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LIMITES DE TRANSFERÊNCIA DE

ENERGIA ENTRE REGIÕES E


GERAÇÃO TÉRMICA POR
RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA
O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A
DEZEMBRO DE 2024

Operador Nacional do Sistema Elétrico


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ONS DPL-REL - 0067/2020

LIMITES DE TRANSFERÊNCIA
DE ENERGIA ENTRE REGIÕES E
GERAÇÃO TÉRMICA POR
RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA
O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A
DEZEMBRO DE 2024

Março 2020
Sumário

1 Introdução e Objetivos 5

2 Conclusões 6

2.1 Limites de intercâmbio entre as regiões 6

2.1.1 Entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste 6

2.1.2 Entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste 6

3 Significado e definição dos limites de intercâmbio entre submercados 9

3.1 Principais fluxos representativos para a análise de


desempenho das Interligações 10

4 Identificação dos pontos de fronteira entre submercados no período


2020 – 2024 15

5 Limites de Intercâmbio e Fatores Limitantes 18

5.1 Interligação Sul – Sudeste 18

5.1.1 Configurações e Limites de Intercâmbio 19

5.1.2 Fatores Limitantes 22

5.2 Interligações Norte – Nordeste, Norte – Sul e Sudeste –


Nordeste. 24

5.2.1 Configurações e Limites de Intercâmbio 24

5.2.2 Fatores Limitantes: 27

5.3 Interligação Xingu-Manaus-Macapá 29

6 Diagrama com resumo da evolução dos Limites de Intercâmbios Inter-


Regionais 30

7 Geração Térmica Necessária devido a Razões Elétricas nas Usinas do


SIN – horizonte de maio/2020 a dezembro/2024 32

7.1 UTE Candiota III 33

7.2 UTE Jorge Lacerda 34

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7.3 UTE Termorio (ex Governador Leonel Brizola) 37

7.4 UTE Seropédica (ex Barbosa Lima Sobrinho) 39

7.5 UTE Luiz Oscar Rodrigues de Melo (Linhares) 40

7.6 UTEs de Manaus 41

Lista de figuras e tabelas 46

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1 Introdução e Objetivos

Este Relatório, que abrange o período de maio de 2020 a dezembro de 2024, tem
por objetivo subsidiar o Planejamento da Operação Energética quanto às
informações referentes aos limites de transferência de energia entre as regiões que
integram o SIN e às usinas térmicas que necessitam ser despachadas para
eliminar restrições elétricas. As informações apresentadas deverão ser
consideradas nos processos de Planejamento da Operação do ONS.

Os limites foram definidos em consonância com os critérios de segurança


estabelecidos nos Procedimentos de Rede.

Ressalte-se que os valores de limites de transmissão indicados nos estudos


elétricos representam as máximas transferências de energia entre regiões,
determinadas para diferentes cenários de geração e patamares de carga para os
quais são identificadas as instalações que impõem restrições aos intercâmbios e,
quando necessário, recomendadas ações para sua mitigação ou eliminação. Para
os estudos energéticos os limites elétricos são tomados como referência, sendo
ajustados às condições típicas de despacho de geração e valor médio das cargas
por patamar.

Ao longo do documento, são apresentados os limites de transferência entre


regiões, por patamar de carga, bem como os fatores limitantes associados, levando
em conta a expansão da rede básica e do parque gerador, ao longo do período
considerado.

Este Relatório tem por base os resultados dos seguintes relatórios:

• Plano Elétrico de Médio Prazo do SIN – PAR/PEL 2020/2024 – Volume II –


Evolução dos Limites de Transmissão nas Interligações Inter-regionais.

• Relatório de Diretrizes para Operação Elétrica com Horizonte Quadrimestral


maio a agosto de 2020.

Este Relatório têm o objetivo de apresentar a capacidade de transferência entre as


regiões. Para obter-se o limite da capacidade de intercâmbio, a carga e/ou a
geração das regiões envolvidas podem ser alteradas, de modo que seja possível
estressar a malha de transmissão até que se obtenha um fator limitante elétrico, o
que caracterizará o intercâmbio máximo. Cabe ressaltar que o ONS considera, nas
simulações do PEN e PMO, o mês subsequente à data prevista para entrada em
operação definida nas reuniões do DMSE, exceto quando for dia 1º, onde
considera-se o mesmo mês na simulação. Portanto, este documento adota a
mesma premissa.

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2 Conclusões

2.1 Limites de intercâmbio entre as regiões

Todos os limites são definidos de forma que o sistema suporte dinamicamente


todas as contingências simples, além das contingências duplas, em consonância
com os critérios de segurança estabelecidos nos Procedimentos de Rede.

A seguir destacamos as principais conclusões acerca dos limites de transferência


de energia entre as regiões no período de maio de 2020 a dezembro de 2024.

2.1.1 Entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste

Esta interligação recebeu a LT 500 kV Itatiba-Bateias em março de 2020, portanto


presente desde o início do horizonte deste relatório, e receberá o circuito duplo em
500 kV Foz do Iguaçu-Guaíra-Sarandi-Londrina em março de 2022.

Para definição deste limite, são considerados despachos hidráulicos e térmicos


elevados nas usinas da região Sul, podendo atingir 100% de suas capacidades
nominais. Para fins de informação para as análises energéticas, esse cenário
considera despacho de geração de 6.300 MW (9 máquinas) na usina de Itaipu
60 Hz, nas cargas pesada, média e leve.

A Figura 2-1 mostra a representação energética considerando a UHE Itaipu


separada e com a representação do nó de Ivaiporã. A Figura 2-2 considera apenas
os Subsistemas.

2.1.2 Entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste

As interligações Norte-Sudeste, Norte-Nordeste e Sudeste-Nordeste serão


ampliadas no horizonte deste Relatório.

O grande destaque para estas interligações é o reforço de seis circuitos em 5 00 kV


na interligação Sudeste-Nordeste, conectando o sul da Bahia ao norte de Minas.
Este reforço começa a entrar em operação em 2020 com a entrada das LT 500 kV
Poções-Padre Paraíso C1 e Rio das Éguas-Arinos respectivamente em julho e
setembro. Em março de 2021, entram em operação o circuito 2 da LT 500 kV
Poções - Padre Paraíso e a LT Igaporã-Janaúba C1 e C2, totalizando cinco
circuitos adicionais. Em março de 2022, está prevista a entrada em operação da LT
500 kV Bom Jesus da Lapa – Janaúba - Pirapora 2. Além dos seis circuitos de
interligação, está previsto um conjunto de linhas que reforçam as regiões Nordeste
e Sudeste que traz um ganho significativo no RNE.

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A interligação Norte-Nordeste recebe o reforço da LT 500 kV Miracema-Gilbués C3
em julho de 2022.

A interligação Norte-Sudeste tem um reforço com a troca dos BCS dos circuitos
entre Samambaia e Miracema.

Desde a entrada em operação da UHE Belo Monte conectada à SE Xingu, a


representação energética pode ser feita com a usina separada e conectada a um
novo nó de Xingu onde os Bipolos estabelecem uma ligação direta entre o nó de
Xingu e a região Sudeste em um caminho paralelo aos três circuitos em 500 kV da
atual Norte-Sul, conforme Figura 2-1.

Na representação energética considerando a usina de Itaipu na região Sudeste e a


UHE Belo Monte na região Norte, o ganho dos Bipolos Xingu-Sudeste passa a ser
representado por uma ligação direta entre os Subsistemas Norte e Sudeste/Centro-
Oeste com uma restrição de soma no intercâmbio total N→SE, conforme
destacado em vermelho na Figura 2-2, uma restrição da exportação total da região
Norte em lilás e uma restrição Sudeste → Norte + RNE em laranja.

