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ANALÍTICA E
ÁLGEBRA LINEAR
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
APRESENTAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
SEJA BEM VINDO(A)!
Convidamos você a viajar pelo universo da Álgebra Linear e da Geometria Analı́tica. Este livro aborda os
dois assuntos organizados em cinco unidades que foram originadas a partir dos livros de Álgebra Linear,
de autoria do Professor Mestre Anderson Leandro Zulin, e Geometria Analı́tica, de autoria do Professor
Alexandre Shuji Suguimoto. Essa organização foi realizada pela Professora Ivnna Gurniski, graduada
em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá, especialista em Docência no Ensino Superior
pela Unicesumar e mestre em Ensino de Ciência e Educação Matemática pela Universidade Estadual de
Londrina, e pelo Professor Fernando Marcussi, graduado em Matemática pela Universidade Estadual de
Maringá e especialista em Auditoria e Controladoria pela Unicesumar. Também denominada Geometria
de Coordenadas e Geometria Cartesiana, a Geometria Analı́tica é o estudo da Geometria por meio de
um sistema de coordenadas e dos princı́pios da Álgebra e da Análise. Ou seja, é a área da Matemática
em que são utilizados métodos e sı́mbolos algébricos para representar e resolver problemas geométricos!
É por meio dos conceitos da Geometria Analı́tica que podemos estabelecer uma correspondência entre
as equações algébricas e as curvas geométricas. A primeira unidade apresenta uma visão geral sobre o
conceito de vetores no plano e no espaço, fazendo o tratamento geométrico e algébrico desse conceito.
Nessa mesma unidade, definimos espaço vetorial e apresentamos conceitos que emergem dessa definição.
Na segunda unidade, apresentamos as equações da reta, equações do plano, cálculo de distância, ângulo
e posições relativas no sistema de coordenadas R3 . A terceira unidade é destinada ao estudo das cônicas
e das quádricas definidas a partir dos conceitos abordados nas unidades anteriores. Na quarta unidade,
apresentamos o estudo das matrizes, determinantes e sistemas de equações lineares. Vale salientar a
importância desse estudo para a solução de problemas práticos na área da Engenharia e na Pesquisa Ope-
racional em que a teoria das matrizes e os sistemas lineares são largamente utilizados. Na quinta e última
unidade, introduzimos o conceito de transformações lineares e autovalores e autovetores. Esperamos que
sua viagem por este universo seja bastante agradável e proveitosa, afinal a Matemática é uma atividade
humana, “inerente ao saber humano, praticada com espontaneidade, resultante de seu ambiente sociocul-
tural e determinada consequentemente pela realidade na qual o indivı́duo está inserido” (D’ AMBROSIO,
1996).
UNIDADE I
15 Introdução
16 Vetores
46 Espaço Vetorial
50 Subespaço Vetorial
54 Combinação Linear
60 Dimensão
65 Considerações Finais
UNIDADE II
RETAS E PLANOS
77 Introdução
77 Sistema de Coordenadas
79 Plano no Espaço
88 Reta no Espaço
98 Distâncias
UNIDADE III
CÔNICAS E QUÁDRICAS
113 Introdução
114 A Elipse
128 A Hipérbole
137 A Parábola
146 Elipsoide
UNIDADE IV
179 Introdução
181 Matrizes
198 Permutação
11
SUMÁRIO
200 Determinante
UNIDADE V
229 Introdução
249 Conclusão
251 Referências
252 Gabarito
Professor Me. Anderson Leandro Zulin
Professor Me. Alexandre Shuji Suguimoto
VETORES E ESPAÇOS
I
UNIDADE
VETORIAIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Definir o conceito matemático de vetores como conjunto de
segmentos orientados.
■■ Apresentar as operações com vetores.
■■ Definir e identificar conjuntos linearmente dependentes e
independentes.
■■ Apresentar o conceito de base ortonormal e base canônica.
■■ Definir Espaço e Subespaço Vetorial.
■■ Estudar subespaço gerado e conjunto gerador de um subespaço
vetorial.
■■ Definir base e dimensão de um espaço vetorial.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Vetores
■■ Operação com Vetores
■■ Dependência e Independência Linear
■■ Expressão Analítica de um Vetor (R2 e R3)
■■ Multiplicação de Vetores
■■ Espaço Vetorial
■■ Subespaço Vetorial
■■ Combinação Linear
■■ Base de um Espaço Vetorial
■■ Dimensão
15
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Prezado(a) leitor(a), você provavelmente já tEM algum conhecimento sobre vetor, com suas caracterı́s-
ticas, que são: módulo, direção e sentido. Também deve ter efetuado algumas operações com vetores,
principalmente na disciplina de fı́sica, ao obter, por exemplo, a força resultante que atua num determinado
corpo que se encontra sob a ação de mais de uma força aplicada sobre esse corpo. Entretanto, no Ensino
Médio, os vetores são apresentados de maneira intuitiva, sem seguir um critério rigoroso em sua definição.
Nesta unidade, vamos introduzir o conceito formal de vetores, como conjunto de segmentos orientados,
com suas operações e propriedades que possibilitam definir, posteriormente, um Espaço Vetorial, esse
último sendo a base para o estudo da disciplina de Álgebra Linear. Apresentaremos o conceito de conjun-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As aplicações dos conceitos envolvendo os vetores e espaços vetoriais são de extrema importância nos
mais variados ramos de conhecimento, a saber: na Engenharia, nas Ciências Exatas e, particularmente,
na Fı́sica e na Matemática. É importante ter ciência de que a Geometria Analı́tica e a Álgebra Linear
são fundamentos básicos para as áreas mais modernas da geometria, tais como geometria algébrica, dife-
rencial, discreta e computacional.
Introdução
I
VETORES
VETORES
Segmentos Orientados
Algumas grandezas fı́sicas, ao serem medidas, necessitam apenas do valor numérico seguido da unidade
de medida, por exemplo: a massa, o comprimento, a área e o volume; essas são chamadas de grandezas
escalares. No entanto, existem outras grandezas que precisam de mais informações além das citadas
anteriormente, por exemplo, a força aplicada, o campo elétrico, a aceleração, a velocidade. Assim, vamos
formalizar esses conceitos. Seja r uma reta horizontal, marquemos nessa reta um ponto O, que chamaremos
de origem, o lado direito indicaremos de sentido positivo e o contrário de sentido negativo, tomando dois
pontos distintos A e B dessa reta suporte.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O segmento orientado AB é determinado pelos pontos com origem em A e extremidade em B.
Adotando uma unidade de comprimento, podemos associar ao segmento AB um número real positivo,
que chamaremos de comprimento ou módulo do segmento AB.
Direção e Sentido
Sejam r e s retas paralelas, dizemos que os segmentos AB e CD têm a mesma direção, se esses segmentos
estão em retas paralelas ou estão situadas sobre uma mesma reta suporte. Agora, dois segmentos
orientados têm o mesmo sentido quando eles apontam para o mesmo lado. Note que, para compararmos
o sentido de dois segmentos, é necessário que eles tenham a mesma direção.
Segmentos Equipolentes
Usaremos a seguinte notação AB ∼ CD para indicarmos equipolência. É fácil de verificar algumas pro-
priedades de equipolência:
i) Reflexiva: AB ∼ AB, todo segmento é equipolente a si mesmo.
ii) Simétrica: Se AB ∼ CD, então CD ∼ AB.
iii) Transitiva: Se AB ∼ CD e CD ∼ EF , então AB ∼ EF .
Como as três propriedades são verificadas, dizemos que equipolência é uma relação de equivalência.
Vetor
Dizemos que o vetor determinado por um segmento orientado AB é o conjunto de todos os segmentos
orientados equipolentes a ele.
Vetores
I
−−→
Outras notações para vetores são AB e B − A. Chama-se norma ou comprimento de um vetor �v e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
indicaremos por ��v � um número real t tal que ��v � = |t|.
As caracterı́sticas de um vetor �v são as mesmas em qualquer um de seus representantes, isto é: o módulo, a
direção e o sentido. Note que, se AB é um segmento orientado e P é um ponto qualquer, então, existe um
−−→
único ponto Q, tal que AB ∼ P Q. Em particular, dado um vetor AB é sempre possı́vel obter segmentos
equipolentes a AB com origem onde acharmos mais conveniente.
−−→ −−→
Igualdade de Vetores: dois vetores AB e CD são iguais, se AB ∼ CD.
−→ −−→ −−→
Vetor Nulo: o vetor nulo é o vetor determinado por segmentos nulos, isto é, AA = BB = CC = ... e é
indicado por �0.
−−→ −−→
Vetores Opostos ou Simétricos: dado um vetor �v = AB, o vetor BA é chamado de vetor oposto (ou
−−→ −−→
simétrico), denotado por BA = −AB.
Vetor Unitário: dizemos que �v é um vetor unitário, quando sua norma é igual a 1, ou seja ��v � = 1.
Vetores Colineares: dois vetores �u e �v são colineares quando têm a mesma direção, ou seja, seus
representantes estão sobre a mesma reta, ou situadas em retas paralelas.
Vetores Coplanares: dois ou mais vetores são coplanares quando possuem representantes num mesmo
Vetores Coplanares: dois ou mais vetores são coplanares quando possuem −−→ representantes
−−→ num mesmo
−→
Vetores Coplanares:
plano. Na doisosou
figura abaixo, mais vetores
vetores �são
�u, �v e w sãocoplanares quando
coplanares, em quepossuem
�u = AD,representantes
→�v = AB
−− −−→e w
�= num−mesmo
AC.
→
plano. Na figura abaixo, os vetores �u, �v e w� são coplanares, em que �u−−
=
→AD, �v−− =
→ AB e w �−→
= AC.
plano. Na figura abaixo, os vetores �u, �v e w� são coplanares, em que �u = AD, �v = AB e w � = AC.
Nesta unidade, definimos dois conceitos matemático: segmento orientado e também vetor. Assim,
Nesta unidade, definimos dois conceitos matemático: segmento orientado e também vetor. −−→ Assim,
Nesta
dadosunidade, definimos
dois pontos dois
A e B, conceitos
reflita sobre matemático: segmento
a diferença entre orientado
o segmento e também
orientado AB e ovetor. Assim,
vetor AB.
−−→
dados dois pontos A e B, reflita sobre a diferença entre o segmento orientado AB e o vetor
−−→ AB.
dados dois pontos A e B, reflita sobre a diferença entre o segmento orientado AB e o vetor AB.
Vetores e Escalares são grandezas distintas, verifique essas diferenças no link disponı́vel em:
Vetores e Escalares são grandezas distintas, verifique essas diferenças no link disponı́vel em:
Vetores e Escalares são grandezas distintas, verifique essas diferenças no link disponı́vel
<http://www.fundacaolemann.org.br/khanportugues/ciencias/fisica/movimento em:
unidimensional/intro
<http://www.fundacaolemann.org.br/khanportugues/ciencias/fisica/movimento unidimensional/intro
<http://www.fundacaolemann.org.br/khanportugues/ciencias/fisica/movimento
ducao a vetores e escalares parte 1>. unidimensional/intro
ducao a vetores e escalares parte 1>.
ducao a vetores e escalares parte 1>.
Vetores
I
OPERAÇÃO COM
OPERAÇÃO COM VETORES
VETORES
Adição de Vetores
Sejam �u e �v dois vetores, definimos por vetor soma desses vetores e indicaremos por �s = �u + �v ao vetor
como indicado na figura abaixo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
−−→ −−→
Assim, se AB e BC são representantes dos vetores �u e �v , respectivamente, temos
�s = �u + �v
−→ −−→ −−→
AC = AB + BC
isto é, o vetor soma �s tem origem na origem do vetor �u e extremidade na extremidade vetor �v , em que a
origem do vetor �v é a extremidade do vetor �u.
Propriedades
i) Comutativa: �u + �v = �v + �u.
ii) Associativa: (�u + �v ) + w
� = �u + (�v + w).
�
iii) Existência do vetor nulo �0, assim, para todo �v existe �0, tal que �v + �0 = �0 + �v = �v .
iv) Para todo vetor �v existe o vetor −�v , tal que �v + (−�v ) = �0.
Vamos demonstrar a propriedade (i) com auxı́lio da figura a seguir. Dados �u e �v , considere o paralelogramo
−−→ −−→ −−→ −−→
ABCD, em que �u = AB = DC e �v = AD = BC.
No caso da adição de três ou mais vetores, temos uma regra bastante útil, que é a Regra do Polı́gono
Fechado. Por exemplo, dados os vetores �u, �v e w,
� o vetor soma �s tem origem na origem do primeiro
vetor com extremidade na extremidade do último vetor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ou seja, para n vetores o vetor soma fecha o polı́gono, formando um polı́gono com n + 1 lados.
Diferença de Vetores: definimos por diferença entre os vetores �u por �v , isto é �u − �v , o vetor d� como
sendo a soma d� = �u + (−�v ), ou seja, �u − �v = �u + (−�v ).
Seja �v um vetor não nulo e k um número real (escalar), chama-se produto de um número real k pelo
vetor �v o vetor p� = k�v , cuja direção é a mesma do vetor �v . Se k > 0, o sentido é o mesmo que de �v
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Agora, se k é negativo, o sentido é oposto.
1
� obtenha o vetor �s = 2�u − �v + w.
Exemplo 1: Dados os vetores �u, �v e w, �
3
Até o momento, apresentamos os vetores, a adição e subtração de vetores, bem como a multiplicação
de um vetor por um número real, particularmente em sua caracterı́stica geométrica (módulo, direção
e sentido). No entanto, precisamos definir os vetores analiticamente, ou seja, por meio de coordena-
das, mas, para definirmos o plano cartesiano, bem como o espaço R3 , esse último nosso principal objetivo,
é necessário apresentar o conceito de dependência e independência linear que será visto na próxima sessão.
DEPENDÊNCIA
DEPENDÊNCIA E E INDEPENDÊNCIA
INDEPEND LINEAR
ÊNCIA LINEAR
−→ −−→
Sejam �u e �v vetores com representantes P A e P B, respectivamente. Analisemos as seguintes situações:
−→ −−→
primeiramente, se P A e P B estão sobre uma mesma reta r, então, existe um escalar k ∈ R, tal que
−−→ −→
P B = k P A, nesse caso, dizemos que o conjunto {�u, �v } é Linearmente Dependente LD, ou que os
vetores −
→
u e− →v são múltiplos um do outro, ou ainda que −
→
v é Combinação Linear de −
→
u , em particular,
−→ −−→ −→
dizemos que os vetores P A e P B geram uma reta, na verdade, basta um vetor não nulo P A para gerar
toda reta.
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Vetores LD Vetores LI
−→ −−→ −→ −−→
Agora, se P A e P B não estão sobre uma mesma reta, então P A e P B determinam um plano π, nesse
caso, dizemos que {�u, �v } formam um conjunto Linearmente Independente LI. Assim, qualquer vetor
� ∈ π pode ser escrito como combinação linear dos vetores �u e �v , ou seja , se C pertence ao plano π
w
−−→ −−→ −→ −−→ −→
em que w� = P C, existem escalares a e b reais tais que P C = aP A + bP B e, portanto, os vetores P A e
−−→
P B geram um plano, os números a e b são as coordenadas do vetor w� em termos dos vetores �u e �v .
representantes num mesmo plano, ou são colineares, assim, esses vetores geram um plano ou uma reta.
Agora, se o conjunto {�u, �v , w}
� é LI, então, esses vetores são não coplanares, logo, dado qualquer ponto M
do espaço e tomando P como ponto de origem comum aos vetores �u, �v , w,� existem escalares a, b e c tais
−−→
que o vetor P M = a�u +b�v +cw,
� ou seja, qualquer vetor do espaço pode ser escrito como combinação linear
desses três vetores LI, portanto, esse conjunto gera o espaço. Sejam �u, �v e w
� vetores com representantes
−→ −−→ −−→
P A, P B e P C, abaixo, podemos observar as seguintes situações:
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Um conjunto com três ou mais vetores num plano é sempre LD. Informalmente, um vetor deve gerar a
reta para ser LI, já dois vetores devem gerar um plano para ser LI e três vetores devem gerar o espaço
para ser LI, caso contrário, serão LD. O conjunto vazio {} é linearmente independente e qualquer conjunto
que contenha o vetor �0 é LD.
EXPRESSÃO ANALÍTICA
ÍTICA DEDE
UMUM VETOR
(R e(R
R2 )E R3) 2 3
EXPRESSÃO ANAL VETOR
Vetores no plano R2
Fixada uma base ortonormal para o plano, cada ponto (par ordenado) (x, y) associa-se a um vetor �v =
(x, y) e, reciprocamente, cada vetor do plano pode ser associado a um par ordenado. Notação: �v =
(x, y) = x(1, 0) + y(0, 1) = x�i + y�j.
Igualdade: dois vetores �u = (x1 , y1 ) e �v = (x2 , y2 ) são iguais se x1 = x2 e y1 = y2 .
Soma: �u + �v = (x1 + x2 , y1 + y2 ).
Multiplicação por escalar: dados k ∈ R e �v ∈ R2 definimos k�v = (kx2 , ky2 ).
Dados A e B em R2 , temos:
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−−→ −→ −−→
AB = AO + OB
−−→ −→ −−→
AB = −OA + OB
−−→
AB = −(xA , yA ) + (xB , yB )
−−→
AB = (xB − xA , yB − yA )
−−→
AB = (xB − xA , yB − yA )
−−→
AB = B − A
−−→ −−→
AB = OP .
Vetores no espaço R3
Fixada uma base ortonormal para R3 , cada ponto (terno ordenado) (x, y, z) do espaço euclidiano associa-se
a um vetor �v = (x, y, z) e, reciprocamente, cada vetor do espaço pode ser associado a um terno ordenado.
Notação: �v = (x, y, z) = x(1, 0, 0) + y(0, 1, 0) + z(0, 0, 1) = x�i + y�j + z�k.
Igualdade: dois vetores �u = (x1 , y1 , z1 ) e �v = (x2 , y2 , z2 ) são iguais se x1 = x2 , y1 = y2 e z1 = z2 .
Soma: �u + �v = (x1 + x2 , y1 + y2 , z1 + z2 ).
Multiplicação por escalar: dados k ∈ R e �v ∈ R3 , definimos k�v = (kx2 , ky2 , kz2 ).
−−→ −−→
Dados A e B em R3 , AB = B − A = (xB − xA , yB − yA , zB − zA ) = OP , em que P corresponde ao ponto
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P (xB − xA , yB − yA , zB − zA ).
Partindo das definições acima, é possı́vel demonstrar as propriedades a seguir, isto é, para quaisquer ve-
tores �u, �v , w
� e números reais a e b temos:
i) �u + �v = �v + �u
ii) (�u + �v ) + w
� = �u + (�v + w)
�
iii) �u + �0 = �u
� = �0
iv) �u + (−u)
v) a(b�v ) = (ab)�v
vi) (a + b)�u = a�u + b�v
vii) a(�u + �v ) = a�u + a�v
viii) 1�v = �v
−−→
Exemplo 3: Sejam A = 3 e B = 5 dois pontos da reta real (eixo x) R. Definimos o vetor AB como sendo o
−−→
vetor �v = B −A, ou seja, �v = 5−3 = 2, por outro lado, seu oposto é o vetor �u = BA = A−B = 3−5 = −2.
−−→ −−→
A norma de ��v � = ��u� = |5 − 3| = 2. Note que, se C = 2 e O = 0 (origem da reta), o vetor AB = OC = 2.
−−→
Exemplo 4: Dados dois pontos A e B no plano cartesiano, definimos o vetor AB como sendo o vetor
�v = B − A, em termos de coordenadas cartesianas por �v = (xB − xA , yB − yA ). A norma do vetor é dada
por ��v � = (xA − xB )2 + (yA − yB )2 (Teorema de Pitágoras). Por exemplo, se A(1, 2) e B(5, 5), então,
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−−→ √
temos �v = AB = (5 − 1, 5 − 2) = (4, 3), em que ��v � = 42 + 32 = 5. Observe que, se C(4, 3) e O(0, 0) é
−−→ −−→
a origem do plano cartesiano, temos AB = OC.
−−→ −−→
Marque o ponto C(4, 3), depois o vetor OC e compare com AB.
−−→ −−→
a) AB = CXa
−−→ −−→
b) BC = AXb
−−→ −−→
c) BC = Xc A
−→ −−→
d) CA = AXd
a) b) c) d)
−−→ −−→ −−→ −−→ −−→ −−→ −→ −−→
AB = CXa BC = AXb BC = Xc A CA = AXd
B − A = Xa − C C − B = Xb − A C − B = A − Xc A − C = Xd − A
3 − 2 = Xa − 5 5 − 3 = Xb − 2 5 − 3 = 2 − Xc 2 − 5 = Xd − 2
1 + 5 = Xa 2 = Xb − 2 2 = 2 − X2 2 + 2 − 5 = Xd
∴ Xa = 6 ∴ Xb = 4 ∴ Xc = 0 ∴ Xd = −1
−−→
Exemplo 6: Sejam A e B dois pontos no espaço, definimos o vetor AB como sendo o vetor �v =
B − A, cujas coordenadas são �v = (xB − xA , yB − yA , zB − zA ). A norma do vetor é dada por ��v � =
−−→
(xA − xB )2 + (yA − yB )2 + (zA − zB )2 . Por exemplo, se A(−3, −2, 1) e B(2, 4, 3), temos �v = AB =
−−→ √ √
(2 − (−3), 4 − (−2), 3 − 1) = (5, 6, 2) e ��v � = �AB� = 52 + 62 + 22 = 65.
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Exemplo 7: Sejam A(−1, 2, 3), B(3, 0, −1) e C(2, 1, 1) pontos de R3 . Determine X, Y , Z e T de maneira
que:
−−→ −−→
a) AB = CX
−−→ −−→
b) CB = Y C
−→ −→
c) AC = −AZ
−−→ −→
d) BC = T B
a) b)
−−→ −−→ −−→ −−→
AB = CX CB = Y C
B−A=X −C B−C =C −Y
(3, 0, −1) − (−1, 2, 3) = X − (2, 1, 1) (3, 0, −1) − (2, 1, 1) = (2, 1, 1) − y
(3, 0, −1) + (1, −2, −3) + (2, 1, 1) = X y = (2, 1, 1) + (2, 1, 1) − (3, 0, −1)
∴ X = (6, −1 − 3) ∴ Xb = (1, 2, 3)
c) d)
−→ −→ −−→ −→
AC = −AZ BC = T B
C − A = −(Z − A) C −B =B−T
(2, 1, 1) − (−1, 2, 3) = −Z + (−1, 2, 3) (2, 1, 1) − (3, 0, −1) = (3, 0, −1) − T
Z = (−1, 2, 3) + (−1, 2, 3) − (2, 1, 1) T = (3, 0, −1) + (3, 0, −1) − (2, 1,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
∴ Z = (−4, 3, 5) ∴ T = (4, −1 − 3)
Exemplo 8: Sejam A(1, 1), B(−2, 0) e C(−3, −2) pontos do plano cartesiano (R2 ). Determine as coor-
denadas do ponto Xi em que i =, a, b, c, d.
−−→ −−→
a) BA = CXa
−→ −−→
b) CA = BXb
−−→ −−→
c) BC = AXc
−→ −−→
d) CA = AXd
a) b)
−−→ −−→ −→ −−→
BA = CXa CA = BXb
A − B = Xa − C A − C = Xb − B
(1, 1) − (−2, 0) = Xa − (−3, −2) (1, 1) − (−3, −2) = Xb − (−2, 0)
(1, 1) + (2, 0) + (−3, −2) = Xa (1, 1) + (3, 2) + (−2, 0) = Xb
Xa = (1 + 2 − 3, 1 + 0 − 2) Xb = (1 + 3 − 2, 1 + 2 + 0)
∴ Xa = (0, −1) ∴ Xb = (2, 3)
c) d)
−−→ −−→ −→ −−→
BC = AXc CA = AXd
C − B = Xc − A A − C = Xd − A
(−3, −2) − (−2, 0) = Xc − (1, 1) (1, 1) − (−3, −2) = Xd − (1, 1)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) �s = �u + w
�
�s = �u + w
�
= (1, 3) + 2(1, 2)
= (1, 3) + (2, 4)
= (3, 7)
Sabemos que �s e �t são LD se existir k ∈ R, tal que �s = k�t. Assim, vamos tentar calcular k de maneira
que a igualdade de vetores seja verificada, ou seja
da igualdade de vetores
6k = 3 e 14k = 7
1 1
k= ek=
2 2
Suponhamos, por absurdo, que �u e �v sejam LD, isto é, existe k ∈ R tal que
�u = k�v
(1, 1, 1) = k(1, 0, 2)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1
ou seja, k = 1, 0 = 1 e k = , absurdo, logo �u e �v são LI.
2
w
� = a�u + b�v
(5, 3, 7) = (a + b, a, a + 2b).
Caros(as) cursistas, o GeoGebra é um software que é gratuito, disponı́vel para todas as plataformas
Caros(as) cursistas, o GeoGebra é um software que é gratuito, disponı́vel para todas as plataformas
(windows, linux, android etc). A qualidade e quantidade de recursos disponı́veis nesse aplicativo é
(windows, linux, android etc). A qualidade e quantidade de recursos disponı́veis nesse aplicativo é
impressionante. Assim, sugiro que utilizem sempre que possı́vel, de maneira a auxiliá-los(as), sanar
impressionante. Assim, sugiro que utilizem sempre que possı́vel, de maneira a auxiliá-los(as), sanar
dúvidas, tentem fazer com que esse programa faça parte de seus estudos, não apenas na Geometria
dúvidas, tentem fazer com que esse programa faça parte de seus estudos, não apenas na Geometria
Analı́tica, mas também nas outras disciplinas. O GeoGebra é um aplicativo indispensável, todo
Analı́tica, mas também nas outras disciplinas. O GeoGebra é um aplicativo indispensável, todo
professor de Matemática deveria conhecê-lo, existem inúmeros materiais de apoio disponı́veis na web,
professor de Matemática deveria conhecê-lo, existem inúmeros materiais de apoio disponı́veis na web,
desde apostilas, tutoriais, vı́deos, até comunidades destinadas ao uso dele. Acesse:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
desde apostilas, tutoriais, vı́deos, até comunidades destinadas ao uso dele. Acesse:
<http://www.geogebra.org/>
<http://www.geogebra.org/>
Fonte: o autor
Fonte: o autor
MULTIPLICAÇÃO DE
MULTIPLICAÇÃO DE VETORES
VETORES
MULTIPLICAÇÃO DE VETORES
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, aprendemos a multiplicar dois números, por exemplo, 3 × 5 =
Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, aprendemos a multiplicar dois números, por exemplo, 3 × 5 =
15, o número 15 é chamado de produto, 3 é o primeiro fator e o número 5 é o segundo fator, nesse caso, a
15, o número 15 é chamado de produto, 3 é o primeiro fator e o número 5 é o segundo fator, nesse caso, a
multiplicação é uma operação que vem simplificar a soma de parcelas iguais, isto é, 5 + 5 + 5 = 3 × 5 = 15.
multiplicação é uma operação que vem simplificar a soma de parcelas iguais, isto é, 5 + 5 + 5 = 3 × 5 = 15.
Uma outra multiplicação é definida no Ensino Médio, particularmente no estudo das Matrizes, isto é, dadas
Uma outra multiplicação é definida no Ensino Médio, particularmente no estudo das Matrizes, isto é, dadas
duas matrizes Amp e Bpn , a multiplicação da matriz Amp pela matriz Bpn é uma matriz Cmn e denotada
duas matrizes Amp e Bpn , a multiplicação da matriz Amp pela matriz Bpn é uma matriz Cmn e denotada
por Amp × Bpn = Cmn . Perceba que, na matemática, dado um conjunto (números naturais, racionais,
por Amp × Bpn = Cmn . Perceba que, na matemática, dado um conjunto (números naturais, racionais,
reais, complexos, polinômios, matrizes, funções etc.) é natural tentar definir, primeiramente, a operação
reais, complexos, polinômios, matrizes, funções etc.) é natural tentar definir, primeiramente, a operação
da adição/subtração e, depois, a operação da multiplicação, quando isso é possı́vel, tal conjunto com essas
da adição/subtração e, depois, a operação da multiplicação, quando isso é possı́vel, tal conjunto com essas
operações torna-se um objeto de estudo bem interessante, com propriedades muitas vezes semelhantes ao
operações torna-se um objeto de estudo bem interessante, com propriedades muitas vezes semelhantes ao
estudado com os números reais.
estudado com os números reais.
Apresentaremos, nesta unidade, duas definições para multiplicação de vetores, a saber, o produto interno
Apresentaremos, nesta unidade, duas definições para multiplicação de vetores, a saber, o produto interno
(produto escalar) e, também, o produto vetorial (produto externo). O produto interno é uma função
(produto escalar) e, também, o produto vetorial (produto externo). O produto interno é uma função
binária que associa a cada par de vetores um número real (escalar), enquanto o produto vetorial é uma
binária que associa a cada par de vetores um número real (escalar), enquanto o produto vetorial é uma
função que associa a cada par de vetores um outro vetor.
função que associa a cada par de vetores um outro vetor.
O conceito de produto interno e produto vetorial é de extrema importância para o estudo do cálculo
O conceito de produto interno e produto vetorial é de extrema importância para o estudo do cálculo
vetorial, bem como nas aplicações relacionadas à fı́sica clássica, mecânica e eletromagnetismo. Existem
vetorial, bem como nas aplicações relacionadas à fı́sica clássica, mecânica e eletromagnetismo. Existem
Multiplicação de Vetores
I
muitos estudos que tentam justificar a origem das definições dessas duas operações, no entanto, ficaremos
restritos apenas a defini-los e aplicá-los conforme objetivo do curso.
Produto Interno
Vamos definir uma operação denominada de produto interno, também conhecido por produto escalar
(não confunda com produto por escalar visto na unidade anterior), essa operação associa a cada par de
vetores um número real, mas, para definir tal operação, primeiramente, precisamos de dois conceitos
relacionados aos vetores, o primeiro é o ângulo formado por dois vetores e o segundo é a norma (módulo)
−→ −−→
ou comprimento de um vetor. Assim, sejam �u e �v vetores não nulos com representantes P A e P B.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Definimos o número θ como sendo o ângulo (�u, �v ) medida em radianos (ou graus) no sentido anti-horário
(positivo) com medida 0 ≤ θ ≤ π ou em graus 0o ≤ θ ≤ 180o , assim, o ângulo (�v , �u) no sentido horário é
um ângulo negativo. A norma de um vetor é um número real t denotado por ��v � = |t| que corresponde a
distância entre os pontos P e B. Na unidade anterior, vimos como calcular a norma de um vetor, vamos
relembrar.
−−→
Exemplo 1: Na reta real (eixo x), se A = 5 e B = 8, o vetor �v = B − A = 8 − 5 = 3 e �AB� = ��v � = 3,
lembrando que dado um segmento AB sempre existe um ponto P tal que o segmento AB ∼ OP em que
O é a origem (ou ponto zero), então, em termos de coordenadas, o valor 3 corresponde a distância do P
a origem O.
−−→
No plano cartesiano R2 , dados A(xA , yA ) e B(xB , yB ), se �v = AB, a norma do vetor �v é a distância entre
−−→ �
�AB� = (xB − xA )2 + (yB − yA )2
�
��v � = a2 + b2
−−→ �
�AB� = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 + (zB − zA )2
�
��v � = a 2 + b2 + c 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Definimos como Produto Interno (ou Produto Escalar) dos vetores �u por �v ao número real dado por:
⎧
⎪
⎨ 0, se �u = �0 ou �v = �0
�u.�v =
⎪
⎩ �u�.�v�. cos θ
Observe que se �u e �v são vetores não nulos, �u.�v = �0 se, e somente se, θ = 90o , nesse caso, dizemos que �u
e �v são ortogonais (perpendiculares).
A definição anterior exige que conheçamos o ângulo θ para calcular o produto interno, no entanto, vamos
verificar um resultado interessante para calcular o produto interno sem conhecer o ângulo θ. Esse resul-
tado é válido para bases ortonormais. Faremos a demonstração desse resultado para R3 . Assim, dizemos
que o conjunto {�a, �b, �c} é uma base ortonormal se:
i) �a.�b = �a.�c = �b.�c = 0, isto é, �a, �b e �c são ortogonais entre si.
ii) ��a� = ��b� = ��c� = 1.
Em particular, a base ortonormal {�i, �j, �k} é conhecida como base canônica de R3 , em que �i = (1, 0, 0),
�j = (0, 1, 0) e �k = (0, 0, 1).
Teorema: se {�i, �j, �k} é uma base ortonormal e �u = (x1 , y1 , z1 ) e �v = (x2 , y2 , z2 ), então
�u.�v = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2 .
e
�
��u� = x21 + y12 + z12 .
Multiplicação de Vetores
I
De fato,
De fato,
De fato,
�u.�v = (x1�i + y1�j + z1�k).(x2�i + y2�j + z2�k)
�u.�v = (x1�i�+�2y1�j�+ z1��k).(x � y2�j + z2�k)
�� + x212i�zi+�i�ky+ �i + y1 y2�j 2 + y1 z2�j�k + z1 x2�k�i + z1 y2�k�j + z1 z2�k 2
� 1 xz22�j�k)
�u.�v = x(x11xi2+i y+1 jx+
1 y2zi1jk).(x 2+ 2 jy+
= x1 x2 i�2+ x1 y2 i�j�+ x1 z2 i�k�+ y1 x2 j�i�+ y1 y2�j�22+ y1 z2�j��k�+ z1 x2�k��i�+ z1 y2�k��j�+ z1 z2�k�22
�2 � � �� � �
= x1 x2 .1 i + x1 y2 .0 ij + x1 z2 .0 ik ++ yy11xx22.0
j i+ + yy11yy22.1
j ++yy11zz22.0j k++z1zx1 x
2 .0
2 k+
i +z1zy12y.0
2 k+ j+z1 z21.1
z2 k
= x1 x2 .1 + x1 y2 .0 + x1 z2 .0 + y1 x2 .0 + y1 y2 .1 + y1 z2 .0 + z1 x2 .0 + z1 y2 .0 + z1 z2 .1
= x1 x2 .1 ++ y1xy12y+
2 .0z1+z2x. 1 z2 .0 + y1 x2 .0 + y1 y2 .1 + y1 z2 .0 + z1 x2 .0 + z1 y2 .0 + z1 z2 .1
= x 1 x 2 + y 1 y 2 + z1 z2 .
= x 1 x 2 + y 1 y 2 + z1 z 2 .
Além disso, pondo �v = �u, temos
Além disso, pondo �v = �u, temos
Além disso, pondo �v = �u, temos
�u.�u = ��u�.��u�. cos 0 = x21 + y12 + z12
�u.�u = ��u�.��u�. cos 0 = x212+ y122+ z122
�u.�u = ��u�.��u�. cos 0 = x1 + y1 + z1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e, portanto,
e, portanto, ��u� = x21 + y12 + z12 .
e, portanto,
��u� = x212+ y122+ z122.
��u� = x1 + y1 + z1 .
De maneira análoga, a partir da definição de produto interno �u.�v = ��u���v �. cos θ, podemos mostrar
De maneira análoga, a partir da definiçãoou sejade produto
= x1 .xinterno �u.�v �u==��u xu���evv�.
�v�.cos θ, ,podemos mostrar
que o resultado
De maneira é válido
análoga, na reta
a partir da R, definição �u.�
de vproduto , em que
2interno �u.�v = �� 1��� =
cosxθ, e também
2 podemos em R2
mostrar
que
�que o resultado
u.�v =o xresultado é válido na reta R, ou seja �
u .�
v = , y2x).1 .x2 , em que �u = x1 e �v = x2 , e também emRR2
x 1 .x 2 , em que �
u = x 1 e �
v = x 2 , e também em 2
1 .x2 + y1 .y , em que
é 2válido na �ureta
= (xR, 1 , you1) e �v =�u(x
seja .�v 2=
�u.�v = x1 .x2 + y1 .y2 , em que �u = (x1 , y1 ) e �v = (x2 , y2 ).
�u.�v = x1 .x2 + y1 .y2 , em que �u = (x1 , y1 ) e �v = (x2 , y2 ).
