”
é uma meta mais específica. Quanto mais específico, melhor!
MENSURÁVEL:
“Tudo que se mede, controla-se”. A frase de Peter Drucker, um dos grandes nomes
da administração, serve muito bem neste caso. Uma meta decente só vale se for
mensurável - só assim você tem um indicador correto de sucesso ou fracasso.
Você pode usar a métrica que quiser para abalizar esse item: número de vendas,
receita recorrente, número de acessos ao site… Só precisa conseguir medir!
Ainda aproveitando do exemplo anterior para construir a meta SMART:
“Vender mais 100 cursos pela internet” é uma meta específica e mensurável.
S M A R T
SPECIFIC MEASURABLE ATTAINABLE RELEVANT TIME BASED
{Específico} {Mensurável} {Atingível} {Relevante} {Temporal}
ALCANÇÁVEL:
É claro que você precisa ser ousado quando estabelecer uma meta, pois só assim
vai se forçar a dar aquele gás adicional e ir cada vez mais longe. Mas uma meta fora
da realidade traz exatamente o efeito contrário.
Se você tem uma meta alcançável, faz o possível e impossível para batê-la. Mas se
você já sabe de largada que não vai conseguir chegar nem perto, por que começar?
Portanto, vá com um objetivo que você consiga alcançar. Seja realista. Um passo
de cada vez!
RELEVANTE:
Se a sua meta não for relevante para o seu negócio, de nada adianta! Por exemplo,
se o seu objetivo é vender mais, qual seria a função da meta “comer 4 maçãs ao
dia”? Veja que ela é específica, mensurável e alcançável, mas não tem rigorosa-
mente nada a ver com o seu objetivo!
Sendo um pouco menos radical: preste atenção no indicador que você escolhe
para acompanhar o seu desempenho. Às vezes ele não reflete diretamente o que
você quer. Se você vende um produto off-line, o número de likes no seu Facebook
tem pouca influência direta, por exemplo. Vale mais monitorar o número de pes-
soas que entram na sua loja!
TEMPORAL:
Uma meta sem uma data é apenas um sonho. Ter uma restrição temporal é funda-
mental para se forçar a bater a meta e não entrar no ciclo do “amanhã eu começo,
eu tenho tempo para isso”. Especialmente no universo do empreendedorismo,
rapidez e um prazo estabelecido para a sua meta são fundamentais.
Portanto, lembre-se sempre do fator tempo: “em duas semanas”, “em um mês”... Es-
tabeleça metas de curto, médio e longo prazo!
Exemplo
Vamos ver como ficou a transformação do seu objetivo em uma meta SMART
METODOLOGIA
LEAN APRENDER MENSURAR
HACKING
importantes para o bom uso dessa metod-
ologia, vamos falar efetivamente de como
colocá-lo na prática. A partir desta seção
NA PRATICA
do livro, você vai se deparar com mais con-
ceitos tangíveis e exercícios.
O QUE É UM TESTE?
Falamos de testes o tempo todo em Growth Hacking. Mas Testes geralmente seguem o seguinte formato:
o que de fato é um teste? A aproximação com o termo
científico nos permite ter uma ideia do que nos espera. TESTE A
Hipótese
Um teste é o formato ideal para propor uma ação para
Métrica
estimular o crescimento, baseada em uma hipótese de im-
pacto, executar essa ação de maneira disciplinada e pos- Impacto esperado
teriormente medir os seus resultados para aprender com Execução
o que se fez e amplificar o esforço ou abandonar aquela
Aprendizados
ação em detrimento de novas iniciativas.
Hipótese:
A hipótese é basicamente a sua ideia. Descreva-a com um bom nível de especificidade, uma vez que você
pode testar variações dela em outras oportunidades. Outra opção é formulá-la como uma pergunta, espe-
cialmente quando você ainda não tem resultados consistentes para basear a sua suposição
Métrica:
Saber o que você vai medir é fundamental para saber se o teste deu certo ou não. O que mais importa é a métrica
central, mas usualmente os testes influenciam diretamente nas métricas relacionadas.
Um exemplo disso é: se você tem uma escola de idiomas e sua métrica central é número de alunos matriculados,
você pode influenciá-la tanto aumentando o número de novas vendas quanto diminuindo o número de desistências.
Impacto esperado:
O quanto que esse teste que você está propondo vai impactar no seu resultado? Ter no mínimo uma
noção educada do impacto é fundamental na hora de priorizar e escolher o que você vai fazer primeiro.
Você sempre deve basear o impacto esperado em estatísticas e na métrica que você está tentando influ-
enciar. O impacto esperado também é importante para dimensionar a expectativa em relação à iniciativa.
Execução:
Aqui é bem simples: você só vai narrar como vai conduzir o teste ou executar a ação. Vale como um “man-
ual” da execução do teste, mais para você saber o que fazer antes ou exatamente o que foi feito depois.
Assim, pode controlar e criar hipóteses de variações em cima do teste!