Figura 2-1: Configuração Final dos Subsistemas e Linhas de Interligação com as Grandes
Usinas Separadas – 2024

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Figura 2-2: Configuração Final Considerando apenas os Subsistemas – 2024

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3 Significado e definição dos limites de intercâmbio entre
submercados

As interligações entre submercados são formadas por um conjunto de linhas e/ou


transformadores operando em paralelo e conectando as subestações de fronteira
dos dois submercados. Em alguns casos, estas linhas se estendem em série pelos
dois submercados, formando longos troncos de transmissão, que podem impactar
de forma significativa o limite da interligação em questão.

Dessa forma, os limites de intercâmbio entre submercados se constituem em


informações importantes para os programas de otimização energética, que são
responsáveis pelo cálculo do CMO/PLD. Esses valores limites representam o
máximo de energia que cada submercado pode exportar ou importar, com a
segurança e a qualidade preconizadas pelos Procedimentos de Rede, para prover
o atendimento ao mercado de acordo com os recursos de geração disponíveis.

Os limites são definidos buscando-se o valor de máxima transferência de potência


entre os submercados, por meio da elevação da geração no submercado
exportador e redução no importador, e verificando-se o desempenho do sistema
quando submetido a contingências simples ou duplas, conforme caracterizado nos
Procedimentos de Rede, de quaisquer instalações do SIN e em qualquer ponto do
sistema de transmissão.

Outro critério de confiabilidade de operação específico de caráter definitivo,


estrutural e distinto do padrão definido nos Procedimentos de Rede do Operador
Nacional do Sistema Elétrico poderá ser adotado pela operação e assim será
considerado no cálculo dos limites.

O desempenho é avaliado pelo atendimento ou não aos critérios de segurança e


qualidade definidos nos Procedimentos de Rede (níveis de tensão, carregamento
dos circuitos, perda de estabilidade etc.). Em caso de serem observadas violações,
os valores de transferência de potência entre os submercados devem ser
reduzidos até que os critérios sejam atendidos. Esse ponto de operação
caracteriza o limite de intercâmbio entre os submercados em análise.

Destaca-se que tanto as contingências limitantes como as instalações nas quais


são observadas violações podem ou não estar diretamente associadas às
instalações na fronteira dos submercados.

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3.1 Principais fluxos representativos para a análise de desempenho das
Interligações

Como já foi mencionado, para a definição dos limites entre as regiões é necessária
a análise das redes internas, bem como despachos de usinas que impactem
diretamente o fluxo nas interligações.

A Tabela 3-1 apresenta as definições das grandezas que melhor caracterizam o


desempenho das interligações. Ressalta-se que os pontos de medição das LTs
estão nas barras marcadas com (*).

Tabela 3-1: Descrição dos Fluxos e Intercâmbios Considerados

Intercâmbios Descrição

Somatório do fluxo de potência ativa nos 3 circuitos da LT 765 kV Ivaiporã (*) –


FSE
Itaberá, com valor positivo para o fluxo no sentido da SE Ivaiporã para a SE Itaberá.

Somatório do fluxo de potência ativa nos 2 circuitos da LT 500 kV Ibiúna (*) –


Fba-in
Bateias, com valor positivo para o fluxo no sentido da SE Bateias para a SE Ibiúna.
Somatório do fluxo de potência ativa nos 2 circuitos da LT 500 kV Ibiúna (*) –
Fin-ba
Bateias, com valor positivo para o fluxo no sentido da SE Ibiúna para a SE Bateias.
Fluxo de potência ativa na LT 525 kV Itatiba (*) – Bateias, com valor positivo no
FTTB-BTA
sentido da SE Itatiba para a SE Bateias.
Somatório do fluxo de potência ativa nos 2 circuitos da LT 500 kV Bateias (*) – Ibiúna
FBTA e da LT 500 kV Itatiba - Bateias, com valor positivo no sentido da SE Bateias para as
SE Ibiúna e Itatiba.
Somatório do fluxo de potência ativa nos 2 circuitos da LT 525 kV Londrina – Assis
FLOAS525
(*), com valor positivo para o fluxo no sentido da SE Londrina para a SE Assis.
Somatório do fluxo de potência ativa na LT 525 kV Foz do Iguaçu (*) – Cascavel
FFOCO Oeste e na LT 525 kV Foz do Iguaçu (*) – Guaíra C1 e C2, com valor positivo para o
fluxo no sentido da SE Foz do Iguaçu para a SE Cascavel Oeste e Guaíra.
Fluxo de potência ativa nos 3 transformadores 765(*)/525 kV da SE Ivaiporã, com
FTR 765/525 kV IVP
valor positivo para o fluxo no sentido do 765 kV para o 525 kV;
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:
Dourados (*) – Guaíra, com valor positivo para o fluxo no
sentido da SE Guaíra para a SE Dourados.
Assis (*) – Londrina (Eletrosul), com valor positivo para o fluxo
FPR→MS/SP no sentido da SE Londrina para a SE Assis.
(Fluxo Norte Paraná Assis (*) – Londrina (Copel), com valor positivo para o fluxo no
→ sentido da SE Londrina para a SE Assis.
LT 230 kV:
São Paulo e Mato Chavantes (*) – Figueira, com valor positivo para o fluxo no
Grosso do Sul) sentido da SE Figueira para a SE Chavantes.
Itararé 2 (*) – Jaguariaíva, com valor positivo para o fluxo no
sentido da SE Jaguariaíva para a SE Itararé 2.
Assis (*) – Andirá Leste, com valor positivo para o fluxo no
sentido da SE Andirá Leste para a SE Assis.

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Intercâmbios Descrição
Salto Grande (*) – Andirá Leste, com valor positivo para o fluxo
no sentido da SE Andirá Leste para a SE Salto Grande.
Rosana (*) – Loanda, com valor positivo para o fluxo no sentido
LT 138 kV
da SE Loanda para a SE Rosana.
Salto Grande (*) – Andirá C1 e C2, com valor positivo para o
LT 88 kV
fluxo no sentido da SE Andirá para a SE Salto Grande.
RSE
(Recebimento pelo FSE + FPR→MS/SP + Fba-in - F TTB-BTA + FLOAS525
Sudeste)
RSUL
FTR 765/525 kV IVP + FFOCO + Fin-ba + FTTB-BTA - FLOAS525 - FPR→MS/SP (Intercâmbio
(Recebimento pelo
Sul-Sudeste)
Sul)
FSUL
(Fornecimento do - RSUL (Intercâmbio Sul-Sudeste)
Sul)
Fluxo de potência ativa nas linhas entre Foz do Iguaçu e Ivaiporã medido em Foz do
FIV
Iguaçu, coincide com o Despacho de geração ativa na UHE Itaipu 60 Hz.
GIPU Geração de Itaipu
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes LTs:
FNS LTs 500 kV Gurupi - Serra da Mesa C1 e C2;
(Fluxo Norte / LT 500 kV Peixe 2 - Serra da Mesa 2.
Sudeste) Obs.: Valor positivo para o fluxo que chega em Serra da Mesa e Serra da Mesa 2 e
medidos nessas SEs.
Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Colinas-Miracema C1, C2 e C3,
FCOMC
com valor positivo para o fluxo que sai de Colinas.
Somatório do fluxo de potência ativa nas LT 500 kV Miracema-Gurupi C1, C2 e C3,
FMCGU
com valor positivo para o fluxo que sai de Miracema.
Somatório do fluxo de potência ativa na LT 500 kV Colinas-Ribeiro Gonçalves C1 e
FCORG
C2, com valor positivo para o fluxo que sai de Colinas.
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes instalações:
LT 500 kV Imperatriz - Colinas C1 e C2;
FITIZCO
LT 500 kV Itacaiúnas - Colinas.
Com valor positivo para o fluxo que sai de Imperatriz e de Itacaiúnas.
Fluxo de potência ativa na LT 230 kV Peritoró-Teresina, com valor positivo para o
FPRTS
fluxo que chega em Teresina.
Fluxo de potência ativa na LT 230 kV Lajeado-Miracema, com valor positivo para o
FMLJ
fluxo que chega em Miracema.
Fluxo de potência ativa na LT 500 kV Estreito-Imperatriz, com valor positivo para o
FESIZ
fluxo que chega em Imperatriz.

