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II Revisão – 2008
Enfermeira Catharina Cericato
IV Revisão – 2012
Enfermeira Josiane B.O da Silva
SUMÁRIO
2.1 LOCALIZAÇÃO 05
5 OXIMETRIA 08
6 OXIGENOTERAPIA 08
10.1 CRICOTIREOIDOTOMIA 12
3
12 DOENÇAS INFECCIOSAS 13
12.1 MENINGITE 13
12.2 TÉTANO 13
12.3 GRIPES 14
12.4 AIDS 15
14 CHOQUE 20
15 HEMORRAGIAS 23
16.1 CONCUSÃO 27
16.4 HEMATOMAS 28
18.1 FERIMENTOS 31
4
18.2 ENTORSES 32
18.3 LUXAÇÃO 32
18.4 DISTENSÃO 33
18.5 FRATURAS 33
19 EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS 36
20 EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS 37
20.7 SUICÍDA 39
21 EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES 39
21.4 ARRITMIAS 41
22 EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 43
23 TRAUMA TORÁCICO 45
23.5 PNEUMOTÓRAX 46
23.6 HEMOTÓRAX 47
24 TRAUMA ABDOMINAL 47
25 EMERGÊNCIAS GASTROINTENSTINAIS 50
25.3 ENVENENAMENTO 52
26 EMERGÊNCIAS UROLÓGICAS 53
26.1CÓLICA RENAL 53
27 ACIDENTES OFÍDICOS 54
28 EMERGÊNCIAS METABÓLICAS 56
28.2 HIPOGLICEMIA 56
29 EMERGÊNCIAS DE TEMPERATURAS 57
6
29.1 HIPOTERMIA 57
29.2 HIPERTERMIA 58
30 QUEIMADURAS 59
7
Não urgência: aqueles que apresentam lesões menores , condições não agudas, e podem ser
atendidos em ambulatórios de pronto atendimento (luxação, lombalgia, congestão nasal,
tosse).
A lei do exercício profissional, nº 7.498, de 25 de junho de 1986, artigo 8º, prevê que a
assistência a pacientes graves, com risco de vida, bem como as atividades que exigem maior
complexidade técnica, são privativas do profissional Enfermeiro. Entre outras atividades, cabe
ao Técnico em Enfermagem, prestar cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado
grave, sob supervisão do Enfermeiro (lei n º 7.498/86, art. 15, decreto nº 94.406/87, art 10 e
13).
2.1 LOCALIZAÇÃO
As normas e padrões de construções e instalações de serviços de saúde do Ministério de
Saúde, determinam que os serviços de emergência devem ser localizados em pavimento
térreo, com ampla a entrada e espaço adequado, para a livre circulação de ambulâncias,
facilidade de acesso aos serviços de apoio, complementares e de tratamento.
conjunto, espaço suficiente para a locomoção do pessoal, rápido atendimento e facilidade para
a assistência de enfermagem. A enfermagem deve primar pela conservação da privacidade.
1ª GAVETA
Medicamentos mais utilizados em situações de emergências:
Para diluição:
- AD Ampola com 5ml;
- AD Ampola com 10ml;
- Cloreto de sódio – ampola de 10ml a 20%.
2ª GAVETA
Agulhas 25 x 7
Agulhas 40 x 12
Jelco nº 20
Jelco nº 18
Jelco nº 22
Cateteres Subclávia nº 16
Equipo Macrogotas
Equipo Microgotas
Sonda Uretral nº 8
Sonda Uretral nº 12
Sonda Uretral nº 16
Sonda Nasogástrica nº 12
Sonda Nasogástrica nº 16
Lâmina de Bisturi
Naylon 3,0 com agulha
Scalp nº 19
10
Scalp nº 21
Scalp nº 23
Seringa 1 ml
Seringa 3 ml
Seringa 5 ml
Seringa 10 ml
Seringa 20 ml
Xilocaína Geléia
3ª GAVETA
Bicarbonato de Sódio 5%
Eletrodos
Luvas Cirúrgicas nº 7,5
Luvas Cirúrgicas nº 8,0
Soro Glicosado 5% 250ml
Soro Glicosado 5% 500ml
Soro Fisiológico 0,9% 250ml
Soro Fisiológico 0,9% 500ml
Tubos de entubação adulto e pediátrico
4ª GAVETA:
Ambu
Cânula de Guedel
Guia de tubo
Lâmina para Laringo curva e reta adulto e pediátrico
Laringoscópio
Pilhas
Látex
Máscara Oxigênio (cateter, óculos e venturi)
Óculos Protetor
Umidificador
5 OXIMETRIA
A oximetria de pulso é um sistema, não invasivo, de medição dos valores de oxigênio
periférico (SPO2) e pulso, ou seja, consiste em monitorizar continuamente o nível de
saturação do oxigênio no sangue e pulso contribuindo, assim, para uma vigilância mais eficaz
dos doentes.
Atenção: Valores normais SaO2: 95 à 100%; Abaixo de 80%: iniciar intubação orotraqueal;
Colocado na ponta do dedo ou lobo da orelha; PCR, anemia severa, choque (perfusão
periférica alterada), administração EV de corantes (tingem o sangue).
6 OXIGENOTERAPIA
Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à
encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia.
Métodos de Administração O2:
6.1 CATETER NASAL: Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2.
1- Vantagens:
- Método econômico e que utiliza dispositivos simples;
- Facilidade de aplicação.
2- Desvantagens:
- Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido;
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6.2 MÁSCARA DE VENTURI: Constitui o método mais seguro e exato para liberar a
concentração necessária de oxigênio.
Efeitos Tóxicos e Colaterais:
Em pacientes portadores de DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminará o
estímulo respiratório - apnéia;
- Resseca a mucosa do sistema respiratório;
- Altas concentrações de O2 (acima de 50%) por tempo prolongado ocasionam alterações
pulmonares (atelectasias, hemorragia e outros);
- Altas concentrações de O2 (acima de 100%) há ação tóxica sobre os vasos da retina,
determinando a fibroplasia retrolenticular.
Cuidados com o O2:
Não administra-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro;
- Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado;
- Controlar a quantidade de litros por minutos;
- Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento;
- Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à
umidade;
- Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do
umidificador e a quantidade de litros por minuto;
- Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão;
- Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter);
- Avaliar com freqüência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência
adequada;
- Manter vias aéreas desobstruídas;
- Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor;
- Controlar sinais vitais.
Tratamento IV em pediatria:
Em bebês os melhores locais de punção são o couro cabeludo (veia temporal e veia
metópica), no dorso das mãos, pés e fossa antecubital.
Sempre palpar para certificar-se de que é uma veia e não uma artéria;
Se possível um dos pais estar presente (se criança lúcida);
Acesso venoso intra-osseo.
Complicações:
Cateter rompido;
Deslocamento cateter;
Embolia gasosa;
Espasmo vanoso;
Flebite;
Hematoma;
Infecção sistemica;
Infiltração;
Obstrução;
Reação alérgica;
Trombose.
Terapia Venosa no SE
Cateter venoso periférico;
Cateter venoso central.
Local de Punção
Veia jugular interna direita e esquerda;
Veia subclávia direita e esquerda;
Veia jugular externa direita e esquerda;
Veias femorais direita e esquerda.
Bombas de infusão volumétricas universais: utiliza equipos de soro padrão para bombear e
controlar os líquidos a serem infundidos para dentro do corpo. O controle de fluxo nestes
equipos sem bomba infusora é normalmente feito por gravidade e estrangulamento da luz do
tubo por um dispositivo chamado de pinça rolete. Quanto maior a luz interna do tubo, maior a
vazão e vice-versa. Este método não é estável e varia muito com a temperatura e acomodação
do material do tubo, que mede de 2,5 à 4 milimetros de diâmetro e cerca de 2 metros de
comprimento.O fluxo pode variar desde 0,5 mililitros por hora até 1 litro por hora e
quantidades de 1 ml até 10 litros, conforme necessidades do paciente.