Aprendizados:
O que você aprendeu durante a mensuração e a execução do teste? Os maiores aprendizados são sempre
em relação ao feedback do cliente ou o resultado do teste na métrica central, mas considere também todo o
caminho até esse resultado, com potenciais lições nas facilidades ou dificuldades de se executar algum teste.
É importante formalizar o aprendizado para que o Growth Hacking nunca dependa de uma pessoa só. Já diria
um filósofo: “mais vale um lápis curto que uma memória longa”. Mantenha os logs de aprendizado!
EXEMPLOS
Métrica relacionada # postagens de ofertas Métrica relacionada # vendas via cupom de desconto
FUNIL AARRR
O funil AARRR é um dos métodos mais
AQUISIÇÃO completos para se observar o universo de
MARKETING
ATIVAÇÃO
Ativação é um termo mais usado quando o negócio baseia-se em software ou
SaaS (Software as a Service), mas pode ser traduzido para qualquer outro modelo.
Basicamente, é quando o seu cliente tem a primeira interação com o seu produto
ou serviço.
Estamos falando aqui de um acesso ao seu site, uma visita na sua loja, a recepção
de uma entrega, entre vários outros. A sua ativação está otimizada para gerar valor
ao seu cliente - e fazê-lo comprar e gostar do seu produto ou serviço?
RETENÇÃO
Você consegue reter um cliente assim que compra pela primeira vez? Vender mais
vezes ou por mais tempo para o mesmo consumidor é uma estratégia fundamental
para ampliar a sua margem de lucro.
A retenção tem a ver com quantas vezes o seu potencial consumidor volta a entrar
em contato contigo, abre mais uma vez o seu aplicativo, volta na sua loja, entra de
novo no seu site, abre os seus e-mails.
Essa estratégia é para engajar aqueles clientes que já fazem parte da sua base. Se
os seus usuários não gostam do seu produto e você não tem uma boa retenção,
você está perdido: significa que todo o esforço para trazê-lo até aqui foi pelo ralo!
RECEITA
Aqui, falamos de dinheiro: como você vai ganhar mais dinheiro com a sua base at-
ual de clientes? Para atrair um novo consumidor, você investe tempo, recursos e
esforço - e pode calcular isso com base no CAC (Custo por Aquisição do Consum-
idor).
Isso quer dizer que cada novo cliente custa algo para você - e a sua missão é fazer
com que a compra ou recompra desse consumidor seja de valor bem maior do que
o investido para atrai-lo e convertê-lo. É também correlacionado ao Lifetime Value
(LTV), que é o valor de um cliente no tempo.
Ações que impactam a receita podem estar relacionadas com o preço do seu pro-
duto ou serviço, ou com upsell (mais vendas para o mesmo cliente) ou cross sell
(venda de produtos ou serviços relacionados para o mesmo cliente). Como, por
exemplo, a venda de uma capinha e de um seguro logo após comprar um celular.
O chamado Referral Marketing é uma das estratégias mais poderosas de divul-
REFERÊNCIA gação de marca e geração de novos consumidores que existe. Basicamente, por
geração espontânea ou por meio de algum tipo de incentivo, você faz com que os
seus clientes recomendem o seu produto ou serviço para mais potenciais clientes.
Seja no tradicional “boca a boca” ou via ferramentas digitais ou até redes sociais,
a sua companhia se vale do capital social de um cliente para conseguir mais um
prospecto para vendas, já muito mais preparado para comprar porque “um amigo
indicou”.
EXERCÍCIO:
> Passo 2: Levante hipóteses para trabalhar a. Quando essa ideia vai funcionar?
dentro desses canais. Pode ser um brainstorm! b. Quanto vai custar para adquirir um cliente?
c. Quantos clientes iremos atingir?
d. Em quanto tempo?
Se você fizer esse processo, já tem um bom passo para montar o seu banco de testes
e posteriormente priorizar e executar cada um desses testes, como veremos a seguir.
O PROCESSO
Um processo de ciclos de testes e aprendizados, com o Pense em Growth Hacking como um processo científi-
objetivo de alavancar o crescimento da empresa de forma co para encontrar soluções para o crescimento do seu
escalável, exponencial e sustentável. Para obter esse tipo negócio, usando os dois lados do seu cérebro: você precisa
de evolução, é necessário seguir o método de maneira dis- da porção analítica e racional para obter métricas e extrair
ciplinada . aprendizados, mas também precisa da criatividade para en-
contrar as “brechas” no sistema e aproveitá-las da maneira
Quanto mais testes você fizer, seguindo o modelo de hipó- em que você consiga se conectar com o seu cliente.
tese, execução e aprendizado, mais rápido você vai encon-
trar o que funciona e o que não funciona para o seu negócio, O processo de Growth Hacking é baseado em quatro
e por consequência, mais rápido vai alavancar um cresci- etapas: Análise, Ideias, Priorização e Teste. Elas operam em
mento cada vez maior. ciclos, e cada ciclo tem um curto tempo de duração para
permitir a aprendizagem rápida, mudanças e otimizações.