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Intercâmbios Descrição
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes LTs:
LT 500 kV Serra da Mesa 2 (*) - Rio das Éguas;
LT 500 kV Luziânia (*) - Rio das Éguas;
LT 500 kV Arinos 2 (*) - Rio das Éguas;
Fluxo SE → NE
LT 500 kV Janaúba 3 (*) - Bom Jesus da Lapa II;
(FSENE)
LT 500 kV Janaúba 3 (*) - Igaporã III C1 e C2;
LT 500 kV Padre Paraiso 2 (*) - Poções III C1 e C2.
Com valor positivo para o fluxo que sai de Serra da Mesa 2, Luziânia, Arinos 2,
Janaúba 3 e Padre Paraiso 2.
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes LTs:
LT 500 kV Presidente Dutra (*) - Teresina II C1, C2;
LT 500 kV Presidente Dutra (*) - Boa Esperança;
LT 500 kV Colinas (*) - Ribeiro Gonçalves C1 e C2;
LT 500 kV Bacabeira (*) - Paranaíba III C1 e C2;
Fluxo N → NE
LT 500 kV Miracema (*) - Gilbués II C3;
(FNE)
LT 230 kV Coelho Neto (*) - Teresina;
LT 230 kV Dianópolis II (*) - Barreiras II;
LT 230 kV Balsas (*) - Ribeiro Gonçalves C1 e C2.
Com valor positivo para o fluxo que sai de Presidente Dutra, Colinas, Bacabeira,
Miracema, Coelho Neto, Dianópolis II e Balsas.
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes LTs:
LT 500 kV Gurupi - Miracema (*) C1, C2 e C3;
LT 500 kV Serra da Mesa 2 (*) - Rio das Éguas;
LT 500 kV Lajeado - Miracema (*) C1 e C2;
LT 500 kV Luziânia (*) - Rio das Éguas;
Exportação do LT 500 kV Arinos 2 (*) - Rio das Éguas;
SE → NNE pelo LT 500 kV Janaúba 3 (*) - Bom Jesus da Lapa II;
sistema CA LT 500 kV Janaúba 3 (*) - Igaporã III C1 e C2;
(EXPSE_CA) LT 500 kV Padre Paraiso 2 (*) - Poções III C1 e C2;
LT 230 kV Lajeado - Palmas (*) C1 e C2;
LT 230 kV Gurupi - Dianópolis II (*) C1;
LT 138 kV Vila Rica - Santana do Araguaia (*) C1 e C2.
Com valor positivo para o fluxo que sai de Gurupi, Serra da Mesa 2, Luziânia,
Lajeado, Arinos 2, Janaúba 3, Padre Paraiso 2 e Vila Rica.

Exportação do
SE → N pelo
Fluxo nos Bipolos sentido Estreito→Xingu e Terminal Rio→ Xingu
sistema CC
(EXPSE_CC)

Exportação Total do
SE → NNE EXPSE_CA + EXPSE_CC
(EXPSE)

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Intercâmbios Descrição
Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes LTs:
LT 500 kV Presidente Dutra (*) - Teresina II C1, C2 e C3;
LT 500 kV Presidente Dutra (*) - Boa Esperança;
LT 500 kV Bacabeira (*) - Parnaíba III C1 e C2;
LT 500 kV Colinas (*) - Ribeiro Gonçalves C1 e C2;
LT 500 kV Miracema (*) - Gilbués II C3;
LT 230 kV Coelho Neto (*) - Teresina;
Exportação do Norte
LT 500 kV Miracema (*) - Gurupi C1, C2 e C3;
pelo sistema CA
LT 500 kV Miracema (*) - Lajeado C1 e C2;
(EXPN_CA)
LT 230 kV Palmas (*) - Lajeado C1 e C2;
LT 230 kV Dianópolis II (*) - Gurupi;
LT 230 kV Dianópolis II (*) - Barreiras II;
LT 230 kV Balsas (*) - Ribeiro Gonçalves C1 e C2;
LT 138 kV Santana do Araguaia (*) - Vila Rica C1 e C2.
Com valor positivo para o fluxo que sai de Presidente Dutra, Colinas, Miracema,
Coelho Neto, Bacabeira, Palmas, Dianópolis II, Balsas e Santana do Araguaia.
Exportação do Norte
pelo sistema CC Fluxo no Bipolo sentido Xingu→ Estreito + Xingu→ Terminal Rio
(EXPN_CC)

Exportação Total do
EXPN_CA + EXPN_CC
Norte (EXPN)

Somatório do fluxo de potência ativa nas seguintes LTs:


LT 500 kV Presidente Dutra (*) - Teresina II C1 e C2;
LT 500 kV Presidente Dutra (*) - Boa Esperança;
LT 500 kV Bacabeira (*) - Parnaíba III C1 e C2;
LT 500 kV Colinas (*) - Ribeiro Gonçalves C1 e C2;
LT 500 kV Miracema (*) - Gilbués II C3;
LT 230 kV Coelho Neto (*) - Teresina;
LT 500 kV Serra da Mesa 2 (*) - Rio das Éguas;
Recebimento do
Nordeste LT 500 kV Luziânia (*) - Rio das Éguas;

(RNE) LT 500 kV Arinos 2 (*) - Rio das Éguas;


LT 500 kV Janaúba 3 (*) - Bom Jesus da Lapa II;
LT 500 kV Janaúba 3 (*) - Igaporã III C1 e C2;
LT 500 kV Padre Paraiso 2 (*) - Poções III C1 e C2;
LT 230 kV Dianópolis II (*) - Barreira II;
LT 230 kV Balsas (*) - Ribeiro Gonçalves C1 e C2.
Com valor positivo para o fluxo que sai de Presidente Dutra, Colinas, Bacabeira,
Coelho Neto, Miracema, Serra da Mesa 2, Luziânia, Arinos 2, Janaúba 3, Padre
Paraiso 2, Dianópolis II e Balsas.

Exportação do
Nordeste - RNE (Intercâmbio Recebimento do Nordeste)
(EXPNE)

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Intercâmbios Descrição
Recebimento do
Norte pelo sistema
CA
- EXPN_CA (Intercâmbio Exportação do Norte pelo sistema CA)

(RECN_CA)
Recebimento do
Norte pelo sistema
Fluxo no Bipolo sentido Estreito→Xingu e Terminal Rio→Xingu
CC
(RECN_CC)
Recebimento Total
RECN_CA + RECN_CC
do Norte
Fluxo Jurupari-
Xingu Fluxo de potência ativa nas linhas entre Jurupari e Xingu medido em Jurupari.
FJPXG

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4 Identificação dos pontos de fronteira entre submercados no
período 2020 – 2024

Considerando a abordagem utilizada na definição dos submercados na


NT ONS/ASMAE 001/2001 e a Resolução ANEEL Nº 402, de 21 de setembro de
2001, são apresentados a seguir, os circuitos de fronteira entre os quatro
submercados: Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul, referentes ao sistema
existente e contemplando as obras previstas até 2024. O terminal marcado com (*)
representa o ponto de medição na fronteira entre os submercados. A Tabela 4-1
apresenta as fronteiras entre os submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

Tabela 4-1: Fronteiras entre os Submercados Sul e Sudeste/Centro-Oeste até Dezembro de 2024