É possı́vel definir produto interno como no resultado do Teorema anterior, ou seja, por definição, o
Éproduto
possı́velinterno
definiréproduto
.�v = x1interno como noRresultado do Teorema
2 , por exemplo) e �u.�v =anterior,
x1 .x2 + you .yseja,
+ z1por definição, o
3 ), e como
É possı́vel definir �uproduto .x 2 + y1 .ycomo
interno 2 (emno resultado do Teorema anterior, ou
1 2seja, .z2 (R
por definição, o
produto internoobtém-se
consequência é �u.�v = xo .x2 + y1 .y2�u(em
1resultado .�v = R��u2,���
2 por
v exemplo)
�. cos θ. e �u.�v livros
Alguns = x1 .xusam
2 + y1a.y2notação
+ z1 .z2 < 3
(R�u3),
, �
v e>como
para
produto interno é �u.�v = x1 .x2 + y1 .y2 (em R , por exemplo) e �u.�v = x1 .x2 + y1 .y2 + z1 .z2 (R ), e como
consequência
indicar obtém-se
o produto
consequência interno.
obtém-se Acesse: �u�u.�v.�v==��
o resultado
o resultado
u���v �. cos θ. Alguns livros usam a notação < �u, �v > para
��u���v �. cos θ. Alguns livros usam a notação < �u, �v > para
indicar o produto interno. Acesse:
<http://www.sato.prof.ufu.br/LeisKepler/node4.html>
indicar o produto interno. Acesse:
<http://www.sato.prof.ufu.br/LeisKepler/node4.html>
Fonte: o autor
<http://www.sato.prof.ufu.br/LeisKepler/node4.html>
Fonte: o autor
Fonte: o autor
Propriedades:
Propriedades:
Propriedades:
i) �u.�v = �v .�u;
i)ii)�u.�v= .�v�v)�v.�u.�;
i) �uk(�
.�vu= =u;(k�u).�v ; ∀x ∈ R
ii)
iii) k(�
�uu.(�
.�vv) + v ; ∀x �u∈.w
= �(k�u=).��u R
ii) k(� u.� v ) =w) (k�u).�v.�v; +
∀x ∈�R
iii) �u.(�v + w) � = �u.�v + �u.w �
iii) �u.(�vmostrar
Vamos + w) � =a�u.� v + �u.w
�
propriedade do item (i). Sejam �u = (x1 , y1 , z1 ) e �v = (x2 , y2 , z2 ) vetores em R3 , temos:
Vamos mostrar a propriedade do item (i). Sejam �u = (x1 , y1 , z1 ) e �v = (x2 , y2 , z2 ) vetores em R33, temos:
Vamos mostrar a propriedade do item (i). Sejam �u = (x1 , y1 , z1 ) e �v = (x2 , y2 , z2 ) vetores em R , temos:
�u.�v = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2
= �v .�u
= 1.2 + 3.5
= 2 + 15
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= 17
= −3 + 2 + 8
=7
c) �a = 2�i − �j + 3�k e �b = �i + �k
=2+0+3
=5
−−→ −→
Exemplo 3: Sejam A(3, 1), B(5, 3) e C(0, 4), mostre que os vetores AB e AC são ortogonais.
Dois vetores são ortogonais se o ângulo formado por eles é igual a 90o , como cos 90o = 0, então devemos
−−→ −→ −−→ −→
ter AB.AC = 0. Assim, temos AB = (5 − 3, 3 − 1) = (2, 2) e AC = (0 − 3, 4 − 1) = (−3, 3), logo
−−→ −→
AB.AC = 2.(−3) + 2.3 = −6 + 6 = 0
Multiplicação de Vetores
I
√
��u� = (−3)2 + 52 = 9 + 25
portanto,
√
��u� = 34
√
b) �v = ( 2, 0, −3)
Em R3 temos
√
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√ √
��v � = ( 2)2 + 02 + (−3)2 = 2 + 0 + 9 = 11
Exemplo 5: Se �u = (1, 1, 4) e �v = (−1, 2, 2), determine o ângulo formado por esses vetores.
Seja θ o ângulo formado pelos vetores �u e �v , como �u.�v = ��u���v � cos θ, logo
�u.�v
cosθ = (∗)
��u���v �
√ √ √
Assim, temos �u.�v = 1.(−1) + 1.2 + 4.2 = −1 + 2 + 8 = 9, ��u� = 12 + 12 + 42 = 18 = 3 2 e
√
��v � = (−1)2 + 22 + 22 = 1 + 4 + 4 = 3, logo, substituindo em (∗) os resultados obtidos resultam que
√
9 1 2
cos θ = √ =√ =
3 2.3 2 2
Perceba que tomamos dois vetores �u e �v em R3 e, a partir de suas coordenadas, obtivemos o ângulo
formado por eles sem mesmo ter que desenhá-los.
No
NoEnsino
EnsinoFundamental,
Fundamental,ééensinada
ensinadaaaregra
regrados
dossinais
sinaispara
paramultiplicação,
multiplicação,isto
istoé,é,negativo
negativocom
comnegativo
negativo
dá
dápositivo,
positivo,positivo
positivocom
comnegativo
negativodá
dánegativo
negativoetc.
etc. Observe
Observealguns
algunsvetores
vetoresna retaR,
nareta R,verifique
verifiquequais
quais
osospossı́veis
possı́veisângulos
ângulosformados
formadospor
poreles
elese,e,utilizando
utilizandoaadefinição
definiçãode
deproduto
produtointerno,
interno,tente
tenteexplicar
explicaraa
regra
regrados
dossinais.
sinais.
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Produto
ProdutoVetorial
Vetorial
Vimos,
Vimos,na
naseção
seçãoanterior,
anterior,que
queooproduto
produtointerno
internoassocia
associacada
cadapar
parde
devetores
vetoresaaum
umnúmero
númeroreal.
real.Veremos
Veremos
agora
agorauma
umaoperação
operaçãochamada
chamadade
deProduto
ProdutoVetorial
Vetorial(ou
(ouProduto
ProdutoExterno)
Externo)que,
que,aacada
cadapar
parordenado
ordenadode
de
vetores
vetores(�u
(�u, �,v�v) )no
noespaço,
espaço,associa-se
associa-seum
umvetor
vetorindicado por�u�u××�v�v. .
indicadopor
Definição:
Definição: Dados
Dadosdois
doisvetores
vetores�u�u==(x
(x1 1, ,yy1 1, ,zz1 1) )ee�v�v==(x
(x2 2, ,yy2 2, ,zz2 2),),nessa
nessaordem,
ordem,ooproduto
produtovetorial
vetorialde
de�u�u
por
por�v�vdenotado por�u�u××�v�vresulta
denotadopor resultaem
emum
umvetor
vetorcom
comasasseguintes
seguintespropriedades:
propriedades:
i)i)��
uu××�v�v��==��
�� uu�.��
�� vv�.|sen(�
�.�� uu, �,v�v)|;
�.|sen(� )|;
ii)�u�u××�v�vééperpendicular
ii) perpendicularao
aoplano
planogerado
geradopor
por�u�uee�v�v; ;
iii)
iii)OOsentido
sentidodo vetor�u�u××�v�vpode
dovetor podeser
serindicado
indicadopela
pelaregra
regrada
damão
mãodireita.
direita. Isto
Istoé,é,suponhamos
suponhamosque
que�u�uee�v�v
determinam
determinamum
umplano
planohorizontal,
horizontal,como
comona
nafigura
figuraaaseguir:
seguir:
Com
Comaamão
mãodireita,
direita,indicamos
indicamospor
por�u�u(dedo
(dedoindicador),
indicador),�v�v(dedo médio)ee�u�u××�v�v(o(opolegar
(dedomédio) polegarextendido),
extendido),esse
esse
último
últimoindica
indicaoosentido
sentidodo vetor�u�u�
dovetor vv. .Por
� Poroutro
outrolado, produto�v�v××�u�utem-se
lado,ooproduto tem-se�v�v(dedo
(dedoindicador),
indicador),�u�u(dedo
(dedo
médio)ee�v�v××�u�u(polegar)
médio) (polegar)aponta
apontapara
paraoosentido
sentidooposto
opostoao
aoanterior,
anterior,ou seja,�u�u××�v�v==−�
ouseja, vv××�u�u. .
−�
OOitem
item(i)
(i)indica
indicaque
queaanorma
normado
doproduto
produtovetorial
vetorialcorresponde
correspondeààárea
áreado
doparalelogramo
paralelogramoABCD.
ABCD.
Multiplicação de Vetores
I
As coordenadas do produto vetorial podem ser obtidas com auxı́lio do cálculo simbólico de um “determi-
nante”. Ou seja, se �u = (x1 , y1 , z1 ) e �v = (x2 , y2 , z2 ), o produto vetorial �u × �v é dado por
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� �
� �
� �i �j �k � �� �
�
�
�
�
�
�
�
�
�
� � �
� � � y1 z1 �� � x1 z1 �
� �
� x 1 y1 �
� ��
�u × �v = �� x1 y1
�=�
z1 � � � �
i − � � �
j + � �k
� � � y z �� � �
� x2 z2 �
� �
� x 2 y2 �
� � 2 2
� x 2 y2 z2 �
ou ainda ⎛� � � � � �⎞
� � � � � �
� � � x1 z1 � � x1 y1 �
⎜� y1 z1 � � � � �⎟
�u × �v = ⎝� �,−� �,� �⎠
� � � � � �
� y2 z2 � � x 2 z2 � � x 2 y 2 �
�u × �v = (y1 z2 − y2 z1 , −(x1 z2 − x2 z1 ), x1 y2 − x2 y1 ) .
Propriedades:
i) �u × �u = �0, ∀ �u
ii) �u × �v = −�v × �u
iii) �u × (�v + w)
� = �u × �v + �u × w
�
iv) (m�u) × �v = m(�u × �v )
v) �u × �v = �0 se, e somente se, um dos vetores é nulo, ou u e v são colineares (paralelos)
vi) O vetor �u × �v é ortogonal aos vetores �u e �v .
Vamos provar a propriedade (ii) utilizando as propriedades dos determinantes, isto é, quando trocamos
Exemplo 6: Sejam �u = (2, 1, 1) e �v = (−1, 0, 2) vetores de R3 , calcule o produto vetorial entre esses
vetores.
Sabemos que
�i �j �k
1 1 2 1 2 1
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� � �
�u × �v = 2 1 1 = i − j + k
0 2
−1 2
−1 0
−1 0 2
Geometricamente, temos
Multiplicação de Vetores
I
Exemplo 7: Calcule a área do paralelogramo determinada pelos vetores �u = (2, 1, 1) e �v = (−1, 0, 2).
Exemplo
Exemplo 7: Calcule a área dodo
paralelogramo determinada pelos vetores �u = (2, 1, 1) e �v = (−1, 0, 2).
Sabemos que7:a área
Calcule a área
do paralelogramoparalelogramo
é dada por:determinada pelos vetores �u = (2, 1, 1) e �v = (−1, 0, 2).
Sabemos que
Sabemos a área dodoparalelogramo é dada por:
Exemplo 7:que a área
Calcule paralelogramo
a área é dada
do paralelogramo por:
determinada pelos vetores �u = (2, 1, 1) e �v = (−1, 0, 2).
A = ��u × �v �
Sabemos que a área do paralelogramo é dada por:
AA==��u��
×
u�v ��v �
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A = 30
Vimos que o produto interno pode ser definido na reta R, no plano R2 , no espaço R3 , no entanto, o
3 . R, planoRda
Vimos 2 , no espaço R3 , no entanto, o
Vimosque
produto queo oproduto
vetorial produto interno
internopode
é por definição
serserdefinido
pode
um vetor definidonanareta
do espaço Rreta R,nonoaplano
Qual parte R2 ,definição queR garante
no espaço 3 , no entanto, o
isso?
produto vetorial é por definição um vetor dodo
espaço R . 3Qual
3 a parte dadadefinição que garante isso?
produto
Vimos que ovetorial
produto é por definição
interno pode um
ser vetor
definido na reta RR,. no
espaço Qual
planoa parte
R2 , no definição
espaço R3que
, nogarante
entanto,isso?
o
produto vetorial é por definição um vetor do espaço R3 . Qual a parte da definição que garante isso?
No aplicativo GeoGebra, é possı́vel definir um vetor dados dois pontos, além disso, é possı́vel efetuar
NoNoaplicativo
aplicativoGeoGebra,
GeoGebra, é possı́vel definir
é possı́vel definir umumvetor dados
vetor dadosdois
doispontos,
pontos,além
alémdisso,
disso,é possı́vel
é possı́velefetuar
efetuar
as operações usuais com vetores, adição, produto por escalar, e também efetuar as multiplicações dos
asas
operações usuais
operações com
usuais comvetores,
vetores,adição, produto
adição, produtopor escalar,
por escalar,e também
e também efetuar
efetuaras multiplicações
as multiplicações dos
vetores
No (Produto
aplicativo Escalaréepossı́vel
GeoGebra, Produtodefinir
Vetorial). Acesse
um vetor o linkdois
dados e veja a dica
pontos, paradisso,
além obteré as efetuardos
multiplicações
possı́vel
vetores (Produto Escalar e Produto Vetorial). Acesse o link e veja a dica para obter asasmultiplicações
devetores
as vetores.(Produto
operações Escalar
usuais com e Produto
vetores, Vetorial).
adição, produto Acesse o link
por escalar, eetambém
veja a dica para
efetuar asobter multiplicações
multiplicações dos
dede
vetores.
vetores.
vetores (Produto Escalar e Produto Vetorial). Acesse o link e veja a dica para obter as multiplicações
<http://forum.geogebra.org/viewtopic.php?f=19&t=24153>
<http://forum.geogebra.org/viewtopic.php?f=19&t=24153>
<http://forum.geogebra.org/viewtopic.php?f=19&t=24153>
de vetores.
Acesso em: 12 dez. 2014.
Acesso
Acessoem:em:1212
dez.
dez.2014.
2014.
<http://forum.geogebra.org/viewtopic.php?f=19&t=24153>
Produto Misto
Produto
ProdutoMistoMisto
Para definirmos o Produto Misto, lembremos que o cálculo do produto interno está associado a um número
Para
Produto
Para definirmos
Mistoo Produto
definirmos o Produto Misto, lembremos
Misto, lembremos que o cálculo
que oO do produto
cálculo interno está associado a um número
real, enquanto o produto vetorial nos dá um vetor. termodo produto
misto interno
indica que está
esse associado a um número
produto envolverá os
real, enquanto o produto vetorial nos dá um vetor. O termo misto indica que esse produto envolverá os
Para definirmos o Produto Misto, lembremos que o cálculo do produto interno está associado a um número os
real,
dois enquanto
tipos de o produto
multiplicação. vetorial nos dá um vetor. O termo misto indica que esse produto envolverá
dois
doistipos dede
tipos multiplicação.
real, enquanto omultiplicação.
produto vetorial nos dá um vetor. O termo misto indica que esse produto envolverá os
dois tipos de multiplicação.
� = (�u × �v ).w.
[�u, �v , w] �
|[�u, �v , w]|
� = ��u × �v �.�w�.|
� cos(�u × �v , w)|
�
(�u × �v ) .w
� = (y1 z2 − y2 z1 , −(x1 z2 − x2 z1 ), x1 y2 − x2 y1 ) .(x3 , y3 , z3 )
Multiplicação de Vetores
I
ou seja,
x1 y1 z1
� = x2 y2 z2
(�u × �v ) .w
x3 y3 z3
portanto,
x1 y 1 z 1
� = x2 y2 z2
[�u, �v , w]
x 3 y 3 z3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os vetores �u, �v e w
� são coplanares se [�u, �v , w]
� = 0, assim temos:
−1 −3 −1
� = 2
[�u, �v , w]
3 −1 = −1(6 − 0) + 3(4 − 1) − 1(0 + 3) = −6 + 9 − 3 = 0.
−1 0 2
Exemplo 9: Verifique se os pontos A(0, 0, 2), B(1, 0, 0), C(−1, −3, 1) e D(−2, −3, 3) estão situados no
mesmo plano.
−−→ −→ −−→
Os pontos dados são coplanares se os vetores AB, AC e AD forem coplanares, da definição de produto
misto, temos:
1−0 0 − 0− 0 − 2
−−→ −→ −−→
[AB, AC, AD] = −1 − 0 −3 − 0 1 − 2
−2 − 0 −3 − 0 3 − 2
1 0 −2
= −1 −3 −1
−2 −3 1
=0
−−→ −→ −−→
portanto, como [AB, AC, AD] = 0, segue que os pontos dados são coplanares.
Exemplo 10: Determine o volume do paralelepı́pedo que tem um dos vértices no ponto A(0, 0, 0) e três
vértices adjacentes
Exemplo 10: 10: B(0, 2,
Determine o 0), C(4, do
volume 0, 0) e D(0, 0, 2). que tem um dos vértices no ponto A(0, 0, 0) e três
paralelepı́pedo
Exemplo Determine o volume do paralelepı́pedo que tem um dos vértices no ponto A(0, 0, 0) e três
vértices adjacentes
vértices B(0,B(0,
adjacentes 2, 0),
2, C(4, 0, 0)0,e0)D(0,
0), C(4, 0, 2).
e D(0, 0, 2).
0−0 2−0 0−0
−−→ −→ −−→
[AB, AC, AD] = 0 4− 0 20 0−− 0 00 0−− 0 0
− 00 − 20 − 00 −
−−→−− −→ − −
→
[AB, → −AD]
AC, → −−→= =4 0− −0 0 0 0−−0 0 0 2−−0 0
[AB, AC, AD] 4 − 0 0 − 0 0 −
0
0 − 0 0 − 0 2 − 0
0 0 2− 00 0 − 0 2 − 0
= 0 4 2 0 0 0
0 2 0
= =4 0 0 0 0 2
4 0 0
= 0(0
0 0−0 0)20 − 2(8
2 − 0) + 0(0 − 0)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
==0(0 − 0)−−0)2(8
−16
= 0(0 − 0)−+0)0(0
− 2(8 − 0)− 0)
+ 0(0
−−→ −→ −−→
= −16
[AB, AC, AD] = = 16−16
−−→
−− −
→→−−−→−−
→ →
[AB, AC,AC,
[AB, = 16
AD]AD] = 16
A multiplicação de vetores tem ampla aplicação no ramo da fı́sica, a saber as Equações de Maxwell.
A<https://www.youtube.com/watch?v=WoZ8kCGQZEE>
multiplicação de vetores
A multiplicação temtem
de vetores ampla aplicação
ampla no ramo
aplicação da fı́sica,
no ramo a saber
da fı́sica, as Equações
a saber de Maxwell.
as Equações de Maxwell.
<https://www.youtube.com/watch?v=WoZ8kCGQZEE>
<https://www.youtube.com/watch?v=WoZ8kCGQZEE>
Multiplicação de Vetores
I
ESPAÇO VETORIAL
ESPAÇO VETORIAL
Definição: (Espaço Vetorial): Considere um conjunto V no qual estão definidas duas operações: uma
adição, que a cada par de elementos u e v de V associa um elemento u + v de V , chamado soma de u e v,
e uma multiplicação por escalar, que a cada número real α e a cada elemento v de V associa um elemento
αv de V , chamado produto de α por v. Dizemos que o conjunto V munido dessas operações é um espaço
vetorial real se são satisfeitas as seguintes condições para u, v e w de V e para α e β reais:
i) u + v = v + u - comutatividade.
ii) u + (v + w) = (u + v) + w - associatividade.
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iii) Existe 0 ∈ V tal que u + O = u - existência de elemento neutro da adição.
iv) Para cada v ∈ V , existe um elemento de V , o qual denotamos de −v tal que v +(−v) = 0 - existência
do oposto.
viii) 1 · u = u.
Além dos exemplos de espaços vetoriais citados na introdução desta unidade, vamos listar a seguir alguns
exemplos de conjuntos que são e outros que não são espaços vetoriais.
Exemplo 2: O conjunto W = {(x, 2x, 3x); x ∈ R} com as operações usuais é um espaço vetorial.
Verifiquemos as oito propriedades.
Sejam u = (a, 2a, 3a), v = (b, 2b, 3b), w = (c, 2c, 3c) com u, v, w ∈ R e α, β ∈ R, assim
= (a + b, 2a + 2b, 3a + 3b)
= (b + a, 2b + 2a, 3b + 3a)
= v+u
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(ii) u + (v + w) = (a, 2a, 3a) + [(b, 2b, 3b) + (c, 2c, 3c)]
= (a + b + c, 2a + 2b + 2c, 3a + 3b + 3c)
= (u + v) + w
= (a + 0, 2a + 0, 3a + 0)
= u
= (a − a, 2a − 2a, 3a − 3a)
= (0, 0, 0)
= 0
= (αβ)v
Espaço Vetorial
I
= αv + βv
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
= (α(a + b), α(2a + 2b), α(3a + 3b))
= αu + αv
= (1 · a, 1 · 2a, 1 · 3a)
= u
Exemplo 3: Seja X um conjunto não vazio qualquer. Seja F (X, R) o conjunto das funções reais,
f : X → R. Para f e g funções reais de F (X, R) e α um escalar, definimos a soma f + g por
= g(x) + f (x)
= (g + f )(x)
= (f + g)(x) + h(x)
= f (x)
(iv) Dada a função f definimos a função −f por (−f )(x) = −f (x), para todo x ∈ R, logo:
= f (x) − f (x)
= 0
= 0(x)
= α(βf (x))
= (αβ)f (x)
= [(αβ)f ](x)
= αf (x) + βf (x)
= [αf + βf ](x)
Espaço Vetorial
I
= αf (x) + αg(x)
= [αf + αg](x)
= f (x)
Observemos que os elementos de um espaço vetorial são chamados vetores. O elemento neutro da soma
→
−
é chamado vetor nulo e denotado por 0 ou 0 . Note que, segundo essa convenção, vetores podem ser
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
polinômios, matrizes etc; e o sı́mbolo 0 será usado também para matrizes nulas, n-uplas de zeros etc.
SUBESPAÇO VETORIAL
Sejam V um espaço vetorial e W um subconjunto não vazio de V . Dizemos que W é um subespaço vetorial
de V , ou simplesmente um subespaço de V , se W , com as operações de adição em V e de multiplicação
de vetores de V por escalares, é um espaço vetorial.
No entanto, não precisamos provar todas as propriedades de espaço vetorial. Como o subconjunto W é
parte de V , o qual é, por definição, espaço vetorial, basta observarmos as condições necessárias para que
um subconjunto W seja um subespaço vetorial na definição seguinte.
i) Se u, v ∈ W , então u + v ∈ W .
ii) Se a ∈ R e u ∈ W , então au ∈ W .
Exemplo 1: Seja V um espaço vetorial. Então o conjunto {0}, constituı́do apenas do vetor nulo, e
também todo o espaço V são subespaços de V . O conjunto {0} é chamado de espaço vetorial nulo.
De fato, é claro que {0} �= ∅. Além disso, dados dois elementos de {0}, a soma deles pertence a {0}
(o único elemento que existe para considerarmos é 0), e o produto de um número real qualquer por um
elemento de {0} resulta no vetor nulo, pertencendo, portanto, a {0}.
Para verificar que V é subespaço vetorial de V , basta aplicar diretamente a definição de subespaço vetorial
e observar que V ∩ V é obviamente um espaço vetorial com respeito às mesmas operações. Por serem os
subespaços mais simples do espaço vetorial V , {0} e V são chamados subespaços triviais de V .
Exemplo 2: Seja V = Rn e sejam i1 , i2 , . . . , ir números naturais tais que 0 < i1 < i2 < · · · < ir n. O
conjunto
W = {(x1 , x2 , . . . , xn ); xir = xi2 = · · · = xir = 0}
Exemplo 4: Seja o espaço vetorial V = M (n, n), conjunto das matrizes quadradas de ordem n, o
subconjunto W das matrizes triangulares superiores é um subespaço vetorial pois a soma de matrizes
triangulares superiores ainda é uma matriz triangular superior, assim como o produto de uma matriz
triangular superior por um escalar.
u + v = (3, 5) �∈ W
Subespaço Vetorial
I
e1 = (1, 0, 0, . . . , 0),
e2 = (0, 1, 0, . . . , 0),
..
.
en = (0, 0, 0, . . . , 1)
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Exemplo 8: Considere todos os vetores em R2 cujos componentes sejam positivos ou nulos. Esse sub-
conjunto é o primeiro quadrante do plano xy e as coordenadas satisfazem x 0 e y 0. Esse conjunto
não é um subespaço, mesmo que ele contenha zero e que a soma nos deixe dentro do subconjunto. A
segunda condição para que um subconjunto seja subespaço vetorial é violada, pois, se o escalar for −1 e
o vetor for v = (1, 1), teremos:
−1v = −1(1, 1) = (−1, −1)
u + v = (3z1 , y1 , z1 ) + (3z2 , y2 , z2 )
= (3z1 + 3z2 , y1 + y2 , z1 + z2 )
= (3(z1 + z2 ), y1 + y2 , z1 + z2 ) ∈ W
αu = α(3z, y, z)
Como espaços vetoriais são conjuntos, um questionamento pertinente seria sobre a união e a interseção de
conjuntos. Será que essas operações preservam a propriedade de espaço vetorial? Ao longo desta subseção,
teremos material para responder a essa pergunta.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Esse exemplo mostra que a união de dois subespaços de um espaço vetorial V não é necessariamente um
subespaço de V . O próximo teorema mostra que a interseção de subespaços é sempre um subespaço.
Exemplo 3: Seja o espaço vetorial V = R3 e as retas r1 e r2 que passam pela origem. Logo temos
r1 ∩ r2 = {0} e r1 ∪ r2 é o feixe formado pelas duas retas, que não é subespaço vetorial de R3 .
Subespaço Vetorial
I
� � � �
x−y y−x x+y x+y
(x, y) = , + ,
2 2 2 2
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COMBINAÇÃO LINEAR
Seja o espaço vetorial V e sejam os vetores v1 , v2 , . . . , vn ∈ V . Um vetor v ∈ V poderá ser escrito como
combinação linear dos vetores v1 , v2 , . . . , vn , se existirem números reais a1 , a2 , . . . , an tal que se tenha:
v = a1 v 1 + a 2 v 2 + · · · + an v n
Exemplo 1: O vetor v = (8, 3, 11) do R3 é uma combinação linear dos vetores u1 = (−1, 2, 3), u2 =
(4, 0, 1) e u3 = (2, 1, −2). Para verificarmos essa afirmação, temos que encontrar números reais a1 , a2 e
a3 para que tenhamos
v = a1 u 1 + a 2 u 2 + a 3 u 3
ou ainda
(8, 3, 11) = a1 (−1, 2, 3) + a2 (4, 0, 1) + a3 (2, 1, −2)
escalonando, obtemos ⎧
⎪
⎪ −a1 + 4a2 + 2a3 = 8
⎪
⎪
⎨
⎪ 8a2 + 5a3 = 19
⎪
⎪
⎪
⎩
−33a3 = 33
v = 2u1 + 3u2 − u3 .
W = [u1 , u2 , . . . , un ]
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Exemplo 2: O espaço gerado pelo vetor u = (2, −1, 1) em R3 é o conjunto W = {α(2, −1, 1); α ∈ R} já
que uma combinação linear de u é um múltiplo escalar de u.
Exemplo 3: Se v1 , v2 ∈ R3 são tais que βv1 �= v2 para todo β ∈ R, então [v1 , v2 ] será o plano que passa
pela origem e contém v1 e v2 .
Exemplo 4: O subespaço de R3 gerado pelos vetores u1 = (1, 2, 0), u2 = (3, 0, 1) e u3 = (2, −2, 1) é o
plano de equação 2x−y −6z = 0. Note que os vetores dados satisfazem a equação obtida para o subespaço
gerado por eles.
Vimos que, dado um conjunto de vetores de um espaço vetorial V , o conjunto de todas as suas combina-
ções lineares é um subespaço vetorial de V . Será que todo subespaço S de V é gerado por um conjunto
de vetores? A resposta para essa pergunta é sim. A verificação fica a cargo do(a) leitor(a).
Em seguida, listamos alguns exemplos sobre esse questionamento.
Exemplo 5: Seja o conjunto S = {(x, 2x); x ∈ R}. Note que todos os elementos de S são da forma
(x, 2x) = x(1, 2). Variando o valor de x, obtemos diversos elementos do conjunto S. Ora, x(1, 2) é a
expressão de uma combinação linear de (1, 2), portanto, todos os elementos de S são combinações lineares
de (1, 2).
Exemplo 6: Seja S = {(x, x + y, y); x, y ∈ R}. Temos que todos os elementos de S são da forma
(x, x + y, y), mas podemos escrever essa forma de outra maneira, como segue
Combinação Linear
I
isto é, os elementos do conjunto S são combinações lineares dos vetores (1, 1, 0) e (0, 1, 1). Podemos
BASE DE UM ESPAÇO VETORIAL
escrever então S = [(1, 1, 0), (0, 1, 1)].
Exemplo 7: Agora, seja S = {(x, y, z); x + y − z = 0}. Nesse caso, para encontrarmos os geradores,
observemos que, na igualdade x + y − z = 0, obtemos z = x + y, assim, todo elemento de S tem a forma
(x, y, x + y). Prosseguindo do mesmo modo que no exemplo anterior, temos
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Vamos introduzir nesta seção dois conceitos essenciais no estudo de Espaços Vetoriais: Base e Dimensão.
Com esses dois conceitos, podemos esclarecer as estruturas desses espaços.
BASES
i) α é LI
ii) V = [α]
Vimos na seção anterior que a base canônica α = {e1 , e2 , e3 } com e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1)
é LI. Esse conjunto também gera R3 , pois qualquer vetor de R3 pode ser representado como combinação
linear da base canônica, isto é, seja u = (x, y, z) ∈ R3 , temos que u = xe1 + ye2 + ze3 .
Exemplo 1: Sejam
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 0 ⎥ ⎢ 0 1 ⎥ ⎢ 0 0 ⎥ ⎢ 0 0 ⎥
M1 = ⎣ ⎦ , M2 = ⎣ ⎦ , M3 = ⎣ ⎦ , M4 = ⎣ ⎦.
0 0 0 0 1 0 0 1
O conjunto α = {M1 , M2 , M3 , M4 } é uma base de M (2, 2), isto é, o espaço vetorial das matrizes quadradas
de ordem 2. De fato, basta observamos que o conjunto α gera o espaço M (2, 2), isto é, dado um vetor
qualquer ⎡ ⎤
⎢ x y ⎥
M =⎣ ⎦
z w
Agora, precisamos mostrar que o conjunto α é LI. Com efeito, seja a equação
a 1 M1 + a 2 M2 + a 3 M3 + a 4 M4 = 0
ou ainda ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 0 ⎥ ⎢ 0 1 ⎥ ⎢ 0 0 ⎥ ⎢ 0 0 ⎥ ⎢ 0 0 ⎥
a1 ⎣ ⎦ + a2 ⎣ ⎦ + a3 ⎣ ⎦ + a4 ⎣ ⎦=⎣ ⎦
0 0 0 0 1 0 0 1 0 0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 2: O conjunto {(0, 1), (0, 3)} não é uma base de R2 , pois é um conjunto LD. De fato, podemos
observar, por exemplo, se u = (0, 1) e v = (0, 3), temos que v = 3u, isto é, são múltiplos, ou ainda, um é
combinação linear do outro.
Em primeiro lugar, vamos obter o conjunto solução deste sistema escalonando-o, isto é:
⎧ ⎧
⎪
⎪ x − y − z − t = 0 ⎪
⎪ x−y−z−t=0
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎨ ⎨
2x + y + t = 0 ⇒
⎪
⎪ ⎪ 3y + 2z + 3t = 0
⎪
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎩ ⎩
z−t=0 z−t=0
Agora, basta mostrar que este conjunto é LI. De fato, dado um α ∈ R, temos
1 5
α , − , 1, 1 = (0, 0, 0, 0)
3 3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(x, y, z, t) = (2y, y, z, y)
= (2y, y, 0, y) + (0, 0, z, 0)
= y(2, 1, 0, 1) + z(0, 0, 1, 0)
Segue que W = [(2, 1, 0, 1), (0, 0, 1, 0)]. O próximo passo é mostrar que esse conjunto é LI. De fato, sejam
α, β ∈ R, tal que
α(2, 1, 0, 1) + β(0, 0, 1, 0) = (0, 0, 0, 0)
ou ainda
(2α, α, 0, α) + (0, 0, β, 0) = (0, 0, 0, 0)
Teorema: Sejam v1 , v2 , . . . , vn vetores não nulos que geram um espaço vetorial V . Então, dentre esses
vetores podemos extrair uma base de V .
Teorema: Sejam um espaço vetorial V gerado por um conjunto finito de vetores v1 , v2 , . . . , vn . Então,
qualquer conjunto com mais de n vetores é, necessariamente, LD (e, portanto, qualquer conjunto LI tem
no máximo n vetores).
Uma consequência desses teoremas é que qualquer base de um espaço vetorial tem sempre o mesmo
número de elementos. Esse número é chamado dimensão de V , e denotado por dimV , é o que veremos
na próxima subseção.
Teorema: Dada uma base β = {v1 , v2 , . . . , vn } de um espaço vetorial V , cada vetor de V é escrito de
maneira única como combinação linear de v1 , v2 , . . . , vn .
⎡ ⎤
⎢ a1 ⎥
⎢ . ⎥
[v]β = ⎢ ⎥
⎢ .. ⎥
⎣ ⎦
an
Exemplo 5: Sejam o espaço vetorial R2 e a base β = {(1, 1), (0, 1)}. Tomando o vetor v = (2, 6), temos
que v = 2(1, 1) + 4(0, 1), então: ⎡ ⎤
⎢ 2 ⎥
[v]β = ⎣ ⎦
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎡ ⎤
⎢ 1 ⎥
Exemplo 6: Seja a base β = {(1, 1), (0, 2)} do R2 . Sejam u, v ∈ R2 . Se [u]β = ⎣ ⎦, vamos determinar
3
u. Se v = (2, 5), vamos determinar [v]β .
⎡ ⎤
⎢ 1 ⎥
Vamos resolver a primeira parte. Como [u]β = ⎣ ⎦, então u = 1(1, 1) + 3(0, 2) = (1, 1) + (0, 6) = (1, 7).
3
⎡ ⎤
⎢ v1 ⎥
Agora, se v = (2, 5) e [v]β = ⎣ ⎦, então
v2
isto é
(2, 5) = (v1 , v1 + 2v2 )
o que resulta em ⎧
⎪
⎨ v1 = 2
⎪
⎩ v + 2v = 5 ⇒ 2 + 2v = 5 ⇒ v = 3/2
1 2 2 2
DIMENSÃO
⎡
2
⎤
⎢ ⎥
Portanto, [v]β = ⎣ ⎦
3/2
Exemplo 7: Seja β = {2, 1 − t, 1 + t + t2 } uma base de P 2 [t], o espaço dos polinômios em uma variável
de grau 2. Vamos determinar as coordenadas de u = t2 − 1 na base β.
⎡ ⎤
⎢ u 1 ⎥
⎢ ⎥
Se β = {b1 , b2 , b3 } e [u]β = ⎢ ⎥
⎢ u2 ⎥ então
⎣ ⎦
u3
u = u1 b1 + u2 b2 + u3 b3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
isto é
t2 − 1 = u1 (2) + u2 (1 − t) + u3 (1 + t + t2 )
o que resulta
t2 − 1 = 2u1 + u2 − tu2 + u3 + tu3 + t2 u3
ou ainda
t2 − 1 = 2u1 + u2 + u3 + (−u2 + u3 )t + u3 t2
⎡ ⎤
⎢ 3/2 ⎥
⎢ ⎥
Portanto, [u]β = ⎢
⎢ 1 ⎥
⎥
⎣ ⎦
1
DIMENSÃO
O número de elementos de uma base de um espaço vetorial V de dimensão finita é chamado de dimensão
de V e denotado por dimV . Se V é um espaço vetorial nulo, então convencionamos dimV = 0.
Exemplo 1: Os espaços vetoriais Rn e M (m, n) são espaços vetoriais de dimensão finita. A dimensão de
Rn é n, já que a base canônica de Rn tem n elementos (ver Exemplo 13). Por essa razão, Rn é chamado
Teorema: Qualquer conjunto de vetores LI de um espaço vetorial V de dimensão finita pode ser com-
pletado de modo a formar uma base de V .
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Em consequência desse teorema, temos que se dimV = n, qualquer conjunto de n vetores LI formará
uma base de V . A justificativa dessa consequência é simples. Se não formasse uma base, poderı́amos,
pelo teorema anterior, completar o conjunto até formá-la e dessa forma terı́amos uma base com mais do
que n vetores em V , o que é absurdo.
