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ECA – PAULO LÉPORE

Aula 01
Contatos

Paulo Lépore

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Indicações Bibliográficas

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Análise de Incidência

Dados:
A) Cerca 500 questões objetivas
B) Provas para MP, Magistratura e Defensoria
C) Anos de 2008 a 2017

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I. Direito Internacional da Criança

1. Caso Mary Ellen - 1874

2. Convenções da OIT – 1919


• Convenção 138/73 – Idade Mínima (Decreto 4134/2002)
• Convenção 182/99 – Piores Formas (Decreto 3.597/2000)

3. Declaração de Genebra/Carta da Liga de 1924

4. Declaração dos Direitos da Criança de 1959


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I. Direito Internacional da Criança

5. Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989


(Ratificada em 24/09/1990 e promulgada pelo Decreto
99.710/90 – 21/11/1990)

• Criança: menor de 18 anos de idade, salvo se maioridade


for atingida antes segundo a legislação interna
• Superior (Melhor) Interesse da Criança
• Comitê sobre os Direitos das Crianças

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I. Direito Internacional da Criança
5.1. Protocolo Facultativo sobre a Venda de Crianças,
Prostituição e Pornografia Infantil - 2002 (Decreto
5.007/2004)
5.2. Protocolo Facultativo sobre o Envolvimento de
Crianças em Conflitos Armados – 2002 (Decreto
5.006/2004)
5.3. Protocolo Facultativo das Comunicações,
Denúncias ou Petições Individuais – 2011

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• (FCC – Defensor Público – SP/2009) Sobre a Convenção Internacional
sobre os Direitos da Criança, pode-se dizer que
• a) enfrenta dificuldades de ratificação, sobretudo por países
asiáticos, dadas as peculiaridades culturais dessas nações.
• b) cria o Tribunal Internacional dos Direitos da Criança para julgar
casos de violação a suas disposições.
• c) define criança como ser humano menor de 18 anos, a não ser
que, em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja
alcançada antes.
• d) recomenda uso restrito da pena de morte para adolescentes.
• e) sua ratificação, pelo Brasil, antes da promulgação do Estatuto da
Criança e do Adolescente favoreceu, em nosso país, a plena sintonia da
lei interna com a normativa internacional.
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• (FCC – Defensor Público – SP/2009) Sobre a Convenção Internacional
sobre os Direitos da Criança, pode-se dizer que
• a) enfrenta dificuldades de ratificação, sobretudo por países
asiáticos, dadas as peculiaridades culturais dessas nações.
• b) cria o Tribunal Internacional dos Direitos da Criança para julgar
casos de violação a suas disposições.
• c) define criança como ser humano menor de 18 anos, a não ser
que, em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja
alcançada antes.
• d) recomenda uso restrito da pena de morte para adolescentes.
• e) sua ratificação, pelo Brasil, antes da promulgação do Estatuto da
Criança e do Adolescente favoreceu, em nosso país, a plena sintonia da
lei interna com a normativa internacional.
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I. Direito Internacional da Criança
6. Doutrina das Nações Unidas de Proteção Integral à
Infância
6.1. Regras de Beijing – Regras Mínimas para
Administração da Justiça da Infância e Juventude – 1985