Sudeste/Centro-Oeste Sul kV Ano


Foz do Iguaçu (*) Cascavel Oeste 500 Existente

Ivaiporã Furnas (*) Ivaiporã Eletrosul 500 Existente

Ibiúna (*) Bateias C1 500 Existente

Ibiúna (*) Bateias C2 500 Existente

Assis (*) Londrina C1 500 Existente

Assis (*) Londrina C2 500 Existente

Chavantes (*) Figueira 230 Existente

Assis (*) Londrina Eletrosul 230 Existente

Assis (*) Londrina Copel 230 Existente

Dourados (*) Guaíra 230 Existente

Itararé II (*) Jaguariaíva 230 Existente

Rosana (*) Loanda 138 Existente

Rosana (*) Paranavaí 138 Existente

Capivara (*) Florestópolis 138 Existente

Itararé (*) Jaguariaíva 69 Existente

Salto Grande (*) Andirá C1 88 Existente

Salto Grande (*) Andirá C2 88 Existente

Assis (*) Andirá Leste 230 Existente

Salto Grande (*) Andirá Leste 230 Existente

Itatiba (*) Bateias 500 Existente (março/20)

Foz do Iguaçu (*) Guaíra C1 500 Futura (ago/22)

Foz do Iguaçu (*) Guaíra C2 500 Futura (ago/22)

A Tabela 4-2, a seguir, apresenta os circuitos de fronteira entre os submercados


Norte-Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste:

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Tabela 4-2: Fronteiras entre os Submercados Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste até
Dezembro de 2024

Norte Nordeste kV Ano


Presidente Dutra (*) Boa Esperança 500 Existente

Presidente Dutra (*) Teresina II C1 500 Existente

Presidente Dutra (*) Teresina II C2 500 Existente

Colinas (*) Ribeiro Gonçalves C1 500 Existente

Colinas (*) Ribeiro Gonçalves C2 500 Existente

Coelho Neto (*) Teresina 230 Existente

Balsas (*) Ribeiro Gonçalves C1 230 Existente

Bacabeira (*) Parnaíba III C1 500 Existente

Bacabeira (*) Parnaíba III C2 500 Existente

Balsas (*) Ribeiro Gonçalves C2 230 Futura (set/22)

Miracema (*) Gilbués II 500 Futura (mar/23)

Dianópolis II (*) Barreiras II 230 Futura (mar/24)

Sudeste/Centro-Oeste Nordeste kV Ano

Serra da Mesa 2 (*) Rio das Éguas 500 Existente

Luziânia (*) Rio das Éguas 500 Existente

Arinos 2 (*) Rio das Éguas 500 Futura (out/20)

Janaúba 3 (*) Bom Jesus da Lapa II 500 Futura (fev/22)

Janaúba 3 (*) Igaporã III C1 500 Futura (jul/20)

Janaúba 3 (*) Igaporã III C2 500 Futura (ago/20)

Padre Paraíso 2 (*) Poções III C1 500 Futura (nov/20)

Padre Paraíso 2 (*) Poções III C2 500 Futura (jan/21)

Norte Sudeste/Centro-Oeste kV Ano

Miracema (*) Gurupi C1 500 Existente

Miracema (*) Gurupi C2 500 Existente

Miracema (*) Gurupi C3 500 Existente

Miracema (*) Lajeado C1 500 Existente

Paraíso II (*) Gurupi 138 Existente (1)

Xingu (*) Estreito 800 CC Existente

Xingu (*) Terminal Rio 800 CC Existente

Miracema (*) Lajeado C2 500 Existente

Palmas (*) Lajeado C1 230 Existente

Palmas (*) Lajeado C2 230 Existente

Santana do Araguaia (*) Vila Rica C1 138 Futura (nov/20)

Santana do Araguaia (*) Vila Rica C2 138 Futura (nov/20

Dianópolis II (*) Gurupi 230 Futura (mar/24)

(1) Vale ressaltar que atualmente essa LT opera aberta com as cargas em derivação conectadas à SE Paraiso II .

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Na Tabela 4-2, anterior, a fronteira entre as regiões Norte e Sudeste é considerada
entre as SEs Miracema, na região Norte, e Gurupi e Lajeado na região Sudeste.
Cabe ressaltar que na Resolução 402 de 21 de setembro de 2001 a fronteira entre
as regiões Norte e Sudeste é considerada entre Colinas e Miracema abatendo a
carga da SE Miracema. Com o sistema atual este ponto é exatamente o mesmo
que o considerado pelo ONS na Tabela 4-2. Entretanto, após a entrada dos
circuitos de 500 kV Serra Pelada-Miracema-Gilbués, previsto para 2023, o ponto de
medição tem que ser entre as SEs Miracema e Gurupi e Lajeado, como
apresentado na Tabela 4-2.

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5 Limites de Intercâmbio e Fatores Limitantes

As tabelas a seguir apresentam uma síntese dos limites de transmissão nas


interligações regionais e sua evolução em função das configurações analisadas, de
acordo com os programas de obras de geração e transmissão para o período em
análise. As datas são as constantes no Acompanhamento das Usinas em
Construção e de Obras de Linhas de Transmissão e Subestações, elaborado pelo
MME e atualizado a partir de informações dos agentes detentores da concessão
(DMSE de março de 2020). Cabe ressaltar que como o ONS considera na
simulação do PMO o mês subsequente à data prevista para entrada em operação
definida nas reuniões do DMSE, exceto quando for dia 1º, onde considera-se o
mesmo mês na simulação, o mesmo procedimento é considerado neste
documento.

São definidos os limites de exportação e recebimento de energia nas diversas


regiões do país de modo a alimentar os estudos de planejamento energético do
SIN. Os fatores limitantes associados a esses limites de transmissão são
apresentados de forma resumida, após cada tabela.

5.1 Interligação Sul – Sudeste

A Figura 5-1, a seguir, apresenta a localização geográfica das interligações entre


os subsistemas Sul e Sudeste, com as principais obras previstas para entrar em
operação no horizonte analisado. Destaca-se que, as LTs 525 kV, de circuito
duplo, Ivaiporã – Ponta Grossa – Bateias foram antecipadas em dois anos, de 2023
para setembro de 2021.

As futuras LT 525 kV, de circuito duplo, Foz do Iguaçu – Guaíra, Guaíra – Sarandi,
e Sarandi – Londrina formarão um caminho paralelo ao tronco de 765 kV no trecho
entre a UHE Itaipu e a SE Ivaiporã, fornecendo suporte às contingências duplas do
tronco de 765 kV e consequentemente ampliando os valores limites de
Recebimento pela região Sul (RSUL).

Cabe ainda destacar a recente entrada em operação, em março de 2020, da LT


500 kV Itatiba – Bateias que trouxe consideráveis ganhos de intercâmbio entre as
regiões Sul e Sudeste, notadamente nos valores de RSUL.

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Figura 5-1: Localização Geográfica da Interligação Sul - Sudeste – Configurações até 2024

5.1.1 Configurações e Limites de Intercâmbio

Os limites de intercâmbios entre as regiões Sul e Sudeste consistem nas


capacidades de fornecimento e recebimento dessas regiões para que o sistema
atenda às premissas de desempenho definidas nos Procedimentos de Rede. Essas
capacidades são influenciadas pelos montantes de fluxo de potência nas linhas de
interligação, nos elos de corrente contínua que chegam na região Sudeste, pelo
montante de geração na UHE Itaipu 60 Hz e pelas tensões nas redes dos sistemas
receptores e/ou fornecedores, principalmente.

Além das obras em destaque mencionadas no item 5.1, também são previstos
reforços internos que podem melhorar o desempenho dos sistemas receptores
tanto na região Sul quanto na região Sudeste.

Para a avaliação do desempenho da interligação Sul – Sudeste e determinação


dos seus limites de intercâmbio, foram identificadas três configurações que

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impactam os limites e/ou o sistema de escoamento da potência transmitida. Estas
configurações são listadas na Tabela 5-1, a seguir, onde as linhas de interligação
estão destacadas em amarelo.