Exemplo 4: O conjunto W = {(2, 1), (−1, 3)} é uma base do R2 . De fato, pelo processo prático, temos
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 2 1 ⎥ ⎢ 2 1 ⎥
⎣ ⎦⇒⎣ ⎦
−1 3 0 7
logo, o conjunto W é LI e dimW = 2. Podemos também verificar que o conjunto S = {(2, 1), (0, 7)}
também é uma base do R2 . Se quisermos ainda verificar se realmente o conjunto S, por exemplo, gera o
espaço R2 , basta observarmos que se (x, y) ∈ R2 com
x 2y − x
tomando a = e b = , teremos o desejado. Isto é, tomando os valores de a e b descritos
2 14
anteriormente, temos que qualquer conjunto do R2 pode ser escrito como combinação linear dos elementos
do conjunto S.
Exemplo 5: Sejam os vetores v1 = (1, −1, 1, 2) e v2 = (−1, 1, −1, 0). Vamos completar o conjunto
{v1 , v2 }, de modo a formar uma base do R4 . Como dimR4 = 4, uma base terá quatro vetores LI. Logo,
faltam dois vetores. Basta escolhermos dois vetores de R4 os quais não sejam combinação linear dos vetores
Dimensão
I
v1 e v2 . Essa tarefa é fácil, dos infinitos vetores existentes, podemos escolher, por exemplo, v3 = (0, 0, 1, 1)
e v4 = (0, 1, 1, 1). Com isso, o(a) leitor(a) pode verificar que o conjunto {v1 , v2 , v3 , v4 } é LI e, portanto,
{(1, −1, 1, 2), (−1, 1, −1, 0), (0, 0, 1, 1), (0, 1, 1, 1)}
é uma base de R4 .
Teorema: Se U e W são subespaços de um espaço vetorial V que tem dimensão finita, então dimU
dimV e dimW dimV . Além disso,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 6: Sejam U e W os seguintes subespaços do R3 :
U = {(x, y, z); x = z}
W = {(x, y, z); x + y + z = 0}
= x(1, 0, 1) + y(0, 1, 0)
temos, pelo processo prático, que esses vetores são LI. Logo, dimU = 2.
Da mesma forma que U , temos que W = [(1, 0, −1), (0, 1, −1)] e dimW = 2.
O processo realizado acima foi o escalonamento. Podemos destacar a última linha nula e ,assim,
e dim(U + W ) = 3.
isto é,
3 = 2 + 2 − dim(U ∩ W )
logo, dim(U ∩ W ) = 1.
Exemplo 7: Vamos obter uma base e a dimensão do subespaço U do R4 gerado pelos vetores
{(1, 1, 0, −2), (2, 0, −1, −1), (0, 1, −2, 1), (1, 1, 1, −3)}.
Montamos a matriz M dos vetores anteriores e utilizamos o processo prático (reduzi-la por escalonamento):
Dimensão
I
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 1 0 −2 ⎥ ⎢ 1 1 0 −2 ⎥ ⎢ 1 1 0 −2 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 2 0 −1 −1 ⎥ ⎢ 0 −2 −1 3 ⎥ ⎢ 0 −2 −1 3 ⎥
M =⎢
⎢
⎥∼⎢
⎥ ⎢
⎥∼⎢
⎥ ⎢
⎥
⎥
⎢ 0 1 −2 1 ⎥ ⎢ 0 1 −2 1 ⎥ ⎢ 0 0 −5 5 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
1 1 1 −3 0 0 1 −1 0 0 1 −1
⎡ ⎤
⎢ 1 1 0 −2 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 −2 −1 3 ⎥
∼⎢
⎢
⎥
⎥
⎢ 0 0 −5 5 ⎥
⎢ ⎥
⎣ ⎦
0 0 0 0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vemos que o subespaço U tem base {(1, 1, 0, −2), (0, −2, −1, 3), (0, 0, −5, 5)} e dimU = 3.
Para respondermos essa pergunta, vamos, em primeiro lugar, escrever os vetores do conjunto acima em
forma de matriz e reduzi-la:
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 2 1 0 ⎥ ⎢ 1 2 1 0 ⎥ ⎢ 1 2 1 0 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥∼⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ −1 1 0 1 ⎥ ⎢ 0 3 1 1 ⎥∼⎢ 0 3 1 1 ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
1 5 2 1 0 3 1 1 0 0 0 0
segue
dim(W + U ) = 3 + 3 − 2 = 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, apresentamos o conceito de segmentos orientados: o módulo, a direção e o sentido. Pos-
teriormente, definimos um vetor como conjunto de segmentos equipolentes, é interessante perceber que
um segmento orientado AB é um conjunto de pontos com origem em A e extremidade em B, en-
−−→
quanto um vetor AB é um conjunto de segmentos orientados equipolentes a AB, portanto, segmento
orientado e vetor são objetos matemáticos distintos.
Definimos também as operações com vetores: a adição e a diferença entre vetores, a regra do paralelo-
gramo e a regra do polı́gono fechado; a multiplicação de um número real por um vetor, que, nesse caso,
pode alterar o sentido e o tamanho do vetor, mas preservando a direção; a norma de um vetor como
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
comprimento do vetor; a igualdade de vetores. Sempre com o cuidado em ilustrar geometricamente cada
caso. Verificamos quando um conjunto formado por vetores é linearmente dependente ou linearmente in-
dependente, bem como a noção de combinação linear entre vetores. Na sequência, vimos as multiplicações
dos vetores, o produto interno, o produto vetorial e o produto misto.
Finalizando a unidade, vimos a definição de espaço vetorial, bem como a de subespaço vetorial, o qual
trata-se de subconjuntos de espaços vetoriais que são, por si mesmos, espaços vetoriais também, consi-
derando as mesmas operações definidas no espaço que os contém. Vimos que, para comprovar que um
subconjunto de um espaço vetorial é um subespaço, basta verificar três condições: ser não vazio, ser fe-
chado para as operações de adição e multiplicação por número real. Outro ponto abordado foi a forma de
determinar um subespaço gerado por um conjunto de vetores. Nesse caso, escrevemos um vetor genérico
do espaço como combinação linear dos vetores geradores. Estudamos também as condições para que um
conjunto seja linearmente independente (LI) ou linearmente dependente (LD). Com isso, obtemos que um
conjunto B gerador de um subespaço W e linearmente independente é uma base de W . As bases são
conjuntos geradores mı́nimos para um subespaço, no sentido de que, se um conjunto tem mais elementos
que uma base, então, ele é (LD), e se tem menos elementos que uma base de W , então, não gera W .
Considerações Finais
LEITURA COMPLEMENTAR
Equações de Maxwell
Prezado(a) aluno(a), apenas para exemplificar, apresentamos aqui uma das mais notáveis aplicações
relacionadas ao estudo dos vetores, que são as Equações de Maxwell, em suas equações, aparecem as
multiplicações de vetores: o produto interno e o produto vetorial. Nosso objetivo não é ensinar as teorias
da fı́sica, tampouco explicar o que cada sı́mbolo representa, mas apenas explicitar suas equações formadas
por vetores com as operações definidas neste material.
James Clerck Maxwell (1831 - 1879), fı́sico e matemático escocês, é certamente um dos mais brilhantes
fı́sicos de todos os tempos, devido aos seus estudos sobre eletromagnetismo. Partindo das teorias de
Gauss, Ampére e Faraday, Maxwell conseguiu reunir um conjunto formado por quatro equações capaz de
descrever todos os fenômenos eletromagnéticos. As contribuições de seus estudos para fı́sica são compa-
radas as de Isaac Newton e Albert Einsten.
Fonte: o autor.
Equação 1: Lei de Gauss: “O fluxo do campo elétrico através de uma superfı́cie fechada no vácuo é
igual à soma das cargas internas à superfı́cie dividida pela permissividade elétrica do vácuo”
− −
→ → 1
∇. E = ρ
�0
Equação 2: Lei de Gauss para o magnetismo: “O fluxo magnético resultante no interior de uma
superfı́cie fechada é zero”
− −
→ →
∇. B = 0
Equação 3: Lei de Faraday: “A variação do fluxo do campo magnético gera um campo elétrico”
− −
→ → ∂− →
∇×E =− B
∂t
− −
→ → ∂− →
∇ × B = μ0�j + μ0 �0 E
∂t
67
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
2. Marque no plano cartesiano os seguintes pontos A(4, 2), B(7, 5), C(4, 4) E(−2, −2), H(−3, 3) e
O(0, 0). Determine as coordenadas para os pontos D, F , G, I, J, K, L e M , de forma que:
−−→ −−→ −→ −→
a) AB = CD e) AO = HI
−→ −−→ −→ −−→
b) AC = EF f ) OA = HJ
−−→ −−→ −−→ −→ −→ −→
c) CB = OG g) HC = −LE (Dica: − LE = EL)
−→ −−→ −−→ −−→
d) CA = BK h) − OC = M A
3. Dados os pontos A = 1, B = 3, C = 6, D = −2 e O = 0 sobre a reta R, obtenha:
4. Sejam A(1, 2), B(2, 2), C(2, 1) e D(1, 1) vértices de um quadrado, determine:
a) �u + �v
b) 2�u − �v
c) −�v + w
�
d) �u + �v + w
�
e) −�u − �v − w
�
1 1
f) �u + �v − w �
3 6
7. Considere o paralelogramo abaixo:
em que M , N , O e P são pontos médios dos segmentos AB, BC, CD e DA, respectivamente.
Escreva em termos dos vetores �u e �v os vetores a seguir:
−→
a) AO
−−→
b) DN
−−→
c) DB
−−→
d) ON
−−→ −→ −−→ −→ −→ −→
Mostre que AB + AC + AD + AE + AF = 6AO.
a) W = {p(x) = a + bx + cx2 ; a, b, c ∈ Z}
b) W = {p(x) = a + bx + cx2 ; a = c = 0}
c) W = {p(x) = a + bx + cx2 ; c = a + b}
21. Determine, em cada caso, uma base e a dimensão de V , W , V + W e V ∩ W :
b) V = {[aij ]2×2 ; a11 = a22 e a12 = a21 } e W = {[aij ]2×2 ; a11 = a21 e a12 = a22 }
22. Considere o espaço vetorial R[x]. Determine se os polinômios f (x) = x3 + 4x2 − 2x + 3, g(x) =
x3 + 6x2 − x + 4 e h(x) = 2x3 + 8x2 − 8x + 7 são linearmente dependentes.
24. Para quais valores reais de a os vetores v1 = (a, −1, −1), v2 = (−1, a, −1) e v3 = (−1; −1; a) formam
um conjunto linearmente dependente em R3 ?
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 1 ⎥ ⎢ 0 1 ⎥ ⎢ 0 0 ⎥ ⎢ 0 0 ⎥
25. Determine se as matrizes A = ⎣ ⎦, B = ⎣ ⎦, C = ⎣ ⎦ e D = ⎣ ⎦
0 0 1 0 −1 −1 0 −1
formam uma base de M (2, 2).
26. Considere o subespaço de R4 S = [(1, 1, −2, 4), (1, 1, −1, 2), (1, 4, −4, 8), ]
c) Determine uma condição entre a, b e c para que o vetor (a, b, c) seja uma combinação linear de u
e v.
29. Determinar o subespaço de R4 gerado pelos vetores u = (2, −1, 1, 4), v = (3, 3, −3, 6) e w =
(0, 4, −4, 0).
d) (1, 1, 2, 4), (1, −1, −4, 2), (0, −1, −3, 1), (2, 1, 1, 5)
a) �u = 2 e �v = 3
b) �u = −2 e �v = 3
c) �u = −2 e �v = −3
d) �u = (1, 2) e �v = (3, 4)
e) �u = (1, 2) e �v = (2, −1)
f) �u = (1, 2) e �v = (2, −1)
g) �u = (1, 1) e �v = (−1, 2)
h) �u = (1, 1) e �v = (−4, 1)
i) �u = (−2, −1) e �v (−1, −2)
j) �u = (−4, −1) e �v = (4, 1)
k) �u = (1, 1, 1) e �v = (2, −1, 3)
l) �u = (−2, 3, 5) e �v = (4, 1, 1)
m) �u = (0, −1, 3) e �v = (3, 4, −2)
32. Sejam �a = (−1, 2) e �b = (−3, 1) vetores do R2 , obtenha o ângulo formado por esses vetores.
33. Sejam �u = (1, 1, 0) e �v = (−2, 3, 0) vetores do R3 , obtenha o ângulo formado por esses vetores.
38. Calcule a área do paralelogramo com vértices consecutivos nos pontos A(0, −1, 2), B(3, 1, 2) e
C(−1, 0, 3).
39. Considere o triângulo com vértices A(0, −2, 0), B(0, 0, 2) e C(2, 0, 0):
a) Mostre que esse triângulo é equilátero.
b) Calcule a área do triângulo ABC.
40. Sejam �u = (1, −2, 3) e �v = (3, −1, 2), obtenha um vetor unitário perpendicular a �u e �v .
44. Obtenha o volume do paralelepı́pedo que tem um dos vértices no ponto A(1, 1, 1) e três adjacentes
B(2, 1, 1), C(1, 2, 1) e D(1, 1, 2).
46. Sejam A(1, 0, 2), B(2, −1, 1), C(3, 2, 1) e D(4, 5, 1) pontos de R3 . Mostre que esses pontos estão
sobre um mesmo plano.
Professor Me. Alexandre Shuji Suguimoto
II
UNIDADE
RETAS E PLANOS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Reconhecer e determinar equações do plano.
■■ Reconhecer e determinar equações da reta.
■■ Identificar as posições relativas entre planos.
■■ Identificar as posições relativas entre retas.
■■ Calcular distâncias.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Sistema de Coordenadas
■■ Plano no Espaço
■■ Reta no Espaço
■■ Distâncias
77
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
SISTEMA DE COORDENADAS
A Geometria Analı́tica, também conhecida como geometria das coordenadas, baseia-se no estudo da
geometria com a utilização da Álgebra, indı́cios históricos apontam que seus estudos iniciaram com o
matemático francês René Descartes (1596-1650), criador do sistema de coordenadas cartesianas ou
plano cartesiano, ele conseguiu estabelecer relações entre a geometria e a álgebra ao analisar o ponto,
distâncias, retas e circunferências no plano cartesiano por meio de suas coordenadas.
Nesta unidade, vamos estudar as equações da reta, equações do plano, cálculo de distância, ângulo e
posições relativas no sistema de coordenadas R3 .
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos lembrar de alguns fatos importantes relacionados à geometria no plano xy, por exemplo, por dois
pontos distintos passa uma única reta, ou seja, para obtermos a equação de uma reta, precisamos de dois
pontos, equivalentemente, dada a inclinação da reta e um ponto do plano, existe uma única reta que passa
por esse ponto com essa inclinação. Fazendo analogia ao exemplo anterior, no espaço R3 , para definirmos
a equação de uma reta, precisamos de dois pontos distintos, ou equivalentemente de um ponto e um vetor,
esse último nos fornece a direção da reta, da mesma forma que o coeficiente angular no plano. Agora, para
definirmos a equação de um plano no espaço R3 , precisamos de três pontos distintos, mais ainda, esses
três pontos devem ser não colineares, ou equivalentemente, para obtermos a equação do plano, precisamos
de dois vetores linearmente independentes e mais um ponto por onde deve passar o plano. É importante
se atentar a esses detalhes, pois podem auxiliá-los na compreensão e dedução das fórmulas e resolução
dos problemas.
Apesar da importância da dedução das fórmulas, esperamos que o leitor tenha domı́nio em aplicá-las na
resolução dos problemas propostos.
SISTEMA DE COORDENADAS
Seja O um ponto do espaço que chamaremos de origem, tomemos os segmentos OA, OB e OC unitários
−→ −−→ −−→
e ortogonais entre si. Os vetores �i = OA, �j = OB e �k = OC representam uma base ortonormal que
chamaremos de Sistema Ortogonal de coordenadas de R3 . Indicaremos por OX, OY e OZ as retas
que contém os pontos OA, OB e OC respectivamente, ou apenas eixos x, y e z (eixos coordenadas). O
plano que contém os eixos x e y recebe o nome de plano xy, x e z de plano xz e y e z de plano yz. A
cada ponto P do espaço, corresponde um único segmento orientado OP com origem em O, esse segmento
Introdução
II
−−→
determina um único vetor �v = OP que se escreve como combinação linear dos vetores �i, �j e �k
ou simplesmente
�v = (x, y, z).
Assim, podemos representar cada ponto P do espaço por meio do terno ordenado de coordenadas carte-
sianas P = (x, y, z) ou P (x, y, z). Reciprocamente, cada terno ordenado (x, y, z) corresponde a um único
−−→
ponto P do espaço, tal que OP = x�i + y�y + �z = (x, y, z).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Distância entre Dois pontos
Vamos deduzir a fórmula da distância entre dois pontos no espaço. Sejam A(xA , yA , zA ), B(xB , yB , zB ) e
O(0, 0, 0) pontos de R3 .
�
Denotemos a distância entre os pontos A e B por d(A, B), assim temos d(A, B) = �AB�, como
−−→ −−→ −→
AB = BO + OA
−−→ −→
= −OB + OA
= −(xB − 0, yB − 0, zB − 0) + (xA − 0, yA − 0, zA − 0)
= (xA − xB , yA − yB , zA − zB )
RETAS E PLANOS
79
segue que
PLANO NO ESPAÇO
−−→
�AB� = (x A − xB )2 + (yA − yB )2 + (zA − zB )2
e, portanto,
d(A, B) = (xA − xB )2 + (yA − yB )2 + (zA − zB )2
PLANO NO ESPAÇO
Equações Paramétricas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos determinar uma equação do plano definido por 3 pontos. Sejam A(xA , yA , zA ), B(xB , yB , zB ) e
C(xC , yC , zC ) pontos não colineares e π o plano que contém esses pontos, assim, se um ponto genérico
−−→ −→
P (x, y, z) pertence ao plano π, vamos encontrar condições para que P ∈ π. Como AB, AC são LI, logo,
−→ −−→ −→ −→
P ∈ π se existem escalares a e b tais que AP = aAB + bAC, ou seja, AP é combinação linear dos vetores
−−→ −→
AB e AC.
−→ −→ −−→
Como AP = AO + OP , segue que
−→ −−→ −−→ −→
AO + OP = aAB + bAC
−−→ −→ −−→ −→
OP = −AO + aAB + bAC
−−→ −→ −−→ −→
OP = OA + aAB + bAC
−−→ −→ −−→ −→
OP = OA + aAB + bAC
Plano no Espaço
II
Essas são as equações paramétricas do plano π, os números a e b são os parâmetros do ponto P (x, y, z).
Assim, para cada ponto P do plano existe um par ordenado (a, b) associado a ele e, reciprocamente, cada
par ordenado (a, b) corresponde a um ponto P do plano.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 1: Sejam A(1, 2, 3), B(−1, 0, 1) e C(3, 1, 5) pontos de R3 . Determine as equações paramétricas
do plano que passa por esses 3 pontos e verifique se os pontos D(−1, 0, 1) e E(3, 1, 0) pertencem a este
plano.
Temos:
xA = 1, xB = −1 e xC = 3
yA = 2, yB = 0 e yC = 1
zA = 3, zB = 1 e zC = 5
substituindo, obtemos ⎧
⎪
⎪ x = 1 + a(−1 − 1) + b(3 − 1)
⎪
⎪
⎨
⎪ y = 2 + a(0 − 2) + b(1 − 2)
⎪
⎪
⎪
⎩
z = 3 + a(1 − 3) + b(5 − 3)
Agora, vamos verificar se o ponto D(−1, 0, 1) pertence ao plano, para tanto, substituı́mos as coordenadas
do ponto nas equações paramétricas e obtemos o seguinte sistema de três equações e duas incógnitas:
⎧
⎪
⎪ −1 = 1 − 2a + 2b
⎪
⎪
⎨
⎪ 0 = 2 − 2a − b.
⎪
⎪
⎪
⎩
1 = 3 − 2a + 2b
RETAS E PLANOS
81
Equivalentemente ⎧
⎪
⎪ −2 = −2a + 2b
⎪
⎪
⎨
⎪ −2 = −2a − b
⎪
⎪
⎪
⎩
−2 = −2a + 2b
cuja solução é o par ordenado (a, b) = (1, 0) e, portanto, o ponto D(−1, 0, 1) pertence ao plano. Por outro
lado, para o ponto E(3, 1, 0), obtemos o seguinte sistema
⎧
⎪
⎪ 3 = 1 − 2a + 2b
⎪
⎪
⎨
⎪ 1 = 2 − 2a − b
⎪
⎪
⎪
⎩
0 = 3 − 2a + 2b
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ou seja, ⎧
⎪
⎪ 2 = −2a + 2b
⎪
⎪
⎨
⎪ −1 = −2a − b
⎪
⎪
⎪
⎩
−3 = −2a + 2b
que não admite solução. Logo, como não existe um par ordenado que é solução do sistema anterior,
concluı́mos que esse ponto E não pertence ao plano.
Vamos obter agora uma outra equação do plano definida por 3 pontos, se os pontos A, B, C e P são
−→ −−→ −→
coplanares, então, o conjunto {AP , AB, AC} é LD, logo, do produto misto temos
−→ −−→ −→
[AP , AB, AC] = 0
Plano no Espaço
II
−−→ −→
Pondo AB = (a1 , b1 , c1 ), AC = (a2 , b2 , c2 ) em que a1 = xB −xA , b1 = yB −yA , c1 = zB −zA , a2 = xC −xA ,
b2 = yC − yA e c2 = zC − zA , segue que
x − xA y − y A z − zA
=0
a1 b1 c1
a2 b2 c2
chamando de a = b1 c2 − c1 b2 , b = a2 c1 − a1 c2 e c = a1 b2 − b1 a2
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(x − xA )a + (y − yA )b + (z − zA )c = 0
ax + by + cz + d = 0
Exemplo 2: Determine a equação geral do plano π que passa pelos pontos A(1, 0, 2), B(−1, 2, 0) e
C(0, 1, −2).
Seja π o plano que passa pelos pontos A(1, 0, 2), B(−1, 2, 0) e C(0, 1, −2), considere P (x, y, z) um ponto
−→ −−→ −→
genérico desse plano. Assim, AP = (x − 1, y, z − 2), AB = (−2, 2, −2) e AC = (−1, 1, −4) e do produto
misto temos
x−1 y z−2
−2 2 −2 = 0
−1 1 −4
−6x + 6 − 6y = 0
−6x − 6y + 6 = 0
RETAS E PLANOS
83
Dizemos que um vetor �n é normal (perpendicular) a um plano π se ele é perpendicular a todos os vetores
desse plano. Assim, seja �n = (a, b, c) um vetor normal a um plano π e A(xA , yA , zA ) um ponto desse
−→
plano, logo, um ponto P (x, y, z) pertence a π se AP é perpendicular ao vetor �n, isso ocorre se
−→
�n.AP = 0 (equação normal do plano)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
segue que
(a, b, c).(x − xA , y − yA , z − zA ) = 0
ax + by + cz + d = 0.
Assim, acabamos de verificar que é possı́vel obter a equação de um plano, dados um vetor normal a ele e
um ponto desse plano, note também que, dada uma equação de um plano ax + by + cz + d = 0, o vetor
�n = (a, c, b) é um vetor normal a esse plano.
Observe que fixado um vetor �n = (a, b, c) todo plano com equação ax + by + cz + d = 0 é perpendicular
ao vetor �n, particularmente, para cada valor d ∈ R obtemos um plano ortogonal ao vetor dado, em que
esses planos são todos paralelos entre si. Lembre-se que dada uma equação do 1o grau y = ax + b, fixando
o coeficiente angular a e percorrendo todos valores reais para o coeficiente linear b, obtemos uma famı́lia
de retas paralelas “varrendo” todo plano xy, o mesmo ocorre com a equação ax + by + cz + d = 0, ao
variarmos todos os valores d, percorremos todo espaço R3 .
Acesse o link abaixo e veja a determinação de um vetor normal a partir de sua equação do plano:
Acesse o link abaixo e veja a determinação de um vetor normal a partir de sua equação do plano:
Acesse o link abaixo e veja a determinação de um vetor normal a partir de sua equação do plano:
<https://pt.khanacademy.org/math/linear-algebra/vectors and spaces/dot cross products/v/normal-
<https://pt.khanacademy.org/math/linear-algebra/vectors and spaces/dot cross products/v/normal-
vector-from-plane-equation>.
vector-from-plane-equation>.
Exemplo 3: Determine a equação do plano que passa pelo ponto A(1, −1, 3), sendo �n = (1, −1, 2) um
Exemplo 3: Determine a equação do plano que passa pelo ponto A(1, −1, 3), sendo �n = (1, −1, 2) um
vetor normal a esse plano.
vetor normal a esse plano.
Vimos que se �n = (1, −1, 2) é um vetor normal ao plano de equação ax + by + cz + d = 0, sendo a = 1,
Vimos que se �n = (1, −1, 2) é um vetor normal ao plano de equação ax + by + cz + d = 0, sendo a = 1,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b = −1 e c = 2, ao substituirmos, obtemos:
b = −1 e c = 2, ao substituirmos, obtemos:
1x − 1y + 2z + d = 0
1x − 1y + 2z + d = 0
1+1+6+d=0
1+1+6+d=0
d = −8.
d = −8.
Portanto, a equação é do plano com vetor normal �n = (1, −1, 2) e que passa pelo ponto A(1, −1, 3) é
Portanto, a equação é do plano com vetor normal �n = (1, −1, 2) e que passa pelo ponto A(1, −1, 3) é
x − y + 2z − 8 = 0.
x − y + 2z − 8 = 0.
RETAS E PLANOS
85
Equações Paramétricas
Sejam A(xA , yA , zA ), �u = (a1 , b1 , c1 ) e �v = (a2 , b2 , c2 ) vetores não nulos. Tomemos os pontos B e C, tais
−−→ −→
que os vetores AB e AC sejam representantes (ou diretores) dos vetores �u e �v .
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
−−→ −→
Assim, se AB e AC são vetores LI, então, existe um plano π que contém os segmentos AB e AC, logo,
−→
se P (x, y, z) ∈ π o vetor AP pode ser escrito como combinação linear dos vetores �u e �v , isto é, existem
escalares p e q tais que
−→
AP = p�u + q�v
−→ −−→
AO + OP = p�u + q�v
−→ −−→
−OA + OP = p�u + q�v
−−→ −→
OP = OA + p�u + q�v
que são as equações paramétricas do plano que passa pelo ponto dado A e tem vetores diretores �u e �v .
Cada ponto P está associado a um par de parâmetros (p, q) e, reciprocamente, cada par (p, q) associa-se
a um ponto P do espaço, por exemplo, o par (0, 0) associa o ponto P = A.
Exemplo 4: Determine as equações paramétricas do plano π que passa pelo ponto A(1, −1, 0) e é paralelo
Sistema de Coordenadas
II
e, portanto, obtemos
⎧
⎪
⎪ x = 1 + p − 5q
⎪
⎪
⎨
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎪ y = −1 − 3p + 2q.
⎪
⎪
⎪
⎩
z = 7p + 4q
Equação Geral
Agora, para obtermos a equação cartesiana (ou geral) do plano determinada por 2 vetores e 1 ponto,
lembremos que �u × �v é ortogonal ao plano π, isto é
−→
AP .(�u × �v ) = 0
� �
� �
� x − x A y − y A z − zA �
� �
� �
� �=0
� a1 b1 c1 �
� �
� �
� a2 b2 c2 �
RETAS E PLANOS
87
Chamando de a = b1 c2 − c1 b2 , b = a2 c1 − a1 c2 e c = a1 b2 − b1 a2
(x − xA )a + (y − yA )b + (z − zA )c = 0
ax + by + cz + d = 0.
Exemplo 5: Obtenha a equação cartesiana do plano π que passa pelo ponto A(2, 1, −3) e é paralela aos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Se P (x, y, z) ∈ π, temos
x−2 y−1 z+3
=0
1 3 0
−2 5 1
3x − 6 − y + 1 + 11z + 33 = 0
3x − y + 11z + 28 = 0.
Sejam π1 e π2 planos com equações a1 x+b1 y +c1 z +d1 = 0 e a2 x+b2 y +c2 z +d2 = 0, respectivamente. Os
vetores �n1 = (a1 , b1 , c1 ) e �n2 = (a2 , b2 , c2 ) são vetores perpendiculares aos planos π1 e π2 , respectivamente.
Utilizando as propriedades da geometria espacial, é possı́vel verificar que o ângulo θ formado por esses
dois planos é o mesmo ângulo formado pelos vetores normais. Assim, do produto interno temos
Sistema de Coordenadas
II
e, portanto,
RETA NO ESPAÇO cos θ =
|�n1 .�n2 |
, com 0 ≤ θ ≤
θ
��n1 ���n2 � 2
Sabemos que os vetores normais aos planos dados são �n1 = (2, 3, −1) e �n2 = (1, −1, 4), segue que
=2−3−4
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= −5,
√ √ √ √
além disso, temos ��n1 � = 4 + 9 + 1 = 14 e ��n2 � = 1 + 1 + 16 = 18, como
�n1 .�n2
cos θ =
�n�1 ���n2 �
substituindo, obtemos
−5
cos θ = √ √
14. 18
√
−5 7
cos θ =
42
cos θ ∼
= 0, 3149
arccos(cos θ) ∼
= arccos 0, 3149
θ∼
= 71, 64o .
RETA NO ESPAÇO
Sabemos que dados dois pontos distintos P1 (x1 , y1 , z1 ) e P2 (x2 , y2 , z2 ) existe uma única reta que passa
por esses pontos. Seja P (x, y, z) um ponto dessa reta que chamaremos der, assim, temos um conjunto
RETAS E PLANOS
89
−−→ −−−→
{P1 P , P1 P2 } Linearmente Dependente, isto é, existe um λ ∈ R tal que
−−→ −−−→
P1 P = λP1 P2
−−→ −−→ −−−→
P1 O + OP = λP1 P2
−−→
OP = λ(x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 ) + (x1 , y1 , z1 )
ou seja, ⎧
⎪
⎪ x = x1 + λ(x2 − x1 )
⎪
⎪
⎨
y = y1 + λ(y2 − y1 ) equações paramétricas da reta r.
⎪
⎪
⎪
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎪
⎩
z = z1 + λ(z2 − z1 )
x − x1 y − y1 z − z1
λ= = =
x2 − x1 y 2 − y1 z2 − z1
que são as equações simétricas da reta. A relação acima nos dá a condição para que três pontos estejam
alinhados, ou seja, os pontos P , P1 e P2 estão alinhados se as razões acima são iguais a uma constante.
Particularmente, se uma reta r passa pelos pontos P1 (x1 , y1 , z1 ) e P (x, y, z) e tem direção do vetor
Reta no Espaço
II
⎧
⎪
⎪ x = x1 + λa
⎪
⎪
⎨
y = y1 + λb equações paramétricas da reta r
⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
z = z1 + λc
x − x1 y − y1 z − z1
= = equações simétricas da reta r.
a b c
Exemplo 7: Determine a equação paramétrica da reta que passa pelos pontos P1 (1, 2, 0) e P2 (−1, 3, 5).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Seja r a reta determinada pelos pontos P1 e P2 , assim, se P (x, y, z) ∈ r, temos
−−−→
P = P1 + λP1 P2
portanto, ⎧
⎪
⎪ x = 1 − 2λ
⎪
⎪
⎨
⎪ y = 2+λ .
⎪
⎪
⎪
⎩
z = 5λ
Exemplo 8: Mostre que os pontos A(−2, 2, 5), B(2, 0, 3) e C(0, 1, 4) estão alinhados.
Seja r a reta que passa pelos pontos A, B e P (x, y, z), assim temos
−−→
P = B + λAB
isto é, ⎧
⎪
⎪ x = 2 + 4λ
⎪
⎪
⎨
⎪ y = −2λ
⎪
⎪
⎪
⎩
z = 3 − 2λ
RETAS E PLANOS
91
x−2 y −z + 3
=− = = λ.
4 2 2
0−2 1 −4 + 3 1
=− = =− =λ
4 2 2 2
Seja r uma reta perpendicular ao plano π e que passa pelo ponto A(−1, 2, 7), o vetor �n = (3, 2, −5) é
normal ao plano π, substituindo diretamente na fórmula anterior, obtemos as equações paramétricas
⎧
⎪
⎪ x = −1 + 3λ
⎪
⎪
⎨
⎪ y = 2 + 2λ
⎪
⎪
⎪
⎩
z = 7 − 5λ
Reta no Espaço
II
−→
AP = λn�1 × n�2 para algum λ real
mas � �
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
� �
� �i �j �k �
� �
� �
n�1 × n�2 = �� a1 b 1
�
c1 �
� �
� �
� a 2 b2 c2 �
segue que
−→
AP = λ(b1 c2 − b2 c1 , a2 c1 − a1 c2 , a1 b2 − a2 b1 )
e, portanto, obtemos ⎧
⎪
⎪ x = xA + λ(b1 c2 − b2 c1 )
⎪
⎪
⎨
⎪ y = yA + λ(a2 c1 − a1 c2 ) .
⎪
⎪
⎪
⎩
z = zA + λ(a1 b2 − a2 b1 )
RETAS E PLANOS
93
Quando
Quandoresolvemos
resolvemosum
umsistema
sistemadedetrês
trêsequações
equaçõescom
comtrês
trêsincógnitas,
incógnitas,a asolução
solução(caso
(casoexista)
exista)é éum
um
ponto interseçãodesses
pontodadainterseção dessestrês
trêsplanos.
planos.Acesse
Acesseo olink
linke everifique
verifiquetodas
todaspossibilidades:
possibilidades:
<http://pt.slideshare.net/luanadavila/luana-14123718>.
<http://pt.slideshare.net/luanadavila/luana-14123718>.
Exemplo
Exemplo10:
10:Sejam
Sejamπ1π1e eπ2π2planos
planoscom equaçõesx x++2z2z−−8 8==0 0e ex x++4y4y−−2z2z++4 4==0.0.Encontre
comequações Encontreasas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
equações
equaçõesparamétricas
paramétricasdadainterseção
interseçãodesses
dessesplanos.
planos.
OsOsvetores
vetoresnormais
normaisaos
aosplanos sãon�1n�1==(1,(1,
planossão 0,0,
2)2)e e�n2�n2==(1,(1, −2),
4,4, comon�1n�×
−2),como n� �2é éparalelo
1 × 2n paraleloa ainterseção
interseção
desses
dessesplanos,
planos,logo,
logo,temos
temos �� �
�� � �
� ��i �i �j �j �k �k � �
�� � �
�� � �
�� � �
�n1�n× �
n
× �
n
2 = =
� 1 0 2 � �
1 2
��� 1 0 2 � �
�� � �
� �1 4 −2 � �
1 4 −2 �
�n1�n× �i(0
�n n2== �j(−2
�i(0−−8)8)−− �k(4
�j(−2−−2)2)++ �k(4−−0)0)
1 × 2�
�n1�n× �n n2==(−8,
1 × 2� (−8,4,4,
4).4).
Agora,
Agora,vamos
vamosobter
obterum
umponto
pontodadainterseção,
interseção,particularmente
particularmentepara
parax x==0,0,temos
temos
⎧⎧
⎪
⎨⎪
⎨ 2z2z−−8 8 ==0 0
⎪
⎩⎪
⎩4y4y−−2z2z ==−4
−4
segue
segueque
quez z==4 4e,e,substituindo,
substituindo,obtemos
obtemos
4y4y−−2.4
2.4==−4
−4
4y4y−−8 8==−4
−4
4y4y==4 4
y y==1 1
logo,
logo,um
umponto
pontodadainterseção
interseçãoé éum
umponto
pontoA(0,
A(0,1,1,
4).4).Assim,
Assim,seseP P
(x, z)z)∈ ∈π1π∩
y,y,
(x, π , temos
1 ∩ 2π2 , temos
−→
−→= λ(�n × �n )
AP
AP = λ(�1n1 × 2�
n2 )
Reta no Espaço
II
Planos Paralelos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Se π1 e π2 são paralelos, então, �n1 e �n2 são múltiplos (paralelos), isto é, existe λ tal que
�n1 = λ�n2
(a1 , b1 , c1 ) = λ(a2 , b2 , c2 )
a1 b1 c1
λ= = = .
a2 b2 c2
Exemplo 11: Mostre que os planos π1 e π2 determinados pelas equações 15x − 12y + 6z + 9 = 0 e
5x − 4y + 2z + 7 = 0 são paralelos.