6.2. Diretrizes de Riad – Prevenção da Delinquência


Juvenil - 1990

6.3. Regras de Tóquio – Regras Mínimas para a


Proteção de Jovens Privados de Liberdade – 1990
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• (FCC – Defensor Público – DPE-PR/2017)
• Dentre diversas novidades, o Estatuto da Criança e do Adolescente passou
a prever a possibilidade de remissão ao adolescente que viesse a praticar
ato infracional. Esta previsão decorreu de compromissos assumidos pelo
Brasil no âmbito internacional, havendo expressa recomendação para
adoção da remissão
• a) no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos.
• b) na Declaração dos Direitos da Criança − Assembleia das Nações Unidas,
1959.
• c) nas Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça,
da Infância e da Juventude − Regras de Beijing.
• d) nas Diretrizes das Nações Unidas para Prevenção da Delinquência
Juvenil − Diretrizes de Riad.
• e) no Pacto de San José da Costa Rica.
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• (FCC – Defensor Público – DPE-PR/2017)
• Dentre diversas novidades, o Estatuto da Criança e do Adolescente passou
a prever a possibilidade de remissão ao adolescente que viesse a praticar
ato infracional. Esta previsão decorreu de compromissos assumidos pelo
Brasil no âmbito internacional, havendo expressa recomendação para
adoção da remissão
• a) no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos.
• b) na Declaração dos Direitos da Criança − Assembleia das Nações Unidas,
1959.
• c) nas Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça,
da Infância e da Juventude − Regras de Beijing.
• d) nas Diretrizes das Nações Unidas para Prevenção da Delinquência
Juvenil − Diretrizes de Riad.
• e) no Pacto de San José da Costa Rica.
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* Evolução do Direito da Criança e do
Adolescente no Brasil
1. Fase da Absoluta Indiferença (Até o Século XIV)
2. Fase da Mera Imputação Criminal ou do Direito Penal
Indiferenciado (Até o Século XIX)
3. Fase Tutelar (Século XX)
3.1. Código Mello Mattos de 1927
3.2. Código de Menores de 1979
4. Fase da Proteção Integral (Séculos XX e XXI)
4.1. Constituição Federal de 1988
4.2. ECA (Lei 8.069, de13/07/1990 (Pub. 16/07 e Vig.
14/10)
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• (FMP – Promotor de Justiça – RO/2017) A legislação brasileira, no que se refere ao tratamento
dispensado à criança e ao adolescente, passou por diferentes períodos, marcados, cada um, por
concepções distintas. A partir disso, é CORRETO afirmar:
• a) No período que antecedeu a Constituição Federal de 1988, a legislação garantia à criança e ao
adolescente direitos fundamentais, embasados no princípio do melhor interesse.
• b) Com a vigência da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, todos aqueles que não atingiram os
dezoito anos passam a ser considerados sujeitos de direitos, prioridade absoluta e pessoas em fase
especial de desenvolvimento.
• c) A doutrina da situação irregular vigorou até a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
• d) A partir do Código Penal de 1890, a idade da responsabilidade penal vem fixada em dezoito
anos.
• e) A Declaração dos Direitos da Criança é o primeiro documento internacional com força cogente
para os países firmatários.

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• (FMP – Promotor de Justiça – RO/2017) A legislação brasileira, no que se refere ao tratamento
dispensado à criança e ao adolescente, passou por diferentes períodos, marcados, cada um, por
concepções distintas. A partir disso, é CORRETO afirmar:
• a) No período que antecedeu a Constituição Federal de 1988, a legislação garantia à criança e ao
adolescente direitos fundamentais, embasados no princípio do melhor interesse.
• b) Com a vigência da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, todos aqueles que não atingiram os
dezoito anos passam a ser considerados sujeitos de direitos, prioridade absoluta e pessoas em fase
especial de desenvolvimento.
• c) A doutrina da situação irregular vigorou até a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
• d) A partir do Código Penal de 1890, a idade da responsabilidade penal vem fixada em dezoito
anos.
• e) A Declaração dos Direitos da Criança é o primeiro documento internacional com força cogente
para os países firmatários.

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(Vunesp – Juiz de Direito – MS/2015) Com relação à retrospectiva e evolução históricas do tratamento
jurídico destinado à criança e ao adolescente no ordenamento pátrio, é correto afirmar que
(A) na fase tutelar, regida pelo Código Mello Mattos, de 1927, e Código de Menores, de 1979, as leis
se limitavam à colocação de crianças e adolescentes, em situação de risco, em família substituta, pelo
instituto da tutela.
(B) na fase da mera imputação criminal, regida pelas Ordenações Afonsinas e Filipinas, pelo Código
Criminal do Império, de 1830, e pelo Código Penal, de 1890, as leis se limitavam à responsabilização
criminal de maiores de 16 (dezesseis) anos por prática de ato equiparado a crime.
(C) na fase da proteção integral, regida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, as leis se limitam
ao reconhecimento de direitos e garantias de crianças e adolescentes, sem intersecção com o direito
amplo à infância, porque direito social, amparado pelo artigo 6o da Constituição Federal.
(D) na fase da absoluta indiferença, não havia leis voltadas aos direitos e deveres de crianças e ado-
lescentes.
(E) a fase da mera imputação criminal não se insere na evolução histórica do tratamento jurídico
concedido à criança e ao adolescente no ordenamento jurídico pátrio porque extraída do direito
comparado.