Bombas de infusão de seringa: utilizam seringas de injeção descartáveis comuns para infundir.
Por meio de um dispositivo mecânico, um acionador vai empurrando o embolo da seringa
continuamente, podendo ser um eixo sem-fim ou engrenagens tipo pinhão e cremalheira. Um
tubo fino (equipo de seringa) conduz o líquido da seringa para dentro do corpo, que pode ser
por uma agulha de injeção ou cateter. São os modelos de maior precisão e fluxo contínuo.
9.4 Máscara Laríngea (ML): Uma alternativa à intubação traqueal e ao uso de máscara
facial em anestesias e reanimação. Inserção rápido e fácil, sem laringoscópio.
12 DOENÇAS INFECCIOSAS
Dentre as diversas doenças infecciosas abordaremos apenas algumas, as que ocorrem com
maior incidência:
12.1 MENINGITE
É a infecção mais comum do sistema nervoso central, podendo acometer as meninges, o
cérebro ou a medula espinhal. A meningite pode ser causada por diversos microorganismos.
As forma mais comuns de meningite são: bacteriana, tuberculose e viral.
A forma mais grave é a bacteriana que é causada pelo meningococo. Os sintomas iniciais
incluem: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, brudzinski positivo (movimento de flexão
perna sobre a coxa ao se fletir a cabeça ) , vômito e mialgia, podendo o cliente evoluir para a
confusão mental, convulsões e coma.
Na meningococcemia, é comum a erupção máculo-petequial disseminada.
Na meningite bacteriana, a precocidade no estabelecimento do diagnóstico e a rapidez no
atendimento imediato, são determinantes para o sucesso da terapêutica.
Ações de Enfermagem
-Previna complicações: observe sinais de insuficiência respiratória, o nível de consciência,
sinais de choque e verifique os sinais vitais;
-Previna a disseminação de infecção, estabelecendo o isolamento respiratório (use epi);
-Auxilie na definição do diagnóstico: prepare o material e auxilie na realização da punção
lombar;
-Instale o acesso venoso e mantenha-o permeável: faça coleta de sangue para exames
laboratoriais, controle infusão de líquidos e administre a medicação, segundo a prescrição;
-Controle a diurese;
-Mantenha o ambiente com reduzidos estímulos luminosos e auditivos;
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12.2 TÉTANO
Doença causada pela liberação da neurotoxina produzida pelo Clostridium tetani. As
pessoas, geralmente, são expostas a infecção por contato de ferimentos com o solo
contaminado, poeira, água e fezes humanas, onde se encontram esporos. Muitas vezes, a lesão
que serviu de porta de entrada é tão insignificante que passa despercebida. O bacilo é
anaeróbio, não vive em presença de oxigênio.
O inicio das queixas normalmente sã: dificuldade para engolir e sono, seguidos de rigidez
de mandíbula (trismo), dor no pescoço e costas, espasmos musculares, opistótono, que é o
arqueamento importante das costas e, comprometimento respiratório.
Ações de enfermagem
-Mantenha as vias aéreas superiores permeáveis: administre oxigênio, prepare o material e
auxilie na ventilação e entubação traqueal, posicione o cliente de modo a facilitar a drenagem
de secreções, faça aspiração de secreções e avalie o estado respiratório;
12.3 GRIPES
Influenza A subtipo H1N1 também conhecido como A(H1N1), é um subtipo de
Influenzavirus A e a causa mais comum da influenza (gripe) em humanos. A letra H refere-se
à proteína hemaglutinina e a letra N à proteína neuraminidase, também, chamada de gripe
aviária é uma doença infecciosa das aves que ocorre em todo o mundo, sendo conhecida
desde há várias décadas.
Este subtipo deu origem, por mutação, a várias estirpes, incluindo a da gripe espanhola
(atualmente extinta), estirpes moderadas de gripe humana, estirpes endémicas de gripe suína e
várias estirpes encontradas em aves.
O número confirmado destes casos, ainda que estejam associados a uma aparente elevada
letalidade, é muito reduzido quando comparado com outras doenças, nomeadamente
infecciosas [por exemplo, tuberculose, malária ou infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV)] pelo que a gripe aviária em humanos dificilmente pode ser considerada um
problema de saúde pública humana.
Contágio da “Gripe A” H1N1: O contágio da “Gripe A” H1N1 é dada através do ar, por vias
aéreas e através de contato direto com pessoas contaminadas.
Prevenção da “Gripe A” H1N1: Para se proteger da “Gripe A” H1N1 você pode tomar a
vacina da gripe convencional para ajudar na prevenção já que aumentam a imunidade do
corpo, porém não combatem o vírus H1N1. O medicamento Tamiflu tem sido utilizado no
combate da gripe, porém somente deve ser ingerido se prescrito por um médico.
Máscaras já estão sendo usadas nos principais países em que o vírus H1N1 estão instalados,
mas são 100% eficientes. Lave sempre as mãos com sabonete e evite colocar as mãos nos
olhos, bocas e ouvidos e ainda evite ficar em locais fechados com grande aglomeração de
pessoas e procure sempre locais arejados.
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Gripe Ssazonal é uma doença causada pelo vírus da gripe humana.Em regra, a gripe sazonal
tem uma evolução favorável para a cura em poucos dias, habitualmente em menos de uma
semana, o que lhe confere um carácter de doença aparentemente benigna. No entanto, importa
referir que a gripe sazonal é uma doença com repercussão significativa na saúde pública:
Os indivíduos com idade superior a 65 anos e as pessoas com patologia crónica subjacente
apresentam maior probabilidade de doença grave e de morte, por agravamento da doença pré-
existente ou pneumonia.
Estima-se que, em cada ano, cerca de 10 % da população seja afectada, provocando não só
uma mortalidade relevante, sobretudo nos grupos de risco (devido às complicações acima
referidas), como também absentismo laboral e escolar com efeitos negativos marcantes nos
planos económico e social.
Apesar de não serem totalmente compreendidos os mecanismos de transmissão, pensa-se
que o vírus é transmitido aos indivíduos susceptíveis através das secreções respiratórias. A
doença dissemina-se rapidamente entre a população, particularmente em condições de maior
aglomeração.
12.4 AIDS
A AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome), (ou Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida - SIDA) é uma doença do sistema imunitário causada pelo
retrovírus HIV (do inglês Human Immunodeficiency Virus). A AIDS vem se disseminando
rapidamente pelo mundo desde 1981.
Vírus da AIDS (HIV): A AIDS se caracteriza por astenia, perda de peso acentuadas e por uma
drástica diminuição no número de linfócitos T auxiliadores (CD4), justamente as células que
ativam os outros linfócitos que formam o exército de defesa do corpo. O organismo da pessoa
que possui o vírus HIV torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos antígenos
mais comuns que nele penetram. Com a imunidade debilitada pelo HIV, o organismo torna-se
susceptível a diversos microorganismos oportunistas ou a certos tipos raros de câncer
(sarcoma de Kaposi, linfoma cerebral). A pneumonia provocada pelo Pneumocystis carinii é a
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infecção oportunista mais comum, detectada em cerca de 57% dos casos. A toxoplasmose, a
criptococose e as afecções provocadas por citomegalovírus são outras infecções
freqüentemente encontradas nos indivíduos imunodeprimidos. As principais causas da morte
são infecções banais, contra as quais o organismo debilitado não consegue reagir.
