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HENRIQUE PAIVA
PROGRAMA DE
SISTEMA
INTERESTATAL
CAPITALISTA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DEFESA
DEFESA E GESTÃO ESTRATÉGICA INTERNACIONAL
PROGRAMA DE SISTEMA INTERESTATAL CAPITALISTA
EMENTA
A disciplina analisa a formação do sistema interestatal capitalista, partindo da análise da
economia das dádivas e das dívidas; passando pela estruturação da economia-mundo com a
expansão dos interesses capitalistas; chegando aos ciclos hegemônicos até a atualidade.
BIBLIOGRAFIA
1 GRAEBER, David. Dívida: os primeiros 5.000 anos. São Paulo: Três Estrelas, 2016.
2 POLANYI, Karl. A grande transformação: as origens de nossa época. Rio de Janeiro: Elsevier,
2000.
3 BRAUDEL, Fernand. A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.
4 CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada: a estratégia de desenvolvimento em perspectiva
histórica. São Paulo: UNESP, 2004.
5 PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.
6 WALLERSTEIN, Immanuel. Análise dos sistemas mundiais. In GIDDENS, Anthony;
TURNER, Jonathan (org). Teoria social hoje. São Paulo: UNESP, 1999. pp. 447-470.
7 ARRIGHI, Giovanni. O longo século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. Rio
de Janeiro: Contraponto, 2006.
8 FIORI, José Luís. Formação, expansão e limites do Poder Global. In FIORI, José Luís (Org).
O poder americano. Petrópolis: Vozes, 2004. pp. 1-54.
CRONOGRAMA
14 de agosto - Apresentação da disciplina + Ultrassociabilidade e ultraterritorialidade
21 de agosto - Economia das dádivas, economia das dívidas e dívida pública
28 de agosto - A economia-mundo de Fernand Braudel e Immanuel Wallerstein
4 de setembro - Daniel Kosinski - Teoria Estatal da Moeda
11 de setembro - A dinâmica do capitalismo de Fernand Braudel
18 de setembro - Teoria do Sistema-Mundo de Immanuel Wallerstein
25 de setembro - P1 SIC
2 de outubro - Daniel Vainfas - A antropologia econômica de Karl Polanyi
9 de outubro - Hélio Farias - Moeda e Dívida na Geopolítica
+ Fernando Teixeira - A economia liberal em Ha-Joon Chang
16 de outubro - João Miguel Villas Bôas - A grande divergência
23 de outubro - SIAC
30 de outubro - P2 SIC
6 de novembro - Rafael Seabra - Os ciclos de acumulação sistêmica de Giovanni Arrighi
+ Tiago Appel - O sistema financeiro internacional
13 de novembro - Luiz Felipe Osório - Imperialismo
20 de novembro - Feriado: Dia da Consciência Negra
27 de novembro - Guerra no Sistema Interestatal Capitalista
4 de dezembro - PF SIC
11 de dezembro - Avaliação da disciplina e retificação da aprendizagem
PROCEDIMENTOS DURANTE AS AULAS
DURAÇÃO
• A aula se inicia às 18:10, com uma chamada nominal.
• Aproximadamente às 19:45, o professor concederá um intervalo de 15 minutos.
• Ao final do intervalo, o professor poderá realizar nova chamada nominal.
• A aula termina às 21:30, podendo ser estendida até às 21:50.
PRESENÇA
• Quem chegar após o seu nome ter sido chamado, deve procurar o professor no
intervalo, para registrar sua presença como atrasado para a 1ª aula e como presente
para a 2ª aula.
• A tolerância de atraso é de 20 minutos após o início da aula, logo às 18:30 será
considerada falta para o aluno na 1ª aula. É importante destacar que a aula se inicia
oficialmente às 17:50.
• Quem resolver sair mais cedo da aula não terá sua presença confirmada para aquela
aula, ainda que tenha respondido à chamada inicialmente.
GRAVAÇÃO
• A aula pode ser gravada e fotografada para uso pessoal, mas não pode ser difundida
por meio eletrônico a outras pessoas.
SLIDES
• Os slides são para uso pessoal do aluno e não podem ser difundidos por qualquer
meio a outras pessoas.
AVALIAÇÕES
P1 e P2
• Há 2 provas durante a disciplina: P1 e P2.
• A data e a bibliografia para cada prova são determinadas previamente com até 1
semana de antecedência.
• As respostas devem ser transcritas no cartão de respostas definitivo sem rasuras.
• Rasura no cartão de respostas definitivo indica anulação da resposta rasurada.
• A prova tem 5 questões com 4 itens a serem julgados CERTO (C) ou ERRADO (E).
