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<"Classe do processo#Classe do processo=2@PROC"> n.

<"Número do
processo#Número do processo no segundo grau=1@PROC">, <"Foro de origem
com preposição#Foro de origem com preposição=67@PROC">
Relator: Des. <"Relator atual do processo sem tratamento#Relator atual do
processo sem tratamento=45@PROC">

PROCESSUAL CIVIL – LIMINAR EM AÇÃO CIVIL


PÚBLICA – CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE x
CÓDIGO FLORESTAL – EMPREENDIMENTO EM ÁREA
RURAL – FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA
DEMONSTRADOS
Diante da inexistência de ressalva expressa no Código
Florestal quanto à possibilidade de limitação da área de
preservação permanente por ele definida em área rural e
diante da necessidade de se compatibilizar duas normas
aplicáveis ao mesmo caso concreto, há de se empregar, pelo
menos na fase processual de cognição sumária, a que
melhor resguarde o meio ambiente.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de <"Classe do


processo#Classe do processo=2@PROC"> n. <"Número do processo#Número
do processo no segundo grau=1@PROC">, da Comarca <"Foro de origem com
preposição#Foro de origem com preposição=67@PROC"> (<"Vara de
origem#Vara de origem=5@PROC">), em que é <"Participação da principal parte
ativa#Participação da principal parte ativa=22@ATPT"> a <"Partes
Ativas#Apresenta a principal parte ativa seguida da expressão 'e outro' ou 'e
outros' se necessário=47@SIST">, e <"Participação da principal parte
passiva#Participação da principal parte passiva=24@PAPT"> o <"Partes
Passivas#Apresenta a principal parte passiva seguida da expressão 'e outro' ou
'e outros' se necessário=48@SIST">:

ACORDAM, em <"Órgão julgador atual do processo#Órgão julgador


atual do processo=9@PROC">, por votação unânime, negar provimento ao
recurso e manter o efeito suspensivo da liminar com relação à empresa Fraga
Neves Produtos de Limpeza Ltda. ME. Custas na forma da lei.

RELATÓRIO
A Fundação do Meio Ambiente – Fatma opôs agravo de instrumento
contra decisão proferida pela Vara Única da Comarca de Armazém que nos autos
da Ação Civil Pública n. 159.09.002014-3 concedeu "em parte a liminar postulada
e suspendeu a eficácia da Licença Ambiental de Operação concedida à empresa
Fraga Neves Produtos de Limpeza Ltda. ME. Determinou, ainda, que novo
licenciamento, eventualmente solicitado pela empresa, se desse em atenção ao
disposto na Lei 4.771/69 (Código Florestal), sob pena de incidência de multa no
valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais)" (fl. 148).
Discorreu a agravante:
"Encontra-se equivocada a fundamentação do juízo a quo, primeiro
porque os incisos I e III do art. 114 do Código Ambiental Catarinense (Lei
Estadual 14.675/2009) não contrariam o Código Florestal; segundo, porquanto o
Código Florestal é totalmente omisso quanto às situações de intervenção já
consolidadas.
"O Código Ambiental, ao tratar a Área de Preservação Permanente nos
dispositivos acima, estabelece no § 1º do art. 114, que a disposição prevista no
inciso I, não se aplica à supressão de vegetação. Nesse caso deve ser
observado o Código Florestal e demais leis ambientais. Assim, a Lei Estadual
não invadiu competência da lei federal, simplesmente tratou de situação ainda
não definida: área onde já ocorreu a intervenção, que já se encontra
consolidada.
"O mesmo equívoco observa-se nos incisos IV e VI do art. 114, visto que
os dispositivos ali não colidem com a legislação federal, estando perfeitamente
em vigor o Código Florestal, conforme claramente estabelece o art. 1º do
Código Ambiental (Lei Estadual 14.675/2009)" (fl. 8).

O efeito suspensivo almejado foi deferido às fls. 164 a 168.


