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Departamento de Química
Na agricultura, a química analítica é usada para determinar a composição química do solo. Esta informação
permite: (1) escolher o tipo de plantas ou culturas adequadas às propriedades de um determinado solo; (2)
aplicar medidas correctivas para o cultivo de um determinado tipo de culturas; (3) determinar a quantidade
de fertilizantes necessários para garantir a produtividade de culturas; entre outras aplicações. A química
analítica é também usada para determinar o valor nutritivo das culturas. Na medicina, muitos diagnósticos
de doenças são baseados em análises clinicas usando procedimentos da química analítica. Tal é o caso,
por exemplo, do diagnóstico da diabetes que é baseada na determinação do nível do açúcar no sangue dos
pacientes.
3. ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
Em química analítica, para além da identificação das substâncias, o analista quase que sempre deseja saber
a quantidade das mesmas. Por exemplo, (i) em toxicologista, a determinação da quantidade das substâncias
é muito mais importante que a sua mera identificação porque a intoxicação dos organismos depende da
concentração das substâncias e não da sua mera existência no organismo; (ii) o preço dos minérios depende
das quantidades relativas dos componentes de interesse; (iii) o efeito curativo ou colateral dos fármacos
depende da concentração dos seus componentes activos; etc.
Na análise gravimétrica, o analista determina a massa das substâncias. Nesta técnica, distinguem-se a
gravimetria por precipitação em que se efectua a determinação da massa de um precipitado e a
electrogravimetria em que se determina a massa de uma substância acumulada na superfície de um
eléctrodo. Inclui-se ainda na gravimetria a determinação da humidade de materiais e da massa de certos
A partir da equação da reacção química (1) observa-se que o precipitado é formado na presença de iões
Na+ e NO3- (o NaNO3 encontra-se totalmente dissociado devido a sua elevada solubilidade em solução
aquosa). Neste exemplo em particular, o AgCl(s) forma-se na presença de iões nitrato e sódio apenas porque
a reacção química foi realizada na água destilada. Todavia, é frequente determinar-se o analito em matrizes
mais complexas. Tal aconteceria ao se determinar a concentração do ião cloreto na água do poço, água do
rio, água da lagoa ou água do mar. Nestes casos, o precipitado AgCl(s) formar-se-ia na presença de vários
iões presentes nas águas do poço, rio, lagoa ou mar. É por isso que é necessário efectuar a purificação dos
precipitados para eliminar ao máximo possível as impurezas.
As impurezas são geralmente substâncias solúveis nas condições da reação de precipitação do analito de
interesse. Existem por isso, várias formas de contaminação dos precipitados que incluem: (i) adsorção
superficial, (ii) pós-precipitação, (iii) inclusão e (iv) oclusão. Este processo de contaminação do
precipitado por substâncias solúveis nas condições da reacção de precipitação designa-se por
coprecipitação.
A adsorção superficial ocorre quando iões da solução são adsorvidos na superfície do precipitado. Este
tipo de contaminação afecta mais precipitados com tamanhos muito pequenos tal como é o caso de
precipitados coloidais principalmente quando as impurezas não são removidas durante o processo de
lavagem.
A pós-precipitação tal como o nome indica, ocorre depois de todo o analito ter reagido com o agente
precipitante. Nestes casos, outros iões solúveis presentes no líquido mãe reagem com o excesso do agente
A inclusão consiste na substituição dos iões da estrutura cristalina do precipitado por iões solúveis nas
condições da reação de precipitação. Nestes casos, iões estranhos presentes na solução durante a reacção
de precipitação que tenham raios iónicos ou cargas eléctricas semelhantes aos iões da rede cristalina do
precipitado podem substitui-los durante a formação de precipitados.
A oclusão ocorre quando o precipitado é formado de forma rápida criando espaços no seu interior que são
preenchidos pelo líquido mãe. Durante a secagem, a água ocluida evapora deixando no precipitado iões
estranhos.
1. Faz-se reagir o analito de interesse com um agente precipitante adequado para formar uma substância
insolúvel de composição química conhecida;
2. O precipitado formado é lavado, filtrado e calcinado;
3. Determina-se a percentagem do analito na amostra através da relação entre a composição química do
precipitado formado após a calcinação, a massa do precipitado pesada e a massa da amostra.
A segunda etapa na formação de precipitados é o crescimento dos núcleos (crescimento cristalino). Nesta
etapa, à medida que se adiciona a solução do agente precipitante na solução do analito de interesse, iões
do analito e do agente precipitante acumulam-se nas paredes dos núcleos ocasionando o seu crescimento
3.1.3 Condições necessárias para efectuar a análise gravimétrica o É necessário que a reacção entre
Aplicando a lei de le Châtelier na equação da reação química (2), observa-se que a solubilidade de cloreto
de prata reduz na presença de excesso de iões prata ou cloreto na solução. Portanto, de um modo geral, a
solubilidade de um precipitado é menor numa solução que contenha um ou mais iões em comum.
Por exemplo:
# Substância Substância Elemento de Factor gravimétrico
pretendida pesada interesse
𝑀𝑟(𝐹𝑒2𝑂3) 1