Cada item julgado de acordo com o gabarito vale 0,5 totalizando a nota 10,0.
MÉDIA
• A média para ser aprovado é 5,0.
• A média é a soma das notas da P1 e da P2 dividido por 2.
• Quem tiver média menor que 5,0 deve fazer a PF, que é uma prova dissertativa.
• Quem faltar a P1 ou a P2 deve fazer a PF para compor a segunda nota a ser somada
para se chegar à média.
• Quem faltar tanto a P1 quanto a P2 deve fazer a PF e um paper com tema a ser
definido pelo professor.
PRESENÇA
• A presença mínima exigida é de 75% das aulas. Considerando uma disciplina que
tenha 15 aulas, o aluno pode faltar 3,75 aulas. Isso significa que 3 faltas não o
reprovam, mas 4 faltas sim.
• Falta justificada continua sendo falta e não se converte em presença.
CONDUTA NAS PROVAS
HORÁRIO
• Às 18:00, será feita chamada nominal dos alunos e a devida arrumação da sala para a
prova.
• Às 18:20, as provas serão distribuídas.
• A partir do momento que se der o comando de se iniciar a prova, preferencialmente
às 18:30, ninguém mais poderá adentrar ao local de prova para realizar a mesma.
• A prova terá duração de 50 min, a partir do comando de início.
• Esse período de 50 min já prevê o tempo para transcrição das respostas para o
cartão de respostas definitivo.
• Só o cartão de respostas definitivo será levado em conta na correção e o
preenchimento da resposta escolhida deve completar toda a quadrícula disponível
para isso.
• Ao final dessas 50 min de prova, os alunos devem parar de escrever, se levantar e
levar a prova até a mesa do professor.
• Ao final da prova, será feito um breve intervalo e, no retorno, o professor divulgará
e comentará o gabarito da prova, bem como promoverá a correção coletiva da prova.
√ 3 4 4 2 4
BÔNUS: Fichamentos
• O aluno que realizar o fichamento previsto tanto para a P1 quanto para a P2 pode
ganhar até 0,5 ponto extra na P1 e na P2 respectivamente.
• Os fichamentos devem seguir o modelo anexo e devem ter entre 2 e 4 páginas.
• O prazo para entrega dos fichamentos impressos da P1 e da P2 é no dia de suas
respectivas avaliações. Os fichamentos não podem ser entregues antecipadamente e
também não serão aceitos depois dessas datas.
• Muito cuidado com a cópia indevida de trabalho realizado por outra pessoa.
Fichamento P1
BRAUDEL, Fernand. A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro: Rocco, 1987. Capítulo 1, pp.
6-26.
Fichamento P2
WALLERSTEIN, Immanuel. Análise dos sistemas mundiais. In GIDDENS, Anthony; TURNER,
Jonathan (org). Teoria social hoje. São Paulo: UNESP, 1999. pp. 447-470.
Guia das Questões da P1 de SIC
1) A dialética das durações históricas: o tempo factual, conjuntural e estrutural.
2) Os fundamentos etológicos para o conflito ou a cooperação; os custos sociais da
cooperação; e a transição evolutiva social.
3) Os seis fatores materiais, culturais e simbólicos decisivos para o aumento no número de
indivíduos envolvidos em um mesmo grupo social.
4) A relação entre coerção e capital e a dinâmica do capitalismo.
5) A longa duração da transição do jogo das trocas para o antimercado.
Fichamento P1
BRAUDEL, Fernand. A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro: Rocco, 1987. Qualquer um
dos três capítulos.
____________________________________________________________________
Fichamento P2
WALLERSTEIN, Immanuel. Análise dos sistemas mundiais. In GIDDENS, Anthony; TURNER,
Jonathan (org). Teoria social hoje. São Paulo: UNESP, 1999. pp. 447-470.
MODELO DE FICHAMENTO
O futuro do poder
[TÍTULO DO ARTIGO OU DO LIVRO]
1 TIPOS DE PODER
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx.
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. (NYE JR, 2012, p. 23)
2 DESLOCAMENTO DO PODER
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx.
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. (NYE JR, 2012, p. 151)
3 POLÍTICA
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx,
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx. Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx (NYE JR, 2012, p. 261).
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx.
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. (NYE JR, 2012, pp. 262-
263)
COMENTÁRIOS FINAIS
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx.
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx.
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx. Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx.
Xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxx.