Vamos ver essas etapas:
IDEIAS
Crie hipóteses e experi-
mentos que impactem na
métrica de crescimento
ANÁLISE PRIORIZAÇÃO
TESTE
Execute o teste com agilidade e
veja quais dão mais impacto.
ANÁLISE
Seja em ciclos recorrentes ou mesmo em sua primeira ten- fica, Mensurável, Relevante e Temporal).
tativa de hackear a jornada de compra do seu consumidor, Além desses números, é importante reunir os resultados às
tudo começa na análise. Você precisa tirar uma “foto zero” últimas ações e insights que você conseguiu coletar no con-
de como está o seu funil de métricas e taxas de conversão. tato com consumidores. Nesse caso, especialmente quan-
Esse estudo inicial serve para identificar quais são as áreas do você já está rodando uma estratégia de Growth Hacking,
onde você é mais ineficiente e também detectar onde você vale pegar informações sobre a dificuldade ou facilidade de
pode agir com pouco esforço para conseguir um grande re- execução e aprendizados de testes propostos em ciclos an-
sultado. teriores.
Você deve reunir o máximo de informações nessa análise,
desde que sejam métricas acionáveis, ou seja: números que
você pode impactar de alguma maneira. Também não es-
queça que uma métrica boa é uma métrica SMART (Especí-
IDEIAS
Essa análise prévia é importante para você já começar a per- mercado e certamente isso não funciona”. Se não há vali-
ceber novas formas de otimizar as lacunas que você tem em dação empírica sobre o sucesso ou fracasso de tal ação,
seu processo de marketing, vendas e retenção de clientes. vale anotar sim! Você pode dividir as suas ideias de acordo
Quando você vê as ineficiências, já pensa em novas formas com o problema que elas resolvem ou a métrica que elas im-
de tentar resolver ou mitigar tais problemas. pactam - lembre-se sempre de ter isso em mente!
A principal forma de ter ideias e formular hipóteses é adot- Falando em anotar: registre todas as hipóteses e ideias que
ar uma mentalidade amadora, com perguntas do tipo “E se você tiver em um grande banco de testes. Depois você vai
fizéssemos dessa forma?”. Ver como concorrentes nacio- agradecer a si mesmo por ter um local centralizado para re-
nais e internacionais, e até mesmo empresas de outros seg- unir todas as ideias!
mentos resolveram o mesmo problema que você, é uma boa
forma de gerar insights.
Abandone o seu ego e a ideia de “trabalho há 10 anos nesse
PRIORIZAÇÃO
Agora você tem dezenas, centenas, milhares de ideias e tes- menor o teste ainda assim vale a pena.
tes em suas mãos. Mas toda empresa tem um limite de re- Facilidade também pode envolver o conceito de Escalabi-
cursos de tempo, dinheiro e esforço. Então como escolher o lidade. Considerando os seus recursos de tempo, esforço e
que você vai executar em primeiro lugar? dinheiro atuais, o quão factível ou fácil o teste é de executar?
O Growth Hacking conta com um mecanismo de priorização Às vezes, levar um potencial cliente para um passeio de heli-
chamado PIF, que responde por Probabilidade, Impacto e cóptero pode ter um bom retorno, mas ele gerará muito tra-
Facilidade. (Curiosidade: em inglês, a sigla pode ser traduzi- balho também. Ou então, o que é mais escalável: mudar uma
da para PIE - torta, ou ICE - gelo). landing page uma vez (e todos os acessos posteriores terão
Probabilidade é o quanto o teste pode dar certo e impactar mais conversão) ou dar uma hora de consultoria prévia para
na métrica que ele propõe ou não. Aqui falamos da possibili- cada potencial cliente (vai ocupar muitas horas do seu dia)?
dade da ideia dar certo, geralmente usando porcentagem ou Não existe certo ou errado quando se trata de priorização,
notas. Uma ação de venda promocional para quem já é seu mas sim o que é mais adequado para o momento e necessi-
cliente tem mais probabilidade de gerar receita que uma ten- dade da empresa. Para priorizar, você pode aplicar porcent-
tativa de compra de mídia no Instagram? Essa é a reflexão. agens, notas de um a dez e traçar uma média, escolher com
Impacto na Métrica é o quanto - se der certo - a ação vai base no bom senso. Como preferir. Mas não tire da cabeça
mexer na sua meta. Em alguns casos, o impacto é tão gi- que essas três letrinhas PIF são fundamentais para escolher
gantesco que mesmo com uma probabilidade um pouco o que fazer primeiro!
APRENDIZADO
CONCLUSAO
COMECAR
Outro objetivo desta obra era tornar o Growth
Hacking algo acionável para qualquer em-
preendedor ou intraempreendedor. Mas então
como começar?
Felipe Collins