Tabela 5-1: Obras com Influência no Desempenho das Interligações Sul - Sudeste Previstas
para Entrada em Operação até o Horizonte 2024

(1)
Configuração/
Instalações Agente Mês Considerado
Período
1
Configuração atual já com a LT 500 kV Itatiba-Bateias MSGT Março de 2020
Mai/20-Ago/21
2
LT 500 kV Ivaiporã-Ponta Grossa-Bateias C1 e C2 ENGIE Setembro de 2021
Set/21-Mar/22
LT 500 kV Foz do Iguaçu-Guaíra C1 e C2
3
LT 500 kV Guaíra-Sarandi C1 e C2 ERB1 Abril de 2022
Abr/22-Dez/24
LT 500 kV Sarandi-Londrina C1 e C2

(1) As datas previstas consideram o mês subsequente à data prevista para entrada em operação definida nas reuniões do
DMSE, exceto quando for dia 1º, onde considera-se o mesmo mês na simulação

O limite da capacidade de fornecimento da região Sul (FSUL) é muito influenciado


pela geração da UHE Itaipu 60 Hz. É possível elevar o valor de FSUL à custa da
redução da referida geração.

Os valores de FSUL apresentados foram definidos reduzindo-se ao mínimo a


geração de Itaipu 60 Hz, possibilitando a máxima exploração da energia excedente
na região Sul.

Eventualmente, para determinação da capacidade de transferência da interligação


Sul – Sudeste, nos patamares de cargas pesada e média, foi necessário considerar
uma importação de energia da Argentina, através da conversora de Garabi. Sem
este recurso o balanço carga x geração, nos horários de ponta de carga, não
permitiria uma avaliação dos limites elétricos.

Na Tabela 5-2, a seguir, são apresentados os valores limites dessas grandezas,


considerando a usina de Itaipu separada.

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Tabela 5-2: Limites nas Interligações Sul - Sudeste (MW) com a Usina de Itaipu Separada

No item 5.1.2 serão apresentados os fatores limitantes que definem os limites de transmissão entre as regiões Sul e
Sudeste/Centro-Oeste.

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5.1.2 Fatores Limitantes

(a) Itaipu → Sudeste:

Capacidade nominal do elo CC Foz do Iguaçu-Ibiúna.

(b) Itaipu → Nó de Ivaiporã:

Perda dupla da LT 765 kV Foz do Iguaçu-Ivaiporã e risco de atuação da PPS do


terceiro circuito.

(c) RSUL:

Até a entrada em operação da SE 525/230 kV Ponta Grossa, o principal fator


limitante ao RSUL é o desempenho dinâmico do sistema na perda simples da LT
500 kV Foz do Iguaçu-Cascavel Oeste ou das perdas duplas das LT 765 kV Foz-
Ivaiporã ou ainda das LT 500 kV Ibiúna-Bateias. A partir de setembro de 2021, o
fator limitante passa a ser a sobrecarga na LT 500 kV Bateias-Curitiba C1, na
contingência do circuito paralelo (C2) nos períodos de carga pesada e média e o
desempenho dinâmico nos períodos de carga leve.

(d) FSUL:

O fator limitante é a sobrecarga no BCS do circuito remanescente durante perdas


duplas no tronco 765 kV entre Ivaiporã e Tijuco Preto.

(e) RSE

Desde a entrada em operação da LT 500 kV Itatiba-Bateias, o fator limitante para o


RSE passou a ser sobrecarga no BCS do circuito remanescente, para perdas
duplas no tronco 765 kV, entre Foz do Iguaçu e Tijuco Preto.

Ressalta-se que no Relatório DPL-REL-069/2019, de março de 2019, constatou-se


a necessidade de definir o RSE quando a região Sudeste for importadora,
concomitantemente, das regiões Norte e Sul, conforme mostrado na Figura 5-2.
Sendo assim, o RSE foi então sazonalizado em dois períodos: primeiro semestre
do ano, no período Norte Exportador (coincidente com período úmido na região
Norte); e segundo semestre do ano (coincidente com o período seco na região
Norte).

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Figura 5-2: Cenário Sudeste Importador das Regiões Norte e Sul – Possível de Acontecer no
Primeiro Semestre

Posteriormente, verificou-se que a forma mais adequada de representar nos


modelos de otimização energética essa importação total da região Sudeste, no
período em que a região Norte é exportadora, é através da seguinte inequação:

BIPBM + FNS + RSE - GITP ≤ IMPSECO, em que:

BIPBM: Somatório dos fluxos nos bipolos de Belo Monte;

FNS: Fluxo Norte – Sudeste;

RSE: Recebimento pelo Sudeste vindo do Sul;

GITP: Geração na usina de Itaipu;

IMPSECO: Importação total da região Sudeste/Centro-Oeste.

Entretanto, a consideração desta inequação requer uma melhoria de representação


dos agrupamentos do modelo Newave (AGRINT), que possibilite a utilização
concomitante de limites de fluxo e a geração de reservatórios equivalentes, bem
como o uso de valores positivos e negativos nos termos.

Em face do exposto acima, até que seja implementada essa melhoria de


representação, os limites a serem adotados para o recebimento da região Sudeste
são os descritos na Tabela 5-2.
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5.2 Interligações Norte – Nordeste, Norte – Sul e Sudeste – Nordeste.

Na Figura 5-3 é apresentada a localização geográfica das interligações Norte-


Nordeste, Norte-Sul e Sudeste-Nordeste até 2024.

Figura 5-3: Localização Geográfica das Interligações Norte – Nordeste, Norte-Sul e Sudeste-
Nordeste – Configurações até 2024

5.2.1 Configurações e Limites de Intercâmbio

Considerando as datas do DMSE de março de 2020 foram estabelecidas oito


configurações para estas interligações que são listadas na Tabela 5-3. As linhas de
interligação estão destacadas em amarelo.

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Tabela 5-3: Obras Previstas para Reforço das Interligações Nordeste-Sudeste e Norte-Sudeste

Interligação/ Mês (1) Configuração


Empreendimento
Subsistema Considerado / Período
0
Configuração atual até maio de 2020
Mai/20 a Jun/20
LT 500 kV Rio das Éguas - Barreiras II C2 Nordeste 02/2020

LTs 500 kV Poções III - Padre Paraíso 2 C1 Nordeste-Sudeste 07/2020 1


Jul/20-Set/20
LTs 500 kV Padre Paraíso 2 - Governador Valadares 6
Sudeste 07/2020
C1
LT 500 kV Rio das Éguas - Arinos 2 Nordeste-Sudeste 10/2020

LT 500 kV Arinos 2 - Pirapora 2 Sudeste 10/2020


2
LTs 500 kV Juazeiro - Ourolândia e Gentio do Ouro - Out/20-Fev/21
Nordeste 10/2020
Bom Jesus da Lapa
LT 500 kV Sapeaçu – Poções III Nordeste 10/2020

LTs 500 kV Poções III - Padre Paraíso 2 C2 Nordeste-Sudeste 02/2021


LTs 500 kV Padre Paraíso 2 - Governador Valadares 6
Sudeste 02/2021
C2
LTs 500 kV Governador Valadares 6 - Mutum C1 e
Sudeste 03/2021 3
Mutum - Rio Novo do Sul
Mar/21-Fev/22
LTs 500 kV Igaporã - Janaúba 3 C1 e C2 Nordeste-Sudeste 03/2021

LTs 500 kV Janaúba 3 - Presidente Juscelino C1 e C2 Sudeste 03/2021


LTs 500 kV Pirapora 2 - Presidente Juscelino C1 e C2
Sudeste 03/2021
e LT 500 kV Presidente Juscelino - Itabira 5 C1
LTs 500 kV Buritirama - Queimada Nova II C1 e C2 e
Nordeste 01/2022
Queimada Nova - Curral Novo do Piauí C1
4
LT 500 kV Janaúba 3 - Pirapora 2 Sudeste 03/2022 Mar/22-Jun/22
LT 500 kV Bom Jesus da Lapa - Janaúba 3 Nordeste-Sudeste 03/2022

LT 500 kV Gilbués II - Barreiras II C2 Nordeste 07/2022 5


LT 500 kV Miracema - Gilbués II C3 Norte-Nordeste 07/2022 Jul/22-Fev/23

LTs 500 kV Xingu - Serra Pelada C1 e C2, Serra


Pelada - Miracema C1 e C2 e Serra Pelada - Norte 03/2023
Itacaiúnas 6
Mar/23-Set/23
LT 500 kV Gov Valadares-Mutum C2 e Presidente
Sudeste 04/2023
Juscelino-Itabira 5 C2
LT 500 kV Olindina - Sapeaçu Nordeste 10/2023 7
LT 500 kV Olindina - Porto do Sergipe Nordeste 10/2023 Out/23-Dez/24

(1) As datas previstas consideram o mês subsequente à data prevista para entrada em operação definida nas reuniões do
DMSE, exceto quando for dia 1º, onde considera-se o mesmo mês na simulação.

