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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE)
CURSO REGULAR
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

APRESENTAÇÃO

Prezados(as) alunos(as),

Meu nome é Anderson Luiz, sou Analista de Finanças e Controle da


Controladoria-Geral da União (CGU), da área de Correição. Lotado na
Corregedoria-Geral da União, atuo nas atividades relacionadas à apuração
de possíveis irregularidades cometidas por servidores públicos federais e à
aplicação das devidas penalidades.

Também sou professor das disciplinas de Direito Administrativo, Ética


na Administração Pública e Correição no Poder Executivo Federal. Antes,
fui Oficial da Marinha do Brasil, instituição em que ingressei através do Colégio
Naval, em 1996. Graduei-me em Ciências Navais, pela Escola Naval, em 2002.

Será um enorme prazer acompanhá-los nesta caminhada rumo à sonhada


aprovação em um concurso público. Apresento-lhes, por isso, o curso Lei nº
9.784/99 (Lei do Processo Administrativo Federal) em Exercícios
(CESPE). Neste curso, pretendo transmitir a vocês as informações atualizadas
mais importantes acerca dessa Lei, a fim de auxiliá-los, com seriedade, no
estudo didático, objetivo e compreensivo dos principais dispositivos da referida
norma.

As aulas serão repletas de dicas e macetes para que mesmo os alunos


iniciantes no estudo desse assunto consigam assimilar todo o conteúdo com
facilidade e rapidez. Além disso, estudaremos as jurisprudências que têm sido
cobradas pelo CESPE.

Comentarei 360 questões de concursos públicos. Preferencialmente,


aquelas elaboradas pelo CESPE. Sempre que julgar necessário, apresentarei,
também, questões de outras bancas, bem como questões inéditas. Tudo isso
para que vocês sejam capazes de gabaritar as questões desse assunto, que é
cobrado em quase todos os concursos da esfera federal. Eu garanto!

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Nosso estudo será focado naquilo que realmente é importante, naquilo


que verdadeiramente é exigido nas provas de concurso público. Com efeito, ao
final deste curso, vocês terão adquirido um conhecimento compatível com o
nível de cobrança dos principais certames do País. Pois, hoje, o conhecimento
da literalidade da lei é imprescindível, mas não é suficiente para uma boa
pontuação em um concurso público de grande porte.

Deve ficar claro que se trata de um curso de revisão em exercícios.


Destarte, os comentários a algumas questões serão sucintos. Entretanto,
isso não significa que deixarei de abordar os pontos mais importantes do tema
tratado. Pois, sempre que necessário, farei uma explanação acerca dos
aspectos jurisprudenciais e doutrinários relativos ao assunto tratado.

Com a metodologia adotada neste curso, será possível revisar a


matéria, consolidar o conhecimento, manter-se atualizado e adaptar-se
ao estilo da referida banca examinadora. Tudo isso em poucas semanas!

Serão 3 aulas no total (sem contar com esta demonstrativa), sendo uma
a cada semana.

Aula Data Assunto

01 02/08 Lei nº 9.784/99 (parte 1) – 120 questões

02 09/08 Lei nº 9.784/99 (parte 2) – 120 questões

03 16/08 Lei nº 9.784/99 (parte 3) – 120 questões

Dito isso, vamos em frente!

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AULA DEMONSTRATIVA

ATENÇÃO:

Para que vocês conheçam o formato deste curso, comentarei, a seguir, 10


questões sobre temas tratados em aulas futuras. Vamos lá!

1. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Titular de órgão administrativo que


delegar parte de sua competência a outro órgão não poderá revogar o ato de
delegação.

Comentários:

ERRADO. Acerca da delegação, o art. 12 da Lei nº 9.784/99 estabelece


que um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social,
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). Essas regras se aplicam à
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e sua


revogação deverão ser publicados no meio oficial. O referido ato deverá
especificar com clareza o que foi transferido, os limites da atuação do delegado,
a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível. Ademais, será
revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

Percebam que o ato de delegação não será um “cheque em branco”


entregue ao delegado. Com efeito, as decisões adotadas por delegação devem
mencionar explicitamente esta qualidade, ou seja, o delegado deve registrar
que praticou o ato em função de determinada competência que lhe foi
transferida. Além disso, tais decisões serão consideradas editadas pelo
delegado (e não pelo delegante).

