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Lembranças de um pão de queijo


27 de setembro de 2014 8 Comentários

A 100 Passos De Um S…

Daquelas histórias que nos encantam, logo de cara, pela


riqueza de cores, sons, cheiros, apresentação e
sabores*, “A 100 Passos de um Sonho” é despretensioso,
aparentemente, mas provoca riso, salivação, choro e…
lembranças! * Siim! porque, se já existe cinema 3D,
ainda hão de inventar o cinema 5S: 5 Sentidos!
É impossível não linkar com outros, tão bons quanto,
onde a cozinha é o cenário principal, como em “A Festa
de Babette” e “Como Água para Chocolate”!
Seria um “Romeu e Julieta” adaptado a um jogo de
panelas, onde as famílias conflitantes perseguem uma
estrela no Michelin.
Uma das frases repetidas pelo casal de pombinhos e/ou
concorrentes do filme, é:
“Comida é memória!”

“Elementar, meu caro Watson!” Você já deve ter


pensado nisso, antes, mas o que parece clichê é a mais
límpida verdade!: Memória. Boa ou ruim mas, memória!

Há pouco conhecemos a alemã Margot Woelk, 95 anos,


que por dois anos e meio “trabalhou” na “Toca do Lobo”
como provadora oficial da comida de Hitler, segredo
esse guardado por mais de meio século. Fazia parte de
um grupo de 15 moças que “testava” tudo que fosse
servido à mesa dele, assegurando-lhe não ser
envenenado.
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A lembrança que essa mulher carregou pela vida:


“A comida era deliciosa, apenas os melhores legumes,
aspargos, pimentão, tudo o que você pode imaginar. E
sempre acompanhados de arroz ou macarrão”, lembra.
“Mas este medo constante – nós sabiamos de todos
esses rumores de envenenamento e nunca podíamos
desfrutar da comida. Cada dia nós temíamos que fosse
ser a nossa última refeição”.

Espero que Margot tenha preenchido seu livro de


memórias sensoriais com outras, bem mais agradáveis.
Assim, a imagino: uma simpática vovó enchendo a boca
de pretzel, sem medo, sorrindo!

Millôr Fernandes, que entendia de tudo e mais um


pouco, descreveu:
“Gastronomia é comer olhando pro céu!”

Ou, para um passado, recente ou longínquo!

Ainda lembro da primeira vez que comi um pão de


queijo, na vida: era a novidade da tarde servida na
padaria, perto da casa da minha avó. Grande, cheiroso,
cascudo, salivador!…Foi amor à primeira mordida!
De lá pra cá a iguaria transformou-se, praticamente, em
símbolo nacional. Deveria constar, na bandeira oficial:
café, pão de queijo e futebol!
Mas, assim como o bom futebol, pão de queijo “bão”
anda cada vez mais raro!
Ainda vago por aí, como Indiana Jones à caça do cálice
do Santo Graal, procurando o pão de queijo ideal. Olha,
que tenho me decepcionado!
Mas, nem tudo está perdido!
O legítimo( cascudo por fora, macio e puxento por
dentro) ainda existe, guardado em algum livro antigo de
receitas ou, na cabeça branquinha de alguma vó
mineira.
Resgatei há pouco, como a história de Margot, essa
memória de infância.
Um bom pão de queijo não está mais fadado à extinção!

Pode argumentar que, em tempos de “fast food” é muito


mais prático comprar um, ali, na próxima esquina, ou
encher o freezer com pacotes de industrializados
congelados.
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Peço licença pra tentar persuadi-lo a testar essa receita,


ao menos uma vez:
-É mais gostoso!
-Rende muito.
-Pode congelar.
-É mais barato.
-É resgatar boas lembranças!

À primeira vista tudo parece desandar mas, fique


tranquilo: o resultado é compensador!

Os ingredientes para esse simples e delicioso Pão de


Queijo:
-500 g de polvilho doce
-600 g de queijo curado*
-200 ml de água
-200 ml de leite
-200 ml de óleo
-3 ovos
-Sal a gosto
-Polvilho azedo( o suficiente pra ajudar a desgrudar a
massa das mãos, na hora de sovar.)

*Como não tinha esse tipo queijo, usei:”Minas padrão” e


“Grana Padano”, em proporções iguais.