De fato, sejam �n1 = (15, −12, 6) e �n2 = (5, −4, 2) vetores normais aos planos π1 e π2 , devemos exibir um
λ ∈ R tal que
�n1 = λ�n2
como
(15, −12, 6) = λ(5, −4, 2)
logo,
15 −12 6
= = = λ.
5 −4 2
Portanto, tomando λ = 3, obtemos �n1 = 3�n2 , o que mostra que π1 e π2 são paralelos.
RETAS E PLANOS
95
Planos Perpendiculares
�n1 .�n2 = 0
Temos que �n1 = (3, −4, −3) e �n2 = (1, 0, 1) são vetores normais aos planos dados, logo, do produto interno
temos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
�n1 .�n2 = 3 − 0 − 3
�n1 .�n2 = 0
Retas Paralelas
No caso em que r1 é paralela à r2 , dizemos que o ângulo formado é igual a zero. Assim, considere
�u = (a1 , b1 , c1 ) e �v = (a2 , b2 , c2 ) vetores diretores das retas r1 e r2 , respectivamente, para verificar que
essas retas são paralelas, basta exibir λ ∈ R tal que
�u = λ�v
(a1 , b1 , c1 ) = λ(a2 , b2 , c2 )
ou, equivalentemente,
a1 b1 c1
λ= = = .
a2 b2 c2
Reta no Espaço
II
Exemplo 13: Seja r1 a reta que passa pelos pontos O(0, 0, 0) e A(1, 1, 1), r2 a reta que passa pelos pontos
B(0, 0, 2) e C(2, 2, 4). Mostre que essas retas são paralelas.
−→ −−→
De fato, temos �v1 = OA = (1, 1, 1) tem direção da reta r1 e �v2 = BC = (2, 2, 2) tem direção da reta r2 ,
logo, da condição de paralelismo, temos
1 1 1
λ= = =
2 2 2
Quando r1 é concorrente à r2 , o ângulo θ entre essas retas é o menor entre os quatro ângulos formados
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
no ponto em comum, caso r1 e r2 sejam reversas, marcamos um ponto P , por exemplo, sobre a reta r1
e traçamos uma reta r3 paralela a r2 , passando por esse ponto, o ângulo formado pelas retas r1 e r3 é o
ângulo entre as retas r1 e r2 .
Assim, se �v1 e �v2 são vetores diretores de r1 e r2 , então, ângulo formado por essas retas é tal que:
|�v1 .�v2 |
cos θ =
��v1 ���v2 �
Seja θ o ângulo formado por essas retas, as direções das retas r1 e r2 são dadas por �v1 = (1, 1, −2) e
�v2 = (−2, 1, 1), logo
RETAS E PLANOS
97
|�v1 .�v2 |
cos θ =
��v1 �.��v2 �
|1.(−2) + 1.1 + (−2).1|
cos θ = � �
11 + 12 + (−2)2 . (−2)2 + 12 + 12
| − 2 + 1 − 2|
cos θ = √ √
1 + 1 + 4. 4 + 1 + 1
3
cos θ =
6
1
cos θ =
2
portanto, θ = 60o .
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Retas Ortogonais
Sejam r1 e r2 duas retas com direção dos vetores �u = (a1 , b1 , c1 ) e �v = (a2 , b2 , c2 ), respectivamente,
dizemos que r1 é ortogonal à r2 (formam um ângulo de 90o ), quando
�u.�v = 0.
As retas r1 e r2 possuem direção dos vetores v1 = (1, −1, 3) e v2 = (1, 4, 1), respectivamente. Logo, do
produto interno segue que
=1−4+3
=0
Reta no Espaço
II
DISTÂNCIAS
DISTÂNCIAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, a distância d do ponto P0 ao plano π é
−−→
d(P0 , π) = �AP0 �
−−→ −−→ −−→
d(P0 , π) = �P0 P �| cos(P0 A, P0 P )|
−−→ −−→ −−→ −−→
�AP0 ��P0 P �| cos(P0 A, P0 P )|
d(P0 , π) = −−−→ (∗)
�AP0 �
note que �n = (a, b, c) é normal ao plano π, logo, existe λ real tal que
−−→
AP0 = λ�n
−−→
AP0 = |λ|(a, b, c) (∗∗)
−−→
�AP0 � = |λ| a2 + b2 + c2 (∗ ∗ ∗)
−−→ −−→
|AP .P P |
d(P0 , π) = √ 0 0
|λ| a2 + b2 + c2
|λ(a, b, c).(x − x0 , y − y0 , z − z0 )|
d(P0 , π) = √
|λ| a2 + b2 + c2
| − λ(ax0 + by0 + cz0 − ax − by − cz)|
d(P0 , π) = √
|λ| a2 + b2 + c2
|λ||(ax0 + by0 + cz0 − ax − by − cz)|
d(P0 , π) = √ .
|λ| a2 + b2 + c2
RETAS E PLANOS
99
Exemplo 16: Seja π o plano definido pela equação 3x − 2y + z − 1 = 0. Calcule a distância entre o plano
π ao ponto P0 = (1, 0, 1).
Temos que a = 3, b = −2 e c = 1, além disso, x0 = 1, y0 = 0 e z0 = 1, substituindo na fórmula anterior
segue que
3−0+1−1
= √
9+4+1
3
=√
14
√
3 14
= .
14
√
3 14
Portanto, a distância entre o plano π ao ponto P0 é igual a .
14
Considere uma reta r determinada por um ponto P1 (x1 , y1 , z1 ) com direção do vetor �v = (a, b, c), dado
−−−→
um ponto P0 , vamos determinar a distância d do ponto P0 até a reta r. Observe que os vetores �v e P1 P0
determinam um paralelogramo cuja altura corresponde a distância d de P0 até a reta r.
Distâncias
II
−−−→
A = �P1 P0 × �v �
A = ��v �.d
−−−→
logo ��v �.d = �P1 P0 × �v �, ou seja,
−−−→
�P1 P0 × �v �
d(P0 , r) =
��v �
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que é a fórmula da distância entre o ponto P0 até a reta r.
x y−2 z+5
r: = = .
3 2 1
Primeiramente, precisamos de um ponto da reta r, assim, para x = 0 temos que y = 2 e z = −5, desse
modo, P1 (0, 2, −5) ∈ r. A direção da reta r é dada pelo vetor �v = (3, 2, 1).
Sabemos que
�i �j �k
−−−→
P1 P0 × �v = 1 − 0 −1 − 2 2 + 5 = (−17, 20, 11),
3 2 1
logo,
(−17)2 + 202 + 112
d(P0 , r) = √
32 + 22 + 12
√
289 + 400 + 121
d(P0 , r) = √
9+4+1
√
9 35
d(P0 , r) = .
7
Dadas duas retas quaisquer, existem três possibilidades: são concorrentes, nesse caso, a distância entre
elas é zero, são paralelas, nesse caso, a distância é constante, ou as retas são reversas.
RETAS E PLANOS
101
Retas Paralelas
Sejam r e s duas retas paralelas, tomemos um ponto P0 sobre s, nesse caso, basta calcular a distância
entre uma reta e um ponto, como visto anteriormente, isto é, se P0 ∈ s, então
⎧
⎪
⎨ x = 1 + 6λ x−1 y z−2
s: y = −1 − 12λ e r: = = .
⎪
⎩ 2 −4 1
z = 3 + 3λ
Os vetores diretores das retas s e r são, respectivamente, vs = (6, −12, 3) e �vr = (2, −4, 1), como �vs = 3�vr ,
logo, r é paralelo à s, além disso, P0 (1, −1, 3) ∈ s e P1 (1, 0, 2) ∈ r. Lembremos que
d(s, r) = d(P0 , r)
−−−→
�P1 P0 × �v �
= (∗)
��v �
Distâncias
II
Assim, temos:
�i �j �k
Assim, temos:
−−−→
P1 P0 × �v = 0 −1 1
Assim, temos:
�i 2 �j−4 �k 1
−−−→
P1 P0 × �v == �i(−1
0 � −1 1 −
�
− 2) + �k(0 + 2)
i j k j(0
+� 4) �
−−−→ = (3,
P1 P0 × �v = 2 2, 2) 1
−4
0 −1 1
+ 4) − �j(0
= �i(−1 �
2 −4 1 − 2) + k(0 + 2)
e, substituindo em (∗), segue que
= (3, 2, 2)
= �i(−1 + 4) − �j(0 − 2) + �k(0 + 2)
√ √ √
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
32 + 22 + 22 9+4+4 357 ∼
e, substituindo em (∗),Psegue que
(s, r) = = (3, 2, 2)= √ = = 0, 8997.
22 + (−4)2 + 12 4 + 16 + 1 21
√
e, substituindo em (∗), segue que √ √
32 + 22 + 22 9+4+4 357 ∼
P (s, r) = =√ = = 0, 8997.
22√+ (−4)2 + 12 4 + 16 + 1 21
√ √
2 2
3 +2 +2 2 9+4+4 357 ∼
P (s, r) = =√ = = 0, 8997.
22 + (−4)2 + 12 4 + 16 + 1 21
É comum ouvirmos a expressão perpendicular e outras vezes ortogonal. Qual a diferença entre retas
perpendiculares e retas ortogonais?
É comum ouvirmos a expressão perpendicular e outras vezes ortogonal. Qual a diferença entre retas
perpendiculares e retas ortogonais?
É comum ouvirmos a expressão perpendicular e outras vezes ortogonal. Qual a diferença entre retas
perpendiculares
Retas Reversas e retas ortogonais?
Considere r e s duas retas reversas, em que r é definida pelo vetor �u = (a1 , b1 , c1 ) e P1 (x1 , y1 , z1 ) e s
Retas Reversas
definida pelo vetor �v = (a2 , b2 , c2 ) e P2 (x2 , y2 , z2 ).
−−−→
Considere
Os vetores r e�u,s�vduas
e P1retas reversas,
P2 definem umem que r é definida
paralelepı́pedo pelo vetor
de altura d = d(r, 1 , b1 ,volume
�u =s),(acujo c1 ) e P1é(xdado
1 , y1 ,por
z1 ) V
e s=
Retas Reversas
definida pelo vetor �v = (a2 , b2 , c2 ) e P2 (x2 , y2 , z2 ).
��u × �v �.d,
Considere r e s duas retas reversas, em que r é definida pelo vetor �u = (a1 , b1 , c1 ) e P1 (x1 , y1 , z1 ) e s
−−−→
Os vetores �u, �v e P1 P2 definem um paralelepı́pedo de altura d = d(r, s), cujo volume é dado por V =
definida pelo vetor �v = (a2 , b2 , c2 ) e P2 (x2 , y2 , z2 ).
��u × �v �.d, −−−→
Os vetores �u, �v e P1 P2 definem um paralelepı́pedo de altura d = d(r, s), cujo volume é dado por V =
��u × �v �.d,
RETAS E PLANOS
103
−−−→
V = |[�u, �v , P1 P2 ]|.
−−−→
��u × �v �.d = |[�u, �v , P1 P2 ]|
−−−→
|[�u, �v , P1 P2 ]|
d(r, s) = .
��u × �v �
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As retas r e s passam pelos pontos P1 (−2, 3, 0) e P2 (0, 0, 3) e têm direção dos vetores �u = (5, 3, 1) e
�v = (3, 1, −5), respectivamente, além disso, essas retas não são paralelas, pois não existe λ tal que �u = λ�v ,
5 3 1
ou seja, �= �= . Agora, do produto vetorial temos
3 1 −5
� �
� �
� �i �j �k �
� �
� �
�u × �v = �� 5 3 1 �
�
� �
� �
� 3 1 −5 �
Logo,
�
��u × �v � = (−16)2 + 282 + (−4)2
√
= 256 + 784 + 16
√
= 1056
√
= 4 66.
Distâncias
II
Além disso,
5 3 1
−−−→
[�u, �v , P1 P2 ] = 3 1 −5
2 −3 3
= 5.(−12) − 3.(19) − 11
= −60 − 57 − 11
= −128.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como
−−−→
|[�u, �v , P1 , P2 ]|
d(r, s) =
��u × �v �
Segue que
| − 128|
d(r, s) = √
4 66
√
32 66
= √ .√
66 66
√
32. 66
=
66
√
16 66
=
33
∼
= 3, 94.
RETAS E PLANOS
105
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, vimos como determinar as equações paramétricas e as equações simé-
tricas que representam retas e também as equações paramétricas, equação cartesiana e equação normal,
que representam um plano, verificamos as posições relativas entre: plano e plano, plano e reta, reta e
reta, vimos também como calcular ângulos e distâncias. É interessante perceber que em vários momentos
tivemos que recorrer aos conceitos da unidade anterior, a saber: conjunto de vetores linearmente de-
pendentes e independentes; combinação linear; produto interno; produto vetorial; produto misto. Esses
conceitos foram fundamentais nas deduções das equações do plano, da reta, nas fórmulas para o cálculo
das distâncias e dos ângulos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nesta unidade, vimos os conceitos da geometria analı́tica, as retas e os planos, na próxima unidade,
abordaremos dois outros assuntos também da geometria analı́tica, que são as curvas cônicas e as superfı́cies
quádricas, que, ao contrários das retas e planos que têm equações lineares, têm equações de grau dois,
como veremos.
Considerações Finais
LEITURA COMPLEMENTAR
Prezado(a) leitor(a), vamos apresentar uma interpretação geométrica referente à solução de um sistema
de equações com três equação e três incógnitas. Iniciamos fazendo uma análise na seguinte situação, por
exemplo, quando resolvemos uma equação 3x + 8 = 20, sua solução é um ponto da reta, isto é, x = 4,
assim, essa é a única solução do nosso “sistema” formado por uma equação e uma incógnita. Quando
temos uma equação com duas variáveis, por exemplo: x + y = 10, existem infinitos valores de x e y
que satisfazem a igualdade, na verdade, esse conjunto de pares ordenados (x, y) descreve uma reta no
plano cartesiano, no entanto, se tivéssemos
⎧ outra reta, por exemplo x − y = 4, formarı́amos um sistema
⎪
⎨ x + y = 10
com duas equações e duas incógnitas . No plano cartesiano, essas equações representam
⎪
⎩ x−y =4
duas retas, lembremos que a posição relativa entre duas retas no plano é: paralelas, coincidentes ou um
único ponto. Em nosso exemplo, temos uma única solução cuja representação no plano é um ponto com
coordenadas (7; 3) e geometricamente corresponde a interseção das duas retas. No caso em que as retas
são paralelas, dizemos que o sistema é impossı́vel, ou seja, a interseção entre as retas é um conjunto vazio.
Porém, quando as retas são coincidentes, dizemos que o sistema é possı́vel e indeterminado, pois existem
infinitas soluções, na realidade, geometricamente, o conjunto solução é a própria reta e, portanto, infinitos
pares ordenados.
Agora, quando temos um sistema com duas equações e três incógnitas R3 , geometricamente, temos dois
planos, cujas posições relativas podem ser: planos paralelos, cuja interseção é um conjunto vazio, logo,
o sistema é impossı́vel; planos coincidentes, nesse caso, temos infinitas soluções, pois qualquer ponto do
plano é solução do sistema, ou seja, o sistema possı́vel e indeterminado com infinitas soluções; uma reta,
aqui também temos infinitas soluções, pois qualquer ponto da reta é solução do sistema.
Para finalizar, quando temos um sistema formado por três equações e três incógnitas, resolver esse sistema
é tentar obter a interseção de três planos, cujas possibilidades são: um único ponto, sistema possı́vel e
determinado com solução única; uma reta, nesse caso, o sistema é possı́vel e indeterminado com infinitas
soluções; um plano, sistema possı́vel e indeterminado com infinitas soluções; conjunto vazio, nessa situação,
o sistema é impossı́vel, ou nenhuma solução. Portanto, quando estiver resolvendo um sistema de equações,
lembre-se de que você está tentando obter a interseção entre planos (ou retas) e isso nem sempre é possı́vel.
Fonte: o autor.
107
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
2. Calcule a equação geral do plano π que passa pelos pontos A(1, −3, 5), B(0, 1, −4) e C(−1, 2, 0).
3. Encontrar a equação do plano que passa pelo ponto A(3, 2, 0) e é perpendicular ao vetor �n =
(−1, 3, 2).
4. Considere os vetores �u = (−3, 1, 2) e �v = (3, 0, −1). Determine a equação do plano que passa pelo
ponto A(1, −1, 5).
5. Dados os vetores �u = (−3, 1, 2) e �v = (3, 0, −1) e A(1, −1, 5), como no exercı́cio anterior, determine a
equação geral do plano que passa pelo ponto A e tem direção dos vetores �u e �v . Faça um comparativo
entre as equações paramétricas com a equação geral.
7. Sejam A(2, −1, 3) e B(7, 0, −2), determine as equações paramétricas da reta que passa por esses
pontos.
a) Obtenha as equações paramétricas da reta que passa por esses pontos e verifique se o ponto
C(7, 4, 6) pertence a reta.
b) Obtenha a equação da forma simétrica da reta que passa por esses pontos e verifique se o ponto
D(5, 3, 4)) pertence a reta.
9. Seja π o plano definido pela equação −x + 2y = 7, determine a equação da reta perpendicular a esse
plano e que passa pelo ponto A(1, 2, 5).
a) π1 e π2
b) π1 e π3
c) π1 e π4
12. Seja π1 o plano definido por 5x − 2y + 4z − 13 = 0, determine o valor de k para que o plano π2 com
equação 6x + ky + 8z + 2 = 0 seja perpendicular ao plano π1 .
15. Considere a reta r1 que passa pelos pontos A(3, 2, −1) e B(4, 6, 1) e r2 a reta com equações simétricas
x−1 y+2 z+3
= = . Mostre que essas retas são ortogonais.
−2 −3 7
a) x + y + z + 1 = 0 e A(1, 1, 1)
b) 2x − y − 3z = 5 e B(1, 2, 0)
c) 3x + 4z − 7 = 0 e C(1, 0, 1)
d) −x − z + 1 = 0 e D(−1, −3, 5)
⎧
⎪
⎪ x = 3 + 2k
⎪
⎪
⎨
17. Seja r a reta com equações paramétricas r : y = 4 − 5k , determine a distância entre r e o
⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
z = −1 + 3k
109
Verifique a posição relativa entre essas retas e calcule a distância entre elas.
III
UNIDADE
CÔNICAS E QUÁDRICAS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender o conceito de Cˆonicas como interseção do Plano com o Cone.
■■ Compreender as cônicas como o lugar geométrico dos pontos que
satisfazem uma certa condição.
■■ Identificar suas equações e seus elementos.
■■ Reconhecer superfícies quádricas.
■■ Identificar suas equações.
■■ Representá-los no sistema de coordenadas tridimensional.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A Elipse
■■ A Circunferência
■■ A Hipérbole
■■ A Parábola
■■ Elipsoide
■■ Hiperboloide de uma folha
■■ Hiperboloide de duas folhas
■■ Paraboloide Elíptico
■■ Paraboloide Hiperbólico
■■ Superfície Cônica
■■ Superfície Cilíndrica
113
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Na unidade anterior, estudamos as equações da reta e do plano, que são equações lineares, isto é, equações
do 1o grau. Nesta unidade, vamos estudar, primeiramente, as equações do 2o grau em x e y no plano
cartesiano, os gráficos dessas equações descrevem curvas no plano xy, são elas: a elipse, a circunferência,
a hipérbole, a parábola. Tais curvas são obtidas por meio da interseção de um cone com um plano e,
dependendo da disposição desses dois elementos, é possı́vel obter essas curvas, justificando a nomenclatura
de secção cônica.
Essas curvas já eram conhecidas, admiradas e estudadas desde a antiguidade, por exemplo: Apolônio
de Perga (262 a.C - 194 a.C), matemático e astrônomo grego, dedicou parte de sua vida ao estudo das
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cônicas, dando uma contribuição ı́mpar para a matemática com sua obra “As cônicas”. Já o filósofo e
astrônomo Johannes Kepler (1571 - 1630) foi quem deduziu que as órbitas planetárias eram elı́pticas e
não circulares, como se pensava na época.
Ainda nesta unidade, estudaremos as superfı́cies cujas equações são de segundo grau nas variáveis x, y e
z, cujos gráficos são conjuntos de pontos do espaço tridimensional conhecidos como superfı́cies quádricas,
são elas: elipsoide, esfera, hiperboloide de uma folha, hiperboloide de duas folhas, paraboloide elı́ptico,
paraboloide hiperbólico, superfı́cie cônica, superfı́cie cilı́ndrica. Desenvolveremos nosso estudo sob a se-
guinte perspectiva: dada uma equação de uma superfı́cie quádrica, vamos analisar as curvas (ou traços)
obtidas pela interseção de planos (convenientemente escolhidos) com a quádrica, de uma maneira geral,
a escolha do plano se dará preferencialmente com os planos coordenados, ou seja, planos xy, xz e yz,
esses planos são obtidos tomando z = 0, y = 0 e x = 0, respectivamente. No entanto, teremos casos em
que esses planos não interceptarão a superfı́cie dada, em situações como essa, será necessário fazer uma
análise mais criteriosa para decidir como obter os traços da superfı́cie num plano conveniente. A partir
dos traços obtidos nos três planos, será possı́vel desenhar a superfı́cie. Apesar da dificuldade em fazer
um desenho de uma superfı́cie tridimensional numa folha de papel, veremos que basta observar a equação
para sabermos de que superfı́cie estamos tratando, ou seja, cada quádrica tem uma equação particular,
assim como a reta, a parábola, a elipse no plano.
Portanto, o que pretendemos aqui é que dada uma equação, o cursista consiga identificar de qual super-
fı́cie estamos tratando e que procure, na medida do possı́vel, desenhar seu gráfico, pois reconhecer essas
superfı́cies e suas equações é de extrema importância no futuro estudo do cálculo vetorial.
Introdução
III
A ELIPSE
A ELIPSE
A ELIPSE
Sejam F1 e F2 dois pontos do plano xy, cuja distância entre eles é igual à 2c, ao conjunto de pontos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
P (x, y) do plano xy tais que
Sejam F1 e F2 dois pontos do plano xy, cuja distância entre eles é igual à 2c, ao conjunto de pontos
d(P, F1 ) + d(P, F2 ) = 2a, em que a > c
P (x, y) do plano xy tais que
damos o nome de elipse. Assim, uma elipse é o lugar geométrico dos pontos P (x, y), cuja soma das
d(P, F1 ) + d(P, F2 ) = 2a, em que a > c
distâncias a dois pontos fixos é uma constante. A elipse é obtida por meio da interseção entre o plano e
o cone,o em
damos quede
nome o plano
elipse.deve ser inclinado
Assim, em relação
uma elipse é o lugarao geométrico
eixo do cone,
dosmas não paralelo
pontos P (x, y), àcuja
sua soma
geratriz.
das
distâncias a dois pontos fixos é uma constante. A elipse é obtida por meio da interseção entre o plano e
o cone, em que o plano deve ser inclinado em relação ao eixo do cone, mas não paralelo à sua geratriz.
Um cone pode ser obtido a partir de duas retas concorrentes, por exemplo, fixada uma reta r (eixo),
fixamos um ponto P em r, traçamos uma reta g passando por P , ao rotacionarmos g em torno da reta
r, mantendo
Um cone podefixo
ser oobtido
ângulo entre elas,
a partir obtemos
de duas retas um cone, em que
concorrentes, porgexemplo,
é chamada de geratriz
fixada uma retadesse cone.
r (eixo),
Ver: www.brasilescola/matematica/cone.htm
fixamos um ponto P em r, traçamos uma reta g passando por P , ao rotacionarmos g em torno da reta
r, mantendo fixo o ângulo entre elas, obtemos um cone, em que g é chamada de geratriz desse cone.
Ver: www.brasilescola/matematica/cone.htm
CÔNICAS E QUÁDRICAS
115
Considere a elipse com foco F1 (−c, 0) e F2 (c, 0), se P (x, y) é um ponto da elipse, temos:
A Elipse
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d(P, F1 ) + d(P, F2 ) = 2a
−−→ −−→
||F1 P || + ||F2 P || = 2a
(x + c)2 + (y − 0)2 + (x − c)2 + (y − 0)2 = 2a
(x + c)2 + y 2 = 2a − (x − c)2 + y 2
(x + c)2 + y 2 = 4a2 − 4a (x − c)2 + y 2 + (x − c)2 + y 2
x2 + 2xc + c2 + y 2 = 4a2 − 4a (x − c)2 + y 2 + x2 − 2xc + c2 + y 2
4a (x − c)2 + y 2 = 4a2 − 4xc
a (x − c)2 + y 2 = a2 − xc
a2 x2 − 2a2 xc + a2 c2 + a2 y 2 = a4 − 2a2 xc + x2 c2
a 2 x 2 − x 2 c 2 + a 2 y 2 = a4 − a 2 c 2
x2 (a2 − c2 ) + a2 y 2 = a2 (a2 − c2 )
CÔNICAS E QUÁDRICAS
117
x2 y 2
+ 2 = 1.
b2 a
Como a, b e c são constantes reais positivas, é interessante observar que como a2 = b2 + c2 , logo, a2 > b2
e, portanto, a > b, isso significa que o eixo maior será aquele cujo denominador é maior.
Exemplo 1: Esboce o gráfico da elipse cuja equação é 9x2 + 16y 2 = 144 e obtenha seus elementos, isto
é, os focos, seus vértices, seus eixos, a distância focal, centro e a excentricidade.
Temos:
9x2 + 16y 2 = 144
9x2 16y 2
+ =1
144 144
3x2 4y 2
+ =1
48 36
x2 4y 2
+ =1
48 36
x2 y 2
+ =1
16 9
A Elipse
III
x2 y 2
+ 2 =1
42 3
para x = 0, temos y = ±3, ou seja, os pontos (0, −3) e (0, 3) são pontos da elipse. Para y = 0, temos
x = ±4, isto é, (−4, 0) e (4, 0) também são pontos da elipse. Além disso, como 16 > 9, segue que o eixo
maior está sobre o eixo x em que a = 4 e b = 3. Vamos obter agora os focos dessa elipse, cujo centro está
na origem C(0, 0), assim, temos:
a2 = b2 + c2
42 = 32 + c2
√
c = 7.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
√ √ √
Portanto, seus focos são F1 (− 7, 0), F2 ( 7, 0) com distância focal d(F1 , F2 ) = 2 7, eixo maior com ex-
tremidades em A1 (−4, 0) e A2 (4, 0) e tamanho d(A1 , A2 ) = 8, eixo menor
√ com extremidades em B1 (0, −3)
c 7 ∼ 0, 66. Graficamente,
e B2 (0, 3) e tamanho d(B1 , B2 ) = 6. Segue que e = , logo, e = , ou seja, e =
a 4
temos:
Exemplo 2: Considere a equação da elipse 49x2 + 4y 2 − 196 = 0, obtenha seus elementos e construa seu
gráfico.
Temos:
49x2 + 4y 2 = 196
49x2 4y 2 196
+ =
196 196 196
x2 y2
+ =1
4 49
x2 y 2
+ 2.
22 7
CÔNICAS E QUÁDRICAS
119
Como 49 > 4, logo, o eixo maior está sobre o eixo y, em que a = 7 e b = 2. Assim, segue que
72 =a222=+b2c2+ c2
√
c =23 5.2
7 = 2 + c2
Para x = 0, temos y = ±7, logo, os vértices do eixo maior √ são A1 (0, −7) e A2 (0, 7), para y = 0 temos
c = 3 5. √ √
x = ±2, assim, os vértices do eixo menor são B1 (−2, 0) e B2 (2, 0). Os √ focos são F1 (0, −3 5) e F2 (0, 3 5),
y =, F±7, √ 3 A 5 1∼
(0,0,−7)
cujaPara x = 0,
distância temos
focal é d(F 1
logo, os vértices do eixo maior são
2 ) = 6 5 e sua excentricidade é e = = 96. e A2 (0, 7), para y = 0 temos
7 √ √
x = ±2, assim, os vértices do eixo menor são B1 (−2, 0) e B2 (2, 0). Os √ focos são F1 (0, −3 5) e F2 (0, 3 5),
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
√ 3 5∼
cuja distância focal é d(F1 , F2 ) = 6 5 e sua excentricidade é e = = 0, 96.
7
O que acontece com forma a de uma elipse cujos focos são coincidentes?
O que acontece com forma a de uma elipse cujos focos são coincidentes?
A Elipse
III
x2 y2
Exemplo 3: Um caso particular + = 1.
25 25
Aqui, temos 25=25, logo a = b = 5 e sendo a2 = b2 + c2 segue que c = 0, assim, F1 (0, 0) = F2 (0, 0) =
C(0, 0), ou seja, a elipse se reduz a uma circunferência de raio igual a 5.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c 0
Note que a excentricidade e = = = 0, ou seja, a circunferência é um caso particular da elipse cuja
a 5
excentricidade é nula, assim, quanto menor a excentricidade, menor a distância focal e mais “semelhante”
a uma circunferência se torna a elipse. Por outro lado, quanto maior a excentricidade, isto é, mais próximo
do valor 1, mais “achatada” fica a elipse, ou seja, ela se aproxima do eixo maior.
Exemplo 4: Obtenha o gráfico e a equação da elipse com centro na origem C(0, 0), sabendo-se que um
de seus focos é F (3, 0) e a medida do eixo maior é igual a 8.
Temos:
Como um de seus focos é (3, 0) e o centro é C(0, 0), pela simetria, o outro foco é (−3, 0) e o eixo maior
está sobre o eixo x, em que c = 3. Além disso, a elipse tem equação do tipo
x2 y 2
+ 2 = 1.
a2 b
CÔNICAS E QUÁDRICAS
121
a2 = b2 + c2
a2 = b2 + c2
segue que
segue que
42 = b2 + 32
42 = b2 + 32
16 = b2 + 9
16 = b2 + 9
√
b= √ 7.
b = 7.
Portanto, a equação é
Portanto, a equação é x2 y2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2 √ y2
+
42x +( √7)2
42 ( 7)2
ou melhor
ou melhor x2 y 2
+
2 2= 1,
16x +7 y = 1,
16
√ 7 √ 3
seus elementos são A1 (−4, 0), A2 (4, 0), B1 (0, − √ 7) e B(0, √ 7), cuja excentricidade é e = 3= 0, 75.
seus elementos são A1 (−4, 0), A2 (4, 0), B1 (0, − 7) e B(0, 7), cuja excentricidade é e =4 = 0, 75.
4
A Elipse
III
Vamos deduzir a equação da elipse partindo da definição de lugar geométrico, a dedução para os outros
casos que veremos mais adiante é análoga a essa. Sejam C(h, k) o centro e P (x, y) um ponto genérico
dessa elipse com focos F1 (h − c, k) e F2 (h + c, k). Assim, temos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d(P, F1 ) + d(P, F2 ) = 2a
[x − (h − c)]2 + (y − k)2 + [x − (h + c)]2 + (y − k)2 = 2a
[x − (h − c)]2 + (y − k)2 = 2a − [x − (h + c)]2 + (y − k)2
[x − (h − c)]2 + (y − k)2 = 4a2 − 4a [x − (h + c)]2 + (y − k)2 + [x − (h + c)]2 + (y − k)2
x2 −2x(h−c)+(h−c)2 +(y −k)2 = 4a2 −4a [x − (h + c)]2 + (y − k)2 +x2 −2x(h+c)+(h+c)2 +(y −k)2
−2xh + 2xc + h2 − 2hc + c2 = 4a2 − 4a [x − (h + c)]2 + (y − k)2 − 2xh − 2xc + h2 + 2hc + c2
4a [x − (h + c)]2 + (y − k)2 = 4a2 − 4xc + 4hc
a [x − (h + c)]2 + (y − k)2 = a2 − xc + hc
a2 (x2 −2xh−2xc+h2 +2hc+c2 +y 2 −2yk +k 2 ) = a4 −a2 xc+a2 hc−a2 xc+x2 c2 −xhc2 +a2 hc−hxc2 +h2 c2
a2 x2 −2a2 xh−2a2 xc+a2 h2 +2a2 hc+a2 c2 +a2 y 2 −2a2 yk +a2 k 2 = a4 −2a2 xc+2a2 hc+x2 c2 −2xhc2 +h2 c2
CÔNICAS E QUÁDRICAS
123
b2 (x − h)2 + a2 (y − k)2 = a2 b2
(x − h)2 (y − k)2
+ =1
a2 b2
que é equação reduzida da elipse com centro em C(h, k) e eixo maior paralelo ao eixo x. Observe que seus
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vértices são A1 (h − a, k), A2 (h + a, k), B1 (h, k − b) e B( h, k + b), note que, se h = k = 0, temos C(0, 0).
(x + 1)2 (y − 3)2
Exemplo 5: Esboce o gráfico da elipse cuja equação é dada por + = 1.
4 1
Como 4>1, então, o eixo maior é paralelo ao eixo x, seu centro é C(−1, 3), para obtermos seus vértices
podemos substituir por y = 3 e obtemos x = −3 ou x = 1, analogamente, para x = −1, temos y = 3 ou
y = 4, logo, seus vértices são A1 (−3, 3), A2 (1, 3), B1 (−1, 2) e B2 (−1, 4). Uma outra forma para obtermos
seus vértices é observando o seguinte: como 4 > 1, então, a = 2 e b = 1 e, sendo o eixo maior paralelo
ao eixo x, partindo do centro C(−1, 3), segue que A1 (−1 − 2, 3) = A1 (−3, 3), A2 (−1 + 2, 3) = A2 (1, 3),
2 2 2
√
B(−1, 3 − 1) = B1 (−1, 2) e B2 (−1,
√ 3 + 1) = B2 (−1, 4). Além disso, temos 2 = 1 + c , ou seja, c = 3,
3 √ √
portanto, a excentricidade é e = , seus focos são F1 (−1 − 3, 3) e F2 (−1 + 3, 3).
2
Exemplo 6: Dada a equação 4x2 + 9y 2 − 8x − 36y + 4 = 0, obtenha a equação reduzida, seu centro, os
vértices e seus focos.
A Elipse
III
Temos:
4x2 + 9y 2 − 8x − 36y + 4 = 0
4x2 − 8x + 9y 2 − 36y + 4 = 0
4(x2 − 2x + 1 − 1) + 9(y 2 − 4y + 4 − 4) + 4 = 0
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4(x − 1)2 − 4 + 9(y − 2)2 − 36 + 4 = 0
Como 9>4, então, seu eixo maior é paralelo ao eixo x cujo centro é C(1, 2), além disso, temos a = 3 e
√
b = 2, logo, c = 5. Segue que A1 (1 − 3, 2) = A1 (−2, 2), A2 (1 + 3, 2) = A2 (4, 2), B1 (1, 2 − 2) = B1 (1, 0),
√ √
B2 (1, 2 + 2) = B2 (1, 4), F1 (1 − 5, 2) e F2 (1 + 5, 2).
CÔNICAS E QUÁDRICAS
125
(x − h)2 (y − k)2
+ =1
b2 a2
Exemplo 7: Construa uma elipse com centro C(2, 3), com eixo maior medindo 10 unidades, paralelo ao
eixo y, eixo menor medindo 8 unidades e obtenha também sua equação reduzida.
(x − 2)2 (y − 3)2
+ = 1.
42 52
Como seu centro é C(2, 3) e o eixo maior é paralelo ao eixo y, então, seus vértices são A1 (2, 3 − 5) =
A1 (2, −2), A2 (2, 3 + 5) = A2 (2, 8), B1 (2 − 4, 3) = B1 (−2, 3), B2 (2 + 4, 3) = B2 (6, 3) e seus focos são
F1 (2, 3 − 3) = (2, 0) e F (2, 3 + 3) = F (2, 6).
A Elipse
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 8: Determine o centro, os vértices, os focos e a excentricidade da elipse de equação
portanto,
(x + 1)2 (y − 2)2
+ = 1.
32 52
Assim, temos a = 5 e b = 3, logo, c = 4, além disso, seu centro é C(−1, 2), seus vértices são A1 (−1, −3),
4
A2 (−1, 7), B1 (−4, 2) e B2 (2, 2), seus focos são F1 (−1, −2), F2 (−1, 6) e a excentricidade é e = = 0, 8.
5
CÔNICAS E QUÁDRICAS
127
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Uma elipse pode ser obtida utilizando-se de uma madeira plana, dois pregos, um barbante e um lápis.
Os dois pregos devem ser fixados na madeira (nos focos) e o barbante amarrado em ambos os pregos
comUma elipse
medida pode ser
superior obtida utilizando-se
a distância de uma
entre eles, com um madeira plana, dois
lápis esticando pregos, se
o barbante umobtém
barbante e umque
o traço lápis.