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(Vunesp – Juiz de Direito – MS/2015) Com relação à retrospectiva e evolução históricas do tratamento
jurídico destinado à criança e ao adolescente no ordenamento pátrio, é correto afirmar que
(A) na fase tutelar, regida pelo Código Mello Mattos, de 1927, e Código de Menores, de 1979, as leis
se limitavam à colocação de crianças e adolescentes, em situação de risco, em família substituta, pelo
instituto da tutela.
(B) na fase da mera imputação criminal, regida pelas Ordenações Afonsinas e Filipinas, pelo Código
Criminal do Império, de 1830, e pelo Código Penal, de 1890, as leis se limitavam à responsabilização
criminal de maiores de 16 (dezesseis) anos por prática de ato equiparado a crime.
(C) na fase da proteção integral, regida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, as leis se limitam
ao reconhecimento de direitos e garantias de crianças e adolescentes, sem intersecção com o direito
amplo à infância, porque direito social, amparado pelo artigo 6o da Constituição Federal.
(D) na fase da absoluta indiferença, não havia leis voltadas aos direitos e deveres de crianças e ado-
lescentes.
(E) a fase da mera imputação criminal não se insere na evolução histórica do tratamento jurídico
concedido à criança e ao adolescente no ordenamento jurídico pátrio porque extraída do direito
comparado.

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• (FCC – Defensor Público – SP/2013) Analisando-se os
paradigmas legislativos em matéria de infância e juventude,
pode-se afirmar que antes da edição do Código de Mello
Mattos, em 1927, vigorava o modelo
• a) higienista.
• b) da situação irregular.
• c) penal indiferenciado.
• d) da proteção integral.
• e) da institucionalização para a proteção.

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• (FCC – Defensor Público – SP/2013) Analisando-se os
paradigmas legislativos em matéria de infância e juventude,
pode-se afirmar que antes da edição do Código de Mello
Mattos, em 1927, vigorava o modelo
• a) higienista.
• b) da situação irregular.
• c) penal indiferenciado.
• d) da proteção integral.
• e) da institucionalização para a proteção.

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II. Disposições Preliminares do ECA

1. Doutrina da Proteção Integral

2. Definição de Criança e Adolescente

3. Reflexos da Lei da Primeira Infância (13.257/2016), do


Estatuto da Juventude (Lei 12.852/2013) e do Estatuto do
Idoso (Lei 10.741/2003)

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II. Disposições Preliminares do ECA
4. Diferença de Tratamento entre Criança e Adolescente

4.1. Colocação em
Família Substituta

4.2. Consequências pela


Prática do Ato Infracional

4.3. Viagens Nacionais

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II. Disposições Preliminares do ECA
5. Sistema Valorativo do Direito da Criança e do
Adolescente

• Normas:
• Postulado Normativo
• Princípio
• Regra

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POSTULADO NORMATIVO METAPRINCÍPIOS PRINCÍPIOS DERIVADOS
1) Condição da criança e do adolescente
como sujeitos de direitos;

2) Responsabilidade primária e solidária do


poder público;
3) Privacidade;
4) Intervenção precoce;
Superior (Melhor) Interesse da Criança e a) Proteção Integral;
5) Intervenção mínima;
do Adolescente b) Prioridade Absoluta
6) Proporcionalidade e atualidade;
7) Responsabilidade parental;
8) Prevalência da família;
9) Obrigatoriedade da informação;
10) Oitiva obrigatória e participação.