Modo de fazer:
Pré-aqueça o forno em temperatura alta.
Ferva os líquidos juntos( água, leite e óleo) e escalde o
polvilho doce.
Quando o polvilho esfriar, acrescente os ovos, um a um,
sovando a massa.
Acrescente o queijo, acerte o sal.
A massa ficará grudenta e puxenta. Não se desespere!
Polvilhe o balcão ucom polvilho azedo e sove mais um
pouco, até começar a soltar das mãos.}
Unte um tabuleiro com óleo.
Faça bolinhas com a massa e leve pra assar, em forno
alto e pré-aquecido.
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Congele o restante da massa: faça as bolinhas, espalhe


num tabuleiro untado e, direto ao freezer. Quando
quiser usar é só levar, congelado ainda, ao forno pré-
aquecido brando até começar a crescer. Depois, forno
alto, até corar!

Ganhou confiança? Hora de inventar: acrescente ervas(


alecrim, orégano…), ou recheie com brie ou gorgonzola,
ou tomate seco, enfim, o céu é o limite-pra onde pode
olhar, ao saborear esse pedaço de história!…

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pães , receitas , textos

“Cinnamon rolls” pra te fazer feliz!


21 de junho de 2014 6 Comentários

Daquelas propagandas que chamam a atenção, essa, do


Pão de Açúcar, com a Clarice Falcão:

Não é um produto que se vende, ali, mas, uma ideia: de


que somos os maiores responsáveis pela nossa
felicidade, de que podemos( e devemos!) interferir, agir,
assumir-nos donos do próprio destino. Ficar de braços
cruzados, esperando que um Chapolin Colorado venha
nos salvar é cilada, um convite à frustração.
Atitudes simples podem mudar a vida, o entorno, torná-
la mais leve.
E a perguntinha básica da música chiclete pode parecer
boba mas, não é. Antes, um exercício de
autoconhecimento:
O que faz você feliz e, você feliz, o que é que faz?
Parou, pra pensar?:
Quando, a última vez que deu gargalhadas( sem
preocupar em parecer ridículo!) relaxou, gozou, gritou
de excitação, deu pulinhos, fez dancinha, fechou os
olhos e, sorriu por dentro…
Que ocasião foi isso, há quanto, quem, ou o que
provocou?…
Porque felicidade não se resume num momento,
euforia, ou devaneio. Antes, sim, uma atitude e
compromisso em relação à vida e ao que nos traz, de
bom e/ou ruim.
Você pode estar triste e, ser feliz. Pode estar alegre e,
ao contrário…Pode se sentir feliz, em fazer alguém feliz
e, ao contrário, de novo…quando estamos bem, como é
mais fácil fazer com que os outros também se sintam!…
É simples, mas não é fácil, como se costuma dizer.
Então, proponha-se esse pequeno exercício:
“O que me faz feliz e, feliz, o que faço?”
É diferente, pra cada um. Pessoal, intransferível!
Eu, por exemplo, viajo numa música que me toca…na
lembrança de um momento especial…sorrio, quando
minha gatinha vem aninhar-se aos meus pés…converso
numa linguagem infantil com ela, quando lhe acaricio a
barriguinha peluda…sofro e me canso, numa corrida de
longa distância, mas abro um sorriso, de orelha à orelha,
quando ultrapasso a linha de chegada…
Assim, uma das ocasiões em que me defino “feliz”: ora
corpo suado, molhado, esforçado num treino ou prova,
ora coberto de trigo, à beira do balcão da cozinha,
fazendo pão, ou outra receita gostosa…
Sovar a massa, esperar que levede, moldar pãezinhos
como quem esculpe uma Pietà, depois, vê-los corar ao
forno, como se fossem corpos de mulheres gostosas
bronzeand0-se na praia de Ipanema…E o perfume, que
invade a casa?…
Felicidade tem cheiro?
Tem. Muitos! Cheiro de pão, um deles! Mas pode ser
cheiro de mato, cheiro de gente( uma “gente”, em
especial…), cheiro de capim gordura( no caso do meu
gatinho, que costuma embrenhar-se no mato)…

Quem me conhece um pouco sabe que me faz feliz falar


de comida, de cozinha, trocar receitas, dicas…
Fez-me feliz fazer esta receitinha de “cinnamon rolls“
de um site que, só de olhar as fotos, ler o texto delicioso
que a Paula escreve já levanta o astral de qualquer
mortal!
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(Foto: “The Cookie Shop“)

Meus rolinhos de felicidade, sem fondant:


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Isto é panificoterapia!
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Massa levinha, que desmancha na boca!


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Tá esperando o que, pra ser feliz?!