Uma elipse pode ser obtida utilizando-se de uma madeira plana, dois pregos, um barbante e um lápis.
nos Os
dá dois pregos devem ser fixados na madeira (nos focos) e o barbante amarrado em ambos os pregos
a elipse.
Os dois pregos devem ser fixados na madeira (nos focos) e o barbante amarrado em ambos os pregos
com medida superior a distância entre eles, com um lápis esticando o barbante se obtém o traço que
com medida superior a distância entre eles, com um lápis esticando o barbante se obtém o traço que
nos dá a elipse.
nos dá a elipse.
A Elipse
III
A
A HIPÉRBOLE
HIPÉRBOLE
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sejam F1 e F2 dois pontos do plano com d(F1 , F2 ) = 2c, ao conjunto dos pontos P (x, y) tais que o módulo
da diferença entre d(P, F1 ) e d(P, F2 ) é uma constante, damos o nome de hipérbole, isto é, se a é um
número real positivo tal que 2a < 2c, a hipérbole é o conjunto dos pontos que satisfaz
CÔNICAS E QUÁDRICAS
129
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
c
Chamamos de excentricidade ao número e = , temos também a seguinte relação c2 = a2 + b2 e sendo
a
c > a, logo, e > 1.
Geometricamente, a hipérbole pode ser obtida por meio da interseção do plano com o cone, em que o
plano deve ser paralelo ao eixo do cone.
A Hipérbole
III
Seja P (x, y) um ponto da hipérbole com centro C(0, 0) e focos F1 (−c, 0) e F2 (c, 0)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
temos
|d(F1 , P ) − d(F2 , P )| = 2a
| (x + c)2 + (y − 0)2 − (x − c)2 + (y − 0)2 | = 2a
(x + c)2 + y 2 − (x − c)2 + y 2 = ±2a.
como c2 = a2 + b2 , logo
b2 x 2 − a 2 y 2 = a2 b 2
x2 y 2
− 2 =1
a2 b
b
que é a equação reduzida da hipérbole com vértices A1 (−a, 0), A2 (a, 0) e assı́ntotas y = ± x (equação
a
da reta passando pela origem).
CÔNICAS E QUÁDRICAS
131
y 2 x2
− 2 = 1.
a2 b
que é a equação da hipérbole com focos F1 (0, −c), F2 (0, c), vértices A1 (0, a), A2 (0, −a) e assı́ntotas
a
y = ± x, em que c2 = a2 + b2 .
b
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 y2
Exemplo 9: Obtenha o gráfico da hipérbole cuja equação reduzida é − = 1 e seus elementos
25 16
(centro, focos, vértices, excentricidade e as assı́ntotas).
x2 y2
A equação é do tipo − = 1, logo, a = 5 e o eixo real está sobre o eixo x em que b = 4, como
a2 √b2
2 2 2
c = a + b , então, c = 41. Para y = 0, temos x = ±5, logo, A1 (−5, 0) e A2 (5, 0) são os vértices
da hipérbole. Note que para x = 0 a equação y 2 = −16 não admite solução no conjunto dos números
reais, ou seja, a hipérbole não intercepta o eixo y,
√ segue que o centro da hipérbole é C(0, 0), seus focos
√ √ 41
são F1 (− 41, 0), F2 ( 41, 0), excentricidade e = = 1, 28 e suas assı́ntotas são retas que passam pela
5
4 4
origem e cujas equações são y = x e y = − x.
5 5
A Hipérbole
III
Exemplo 10: Dada a equação 4y 2 − 9x2 = 36, obtenha os elementos e o gráfico dessa hipérbole.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Temos
4y 2 − 9x2 = 36
4y 2 9x2 36
− =
36 36 36
y 2 x2
− 2 =1
32 2
essa última equação nos indica que o eixo real está sobre o eixo y, assim a = 3, b = 2 e lembrando que
√ √ √
c2 = a2 + b2 , logo, c = 13, segue que seus focos são F1 (0, − 13) e F2 (0, 13). Pondo x = 0, obtemos
3
y = ±3, ou seja, seus vértices são A1 (0, −3) e A2 (0, 3). Suas assı́ntotas são y = ± x e a excentricidade
√ 2
13 ∼
e= = 1, 20.
3
CÔNICAS E QUÁDRICAS
133
De maneira análoga ao caso da elipse, podemos deduzir a equação da hipérbole com centro C(h, k), focos
F1 (h − c, k), F2 (h + c, k), vértices A1 (h − a, k) e A2 (h + a, k).
(x − h)2 (y − k)2
− =1
a2 b2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nesse caso, temos C(h, k), F1 (h, k − c), F2 (h, k + c), A1 (h, k − a), A2 (h, k + a) e a equação é dada por
(y − k)2 (x − h)2
− = 1.
a2 b2
A Hipérbole
III
Exemplo 11: Obtenha a equação da hipérbole, sabendo-se que seus vértices são A1 (0, 3), A2 (2, 3) e um
dos seus focos é F (3, 3).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
√
Além disso, a = d(C, A1 ) = (0 − 1)2 + (3 − 3)2 = 1, como c2 = a2 + b2 logo b = 3, portanto,
(x − 1)2 (y − 3)2
− √ =1
12 ( 3)2
(y − 3)2
(x − 1)2 − =1
3
e, desenvolvendo, obtemos:
3x2 − y 2 − 6x + 6y − 9 = 0.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
135
Exemplo 12: Dada a equação da hipérbole 16x2 − 9y 2 + 64x − 54y + 127 = 0, obtenha o centro, os
vértices, os focos, seu gráfico, a excentricidade e suas assı́ntotas.
Temos:
16x2 − 9y 2 + 64x − 54y + 127 = 0
Assim, o centro é C(−2, −3), o eixo real é paralelo ao eixo y, a = 4 e b = 3, sendo c2 = a2 + b2 , logo
c = 5. Segue que seus focos são F1 (−2, −3 − 5) = F1 (−2, −8), F2 (−2, −3 + 5) = F2 (−2, 2), seus vértices
são A1 (−2, −3 − 4) = A1 (−2, −7) e A2 (−2, −3 + 4) = A2 (−2, 1). Seu gráfico é
A Hipérbole
III
c 5
sua excentricidade e = = = 1, 25, suas assı́ntotas são retas do tipo y = mx + k, ou seja,
a 4
y = ±mx + k
a
y =± x+k
b
4
y =± x+k
3
4
o ponto C(−2, −3) pertence às assı́ntotas, logo, para y = x + k1 temos
3
4
−3 = (−2) + k1
3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ou seja,
1
k1 = −
3
4 1 4
e, portanto, uma das retas é y = x − . Analogamente, para y = − x + k2 , temos
3 3 3
4
−3 = − (−2) + k2
3
17 4 17
segue que k2 = − e, portanto, a outra assı́ntota é y = − x − .
3 3 3
CÔNICAS E QUÁDRICAS
137
A
A PARÁBOLA
PARÁBOLA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sejam d uma reta e F um ponto não pertencente a d, ambos no plano xy, uma parábola é o conjunto dos
pontos P (x, y) no plano que são equidistantes do ponto F e da reta d, o ponto F é chamado de foco e d
é a diretriz da parábola.
O eixo da parábola é a reta que passa pelo foco e é perpendicular a diretriz, a interseção entre seu eixo
com a parábola é um ponto chamado de vértice e denotado por V .
Geometricamente, a parábola é obtida a partir da interseção de um plano com um cone, em que o plano
é paralelo a geratriz desse cone.
A Parábola
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
assim, temos:
d(F, P ) = d(D, P )
p 2 p 2
(x − 0)2 + y − = (x − x)2 + y +
2 2
2 2
p 2 p 2
x2 + y − = y+
2 2
p 2 p 2
x2 + y − = y+
2 2
p2 p2
x2 + y 2 − yp + = y 2 + yp +
4 4
x2 = 2yp
essa é a equação reduzida da parábola com vértice na origem do plano cartesiano e eixo da parábola
coincidindo com o eixo y. Note que como x2 ≥ 0, logo, 2yp deve ser positivo, o que significa que y e p
devem ter o mesmo sinal. Em particular, se p > 0 a concavidade é voltada para cima, por outro lado, se
p < 0 a parábola tem concavidade voltada para baixo.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
139
na equação
na equação
y 2 = 2px.
y 2 = 2px.
Quando p > 0, a concavidade é voltada para direita e, se p < 0, a concavidade é voltada para esquerda.
Quando p > 0, a concavidade é voltada para direita e, se p < 0, a concavidade é voltada para esquerda.
A Parábola
III
Exemplo 13: Dada a equação x2 = 6y, obtenha o foco, a diretriz e seu gráfico.
x = ±3
3 3
portanto, os pontos −3, e 3, também são pontos da parábola.
2 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 14: Dada a equação y 2 = −20x, obtenha seu gráfico, o foco e a diretriz da parábola.
A equação é do tipo y 2 = 2px, logo, 2p = −20, ou seja, p = −10, portanto, a concavidade é voltada para
10 10
esquerda. Como seu vértice é V (0, 0), logo, seu foco é F (0 − , 0) = (−5, 0) e a diretriz é x = 0 + = 5.
2 2
CÔNICAS E QUÁDRICAS
141
Seja V (h, k) o vértice da parábola, partindo da definição d(P, F ) = d(P, d), é fácil de deduzir sua equação,
que é dada por
(x − h)2 = 2p(y − k).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2
Exemplo 15: Obtenha o vértice, o foco, a diretriz e o gráfico da parábola cuja equação é y = − − x.
4
Temos:
x2
+ x = −y
4
x2 + 4x = −4y
x2 + 4x + 4 − 4 = −4y
(x + 2)2 − 4 = −4y
(x + 2)2 = −4y + 4
(x + 2)2 = −4(y − 1)
(x + 2)2 = 2(−2)(y − 1)
assim, h = −2 e k = 1, logo, V (−2, 1), além disso, como p = −2, segue que a concavidade é voltada
para baixo e seu eixo é paralelo ao eixo y com foco F (−2, 1 − 1) = F (−2, 0) e diretriz y = 1 + 1 = 2. É
interessante observar que a equação reduzida nos fornece as coordenadas do vértice, bem como para onde
a concavidade está voltada.
A Parábola
III
Dizemos que x é raiz da equação y = ax2 + bx + c = 0, se a(x )2 + bx + c = 0. Assim, vamos obter as
raı́zes que
Dizemos (casoxexistam)
é raiz dadessa equação,
equação y = axou2 +
seja,
bx +devemos obter
c = 0, se a(xvalores
)2 + bxde
+xc tais
= 0.que
Assim, vamos obter as
raı́zes (caso existam) dessa equação, ou seja, devemos obter valores de x tais que
y=0
y =2 0
x
− −x=0
4
x2
− x− 2 x=0
4 +x=0
4
x2
+x=0
4 x2 + 4x = 0
x2 + 4x = 0
x2 + 4x + 4 − 4 = 0
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 + 4x + 4 − 24 = 0
(x + 2) = 4
(x + 2)2 = 4 √
x+2=± 4
√
x+2=± 4
x = −2 ± 2
x = −2 ± 2
logo, as raı́zes são x = 0 e x = −4. Portanto, os pontos (−4, 0) e (0, 0) pertencem a parábola.
logo, as raı́zes são x = 0 e x = −4. Portanto, os pontos (−4, 0) e (0, 0) pertencem a parábola.
A Fórmula de Bháskara pode ser deduzida utilizando a ideia do exemplo anterior. Acesse:
A <http://www.brasilescola.com/matematica/demonstracao-formula-bhaskara.htm> e confira.
Fórmula de Bháskara pode ser deduzida utilizando a ideia do exemplo anterior. Acesse:
<http://www.brasilescola.com/matematica/demonstracao-formula-bhaskara.htm> e confira.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
143
(y − k)2 = 2p(x − h)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 16: Determine a equação da parábola cuja diretriz é x = 1 e tem foco no ponto F (5, 2).
A Parábola
III
p = d(A, F )
p= (5 − 1)2 + (2 − 2)2
p=4
segue que
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(y − 2)2 = 2.(4)(x − 3)
y 2 − 4y + 4 = 8x − 24
y 2 − 4y − 8x + 28 = 0
é a equação da parábola.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
145
Superfı́cies Quádricas
com pelo menos uma das constante a, b, c, d, e ou f não nula, ela representa uma superfı́cie quádrica.
Quando essa superfı́cie for cortada por algum plano paralelo aos planos das coordenadas (x, y ou z igual
a uma constante), sua interseção será uma curva cônica, como veremos nos próximos exemplos. Através
de uma mudança de coordenadas (rotação e/ou translação), essa equação pode assumir uma das seguintes
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
formas:
Ax2 + By 2 + Cz 2 = D (quádrica centrada)
ou ⎧
⎪
⎪ Ax2 + By 2 + Cz = 0
⎪
⎪
⎨
Ax2 + By + Cz 2 = 0 (quádrica não centrada)
⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
Ax + By 2 + Cz 2 = 0
A equação
x2 y 2 z 2
± ± 2 ± 2 =1
a2 b c
é chamada de forma canônica (ou padrão) de uma superfı́cie quádrica centrada. De acordo com a combi-
nação dos sinais, existem três possibilidades, a saber:
- três sinais positivos (elipsoide);
- dois sinais positivos e um negativo (hiperboloide de uma folha);
- um sinal positivo e dois negativos (hiperboloide de duas folhas);
- três sinais negativos, nesse caso, não existe superfı́cie.
A Parábola
III
ELIPSOIDE
ELIPSOIDE
Considere a equação
x2 y 2 z 2
+ 2 + 2 =1
a2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b c
em que a, b e c são constantes reais positivas, ao conjunto de pontos P (x, y, z) que satisfazem essa equação
damos o nome de elipsoide. Note, primeiramente, que se P (x, y, z) é um ponto da superfı́cie, então o
ponto P (−x, −y, −z) também pertence a superfı́cie, pois satisfaz a equação dada, ou seja, a superfı́cie
é simétrica em relação a origem, além disso, o ponto P (−x, y, z) também pertence a superfı́cie, logo, a
superfı́cie é simétrica em relação ao plano yz, a mesma simetria ocorre com relação aos planos xy e xz.
Agora, para z = 0, o plano xy corta a superfı́cie segundo o traço de uma elipse de equação
x2 y 2
+ 2 = 1, z = 0.
a2 b
CÔNICAS E QUÁDRICAS
147
Analogamente, para y = 0, temos uma elipse no plano xz e também para x = 0 outra elipse no plano yz.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Em particular, se a = b = c, temos
x2 y 2 z 2
+ 2 + 2 =1
a2 a a
que representa uma superfı́cie esférica com raio r = a cuja equação é dada por
x2 + y 2 + z 2 = a2 .
Elipsoide
III
Se pelo menos dois valores de a, b ou c são iguais, dizemos que o elipsoide é de revolução. Quando o
centro do elipsoide é o ponto C(h, k, l) com eixos paralelos aos eixos coordenados, sua equação tem forma:
x2 y 2 z 2
Exemplo 1: Obtenha a superfı́cie do elipsoide cuja equação é + + = 1.
4 9 1
x2 y 2
No plano xy, isto é, quando z = 0, temos uma elipse cuja equação é + = 1, analogamente, nos planos
4 9
x 2 z 2 y 2 z 2
xz e yz obtemos as equações + =1e + = 1 que também são elipses, assim, graficamente,
4 1 9 1
temos um elipsoide cujo gráfico é representado pela figura abaixo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(x − 1)2 (y − 1)2 (z − 1)2
Exemplo 2: Verifique que a equação + + = 1 representa um elipsoide.
9 25 9
(x − 1) 2 (y − 1)2 (x − 1)2
A superfı́cie tem centro C(1, 1, 1), suas equações são + = 1 no plano xy, +
9 25 9
(z − 1)2 (y − 1)2 (z − 1)2
= 1 no plano xz e + = 1 no plano yz, note também que a = c = 3, portanto,
9 25 9
a superfı́cie é um elipsoide de revolução.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
149
Atualmente, existem vários softwares disponı́veis na web que constroem gráficos tridimensionais. Um
programa fácil de utilizar, com gráficos de ótima qualidade e que pode auxiliar o estudo das quádricas
Atualmente, existem vários softwares disponı́veis na web que constroem gráficos tridimensionais. Um
é o Autograph, disponı́vel em:
programa fácil de utilizar, com gráficos de ótima qualidade e que pode auxiliar o estudo das quádricas
<http://www.autograph-maths.com/download/>
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As pesquisas na área de Educação Matemática promovem reflexões sobre como a forma tradicional de
ensino pode ser inovada por meio de estratégias diferenciadas, que visem a uma melhor qualidade no
As pesquisas na área de Educação Matemática promovem reflexões sobre como a forma tradicional de
processo de ensino-aprendizagem da Matemática.
ensino pode ser inovada por meio de estratégias diferenciadas, que visem a uma melhor qualidade no
A nossa prática profissional, com estudantes da Licenciatura em Matemática e cursos de Engenharias,
processo de ensino-aprendizagem da Matemática.
revelou o quanto é difı́cil trabalhar os tópicos planos, cilindros e quádricas nas disciplinas Geometria
A nossa prática profissional, com estudantes da Licenciatura em Matemática e cursos de Engenharias,
Analı́tica ou Cálculo Diferencial e Integral, seja por reduzida carga horária para esses conteúdos, seja
revelou o quanto é difı́cil trabalhar os tópicos planos, cilindros e quádricas nas disciplinas Geometria
pela dificuldade que os estudantes têm na visualização geométrica no espaço tridimensional ou na
Analı́tica ou Cálculo Diferencial e Integral, seja por reduzida carga horária para esses conteúdos, seja
relação entre questões visuais e analı́ticas.
pela dificuldade que os estudantes têm na visualização geométrica no espaço tridimensional ou na
As dificuldades dos estudantes nos tópicos de geometria perpassam toda a educação básica, chegando
relação entre questões visuais e analı́ticas.
ao ensino superior. Essa deficiência é evidenciada por vários pesquisadores em Educação Matemática,
As dificuldades dos estudantes nos tópicos de geometria perpassam toda a educação básica, chegando
tais como Lorenzato (1995), Dante (1988) e Pavanello (1993). Essa defasagem gera dificuldades de
ao ensino superior. Essa deficiência é evidenciada por vários pesquisadores em Educação Matemática,
aprendizagem, principalmente na disciplina Geometria Analı́tica e em tópicos do Cálculo Diferencial
tais como Lorenzato (1995), Dante (1988) e Pavanello (1993). Essa defasagem gera dificuldades de
e Integral.
aprendizagem, principalmente na disciplina Geometria Analı́tica e em tópicos do Cálculo Diferencial
e Integral.
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-636X2013000300011&script=sci arttext>.
Parte extraı́da do artigo disponı́vel em:
Acesso em: 04 jan. 2015.
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-636X2013000300011&script=sci arttext>.
Elipsoide
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considere a equação
x2 y 2 z 2
+ 2 − 2 =1
a2 b c
com a, b e c termos positivos, quando dois sinais são positivos e um negativo, a superfı́cie é chamada de
hiperboloide de uma folha, em relação a equação anterior, o hiperboloide está ao longo do eixo z. O
x2 y 2
plano xy intercepta a superfı́cie segundo uma elipse de equação 2 + 2 = 1,
a b
x2 z 2 y2 z2
já nos planos xz e yz temos as equações − 2 = 1 e 2 − 2 = 1 que representam hipérboles.
a2 c b c
CÔNICAS E QUÁDRICAS
151
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quando a = b, o hiperboloide é de revolução e pode ser obtido pela rotação de uma hipérbole em torno
do eixo z.
x2 y 2 z 2
− 2 + 2 = 1 ao longo do eixo y
a2 b c
e
x2 y 2 z 2
− + 2 + 2 = 1 ao longo do eixo. x
a2 b c
x2 y 2 z2
Exemplo 3: Obter o gráfico da superfı́cie cuja equação é + − = 1.
9 4 16
x2 y 2
No plano z = 0, temos uma elipse de equação + 2,
32 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 z 2 y2 z2
nos planos y = 0 e x = 0, temos hipérboles de equações − 2 =1e 2 − 2 =1
32 4 2 4
e graficamente
CÔNICAS E QUÁDRICAS
153
é chamada de hiperboloide de duas folhas ao longo do eixo y, em que a, b e c são constantes reais
positivas.
x2 y 2 y2 z2
− + 2 =1e 2 − 2 =1
a2 b b c
Graficamente, temos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Observe que quando y = 0 o plano xz não intercepta a superfı́cie, mais ainda, para qualquer plano y = k,
com −b < k < b, esses planos não interceptam a superfı́cie. Por outro lado, para qualquer valor de y = k
com k > b ou k < −b, a interseção entre o plano e a superfı́cie é uma elipse, particularmente, se a = c, a
elipse é uma circunferência, portanto, o hiperboloide é de revolução e pode ser obtido rotacionando uma
hipérbole em torno do eixo real y.
x2 y 2 z 2
− 2 − 2 = 1 ao longo do eixo x
a2 b c
e
x2 y 2 z 2
− − 2 + 2 = 1 ao longo do eixo z.
a2 b c
CÔNICAS E QUÁDRICAS
155
x2 y2 z2
Exemplo 4: Dada a equação − + − = 1, obtenha seus gráficos nos planos coordenados e sua
4 16 25
superfı́cie.
Observe que para valores y = k, com |k| > 4 os planos y = k interceptam a superfı́cie segundo uma elipse
de equação
x2 z 2 k2
+ 2 = −1
22 5 16
x2 z2
por exemplo, para k = 5, temos uma elipse cuja equação é 2 + 2 = 1.
3 15
2 4
As equações ⎧
As equações ⎧⎪
⎪ Ax 2 + By 2 + Cz = 0
⎪⎪
⎪
⎪⎪
⎨Ax2 + By 2 + Cz = 0
⎪
⎨
⎪ Ax2 + By + Cz 2 = 0
⎪⎪
⎪Ax2 + By + Cz 2 = 0
⎪⎪
⎪⎩ Ax + By 2 + Cz 2 = 0
⎪
⎩
Ax + By 2 + Cz 2 = 0
x2 y 2
x2 2 ±y 2 2 = cz,
±
± 2a± 2b = cz,
a b
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 z 2
x2 2 ±z 2 2 = by
±
± 2a± 2c = by
a c
ou
ou
y2 z2
y 2 ±z 2 = ax
±
± 2b2± 2c2= ax
b c
que são chamadas de forma canônica da superfı́cie quádrica. De acordo com as combinações dos sinais
que são chamadas de forma canônica da superfı́cie quádrica. De acordo com as combinações dos sinais
nos coeficientes do segundo grau, é possı́vel ter dois tipos de superfı́cie:
nos coeficientes do segundo grau, é possı́vel ter dois tipos de superfı́cie:
CÔNICAS E QUÁDRICAS
157
PARABOLOIDE
PARABOLOIDE ELELÍPTICO
ÍPTICO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A equação
x2 y 2
+ 2 = cz
a2 b
Paraboloide Elíptico
III
Graficamente, temos
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Quando c > 0 e k é uma constante positiva, o plano z = k intercepta essa superfı́cie segundo uma elipse
x2 y2
+ =1
a2 ck b2 ck
Por outro lado, se c é uma constante negativa, a superfı́cie está abaixo do plano xy, ou seja, está na região
z ≤ 0.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
159
x2 z 2
+ 2 = by ao longo do eixo y
a2 c
e
y2 z2
+ 2 = ax ao longo do eixo x.
b2 c
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 y2
Exemplo 5: Considere a equação + = 2z, obtenha seus gráficos nos planos xz, yz e depois sua
4 9
superfı́cie.
A equação dada representa um paraboloide elı́ptico na parte positiva ao longo do eixo z. Assim, nos
planos xz e yz temos, respectivamente, as seguintes equações x2 = 8z e y 2 = 18z, cujos gráficos são
x2 y2
parábolas com vértice na origem. Particularmente, no plano z = 2 temos a seguinte elipse 2 + 2 = 1,
4 6
assim, o gráfico fica representado da seguinte forma.
Paraboloide Elíptico
III
PARABOLOIDE HIPERBÓLICO
PARABOLOIDE HIPERB ÓLICO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Uma superfı́cie com equação
x2 y 2
− + 2 = cz
a2 b
é chamada de paraboloide hiperbólico ao longo do eixo z, também conhecida por sela de cavalo.
logo,
b
y=± x
a
CÔNICAS E QUÁDRICAS
161
x2 = −ca2 z e y 2 = cb2 z
cujas concavidades estão voltadas para sentidos opostos. Assim, supondo c uma constante positiva, temos
os seguintes gráficos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Se k �= 0, o plano z = k corta a superfı́cie segundo uma hipérbole, em particulcar, se k > 0 o eixo focal é
o eixo y e a hipérbole está situada num plano acima do plano xy, por outro lado, se k < 0, o eixo focal é
o eixo x e está situado abaixo do plano xy.
Paraboloide Hiperbólico
III
z 2 x2
− 2 = by ao longo do eixo y
c2 a
e
z2 y2
− 2 = ax ao longo do eixo x
c2 b
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo 6: Obtenha os traços nos planos coordenados e depois a superfı́cie da quádrica cuja equação é
x2 y 2
− + = 3z.
4 1
De acordo com a equação, temos um paraboloide hiperbólico ao longo do eixo z. Assim, nos planos yz e
xz, temos parábolas cujas equações são y 2 = 3z e x2 = −12z, respectivamente.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
163
x x x . Particularmente, no plano z = 3,
NoNoplano
planoxy,
xy,temos
temosduasduasretas
retascujas
cujasequações sãoy y==x e ey y==−−
equaçõessão . Particularmente, no plano z = 3,
2 2 22 22
x 2x y 2y
temosuma
temos umahipérbole
hipérbolecom equação−− ++ ==
comequação 1.1.
3636 9 9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Portanto,obtemos
Portanto, obtemoso ográfico
gráficoabaixo:
abaixo:
Umsite
Um siteinteressante
interessantecom
commateriais
materiaissobre
sobregeometria
geometriaplana
planae espacial
e espacialé “O
é “OGeoGebra”,
GeoGebra”,nonolink
linka aseguir
seguir
temosum
temos umexemplo
exemplodede “Superfı́ciese Curvas
“Superfı́cies e CurvasParametrizadas”:
Parametrizadas”:
<http://ogeogebra.com.br/site/?p=468>.
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Paraboloide Hiperbólico
III
SUPERFÍCIE
SUPERFÍCIE CCÔNICA
ÔNICA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A superfı́cie com equação
x2 y 2 z 2
+ 2 − 2 =0
a2 b c
é denominada de cone quádrico ao longo do eixo z. A interseção do plano z = 0 com essa superfı́cie é
o ponto (0, 0, 0) chamado de vértice do cone. Nos planos xz e yz temos duas retas em cada plano, são
x y
elas z = ± e z = ± .
a b
CÔNICAS E QUÁDRICAS
165
Graficamente, temos:
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Superfície Cônica
III
Exemplo 7: Considere a equação 9x2 + 4y 2 = z 2 , obtenha suas interseções nos planos xz e yz, depois
sua superfı́cie.
x2 y2
+ = z2
(1/3)2 (1/2)2
e representa um cone ao longo do eixo z. Nos planos xz e yz, temos retas com equações z = ±3x e
z = ±2y.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
x2 y 2
Na interseção do plano z = 6 com a superfı́cie, temos uma elipse de equação + = 1. Portanto, seu
4 9
gráfico pode ser representado conforme superfı́cie abaixo.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
167
SUPERFÍCIE CILÍNDRICA
SUPERFÍCIE CILÍNDRICA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Seja C uma curva num plano π e t uma reta fixada que corta esse plano, uma superfı́cie cilı́ndrica é a
superfı́cie gerada por uma reta r que se move ao longo da curva C e é paralela a reta t, a reta r é chamada
de geratriz do cilindro descrito pela diretriz C.
Vamos considerar apenas as superfı́cies cilı́ndricas cuja diretriz seja uma curva situada em um dos planos
xy, xz ou yz e que a geratriz seja paralela a um dos eixos x, y ou z. Assim, se C é uma curva cônica, o
cilindro é quádrico, ou seja, podemos ter um cilindro circular, cilindro elı́ptico, cilindro parabólico ou um
cilindro hiperbólico conforme a curva C. É interessante observar que dada a equação de uma superfı́cie
cilı́ndrica, essa equação não tem uma das variáveis, justamente suas geratrizes são paralelas ao eixo dessa
Superfície Cilíndrica
III
Primeiramente, note que a equação não tem a variável z, ou seja, em qualquer plano z = k temos a mesma
equação da parábola x2 = 6y cuja representação é a mesma que no plano xy.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, temos a superfı́cie que é um cilindro parabólico.
CÔNICAS E QUÁDRICAS
169
É possı́vel ter uma superfı́cie quádrica com apenas uma incógnita? Por exemplo, x2 = k, em que k é
uma constante positiva. Qual superfı́cie é essa?
x2
Exemplo 9: Obter o gráfico da superfı́cie cuja equação é z 2 + = 1.
4
Como não aparece a variável y, temos uma superfı́cie cilı́ndrica ao longo do eixo y, no plano zx, a equação
representa um elipse. Portanto, sua superfı́cie pode ser representada de acordo com a figura a seguir.
É possı́vel ter uma superfı́cie quádrica com apenas uma incógnita? Por exemplo, x2 = k, em que k é
uma constante positiva. Qual superfı́cie é essa?
x2
Exemplo 9: Obter o gráfico da superfı́cie cuja equação é z 2 + = 1.
4
Como não aparece a variável y, temos uma superfı́cie cilı́ndrica ao longo do eixo y, no plano zx, a equação
representa um elipse. Portanto, sua superfı́cie pode ser representada de acordo com a figura a seguir.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
III
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mais belas arquiteturas. Posteriormente, estudamos a hipérbole que por definição é o conjunto de pontos
do plano cujo módulo da diferença das distâncias a dois pontos fixos é uma constante, a partir dessa
definição foi possı́vel deduzir a equação da hipérbole e apresentar seus elementos: seus focos, vértices, seu
centro, eixo real e eixo imaginário, sua excentricidade e suas assı́ntotas. Assim como na elipse, verificamos
os casos em que o centro não era a origem do sistema de coordenadas. A aplicação da hipérbole aparece na
construção de telescópios refletores, nas órbitas dos cometas, nas engenharias, devido as suas propriedades
fı́sicas e estéticas, e aparece nos gráficos de funções de vários ramos das ciências exatas. Ainda no plano
cartesiano, fizemos o estudo da parábola, que é o conjunto de pontos do plano cuja distância a um ponto
fixo e uma reta dada é uma constante, também partindo dessa definição foi possı́vel obter sua equação e
definir seus elementos, a saber: seu foco, sua diretriz, seu vértice e seu eixo. Sua aplicação está presente
nos faróis dos carros, fornos solares, antenas parabólicas, nas construções de pontes, proporcionando
estabilidade e economia.
Para finalizar esta unidade, apresentamos as superfı́cies quádricas, vimos que, para construção de seus
gráficos, primeiramente, escolhemos planos convenientes, de maneira a obter a interseção entre o plano e a
superfı́cie analisada, obtendo o que chamamos de traço. Obviamente que, quanto maior número de traços,
mais fácil fica para descrever a superfı́cie estudada. A primeira quádrica que vimos foi o elipsoide com
centro na origem do sistema cartesiano, verificamos que seus traços nos planos coordenados são sempre
elı́pticos e que a esfera é um caso particular do elipsoide, em que seus traços nos planos são circunferências.
A forma do elipsoide está presente no formato dos planetas, em balões, na natureza (alguns vegetais), na
bola de futebol americano e em algumas construções de engenharia devido a sua beleza.
A segunda superfı́cie estudada foi o hiperboloide de uma folha com centro na origem, cujos traços nos
planos correspondem a duas hipérboles e, no outro plano, uma elipse. Logo depois, fizemos o estudo
CÔNICAS E QUÁDRICAS
171
do hiperboloide de duas folhas, cujos traços também eram: duas hipérboles e o outro traço com forma
elı́ptica. Essas superfı́cies estão presentes em muitas construções devido a sua beleza arquitetônica. Na
sequência, vimos o paraboloide elı́ptico cujos traços eram duas parábolas e uma elipse e, posteriormente,
o paraboloide hiperbólico, em que seus traços eram duas retas num plano e nos outros planos parábolas,
sendo uma parábola com concavidade voltada para baixo e a outra no outro plano com concavidade
voltada para cima, tendo as duas parábolas seus eixos em comum.
Fizemos também um estudo sobre a superfı́cies cônicas, em que suas interseções eram duas retas em cada
um dos dois planos coordenados e uma elipse no terceiro plano. E, finalizando, vimos as superfı́cies cilı́n-
dricas, cuja equação tinha a ausência de uma das variáveis e, portanto, uma curva no plano determinado
pelas variáveis existentes, curva essa que dava caracterı́stica da superfı́cie cilı́ndrica.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Espero que o leitor tenha percebido que, apesar do grande número de tipos de superfı́cie, existem duas
formas de indentificar uma quádrica, uma seria obtendo seus traços nos planos e a outra seria decorando
os vários tipos de equações quádricas.
Introdução
LEITURA COMPLEMENTAR
Apolônio de Perga (262 a.C. - 194 a.C) foi um matemático e astrônomo grego, estudou com sucessores
de Euclides e, mais tarde, veio a ensinar. Apelidado de Épsilon e também conhecido como “O Grande
Geômetra”, foi, provavelmente, um dos maiores e mais originais matemáticos no ramo da geometria pura,
dedicando grande parte de sua vida aos estudos das cônicas.
Sua principal obra, intitulada de “Cônicas”, era composta por oito livros dos quais sete sobreviveram, tal
obra teve uma grande importância para a matemática devido ao seu avançado e rigoroso nı́vel de escrita,
sendo comparado a magnı́fica obra “Os Elementos”, de Euclides. Os quatro primeiros livros tratam das
propriedades básicas relacionadas às cônicas, afirmava que de um único cone pode ser obtido três tipos
de secções cônicas: a parábola, a elipse e a hipérbole, nos livros 5 a 7 mostrou como obter retas tangentes
e normais às cônicas, quais poderiam ser desenhadas a partir de um ponto, apresentou a igualdade e
semelhança entre as cônicas e fez um rigoroso estudo dos diâmetros conjugados, na verdade, são inúmeras
as contribuições contidas nessa obra ı́mpar.
Uma das principais teorias presentes em seus livros teve grande aplicação muitos séculos depois, particu-
larmente no ramo da astronomia, no qual se afirmava que as órbitas planetárias descreviam curvas cujas
formas eram elı́pticas, e não circulares, como se acreditavam na época. Suas teorias até então puramente
matemáticas auxiliaram grandes pensadores nas descrições de fenômenos fı́sicos, até chegar a formulação
da lei da gravitação universal, essa última por Isaac Newton (1680). Portanto, não tem como discutir a
importância das suas contribuições tanto para a matemática, quanto para a fı́sica.
Fonte: o autor.
173
Arquimedes e as Quádricas
Arquimedes (287 a.C. - 212 a.C) nasceu e foi morto em Siracusa, na ilha grega de Secı́lia (atualmente,
pertencente à Itália). Quando jovem, estudou em Alexandria, com os discı́pulos de Euclides, foi matemá-
tico, engenheiro, fı́sico, inventor e astrônomo. A genialidade de Arquimedes como fı́sico e matemático só
é comparável com Isaac Newton no séc. XVII. Como contribuição para matemática, deixou uma vasta e
original produção sobre geometria plana e espacial.
Em particular, para geometria espacial, há dois tratados que demonstram riquı́ssimas teorias em relação
aos sólidos de revolução, a saber: Conoides e Esferoides, que descrevem sólidos de revolução gerados por
elipses, parábolas e hipérboles em torno dos seus próprios eixos (conhecidas, atualmente, por quádricas
de revolução), Esfera e Cilindro, com demonstrações sobre o cálculo do volume e da área desses sólidos.
Arquimedes mostrou como calcular as áreas e volumes das superfı́cies obtidas por seções planas sobre a
esfera (calotas e segmentos) e sobre o cilindro, utilizando a técnica da exaustão precendente ao cálculo
infinitesimal.
Assim, o que, atualmente, denomina-se o estudo das quádricas, podemos dizer que se deve fundamen-
talmente aos estudos de Arquimedes, obviamente não podemos deixar de lembrar das contribuições de
Apolônio de Perga com seus livros sobre as cônicas.