Tratamento da AIDS: Apesar de ser uma doença que ainda não tem cura, existe tratamento
eficiente e que controla a doença. Pessoas portadoras do vírus HIV devem procurar ajuda
médica, tentar conhecer a doença e jamais perder a esperança, afinal, de 1981 até hoje, já se
passaram muitos anos, estamos num novo milênio e a medicina evolui a cada dia.
Diagnóstico: Uma pessoa pode saber se é ou não portadora do vírus da AIDS por meio de
exames que detectam a presença de anticorpos contra o vírus, ou que detectam a presença do
próprio vírus. Ser portador do vírus não significa que a pessoa desenvolverá necessariamente
a doença. O vírus permanece inativo por um tempo variável, no interior das células T
infectadas, e pode demorar até 10 anos para desencadear a moléstia.
Transmissão da doença:
Controle Cervical
VENTILAÇÃO/RESPIRAÇÃO
A boa respiração se apresenta sem ruídos, o tórax se expande e há boa ventilação. A vítima
só poderá falar se tiver ar nos pulmões, observar a qualidade da respiração:
- lenta ou rápida;
- superficial ou profunda;
- de ritmo regular ou irregular;
- tranqüila ou ruidosa.
A equipe mantém as vias aéreas abertas utilizando a técnica indicada para o caso, aproxima
sua face junto à boca e nariz da vítima e, num período de cinco a 10 segundos, observa: se o
tórax se eleva, tenta ouvir ruídos respiratórios, sentir o ar expirado, se a ventilação é eficaz e
se existem lesões abertas no tórax.
A ventilação pode ser administrada por cateteres ou via ambú e a quantidade de O2
administrado varia conforme a gravidade e patologia da vítima.
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CIRCULAÇÃO
Para avaliar a circulação, verifica-se a presença de pulso em grandes artérias por 10
segundos. Na avaliação primária recomenda-se a palpação da artéria carótida ou femoral, pela
facilidade de acesso.
Pulso:
a) PULSO CHEIO E REGULAR: sem alteração hemodinâmica
b) PULSO FINO E RÁPIDO: sinal de hipovolemia
c) PULSO IRREGULAR: sinal de alteração do débito cardíaco;
d) PULSO AUSENTE: sinal de choque necessita de ressuscitação imediata.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
O exame neurológico deve ser feito avaliando: nível de consciência.
Habitualmente é classificado segundo a Escala de Coma de Glasgow que descreve a
resposta ocular, verbal e motora a estímulos verbais e dolorosos. Também utiliza-se o exame
pupilar que ajudará na identificação de possíveis lesões cerebrais.
Escala de coma de Glasgow: Escala que avalia o estado neurológico do paciente após trauma
crânio – encefálico.
Compreende três testes:
- visão;
- fala;
- habilidade motora.
Abertura Ocular
Espontânea (4)
Resposta à fala (3)
Resposta à dor (2)
Nenhuma (1)
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Resposta Motora
Obedece aos comandos verbais (6)
Localiza estímulo doloroso (5)
Retirada (4)
Decorticação ( adução e flexão das extremidades superiores e inferiores) (3)
Descerebração ( extensão e rotação externa das extremidades superiores e pés) (2)
Nenhuma (1)
Exame Pupilar: É realizada juntamente com a escala de glasgow para identificar se existe ou
não lesão neurológica. Verifique se a reação é idêntica em ambas. Se não existir contração
pupilar ou se esta for diferente de pupila para pupila, poderá indicar sofrimento do Sistema
Nervoso Central.
Isocóricas: pupilas normais;
Anisocóricas: tamanhos diferentes;
Midriáticas: pupilas dilatadas;
Mióticas: pupilas contraídas.
Mióticas
Midriáticas
Anisocóricas
com maior delicadeza na realização das manobras para abertura de vias aéreas e verificação
de pulso, assim como na avaliação do nível de consciência. O nível de consciência é
verificado por meio de estímulo tátil (toques leves) e verbal na escala modificada, chamando
o bebê ou a criança em voz alta, observando se ela balbucia palavras, chora ou emite gemido.
Para checar o pulso em crianças, a artéria recomendada para palpação é a carótida, e a artéria
braquial em bebês.
14 CHOQUE
Distúrbio ameaçador à vida, caracterizado pelo insuficiente suprimento de sangue para os
tecidos e células do corpo.
Clínica:
Psiquismo: o doente em geral fica imóvel, apático, mas consciente. A apatia é precedida de
angústia e agitação.
Pele: fria, sobretudo nas extremidades, pálida, com turgor cutâneo diminuído.
Circulação: pulso rápido, fraco e irregular, filiforme e às vezes imperceptível. Hipotensão
sistólica e diastólica. Pressão venosa central (PVC) baixa, caracterizada pelo colapso das
veias, o que dificulta a sua punção.
Respiração: rápida, curta e irregular.
O aspecto hemodinâmico aos clássicos desse tipo de choque incluem taquicardia,
hipotensão, redução das pressões de enchimento cardíaco e vasoconstrição periférica,
midríase.
Etiologia:
Infarto do miocárdio – causado por constrição arteriolar pulmonar ou sistêmica excessiva ou
contratilidade miocárdica prejudicada.
Falência miocárdica aguda.
Arritmias – sístoles ineficientes.
Eletrocussão – violenta descarga elétrica, causando paralisia ou contrações cardíacas
ineficientes.
Miocardites – aparecem vírus que comprometem a fibras cardíacas.
Hipóxia por insuficiência respiratória aguda de natureza clínica.
Hipóxia por lesões traumáticas sobre o aparelho respiratório.
Depressão dos centros nervosos ou circulatórios (ex.: AVC).
Acidose – baixo PH provoca depressão miocárdica.
Distúrbios eletrolíticos – ex.: hiperpotassemia.
Intoxicações ou envenenamento por produtos químicos ou drogas depressoras cardíacas.
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CAUSAS: Lesão medula espinhal; Anestesia espinhal; Lesão sistema nervoso; Efeito de
medicamentos; Uso de drogas.
15 HEMORRAGIAS
Sangramento ou hemorragia é o extravasamento do sangue dos vasos sangüíneos, através
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de uma ruptura de suas paredes. É condição perigosa e pode rapidamente levar a morte.
ETIOLOGIA
Inúmeras causas podem interferir na produção de uma hemorragia. Entre elas podemos citar:
TIPOS DE SANGRAMENTOS
Arterial: fluxo pulsátil, sangue vermelho claro e oxigenado;
Venoso: fluxo contínuo, vermelho escuro;
Capilar: fluxo é lento, o sangue escorre.
TIPOS
SINAIS E SINTOMAS
- Idade;
- Severidade do trauma, com especial atenção ao local anatômico;
- Tempo ocorrido entre o trauma e o primeiro atendimento;
- A terapia adotada de reposição volêmica no ambiente pré-hospitalar e hospitalar.
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Classe I: (perda de até 15% do volume sanguíneo). Nesta classe os sinais clínicos são poucos
evidentes. O paciente apresenta alteração mínima na freqüência cardíaca, hipotensão
leve e perfusão capilar pesquisada por pressão na unha, a resposta normal é o retorno da
cor em 2 segundos, tempo correspondente para o examinador dizer: "enchimento
capilar", em indivíduos saudáveis esta perda sangüínea não requer reposição;
Classe II : (perda de 15 a 30%). Para um adulto de 70 Kg, esta perda representa de 800 a
1500 mls de volume sangüíneo.
Sinais e sintomas:
ASSISTENCIA EMERGENCIAL
Gravidade do TCE:
TCE GRAVE = escala de coma menor ou igual a 8;
TCE MODERADO = escala de coma entre 9 a 12;
TCE LEVE = escala de coma entre 13 a 15.
Tipos de TCE:
16.3 FRATURAS DE CRÂNIO: É uma fratura ou ruptura dos ossos cranianos. Podem ocorrer
juntamente com lesões cefálicas. Embora o crânio seja forte e resistente e ofereça excelente
proteção para o cérebro, um impacto ou golpe grave pode resultar em fratura craniana e pode
estar acompanhado de lesão cefálica.