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receitas

Bolinho cremoso de tangerina e


limão
21 de março de 2014 5 Comentários

Tem gente que, quando bate aquela vontade de ir pra


cozinha, preparar algo diferente e gostoso, deita na
rede e ali fica, quietinho, esperando que passe…Não, o
meu caso. Vontade boa é pra ser saciada, mesmo que dê
algum trabalho.

Começou com uma imagem, vista de relance: uma torta


de limão! Uhmm…Lembrei “daquela“, escultural!
Imprimi a receita numa folha de papel e a guardei, junto
de várias outras( até comentaram, entre si: “Mais uma
chegou, iludida. Coitada! Garanto que deve ter ouvido a
mesma promessa que nós, de um dia ser registrada
oficialmente, no caderno!…).

Procurava por “aquela” receita e, encontrei. Outra. Uma


“bastarda”. Sem pai, sem mãe, sem proprietário
intelectual, sem link…
Como os cítricos estavam na preferência do dia seria
essa, depois, “aquela“! Pra limpar as papilas!
-Mas não estamos em época de tangerinas!
-“Seus problemas acabaram” ou, as desculpas: podem
usar suco de caixinha( uma boa marca, por favor!)!

A sobremesa é leve e delicada. Lembrou-me um bolo-


pudim que minha mãe costumava fazer, quando criança.
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Supersimples, como tudo o que compartilho por aqui


porém, confesso: achei que não daria certo. Muito
líquido para pouco trigo, além de não levar fermento
químico.
O segredo do sucesso, não sou Lair Ribeiro mas, darei:
claras em neve e banho-maria!
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A textura aerada, no topo, cremosa como um pudim, na


base, vai fazer com que queiram levantar-se da rede…
Pra voltar, logo em seguida, afinal, é rapidinho!
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Como sou gulosa, ao ver aquela receita tão enxuta de


ingredientes achei que deveria dobrá-la. Assim, fiz.
Rendeu tanto, que me faltaram ramequins. Usei xícaras
de porcelana. Há males que vêm para bem…
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Bolo cremoso de tangerina e limão


Ingredientes
-2 ovos separados( claras e gemas)
-100 g de acúcar( uso menos)
-200 ml de leite( pode ser o desnatado)
-80 ml de suco de tangerina
-30 g de farinha de trigo( 2 colheres de sopa, bem
cheias)
-1 colher de sopa de raspas de tangerina
-1 colher de raspas de limão( usei siciliano, mas pode ser
o verde)
-Pitada de sal

Modo de fazer
Pré-aqueça o forno, em 180°C.
Unte ramequins com manteiga. Polvilhe trigo. Arrume-
os, numa assadeira.
Ferva água para o banho-maria.
Peneire as gemas numa vasilha, junto com o açúcar.
Bata, até ficar um creme branco e aerado. Acrescente o
suco, o leite, as raspas, peneire a farinha sobre e misture
tudo. Reserve.
Noutra vasilha bata as claras em neve( com a pitada de
sal).
Despeje sobre elas a mistura anterior, aos poucos,
incorporando com um fouet. Muita calma, nessa hora!
Todo o cuidado, para que não murchem.
Distribua a mistura nos ramequins preparados.
Leve ao forno pré-aquecido. Despeje a água fervente na
bandeja, até um pouco menos da metade da lateral dos
potinhos.
Asse por 30-40′, ou até que comece a desprender da
lateral da fôrma.
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Precisar, não precisava mas, lembram “daquela receita“?


Tem um creme cítrico aveludado, que é
escandalosamente gostoso!
Como estava preparando a base para as tarteletes, já fiz
o recheio. Usei o mesmo suco de tangerina do bolo
cremoso; o creme ficou até mais bonito, de uma cor
mais viva!
Se quiserem consistência de calda pra jogar em cima é
só acrescentar mais suco, ou creme de leite fresco, mas,
para decorar o topo, a versão mais encorpada é melhor.
Se não quiserem mais trabalho a opção é polvilhar por
cima açúcar de confeiteiro, com raspinhas de limão.
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Então, não vale a pena um pouco de dedicação?

(p.s. Às vezes passo um tempo sem escrever, aqui,


embora não me pareça tanto, já que faço atualizações
constantes, no meu perfil do Faceboook, mantendo,
assim, contato com o mundo virtual. Oportunidade pra
refazer o convite de me encontrarem por lá!)

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receitas

“Você tem fome de quê?”


18 de fevereiro de 2014 2 Comentários

“O peixe morre pela boca”.


“Você é o que come”.
“Tem o olho maior que a barriga”.
Clichês, que expressam verdades.
Tendemos a transformar nossa relação natural com a

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