Sistema
Interestatal
Capitalista
Defesa e Gestão Estratégica Internacional
Henrique Paiva
A longa duração
do conflito e da cooperação
na acumulação
de riqueza e de poder
•TEMPO FACTUAL
•O tempo factual manifesta o momento
presente dos acontecimentos; um
tempo repleto de movimentos rápidos e
nervosos, com projetos cheios de paixão
e com muita expectativa sobre a
possibilidade de triunfar o imediato
Fatos e Eventos desejo humano.
•TEMPO CONJUNTURAL
•O tempo conjuntural reúne os lentos processos de formação dos
fatores socioeconômicos que organizam a sociedade: a forma de
Conjuntura e Estado, o regime político, o modo de produção, o padrão
tecnológico e a posição relativa no sistema internacional.
Processos
Estrutura
•TEMPO ESTRUTURAL
• O tempo estrutural expressa a longa duração, o tempo quase inerte da relação do ser humano com o meio
geográfico, o clima, as doenças, a demografia e os processos mentais inconscientes.
A análise política com base apenas no tempo factual,
sem o apoio da conjuntura e da estrutura,
costuma ser traiçoeira.
Cooperação entre
unidades biológicas
Corrida armamentista
evolutiva
Estratégia evolucionária
estável
Fundamentos etológicos
do conflito e da cooperação
estabelecer sistema
de justiça, vigilância e punição
Incremento do neocórtex
Revolução Cognitiva
Humano:
animal social, político e moral
Era Axial
Confucionismo
Taoísmo
Zoroastrismo Hinduísmo-Bramanismo
Mitologia
Tragédia
Filosofia
Era Axial
co-constituição ultrassociabilidade-ultraterritorialidade
Transição Evolutiva Social,
Demografia e Ultrassociedade
Escala Social Tipos de Unidades Políticas Tempo (maa) Rev.Cognitiva
Dádiva
10s Bandos forrageadores 200 Guerra Ancestral
Em um dado momento,
que não se pode precisar a temporalidade e a causalidade,
ocorre uma transição evolutiva,
na qual as unidades menores em cooperação permanente e estável
passam a compor um novo organismo unitário mais complexo.
As formas menores de vida não deixam de existir
passam a ser uma dimensão a mais de vida naquele novo organismo.
No entanto, o todo é maior que a soma das partes.
Em um dado momento,
no qual tenta se estabelecer algumas variáveis explicativas,
uma rede mais ampla abarcando diferentes grupos sociais
passam a funcionar como uma nova sociedade:
com mais membros, com funcionamento mais orgânico e
com mais estabilidade.
Grandes migrações
Coordenação societária
Herança filogenética
Patrilinearidade estável
Sedentarização do poder
Guerra expansiva
Latitudes afortunadas
Latitudes afortunadas
Similaridade geográfica
Latitude
Distribuição espacial dos megaimpérios na Afroeurásia
1500 aC - 500 aC 500 aC - 500 dC 500 dC - 1500 dC
Revoluções Agrícolas
Locais e datas das distintas, mas coincidência com as latitudes afortunadas
Armadilha da Sedentarização:
Ultraterritorialidade e Ultrassociabilidade
Fim da última glaciação e extinção da megafauna
Acionamento das
Armadilhas da Sedentarização
Guerra Ancestral
• Conflito intersocietário violento
entre grupos forrageadores
• Incursão, emboscada e pilhagem
• Letalidade e crueldade
• Antropofagia (simbólica)
• Fight, Fright, Flight
• Possibilidade de fuga
Guerra Expansiva
• Enjaulamento da rev agrícola tornou a
derrota na guerra em extermínio
• RMA: disciplina militar
• Ordens abstratas de coesão social
• RMA: fortificações e tecnologias
• Transição do extermínio para domínio
• Incorporar a capacidade de trabalho e de
produção e os recursos militares
• Tecnologias sociais: escrita e moeda
Reis Filósofos
Nômade
Sedentário
Agropecuária
Guerreiros e Militares
Sedentário
Sedentário
Sedentário
Nômade
Geografia e Latitude
Agricultura
Agropecuária
e Clima
Pecuária e Germes
= Produção de Excedentes
Governo
Reis Filósofos
e Burocracia
Acumulação Primitiva
Aliança Príncipe-Mercador-Banqueiro
Guerras Comerciais
Ocupação de Posições Privilegiadas
Arbitramento de câmbio, preço, pedágio
Tratados desiguais e diplomacia das canhoneiras
Tecnologia Sensível
Industrialização e Assimetria de Poder
Protecionismo e "Liberalismo"
Economia da Dádiva
Tripé:
Dar - Receber - Retribuir
Estruturalismo:
Estrutura social molda o indivíduo, suas crenças e seus comportamentos.
Socialização e Lealdade:
O indivíduo se sente moralmente em dívida com quem lhe ajuda e
com o grupo social no qual foi criado.