O agravado, em contraminuta, afirmou que "a demanda combatida
pela agravante não apresenta, como pedido, a inconstitucionalidade do art. 114
do Código do Meio Ambiente de Santa Catarina, mas tão somente faz menção à
sua inconstitucionalidade como causa de pedir, o que é perfeitamente cabível" (fl.
176).
Arguiu que o pleito de suspensão da ação até o julgamento da Ação
Direta de Inconstitucionalidade ajuizada no Supremo Tribunal Federal seria
procrastinatório, uma vez que a inconstitucionalidade do Código Ambiental
Catarinense foi apresentada somente como causa de pedir (fl. 176).
Gabinete Des. <"Relator atual do processo sem tratamento#Relator atual do processo sem
tratamento=45@PROC">
Sustentou que até a prolação da decisão pelo Supremo Tribunal
Federal poderão ser emitidas diversas licenças ambientais e destruídas áreas
consideradas de preservação permanente de acordo com o Código Florestal,
assim como poderá ser autorizado o funcionamento de empreendimentos
construídos nesses locais. Ponderou a possibilidade de pedidos indenizatórios
caso a Adin seja julgada procedente e os investidores compelidos a retirar os
seus empreendimentos e recuperar as áreas que degradaram, uma vez que o
fizeram com a chancela e o incentivo do Estado. Além de indenização devidas à
coletividade em razão da dizimação de áreas a serem preservadas (fl. 177).
Referiu que "aplicando-se os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, bem como da precaução e da prevenção, para evitar-se um mal
maior, é necessário que a ação civil pública tenha continuidade, eis que o meio
ambiente, direito difuso da humanidade, é bem maior que deve ser colocado em
primeiro plano" (fl. 177).
Quanto ao mérito, defendeu que "a Lei Estadual n. 14.675/2009 não
poderia estabelecer exceções à aplicação do Código Florestal, ainda que
atinentes às áreas de preservação permanente com intervenção humana e,
como tal, degradadas. Não se trata de mera supressão de lacuna, mas sim
modificação substancial do estabelecido pela norma federal. [...] Eventuais
exceções à aplicação do Código Florestal no que tange às áreas de preservação
permanente só poderiam ser estabelecidas no próprio Código Florestal ou em
outra norma editada pela União, sob pena de invasão, pelo Estado, de sua
competência suplementar. Ou seja, em suma, a norma federal é o padrão
mínimo a ser seguido. O Estado, caso entendesse conveniente, poderia editar
norma que alargasse a área considerada de preservação permanente. Não
poderia, jamais, fazer o contrário, ou seja, diminuir essa área ou fazer
concessões que, obviamente, chancelam o dano ambiental" (fls. 179 e 180).
Requereu, ao final, o desprovimento do recurso.
A douta Procuradoria-Geral de Justiça, em parecer da lavra do
Gabinete Des. <"Relator atual do processo sem tratamento#Relator atual do processo sem
tratamento=45@PROC">
Doutor Paulo Cezar Ramos de Oliveira, opinou pelo conhecimento e
desprovimento do agravo, mantendo-se a decisão do juízo a quo por seu
judiciosos fundamentos.

VOTO

1 Trata-se de verificar a correção ou não da decisão interlocutória


que concedeu em parte a liminar postulada.
A demanda principal refere-se à ação civil pública ajuizada contra o
Estado de Santa Catarina e a Fundação do Meio Ambiente – Fatma com a
finalidade de: (a) determinar a obrigação dos réus de não conceder licença
ambiental à empresa Fraga Produtos de Limpeza Ltda. ME e aos demais
empreendimentos de outras empresas ou trabalhadores autônomos na área de
abrangência da Coordenadoria da Fatma de Tubarão, com fundamento no art.
114 do Código do Meio Ambiente de Santa Catarina (Lei n. 14.675/2009); (b)
determinar que os réus apliquem o art. 2º da Lei n. 4.771/69 (Código Florestal) no
procedimento de concessão de licença ambiental à Empresa Fraga Neves
Produtos de Limpeza Ltda. ME e aos demais empreendimentos de outras
empresas ou trabalhadores autônomos na área de abrangência da
Coordenadoria da Fatma de Tubarão (fl. 25).
A decisão impugnada concedeu em parte da liminar postulada para
suspender a eficácia da Licença Ambiental de Operação concedida à empresa
Fraga Neves Produtos de Limpeza Ltda. ME. Determinou também que novo
licenciamento fosse dado com base na Lei n. 4.771/69 (Código Florestal), sob
pena de incidência de multa no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Da cópia do processo administrativo de licença ambiental consta o
Ofício n. 3013/2008 da Fatma, que faz referência ao fato de a empresa Fraga
Neves estar localizada em área rural (fl. 36). No mesmo sentido, o Estudo
Ambiental Simplificado (fl. 86). Das informações prestadas pela interessada às
fls. 44 a 46 extrai-se:

Gabinete Des. <"Relator atual do processo sem tratamento#Relator atual do processo sem
tratamento=45@PROC">
"Recursos hídricos: Bacia do Rio Capivari. Microbacia Hidrográfica de São
Roque. Cobertura vegetal: Floresta Tropical Atlântica (Mata Atlântica). A
vegetação que ocorria na área era a floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica).
"[...]
"Descrição preliminar da atividade e dos sistemas de controle ambiental:
"O empreendimento consiste na Produção de Comercialização de
Produtos Saneantes Domissanitários.
"[...] Todo o efluente gerado no processo de fabricação de saneantes
domissanitários e na lavação dos equipamentos passará por uma fossa séptica,
um filtro anaeróbio e um sumidouro.
"Todos os resíduos gerados no processo, tais como tambores plásticos,
sacos plásticos utilizados nas dependências da empresa serão separados em
um sistema de coleta seletiva e posteriormente encaminhados a empresas
credenciadas para realizar a devida reciclagem".

Na Declaração n. 006/08 emitida pela Prefeitura Municipal de São


Martinho consta que a firma está localizada à jusante do ponto de captação de
água para o abastecimento da rede pública (fl. 56).
No Estudo Ambiental Simplificado está registrado também "que o
empreendimento já foi implantado e só está aguardando a autorização de
funcionamento para iniciar as atividades" (fl. 88).
A Fatma informou, por meio do Ofício n. 1.101/2009, que "após
vistoria no local e juntamente com a verificação em imagens de satélite
constataram que a empresa encontra-se em Área de Preservação Permanente –
APP prevista no Código Florestal" (fl. 135).
A empresa Fraga Neves requereu administrativamente, passado
algum tempo, a reavaliação da decisão com base no Novo Código Estadual do
Meio Ambiente – Lei n. 14.675/2009 (fl. 142).
A Fatma, então, respaldada na nova norma, concedeu a Licença
Ambiental de Operação n. 182/2009, a qual foi suspendida pela liminar ora
impugnada.
Ao deferir o efeito suspensivo almejado no presente recurso, expôs
o Desembargador Domingos Paludo:
"Neste tema, exige-se uma análise criteriosa de algumas questões,
como: a atividade empresarial que se quer desenvolver poderá gerar

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risco ambiental irreversível?; se há potencialidade de danos ambientais
com o desenvolvimento da atividade, existem meios científicos para
mitigar os riscos?; qual a gravidade do impacto ambiental que o uso do
espaço para o empreendimento gerará?; o empreendimento logrará
atingir a função social da propriedade privada, cuidando para não deixar
que resíduos tóxicos gerem danos ambientais, gerando empregos e
renda tributável?; a comunidade local é carente de empreendimentos que
integrem os moradores ao desenvolvimento?
"Estas e muitas outras questões - ainda mais se o for divisável a
deformidade ética que geralmente traveste de indagação ambiental
indeclinável pretensão, fulcrada no mais grosseiro egoísmo, ou na mais
vergonhosa arrogância - , devem ser resolvidas para a correta fixação
das balizas para o desenvolvimento de atividades empresariais de
qualquer ordem - e no caso não há demonstração dos danos que a
atividade poderá causar, a não ser a consolidação do estabelecimento
em área de APP já degradada.
"[...]
"Nesta seara não há mais espaço para dualismos ideológicos:
devemos caminhar rumo à equidade social. E para tanto mister será a
relativização da equação: sustentabilidade x desenvolvimento econômico.
A resposta a ela, no entanto, só o tempo dará.
"Feita tal consideração, apenas como forma de reflexão, passo a
analisar o pedido de efeito suspensivo.
"Não há como se reconhecer de imediato a inconstitucionalidade do
Código Ambiental Catarinense quando tal normativo está com ADIN
pendente de julgamento perante o STF, vertendo exatamente sobre a
constitucionalidade dos dispositivos analisados pelo órgão judicial
originário.
"Sendo assim, até o pronunciamento do STF, há que se considerar
com plena eficácia a Lei 14.675/09, porquanto dispõe o art. 265, IV, "a",
do CPC que: será suspenso o processo que a sentença de mérito
depender " [...] do julgamento de outra causa, ou da declaração da
existência ou inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto
principal de outro processo pendente ".
"[...] Como se percebe, havendo ADIN discutindo a
constitucionalidade do Código Ambiental Catarinense no STF, outra
solução não resta que a suspensão da ação originária" (fls. 165 a 168).