Tipos de fraturas:
Uma fratura simples é uma ruptura no osso sem danos para a pele.
Uma fratura linear do crânio é uma ruptura em um osso craniano que se assemelha a
uma linha estreita, sem estilhaços, afundamento ou distorção do osso.
Uma fratura com afundamento é uma ruptura em um osso craniano (ou
"esmagamento" de uma porção do crânio) com afundamento do osso em direção ao
cérebro.
Uma fratura composta envolve uma ruptura ou perda de pele e estilhaçamento do osso.
SINTOMATOLOGIA:
16.4 HEMATOMAS
Anatomia e Fisiologia
A coluna vertebral, que protege a medula, é formada por várias vértebras e dividida por um
disco que amortece os impactos nas costas.
É dividida em quatro partes:
Cervical - região do pescoço.
Torácica - do pescoço à cintura.
Lombar - abaixo da cintura.
Sacral - abaixo da lombar.
Medula Espinhal: É a parte do nosso sistema nervoso central que transporta as informações do
cérebro ao resto do corpo e do corpo para o cérebro. É como um sistema de comunicação de
rede com dados indo e vindo instantaneamente com informações da sensibilidade,
movimento, controle do intestino e da bexiga, etc. Tem a espessura de um dedo, o
comprimento da base da cabeça até o cóccix dentro de uma espécie de tubo dentro da coluna
vertebral.
Denomina-se de trauma medular todo traumatismo que atinge a medula espinhal. A
localização mais comum é na parte medular mais baixa, ou seja, entre a C4 e T1 e é
frequentemente acompanhada de TCE. A lesão cervical pode ser causada por trauma direto ou
por desaceleração. Comumente acontece traumatismo também entre T11 e L1.
Lesões do Esqueleto:
Fraturas por compressão de uma vértebra;
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Fraturas que produzem pequenos fragmentos de osso que se alojam no canal espinhal;
Subluxação: deslocamento parcial de uma vértebra;
Laceração de ligamentos e músculos.
Choques:
Choque neurogênico:danificação do sistema nervoso autônomo, particularmente o sistema
nervoso simpático. Ruborização da pele, bradicardia.
Choque medular: É a perda de todas as funções neurológicas abaixo do nível da lesão
medular, o que representa interrupção fisiológica, e não anatômica, da medula espinhal.
Caracteriza-se por paraplegia flácida e ausência de atividade reflexa. A duração não costuma
ser superior a 48 horas, mas pode persistir várias semanas. O retorno de atividades reflexas
indicam o fim do choque medular.
Atendimento: Imobilização:
Posição neutra (supina);
Manter a imobilização contínua da vítima como um todo, usando um colar rígido, uma
prancha, esparadrapos e ataduras (tirantes).
18.1 FERIMENTOS
Ferimentos ou feridas são lesões que ocorrem na maioria dos traumatismos, com perda
da integridade dos tecidos orgânicos, produzindo uma solução de continuidade na pele.
São sempre uma ameaça pelo risco de sangramento e infecção.
CAUSAS
Biológicos: Mordeduras de animais.
Mecânicos: Variadas formas de impacto (atrito, fricção,
penetração) transferidos do meio ambiente ao corpo, podem
provocar ferimentos.
TIPOS
Abrasão da pele contra uma superfície dura e áspera, "queimaduras por fricção".
Sangramento pequeno, presença de partículas de corpos estranhos (se em grandes áreas a dor
pode ser intensa).
II FERIDAS INCISAS
Causadas por objetos cortantes, arma branca, lâminas, vidro ou metal afiado. Causam
lesões de vasos e tecidos, deixam feridas de bordas lisas e com sangramento livre. Dor aguda,
lesões de nervos e tendões, sangramento intenso. Nos ferimentos por arma branca em tórax e
abdome existe o risco de lesão de órgãos cavitários e hemorragia interna.
IV AMPUTAÇÃO
Ocorre sempre que uma parte do corpo é completamente arrancada ou cortada (membros
ou partes de membros, orelhas e nariz). O sangramento é intenso e pode levar ao choque.
V FERIDAS PUNCTÓRIAS
partir, ficando um fragmento encravado nos tecidos profundos e também partes da roupa. As
consequências destas feridas são infecções pela dificuldade de limpeza, em função da
pequena abertura externa, e lesões de órgãos internos nas feridas produzidas por armas ou
objetos de grandes dimensões.
VI FERIDAS CONTUSAS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
18.2 ENTORSES
Lesões das estruturas ligamentares da articulação, por trauma direto, por puxão ou torsão.
Ocorre a separação momentânea das superfícies articulares.
CAUSAS
Pode estar relacionada diretamente a traumatismos, por excesso de uso ou torsão.
SINTOMATOLOGIA
Dor intensa
Inchaço
Equimose
Perda movimentação
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
- Aplicar frio no local, imediatamente após a lesão, para reduzir o edema e aliviar a dor;
- Elevar a área afetada para reduzir o edema;
- Utilizar muletas para manter a estabilidade e aumentar o apoio da
área afetada;
- Preparar material para imobilização;
- Tratamento da dor.
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18.3 LUXAÇÃO
É o deslocamento repentino e duradouro, parcial ou completo de um ou mais ossos de uma
articulação. Sucede quando uma força atua diretamente ou indiretamente numa articulação,
empurrando o osso para uma posição anormal.
CAUSAS
SINAIS E SINTOMAS
Dor, alteração no contorno articular, alteração no comprimento da extremidade do
membro, perda da movimentação normal, alteração no eixo dos ossos deslocados, edema
precoce e palidez.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
18.4 DISTENSÃO
a)CONTUSÃO
É uma lesão de tecidos moles produzida pela força de uma pancada (soco. batida, queda).
Apresenta dor, equimose e hematoma.
b) DISTENSÃO
É uma laceração (estiramento ou ruptura) parcial ou total do músculo, tendão, ou de
ambos. O principal sintoma é a dor e a limitação de movimento.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
18.5 FRATURAS
Fratura é a solução da continuidade do osso, que pode ou não lesar estruturas anatômicas
vizinhas, como articulações, vasos sangüíneos, nervos e órgãos. A intimidade do osso no
ponto de fratura é denominada foco de fratura.
CAUSAS
a)TRAUMA DIRETO
36
Uma força é aplicada diretamente sobre o osso, através dos tecidos moles que o recobrem,
rompendo-o. Por exemplo: fraturas por projétil, pancadas violentas.
b)TRAUMA INDIRETO
Uma força é transmitida a um osso fraturando-o longe do local traumatizado, onde a força
foi aplicada diretamente. Por exemplo: fratura do osso da perna ao se torcer o pé, fratura de
vértebras lombares em queda de grande altura.
c)DOENÇA ÓSSEA
Alterações patológicas no osso, que o tornam enfraquecido e menos resistente ao uso
normal, são denominadas fraturas patológicas. Por exemplo: tumores ósseos, osteoporose, etc
...
CLASSIFICAÇÃO
*Aberta ou Exposta: A pele e os tecidos das partes moles perderam a integridade, e o foco de
fratura tem uma via de contato com o ambiente, o que aumenta o risco de complicações,
resultando em maior perda sangüínea, diminuição da taxa de cicatrização e aumento do risco
de infecção.
Enquanto que todas as fraturas se constituem em uma situação de urgência, a fratura
exposta configura uma situação de emergência.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Redução;
Tração;
Analgesia;
Antibioticoterapia;
Anticoagulante;
Imobilização tala ou gesso;
Controle perfusão membro afetado.
