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Sinopse:
Atrizes chegam carregando algumas tralhas em seus braços, tralhas embrulhadas por um tecido.
(juta amarela). (E também os 2 banquinhos e os djembês). Figurino: de bebês....
Tango
Tom: Dm
Dm Gm
Ab°
Dm Gm
Ab°
ao redor do fogaréu
C Bb
A7
1
Gm
Ab
C Bb
A7
Gm A7 Dm
um a um o contador.
2
ATRIZES - Quem vai? Quem vai? Quem vai? Vô eu!
ALBA - (colocando o chapéu. esse gesto significa quem está no comando da história) -
filha do chão.
eu peço a atenção.
Xaxado
E7
A D
Bm E7 A
3
O fato é um mistério, parece feitiço de caipora,
Ou ainda coisa que saci apronta, na calada da noite, pra ninguém vê.
Mara era uma jovem índia sonhadora, que sonhava toda noite sem parar.
a índia embuxou.
Engravidou! Engravidou!
tocou em sua barriga e sentiu que vinha dela um calor. (MOSTRAR bexiga marrom com bolinha
branca de bexiga dentro.)
Engravidou! Engravidou!
4
Mas a vida, as vezes, é feita de sonho,
e noutras decepção.
Morreu! Morreu!
A menininha emudeceu!
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surgiria o rebento sustento?
...........
GIZA - E então, eles e elas que estavam ali em torno da fogueira, colocavam milho, batata, cenoura
pra assar e enquanto o alimento cozia eles brincavam de rimar.
Tá com frio?
Tá com calor?
perde o lugar.
perde o assento.
6
Quem vai à ribeira,
perde a cadeira.
A casinha da vovó
trançadinha de cipó;
Veio a formiguinha
E subiu no meu pé
Veio a formiguinha
Veio a formiguinha
7
E subiu na minha mão
Veio a formiguinha
..........
um a um o contador.
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GIZA - (colocando o chapéu. esse gesto significa quem está no comando da história) -
Cheguei!
De mão em mão
De boca em boca
de geração em geração
F#
Metade peixe
Mãe-d’água
Sereia-Mulher
Metade peixe
Mãe-d’água
Sereia-Mulher
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Nos doces dos rios
Era um dia de sol e a bela Iara estava sentada sobre uma pedra grande no meio do rio para se
aquecer. Seus longos cabelos despencavam como folhagens.
Abaixo dos cabelos, as águas do rio corriam sem fazer barulho, mas de lá da cachoeira logo
adiante vinha um som forte.
O lenhador viu a bela moça sobre a pedra e ficou fascinado. Ela cantava docemente, olhando para
ele.
O lenhador conhecia a lenda da Iara, mulher que arrastava os homens para a morte com seu belo
canto. Mas naquele momento ele nem se lembrou disso.
A Iara também não se lembrou que deveria levá-lo consigo e afogá-lo no rio. Ela contou a verdade
para ele:
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- Não consigo desembaraçar meus cabelos, e esta noite vai ser a festa da lua cheia. Como vou
fazer pra ir à festa com esse cabelo horrível?
Ela fez que sim com a cabeça e ele chegou pertinho dela. Bem pertinho.
Ela secou as lágrimas com as costas das mãos, entregou seu pente para ele e obedeceu.
Ele abriu um pote e começou a passar o creme nos cabelos embaraçados dela.
- Tá frio hoje ein! Mas pode ser que fique calor, ou até mesmo que chova. Você gosta de bolo de
chocolate?
- tenho aqui algo especial para esses casos. Não vai doer nada. Fique bem quietinha... Vou pegar
um pouquinho de cabelo de cada vez... Está bem, assim?
Devagarinho, mecha por mecha, ele foi desembaraçando os longos cabelos da bela criatura.
Depois, fez ainda uma massagem na cabeça dela, tão gostosa que a Iara quase dormiu.
- Pronto! – disse ele de repente. – Agora você pode acabar de se arrumar. Aposto que será a mais
linda da festa!
A Iara mergulhou no rio e colocou a cabeça para fora d’água, soltando uma risada alegre. Em
seguida, mergulhou novamente e o lenhador nunca mais a viu. Sobrou essa história para ele
contar para os seus filhos, netos e bisnetos.
........
um a um o contador.
ALBA - (colocando o chapéu. esse gesto significa quem está no comando da história) -
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(Saci- Alba Brito) (hit the road jack)
Am Dm
E7
Salgar comida
e azedar o feijão.
hehehe
Eu fiquei sabendo de uma história de Saci que achei uma graça que só.
Na cozinha.
pozinho de pirlimpimpim.
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Botaram no forno.
crescessem, crescessem...
Pum pá Paratimbum.
Pum pá Paratimbum.
Sentaram no sofá.
Pum pá Paratimbum.