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IMPORTANTE:

• A delegação só será admitida se não houver impedimento legal.

• O delegante só poderá transferir parte de suas competências.

• A delegação independe de subordinação hierárquica.

• A delegação de competência é ato discricionário (conveniência e


oportunidade).

• A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica,


Territorial ou Jurídica (TSE + TJ).

• O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no


meio oficial.

• O ato de delegação deverá especificar o objeto, os limites, a duração e


os objetivos da delegação, bem como o recurso cabível.

• A delegação é revogável a qualquer tempo.

• As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente


esta qualidade. Essas decisões serão consideradas editadas pelo
delegado (e não pelo delegante).

De acordo com o art. 13 da Lei, não pode ser objeto de delegação:

• A edição de atos de caráter normativo;

• A decisão de recursos administrativos;

• As matérias de competência exclusiva.

2. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Órgão é unidade de atuação integrante da


estrutura da administração direta e indireta; entidade é unidade não dotada de
personalidade jurídica.

Comentários:

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ERRADO. De acordo com o art.1º, §2º, da Lei nº 9.784/99:

• Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da


Administração direta e da estrutura da Administração indireta. Cabe destacar
que os órgãos não possuem personalidade jurídica. São exemplos: Ministérios,
Secretarias, Gabinetes etc.

• Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade


jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas, sociedades de
economia mista e empresas públicas.

• Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de


decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-Executivos etc.

3. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) No processo administrativo instaurado


para apurar fato praticado por determinado servidor, caso este não compareça
ao processo quando regularmente intimado para apresentar defesa, não devem
ser considerados verdadeiros os fatos a ele imputados. No prosseguimento do
processo, contudo, não pode o servidor apresentar alegações, produzir provas
ou recorrer da decisão proferida.

Comentários:

ERRADO. O órgão competente perante o qual tramita o processo


administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão
ou a efetivação de diligências (art. 26).

Todos os atos do processo que resultem para o interessado em


imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e
atividades, bem como os demais atos de seu interesse, devem ser objeto de
intimação (art. 28). Essa intimação observará a antecedência mínima de
três dias úteis quanto à data de comparecimento (art. 26, §2º).

A intimação deverá conter (art. 26, §1º):

• Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade


administrativa;

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• Finalidade da intimação;

• Data, hora e local em que deve comparecer;

• Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se


representar;

• Informação da continuidade do processo independentemente do


seu comparecimento;

• Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

Nesse momento vocês devem estar pensando: como será feita essa
intimação? A resposta está no art. 26, §3º da Lei. De acordo com o referido
dispositivo, a intimação pode ser efetuada por:

• Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do


processo);

• Via postal com aviso de recebimento (AR);

• Telegrama; ou

• Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p.


ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo).

• Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos,


Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º). (Interessados
“DIDI” = Publicação oficial)

As intimações serão nulas quando feitas sem observância das


prescrições legais. Porém, é importante destacar que o comparecimento do
administrado supre sua falta ou irregularidade (art. 26, §5º). Isso significa
que a intimação feita em desacordo com a Lei é nula. Mas, se o administrado
comparecer ao local indicado, não há que se falar em nulidade.

Ressalto que a expressão popular “quem cala consente” não tem


aplicação no processo administrativo. Pois, o desatendimento da intimação
não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a
direito pelo administrado (art. 27).

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Por fim, em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla


defesa, nos processos administrativos serão observados os critérios de garantia
dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de
provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio.

4. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Se um servidor, em processo


administrativo de que seja parte, interpuser recurso perante órgão
incompetente para o processamento e o julgamento de sua pretensão, deverá
ser indicada a esse servidor a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o
prazo para recurso.

Comentários:

CERTO. Segundo a Lei nº 9.784/99, das decisões administrativas cabe


recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). O recurso
será interposto por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar
convenientes (art. 60).