A) Redução Fechada:
Redução fechada (incruenta) é feita através da manipulação e tração manual. O paciente é
anestesiado para alívio da dor e relaxamento muscular, é imobilizado com aparelho gessado .
B) Redução Aberta:
É feita através de abordagem cirúrgica, os fragmentos são aproximados e podem ser fixados
por pinos, fios, parafusos, pregos e hastes metálicas e imobilizados com aparelho gessado.
C) Tração:
Aplicação de uma força manual na extremidade do osso para redução, alinhamento e
imobilização da fratura.
Tipos de Tração:
-Tração Cutânea: aplicada à pele e as partes moles, portanto na indiretamente ao sistema
esquelético;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
19 EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS
Causas da convulsão: Epilepsia; Trauma; Tumores cerebrais; Febre elevada (crianças menores
de 6 anos); Doenças infecciosas; Outras.
Sintomatologia
Além das contrações, a vítima apresenta respiração ruidosa e forçada, dentes fortemente
cerrados e perda de saliva em forma de espuma.
Há relaxamento dos esfíncteres anal e uretral. Se a bexiga estiver repleta de urina ou o reto com
fezes, poderá ocorrer eliminação involuntária dessas secreções.
ATENÇÃO
Oclusão dos vasos sanguíneos, que conduz a isquémia neuronal e morte (85% dos casos)
40
Rotura dos vasos sanguíneos, que conduz a hemorragia, trauma direto das células, efeito de
massa, aumento da pressão intracraniana e libertação de toxinas bioquímicas (15% dos casos).
Acidentes isquêmicos
São normalmente consequência de trombose dos grandes vasos, embora também possam ser
provocados por embolismo. As causas de trombose incluem a doença arterioesclerótica, as
vasculites, a dissecção, os estados de hipercoaguabilidade e as doenças infecciosas (sífilis). As
fontes mais comuns de êmbolos, nos acidentes por embolia, são o coração (vegetações
valvulares, trombos murais, êmbolos paradoxais, tumor cardíaco) e os grandes vasos.
Acidentes hemorrágicos
Têm uma mortalidade nos primeiros 30 dias de 30 a 50%, ocorrem numa população mais
jovem que os acidentes isquémicos e estão divididos em hemorragias intracerebrais (HIC) e
subaracnóides (HSA). Os fatores de risco para as HIC incluem hipertensão, idade avançada e
história de AVC prévia. Além disso, malformações vasculares e o uso de cocaína também
podem provocar HIC.
Tratamento Emergencial
VÍTIMA INCONSCIENTE
- Avaliação Primária;
- A vítima respira e tem pulso (ou sinais de circulação);
- Certifique-se de que não há trauma;
- Faça a Avaliação Secundária;
- Verifique a simetria na posição e contratura muscular dos braços, mãos, pernas e pés
comparando direitos com esquerdos (assimetria é forte indício de AVC);
- Oxigenoterapia;
- Fluidoterapia;
- HGT;
- Sinais vitais e monitorização;
- TC Crânio.
VÍTIMA CONSCIENTE
Pessoa queixa-se de:
- Repentina alteração da sensibilidade ou fraqueza na face, braços ou pernas, especialmente se
for só de um dos lados do corpo;
- Repentina confusão mental ou problemas para falar ou entender;
- Repentino problema da visão num ou ambos os olhos;
- Repentino problema para caminhar, vertigem, perda do equilíbrio ou da coordenação motora;
- Repentina dor de cabeça de causa desconhecida;
- Oxigenoterapia;
- Fluidoterapia.
- Sinais vitais e monitorização;
- TC crânio.
20 EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
São quaisquer alterações nos pensamentos, sentimentos ou comportamentos para as quais se
faz necessário atendimento rápido por representar risco significativo para pacientes ou para
outras pessoas. O paciente pode estar em crise devido alguma doença física (como por exemplo,
hemorragia cerebral), secundária à substâncias (por exemplo álcool, cocaína), ou decorrente de
doença mental (mania, esquizofrenia).
Causas
o Abuso de álcool e abuso de drogas
o Abstinência (síndrome da falta) de álcool e de drogas
o Doenças psiquiátricas como mania e esquizofrenia
41
o Transtornos neurológicos (problemas em certas áreas do cérebro)
o Efeitos colaterais de alguma medicação
o Problemas clínicos (doenças físicas) tais como infecções, falta de oxigenação do
sangue, tumores, derrame, problemas nos rins e no fígado, deficiência de
vitaminas, traumatismos (lesões decorrentes de acidentes em geral),convulsões
ou efeitos cerebrais pós-cirurgias.
PRINCIPAIS EMERGÊNCIAS
MANEJO FARMACOLÓGICO
20.7 SUICÍDA
Causas: O comportamento suicida geralmente é decorrente da interação de vários fatores:
• Distúrbios mentais – principalmente a depressão e o consumo de drogas
• Fatores sociais – decepções, sentimento de perda e falta de apoio social
• Distúrbios da personalidade – impulsividade e agressividade
• Doença física incurável.
21 EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES
Eletrocardiograma (ECG): Feito o registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela
atividade elétrica do coração. O aparelho registra as alterações de potencial elétrico do corpo.
Estes potenciais são gerados a partir da despolarização (contração) e repolarização
(relaxamento) das células cardíacas. Estas ondas seguem um padrão rítmico.
Onda P: Corresponde a despolarização dos átrios.
Complexo QRS: Corresponde a despolarização ventricular. É maior que a onda P pois a massa
muscular dos ventrículos é maior que a dos átrios.
Onda T: Corresponde a repolarização ventricular. Normalmente é perpendicular e arredondada.
DEA: Utilizado em parada cardiorrespiratória, tem como função identificar o ritmo cardíaco.
Efetua a leitura automática do ritmo cardíaco através de pás adesivas no tórax.
Tem o propósito de ser utilizado por público leigo, com recomendação que o operdor faça curso
de Suporte Básico em parada cardíaca. Descarga: 200 J e 360 J em adultos. Crianças, acima de
8 anos - 100 J.
21.2 DOR TORÁCICA (ANGINOSA): Dor, opressão, pressão ou desconforto no peito. Quando
se sente uma dor repentina no peito deve-se procurar socorro logo. Embora a dor no peito possa
ter muitas causas não relacionadas ao coração, qualquer desconforto novo ou não usual deve ser
avaliado por um médico. É uma dor repentina, que dura alguns poucos segundos, é comum em
pessoas saudáveis e não traz motivo para preocupação. A sensação de ter a respiração presa,
depois de uma inspiração profunda, também não é clinicamente importante e não necessita de
atenção. Importante observar outros fatores associados à dor no peito (localização exata, tipo de
dor, etc).
Local sede da dor: Deve se precisar o local da dor mandando o paciente apontar o local. O
localdeterminado através de uma polpa digital, bem limitado a um único ponto é pouco
provável de se relacionar com cardiopatia, sendo mais provável uma origem osteo-muscular. A
dor cardíaca é geralmente indicada com a mão esfregando o peito, ou com o punho cerrado,
indicando uma região grande e imprecisa.
Início e duração: A dor típica da doença coronariana crônica é de inicio relacionado com
esforço, piorando de forma progressiva, durando cerca de 5 a 10 minutos. A dor prolongada,
maior que 30 minutos se for de origem cardíaca se relaciona com Infarto do Miocárdio. Dor
com horas de duração não é provável que seja de fato uma dor anginosa caso não se comprove
o IAM.
21.3 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS): Pressão arterial é a força com a qual o
coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do
coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo. Ela pode ser modificada pela
variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca
(batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e
nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.
Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg, em adultos com mais de 18
anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes
consecutivas.Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos,
nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café. A hipertensão arterial
sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode
levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas.
No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.
No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do
coração e, em alguns casos, morte súbita.
No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas,
aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.
No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.