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II. Disposições Preliminares do ECA
6. Critérios de Interpretação

• Fins sociais a que ele se destina


• Exigências do bem comum
• Direitos individuais e coletivos
• Condição peculiar da criança e do adolescente
como pessoas em desenvolvimento

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III. Direito à Vida – Art. 6° do ECA
1. Dimensões
a) Existência
b) Integridade/Dignidade
2. Proteção Jurídica do Embrião: Pesquisas com
células-tronco embrionárias – ADI 3.510 (2008)
3. Aborto e Antecipação Terapêutica de Parto de Feto
Anencéfalo – ADPF 54 (2012)
4. Aborto nos Três Primeiros Meses de Gestação –
Decisão da Primeira Turma do STF no HC 124.306
(Novembro de 2016)
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III. Direito à Vida – Art. 6° do ECA
“Tal como a Suprema Corte dos EUA declarou no caso Roe v. Wade, o
interesse do Estado na proteção da vida pré-natal não supera o direito
fundamental da mulher realizar um aborto [...] praticamente nenhum país
democrático e desenvolvido do mundo trata a interrupção da gestação
durante a fase inicial da gestação como crime, aí incluídos Estados Unidos,
Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal,
Holanda e Austrália. Nada obstante isso, para que não se confira uma
proteção insuficiente nem aos direitos das mulheres, nem à vida do
nascituro, é possível reconhecer a constitucionalidade da tipificação penal
da cessação da gravidez que ocorre quando o feto já esteja mais
desenvolvido. (Continua)

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III. Direito à Vida – Art. 6° do ECA
De acordo com o regime adotado em diversos países (como Alemanha, Bélgica,
França, Uruguai e Cidade do México), a interrupção voluntária da gestação não
deve ser criminalizada, pelo menos, durante o primeiro trimestre da gestação .
Durante esse período, o córtex cerebral – que permite que o feto desenvolva
sentimentos e racionalidade – ainda não foi formado, nem há qualquer
potencialidade de vida fora do útero materno. Por tudo isso, é preciso conferir
interpretação conforme a Constituição ao arts. 124 e 126 do Código Penal, para
excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação
efetivada no primeiro trimestre. No caso em exame, como o Código Penal é de
1940 – data bem anterior à Constituição, que é de 1988 – e a jurisprudência do
STF não admite a declaração de inconstitucionalidade de lei anterior à
Constituição, a hipótese é de não recepção (i.e., de revogação parcial ou, mais
tecnicamente, de derrogação) dos dispositivos apontados do Código Penal.”
(STF. HC 124.706. Voto-vista do Ministro Luís Roberto Barroso. 29/11/2016).
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(Vunesp – Juiz de Direito Substituto - RJ/2016) A anencefalia, de acordo com
entendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da
ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental), ajuizada pela
Confederação dos Trabalhadores na Saúde - CNTS, sob relatoria do Ministro
Marco Aurélio de Mello:

a) não qualifica direito da gestante de submeter-se à antecipação terapêutica de


parto sob pena de o contrário implicar pronunciamento da inconstitucionalidade
abstrata dos artigos 124, 126 e 128, I e II, do Código Penal, e, via de
consequência, a descriminalização do aborto.
b) permite a antecipação terapêutica do parto, com proteção à vida da mãe, a
exemplo do aborto sentimental, que tem por finalidade preservar a higidez física
e psíquica da mulher, conclusão que configura interpretação do Código Penal de
acordo com a Constituição Federal, orientada pelos preceitos que garantem o
Estado laico, a dignidade da pessoa humana, o direito à vida e a proteção à
autonomia, da liberdade, da privacidade e da saúde.
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c) não dispensa autorização judicial prévia ou qualquer forma de autorização do
Estado para a antecipação terapêutica do parto, implicando ajustamento dos
envolvidos nas condutas típicas descritas pelos artigos 124, 126 e 128, I e II, do
Código Penal, com vistas à proteção do direito à vida.
d) estendeu a desnecessidade de autorização judicial prévia ou qualquer forma
de autorização do Estado para a antecipação terapêutica do parto, no aborto
sentimental ou humanitário, decorrente da gravidez em caso de estupro, em
respeito aos princípios da moral razoável e da dignidade da pessoa humana.
e) porque há vida a ser protegida, implica a subsunção da conduta dos
envolvidos no procedimento de antecipação terapêutica do parto aos tipos de
aborto previstos no Estatuto Repressivo, dependendo da qualidade do agente
que o praticou ou permitiu a sua prática.

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