Sistema de Trocas:
Permuta de dádivas não é troca comercial,
cria laços simbólicos e gera solidariedade intragrupo.
Proibição do Incesto:
Fenômeno social universal;
Necessidade de alianças com trocas matrimoniais;
Formação de clãs com laço de parentesco ampliado.
Economia da Dívida
Excedente, Conservação e Proteção
Revolução Agrícola → Sedentarização do Poder → Produção de Excedente →
→ Necessidade de conservação de reservas para emergência →
→ Urgência de proteção contra saques de povos sedentários e nômades
Dívida
Obrigação Moral
de retribuição de um favor, de um presente, de uma dádiva
ou de cumprimento de um dever cívico (em contrapartida pela sua segurança)
A obrigação só é efetiva
se houver meios coercitivos
Empréstimo de se exigir o pagamento.
Pessoal - Empresarial - Público (Dívida Interna e Externa)
Cartalismo
Metalismo
Economia da Dádiva (Antropologia)
Escambo (Mito)
Dupla Coincidência de Desejos
Autoridade Soberana
• proclamação da moeda (unidade de conta)
• meio para liquidar dívida com Estado
Metal • origem do mercado e da comunidade de
características naturais pagamento na moeda estatal
Economia da Dádiva
Economia da Dívida
Economia-Mundo
Coerção e Capital
Coerção e Capital
O príncipe vê na riqueza
do mercador e do banqueiro
o financiamento que precisa para as guerras,
e os banqueiros descobrem
nos empréstimos para as guerras
uma máquina multiplicadora de dinheiro.
O risco dos banqueiros era a derrota dos príncipes nas suas guerras,
mas os seus lucros eram muito mais generosos,
eram lucros exorbitantes em comparação
aos lucros normais de qualquer outra aplicação mercantil-financeira;
sobretudo, porque não se tratava apenas de retornos em dinheiro,
se tratava da conquista de posições monopólicas,
no plano comercial e financeiro, operando na moeda do conquistador,
e até mesmo a concessão de cobrança de impostos e tributos
dentro dos territórios conquistados.
John
Mearsheimer
Norbert
Elias
Dinâmica do
Capitalismo
Civilização material, economia e capitalismo
Fernand Braudel
Centro-Periferia
A longa duração
da transição
do jogo das trocas
para o antimercado
$$$
$$$
Aldeias Produtoras
$$$
$$$
$
$$$ $$$
Consumidores
Burgos
Consumidores
3) Como o consumidor
não tem acesso
aos custos reais
do produtor,
o mercador (com
informações assimétricas)
cobra
valores arbitrários,
obtendo e acumulando Mercador
lucros extraordinários.
$$$$$$ Lojista
Banqueiro
$$$$$$ Mercador
$$$$$$
$$$$$$ $$$$$$ Lojista
Centralização Estatal
Aliança Príncipe-Mercador-Banqueiro
“Milagre Europeu”
Periferia
$$$$$$$$$
$$$$$$$$$
$$$$$$$$$ Banqueiro
$$$$$$$$$
$$$$$ Mercador
$$$$$$$$$ $$$$$
$$$$$$$$$ $$$$$ $$$$$
6) O soberano inicialmente tolera esses ganhos desiguais,
porque eles garantiam o abastecimento das cidades e a acumulação de capital,
que, por sua vez, dinamizava a economia e estimulava os setores estratégicos.
7) Posteriormente, com a aliança príncipe-banqueiro-mercador,
o Estado garantiu a ampliação dos privilégios dos capitalistas,
com a legalização desses privilégios nos instrumentos jurídicos estatais.
Em contrapartida, os capitalistas, atendendo tanto aos seus interesses quanto aos do soberano,
promoviam a diversificação dos investimentos nos setores considerados estratégicos,
capazes tanto de produzir lucros extraordinários quanto subalternizar o resto do mundo.
Estado (GP)
Periferia
$$$$
$$$$
$$
$$
$$ $$
O capitalismo só triunfa
Fernand quando se identifica com o Estado,
Braudel
quando ele [o capitalismo] é o Estado.
Teoria do Sistema-Mundo
Níveis de Análise
2º Nível: Estado
Centro
• O Estados Centrais detêm o domínio da tecnologia de ponta; mantêm o controle sobre os
produtos com valor agregado; e projetam-se internacionalmente com assimetria de poder militar.
• O Estados Centrais atuam em favor de suas corporações transnacionais e organizam a produção
dos países periféricos para atender aos seus interesses estratégicos.