Tipos Arritmias: Bradicardia Sinusal: 40-60 bpm; Taquicardia Sinusal: 100-180 bpm; Flutter
atrial: 250-400 bpm; Fibrilação atrial: 350-600 pbm; Bloqueio atrio ventricular.
21.5 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: É um processo que pode levar à morte (necrose)
de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio.
É causado pela redução do fluxo sangüíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para
não ser compensado pelas reservas orgânicas.
Sintomas: Dor ou desconforto intenso retroesternal (atrás do osso esterno) que é muitas vezes
referida como aperto, opressão, peso ou queimação, podendo irradiar-se para pescoço,
mandíbula, membros superiores e dorso.Freqüentemente esses sintomas são acompanhados por
náuseas, vômitos, sudorese, palidez e sensação de morte iminente. A duração é
caracteristicamente superior a 20 minutos. Dor com as caraterísticas típicas, mas com duração
inferior a 20 minutos sugere angina do peito, onde ainda não ocorreu a morte do músculo
cardíaco.
45
21.6 EDEMA AGUDO DE PULMÃO: É o acúmulo anormal de líquido nos tecidos dos
pulmões.
Sintomatologia: Dispnéia intensa; Sensação de asfixia; Sensação de morte iminente; Pele fria e
pegajosa; Cianose; Pulso fraco e rápido; Distensão julgular; Respiração ruidosa; Escarro
espumoso e sanguinolento.
A:bertura de via aérea: manter a patência da via aérea em pacientes inconscientes através da
manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo, da cânula orofaríngea ou da cânula
nasofaríngea.
Usar uma via aérea avançada, se necessário (tubo, combitube ou ML).
Conceitos Críticos
No SAVC as compressões torácicas são contínuas, sem interrupções, salvo quando o
paciente retorna da PCR ou o médico responsável decide constatar o óbto.
46
Ventilar o paciente uma vez a cada 5 ou 6 segundos ou 10 a 12 vezes por minuto.
Cuidado para não aplicar ventilação excessiva. A hiperventilação pode ser prejudicial,
pois aumenta a pressão intratorácica, reduz retorno venoso para o coração e diminui
débito cardíaco. Também pode aumentara insuflação gástrica e predispor o paciente a
vômitos e aspiração do conteúdo gástrico.
Complicações
As complicações mais freqüentes das massagens cardíacas, especialmente nos idosos, são:
- fraturas de costelas
- afundamento de tórax
- pneumotórax, hemotórax
- contusã cardíaca
22 EMERGÊENCIAS RESPIRATÓRIAS
DIAGNÓSTICO: Como se trata de uma quadro extremamente grave e que esta pondo em risco
a vida do paciente o diagnóstico deve ser rápido, preciso e as medidas terapêuticas
normalmente requerem condutas rápidas e agressivas.
Sua expressão clínica mais importante é a dispnéia cujo surgimento, intensidade, rapidez e
evolução fornece dados valiosos para o diagnóstico e tratamento. Outros sinais e sintomas
devem ser levados em consideração, como por exemplo a cianose que é considerada importante
sinal de comprometimento respiratório. Diante de uma suspeita de IRpA devemos lançar mão
47
de: história, exame físico, Rx de tórax e confirmar o diagnóstico através de uma gasometria
arterial (esclarece o diagnóstico assim como define o seu grau de insuficiência).
VIA AÉREA PATENTE: Intubação endotraqueal: pode ser necessária para a facilitação da
aspiração de secreções e permitir ventilação e oxigenação adequadas.
O tubo pode ser deixado cerca de 7 dias.
ELIMINAÇÃO DO BRONCOSPASMO:
Aminofilina intravenosa – dose de ataque: 5,6 mg/kg lentamente, seguida de dose de
manutenção ( 0,9 mg/kg/h ).
Broncodilatadores aerossolizados – Salbutamol – fenoterol – terbutalina.
Corticosteróides: reservados para os pacientes com história de broncospasmo intermitente –
prednisona 1 mg/kg/dia VO ou – metilprednisona 20 a 10 mg EV a cada 6 ou 8 horas.
MOBILIZAÇÃO DE SECREÇÕES
Feita após a obtenção de via aérea prévia, utilizando-se nebulizações, estímulo da tosse e
agentes mucolíticos.
Sinais e sintomas da embolia pulmonar: incluem perda de fôlego sem explicação, dificuldade de
respirar, angina, tosse seca ou tosse com sangue, arritmias.
Em alguns casos, os únicos sinais e sintomas são aqueles relacionados à trombose venosa
profunda, os quais incluem: inchaço da perna ou ao longo da veia na perna, dor ou sensibilidade
na perna, sensação de calor na área da perna com inchaço ou sensibilidade, e pele vermelha ou
descolorada na perna afetada. Também é possível ter embolia pulmonar sem apresentar nenhum
sinal ou sintoma.
23 TRAUMA TORÁCICO
Avaliação Inicial
Inspeção: 30”.Pescoço e tórax. Escoriações, laceração, distensão de veias
pescoço,enfisema subcutâneo, ferimentos abertos, assimetria/expansão tórax, cianose.
1 à 2 costela: mais grossas, largas e curtas. Estão protegidas pela escápula, clavícula e
musculatura. Laceração artéria ou veia.
3 à 8 costela: mais fraturadas.
9 à 12 costela: causam laceração em baço, fígado ou rim.
Clínica
Depressão da região fraturada à inspiração e abaulamento à expiração;
Crepitação nos arcos costais à respiração;
Intensa dor.
Tratamento
Alivio da dor;
Imobilização braço contra costelas com tipóia;
Oxigenoterapia se necessário.
ATENÇÃO: não usar ataduras, cintos, e fixação pois impedem o movimento torácico, limitam a
ventilação e levam o paciente à pneumonia e atelectasia.
Clínica/ Tratamento
Insuficiência respiratória;
Aumento trabalho respiratório;
Dor intensa;
Hipóxia.
Tratamento: oxigenoterapia.
Clínica/ Tratamento
Varia de acordo com a extensão da lesão.
23.5 PNEUMOTÓRAX
Tipos
Pneumotóráx Simples (ar espaço pleural);
Pneumotórax Aberto ( ferimentos penetrantes produzem lesões abertas parede tórax);
Pneumotórax Hipertensivo (ar entra e não consegue sair de dentro do espaço pleural).
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Clínica/ Tratamento
A) Pneumotórax Simples:
Dor torácica;
Diminuição ou ausência de murmuros vesiculares lado afetado tórax.
B) Pneumotórax Aberto:
Dor;
Dispnéia;
Ruído ou borbilhamento na ausculta.
C) Pneumotórax Hipertensivo:
Ansiedade extrema;
Cianose;
Taquipnéia;
Diminuição ou ausencia murmuros lado afetado;
Distenção julgular;
Taquicardia, diminuição PA, enfisema subcutâneo.
23.6 HEMOTÓRAX
É o acúmulo de sangue na cavidade pleural, é um problema relativamente comum e, na
maioria dos casos, está relacionado a traumas torácicos.
Clínica/ Tratamento
Hipovolêmia,
Ausência de sons.
Tratamento Emergencial
Avaliação primária;
Analgesia;
Monitorização contínua;
Oxigenoterapia;
Fechamento de feridas;
Toracocentese;
51
Toracotomia;
Drenagem pleural.
Toracotomia
É uma intervenção que consiste na abertura da parede torácica para observar os órgãos
internos, obter amostras de tecido para a sua análise e para o tratamento das doenças dos
pulmões, do coração ou das artérias principais.
Toracocentese
Punção pleural ou punção torácica é realizada para determinar a causa do acúmulo de
líquido, ou para aliviar os sintomas associados ao acúmulo de líquido.