2 É sabido que em sede de agravo de instrumento só se discute o


acerto ou desacerto do ato judicial hostilizado.
Dessa forma, somente é possível a análise acerca da presença dos
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requisitos que autorizam a concessão ou negativa da liminar pleiteada em ação
civil pública.
Conforme lição de Hely Lopes Meirelles, “para a concessão da
liminar devem concorrer os dois requisitos legais, ou seja, a relevância dos
motivos em que se assenta o pedido inicial, e a possibilidade da ocorrência de
lesão irreparável ao direito do impetrante, se vier a ser conhecido na decisão de
mérito” (Mandado de segurança. 29 ed. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 81). Sem
a coexistência desses dois requisitos deve ser denegada a liminar (RTJ 112/140),
salvo situações excepcionais.
É entendimento desta Corte que em área urbana não se aplicam as
distâncias mínimas definidas pelo Código Florestal entre construções e margens
de rios, córregos e canais, mas sim as definidas pela Lei do Parcelamento do
Solo Urbano. Nesse sentido: AC n. 2008.013065-1, Des. Newton Janke; ACMS n.
2008.058286-7, Des. Cid Goulart; AC n. 2009.028857-7, Des. Ricardo Roesler;
ACMS n. 2008.030549-2, Des. Pedro Manoel Abreu.
A construção ora analisada, porém, não está localizada em área
urbana, o que torna inviável a aplicação da Lei do Parcelamento do Solo Urbano
no presente caso.
A norma que define as áreas de preservação permanente na zona
rural é o Código Florestal, com base no qual a Licença Ambiental de Operação
da empresa foi negada.
A Fatma, contudo, sustenta que a área sobre a qual a empresa se
instalou não é de preservação permanente com fundamento no Código Estadual
do Meio Ambiente.
Seguem as respectivas previsões legais para análise:
Código Florestal
"Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta
Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
"a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais
alto em faixa marginal cuja largura mínima será:
"[...]
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"2 - de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10
(dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
"[...]
"Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as
compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas
regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido,
obervar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo,
respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo" (grifou-se).

Código Estadual do Meio Ambiente


"Art. 114 São consideradas áreas de preservação permanente, pelo
simples efeito desta Lei, as florestas e demais formas de cobertura vegetal
situadas:
"I Ao longo dos rios ou de qualquer curso de água desde seu nível mais
alto em faixa marginal cuja largura mínima seja:
"a) para propriedades com até 50 ha
"[...]
"3 10 metros acrescidos de 50% (cinquenta por cento) da medida
excedente a 10 metros, para cursos de água que tenham largura superior a 10
metros
"[...]
"§ 1º Os parâmetros fixados no inciso I deste artigo não autorizam a
supressão de vegetação, submetendo-se as florestas e demais formas de
vegetação já existentes nestes locais ao disposto nas demais normas jurídicas
relativas ao meio ambiente.
"§ 2º As medidas das faixas de proteção a que se refere o inciso I deste
artigo poderão ser modificadas em situações específicas, desde que estudos
técnicos elaborados pela EPAGRI justifiquem a adoção de novos parâmetros"
(grifou-se).