A pedido de Arquimedes, foi gravada na lápide de seu túmulo a representação de uma esfera inscrita num
cilindro circular reto, ele tinha provado que o volume da esfera tinha 2/3 do volume do cilindro, bem
como a área da esfera tinha 2/3 da área total do cilindro, esses últimos fatos considerados por ele suas
maiores descobertas.
Fonte: o autor.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1. Dada a equação 4x2 + 9y 2 = 36, determine seus vértices, seus focos, a excentricidade e construa seu
gráfico.
4. Numa elipse com centro na origem C(0, 0), um dos seus focos tem coordenadas F (0, 8) e eixo menor
medindo 30 unidades. Obtenha a equação e o gráfico dessa elipse.
(x − 2)2 (y + 1)2
5. Construa o gráfico da elipse + = 1 e determine as coordenadas dos seus focos.
4 1
6. Dada a equação 9x2 + 25y 2 + 108x + 200y + 499 = 0, obtenha a equação reduzida, seu centro, seus
vértices e seus focos.
7. Obtenha a equação da elipse cujo centro é C(−1, 1), sendo o eixo maior paralelo ao eixo y medindo
8 unidades e o eixo menor medindo 6 unidades.
10. Considere a equação −4x2 + y 2 − 4 = 0, determine os elementos dessa hipérbole e construa seu
gráfico.
11. Obtenha a equação da hipérbole cujos focos são F1 (−1, −3), F2 (5, −3), A1 (0, −3) e A2 (4, −3), seu
gráfico e sua excentricidade.
175
12. Dada a equação da hipérbole x2 − 3y 2 + 2x + 18y = 23, obtenha seu centro, seus vértices, seus focos,
seu gráfico, sua excentricidade e suas assı́ntotas.
13. Considere a equação x2 = −10y, obtenha o foco, a diretriz e o gráfico dessa parábola.
14. Uma parábola com vértice na origem tem foco F (0, 4) e concavidade voltada para cima, obtenha
sua equação e sua diretriz.
15. Dada a equação x2 − 6x − 4y = −5, obtenha seu vértice, seu foco, a diretriz e o gráfico dessa
parábola.
16. Dada a equação y 2 + 10x + 2y = 54, obtenha seu vértice, seu foco, a diretriz e o gráfico dessa
parábola.
obtenha seus traços, isto é, a interseção da superfı́cies com os planos coordenados xy, xz e yz.
19. Para cada equação, obtenha os traços nos planos coordenados e esboce o gráfico de sua superfı́cie:
x2 y 2 z 2
a) + − =1 b) y 2 + z 2 = 1 + x2
2 4 9
x2 z 2
20. Considere a equação − − + y 2 = 1, obtenha a interseção nos planos coordenados e depois sua
9 4
superfı́cie.
x2 y 2 z
22. Dada a equação − + = , construa seu gráfico obtendo os traços nos planos coordenados.
16 9 4
23. Represente o gráfico de cada equação:
y2 z2
a) x2 + y 2 = 9z 2 b) −x2 + + =0
25 9
MATRIZES, DETERMINANTES
IV
UNIDADE
E SISTEMAS LINEARES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer a definição de matrizes.
■■ Estudar os tipos de matrizes.
■■ Estabelecer a igualdade entre matrizes.
■■ Obter a matriz transposta de uma matriz dada.
■■ Obter a matriz soma de duas ou mais matrizes.
■■ Obter o produto de uma matriz por um número real.
■■ Reconhecer quando é possível multiplicar duas matrizes.
■■ Obter a matriz produto de duas matrizes.
■■ Aplicar as propriedades das operações nos álculos envolvendo
matrizes.
■■ Identificar matrizes inversíveis.
■■ Calcular o determinante de uma matriz quadrada.
■■ Resolver e classificar sistemas lineares, usando o método do
escalonamento.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Matrizes
■■ Tipos de matrizes
■■ Igualdade de matrizes
■■ Operações com matrizes
■■ Matriz inversa
■■ Permutação
■■ Determinante
■■ Sistemas de equações lineares
■■ Resolução de sistemas lineares por escalonamento
179
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Com frequência, encontramos em jornais, revistas, televisão e em outros meios de comunicação tabelas
com objetos (na maioria das vezes, numéricos) organizados em forma de linhas e colunas. No estudo das
matrizes, vamos decifrar essa organização e, com isso, aumentar nossa capacidade de lidarmos com muitas
operações matemáticas ao mesmo tempo.
Vejamos, por exemplo, a tabela abaixo com as notas de cinco alunos do curso de Matemática de uma
Universidade nos quatro bimestres do ano de 2013.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, se quisermos calcular a média anual do aluno 2, basta somarmos os valores da segunda linha e
dividir essa soma por quatro. Agora, se a média procurada é a do terceiro bimestre, em relação aos cinco
alunos, basta somarmos os valores da terceira coluna e dividirmos essa soma por 5.
Se nessa tabela desconsiderarmos os significados das linhas e das colunas, teremos o que chamamos de
matriz, isto é,
⎡ ⎤
⎢ 4, 6 5, 1 6, 2 6, 5 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 8, 5 8, 0 6, 1 9, 5 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
B=⎢
⎢ 4, 3
⎥
7, 2 8, 2 7, 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 10, 0 9, 3 9, 2 9, 4 ⎥
⎢ ⎥
⎣ ⎦
2, 5 4, 5 5, 0 4, 8
Cada nota representa um elemento dessa matriz e toda matriz é representada por uma letra maiúscula.
De forma geral, representamos uma matriz A como:
Introdução
IV
⎡ ⎤
⎢ a11 a12 · · · a1n ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ a21 a22 · · · a2n ⎥
A = [aij ]m×n =⎢
⎢ .
⎥
⎥
⎢ .. .. .. .. ⎥
⎢ . . . ⎥
⎣ ⎦
am1 am2 · · · amn
m×n
Em que os ı́ndices i e j representam a linha e a coluna, respectivamente, nas quais cada elemento da matriz
se encontra. Como se tivéssemos um código para localizar cada elemento na matriz, m × n representa a
ordem da matriz: “m linhas por n colunas”.
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Na matriz B do exemplo anterior, temos uma matriz de ordem 5 × 4 (5 linhas por 4 colunas ou sim-
plesmente 5 por 4). A nota 9,2 encontra-se na linha 4 e coluna 3 e a denotamos por b43 = 9, 2. Outros
exemplos: b31 = 4, 3, b14 = 6, 5, b22 = 8, 0, b23 = 6, 1.
Os elementos de uma matriz podem ser outros objetos (não necessariamente só números). Por exemplo,
podemos ter nas matrizes números complexos, polinômios, funções, outras matrizes etc. Podemos repre-
sentar as matrizes por colchetes: [ ], parênteses: ( ) ou até duas barras: � �. Neste livro, representaremos
as matrizes por colchetes. A seguir, temos alguns exemplos de matrizes.
⎡ ⎤
√
⎢ 3 2 π ⎥
• Uma matriz 2 × 3 : A = ⎣ ⎦
3
−5 4 0
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 ⎥
⎢ ⎥
• Uma matriz 3 × 3 : B = ⎢
⎢ −4 5 8 ⎥
⎥
⎣ ⎦
0 9 0
� �
• Uma matriz 1 × 4 : C = 25
−1 log 2 sen1o
3
MATRIZES
MATRIZES
Matriz Nula
Trata-se de uma matriz de qualquer ordem cujos seus elementos são todos nulos, isto é, aij = 0 para todo
i e j.
⎡ ⎤
⎡ ⎤
� � ⎢ 0 0 ⎥
⎢ 0 0 0 ⎥ ⎢ ⎥
Exemplo 1: A = ⎣ ⎦ B= 0 0 0 C=⎢ ⎥
⎢ 0 0 ⎥
0 0 0 ⎣ ⎦
0 0
Matriz Quadrada
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É aquela que apresenta o número de linhas igual ao número de colunas, isto é, seja a matriz A = [aij ]m×n
temos m = n. Nesse caso, com respeito à ordem da matriz, podemos dizer simplesmente matriz de ordem
m.
Exemplo 2:
Matriz Linha
Matrizes
IV
Matriz Coluna
Matriz Diagonal
É uma matriz quadrada cujos elementos que não estão na diagonal são todos nulos (iguais a zero), isto é,
aij = 0 se i �= j para todo i e j.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎡ ⎤
⎡ ⎤
⎢ 5 0 0 ⎥
⎢ −3 0 ⎥ ⎢ ⎥
Exemplo 5: A = ⎣ ⎦ B=⎢
⎢ 0 4 0
⎥
⎥
0 2 ⎣ ⎦
0 0 −1
Nas matrizes diagonais, temos uma que é especial. Mostraremos essa matriz logo abaixo.
Matriz Identidade
⎧
⎪
⎨ 1, se i = j
aij = para todo i, j
⎪
⎩ 0, se i �= j
Isto é, ⎡ ⎤
⎢ 1 0 0 0 ··· 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 1 0 0 ··· 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0
⎢ 1 0 ··· 0 ⎥ ⎥
A = [aij ]n×n =⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 0 1 ··· 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ . . ⎥
⎢ .. .. ... ... . . . ... ⎥
⎢ ⎥
⎣ ⎦
0 0 0 0 0 1
n×n
Matriz Simétrica
IGUALDADE DE MATRIZES
Trata-se de uma matriz quadrada em que aij = aji .
⎡ ⎤
⎡ ⎤ −2
⎢ 5 1 ⎥
⎢ 2 5 ⎥ ⎢ ⎥
Exemplo 6: A = ⎣ ⎦ B=⎢ ⎢ −2 4
⎥
3 ⎥
5 3 ⎣ ⎦
1 3 −1
É uma matriz quadrada em que os elementos abaixo da diagonal são nulos, isto é, aij = 0 sempre que
i > j.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎡ ⎤
⎡ ⎤
⎢ 1 −3 −2 −1 ⎥
⎢ ⎥
⎢ −3 2 1 ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ 0 2 3 7 ⎥
Exemplo 7: A = ⎢ 0 −1 −5 ⎥
⎢
⎥
⎢
B=⎢ ⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎢ 0 0 −2 5 ⎥
⎢ ⎥
0 0 4 ⎣ ⎦
0 0 0 9
Trata-se de uma matriz quadrada cujos elementos acima da diagonal são nulos, isto é, aij = 0 sempre que
i < j.
⎡ ⎤
⎡ ⎤
⎢ 1 0 00 ⎥
⎢ ⎥
⎢ −3 0 0 ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ 4 2 0 0 ⎥
Exemplo 8: A = ⎢ ⎥
⎢ 4 −1 0 ⎥ B=⎢
⎢
⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎢ 3 1 −2 0 ⎥
⎢ ⎥
3 2 5 ⎣ ⎦
−7 2 7 9
IGUALDADE DE MATRIZES
Definição 1: Sejam duas matrizes A = [aij ]m×n e B = [bij ]v×u . A matriz A será igual a matriz B,
A = B, quando a ordem de ambas for a mesma (m = v), (n = u) e seus elementos correspondentes iguais,
isto é, elementos que ocupam a mesma posição (linha e coluna) na matriz A e B serão iguais. Ou ainda
aij = bij para todo i e j.
Igualdade de matrizes
IV
OPERAÇÕES COM
⎡
√ MATRIZES
49 sin 30
⎤
o
⎡
7 1/2
⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
Exemplo 9: A matriz A = ⎢ ⎥ é igual a matriz B = ⎢
⎢ −0, 75 −5
⎥
⎥
⎢ −3/4 −5 ⎥ ⎢ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ �√ �0 ⎦
0 1 log 1 π
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
2
⎢ 2x − y w − 3z ⎥ ⎢ −4 0 ⎥
Exemplo 10: Sejam as matrizes C = ⎣ ⎦eD=⎣ ⎦. Determinar os valores
3y 5w − 7 12 3
de x, y, z e w tal que as matrizes C e D sejam iguais.
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2x − y = −4 (I)
w2 − 3z = 0 (II)
3y = 12 (III)
5w − 7 = 3 (IV )
Transformação
Seja a matriz A = [aij ]m×n . Definimos uma nova matriz B = [bji]n×m como sendo a transposta da matriz
A, denotada por At . Note que, para obter a transposta de uma matriz A, basta escrever as linhas de A
como sendo as colunas da nova matriz, isto é, At (ou, equivalentemente, escrever as colunas de A como
as linhas da nova matriz).
⎡ ⎤
−1 2 ⎡ ⎤
⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ −1 6 4 ⎥
Exemplo 11: Se A = ⎢ ⎢ 6
⎥ t
0 ⎥ então A = ⎣ ⎦
⎣ ⎦ 2 0 −3
4 −3
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 6 1 −8 ⎥ ⎢ 6−8 ⎥1
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
Exemplo 12: Se B = ⎢ ⎥
⎢ 1 −3 2 ⎥ então B = ⎢
t ⎢
1 −3 2 ⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
−8 2 0 −8 2 0
Note que nesse exemplo a transposta não se modificou. Basta voltarmos na seção Tipos de Matrizes que
vamos verificar que se trata de uma matriz simétrica. Essa e outras propriedades serão ditas em seguida.
iii) (A + B)t = At + B t .
� �t
iv) k · A = k · At .
Adição
Sejam as Matrizes A = [aij ] e B = [bij ] de mesma ordem, definimos uma nova matriz, denotada por
A + B, como sendo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A + B = [aij + bij ].
De mesma ordem das matrizes A e B. Em outras palavras, note que, para somarmos duas ou mais
matrizes, basta juntarmos os elementos correspondentes.
Seja a matriz A = [aij ]m×n e k ∈ R um escalar. O produto de k pela matriz A é definido como sendo:
k · A = [k · aij ]m×n .
Em outras palavras, para multiplicar um escalar k por uma matriz, basta efetuarmos o produto de k por
todos os elementos dessa matriz.
⎡ ⎤
⎢ −2 5 17 ⎥
⎢ ⎥
Exemplo 14: Seja o escalar k = 3 e a matriz A = ⎢ ⎥
⎢ 11 −3 3 ⎥. Então,
⎣ ⎦
9 2 10
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 3(−2) 3(5) 3(17) ⎥ ⎢ −6 15 51 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
k·A=3·A=⎢ ⎥ ⎢
⎢ 3(11) 3(−3) 3(3) ⎥ = ⎢ 33 −9 9
⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
3(9) 3(2) 3(10) 27 6 30
Sabendo multiplicar um escalar por uma matriz, podemos falar da diferença entre matrizes. Note que se
pretendemos, dadas duas matrizes A e B de mesma ordem, efetuar a diferença entre essas matrizes, basta
proceder da seguinte forma:
A−B =A+ −B .
Em que a matriz −B corresponde à matriz oposta de B, ou, em outras palavras, −B pode ser interpretado
como sendo o produto do número −1 pela matriz B.
Agora, em relação à adição de matrizes e multiplicação por escalar, devemos observar as propriedades que
seguem.
Propriedade 2: Dadas as matrizes A = [aij ]m×n , B = [bij ]m×n , C = [cij ]m×n , todas de mesma ordem e
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escalares μ e κ, temos:
i) A + (B + C) = (A + B) + C - associatividade
ii) A + B = B + A - comutatividade
iii) A + 0m×n = A - existência do elemento neutro da adição. Note que 0m×n representa a matriz nula de
ordem m × n.
iv) A + − A = 0m×n
v) μ(A + B) = μA + μB - distributividade
vi) (μ + κ)A = μA + κA
ix) 1 · A = A.
Multiplicação de Matrizes
Na tabela abaixo, estão registradas as notas bimestrais de 5 alunos de uma determinada instituição
superior na disciplina de Cálculo do curso de Matemática.
Vamos considerar que primeiro, segundo, terceiro e quarto bimestre tenham, respectivamente, pesos va-
lendo 1, 2, 3 e 4 (a nota do primeiro bimestre multiplicada por 1, a do segundo por 2 e assim por diante).
A média final de cada aluno será calculada da seguinte maneira:
2, 5 · 1 + 5, 6 · 2 + 6, 1 · 3 + 6, 0 · 4 1 2 3 4
Aluno A: = 2, 5 · + 5, 6 · + 6, 1 · + 6, 0 · = 5, 6
10 10 10 10 10
2, 0 · 1 + 3, 5 · 2 + 3, 7 · 3 + 5, 5 · 4 1 2 3 4
Aluno B: = 2, 0 · + 3, 5 · + 3, 7 · + 5, 5 · = 4, 2
10 10 10 10 10
8, 0 · 1 + 6, 8 · 2 + 7, 5 · 3 + 9, 0 · 4 1 2 3 4
Aluno C: = 8, 0 · + 6, 8 · + 7, 5 · + 9, 0 · = 8, 0
10 10 10 10 10
6, 0 · 1 + 6, 1 · 2 + 5, 5 · 3 + 6, 7 · 4 1 2 3 4
Aluno D: = 6, 0 · + 6, 1 · + 5, 5 · + 6, 7 · = 6, 2
10 10 10 10 10
4, 0 · 1 + 5, 0 · 2 + 7, 0 · 3 + 7, 5 · 4 1 2 3 4
Aluno E: = 4, 0 · + 5, 0 · + 7, 0 · + 7, 5 · = 6, 5
10 10 10 10 10
Essas operações podem ser representadas por matrizes. Podemos construir uma matriz N contendo as
da mesma forma, podemos construir uma matriz P com os valores dos pesos de cada bimestre, isto é,
⎡ ⎤
⎢ 1/10 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
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⎢ 2/10 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 3/10 ⎥
⎢ ⎥
⎣ ⎦
4/10
O que fizemos: tomamos duas matrizes tais que o número de termos em cada linha da primeira é igual
ao número de termos de cada coluna da segunda. Ou seja, o número de colunas da primeira coincide com
o número de linhas da segunda.
Definição 2: Sejam as matrizes A = [aij ]m×n e B = [bij ]n×s . A matriz produto de A por B é a Matriz
A · B = [cij ]m×s tal que:
�p
cij = k=1 aik · bkj com i = {1, 2, . . . , m} e j = {1, 2, . . . , n}
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 3 ⎥ ⎢ 2 0 −4 ⎥
Exemplo 15: Sejam as matrizes A = ⎣ ⎦eB=⎣ ⎦. Como a ordem da matriz A é
2 −1 5 −2 6
2 × 2 e da matriz B é 2 × 3, pela definição, podemos realizar o produto A · B, resultando em uma matriz de
ordem 2 × 3. Por outro lado, o produto B · A não está definido, pois o número de colunas de B é diferente
do número de linhas de A. O produto é sempre realizado tomando-se cada linha da matriz A (primeira
matriz na ordem do produto) por cada coluna da matriz B (segunda matriz na ordem do produto). Em
outras palavras, podemos dizer que o produto de matrizes é “linha por coluna”. Então vamos ao produto:
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⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 3 ⎥ ⎢ 2 0 −4 ⎥ ⎢ 1(2) + 3(5) 1(0) + 3(−2) 1(−4) + 3(6) ⎥
A·B = ⎣ ⎦·⎣ ⎦ = ⎣ ⎦
2 −1 5 −2 6 2(2) − 1(5) 2(0) − 1(−2) 2(−4) − 1(6)
⎡ ⎤
⎢ 17 −6 14 ⎥
= ⎣ ⎦
−1 2 −14
Note nesse exemplo que uma maneira de não nos perdermos na multiplicação é colocarmos elementos do
produto em alguma posição que não seja a dele e encontrarmos uma matriz errada. Basta observarmos
qual linha da primeira matriz está sendo multiplicada por qual coluna da segunda matriz. Por exemplo:
quando, no exemplo anterior, multiplicamos a segunda linha de A pela terceira coluna de B, encontramos
o elemento que estará na posição c23 , isto é, c23 = −14.
Propriedade 3: Sejam A, B e C matrizes. Sempre que os produtos e somas envolvidos estiverem bem
definidos, temos:
vi) (AB)t = B t At
Aqui, você encontrará uma sugestão de aula sobre operações com matrizes, a qual será útil na carreira
MATRIZ
de docente
Aqui, e INVERSA
tambémuma
você encontrará poderá auxiliá-lo
sugestão durante
de aula sobre os estudos com
operações da licenciatura.
matrizes, a qual será útil na carreira
de<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1675>
docente e também poderá auxiliá-lo durante os estudos da licenciatura.
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1675>
MATRIZ INVERSA
MATRIZ INVERSA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Definição 3: Seja uma matriz A = [aij ]n×n . Dizemos que essa matriz admite inversa se, e somente se,
existe uma3:matriz
Definição B = matriz
Seja uma [bij ]n×nAtal
= que:
[aij ]n×n . Dizemos que essa matriz admite inversa se, e somente se,
existe uma matriz B = [bij ]n×n tal que:
A · B = B · A = In
A · B = B · A = In
em que In é a matriz identidade de ordem n. A matriz B será a inversa da matriz A e a denotamos de
A−1
em , isto
que = A−1identidade
In éé,aBmatriz . de ordem n. A matriz B será a inversa da matriz A e a denotamos de
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
−1
A , isto é, B = A . −1
⎡ ⎢ 2 −3⎤ ⎥ −1 ⎡ ⎢ 1/14 3/14⎤ ⎥
Exemplo 16: A matriz A = ⎣ ⎦ admite como inversa a matriz A = ⎣ ⎦, pois:
⎢ 2 4 −31 ⎥ −1 ⎢ 1/14 −2/7 3/14
1/7⎥
Exemplo 16: A matriz A = ⎣ ⎦ admite como inversa a matriz A = ⎣ ⎦, pois:
4 1 ⎡ −2/7⎤ 1/7
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ � �
2 · 141
− 3 · −2 2 · 143
− 3 · 17 ⎥ ⎡ ⎤
2 −3 1/14 3/14 ⎡⎢⎢
7 ⎤⎥ 1 0
⎢ ⎤⎥ ⎢ ⎤⎥ � −2 � ⎡⎢ ⎤⎥
A · A−1 =⎡ ⎣ ⎦⎡· ⎣ ⎦ =⎢ ⎢ 1
⎢2 · 14 − 3 · 7
3
2 · 14 − 3 · 17 ⎥ ⎥⎥=⎣ ⎦
⎢ 2 4 −3 1 ⎥ ⎢ 1/14
−2/7 3/14
1/7⎥ ⎢ ⎢ ⎣ ⎥ ⎦ ⎢ 1 0 0 1
⎥
A·A =⎣ −1 � � ⎥
⎦·⎣ ⎦ = ⎢ 4 · 1 + 1 · −2 4 · 3 + 1 · 1⎥ = ⎣ ⎦
⎣ 14 7 14 7⎦
4 1 −2/7 1/7 � −2 � 0 1
1 3 1
4 · 14 + 1 · 7 4 · 14 + 1 · 7
⎡ ⎤
⎢ −2 5⎤ ⎥
Exemplo 17: Caso exista, encontrar a inversa da matriz A =⎡ ⎣ ⎦.
⎢ −23 5 9⎥
Exemplo 17: Caso exista, encontrar a inversa da matriz A = ⎣ ⎦.
Solução: Pela⎡definição ⎤3, temos que existe uma Matriz B, inversa 9 A, se A · B = I2 . Então, tomemos
3 de
⎢ x1 x2⎤3,⎥temos que existe uma Matriz B, inversa de A, se A · B = I2 . Então, tomemos
Solução: Pela⎡definição
a matriz B = ⎣ ⎦ e, com isso, obtemos
⎢ x1x3 x2x4⎥
a matriz B = ⎣ ⎦ e, com isso, obtemos
x3 x4 ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ −2 5⎤ ⎥⎡ ⎢ x1 x2⎤ ⎥ ⎡ ⎢ 1 0⎤ ⎥
A · B =⎡ ⎣ ⎦·⎣ ⎦=⎣ ⎦
⎢ −23 5 9⎥ ⎢ x1x3 x2x4⎥ ⎢ 1 0 0 1⎥
A·B =⎣ ⎦·⎣ ⎦=⎣ ⎦
3 9 x3 x4 0 1
3 1 5
Solucionando o sistema (I), chegamos a x1 = − e x3 = . Já com o sistema (II), obtemos x2 = e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
11 11 33
2
x4 = .
33
Portanto, a matriz A admite inversa e sua inversa é a matriz:
⎡ ⎤
⎢ −3/11 5/33 ⎥
B= A−1 =⎣ ⎦.
1/11 2/33
O exemplo anterior nos mostrou que, ao tentar inverter uma matriz quadrada de ordem 2, chegamos a
dois sistemas com duas equações e duas incógnitas cuja solução é um tanto quanto simples. Agora, se
tentarmos inverter uma matriz quadrada de ordem 3, vamos chegar a três sistemas com três equações e
três incógnitas cada um, em que o cálculo é um pouco mais demorado. Se tentarmos inverter matrizes
quadradas de ordem superior a 3, o trabalho que terı́amos que realizar seria imenso. Falando ainda de
sistemas 3 por 3 (três equações e três incógnitas), na próxima unidade, falaremos mais sobre como resolver
esses sistemas.
Nosso próximo passo agora é estabelecer uma técnica para inversão, ou tentativa de inversão, de matrizes
quadradas de qualquer ordem.
Matriz inversa
IV
Operações Elementares
iii) Somar a uma fila outra fila multiplicada por número real não nulo.
⎡ ⎤
⎢ −2 5 1 ⎥
⎢ ⎥
Exemplo 18: Vamos aplicar algumas operações elementares às linhas da matriz A = ⎢
⎢ 3
⎥
0 8 ⎥.
⎣ ⎦
7 −6 9
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. Permutando a linha 1 com a linha 3 (podemos usar a seguinte notação: L1 ↔ L2 ), obtemos a matriz:
⎡ ⎤
⎢ 7 −6 9 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 3 0 8 ⎥.
⎣ ⎦
−2 5 1
⎡ ⎤
⎢ −2 5 1 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 12 0 32 ⎥ .
⎣ ⎦
7 −6 9
3. Transformando a linha 3 com a soma da linha 1 com o dobro da linha 3 (L3 → L1 + 2L3 ), obtemos:
⎡ ⎤
⎢ −2 5 1 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥.
⎢ 3 0 8 ⎥
⎣ ⎦
12 −7 19
Matrizes Equivalentes
Teorema 1: Seja a matriz A = [aij ]n×n . A admite inversa se, e somente se, A ∼ In . Se A é inversı́vel, a
mesma sucessão de operações elementares que transformam A em In , transformam In na inversa de A.
Logo, para determinarmos a inversa de uma matriz A (quando existir), basta seguirmos os seguintes
passos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. Ao lado da matriz A colocamos a matriz identidade com a mesma ordem de A, separada por uma
linha tracejada.
Solução:
⎡ ⎤
⎢ −2 1 3 | 1 0 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 4 2 5 | 0 1 0 ⎥ L2 → L2 + 2L1
⎣ ⎦
−3 0 1 | 0 0 1
⎡ ⎤
⎢ −2 1 3 | 1 0 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥ L3 → 2L3 − 3L1
⎢ 0 4 11 | 2 1 0 ⎥
⎣ ⎦
−3 0 1 | 0 0 1
⎡ ⎤
⎢ −2 1 3 | 1 0 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 4 11 | 2 1 0 ⎥ L1 → 4L1 − L2
⎣ ⎦
0 −3 −7 | −3 0 2
Matriz inversa
IV
⎡ ⎤
⎢ −8 0 1 | 2 −1 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 4 11 | 2 1 0 ⎥ L3 → 3L2 + 4L3
⎣ ⎦
0 −3 −7 | −3 0 2
⎡ ⎤
⎢ −8 0 1 | 2 −1 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 4 11 | 2 1 0 ⎥ L1 → 5L1 − L3
⎣ ⎦
0 0 5 | −6 3 8
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎡ ⎤
⎢ −40 0 0 | 16 −8 −8 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 4 11 | 2 1 0 ⎥ L2 → 5L2 − 11L3
⎣ ⎦
0 0 5 | −6 3 8
⎡ ⎤
⎢ −40 0 0 | 16 −8 −8 ⎥
⎢ ⎥ 1
⎢ ⎥
⎢ 0 20 0 | 76 −28 −88 ⎥ L1 → − 40 L1
⎣ ⎦
0 0 5 | −6 3 8
⎡ ⎤
⎢ 1 0 0 | −16/40 8/40 8/40 ⎥
⎢ ⎥ 1
⎢ ⎥
⎢ 0 20 0 | 76 −28 −88 ⎥ L2 → 20 L2
⎣ ⎦
0 0 5 | −6 3 8
⎡ ⎤
⎢ 1 0 0 | −16/40 8/40 8/40 ⎥
⎢ ⎥ 1
⎢ ⎥
⎢ 0 1 0 | 76/20 −28/20 −88/20 ⎥ L3 → 5 L3
⎣ ⎦
0 0 5 | −6 3 8
⎡ ⎤
⎢ 1 0 0 | −16/40 8/40 8/40 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 1 0 | 76/20 −28/20 −88/20 ⎥
⎣ ⎦
0 0 1 | −6/5 3/5 8/5
ou equivalente a:
⎡ ⎤
⎢ 1 0 0 | −2/5 1/5 1/5 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 1 0 | 19/5 −7/5 −22/5 ⎥
⎣ ⎦
0 0 1 | −6/5 3/5 8/5
⎡ ⎤
⎢ −2/5 1/5 1/5 ⎥
⎢ ⎥
Portanto, temos A−1 =⎢ ⎥
⎢ 19/5 −7/5 −22/5 ⎥
⎣ ⎦
−6/5 3/5 8/5
Mais à frente veremos um outro método para calcularmos a inversa de uma matriz bem como determinar
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se ela existe por meio do determinante. No próximo exemplo, vamos verificar que existem matrizes qua-
dradas que não admitem inversa.
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 ⎥
⎢ ⎥
Exemplo 20: Vamos determinar a inversa da matriz B = ⎢ ⎥
⎢ 2 4 6 ⎥. Solução:
⎣ ⎦
3 6 5
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 | 1 0 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 2 4 6 | 0 1 0 ⎥ L2 → L2 − 2L1
⎣ ⎦
3 6 5 | 0 0 1
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 | 1 0 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 12 | −2 1 0 ⎥ L3 → L3 − 3L1
⎣ ⎦
3 6 5 | 0 0 1
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 | 1 0 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 12 | −2 1 0 ⎥ L1 → 4L1 + L2
⎣ ⎦
0 0 14 | −3 0 1
⎡ ⎤
⎢ 4 8 0 | 2 1 0 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 12 | −2 1 0 ⎥ L3 → 6L3 − 7L2
⎣ ⎦
0 0 14 | −3 0 1
Matriz inversa
IV
⎡ ⎤
⎡ 4 8 0 | 2 1 0 ⎥ ⎤
⎢
⎢ 4 8 0 | 2 1 0⎥
⎢
⎢ ⎥
⎥
⎢
⎢ 0 0 12 | −2 1 0 ⎥ ⎥
⎢
⎣ ⎥
⎦
⎢ 0 0 12 | −2 1 0 ⎥
⎣ 0 0 0 | −4 −7 6 ⎦
0 0 0 | −4 −7 6
Podemos perceber que, se continuarmos a tentar transformar a matriz B na matriz identidade, não con-
Podemos perceber que, se continuarmos a tentar transformar a matriz B na matriz identidade, não con-
seguiremos. Por exemplo, um próximo passo seria anular o número 8 (que se encontra na primeira linha
seguiremos. Por exemplo, um próximo passo seria anular o número 8 (que se encontra na primeira linha
e segunda coluna), mas os elementos das outras linhas que pertencem a mesma coluna do número 8 são
e segunda coluna), mas os elementos das outras linhas que pertencem a mesma coluna do número 8 são
nulos, ou seja, não há a possibilidade, por meio de operações elementares, de anular esse número. Por-
nulos, ou seja, não há a possibilidade, por meio de operações elementares, de anular esse número. Por-
tanto, a matriz B não admite inversa.
tanto, a matriz B não admite inversa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A seguir, listamos algumas propriedades da inversa de uma matriz.
A seguir, listamos algumas propriedades da inversa de uma matriz.
Propriedade 5: Sejam as matrizes A = [aij ]n×n e B = [bij ]n×n inversı́veis, isto é, ambas admitem
Propriedade 5: Sejam as matrizes A = [aij ]n×n e B = [bij ]n×n inversı́veis, isto é, ambas admitem
inversa, temos:
inversa, temos:
� �−1
i) �A−1 � = A
−1
i) A−1 =A
ii) O produto A · B é inversı́vel e (A · B)−1 = B −1 · A−1
ii) O produto A · B é inversı́vel e (A · B)−1 = B −1 · A−1
� �−1 � �t
iii) �At � = �A−1 �
−1 t
iii) At = A−1
O link abaixo é um aplicativo da web com o qual você poderá manipular matrizes identificando
O link abaixo é um aplicativo da web com o qual você poderá manipular matrizes identificando
conceitos, poderá, ainda interpretar matrizes, bem como utilizá-las na resolução de problemas.
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<http://www.igm.mat.br/mpd/a linear/mpd1.htm >.
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Neste outro link, como futuro(a) professor(a), você encontrará uma sugestão para aula sobre cálculo
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de Matriz inversa, Conhecimento de Criptografia e como as Matrizes são utilizadas para criptografar
de Matriz inversa, Conhecimento de Criptografia e como as Matrizes são utilizadas para criptografar
mensagens e construir mensagens criptografadas.
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<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.htmlaula=45417>.
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.htmlaula=45417>.
Aqui, você encontrará um aplicativo que servirá para o emprego dos conceitos de Matrizes na resolução
de Quadrados Mágicos:
<http://www.jogosboole.com.br/tutoriais mostra.asp?id=19>
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<http://www.jogosboole.com.br/tutoriais mostra.asp?id=19>
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A Teoria dos Determinantes permite discutir sistemas de equações lineares, desde que o número de
equações seja igual ao número de incógnitas, isso nos auxilia, por exemplo, a analisar um sistema de
equações, antes de tentar obter o conjunto solução e que, em muitos casos, pode até não existir. Além
disso, é possı́vel obter a solução de um sistema, caso exista, com o uso da Regra de Cramer, que se
A Teoria dos Determinantes permite discutir sistemas de equações lineares, desde que o número de
baseia em cálculo de determinantes.
equações seja igual ao número de incógnitas, isso nos auxilia, por exemplo, a analisar um sistema de
Fonte:equações,
o autor. antes de tentar obter o conjunto solução e que, em muitos casos, pode até não existir. Além
disso, é possı́vel obter a solução de um sistema, caso exista, com o uso da Regra de Cramer, que se
baseia em cálculo de determinantes.
Fonte: o autor.
Matriz inversa
IV
PERMUTAÇÃO
PERMUTAÇÃO
Exemplo 1: Considere T = {1, 2, 3, 4, 5}. Então, 42531 é uma permutação de T , que corresponde à
função f : T → T definida por:
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Podemos representar o conjunto T de 4 · 3 · 2 · 1 = 24 maneiras possı́veis. Esse cálculo se deve ao princı́pio
multiplicativo da análise combinatória. Podemos ainda dizer que temos 24 permutações do conjunto T .
n(n − 1)(n − 2) · · · 2 · 1
permutações possı́veis para esse conjunto. Denotaremos por Sn as permutações de S. A expressão acima
é representada por n! (lê-se: n fatorial ou fatorial de n). Assim:
1! = 1
2! = 2 · 1 = 2
3! = 3 · 2 · 1 = 6
4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
..
.
n! = n(n − 1)(n − 2) · · · 2 · 1
n! n!
Podemos mostrar que se n 2, então, Sn terá permutações pares e permutações ı́mpares.
2 2
No exemplo anterior, temos 6 permutações possı́veis, sendo 3 pares e 3 ı́mpares. De fato:
⎧ ⎧
⎪
⎪ 149 → 0 ⎪
⎪ 194 → 1
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎨ ⎨
pares 491 → 2 ı́mpares 419 → 1
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎪
⎪ ⎪
⎪
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎩ ⎩
914 → 2 941 → 3
Vamos apresentar agora um sı́mbolo muito usado em matemática e áreas afins, pois vamos usá-lo para
�
definir o determinante de uma matriz. A letra ou caractere sigma ( ) é a décima oitava letra do alfabeto
�
grego e corresponde ao nosso S. A letra é usada na matemática como sı́mbolo de um somatório.
Consideremos a seguinte soma:
12 + 22 + 32 + 42 + 52 + 62 + 72 + 82 + 92 + 102 .
�
Podemos representar essa soma por meio do sı́mbolo da seguinte maneira:
10
�
k2
k=1
E podemos ler como segue: somatório de k 2 quando k varia de 1 até 10. A letra k é chamada de ı́ndice
da soma (ou do somatório) e pode ser substituı́da por qualquer outra (que não intervenha na soma), por
exemplo: i, j, l, m, n, p, etc. Diz–se, assim, que k é um ı́ndice mudo.