Em regra, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso


administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida (art. 59). Tal recurso será dirigido à autoridade que proferiu a
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à
autoridade superior (art. 56, §1º). Salvo exigência legal, a interposição de
recurso administrativo independe de caução (art. 56, §2º).

Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado


da súmula vinculante, caberá à autoridade responsável pela decisão
impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso
à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da
súmula (art. 56, §3º).

Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em regra,


tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) e não terá

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efeito suspensivo (art. 61). Entretanto, se houver justo receio de prejuízo de


difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao
recurso (art. 61, parágrafo único).

Em regra, o recurso da decisão proferida em processo administrativo


não tem efeito suspensivo. Isso significa, salvo disposição legal em contrário,
que a decisão proferida pela autoridade pode ser imediatamente cumprida,
mesmo quando houver recurso pendente de julgamento da parte que teve seus
interesses afetados.

O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63):

• Fora do prazo;

• Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao


recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para
recurso (art. 63, §1º);

• Por quem não seja legitimado;

• Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa.

5. (CESPE/TRE-MG/2009) O agravamento da sanção pode decorrer da


revisão do processo.

Comentários:

ERRADO. Os processos administrativos de que resultarem sanções


poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada (art. 65). Contudo, dessa revisão não poderá
resultar agravamento da sanção (art. 65, parágrafo único).

Por outro lado, quando da apreciação do recurso administrativo, a


autoridade competente possui amplos poderes para alterar a decisão recorrida.
Poderá, inclusive, reformar a decisão em prejuízo do recorrente

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(reformatio in pejus), que deverá, nesse caso, ser cientificado para que
formule suas alegações antes da decisão.

Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99)

Recursos administrativos Sim

Revisão dos processos Não

6. (CESPE/TCU/2007) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir


sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal,
delegar essa competência ao respectivo presidente.

Comentários:

ERRADO. A decisão de recursos administrativos é indelegável.

IMPORTANTE:

De acordo com o art. 13 da Lei, não podem ser objeto de delegação:

• A edição de atos de caráter normativo;

• A decisão de recursos administrativos;

• As matérias de competência exclusiva.

7. (CESPE/PGE-PA/2007) O servidor ou autoridade que esteja litigando


judicial ou administrativamente em determinado processo administrativo com o
interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está impedido de atuar no
processo administrativo.

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Comentários:

CERTO. De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em


processo administrativo o servidor ou autoridade que:

• Tenha interesse direto ou indireto na matéria.

• Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou


representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge,
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3)

• Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado


ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC)

Percebam que a aferição da ocorrência do impedimento é objetiva,


direta, isto é, sua caracterização independe de juízo do valor. Por isso, diz-
se que o impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade para
atuar no processo.

Assim, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve


comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.
Consequentemente, a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui
falta grave, para efeitos disciplinares.

Já o art. 20, ao tratar da suspeição estabelece que pode ser argüida a


suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos
Cônjuges, Companheiros, Parentes e Afins até o 3º grau (CCPA3).

Em suma, os casos de suspeição são caracterizados, basicamente, pela


existência de amizade íntima (vai além do mero coleguismo do ambiente de
trabalho) ou inimizade notória (vai além da antipatia, do não gostar; o
convívio é impossível) entre a autoridade ou o servidor e algum dos
interessados no processo.

Assim, diferentemente do impedimento, a aferição da suspeição é


subjetiva, indireta, isto é, sua caracterização depende do juízo de valor.
Por isso, a suspeição gera uma presunção relativa de incapacidade para atuar
no processo.

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Com efeito, na suspeição há uma mera faculdade (“pode ser argüida...”)


de atuação da parte interessada que se sinta prejudicada. O indeferimento de
alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo (ou
seja, o processo não é paralisado).

IMPORTANTE:

IMPEDIMENTO:

• Interesse direto ou indireto.

• Perito, testemunha ou representante (CCPA3).

• Litígio administrativo ou judicial (CC).

• Presunção absoluta de incapacidade.

• Deve ser comunicado. Se não, falta grave.