Em seu art. 1º o Código Estadual do Meio Ambiente prevê que "esta


lei, ressalvada a competência da União e dos Municípios, estabelece normas
aplicáveis ao Estado de Santa Catarina, visando à proteção e à melhoria da
qualidade ambiental em seu território".
Há de se concluir, portanto, que a norma regional não tem o intuito
de confrontar a previsão federal, mas sim complementá-la em prol da
preservação do meio ambiente.
Cotejando as leis, verifica-se que o Código Florestal define uma
área maior de preservação permanente ao longo de rios e cursos de água, tanto

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que sob a sua égide a Licença Ambiental de Operação não foi concedida à
empresa.
Assim, diante da inexistência de ressalva na norma federal quanto à
possibilidade de redução da área de preservação permanente por ela definida em
zona rural, não há razão para cassar a liminar proferida pelo Magistrado a quo.
À vista disso, até o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal
na Adi n. 4253-0 ou a análise exauriente do pleito principal, é temerário o
indeferimento do pedido liminar.
Verifica-se, também, como bem enfatizou o agravado, o periculum
in mora, pois em razão da vigência da norma estadual, é possível que sejam
concedidas licenças ambientais para exploração de áreas que deveriam ser
preservadas.
Demonstrados, portanto, os requisitos necessários para a
concessão da medida de urgência.

3 Há de se ressalvar, contudo, os efeitos da decisão liminar com


relação à empresa Fraga Neves Produtos de Limpeza Ltda. ME, em razão da
concessão do efeito suspensivo pleiteado em sede de agravo de instrumento.
Considerando a informação de que a empresa estava aguardando
somente o aval da Fatma para iniciar suas atividades, é provável que com a
emissão da Licença Ambiental de Operação e a suspensão da liminar que a
invalidava ela esteja em pleno funcionamento. Dessa forma, não é razoável que
no transcorrer do processo a fábrica seja compelida a suspender novamente
suas atividades, gerando prejuízos e transtornos aos seus negócios,
principalmente se ponderar a possibilidade de a decisão definitiva não confirmar
a liminar.
Para evitar insegurança jurídica e atentando ao fato de ela já ter
paralisado e reativado suas operações no transcorrer do procedimento judicial, a
medida de urgência há de ser mantida suspensa somente com relação à referida
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empresa.

4 Ante o exposto, nego provimento ao recurso, mantendo, contudo,


o efeito suspensivo da decisão atacada com relação à empresa Fraga Neves
Produtos de Limpeza Ltda. ME.

DECISÃO

Nos termos do voto do relator, por votação unânime, negaram


provimento ao recurso e mantiveram o efeito suspensivo da liminar com relação à
empresa Fraga Neves Produtos de Limpeza Ltda. ME.
O julgamento, realizado no dia <"Data da sessão com mês por
extenso#Data da sessão com mês por extenso=804@SIST">, foi presidido pelo
Excelentíssimo Senhor Desembargador <"Presidente do órgão julgador sem
tratamento#Presidente do órgão julgador atual do processo sem
tratamento=76@PROC">, com voto, e dele participaram os Excelentíssimos
Senhores <"Composição de julgamento do processo#Composição do julgamento
do processo na sessão de julgamento=806@SIST">.
Pela douta Procuradoria-Geral de Justiça lavrou parecer o
Excelentíssimo Senhor Doutor <"Procurador#Procurador que ofereceu parecer
quando o processo foi à PGJ=12@PROC">.
Florianópolis, 9 de dezembro de 2010.

<"Relator atual do processo sem tratamento#Relator atual do processo sem


tratamento=45@PROC">
<"GÊNERO DO RELATOR ATUAL #DESIGNIÇÃO DO RELATOR ATUAL DO
PROCESSO CONSIDERANDO SEU GÊNERO=70@PROC">

Gabinete Des. <"Relator atual do processo sem tratamento#Relator atual do processo sem
tratamento=45@PROC">

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