Exemplo 4:
6
�
2i2 = 2(32 ) + 2(42 ) + 2(52 ) + 2(62 ) = 172
i=3
Exemplo 5:
5
�
k = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
k=1
Permutação
IV
DETERMINANTE
DETERMINANTE
Definição 2: Seja A = [aij ]n×n uma matriz quadrada de ordem n. Definimos o determinante de A,
denotado por detA ou |A| o número real dado por:
�
detA = (−1)J a1j1 a2j2 · · · anjn
ρ
Exemplo 6: Seja a matriz A = [a11 ]. Vemos que A tem ordem 1, logo S1 tem uma única permutação,
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isto é, 1! = 1. Como o número de inversões é zero, o sinal do determinante é positivo. Logo detA = a11 .
⎡ ⎤
⎢ a11 a12 ⎥
Exemplo 7: Seja a matriz A = ⎣ ⎦ uma matriz de ordem 2. Então, para calcular o detA,
a21 a22
escrevemos os termos da matriz na forma:
a1 a2 e a1 a 2
Os espaços vazios serão preenchidos por todos os elementos de S2 , que são 12 e 21, dado que S = {1, 2}.
Temos que 12 é uma permutação par (número de inversões é zero) e 21 é uma permutação ı́mpar (uma
inversão). Assim, o termo a11 a22 tem sinal positivo e o termo a12 a21 tem sinal negativo. Logo:
Por simplicidade, ou até comodidade, costuma-se dizer que o determinante de uma matriz de ordem 2
é a diferença entre o produto dos termos da diagonal principal pelo produto dos termos da diagonal
secundária.
⎡ ⎤
⎢ −5 4 ⎥
Exemplo 8: Calcular o determinante da matriz A = ⎣ ⎦
2 3
Solução: detA = −5(3) − 4(2) = −15 − 8 = −23
⎡ ⎤
⎢ −3 −2 ⎥
Exemplo 9: Calcular o determinante da matriz B = ⎣ ⎦
7 −4
Solução: detB = −3(−4) − (−2)(7) = 12 + 14 = 26
Agora, vamos ver como é efetuado o cálculo do determinante de ordem 3 seguindo a Definição 2.
⎡ ⎤
⎢ a11 a12 a13 ⎥
⎢ ⎥
Exemplo 10: Seja a matriz A = ⎢ ⎥
⎢ a21 a22 a23 ⎥. Temos uma matriz de ordem 3. Logo, para
⎣ ⎦
a31 a32 a33
calcularmos o determinante, escrevemos os seis (3! = 6) termos da matriz.
a1 a 2 a 3 a1 a2 a3 a1 a2 a3
a1 a2 a3 a1 a2 a3 a1 a2 a3
Os espaços vazios serão preenchidos por todos os elementos de S3 . Antes de preenchermos os espaços
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vazios, vamos analisar as permutações em uma tabela para uma melhor compreensão.
detA = (a11 a22 a33 + a13 a21 a32 + a12 a23 a31 )
Determinante
IV
Uma regra prática para calcular o determinante de uma matriz A de ordem 3 é dada a seguir:
Isto é:
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Figura 1: Regra de Sarrus
⎡ ⎤
⎢ −1 2 0 ⎥ −1 2
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 5 3 −4 ⎥ 5 3
⎣ ⎦
7 1 −6 7 1
Só temos um problema, para matrizes quadradas de ordem 4, não podemos aplicar diretamente a Regra
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de Sarrus. Logo, temos que definir outros métodos para calcularmos o determinante de qualquer matriz
quadrada.
Desenvolvimento de Laplace
detA = a11 a22 a33 − a11 a23 a32 + a13 a21 a32 − a12 a21 a33 + a12 a23 a31 − a13 a22 a31
detA = a11 (a22 a33 − a23 a32 ) − a21 (a12 a33 − a13 a32 ) + a31 (a12 a23 − a13 a22 )
Ou ainda
a22 a23 a12 a13 a12 a13
detA = a11 − a21 + a31
a32 a33 a32 a33 a22 a23
Podemos observar que o determinante de uma matriz quadrada de ordem 3 pode ser expresso em função de
matrizes quadradas de ordem 2. No caso acima, repare que escolhemos a primeira coluna para calcularmos
o determinante. Mas podemos fazê-lo em qualquer fila da matriz. Com relação a esta última igualdade,
podemos escrever:
detA = a11 A11 − a21 A21 + a31 A31
Em que Aij é o determinante da matriz que sobra, extraindo-se a i-ésima linha e a j-ésima coluna.
Determinante
IV
Vamos definir agora o cofator de cada elemento de uma matriz. O cofator é dado como segue:
� �
Δij = (−1)i+j �Aij �
De uma forma geral, temos que, dada uma matriz A = [aij ]n×n , pelo desenvolvimento de Laplace, o
determinante da matriz A é calculado pela fórmula
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
n
�
detA = aij Δij
i=1
Observe que, nessa fórmula, o determinante foi desenvolvido pela j-ésima coluna. Da mesma forma, po-
demos desenvolver o determinante utilizando uma determinada linha.
⎤ ⎡
⎢ −1 0 5 ⎥
⎢ ⎥
Exemplo 12: Vamos calcular o determinante da matriz A = ⎢ ⎥
⎢ 2 −2 3 ⎥.
⎣ ⎦
1 2 4
Solução: Se vamos escolher uma fila (linha ou coluna), basta observarmos que a primeira linha, por
exemplo, possui um zero. Possuir um ou mais zeros em um fila vai nos proporcionar uma quantidade
menor de cálculo. Isto é:
= −1 · Δ11 + 5 · Δ13
� � � �
� � � �
� −2 3 � � 2 −2 �
� � � �
= −1 · (−1)2 · � � + 5 · (−1)4 · � �
� � � �
� 2 4 � � 1 2 �
= −1(−14) + 5(6)
= 14 + 30
= 44
⎡ ⎤
⎢ 1 −2 0 1 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ −2 5 17 9 ⎥
Exemplo 13: Determinar o determinante da matriz B = ⎢
⎢
⎥
⎥
⎢ 0 2 −3 0 ⎥
⎢ ⎥
⎣ ⎦
1 2 3 4
Solução: Escolhendo a terceira linha, obtemos:
= 2 · Δ32 − 3 · Δ33
� � � �
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
� � � �
� 1 0 1 �� � 1 −2 1 �
� � �
� � � �
= 2(−1)5 �� −2 17 9 �� − 3(−1)6 �� −2 5 9 ��
� � � �
� � � �
� 1 3 4 � � 1 2 4 �
= 2(−1)(18) − 3(1)(−41)
= −36 + 123
= 87
P1 . O determinante de uma matriz é único. Isto é, não importa qual caminho se utilize para calcular o
determinante, ele terá o mesmo valor.
P2 . Dada a matriz A = [aij ]n×n , temos que detA = detAt . Isto é, o determinante de uma matriz A é
igual ao determinante de sua transposta.
P4 . O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal principal.
P5 . Se multiplicamos uma fila de uma matriz quadrada A por β, temos detA = βdetA.
P7 . Se uma matriz quadrada A possuir duas filas iguais, ou proporcionais, temos detA = 0.
Determinante
IV
P8 . Seja a matriz A = [aij ]n×n , se, por meio de operações elementares, somamos a uma linha (ou coluna)
de A um múltiplo de outra linha (ou coluna) de A e, transformando esta matriz em outra matriz
B = [bij ]n×n , temos que detA = detB.
P9 . Sejam as matrizes A = [aij ]n×n e B = [bij ]n×n . Logo, temos que det(A · B) = detA · detB. Essa
propriedade é conhecida como Teorema de Binet.
1
P10 . Seja uma matriz quadrada A. Se A admite inversa, então detA−1 = . Vamos demonstrar essa
detA
propriedade. Pela definição da inversa de uma matriz, temos que, se uma matriz quadrada A de
ordem n é inversı́vel, A · A−1 = In e temos também que detIn = 1, de fácil verificação. Logo,
� �
detIn = 1 é o mesmo que det A · A−1 = 1 e, pela propriedade P9 , obtemos detA · detA−1 = 1 ou
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1
detA−1 = .
detA
A propriedade P10 nos fornece um resultado muito importante para o cálculo da inversa de uma matriz.
Analisando essa propriedade, vemos que, uma matriz admite inversa se, e somente se, o determinante
dessa matriz for diferente de zero. Isto é, seja a matriz A = [aij ]n×n , tem-se que:
⎡ ⎤
⎢ 3 −6 9 ⎥
⎢ ⎥
detA = −det ⎢
⎢ 0 1 5 ⎥
⎥
⎣ ⎦
2 6 1
ou ainda ⎡ ⎤
⎢ 1 −2 3 ⎥
⎢ ⎥
detA = −3det ⎢
⎢ 0 1 5 ⎥
⎥
⎣ ⎦
2 6 1
⎡ ⎤
⎢ 1 −2 3 ⎥
⎢ ⎥
⎢
detA = −3det ⎢ 0 1 ⎥
5 ⎥
⎣ ⎦
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
0 0 −55
Assim:
detA = −3(−55) = 165
Observe que nesse exemplo o objetivo final foi transformar a matriz original em uma matriz triangular,
cujo cálculo do determinante é direto. Basta multiplicar os elementos da diagonal principal, sempre se
baseando nas propriedades dos determinantes para que não ocorram erros.
Muitos problemas em várias áreas da Ciência recaem na solução de sistemas de equações lineares. Vamos
ver como a álgebra matricial pode simplificar o estudo desses sistemas.
Definição 3: Equação Linear: Uma equação linear nas variáveis x1 , x2 , x3 , . . . , xn , isto é, em várias
variáveis, é uma equação da forma:
a 1 x1 + a 2 x 2 + a3 x3 + . . . + an xn = b
• 2x1 − x3 + 8x4 − x5 = 3
• x + y − 3z = −8
• a+b−c+d=0
• 2x2 − 5x + 7 = 0
• −3xy + yz − y 3 = −3
√
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• x − 3 + 2y = 1
2
• − 3w + 7y = 0
x
Dizemos que uma sequência ordenada de números reais (β1 , β2 , β3 , . . . , βn ) é solução da equação a1 x1 +
a2 x2 + a3 x3 + . . . + an xn = b quando a expressão a1 β1 + a2 β2 + a3 β3 + . . . + an βn = b for verdadeira.
pois temos
2(0) − (−1) + 4(2) − (−3) − 3(1) = 0 + 1 + 8 + 3 − 3 = 9
Por outro lado, no exemplo 17, podemos ter outras soluções para equação. A saber, por exemplo, a
sequência (0, −1, 2, 0, 0) é solução, pois 2(0) − (−1) + 4(2) − 0 − 3(0) = 0 + 1 + 8 − 0 − 0 = 9. Se continu-
armos a investigação para encontrar outras soluções para essa equação, vamos perceber que não terá fim.
Isto é, uma equação linear em várias variáveis admite infinitas soluções.
Resolver um sistema de equações lineares é determinar o conjunto formado por todas as soluções, chamado
conjunto-solução do sistema. Uma solução do sistema é solução de cada equação linear que o compõe. Ou
seja, para resolvermos um sistema linear, devemos encontrar uma sequência ordenada de números reais
que satisfazem, simultaneamente, todas as equações do sistema.
Mas um sistema linear pode não ter solução, isto é, temos três possibilidades para a solução de um sistema
linear:
• Sistema Possı́vel e Determinado (SPD) é aquele que possui uma única solução.
Exemplo 19: Nos sistemas abaixo, sem a utilização de regras para solução, vemos que:
⎧
⎪
⎨ x + y = 10
• O sistema possui uma única solução, a saber o par (7, 3). Logo, classificamos esse
⎪
⎩ 2x − y = 11
sistema como SPD.
⎧
⎪
⎨ 2x − 3y = 1
• O sistema possui infinitas soluções. Os pares (−1, −1), (1/2, 0) (0, −1/3) são algu-
⎪
⎩ 4x − 6y = 2
mas de suas soluções. Assim, classificamos esse sistema como SPI.
⎧
⎪
⎨ 3x + 4y = 1
• O sistema não admite solução, logo, temos um sistema SI.
⎪
⎩ 6x + 8y = 11
Dizemos que um sistema linear é homogêneo quando os termos independentes (b1 , b2 , . . . , bn ) são todos
nulos, isto é b1 = b2 = . . . = bn = 0.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
⎩
x − 2y − 4z = 0
⎧
⎪
⎨ 3w1 − w2 + 7x3 = 0
•
⎪
⎩ w − 2w + 4w = 0
1 2 3
⎧
⎪
⎪ 2x + y = 0
⎪
⎪
⎨
• x−y =0
⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
−x + 4y = 0
Podemos observar que todo sistema linear homogêneo com n incógnitas sempre admite a solução {0, 0, 0, . . . ,
com n elementos, a qual é chamada de solução trivial.
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ a11 a12 ... a1n ⎥ ⎢ x1 ⎥ ⎢ b1 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ a21 a22 . . . a2n ⎥ ⎢ x2 ⎥ ⎢ b2 ⎥
A=⎢
⎢ .
⎥ X=⎢ ⎥ B=⎢ ⎥
⎢ .. .. .. ⎥ ⎢ .. ⎥ ⎢ .. ⎥
⎢ . ... . ⎥
⎥
⎢
⎢ . ⎥
⎥
⎢
⎢ . ⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
am1 am2 . . . amn xn bm
em que a matriz A é chamada matriz dos coeficientes, a matriz B, matriz dos termos independentes e a
matriz X, matriz das incógnitas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E mais, podemos ainda representar um sistema linear por meio da matriz ampliada (ou aumentada), a
qual nos ajudará na resolução de sistemas lineares. Isto é:
⎡ ⎤
⎢ a11 a12 ... a1n b1 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ a21 a22 ... a2n b2 ⎥
⎢ ⎥
⎢ . .. .. ⎥
⎢ .. . ... . ⎥
⎢ ⎥
⎣ ⎦
am1 am2 . . . amn bm
Dado um sistema linear S, podemos realizar modificações nesse sistema utilizando as operações elemen-
tares descritas nas operações elementares da Unidade I. Se um sistema linear S1 for obtido de um sistema
linear S por meio de um número finito de operações elementares, dizemos que S1 é equivalente a S.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sistemas equivalentes possuem o mesmo conjunto solução. E será dessa maneira que vamos conhecer o
primeiro método de resolução de sistemas lineares.
Para resolução de um sistema linear, primeiramente, escrevemos o sistema na forma de matriz ampliada e,
depois, utilizamos o processo de escalonamento. Mas o que vem a ser esse processo? Vamos para algumas
definições para respondermos a essa pergunta.
Definição 5: (Forma Escalonada) Diz-se que uma matriz está (na forma) escalonada (matriz triangular
superior) se:
i) o elemento que ocupa a primeira linha e a primeira coluna não for nulo, isto é, a11 �= 0;
ii) o número de zeros no inı́cio de cada linha aumenta estritamente de uma linha para outra, exceto se
a linha é toda nula;
Para escrevermos uma matriz na forma escalonada, basta utilizarmos as operações elementares.
⎡ ⎤
⎢ 4 −7 0 8 3 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 3 0 −2 −1 ⎥
⎣ ⎦
0 0 −2 7 2
⎡ ⎤
⎢ 4 −7 0 −14 4 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 3 0 4 0 −1 ⎥
⎣ ⎦
0 0 0 −13 6
⎡ ⎤
⎢ 2 1 −1 3 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 3 1 −1 ⎥
⎣ ⎦
0 0 2 4
Podemos observar, então, que essa matriz está na forma escalonada. E, para resolver o sistema, basta
encontrarmos o valor de z na última equação, isto é, 2z = 4 implica z = 2, e substituirmos este valor na
segunda, 3y + 2 = −1, implica y = −1. Encontrado os valores de x e de y, substituı́mos esses valores na
primeira equação e teremos 2x − 1 − 2 = 3 ou x = 3.
⎧
⎪
⎪
⎪ x + 2y − 3z = 2
⎪
⎨
Exemplo 24: Vamos resolver o sistema linear −x + 5y − z = 1
⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
2x + 3y − 5z = 0
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 2 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ −1 5 −1 1 ⎥
⎣ ⎦
2 3 −5 0
Acompanhe a sequência de operações elementares que aplicaremos para escalonar a matriz ampliada.
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 2 ⎥ ⎢ 1 2 −3 2 ⎥
⎢ ⎥ L 2 → L2 + L 1 ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⇒⎢ ⎥
⎢ −1 5 −1 1 ⎥ ⎢ 0 7 −4 3 ⎥
⎣ ⎦ L3 → L3 − 2L1 ⎣ ⎦
2 3 −5 0 0 −1 1 −4
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 2 ⎥ ⎢ 1 2 −3 2 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⇒⎢
⎢ 0 7 −4 3
⎥
⎥ L3 → 7L3 + L2 ⇒⎢
⎢ 0 7 −4 3
⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
0 −1 1 −4 0 0 3 −25
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Com isso, obtemos o sistema linear
⎧
⎪
⎪ x + 2y − 3z = 2 (I)
⎪
⎪
⎨
⎪ 7y − 4z = 3 (II)
⎪
⎪
⎪
⎩
3z = −25 (III)
25
Em (III), obtemos z = − . Substituindo esse valor para z em (II) temos:
3
� �
25 100 91 91 13
7y − 4 − =3 ⇒ 7y + =3 ⇒ 7y = − ⇒ y=− =−
3 3 3 21 3
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 −1 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ −3 1 −2 −7 ⎥
⎣ ⎦
5 3 −4 2
Escalonando: ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 −1 ⎥ ⎢ 1 2 −3 −1 ⎥
⎢ ⎥ L2 → L2 + 3L1 ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⇒⎢ ⎥
⎢ −3 1 −2 −7 ⎥ ⎢ 0 7 −11 −10 ⎥
⎣ ⎦ L3 → L3 − 5L1 ⎣ ⎦
5 3 −4 2 0 −7 11 7
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 −1 ⎥ ⎢ 1 2 −3 −1 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⇒⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ 0 7 −11 −10 ⎥ L3 → L3 + L2 ⇒ ⎢ 0 7 −11 −10 ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
0 −7 11 7 0 0 0 −3
⎧
⎪
⎪ x + 2y − 3z = −1
⎪
⎪
⎨
⎪ 7y − 11z = −10
⎪
⎪
⎪
⎩
0 = −3
Observamos, então, que esse sistema não tem solução (SI), pois temos um absurdo em 0 = −3.
⎧
⎪
⎪ x + 2y − 3z = 1
⎪
⎪
⎨
Exemplo 26: Vamos resolver o sistema 2x + 5y − 8z = 4
⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
3x + 8y − 13z = 7
⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 1 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢ 2 5 −8 4 ⎥
⎣ ⎦
3 8 −13 7
Escalonando: ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 1 ⎥ ⎢ 1 2 −3 1 ⎥
⎢ ⎥ L2 → L2 − 2L1 ⎢ ⎥
⎢
⎢ 2 5 −8 4 ⎥
⎥ ⇒⎢
⎢ 0 1 −2 2
⎥
⎥
⎣ ⎦ L3 → L3 − 3L1 ⎣ ⎦
3 8 −13 7 0 2 −4 4
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 2 −3 1 ⎥ ⎢ 1 2 −3 1 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⇒ ⎢ 0 1 −2 2 ⎥ L3 → L3 − 2L2 ⇒ ⎢
⎢ ⎥
⎢ 0 1 −2 2
⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
0 2 −4 4 0 0 0 0
Isto é: ⎧
Isto é: ⎧ ⎪
⎨ + 2y − 3z = 1
⎨ x +x2y
⎪
− 3z = 1
⎪
⎪ ⎩
⎩ y − 2z = 2
y − 2z = 2
Têm-se infinitas soluções (SPI). Tomando z = t, obtemos y = 2+2t e x = −3−t. Ainda podemos escrever
Têm-se infinitas soluções (SPI). Tomando z = t, obtemos y = 2+2t e x = −3−t. Ainda podemos escrever
a solução geral desse sistema como sendo o conjunto {(−3 − t, 2 + 2t, t); t ∈ R}.
a solução geral desse sistema como sendo o conjunto {(−3 − t, 2 + 2t, t); t ∈ R}.
Existem outros métodos para resolução de sistemas lineares. Para isso, você, poderá consultar Boldrini
Existem outros métodos para resolução de sistemas lineares. Para isso, você, poderá consultar Boldrini
(1980) e Lima (2009), por exemplo.
(1980) e Lima (2009), por exemplo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No link abaixo, você tem um pouco da história das matrizes, produto de matrizes e sistemas lineares.
No link abaixo, você tem um pouco da história das matrizes, produto de matrizes e sistemas lineares.
É um material disponı́vel no portal do professor que será de grande valia:
É um material disponı́vel no portal do professor que será de grande valia:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EnsMed/expensmat3 1 2.pdf.>.
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EnsMed/expensmat3 1 2.pdf.>.
Aqui, você tem acesso a um modelo de aula sobre escrita, interpretação e resolução de um Sistema
Aqui, você tem acesso a um modelo de aula sobre escrita, interpretação e resolução de um Sistema
Linear.
Linear.
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7204.>.
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7204.>.
Neste outro link, você terá acesso a um exemplo de Sistema Linear em uma dieta alimentar e a
Neste outro link, você terá acesso a um exemplo de Sistema Linear em uma dieta alimentar e a
apresentação do método de Gauss para resolução:
apresentação do método de Gauss para resolução:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=35371>.
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=35371>.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, vimos o conceito de matriz e conhecemos seus tipos especiais. Aprendemos a comparar duas
matrizes, a identificar a matriz nula e a obter a oposta de uma matriz. Também vimos algumas matrizes
quadradas que se destacam por suas caracterı́sticas e que serão especialmente úteis no desenvolvimento da
teoria. Mostramos como obter a transposta de uma matriz e reconhecer matrizes simétricas. Aprendemos a
somar duas matrizes e a multiplicar uma matriz por um escalar, bem como a estudarmos as propriedades
das operações vistas. Definimos como multiplicar duas matrizes. Trata-se de uma operação que se
distingue das que vimos anteriormente, tanto pela maneira pouco intuitiva pela qual é definida quanto
pelo fato de não ser comutativa. Ela representa um papel muito importante no desenvolvimento de toda a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Álgebra Linear, permitindo, por exemplo, uma representação simples da composição de funções especiais,
as quais será estudado em outro módulo. Além disso, fomos apresentados às matrizes inversı́veis e vimos
que estas sempre comutam com suas matrizes inversas.
Recordamos a definição de determinante e vimos que não se trata de um método prático para calcular
determinantes de ordens altas. Verificamos as propriedades dos determinantes e, com o uso de quatro
delas, pudemos facilitar o cálculo de determinantes, aplicando operações elementares e “transformando” o
determinante original em um triangular. Tal método, chamado triangularização, permite que determinan-
tes de ordens altas sejam obtidos sem que tenhamos que recair numa sequência enorme de determinantes
de ordens menores a serem calculados.
Estudamos o método de escalonamento para resolver e classificar sistemas lineares. Trata-se de um método
seguro, que “revela” a estrutura do sistema, explicitando as redundâncias ou incongruências das equações.
Após o escalonamento, as equações que não acrescentam informação ao sistema têm seus termos todos
anulados e aquelas que são incompatı́veis com as demais se transformam numa sentença matemática falsa
(algo como 0 = a, com a diferente de zero).
Considerações Finais
LEITURA COMPLEMENTAR
Toda matriz quadrada de ordem n pode ser associada a um número (sendo real ou complexo), o qual deno-
minamos de Determinante, a ideia sobre os determinantes surgiu na antiga China. Muitos séculos depois
dos chineses, um matemático japonês, Seki Kowa (1642-1708), desenvolveu, em 1683, alguns trabalhos
sobre os determinantes, com base em tabelas numéricas.
No Ocidente, a primeira referência ao método dos determinantes é atribuı́da ao matemático alemão Gott-
fried Wilhelm Leibniz, em 1693. Em 1750, Gabriel Cramer reinventa os determinantes e fica conhecido
por isso até hoje. Alguns anos mais tarde, Pierre Simon Laplace apresenta estudos sobre algumas propri-
edades dos determinantes e Joseph-Louis Lagrange aplica a teoria dos determinantes no cálculo da área
de um triângulo e no volume de um tetraedro.
Mas o termo determinante toma um significado somente com Augustin-Louis Cauchy, em 1812, quando,
perante o instituto francês, lê uma vasta memória sobre o assunto. Em 1815, Cauchy viria a aplicar a
linguagem dos determinantes em várias situações.
Dado um sistema de equações lineares, com n equações e n incógnitas, para obtermos uma solução desse
sistema, caso exista, uma técnica bem interessante é utilizar a Regra de Cramer, que se resume em cal-
cular determinantes de matriz associada ao sistema em questão, essa técnica é bem útil quando temos
matrizes quadradas. No entanto, é interessante ressaltar que, para matrizes de ordem 2x2, o cálculo do
determinante requer 2 multiplicações e 1 adição, quando a matriz tem ordem 3x3, efetuamos 9 multiplica-
ções e 5 adições, já para matrizes de ordem 4x4, são necessárias 40 multiplicações e 23 adições. Portanto,
podemos concluir que, para matrizes quadradas de ordem maior que 4, essa técnica não é a mais adequada.
Fonte: o autor.
219
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
⎡ ⎤
⎢ −1 6 0 ⎥
⎢ ⎥
4. Determine os valores de w e t para que a matriz A = ⎢
⎢ w2 − 3 5
⎥
4 ⎥ seja simétrica.
⎣ ⎦
0 2w − 5t 7
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 8 ⎥ ⎢ 0 −5 ⎥ ⎢ 7 3 ⎥ ⎢ 0 9 ⎥
5. Dadas as matrizes A = ⎣ ⎦, B = ⎣ ⎦, C = ⎣ ⎦eD=⎣ ⎦, calcule:
−3 6 4 2 −2 4 11 1
a) A + B
b) B + C − A
c) 2A − C + 5D − B
d) (A + B) − (C + D)
⎡ ⎤
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 5 −2 −4 ⎥
⎢ 2 1 −3 ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ 1 2 ⎥
6. Dadas as matrizes A = ⎣ ⎢
⎦, B = ⎢ 0 3 ⎥
2 ⎥eC=⎣ ⎦, calcule:
0 2 5 ⎣ ⎦ −3 4
1 7 11
a) A · B
b) C · A · B
⎡ ⎤
⎢ −7 0 ⎥
7. Dada a matriz A = ⎣ ⎦, escreva a matriz B tal que se tenha A + B = 02 , em que 02 é a
2 −5
matriz nula de ordem 2.
8. Sejam as matrizes A = [aij ]m×n e B = [bij ]m×n . Utilize as propriedades da tranposta de uma matriz
� �t
1 t 3
para simplificar a expressão 3(2At − B)t + 5 B − At + B .
5 5
(A + B) · (A − B) = A2 − B 2
b) Se A é uma matriz triangular superior, então A2 também será uma matriz triangular superior.
c) A transposta de uma matriz triangular superior também é uma matriz triangular superior.
e) Qualquer matriz quadrada com uma fila (linha ou coluna) nula admite inversa.
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ −1 2 ⎥ ⎢ 0 3 −4 ⎥
10. Sejam as matrizes A = ⎣ ⎦eB=⎣ ⎦. Determine:
5 4 1 −7 6
a) A · B
b) B · A
⎡ ⎤
⎢ 1 1 1 ⎥
⎢ ⎥
d) D = ⎢ ⎥
⎢ 0 1 2 ⎥
⎣ ⎦
1 2 4
⎡ ⎤
⎢ 1 2 1 ⎥
⎢ ⎥
e) E = ⎢
⎢ 3 5 2 ⎥
⎥
⎣ ⎦
−1 4 7
⎡ ⎤
⎢ −3 0 1 ⎥
⎢ ⎥
f) F = ⎢ ⎥
⎢ 2 2 −1 ⎥
⎣ ⎦
1 4 9
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ x−4 ⎥
x ⎢ y −3 ⎥
13. Sabendo que a matriz B = ⎣ ⎦ é a inversa da matriz A = ⎣ ⎦, calcule o
x−5 1 −2 x
valor de x2 − y 2 .
⎡ ⎤
⎢ 1 1 1 ⎥
⎢ ⎥
14. Dada a matriz M = ⎢
⎢ x y z
⎥ mostre que detM = (x − y)(y − z)(z − x).
⎥
⎣ ⎦
x2 y 2 z 2
16. Sejam X, M e N matrizes tais que M XN = I, se M e N são matrizes inversı́veis, então podemos
afirmar que:
a) X = N M
b) X = M N
c) X = I
d) X = M −1 N −1
e) X = N −1 M −1
⎡ ⎤
⎢ x 1 2x ⎥
⎢ ⎥
17. Dada a matriz A = ⎢ ⎥
⎢ 0 1 0 ⎥ seu determinante é negativo sempre que:
⎣ ⎦
3 7 x
a) −6 < x < 0
b) 0 < x < 6
c) x < 0
d) x > 6
e) −6 < x < 6
18. Duas matrizes A e B são semelhantes se existe uma matriz M tal que A = M −1 BM . Mostre que,
se A e B são semelhantes, então detA = detB.
⎡ ⎤
⎢ 1 −2 ⎥
19. Dada uma matriz X = ⎣ ⎦, definimos como polinômio caracterı́stico de X o polinômio
0 3
p(λ) = det(X − I), em que I é a matriz identidade de ordem 2. Assim, o polinômio caracterı́stico
de X é:
a) λ2 − 3λ − 4
b) λ2 + 3λ − 4
223
c) λ2 + 4λ − 3
d) λ2 − 3λ + 4
e) λ2 − 4λ + 3
20. Se A é uma matriz quadrada de ordem 3 com detA = 7, então qual o valor de det(3A)?
⎧
⎧ ⎧ ⎧ ⎪
⎪ x+y−z =1
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎪
⎨ 2x + 3y = 1 ⎨ 4x − 2y = 5 ⎨ 2x − 4 = 3y ⎨
a) b) c) d) 2x + 2y − 2z = 2
⎪
⎩ 5x + 7y = 3 ⎪
⎩ −6x + 3y = 1 ⎪
⎩ 5y − x = 5 ⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
5x + 5y − 5z = 7
⎧ ⎧ ⎧
⎪
⎪ 2x − y = −7 ⎪
⎪ 2x + y − z = −6 ⎪
⎪ 3x − y + z = 0
⎪
⎪ ⎪
⎪ ⎪
⎪
⎨ ⎨ ⎨
e) −3x + 4y = 13 f) x − y + 3z = 21 g) x + y − 2z = 0
⎪
⎪ ⎪
⎪ ⎪
⎪
⎪
⎪ ⎪
⎪ ⎪
⎪
⎩ ⎩ ⎩
x + 2y = −1 3x + 2z = 15 5x − 3y + 4z = 0
25. Dona Josefina confecciona tapetes artesanais de dois modelos, pentagonal e retangular. Num certo
mês, ela confeccionou 60 tapetes e teve um lucro lı́quido de R$ 500,00. Sabendo que cada tapete
retangular foi vendido por R$ 10,00 e cada tapete pentagonal por R$ 12,00 e que dona Josefina
gastou R$ 160,00 em materiais, quantos tapetes de cada modelo ela confeccionou nesse mês?
27. Dado um sistema de equações lineares, podemos representá-lo como produto de matrizes AX = B,
em que A é a matriz dos coeficientes, X é a matriz das incógnitas (solução) e B é a matriz dos
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ 1 0 1 ⎟ ⎜ 1 ⎟
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
termos independentes. Assim, se A é inversı́vel com A = ⎜
−1
⎜ 2 1
⎟
−1 ⎟ e B = ⎜
⎜ ⎟
0 ⎟, então a
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
0 1 3 2
matriz X é igual a:
225
V
TRANSFORMAÇÕES,
UNIDADE
AUTOVALORES E
AUTOVETORES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender os conceitos de transformação linear.
■■ Definir o núcleo e a imagem de uma transformação linear.
■■ Compreender os conceitos de autovalor e autovetor.
■■ Reconhecer um escalar como autovalor de um operador linear e de
uma matriz.
■■ Reconhecer um vetor como autovetor de um operador linear e de
uma matriz.
■■ Compreender o conceito de polinômio característico de uma matriz.
■■ Compreender a relação entre as raízes do polinômio característico e
os autovalores de uma matriz.
■■ Obter autovalores a partir do polinômio característico.
■■ Observar que existem matrizes que não possuem autovalores nem
autovetores.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Transformações Lineares
■■ Núcleo e Imagem de uma Transformação Linear
■■ Autovalores e Autovetores
■■ Polinômio Característico
229
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
No Ensino Médio, aprendemos o conceito de funções, que é uma aplicação que, cada elemento de um
conjunto chamado domı́nio, associa-se a outro elemento de outro conjunto chamado contradomı́nio, de
um modo geral, esses elementos são números, as funções nas quais estamos interessados são aplicações
denominadas de transformações, cujos domı́nios e contradomı́nios são espaços vetoriais e que, além disso,
preservam as operações de adição de vetores e de multiplicação de um vetor por um escalar; quando
essas operações são satisfeitas, a aplicação é dita de transformação linear, como veremos nesta unidade.
Em particular, quando o domı́nio e o contradomı́nio coincidem, a transformação linear recebe o nome
de operador linear. Na Álgebra Abstrata, uma transformação linear é um homomorfismo dos espaços
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vetoriais.
Para finalizar esta última unidade, desenvolveremos os conceitos fundamentais de autovalor e autovetor de
uma matriz. Esses conceitos são de fundamental importância na Matemática pura e aplicada e aparecem
em situações muito mais gerais que as consideradas aqui. Os conceitos de autovalor e autovetor também
são usados no estudo das equações diferenciais e sistemas dinâmicos: eles fornecem informações crı́ticas
em projetos de Engenharia e surgem de forma natural em áreas como a Fı́sica e a Quı́mica, por exemplo,
em Fı́sica Atômica, porque os nı́veis de energia dos átomos e moléculas são dados por autovalores de
determinadas matrizes, esse conceito também surge no estudo dos fenômenos de vibração, análise de
estabilidade de um avião e muitos outras situações envolvendo fenômenos fı́sicos de grandeza vetorial,
mostrando a importância da procura de autovalores e autovetores de uma matriz.
Investigaremos a teoria de um único operador linear T , num espaço vetorial V , de dimensão finita.
Também associaremos certos polinômios a um operador T , isto é, seu polinômio caracterı́stico. Esses
polinômios e suas raı́zes desempenham um papel importante na investigação de T .
Introdução
V
TRANSFORMAÇÕES LINEARES
TRANSFORMAÇÕES LINEARES
Em consequência a essa definição, temos que as propriedades i e ii são equivalentes à seguinte propriedade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
T (v1 + av2 ) = T (v1 ) + aT (v2 )
= x1 + ax2 + y1 + ay2
= (x1 + y1 ) + a(x2 + y2 )
= T (v1 ) + aT (v2 )
= (x1 − y1 , y1 − z1 ) + a(x2 − y2 , y2 − z2 )
= T (v1 ) + aT (v2 )
Exemplo 3: A função T : R → R, dada por T (x) = 7x, é uma transformação linear. De fato, se
x1 , x2 ∈ R, temos que:
Exemplo 4: A função T : R2 → R2 , dada por T (x, y) = (x2 , y), não é uma transformação linear. De
fato, se tomarmos v1 = (1, 0), v2 = (2, −1) e a = 3 temos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
= T (7, −3)
= (49, −3)
e
T (v1 ) + aT (v2 ) = T (1, 0) + 3T (2, −1)
= (13, −3)
Transformações Lineares
V
LINEAR
as coordenadas de um vetor de R na base α. Ora, como α é linearmente independente e dimR = 2,
2 2
y−x
e dessa igualdade obtemos a1 = x e a2 = , portanto,
2
y−x
T (x, y) = xT (1, 1) + 2 T (0, 2)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
y−x
= x(0, 2, 1) + 2 (1, 0, 1)
� y−x �
= (0, 2x, x) + 2 , 0, y−x 2
� x+y �
= y−x2 , 2x, 2
Definição: Seja T : V → U uma transformação linear. A imagem de T , escrita ImT , é o conjunto dos
pontos imagem em U
N uc T = {v ∈ V ; T (v) = 0}
T (x, y, s, t) = (x − y + s + t, x + 2s − t, x + y + 3s − 3t)
− y1,+1)s + y(−1,
T (x, y, s, t) == (xx(1, t, x + 0, −+
2s1) t, x + y2,+
s(1, +−
3)3s 3t)−1, −3)
t(1,
= {(1,
Com isso, vemos que o conjunto (x, 1,
x,1),
x) + (−y,
(−1, 0, y)
0, 1), (1,+2,(s,
3),2s,
(1,3s) (t, −t,gera
−1,+−3)} −3t)T . Mas, colocando em
O teorema que apresentamos é de grande utilidade, pois estabelece uma relação numérica entre a
dimensão do espaço vetorial no domı́nio, com as dimensões do núcleo e da imagem da transformação,
AUTOVALORES E AUTOVETORES
AUTOVALORES E AUTOVETORES
Dado um operador linear T : V → V , queremos determinar quais vetores seriam levados neles mesmos
por esse operador linear. Isto é, dado T : V → V , quais os vetores v ∈ V tais que T (v) = v?