SUSPEIÇÃO:

• Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3).

• Presunção relativa de incapacidade

• Pode ser argüida

• Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo)

8. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O direito da administração de anular os


atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em cinco anos, contados da data da percepção do primeiro pagamento,
caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos.

Comentários:

CERTO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de


que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos,

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contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do


beneficiado (art. 54).

No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência será


contado da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo:
imagine que um servidor, mensalmente, receba uma determinada quantia a
que não faça jus. Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo de
5 anos será contado a partir do recebimento do primeiro pagamento.

9. (Inédita) O interessado não poderá desistir total ou parcialmente do pedido


formulado ou, ainda, renunciar a direitos.

Comentários:

ERRADO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá


desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a
direitos disponíveis (art. 51). Entretanto, tais institutos não prejudicam o
prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse
público assim o exige. Além disso, existindo vários interessados, a
manifestação formulada por um deles não atinge os demais.

IMPORTANTE:

• Mediante manifestação escrita, o interessado poderá:

9 Desistir total ou parcialmente do pedido formulado.

9 Renunciar a direitos disponíveis.

• Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um


deles não atinge os demais.

• A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o


prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o
interesse público assim o exige.

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10. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios


da finalidade, da motivação, da razoabilidade e da segurança jurídica.

Comentários:

CERTO. A Administração Pública obedecerá, dentre outros (ou seja, rol


não taxativo), aos princípios de legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência (art. 2º).

Memorizem esses princípios! Muitas questões de concursos públicos


exigem tão-somente o conhecimento deste rol. São apenas 11 princípios!
Memorizá-los, “SERá FÁCIL Pro MoMo”, e pra vocês também (perdoem-
me pelo trocadilho! Tudo em nome da aprovação de vocês, rs).

Segurança Jurídica
Eficiência
Razoabilidade
Finalidade
Ampla defesa
Contraditório
Interesse Público
Legalidade
Proporcionalidade
Moralidade
Motivação

Amigos(as), chegamos ao final desta aula demonstrativa. Se


ficarem com dúvida em alguma questão, utilizem o fórum. Aguardo
vocês na próxima aula. Até breve!

Bons estudos, Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br)

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Titular de órgão administrativo que


delegar parte de sua competência a outro órgão não poderá revogar o ato de
delegação.

2. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Órgão é unidade de atuação integrante da


estrutura da administração direta e indireta; entidade é unidade não dotada de
personalidade jurídica.

3. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) No processo administrativo instaurado


para apurar fato praticado por determinado servidor, caso este não compareça
ao processo quando regularmente intimado para apresentar defesa, não devem
ser considerados verdadeiros os fatos a ele imputados. No prosseguimento do
processo, contudo, não pode o servidor apresentar alegações, produzir provas
ou recorrer da decisão proferida.

4. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Se um servidor, em processo


administrativo de que seja parte, interpuser recurso perante órgão
incompetente para o processamento e o julgamento de sua pretensão, deverá
ser indicada a esse servidor a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o
prazo para recurso.

5. (CESPE/TRE-MG/2009) O agravamento da sanção pode decorrer da


revisão do processo.

6. (CESPE/TCU/2007) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir


sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal,
delegar essa competência ao respectivo presidente.

7. (CESPE/PGE-PA/2007) O servidor ou autoridade que esteja litigando


judicial ou administrativamente em determinado processo administrativo com o
interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está impedido de atuar no
processo administrativo.

8. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O direito da administração de anular os


atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários

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decai em cinco anos, contados da data da percepção do primeiro pagamento,


caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos.

9. (Inédita) O interessado não poderá desistir total ou parcialmente do pedido


formulado ou, ainda, renunciar a direitos.

10. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios


da finalidade, da motivação, da razoabilidade e da segurança jurídica.

GABARITO

1-E 2-E 3-E 4-C 5-E 6-E 7-C 8-C 9-E 10-C

BIBLIOGRAFIA

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo


Descomplicado. São Paulo: Método, 2009.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal:
Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2009.
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas,
2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2008.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São
Paulo: Malheiros, 2008.

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