Pum pá Paratimbum.
Powwww!!!!
A avó foi na frente, mas a menina ainda chegou a tempo de ver milhares de Sacis voando.
Pendurado na lâmpada!
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- Aiii Uiii!!! - Queimando a mão! Soprar!
Havia Saci inteiro e Saci quebrado. E havia pedaço de Saci para todo lado.
E aí a Avó disse - Vamos catar tudo e juntar os pedaços. Depois, se você quiser, podemos preparar
outros biscoitos.
No final, o maior de todos os Sacis disse: - Estamos felizes outra vez. Em nome dos meus colegas
sacis, agradeço. E agora, vocês já podem nos comer!
(Comer comer)
Comida de um mês?
De uma só vez?
123
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F G7
.........
15
Cai na rua do Sabão
3 - ALECRIM DOURADO
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Ah ra ra, lo ro ró, ela tem coco raspado
6 - Borboletinha tá na cozinha
fazendo chocolate
para a madrinha
Poti, poti
perna de pau
olho de vidro
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Ele vai dar uma chicotada na barata dela
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ALBA - Tem alguém aí da plateia que tem um causo desses na ponta da língua? Se não tiver, vou
eu! Vou eu!
A lua iluminava o que podia pelo caminho. E o vento uivava carregando a poeira da estradinha de
terra pra lá e pra cá.... As árvores e o matagal que beiravam a estrada dançavam sob a luz do luar.
Eles estavam caminhando durante horas e horas. O vento a cada passada ia se tornando mais
gélido. A mãe protegia seu bebê o quanto podia. Só o rostinho levemente sem coberta. Doze kilos
de gente em seus braços e algumas mamadas pelo caminho. Era noite de lua cheia.
A mulher e seu filho ficaram sentadinhos na beira da estradinha enquanto o marido adentrava o
matagal....
Ruuuuuu
Gm D7
Soprava o vento
Ruuuuu
de lá pra cá
Ruuuuu
Cm
Em movimento
D7
Gm
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O bebê se espreguiçava, as mãoszinhas estavam quentinhas. Ufa!
O bebê resmungava um pouquinho e a mamãe, sentadinha no meio fio do nada, dava-lhe o seu
leite quentinho.
Estavam ali, a espera do marido que entrou no matagal para fazer xixi e o tempo parecia se
arrastar de tanta agonia...
Ruuuuuu
Soprava o vento
Ruuuuu
de lá pra cá
Ruuuuu
Em movimento
Foi quando sentiram um cheiro forte de couro. Couro molhado. Cheiro forte trazido pelo vento. E
ouviram um som muito forte de pisadas no chão. A mãe arrancou o peito da boca do bebê,
guardou. Embrulhou seu filho o mais apertado que pode e levantou-se rapidamente.
O som crescia, a vegetação balançava, ela sentia um frio imenso. Era medo. Pavor!
Ela começou a gritar por socorro. Chamava seu marido. O bebê em desespero com o pavor da mãe
também chorava.
atravessando o vento.
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Grande, com um focinho horroroso, um cachorro gigantesco, cinza, trotava faminto em sua
direção.
Ela correu ainda mais. Resolveu entrar no matagal... (fazendo sons no djembê)
Se agarrou, ainda mais ao sue bebê. Tentou tapa- lhe a boca. Ele berrou.
Tirou seu seio pra fora e meteu na boca na criança, que parecia se tranquilizar.
Ela quase não respirava, tinha esperança do bicho ter perdido eles de vista.
Ruuuuuu
Soprava o vento
Ruuuuu
de lá pra cá
Ruuuuu
Em movimento
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Ela colheu outros abacates e foi tentando se defender.
Ele saltou o mais alto que pode e abocanhou a cobertinha do seu filho.
Ele berrou, ela puxou, o bicho puxava. Ela se pendurou num galho, arrancou-o e meteu uma
galhada na fuça do bicho.
Ainda muito assustada, ela se acomodou no tronco, beijou a testa do seu filho e, mais uma vez,
tentou acalmá-lo.
E se encontraram. Ele a ajudou a descer, se abraçaram sob a lua. Ele deu um beijo em seu filho, a
abraçou mais uma vez. Ela tentou dizer rapidamente o que lhe acontecera... ela reparou em seu
rosto um vergão...
Ele se ofereceu pra segurar seu filho em seus braços, para dar um descanso para sua amada
mulher. Foi neste momento que a lua iluminou, ainda mais os três, e ela pode ver nos dentes do
seu marido fiapinhos da cobertinha do menino...
E de novo, e de novo
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Até quase o raiar do novo dia.
(MÚSICA FINAL)
E B7
Adeus adeus,
Adeus, adeus,
Fim. Atrizes saem de cena. Deixando em cena apenas vestígios de que lá estiveram...
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