Na Tabela 5-4, a seguir, são apresentados os valores limites nas interligações,


ressaltando-se que elas não se aplicam simultaneamente.

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Tabela 5-4: Limites nas Interligações Norte-Nordeste, Sudeste-Nordeste e Norte – Sudeste. – Considerando o Nó de Xingu (MW)

Obs: Para as simulações sem a representação do Nó de Xingu, os valores mostrados nesta tabela são os limites da ligação direta Sudeste/Norte

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DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Desde o início do horizonte deste relatório, no período de maio de 2020 a
dezembro de 2024 os limites da SE→NE são mostrados na Tabela 5-4.

5.2.2 Fatores Limitantes:


(a) Fluxo na interligação Norte-Sul no sentido do Sudeste para o Norte (FMCCO)

O fator limitante para este fluxo em todas as configurações é o carregamento nos


circuitos em 500 kV da interligação Norte-Sul quando de contingências entre as
SEs Miracema e Colinas ou entre Serra da Mesa e Gurupi.

(b) Fluxo na interligação Norte-Sul no sentido do Norte/Nordeste para o Sudeste


(FNS)

O fator limitante em todas as configurações é a capacidade nominal em regime


contínuo dos capacitores série dos circuitos da interligação Norte -Sul.

(c) Fluxo Sudeste→ Nó de Xingu e todas as restrições de soma envolvendo o fluxo


nos Bipolos no sentido Sudeste → Xingu

O fator limitante é o desempenho dinâmico na perda dupla da LT 500 kV Tucuruí


- Xingu em todas as configurações. É necessária a presença de um número
mínimo de máquinas (Gerador ou Síncrono) na UHE Belo Monte para que os
Bipolos operem nesse sentido.

Cabe destacar que as restrições de soma envolvendo o fluxo nos Bipolos no


sentido Sudeste→Xingu só são ativas no cenário Sudeste Exportador.

Ressalta-se que a grandeza EXPSE tem como fator limitante a perda dupla da
LT 500 kV Xingu – Tucuruí no patamar de carga média até a Configuração 2. A
partir da Configuração 3, o fator limitante passa a ser o carregamento em regime
na LT 500 kV Sapeaçu - Camaçari 2. Já na carga leve, a referida contingência
dupla permanece como fator limitante até a Configuração 5. O problema de
carregamento na LT 500 kV Sapeaçu - Camaçari 2 se inicia a partir da
Configuração 6.

(d) Fluxo Nó de Xingu → Sudeste no cenário Norte Exportador (Bipolos Xingu-


Estreito e Xingu-Terminal Rio)

O fator limitante é a capacidade nominal dos Elos no sentido de Xingu para


Estreito e de Xingu para Terminal Rio.

(e) Fluxos Xingu→ Sudeste no cenário Sudeste Exportador, Norte→ Nó de Xingu e


Nó de Xingu→ Norte no cenário Sudeste Exportador

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POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Os limites no sentido do Nó de Xingu para as regiões Norte e Sudeste são
dependentes do cenário. Portanto, a exemplo do RNE, estas grandezas também
são separadas em cenários Norte exportador (primeiro semestre) e Sudeste
exportador (segundo semestre) para este sentido.

O fator limitante para o fluxo Norte→ Nó de Xingu, Nó de Xingu→ Norte no


cenário Sudeste exportador e Nó de Xingu→ Sudeste no cenário Sudeste
exportador é o desempenho dinâmico na perda dupla do circuito Tucuruí-Xingu.

(f) Nó de Xingu→ Norte no cenário Norte Exportador

O fator limitante é a capacidade nominal dos Capacitores série da LT 500 kV


Tucuruí-Xingu para as configurações 1 a 5. Para as configurações 6 e 7, com a
entrada da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, o fator limitante é a sobrecarga no
circuito remanescente durante a perda da LT 500 kV Xingu – Tucuruí.

(g) Nordeste→Nó de Imperatriz, Nordeste →Sudeste e Exportação do Nordeste

O fator limitante até a configuração 4 é o desempenho dinâmico após a


contingência da LT 500 kV Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí e by-pass do
banco de capacitor série do circuito remanescente.

Para as demais configurações o fator limitante é sobrecarga em regime nas LT


500 kV Camaçari IV-Sapeaçu e LT 500 kV Ribeiro Gonçalves – São João do
Piauí.

(h) Nó de Imperatriz →Nordeste e RNE no cenário Norte exportador

Para todas as configurações o fator limitante é a sobrecarga na LT 500 kV São


João do Piauí-Sobradinho C2 na contingência do C1 e a sobrecarga no BCS da
LT São João do Piauí-Boa Esperança na perda dupla da LT 500 kV Colinas-
Ribeiro Gonçalves.

(i) Sudeste→Nordeste e RNE no cenário Sudeste exportador

Desde a entrada da SE Buritirama e LT 500 kV Barreiras – Buritirama, o limite


Sudeste→Nordeste deixou de ser dependente da geração eólica na região de
Igaporã e o fator limitante para a configuração 2 é o desempenho dinâmico na
perda da LT 500 kV Igaporã-Ibicoara.

A partir da entrada da LT 500 kV Poções – Padre Paraíso – Governador


Valadares C1 (Configuração 1), o fator limitante passa a ser sobrecarga na rede
de 230 kV de Minas Gerais, no trecho Valadares – Baguari – Mesquita, na
contingência da LT 500 kV Igaporã – Ibicoara. Este fator limitante permanece na
Configuração 2.

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POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
A partir da Configuração 3, o fator limitante desta interligação passa a ser o fluxo
em regime normal de operação na LT 500 kV Sapeaçu - Camaçari 2. Este fator
limitante permanece para as configurações 4 a 7.

Para que o sistema suporte a perda dupla da LT 500 kV Tucuruí - Xingu quando
o RNE estiver com seus valores máximos, o fluxo FMCCO deve ser limitado,
resultando na imposição de uma restrição de soma RNE + FMCCO indicada na
Tabela 5-4.

(j) Norte→Sudeste (FNS + Xingu→Sudeste)

No cenário em que a região Norte exporta preferencialmente para a região


Sudeste não foi possível explorar a máxima capacidade dos Bipolos CC Xingu-
Estreito (4.000 MW) e Xingu-Terminal Rio (4.000 MW) concomitantemente com a
máxima capacidade da interligação Norte/Sul (FNS 4.100 MW nas configurações
1 a 5 e 5.400 MW nas configurações 6 e 7).

O fator limitante da soma entre os Bipolos e a Norte-Sul em todas as


configurações são oscilações pouco amortecidas na perda de um dos Bipolos e
colapso de tensão na região de Serra da Mesa.