Drenagem Torácica
É uma técnica cirúrgica na qual se insere um dreno na cavidade pleural ou mediastínica, o
qual é conectado a um sistema de drenagem. Serve para drenar líquido ou ar do espaço pleural,
mediastínico e cavidade torácica.
24 TRAUMA ABDOMINAL
Anatomia
O abdome é a região do corpo onde é mais difícil fazer um diagnóstico correto de lesões
traumáticas que necessitem de correção cirúrgica.
Contém os principais órgãos do sistema digestivo, endócrino, urogenital e os principais
vasos do sistema circulatório.
Trauma abdominal
Desafio na avaliação inicial
Circulação: pesquisa de fontes ocultas de sangramento (trauma contuso).
Feridas penetrantes entre o mamilo e o períneo
Sempre investigar:
Mecanismo do trauma
Força de lesão
Localização
Estado hemodinâmico
Anamnese
Acidentes automobilísticos:
Velocidade do veículo
Tipo de colisão
Tipo de dispositivo de restrição
Assento ocupado pela vítima
Traumatismos penetrantes:
Momento que ocorreu a agressão
Tipo de arma
Distância entre vítima e agressor
Nº de golpes e sangue perdido na cena
Avaliação
Deve ser baseado no mecanismo do trauma e nos achados de exame físico.
Suspeitar de hemorragia interna quando: haver escoriações externas ou distenção
abdominal;
sinais e sintomas de choque hipovolêmico.
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Realizar: inspeção, palpação e ausculta.
Atenção
Avaliação de ferimentos penetrantes;
Exploração local de ferimentos arma branca;
Avaliação estabilidade pélvica;
Exame do pênis, períneo e reto;
Exame de vagina;
Exame região glútea.
Inspeção
O abdome deve ser exposto e examinado, deve-se proceder a inspeção tanto do abdome
anterior como do posterior, assim como períneo, procurando distensão, contusões (cinto de
segurança), abrasões, ferimentos penetrantes, eviscerações, empalamentos, sangramentos.
Palpação
Pode mostrar defeitos na parede abdominal ou provocar dor na área palpada.Deve-se
evitar a palpação em áreas evidentes de lesão pois podem aumentar a hemorragia.
Ausculta
Uzada para confirmar a presença ou ausência de ruidos hidroaéreos. A presença de
hemoperitônio ou de conteúdo gastrointestinal na cavidade pode produzir íleo paralítico.
Tipos de Trauma
24.1 TRAUMA ABERTO: É aquele no qual houve penetração do agente agressor na cavidade
peritoneal do paciente, e este agente exerce seus efeitos diretamente sobre as vísceras.
Tem solução de continuidade da pele , secundários a arma de fogo ou arma branca.
Sondagens
Sonda naso-gástrica: objetivo é aliviar uma possível dilatação do estômago, descomprimindo-
o antes do lavado peritonial.
Cuidado: Na presença de fraturas graves da face e sempre que haja suspeita de fratura
de base de crânio, a sonde gástrica deve ser introduzida pela boca para evitar que
atravesse a placa crivosa e penetre no crânio.
Cateterismo vesical
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Aliviar retenção de urina
Descomprimir bexiga
Avaliar perfusão tecidual
Exames Complementares
Coleta sangue e urina;
Exames radiológicos;
Exames específicos ( uretrografia, cistografia, urografia excretora, exames
gastrointestinais);
Ultra-som;
Tomografia.
Lavado Peritonial Diagnóstico (LPD);
Laparotomia.
Tratamento Emergencial
Reestabelecer as funções vitais;
Delinear o mecanismo do trauma;
Proceder exame clínico inicial meticuloso;
Exames de diagnóstico;
Encaminhar cirurgia.
25 EMERGÊNCIAS GASTROINTENSTINAIS
Dores localizadas no quadrante superior direito e logo abaixo das últimas costelas deste lado
relacionam-se, muitas vezes, ao fígado ou à vesícula biliar.
Dores do tipo cólica, que aumentam rapidamente de intensidade, seguidas de alívio progressivo
até que outro episódio ocorra, podem estar relacionadas a cálculos na vesícula ou nos canais
biliares.
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Dor moderada, mas duradoura, nesta mesma zona, associada à falta de vontade de comer,
náusea, icterícia, forte escurecimento da urina e branqueamento das fezes são, muitas vezes,
causadas por hepatites.
Pneumonias que atingem a parte inferior do pulmão direito podem ser responsáveis por dor
nessa região.
Dor em cólica, no meio da barriga, associada à diarréia, com ou sem vômitos, muitas vezes,
é causada por gastrenterites, sejam alimentares (intoxicações) ou infecciosas.
Episódios de dor abdominal, não bem localizada, intensa, num período seguinte e próximo às
refeições, particularmente em idosos ou pessoas com doença circulatória, podem ser causados
por deficiente irrigação sanguínea (isquemia) intestinal, necessitando de avaliação médica
urgente.
Dor localizada na porção inferior direita do abdome que piora com o tempo, tornando-se,
muitas vezes, intensa e associada à febre é característica da Apendicite Aguda.
Em mulheres, é necessário diferenciar essa dor daquela causada por doenças ginecológicas,
como gravidez ectópica ou torção de ovário direito.
A diverticulite freqüentemente com febre: dor na parte inferior esquerda do abdome, pois ali
passa o cólon sigmóide (porção do intestino grosso antes do reto), local onde há maior
ocorrência dos divertículos. Nessa mesma região, algumas pessoas com constipação (intestino
trancado ou preguiçoso), queixam-se de dor.
As doenças dos órgãos ginecológicos esquerdos também causam dor nesta região.
Dores na porção superior do abdome com irradiação para as costas, podem ser relacionadas
a pancreatites agudas. História de consumo freqüente ou excessivo de bebida alcoólica, de
cálculos na vesícula biliar ou de episódios dolorosos semelhantes, tornam essas hipóteses
diagnósticas bastante prováveis.
Na porção média e posterior do abdome, situam-se os rins. Dor na região lombar, em geral,
de um lado só, e que se irradia para frente, associada à ardência para urinar, sugere o
diagnóstico de cálculo das vias urinárias associada ou não à infecção urinária, que pode
alcançar o rim.
B) Venenos Aspirados: É a aspiração. Ex. gás de cozinha. Além dele, outros produtos
domésticos, vapores químicos, fumaças e gases industriais.
Os sintomas mais comuns são: tontura, dificuldade de respirar, dor de cabeça, palidez ou
cianose e até perda de consciência. Podem ocorrer também vômito e diarréia.
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C) Venenos Absorvidos pela Pele: Muitos venenos podem ser absorvidos pela pele, por isso a
necessidade de equipamentos de segurança quando trabalhar com agrotóxicos.
Lavagem gástrica: A lavagem gástrica é realizada através da inserção de uma sonda naso-
gástrica calibrosa e introdução de solução (soro fisiológico 0,9%) até retorno límpido. Pode-se
enviar o conteúdo gástrico para análise. É largamente utilizado a adsorção química, através do
carvão ativado que interrompe a circulação êntero-hepática das drogas e intensifica a
velocidade de difusão da substância química do corpo para o trato gastro-intestinal. Pode causar
uma redução da motilidade intestinal. Logo após utiliza-se um catártico osmótico (sulfato de
sódio, sorbitol) que minimiza a absorção acelerando a passagem do tóxico pelo organismo.
Manejo das obstruções: Reposição volêmica; Correção dos distúrbios eletrolíticos; Cateter
nasogástrico; Antibioticoterapia; Cirurgia para correção.
26 EMERGÊNCIAS UROLÓGICAS
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26.1CÓLICA RENAL: É uma das urgências urológicas mais freqüentes.A cólica renal é
resultado de obstrução aguda do ureter em qualquer de suas porções, desde a junção uretero-
piélica até o meato ureteral. A obstrução à drenagem ureteral causa imediata elevação da
pressão intraluminar da pelve, com consequente dilatação aguda e dor.