Exemplo 1: Seja o operador T : R2 → R2 definido por T (x, y) = (x, y), também conhecido como Aplica-
ção Identidade, que podemos simplesmente escrever I(x, y) = (x, y). Nesse caso, todo R2 é fixo uma vez
que I(x, y) = (x, y), para todo (x, y) ∈ R2 .
Exemplo 2: Seja o operador Reflexão no eixo do x, isto é, rx : R2 → R2 tal que rx (x, y) = (x, −y) ou
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ainda em forma matricial temos: ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ x ⎥ ⎢ 1 0 ⎥ ⎢ x ⎥
⎣ ⎦ �→ ⎣ ⎦·⎣ ⎦
y 0 −1 y
Geometricamente:
Podemos notar, no exemplo anterior, que o vetor sobre o eixo dos x se manteve inalterado. De fato,
observemos o que segue: ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 0 ⎥ ⎢ x ⎥ ⎢ x ⎥
⎣ ⎦·⎣ ⎦=⎣ ⎦
0 −1 0 0
⎢ x ⎥
mos outros vetores ⎣ ⎦ tais que
y
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 0 ⎥ ⎢ x ⎥ ⎢ x ⎥
⎣ ⎦·⎣ ⎦=⎣ ⎦
0 −1 y y
ou ainda ⎧
⎪
⎨ x=x
⎪
⎩ −y = y
e as únicas soluções desse sistema são vetores do tipo (x, 0), ou seja, são os vetores pertencentes ao eixo
dos x.
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Seja T : V → V um operador linear. Um número real c será dito um autovalor de T se existir um vetor
não nulo v em V tal que: T (v) = cv. O vetor v é chamado de autovetor de T associado a c.
Exemplo 3: Seja T : R2 → R2 o operador linear dado por T (x, y) = (4x−y, 2x+y). Queremos determinar
c ∈ R e v = (x, y) ∈ R2 , não nulo, tais que T (x, y) = c(x, y), ou seja, tais que (4x − y, 2x + y) = c(x, y).
Equivalentemente, queremos determinar c ∈ R e v = (x, y) ∈ R2 , não nulo tais que
⎧
⎪
⎨ 4x − y = cx
⎪
⎩ 2x + y = cy
⇒ 6x − cx = 4cx − c2 x
⇒ 6x − 5cx + c2 x = 0
⇒ x(6 − 5c + c2 ) = 0
Autovalores e Autovetores
V
o qual é equivalente à equação 2x − y = 0, cujo conjunto solução é dado por {(x, 2x); ∈ R}. Assim, os
autovetores de T associados a c = 2 são os vetores da forma (x, 2x), com x ∈ R e x �= 0.
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⎩ 2x + y = 3y
o qual é equivalente a equação x − y = 0, cujo conjunto solução é dado por {(x, x); ∈ R}. Portanto, os
autovetores de T associados a c = 3 são os vetores da forma (x, x), com x ∈ R e x �= 0.
Exemplo 4: Se I é matriz identidade de ordem n, então o único autovalor é c = 1. Qualquer vetor não
nulo v de Rn é um autovetor de I associado ao autovalor c = 1, pois:
Iv = v = 1v
⎛ ⎞
⎜ −3 1 ⎟
Exemplo 5: Vamos verificar se os vetores u e v são autovetores de A, em que A = ⎝ ⎠,
−5 3
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ 1 ⎟ ⎜ 1 ⎟
u = ⎝ ⎠ e v = ⎝ ⎠.
1 2
Assim, não existe escalar λ ∈ R tal que Av = λv e, consequentemente, v = (1, 2) não é um autovetor da
matriz A.
(−y, x) = c(x, y)
Exemplo 6: Seja T : R2 → R2 o operador linear dado por T (x, y) = (−y, x). Se c ∈ R e v = (x, y) ∈ R2 ,
v=� 0, são tais que T (x, y) = c(x, y), então
equivalentemente, ⎧
⎪
⎨ cx = −y
(−y, x) = c(x, y)
⎪
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⎩ cy = x
equivalentemente, ⎧
donde obtemos a equação (c2 + 1)y = 0. Como c ∈ R, a equação (c2 + 1)y = 0 é satisfeita somente
⎪
⎨ cx = −y
quando y = 0. Mas se y = 0, implica x = 0. Mas v �= 0 logo concluı́mos que T não tem autovalores nem
⎪
⎩ cy = x
autovetores.
donde obtemos a equação (c2 + 1)y = 0. Como c ∈ R, a equação (c2 + 1)y = 0 é satisfeita somente
quando y = 0. Mas se y = 0, implica x = 0. Mas v �= 0 logo concluı́mos que T não tem autovalores nem
autovetores.
Em computação gráfica, os movimentos mais simples de imagens manipulados na tela dos computado-
res são, na verdade, multiplicação de matrizes que representam transformações lineares, por exemplo,
as reflexões, contrações e projeções.
Fonte:
Em o autor. gráfica, os movimentos mais simples de imagens manipulados na tela dos computado-
computação
res são, na verdade, multiplicação de matrizes que representam transformações lineares, por exemplo,
as reflexões, contrações e projeções.
Fonte: o autor.
Autovalores e Autovetores
V
POLINÔMIO CARACTERÍSTICO
POLINÔMIO CARACTER ÍSTICO
Apresentaremos uma fórmula sistemática de calcular os autovalores de uma matriz quadrada de ordem n.
A cada matriz A ∈ Mn (R) associaremos um polinômio cuja propriedade de suas raı́zes é exatamente os
autovalores de A. Antes de apresentarmos formalmente esse polinômio, vejamos, por meio de um exemplo,
como ele surge naturalmente.
⎛ ⎞
⎜ 1 1 ⎟
Exemplo 7: Vamos determinar os autovalores de A = ⎝ ⎠ e seus respectivos autovetores asso-
−2 4
ciados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vejamos, queremos encontrar números reais λ e todos os vetores não nulos v = (x, y) ∈ R2 satisfazendo a
equação
Av = λv
ou seja, ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ 1 1 ⎟⎜ x ⎟ ⎜ x ⎟
⎝ ⎠⎝ ⎠ = λ⎝ ⎠
−2 4 y y
ou ainda ⎧
⎪
⎨ (λ − 1)x − y = 0
⎪
⎩ 2x + (λ − 4)y = 0
e este terá solução não nula se, e somente se, (λ − 1)(λ − 4) + 2 = 0 o que é equivalente a
⎛ ⎞
⎜ λ − 1 −1 ⎟
det ⎝ ⎠=0
2 λ−4
ou se preferir � �
� �
� λ − 1 −1 �
� �
� �=0
� �
� 2 λ−4 �
Isto é, se, e somente se, o determinante da matriz associada ao sistema linear for nulo.
⎩ −2x + 4y = 2y
ou, equivalentemente, −x + y = 0. O que resulta na solução geral {(x, x); x ∈ R}. Portanto, os vetores
da forma (x, x) são os autovetores da matriz A associados ao autovalor λ = 2.
ou, o mesmo que −2x + y = 0, cuja solução geral é dada por {(x, 2x); x ∈ R}. Portanto, os vetores da
forma (x, 2x) são os autovetores da matriz A associados ao autovalor λ = 3.
Notemos no exemplo anterior que o determinante transformou a equação matricial (λIn − A)v = 0, que
contém duas incógnitas, λ e v, na equação polinomial λ2 − 5λ + 6 = 0, que tem uma variável só. Usaremos
o processo apresentado nesse exemplo como o método padrão para determinar os autovalores de uma
matriz A ∈ Mn (R).
Definição 1: Seja A uma matriz quadrada de ordem n. A matriz λIn −A, em que λ é uma indeterminada,
é chamada matriz caracterı́stica de A. O determinante dessa matriz é um polinômio em λ, chamado
polinômio caracterı́stico da matriz A e denotado por PA (λ).
⎛ ⎞
⎜ 4 −1 ⎟
Exemplo 8: Seja a matriz A = ⎝ ⎠. A matriz caracterı́stica de A é
3 1
⎛ ⎞
⎜ λ−4 1 ⎟
λI2 − A = ⎝ ⎠
−3 λ − 1
Polinômio Característico
V
e o polinômio caracterı́stico de A é
� �
� �
� λ−4 1 �
� �
PA (λ) = � � = λ2 − 5λ + 7
� �
� −3 λ − 1 �
⎛ ⎞
⎜ 0 −1 ⎟
Exemplo 9: Consideremos a matriz A = ⎝ ⎠. A matriz caracterı́stica de A é a matriz
1 0
⎛ ⎞
⎜ λ 1 ⎟
⎝ ⎠
−1 λ
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e o polinônio caracterı́stico de A é
PA (λ) = λ2 + 1
Podemos observar que as raı́zes do polinômio caracterı́stico encontradas no exemplo 7 são exatamente
os autovalores do exemplo 3. O mesmo ocorre com o exemplo 9 e 6. Esse resultado não é por acaso.
Acontece sempre, logo, podemos falar que as raı́zes não nulas do polinômio caracterı́stico são, de fato, os
autovalores do operador linear dado.
Cujas raı́zes são 0, 3, 5 e 5. Portanto, os autovalores da matriz A são 0, 3, 5 e 5. Mas observemos que
os autovalores 0 e 3 têm multiplicidade algébrica 1, enquanto o autovalor 5 aparece com multiplicidade
(0I4 − A)v = 0
isto é, ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ −5 2 −1 −2 ⎟ ⎜ x ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ 0 −3 6 −3 ⎟ ⎜ y ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟=⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ 0 0 −5 5 ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ z ⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠
0 0 0 0 w 0
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ou ainda ⎧
⎪
⎪ −5x + 2y − z − 2w = 0
⎪
⎪
⎨
⎪ −3y + 6z − 3w = 0
⎪
⎪
⎪
⎩
−5z + 5w = 0
o qual possui como solução geral o conjunto {(−w/5, w, w, w)w ∈ R}. Portando, os autovetores associados
� �
ao autovalor λ = 0 são da forma v = − w5 , w, w, w , com w ∈ R.
Analogamente, os autovetores associados ao autovalor λ = 3 satisfazem a seguinte equação
(3I4 − A)v = 0
isto é, ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ −2 2 −1 −2 ⎟⎜ x ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ 0 0 6 −3 ⎟ ⎜ y ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟=⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ 0 0 −2 5 ⎟ ⎜ z ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠
0 0 0 3 w 0
Por fim, vamos obter os autovetores da matriz A associados ao autovalor λ = 5 resolvendo o seguinte
sistema
(5I4 − A)v = 0
Polinômio Característico
V
isto é ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎜ 0 2 −1 −2 ⎟ ⎜ x ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ 0 2 6 −3 ⎟ ⎜ y ⎟ ⎜ 0 ⎟
isto é ⎜⎛ ⎟ ⎜
⎞ ⎛ ⎟= ⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎞⎜ ⎛ ⎟ ⎞
⎜ 0 0 0 5 ⎟⎜ z ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜
⎝⎜ 0 2 −1 −2 ⎟⎜
⎠⎝⎟⎜ ⎟ x ⎟⎜ ⎜ ⎟ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎠ ⎟⎝ ⎜ ⎠ ⎟
⎜0 0 0 5 ⎟⎜ w ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ 0 2 6 −3 ⎟ ⎜ y ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟=⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
equivalente a ⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎛⎜ 0 0 0 ⎞5⎛ ⎟ ⎜⎞z ⎟ ⎛ ⎜ ⎞ ⎟
⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠
0 1
⎜ 0 0 0 ⎟5⎜0 0 x ⎟w ⎜ ⎟ 00
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜ 0 0 1 0 ⎟⎜ y ⎟ ⎜ 0 ⎟
equivalente a ⎜⎛ ⎟⎜ ⎞⎛ ⎟ ⎞⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟= ⎜ ⎛⎟ ⎞
⎜ 0 0 0 1 ⎟⎜ z ⎟ ⎜ 0 ⎟
⎜⎜ 0 1 0 ⎟ 0⎜ x
⎟
⎟⎜ ⎠ ⎟⎝ ⎜ ⎟⎜ 0 ⎟
⎝⎜ ⎠⎝ ⎟⎜ ⎟ ⎜⎠ ⎟
⎜
0 00 00 10 0 ⎟ ⎜⎟ ⎜ ⎟
w y ⎟ ⎜ ⎜
0 0 ⎟
⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟=⎜ ⎟
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
de onde obtemos soluções da forma v ⎜
= (x,
⎜ 0 0, ⎟ ⎜x z∈ R.
0 0,00),1com
⎟⎜
⎟ ⎜ 0 ⎟
⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
0 0 0 0 w 0
Este é um ótimo vı́deo do professor Elon Lages Lima sobre o estudo de Matrizes. Além das opera-
ções fundamentais de matrizes, Elon aborda algumas aplicações das matrizes. Tais aplicações foram
abordadas no decorrer deste livro. O vı́deo enriquecerá bastante o assunto tratado neste livro.
Este é um ótimo vı́deo do professor Elon Lages Lima sobre o estudo de Matrizes. Além das opera-
<https://www.youtube.com/watch?v=eEbp3aKFoIA>.
ções fundamentais de matrizes, Elon aborda algumas aplicações das matrizes. Tais aplicações foram
abordadas no decorrer deste livro. O vı́deo enriquecerá bastante o assunto tratado neste livro.
<https://www.youtube.com/watch?v=eEbp3aKFoIA>.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos nesta última unidade conceitos importantes e essenciais para o estudo da Álgebra Linear. Os con-
ceitos sobre autovalor e autovetor de uma transformação linear (ou matriz) são de extrema importância,
por exemplo, em Fı́sica Atômica, porque os nı́veis de energia dos átomos e moléculas são dados por auto-
valores de determinadas matrizes. Também o estudo dos fenômenos de vibração, análise de estabilidade
de um avião e muitos outros problemas de Fı́sica levam à procura de autovalores e autovetores de matri-
zes. Autovalores e autovetores também são utilizados na resolução de sistemas de equações diferenciais,
e muitas situações fı́sicas são descritas por um sistema de equações diferenciais. Você terá conhecimento
de equações diferenciais mais adiante no curso, nas disciplinas de Cálculo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Apresentamos um procedimento bem prático e interessante para obter os autovalores e autovetores, que
foi utilizando o polinômio caracterı́stico, em que as raı́zes desse polinômio representavam os autovalores
associados à matriz da transformação linear.
Outra aplicação importante desses conceitos é a classificação de cônicas e quádricas. Conteúdos estes que
forão tratados na unidade III do livro. Nela, autovalores e autovetores são usados para normalizar formas
quadráticas. Mais especificamente, eles são usados para encontrar mudanças de referencial que permitem
identificar quais as figuras geométricas que representam certas equações no plano e no espaço.
Então, podemos ver que os conteúdos estudados neste curso são aplicados em diversas áreas da ciência.
Como o espaço para escrita deste livro foi limitado, concentramos-nos somente em conceitos e alguns
exemplos de aplicações conceituais. Cabe ao(à) leitor(a) curioso(a) buscar em outras bibliografias o
estudo mais aprofundado sobre Álgebra Linear.
Considerações Finais
LEITURA COMPLEMENTAR
C. Polcinio Milies
Um código de barras não é mais do que um número, assignado ao produto para sua identificação, escrito
de forma a permitir uma leitura rápida no caixa. Imediatamente abaixo das barras, aparece o mesmo
número escrito em algaritmos correntes, de forma que o leitor humano também possa ler o número.
Vamos fazer algumas considerações sobre a leitura de um código de barras: primeiro que o desenho das
barras é totalmente simétrico para a máquina, que o lê usando um feixe de luz transversal, ao passá-lo “de
ponta cabeça”, ela não deveria ler o número na ordem contrária? E, o que é pior, o operador do caixa, ao
digitar o número rapidamente, não poderia cometer um erro fazendo com que paguemos por um produto
muito mais caro do que aquele que estamos comprando? Na verdade, isso não ocorre. Tanto quando lido
numa ordem, como na ordem contrária, o código sempre é interpretado de forma correta. Mais ainda,
quando o operador comete algum erro de digitação - e todos nós já vimos isso acontecer alguma vez - a
máquina simplesmente emite um som, para avisar que houve um erro.
Se observamos um código de barras, notamos imediatamente que ele é formado por listras brancas e
pretas alternadas, de espessura variável. Há, na verdade, quatro espessuras possı́veis para essas listras,
que podem ser classificadas como finas, médias, grossas ou muito grossas. Vamos utilizar o sı́mbolo 0 para
indicar uma listra branca fina, o sı́mbolo 00 para uma listra branca média, 000 para uma listra branca
grossa e 0000 para uma muito grossa. Da mesma forma, vamos representar por 1, 11, 111 e 1111 uma
listra preta fina, média, grossa ou muito grossa, respectivamente. Assim, as primeiras quatro listras da
figura (sem contar, é claro as listras que servem de limite e que aparecem mais compridas na figura), que
são uma listra branca grossa, uma preta média, uma branca fina e uma preta fina respectivamente, podem
ser representadas pela sequência 0001101.
Há dois tipos de códigos o UPC-A e EAN-13. No código EAN há um dı́gito a cada código, de modo
a permitir a identificação do paı́s de origem do produto. Por exemplo, o código de barras de todos os
produtos produzidos no Brasil começa com a sequência 789, que é a que identifica o paı́s.
245
Para compreender como funciona o processo de detecção de erros, precisamos entender, inicialmente, como
se atribui a cada produto o dı́gito de verificação. Suponhamos que um determinado produto está identi-
ficado, no sistema EAN-13, por uma dada sequência de dı́gitos a1 a2 . . . a12 a13 . Como os primeiros dı́gitos
identificam o paı́s de origem, o fabricante e o produto especı́fico, os primeiros doze dı́gitos da sequência
estão determinados naturalmente por um método padrão, a cargo de uma autoridade classificadora em
cada paı́s. Denotaremos o décimo terceiro dı́gito, de verificação, por x. Para facilitar nossa exposição,
vamos escrever esta sequência como um vetor: α = (a1 , a2 , . . . , a11 , a12 , x). O sistema EAN-13 se utiliza
de um vetor fixo, que chamaremos vetor de pesos que é: w = (1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1). Calcula-se,
então, o “produto escalar” de ambos vetores: �α, w� = �(a1 , . . . , a12 , x), (1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1)� =
= a1 + 3a2 + a3 + 3a4 + a5 + 3a6 + a7 + 3a8 + a9 + 3a10 + a11 + 3a12 + x. Agora, o dı́gito de ve-
rificação x se escolhe de forma tal que a soma acima seja múltipla de 10, isto é, tal que �α, w� =
0(mod10). Por exemplo, no caso do código da figura acima, os números que indicam o paı́s de ori-
gem, o fabricante e o produto são 789500026624. Vamos ver como foi determinado o dı́gito de ve-
rificação. Chamando este dı́gito de x e fazendo o “produto escalar” com o vetor de pesos, temos:
7 + 3 × 8 + 9 + 3 × 5 + 0 + 3 × 0 + 0 + 3 × 2 + 6 + 3 × 6 + 2 + 3 × 4 + x = 99 + x. Consequente-
mente, deve-se tomar x = 1.
Vejamos agora um exemplo de como funciona a detecção de erros. Um livro do autor recebeu o código
de barras 9781402002380. Suponhamos que, por um erro de digitação no quarto dı́gito, este número
é transmitido como α = 9782402002380. Ao fazer a verificação de leitura, o computador que recebeu a
informação faz a operação �α, w� e obtém: 9+3×7+8+3×2+4+3×0+2+3×0+0+3×2+3+3×8+0 = 73.
Como o resultado não é um múltiplo de 10, ele avisa que foi cometido algum erro.
1. Seja T : R3 → R3 uma transformação linear definida por T (x, y, z) = (y − z, −x, x), chama-se núcleo
da transformação T o conjunto dos pontos de R3 cuja imagem por T é nula. Assim, o núcleo de T
é o subespaço de R3 gerado por:
a) {(0, 0, 0)}
b) {(0, 1, 0)}
c) {(1, 0, −1)}
d) {(0, 1, 1)}
e) {(1, 0, 1), (0, 1, 0)}
2. Seja T : R2 → R a transformação linear para a qual T (1, 1) = 3 e T (0, 1) = −2. Encontre T (x, y),
para (x, y) ∈ R2 .
4. Determine a dimensão e uma base do núcleo, a dimensão e uma base da imagem da transformação
linear T : R3 → R2 dada por T (x, y, z) = (y − 2z, x − y − z).
6. Determine os autovalores e os autovetores dos seguintes operadores cujas matrizes na base canônica
são:
⎛ ⎞
⎛ ⎞
⎛ ⎞ ⎜ 4 0 2 0 ⎟
⎜ ⎟
⎜ 1 0 0 ⎟ ⎜ ⎟
⎜ 2 2 ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ 0 2 0 0 ⎟
a) A = ⎝ ⎠ b) A = ⎜ ⎟
⎜ −1 0 −2 ⎟ c) A = ⎜
⎜
⎟
⎟
2 2 ⎝ ⎠ ⎜ 0 0 2 0 ⎟
⎜ ⎟
1 1 3 ⎝ ⎠
0 −1 0 0
12. Determine os valores de a, b, c, d, e e f de modo que v1 = (1, 1, 1), v2 = (1, 0, −1) e v3 = (1, −1, 0)
⎛ ⎞
⎜ 1 1 1 ⎟
⎜ ⎟
sejam autovetores da matriz A = ⎜ ⎜ a
⎟
b c ⎟ e os autovalores associados.
⎝ ⎠
d e f
MATERIAL COMPLEMENTAR
Caro(a) leitor(a), reunir as disciplinas Álgebra Linear e Geometria Analı́tica em único livro foi uma tarefa
bastante desafiadora, visto a enorme responsabilidade, por se tratar de dois pilares da matemática do
ensino superior, e também de extrema importância para as mais diversas áreas de conhecimento, das
ciências exatas e engenharias. A proposta inicial deste material foi apresentar a geometria analı́tica de
maneira construtiva, com muitos exemplos e ilustrações que pudessem facilitar a compreensão dos assuntos
abordados. Na unidade 1, iniciamos o estudo dos vetores, salientando os aspectos geométricos em sua
essência, para, depois, abordar os aspectos algébricos, e estendemos as definições e propriedade dos vetores
nos espaços euclidianos para outros conjuntos, permitindo, então, definir os espaços vetoriais, dando inı́cio
ao estudo da álgebra linear.
Na unidade 2, estudamos as retas e os planos, deduzimos várias equações, sempre partindo dos conceitos
estudados na unidade anterior, mostrando, assim, a importância dos vetores com suas teorias. Na unidade
seguinte, vimos as equações de grau dois com duas variáveis no plano cartesiano e obtemos as curvas
cônicas. Ainda na mesma unidade, fizemos um estudo bem detalhado das superfı́cies quádricas no espaço
tridimensional, sendo essa última um dos principais objetivos deste material, em se tratando de geometria
analı́tica.
Voltando ao estudo da álgebra linear, na unidade 4, fizemos o estudo das matrizes, dos determinantes e
dos sistemas lineares, conteúdos extremamente importantes para as engenharias e ciências exatas. En-
fim, concluı́mos nosso estudos com a unidade 5, na qual apresentamos as transformações lineares, os
autovalores, autovetores e o polinômio caracterı́stico.
Esperamos que o livro apresentado aqui possa, de alguma maneira, ter contribuı́do para seu aprendizado
e, principalmente, tenha dado uma base sólida para a continuidade dos seus estudos.
251
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
ANTON, H.; RORRES, C. Álgebra Linear com Aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2008.
BOLDRINI, J. M., et al. Álgebra Linear. 3 ed. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980.
BOULOS, P., CAMARGO, I. Geometria Analı́tica - um tratamento vetorial. São Paulo: Makron
Books do Brasil, 1987.
CALLIOLI, C. A., et al. Álgebra Linear e Aplicações. 6 ed. São Paulo: Atual, 1990.
D’ AMBROSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. 2. ed. São Paulo:
Sumus editorial, 1996.
HOFFMAN, K.; KUNZE, R. Álgebra Linear. Tradução: Adalberto P. Bergamasco, São Paulo: Polı́-
gono, 1970.
LIPSCHUTZ, S. Álgebra Linear. 4 ed. Tradução Dr. Carlos Ivo Doering, coleção schaum. Porto
Alegre: Bookman, 2011.
SANTOS, N. M. Vetores e Matrizes. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Cientı́ficos Editora
S.A., 1985.
STEINBRUCH, A.; WINTERLE, P. Geometria Analı́tica. 2 ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1987.
STEINBRUCH, A.; WINTERLE, P. Álgebra Linear. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1987.
STRANG, G. Álgebra Linear e suas Aplicações. Tradução da 4 ed norte-americana (All Tasks). São
Paulo: Cengage Learning, 2013.
GABARITO
GABARITO
UNIDADE I
1)
a) X = −4 e) X = −2 i) X = 6
b) X = 4 f ) X = −2 j) X = −3
c) X = 4 g) X = 2 l) X = −1
d) X = 4 h) X = 3 m) X = 2
2) 3)
a) D(7, 7) a) 2
b) F (−2, 0) b) − 2 h) − 1
c) D(3, 1) c) 4 i) 5
d) K(7, 3) d) 4 j) 0
e) I(−7, 1) e) − 8 k) 5
f ) J(1, 5) f) 8 l) − 2
g) L(5, −1) 4 m) − 10
g) n) 1
h) M (8, 6) 3
4) 5) 6)
a) (1, −1) a) (−1, −1, 2) Desenho de vetores
b) (2, 0) b) (2, 0, −2)
c) (0, 0) c) (9, −1, −8)
d) (2, 0) d) √(3, −5, 2)
e) (0, 0) e) √ 2
f ) (2, 0) f ) 2√ 2
g) (−1, 2) g) √3 2
h) (3, 0) h) 6
i) 1√
j) 2
k) 2√
l) 2 2
7) 8) 9)
a)�v + 2�u 1 7 �u e �v não são paralelos
(−4, 1) = (−1, 2) + (−5, 1)
b)2�v − �u 9 9
c)2(�v − �u)
d)�v − �u
253
GABARITO
21)
a) Base V= {(1,1,0),(0,0,1)}, div V=2; c) Base V= {(1,0,-1),(0,1,-3)}, div V=2;
Base W= {(1,1,1)}, div W=1; Base W= {(0,0,1)}, div W=1;
Base V+W= {(1,1,0),(0,0,1)}, div W+V=2; Base V+W= {(1,0,-1),(0,1,-3),(0,0,1)}, div W+V=3;
Base V∩W= {(1,1,1)}, div V∩W=1. div V∩W=0, não temos base para V∩W.
⎧⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎫
⎪
⎨ 1 0 ⎪
⎬
⎜ ⎟ ⎜ 0 1 ⎟
b) Base V= ⎝ ⎠,⎝ ⎠ , dim V=2;
⎪
⎩ 0 1 ⎪
1 0 ⎭
⎧⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎫
⎪
⎨ 1 0 ⎪
⎬
⎜ ⎟ ⎜ 0 1 ⎟
Base W= ⎝ ⎠,⎝ ⎠ , dim W=2;
⎪
⎩ 1 0 ⎪
0 1 ⎭
⎧⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎫
⎪
⎨ 1 0 ⎪
⎬
⎜ ⎟ ⎜ 0 1 ⎟ ⎜ 1 0 ⎟
Base V+W= ⎝ ⎠,⎝ ⎠,⎝ ⎠ , dim V+W=3;
⎪
⎩ 0 1 ⎪
1 0 1 0 ⎭
⎧⎛ ⎞⎫
⎪
⎨ 1 1 ⎪ ⎬
⎜ ⎟
Base V∩W= ⎝ ⎠ , dim V∩W=1.
⎩ 1 1 ⎪
⎪ ⎭
GABARITO
30)
a) Não são L.D.
b) São L.D.
c) Não são L.D.
d) São L.D.
255
GABARITO
31)
a) 6 e) 0 i) 4
b) − 6 f) 0 j) − 17
c) 6 g) 1 k) 4
d) 11 h) − 3 l) 0
m) 10
32)
√ 33)
√ 34)
2 26
�u e �v são ortogonais
2 26
UNIDADE II
1) 2) 3)
⎧
⎪
⎪ x = 1+a−b 25x + 12y + 3z − 1 = 0 −x + 3y + 2z − 3 = 0
⎪
⎪
⎨
a) y = −2 + 6a + 3b
⎪
⎪
⎪
⎪
⎩
z = 3 − 4a + b
4) 5) 6) √
13 42
x + 9y − 3z + 23 = 0 equação geral: −x + 3y − 3z + 19 = 0 cos θ = →θ∼
= 66, 34o
210
equação paramétrica:
⎧
⎪
⎪ x = 1 − 3p + 3q
⎪
⎪
⎨
⎪ y = −1 + p
⎪
⎪
⎪
⎩
z = 5 + 2p − q
7) 8) b)
⎧ ⎧
⎪ ⎪ −x + 3 −y + 2 −z + 4
⎪
⎪ x = 2 + 5λ ⎪
⎪ x = 3 − 4λ = = =λ
⎪
⎨ ⎪
⎨ 4 2 2
y = −1 + λ a) y = 2 − 2λ
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎩ ⎩ O ponto D não pertence a reta.
z = 3 − 5λ z = 4 − 2λ
9) 10)
⎧ ⎧
⎪
⎪ x = 1−λ ⎪
⎪ x = −23λ
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎨ ⎨
⎪ y = 2 + 2λ ⎪ y = −2 − 10λ
⎪
⎪ ⎪
⎪
⎪
⎩ ⎪
⎩
z = 5 z = 3 + 6λ
11)
257
GABARITO
a) b) c)
Os planos não são paralelos, São paralelos. Não são paralelos e nem coinci-
nem coincidentes. dentes.
16) √ √ √
4 3 5 14 3 2
a) b) c) 0. d)
3 14 2
17)
√ 18) 19)
7 1406
r e s são paralelas d(s, r) ∼
= 2, 8948
38
d(r, s) = 3, 2571
UNIDADE III
1)
Vértices: A1 (−3, 0) , A2 (3, 0), B1 (0, 2) e B2 (0, −2)
√ √
Focos: F1 (− 5, 0) e √ F2 ( 5, 0)
5
Excentricidade: e =
3
√
119
2) e =
12
x2 y2 15 ∼
3) + 2 = 1, focos: F1 (0, −15) e F2 (0, 15), excentricidade: e = = 0, 88.
172 8 17
x2 y2
4) Equação: + √ = 1.
152 ( 161)2
√ √
5) Focos: F1 (2 − 3, −1) e F2 (2 + 3, 1)
(x + 6)2 (y + 4)2
6) Equação reduzida: 2
+ = 1, centro: C(−6, −4), vértices: A1 (−11, −4) , A2 (−1, −4),
5 32
B1 (−6, −7) e B2 (−6, −1), focos: F1 (−10, 5) e F2 (−2, 5)
GABARITO
(x + 1)2 (y − 1)2
7) Equação: + = 1.
32 42
√
8) Centro: C(1, −2), vértices: A1 (−1, −2), A2 (3, −2), B1 (1, −8) e B2 (1, 4), focos: F1 (1, −2 − 32) e
√
F2 (1, −2 + 32), excentricidade: e = √632 ∼
= 1, 1.
√ √
9) Vértices: A1 (0, −3) e A2 (0, 3), focos: F1 (0, − 13) e F2 (0, 13), assı́ntotas: y = 32 x e y = − 32 x, excen-
√
13 ∼
tricidade: e = = 1, 20.
3
√ √ 5
10) Vértices: A1 (0, −1) e A2 (0, 1), focos: F1 (0, − 5) e F2 (0, 5), excentricidade: e = ∼= 1, 12
2
(x − 2)2 (y + 3)2 3
11) Equação: − = 1 e excentricidade e = .
4 5 2
√ √
12) Centro: C(−1, −3), vértices: A1 (0, −3) e A2 (0, 3), focos: F1 (−1, −3
√ − 51) e F2 (−1, −3 + 51),
7, 14 3, 8 7, 14 3, 8 68
assı́ntotas: y = x− ey=− x− , excentricidade: e = √ ∼ = 1, 16.
4, 12 3 4, 12 3 51
17) Elipsoide
24)
a) Cilindro parabólico (z)
b) Cilindro elı́ptico (y)
c) Cilindro parabólico (x)
d) Cilindro hiperbólico (z)
e) Planos (z)
f ) Cilindro circular (z)
UNIDADE IV
1)
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎡ ⎤
⎢ 2 3 ⎥ ⎢ 2 −1 −2 ⎥
⎢ 1 0 −1 ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
a) A = ⎣ ⎦ b) A = ⎢
⎢ 5 6
⎥
⎥ c) A = ⎢
⎢ 1 4 −1 ⎥
⎥
3 2 1 ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
10 11 2 1 6
2) 3) ⎡ ⎤ 4)
2
S = {x = 23, y = 7} ⎢ 4 6 8 ⎥ w=3et=
At = ⎣ ⎦ 5
−5 8 10
5) ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 1 3 ⎥ ⎢ 6 −10 ⎥ ⎢ −5 63 ⎥
a) A+B = ⎣ ⎦ b) B + C − A = ⎣ ⎦ c) 2A − C + 5D − B = ⎣ ⎦
1 8 5 0 47 11
⎡ ⎤
⎢ −6 −9 ⎥
d) (A + B) − (C + D) = ⎣ ⎦
−8 3
GABARITO
6) ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 7 −22 −39 ⎥ ⎢ 17 60 79 ⎥
a) A · B = ⎣ ⎦ b) (C · A) · B = ⎣ ⎦
5 41 59 −1 230 353
7) ⎡ ⎤ 8) 9)
10) ⎡ ⎤ . 11)
12) ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
3 1 1
⎢ −1 2 ⎥ ⎢ 3 3 ⎥ ⎢ −2 6 ⎥
a) A−1 =⎣ ⎦ b) B −1 = ⎣ ⎦ c) C −1 =⎣ ⎦
5
2 2 − 19 2
9 3 −9
⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
27 1 11 1 1
⎢ 0 −2 1 ⎥ ⎢ −2 5 2 ⎥ ⎢ − 30 − 15 30 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
d) D−1 =⎢
⎢ 2
⎥
3 −2 ⎥ e) E −1 =⎢
⎢ 23 −4 − 12
⎥
⎥ f ) F −1 =⎢
⎢ 19 14 1 ⎥
⎥
⎣ ⎦ ⎣ 2 ⎦ ⎣ 60 30 60
⎦
−1 −1 1 − 17
2 3 1
2
1
− 10 − 15 1
10
22) k = 0
95
24) k = 3
UNIDADE V
1) 2) 3)
d) {0, 1, 1} T (x, y) = 5x − 2y a) v ∈ N uc T
b) v �∈ N uc T
c) v �∈ N uc T
d) v ∈ N uc T
5)
a) Não temos autovalores para T e nem autovetores.
y
b) Autovalores = 1, 2 e -1; Autovetores = (x, −x, −x),(0, 0, z) e (0, y, − )
3
c) Autovalores = 1 e -1; Autovetores = a2 +⎡bx + b e ⎤ −b
bx ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ 2c 3c ⎥ ⎢ −2c c ⎥ ⎢ −c 0 ⎥
d) Autovalores = 1, -1 e -2; Autovetores = ⎣ ⎦, ⎣ ⎦e⎣ ⎦
c d c 0 c 0
6)
a) Autovalores = 0 e 4; Autovetores = (x, −x) e (x, x)
y
b) Autovalores = 0 e 2; Autovetores = (−y − 2z, y, z) e (0, y, −y) e (0, y, − )
3
c) Autovalores = 0, 2 e 4; Autovetores = (0, 0, 0, w),(x, 0, 0, 0) e (−z, −2w, z, w)
8) λ = 1
9) u não é autovetor de A.
10) λ = 0
11) λ = 2 é autovalor de A.
12) a = b = c = d = e = f = 1