5.3 Interligação Xingu-Manaus-Macapá

A Figura 5-4, a seguir, mostra os limites dos elos a partir do Nó de Xingu para
Manaus e Amapá, bem como os fatores limitantes.

Figura 5-4: Limites para Manaus e Macapá a partir do Nó de Xingu

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POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
6 Diagrama com resumo da evolução dos Limites de
Intercâmbios Inter-Regionais

A seguir, na Figura 6-1 está apresentado um diagrama ilustrativo para as regiões


Sul e Sudeste, e na Figura 6-2 para as regiões Norte e Nordeste com um resumo
da evolução dos principais intercâmbios inter-regionais e indicação da
configuração associada por patamar de carga.

Figura 6-1: Diagrama Resumo para as Regiões Sul e Sudeste

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POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Figura 6-2: Diagrama Resumo para as Regiões Norte/Nordeste – Considerando o Nó de Xingu

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
7 Geração Térmica Necessária devido a Razões Elétricas nas
Usinas do SIN – horizonte de maio/2020 a dezembro/2024

A seguir são apresentadas as usinas térmicas que necessitam ser despachadas


para eliminar restrições elétricas para atendimento aos critérios e padrões
definidos nos Procedimentos de Rede sub-módulo 23.3 (suportar a contingência
simples mais severa, sem perda de carga; e suportar, sem corte descontrolado
de carga, as contingências de circuitos duplos de mesma torre e as saídas
simultâneas de linhas de transmissão de circuitos simples que compartilham a
mesma faixa de passagem ou que atravessem regiões onde há ocorrência de
fenômenos naturais e/ou queimadas que possam atingi-las), considerando-se o
cronograma de obras previsto, apresentado no item 5.

Observa-se que estes valores consideram o ciclo de operação diário da usina, ou


seja, mesmo que o montante indicado pudesse ser menor do que o necessário,
considerou-se em algumas usinas a impossibilidade de modulação na geração
devido a restrições operativas.

É importante destacar que o principal objetivo é declarar montantes de geração


térmica por razão elétrica o mais próximo possível dos praticados na opera ção.
Para tal, neste estudo, os critérios adotados para o limite de emergência de
carregamento dos equipamentos são os mesmos aos praticados na operação do
sistema, correspondendo assim aos limites de emergência de curta duração, isto
é, de 30 min.

As usinas ou conjunto de usinas com necessidade de geração térmica por


razões elétricas estão listadas a seguir:

• Candiota III

• Jorge Lacerda

• UTE Termorio (ex Governador Leonel Brizola)

• UTE Seropédica (ex Barbosa Lima Sobrinho)

• UTE Luiz Oscar Rodrigues de Melo (Linhares)

• Manaus

Para as demais usinas térmicas aqui não tratadas, não haverá necessidade de
geração devido a razões de restrições elétricas.

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
7.1 UTE Candiota III

A UTE Candiota III (grupo C) é composta por um único gerador com potência
nominal de 350 MW.

O despacho mínimo sistêmico foi determinado para evitar a ocorrência de corte


de carga por atuação do SEP da SE Gravataí, por subtensão, quando de
contingência das linhas de transmissão de 525 kV de interligação do Rio Grande
do Sul com o SIN, notadamente a LT 525 kV Campos Novos - Nova Santa Rita
ou a LT 525 kV Itá - Nova Santa Rita C1 ou C2.

A Tabela 7-1 apresenta o montante de despacho mínimo necessário na


UTE Candiota III. Os valores indicados consideram geração nula na
UTE Uruguaiana.

Na determinação dos despachos no período de verão, de novembro a dezembro


e de janeiro a março, foi considerada geração nula nas usinas eólicas do Rio
Grande do Sul, além de hidrologia desfavorável no estado, com despacho de
geração nas usinas do Rio Jacuí, Passo Fundo e das Antas, da ordem de 45%
da capacidade instalada.

Destaca-se que foi considerado nos cálculos para a determinação da geração


térmica mínima, o conjunto de obras para o Rio Grande do Sul, licitado no leilão
de transmissão nº 004/2018, realizado em 20/12/2018, com implantação
contratual prevista para março/2023. A solução estrutural que permitirá prescindir
da geração térmica por restrição elétrica na UTE Candiota III compreende as
obras do Contrato de Concessão nº 010/2019, da Chimarrão Transmissora de
Energia S.A.

Na presente análise não foi contemplada a possibilidade de exportação pela


interligação Brasil – Uruguai via Conversora de Frequência de Melo, por se tratar
de exportação interruptível, cuja operacionalização deverá ser definida no
horizonte de curto prazo.

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Tabela 7-1: Despachos Mínimos na UTE Candiota III por Razões Elétricas – Maio/2020 a
Dezembro/2024 – Considera o Ciclo de Operação da Usina

Candiota III (MW)

Meses P M L

Mai/20 a Out/20 0 0 0

Nov/20 a Mar/21 175 175 175

Abr/21 a Out/21 0 0 0

Nov/21 a Mar/22 175 175 175

Abr/22 a Out/22 0 0 0

Nov/22 a Mar/23 175 175 175

Abr/23 a Dez/24 0 0 0

7.2 UTE Jorge Lacerda

A UTE Jorge Lacerda é composta por sete unidades. A capacidade das unidades
A1 e A2 (P) é de 2 x 50 MW, das unidades A3 e A4 (M) de 2 x 66 MW, das
unidades B5 e B6 (G) de 2 x 131 MW e da unidade C7 (GG) de 363 MW,
totalizando 857 MW de potência instalada neste complexo térmico.

Os requisitos de geração mínima foram dimensionados para evitar problemas de


subtensão na região Sul e Metropolitana do estado na perda da LT 525 kV
Abdon Batista-Biguaçu (restrição sistêmica) ou das LT 230 kV Siderópolis –
Forquilhinha, Forquilhinha- Lajeado Grande, Lajeado Grande - Caxias 5, ou a
perda da maior unidade geradora sincronizada na UTE Jorge Lacerda (restrição
local), que correspondem às contingências mais severas para atendimento a
Santa Catarina e são caracterizadas como restrição elétrica sistêmica e local.

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
A solução estrutural que permitirá prescindir da geração térmica por restrição
elétrica na UTE Jorge Lacerda consiste na implantação do seguinte conjunto de
obras, licitado no Leilão de Transmissão ANEEL nº 005/2016, realizado em
24/04/2017:

✓ SE Biguaçu 525 kV: Compensador estático de -100/300 Mvar.


Outorgado à EKTT 14 A pelo contrato de concessão 040/2017, com data
contratual para 11/02/2021 e atualmente previsto para 25/11/2020.

✓ SE Siderópolis 2 525/230 kV – 2 x 672 MVA;

✓ LT 525 kV Abdon Batista-Siderópolis 2 C1 e C2, CD, 261 km;

✓ LT 525 kV Biguaçu-Siderópolis 2, CS, 149 km;

✓ LT 525 kV Campos Novos-Abdon Batista C2, CS, 39 km;

✓ LT 230 kV Siderópolis 2-Siderópolis C1 e C2, CD, 7,5 km;

✓ LT 230 kV Siderópolis 2-Forquilhinha, CS, 28 km;


Outorgadas à EDP Aliança pelo contrato de concessão 039/2017, com data
contratual para 11/08/2022 e atualmente prevista para 21/09/2021.

Ressalta-se que a entrada em operação da SE Siderópolis 2 525/230 kV


depende da recapacitação do barramento de 230 kV da SE Siderópolis e da
substituição de uma série de equipamentos (seccionadoras, disjuntores e
transformadores de corrente) na mesma subestação, além da adequação dos
sistemas de proteção, controle e registros de perturbações. Esses reforços foram
autorizados à Eletrosul pela ReA nº 7528/2018 com data contratual para
26/06/2021 e pela ReA nº 8314/2019, com data contratual para 29/08/2021.

