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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO IMMU – INSTITUTO MUNICIPAL DE

MOBILIDADE URBANA DE MANAUS/AM.

DALVESCO CORREA DOS SANTOS, brasileiro, casado, idoso,


Reservista do Exercício Militar Brasileiro, portador da Carteira de Identidade nº
2724125-4, inscrito no CPF sob o nº 131.455.250-34, CNH nº XXXXXXX, residente
e domiciliado na Avenida Mario Ypiranga, nº 1850, Residencial Singolare, apto
1302, Bairro Adrianopolis, CEP. 69057-002, Manaus-AM; vem à presença de
Vossa Senhoria apresentar a presente DEFESA PRÉVIA contra aplicação de
penalidade por suposta infração de trânsito, pelos motivos que passa a expor:
1. DOS FATOS
Primeiramente, cumpre anotar, que o REQUERENTE é proprietário
do veículo HONDA, modelo HR-V EX CVT, placa PHT-3688, cor CINZA, chassi
93HRV2850JZ250241, Código RENAVAM 0116245664-4, conforme indicado no
auto de infração, documento em anexo.
Ao que se vislumbra, na data de 05/02/2020, às 14h06min horas, no
estacionamento do Shopping Millennium Setor G1, nesta cidade, foi o
REQUERENTE autuado, em razão de ter estacionado seu automóvel nas vagas
reservadas a idosos, sem credencial que comprove tal condição.
Entretanto, necessário considerar o fato de que o local onde o carro
recebeu autuação sempre é usado pelo condutor para estacionar seu veículo
quando visita o Shopping Millennium, e como pessoa idosa, maior de 70 anos é
possuidora de Credencial para Estacionamento em Vaga Especial como se faz
prova com a referida credencial em anexada.
Ocorre que o veículo do REQUERENTE possui película insulfilm e a
credencial estava colocada no painel dianteiro do veículo próximo ao vidro, como
se faz prova abaixo:

Resta saber se o agente atuador 202550 12165 designado na


notificação do auto de infração MT-6053087625/2 observou e fiscalizou bem toda a
frente do veículo e lugares afins para que só assim então multar o carro em
questão.
Fica claro, que o deve ter ocorrido foi a falta de observância do
agente atuador, pois o REQUERENTE jamais retira a referida Credencial para
Estacionamento em Vaga Especial do painel do veículo, justamente para evitar o
esquecimento que é normal nessa idade, no entanto, por essa questão, é
permanente o uso da permissão para estacionar no veículo do suplicante.
Ademais, não fosse suficiente a justificativa explanada, revela-se de
suma importância completar, que o REQUERENTE parou o veículo no local
indicado como sempre faz, usufruindo desse beneficio que a idade lhe traz, e a
autoridade de trânsito, no seu dever de fiscalizar, acabou não cumprindo as
formalidades necessárias e indispensáveis para revestir de legalidade o seu
poder de polícia, viciando, assim, o seu ato administrativo de nulidade
absoluta. Os motoristas não podem ficar à mercê de serem acusados de cometer
infrações sem que seja seguido e praticado o rito procedimental instituído para a
fiscalização e autuação sob pena de que sejam cometidas injustiças legais.
2. DO DIREITO
Neste ínterim, necessário atentar-se para as disposições do Código
de Trânsito Brasileiro, no que é pertinente às condições da sinalização:
"Art. 181. Estacionar o veículo:
Inciso XX: nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem
credencial que comprove tal condição.”

Ora, o fato é que o preceito hermenêutico e positivo demostra que é


de imprescindível observação por parte do órgão julgador analisar o caso concreto
sempre de acordo com a discricionariedade e análise abrangente e ampla do fato.
O fato aqui é sempre variante se conectado com a norma jurídica; já
a norma essa tem que ser interpretada para depois ser aplicada, não apenas
aplicar a punição de forma robótica.
O modo como foi aplicada a punição é muito unilateral e não alcança
o princípio norteador da norma geral e das normas espacial relacionadas ao
trânsito, que é a educação acima de tudo, o que, por não seguir esses preceitos,
configura suficiente motivo para que se proceda ao arquivamento deste processo.
É obvio que todas as condições legais e jurisprudenciais foram
seguidas pelo condutor/proprietário do veículo e que uma observação mais
apurada da norma no caso concreto sedimenta o conceito apresentado aqui. O
REQUERENTE estava com credencial que comprovava a tal condição para
estacionar o que é contrário ao auto de infração.
De outro modo, é importante destacar que a garantia de estacionar
nas vagas reservadas é direito que é previsto pelo Estatuto do Idoso (lei
10.471/03), que em seu artigo 41 diz:

“Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5%
(cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais
deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.”

Neste caso, por analogia e pela boa-fé que rege os princípios do


direito brasileiro e das pessoas, e no caso em tela, podemos considerar e requerer
que pela simples demonstração de que o REQUERENTE é idoso, e maior de 70
anos e possuidor da Credencial para Estacionamento em Vaga Especial,
preenchem os requisitos legais para o uso da vaga de estacionamento Shopping
Millennium Setor G1, devendo-se considerar, portanto, improcedente a infração.
3. DOS PEDIDOS
I – Diante de tudo quanto foi exposto, requerer o cancelamento da
penalidade imposta em razão de infração de trânsito enquadrada no art. 181, XX,
uma vez que não houve por parte do REQUERENTE, pois seguiu a norma vigente;
II – Requer não seja computada a perda de pontos no prontuário ou,
caso já se tenha procedido ao registro, requer-se a anulação do mesmo.
Termos que
Pede deferimento.
Manaus – AM, 17 de Janeiro de 2020.

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DALVESCO CORREA DOS SANTOS
CPF nº 131.455.250-34

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