Sintomatologia: Dor lombar em cólica, muito intensa, com irradiação ântero-inferior que pode
atingir o hipogástrio ou os genitais. Estas características, podem variar de acordo com a posição
da obstrução, sendo mais comuns naquelas do terço proximal do ureter.
Quando a interrupção ao fluxo urinário ocorre no terço distal, a cólica pode iniciar-se na
fossa ilíaca ipsilateral e irradiar-se no sentido ântero-inferior e/ou póstero-superior, e provocar
sintomas irritativos vesicais como disúria, polaciúria e sensação de resíduo pós-miccional. Uma
característica marcante da cólica ureteral é a grande intensidade da dor e a falta de fatores de
melhora ou piora. Apesar de intermitente, os ciclos de dor não respeitam um padrão de
aparecimento, sendo geralmente inesperados, deixando os pacientes agitados e irritados.
Náuseas e vômitos. Num grande número de pacientes também podem ser observados sintomas
de descarga adrenérgica como palidez cutânea, sudorese e taquicardia.
Sintomatologia/Tratamento
Produz dor e desconforto.
O tratamento da retenção urinária depende da causa. Numa situação de urgência há necessidade
de se a sondagem vesical para esvaziar a bexiga e aliviar a dor.
27 ACIDENTES OFÍDICOSOS
Animais peçonhentos podem queimar, picar ou injetar veneno. São as cobras, lagartas,
águas-vivas, abelhas, aranhas e os escorpiões. CIT/SC à sua disposição:(0800-643-5252).
SERPENTES PEÇONHENTAS
Características:
Olhos: pequenos;
Parte superior do corpo recoberta escamas sem brilho (forma casca arroz);
Cabeça: arredondada;
Olhos: grandes;
CLASSIFICAÇÃO
Classificadas como:
Soroterapia
Não existe dose pediátrica no tratamento de um picado por cobra. O que deve ser
neutralizado é a quantidade de veneno inoculada, independentemente do peso ou da idade do
paciente.
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A soroterapia tem que ser especifica. Soro anticrotálico não especifica tem nenhuma
validade no acidente botrópico, e vive-versa. Quando se usa o soro antiofídico (mistura de
antibotrópico com anticrotálico) a dose tem que ser dupla ou tripla.
CONDUTAS IMEDIATAS
Diagnóstico Etiológico
Soroterapia Específica
ANTIBIÓTICOS NO ACIDENTE
Ampicilina (Binotal)
Cloranfenicol (Quemicetina)
Clidamicina (Dalacin)
2. Aminoglicosídeos:
Amicacina (Novamin)
Gentamicina (Garamicina )
28 EMERGÊNCIAS METABÓLICAS
CAUSAS
É mais comum em diabéticos insulinos dependentes;
Não ingestão de insulina, insulina insuficiente, resistência à insulina;
Infecções (urinária, respiratória, cutânea ou digestiva);
Manifestação inicial de diabetes não diagnosticada ou não tratada;
Stress fisiológico (gravidez, choque, lesão, cirurgia) pode tornar a insulina menos eficaz.
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SINAIS E SINTOMAS
Para livrar o organismo do excesso de glicose os rins excretam glicose juntamente com água
e eletrólitos, levando o paciente à desidratação decorrente da excessiva eliminação de urina -
poliúria;
Ocorre a degradação de gorduras em ácidos graxos que serão convertidos em corpos
cetônicos que sendo ácidos, levarão o paciente à acidose metabólica;
A cetose e a acidose levam a sintomas gastrintestinais como: anorexia, náuseas, dor
abdominal, vômitos e polidipsia;
Paciente pode apresentar hálito de acetona (um odor de fruta);
Pode ocorrer visão turva, fraqueza, cefaléia;
Alterações do nível de consciência: torpor, letargia e coma;
Hiperventilação com respirações profundas e não trabalhadas Respiração de Kussmaul.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
- Visa a correção dos três problemas principais: desidratação, perda de eletrólitos e acidose;
-Puncionar acesso venoso;
-Providenciar reidratação rápida com soro fisiológico 0,9%;
-Administrar medicação prescrita: insulina EV, reposição de potássio;
-Observar alterações em sinais vitais e nível de consciência.
28.2 HIPOGLICEMIA
É o nível de glicose sangüínea normalmente baixo, que ocorre quando a glicemia cai abaixo
de 50mg/dl.
CAUSAS
SINAIS E SINTOMAS
A hipoglicemia pode ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite. Em geral ocorre antes das
refeições, especialmente se as refeições forem retardadas ou os lanches omitidos.
HIPOGLlCEMIA BRANDA
Suor, tremor, taquicardia, nervosismo e fome.
HIPOGLlCEMIA MODERADA
A queda do nível de glicose priva as células do cérebro do combustível necessário para o seu
funcionamento. Os sinais podem incluir: incapacidade em se concentrar, dor de cabeça,
confusão, tontura, lapsos de memória, dormência da língua e dos lábios, fala confusa,
alterações emocionais, visão dupla e sonolência.
HIPOGLlCEMIA GRAVE
Comportamento desorientado, convulsões, perda da consciência e coma.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
29 EMERGÊNCIAS DE TEMPERATURAS
29.1 HIPOTERMIA: é uma emergência clínica e deve ser imediatamente tratada. Ocorre
quando a temperatura corporal cai abaixo de 35 graus centígrados, geralmente após exposição
ao frio, não necessariamente a temperaturas extremamente baixas. Se sua temperatura de corpo
é apenas alguns graus mais baixa do que esta, suas funções corporais retardam. Se sua
temperatura deixa cair demasiado baixo e permanece baixa para mais do que algumas horas, os
órgãos do corpo podem ser danificados e há um risco de morte.
30 QUEIMADURAS
Fisiopatologia: A lesão provocada pelo trauma térmico leva a alterações em todos os órgãos,
com extensão de duração das disfunções orgânicas proporcionais à extensão da lesão.
Alterações Pulmonares: Lesões no tórax podem levar a formação de escara constritiva, que,
associada ao edema, pode provocar insuficiência respiratória. Na 1o fase, devido à hipovolemia,
pode haver insuficiência respiratória aguda. Na 2a fase há aumento da FR decorrente do
aumento do metabolismo associado a uma leve hipóxia, principalmente na fase de absorção do
edema. A taquipnéia leva à alcalose respiratória, sendo este o principal distúrbio ácido-básico
do queimado. Lesões associadas de pulmão, com inalação de ar quente, pode levar a uma
hiperventilação mais acentuada.
Alterações Imunes: As alterações que ocorrem no sistema imune dos pacientes queimados,
associado à perda da pele como barreira protetora, se refletem no fato em que a maior causa de
óbito nesses pacientes é a infecção. Aproximadamente no 6o dia há esgotamento dos fatores
imunes, propiciando ao surgimento de sepse. As principais alterações são queda do número de
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linfócitos T, 48 horas após o trauma, com conseqüente diminuição da quimiotaxia, diapedese e
ativação de monócitos e liberação de substâncias imunossupressoras.
CAUSA
Exposição ao sol Exposição limitada Exposição
à líquidos, fogo ou prolongada ao
agentes químicos fogo, objetos
quentes ou
agentes
químicos.
Contato com alta
voltagem
9% = rosto
9% = tórax
9% = abdômen
9% = perna direita
9% = perna esquerda
9% = os 2 braços
1% = órgãos genitais.
55%=Sub-total
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Agora, de costas :
9% = costas
9% = abdômen
9% = perna direita
9% = perna esquerda
9% = os 2 braços
45%=Sub-total
55%(frente) + 45%(costas) = 100% da área do corpo.