Semiperiferia
• Os Estados semiperiféricos caracterizam-se, em linhas gerais, por serem países com grande
território, com grande população e com grande mercado consumidor; por serem um polo regional;
e por terem desenvolvido algumas indústrias intensivas em mão-de-obra, matéria prima e energia.
• Os Estados semiperiféricos, normalmente, alcançam essa condição em virtude da parceria
estratégica com a potência dominante do condomínio de poder que está inserido, promovendo o
seu desenvolvimento associado aos interesses da potência hegemônica.
Periferia
• Divisão Internacional do Trabalho; Deterioração dos Termos de Troca
• Pós-colonialismo; Estados Frágeis
G7 e G20
Unidades de Análise
do Sistema-Mundo
Minissistemas
Minissistemas
Os minissistemas, típicos das sociedades pré-agrícolas,
caracterizavam-se, grosso modo,
por serem espacialmente pequenos e relativamente breves no tempo,
sendo altamente homogêneos em termos de estruturas políticas e de padrões culturais,
fundamentando suas relações sociais com base
na economia da dádiva, na reciprocidade das trocas.
As possíveis causas da curta duração dos minissistemas
(aproximadamente seis gerações) eram
os desastres ecológicos e
a fragmentação em função do crescimento em demasia desses grupos,
que ainda não tinham nem recursos materiais nem narrativas simbólicas
capazes de aumentar o patamar de sociabilidade estável desses minissistemas.
Impérios
Impérios
Império Mundial
Um império mundial formava uma estrutura política de amplo alcance,
incorporando uma grande variedade de padrões culturais à sede do poder.
Normalmente, os impérios não pretendiam
obrigar a periferia a adotar o padrão civilizacional da sede do império,
em contrapartida exigia da periferia:
o pagamento de tributos na moeda imperial;
a reserva de parte da produção de grãos e víveres;
e a mobilização de recrutas para o esforço de guerra.
Os impérios formais são normalmente estudados em seu auge,
mas todos os impérios tiveram uma fase de ascensão e outra de declínio.
Para administrar com firmeza a extração da riqueza da periferia,
a sede do império contava com uma pequena mas crucial rede de burocratas imperiais.
Economias-Mundo
Economia-Mundo
As economias-mundo, típicas da modernidade em diante,
são vastas e desiguais cadeias produtivas,
organizadas estrategicamente em benefício da sede das economias-mundo,
onde o excedente acumulado é distribuído desigualmente
em favor daqueles que são capazes de auferir lucros exorbitantes na lógica do antimercado.
As sedes das economias-mundo normalmente conseguem
a definição de uma elite periférica que aceita sua condição de subalternidade desde que
internamente mantenha seus privilégios locais;
a concessão do monopólio de posições comerciais estratégicas na periferia
para o arbitramento do preço, do câmbio e do pedágio;
a implantação de um sistema de dívidas públicas na periferia
denominadas na moeda imperial;
a adesão formal da periferia a tratados desiguais; e
a aceitação da periferia da extraterritorialidade judicial e da diplomacia das canhoneiras.
Houve outras formas de economia-mundo,
mas o modelo capitalista europeu, em desenvolvimento desde “o longo século XVI”,
revelou-se o modo mais eficiente de acumulação de riqueza e de poder,
pelo menos para alguns pequenos Estados europeus.
Sistema Interestatal Capitalista
Fases do Capitalismo
Capitalismo Capitalismo Capitalismo
Comercial Industrial Financeiro
Revolução Guerras
Industrial Mundiais
A transição do capitalismo comercial para o industrial é marcada pela revolução industrial e
a transição do capitalismo industrial para o capitalismo financeiro é marcada pelo fim da II Guerra Mundial
e construção do sistema financeiro internacional pelos EUA.
Immanuel Wallerstein
Fases do Sistema-Mundo
1ª Fase (1450-1850)
Expansionismo mercantilista
2ª Fase (1850-1950)
Imperialismo industrialista
3ª Fase (1950-1989)
Descolonização; Guerra Fria; Reestruturação Produtiva
4ª Fase (1989-2050?)
Fim ou Reestruturação do Sistema Interestatal Capitalista?
Consenso de Washington
1) Disciplina Fiscal
2) Redução dos Gastos Públicos
3) Reforma Tributária
4) Desregulamentação Financeira
5) Câmbio e Juros de Mercado
6) Abertura Comercial
7) Eliminação de Restrições para Investimento Externo Direto
8) Privatização das Empresas Estatais
9) Desregulamentação das Leis Trabalhistas
10) Direito à Propriedade Intelectual
Ciclos de Acumulação
Giovanni Arrighi
Giovanni Arrighi
Dinâmicas da Transição Hegemônica