Cabe observar que a EDP Aliança está em tratativas com a ANEEL no intuito de
antecipar parte das obras do contrato de concessão 039/2017. Contudo, os
despachos mínimos necessários por razões elétricas da UTE Jorge Lacerda
apresentados na Tabela 7-2 consideram apenas a entrada em operação
completa do empreendimento, a partir de outubro de 2021.

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Tabela 7-2: Despachos Mínimos na UTE Jorge Lacerda por Razões Elétricas - Maio/2020 a
Dezembro/2024 - Considerando o Ciclo de Operação Diário da Instalação e o Mínimo Custo
Operacional

Nota: (1) A implantação da futura SE Siderópolis 2 525/230 kV e demais obras associadas é considerada a partir de
setembro/2021.

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7.3 UTE Termorio (ex Governador Leonel Brizola)

A geração térmica na UTE Termorio pode ser necessária para permitir o


atendimento à carga prevista nos períodos de cargas pesada e média, de forma
a controlar o carregamento na transformação da SE São José 525/138/13,8 kV –
4 x 600 MVA em condições de operação sob contingência simples, sendo a
perda de um dos seus transformadores T11 e T12 ou T13 e T14, a contingência
mais severa para a unidade remanescente.

Atualmente, para evitar a superação da capacidade térmica de equipamentos de


50 kA na SE São José 138 kV, o barramento de 138 kV da SE São José está
operando normalmente com as barras A1/B1 e A2/B2 desinterligadas (disjuntores
678 e 688 abertos), independentemente do número de unidades geradoras
sincronizadas na UTE Termorio ou mesmo considerando a usina fora de
operação. O barramento de 138 kV da UTE Termorio também está operando
normalmente com as barras B1/B3 e B2/B4 desinterligadas (disjuntor 6IB0
aberto).

Nesse sentido, os barramentos de 138 kV da SE São José e da UTE Termorio


estão operando com o arranjo mostrado na Figura 7-1 a seguir.

Figura 7-1: Configuração dos Barramentos de 138 kV da SE São José e da UTE Termorio

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A Tabela 7-3 a seguir, apresenta os despachos mínimos previstos devido a
razões elétricas na UTE Termorio para o horizonte de estudo.

Tabela 7-3: Despachos Mínimos na UTE Termorio por Razões Elétricas – Maio/2020 a
Dezembro/2024

TERMORIO POTEF: 1036 CVU: 256,94 GTMIN elétrico


GTMAX GTMIN P M L MÉDIA
mai/20 1036 100,5 0 0 0 0,00
jun/20 1036 100,5 0 0 0 0,00
jul/20 1036 100,5 0 0 0 0,00
ago/20 1036 100,5 0 0 0 0,00
set/20 1036 100,5 0 0 0 0,00
out/20 1036 100,5 200 200 0 101,08
nov/20 1036 100,5 200 200 0 97,22
dez/20 1036 100,5 200 200 0 101,88
jan/21 1036 100,5 250 250 0 118,63
fev/21 1036 100,5 250 250 0 123,15
mar/21 1036 100,5 250 250 0 131,73
abr/21 1036 100,5 0 0 0 0,00
mai/21 1036 100,5 0 0 0 0,00
jun/21 1036 100,5 0 0 0 0,00
jul/21 1036 100,5 0 0 0 0,00
ago/21 1036 100,5 0 0 0 0,00
set/21 1036 100,5 0 0 0 0,00
out/21 1036 100,5 250 250 0 122,30
nov/21 1036 100,5 250 250 0 121,53
dez/21 1036 100,5 250 250 0 131,73
jan/22 1036 100,5 300 300 0 147,57
fev/22 1036 100,5 300 300 0 153,57
mar/22 1036 100,5 300 300 0 152,82
abr/22 1036 100,5 0 0 0 0,00
mai/22 1036 100,5 0 0 0 0,00
jun/22 1036 100,5 0 0 0 0,00
jul/22 1036 100,5 0 0 0 0,00
ago/22 1036 100,5 0 0 0 0,00
set/22 1036 100,5 0 0 0 0,00
out/22 1036 100,5 300 300 0 146,76
nov/22 1036 100,5 300 300 0 145,83
dez/22 1036 100,5 300 300 0 152,82
jan/23 1036 100,5 300 300 0 152,82
fev/23 1036 100,5 300 300 0 147,78
mar/23 1036 100,5 300 300 0 158,07
abr/23 1036 100,5 0 0 0 0,00
mai/23 1036 100,5 0 0 0 0,00
jun/23 1036 100,5 0 0 0 0,00

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
TERMORIO POTEF: 1036 CVU: 256,94 GTMIN elétrico
GTMAX GTMIN P M L MÉDIA
jul/23 1036 100,5 0 0 0 0,00
ago/23 1036 100,5 0 0 0 0,00
set/23 1036 100,5 0 0 0 0,00
out/23 1036 100,5 300 300 0 151,62
nov/23 1036 100,5 300 300 0 145,83
dez/23 1036 100,5 300 300 0 142,35
jan/24 1036 100,5 300 300 0 152,82
fev/24 1036 100,5 300 300 0 147,78
mar/24 1036 100,5 300 300 0 158,07
abr/24 1036 100,5 0 0 0 0,00
mai/24 1036 100,5 0 0 0 0,00
jun/24 1036 100,5 0 0 0 0,00
jul/24 1036 100,5 0 0 0 0,00
ago/24 1036 100,5 0 0 0 0,00
set/24 1036 100,5 0 0 0 0,00
out/24 1036 100,5 300 300 0 151,62
nov/24 1036 100,5 300 300 0 145,83
dez/24 1036 100,5 300 300 0 142,35

(1) Como os barramentos de 138 kV da SE São José operam atualmente desinterligados, os fluxos nos
transformadores T11/T12 e T13/T14 são diferentes. Dessa forma, o despacho da UTE Termorio deverá priorizar
inicialmente a injeção no barramento em que estão localizados os dois bancos com risco de sobrecarga na perda
de um deles.

7.4 UTE Seropédica (ex Barbosa Lima Sobrinho)

A geração térmica na UTE Seropédica pode ser necessária para permitir o


atendimento à carga prevista nos períodos de cargas pesada e média, de forma
a controlar o carregamento na transformação da SE Nova Iguaçu 500/138 kV –
1 x 900 MVA em condição normal de operação.

Com a entrada em operação do 2o transformador 500/138 kV – 900 MVA da SE


Nova Iguaçu, previsto para dezembro de 2021, não será necessário despacho de
geração térmica na UTE Seropédica para controle de carregamento da
transformação da SE Nova Iguaçu.

A Tabela 7-4 a seguir, apresenta os despachos mínimos previstos devido a


razões elétricas na UTE Seropédica para o horizonte de estudo.

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Tabela 7-4: Despachos Mínimos na UTE Seropédica por Razões Elétricas – Maio/2020 a
Dezembro/2024

SEROPÉDICA POTEF: 385,9 CVU: 354,22 GTMIN elétrico


GTMAX GTMIN P M L MÉDIA
mai/20 385,9 0 0 0 0 0,00
jun/20 385,9 0 0 0 0 0,00
jul/20 385,9 0 0 0 0 0,00
ago/20 385,9 0 0 0 0 0,00
set/20 385,9 0 0 0 0 0,00
out/20 385,9 0 150 150 0 75,81
nov/20 385,9 0 150 150 0 72,92
dez/20 385,9 0 150 150 0 76,41
jan/21 385,9 0 250 250 0 118,63
fev/21 385,9 0 250 250 0 123,15
mar/21 385,9 0 250 250 0 131,73
abr/21 385,9 0 0 0 0 0,00
mai/21 385,9 0 0 0 0 0,00
jun/21 385,9 0 0 0 0 0,00
jul/21 385,9 0 0 0 0 0,00
ago/21 385,9 0 0 0 0 0,00
set/21 385,9 0 0 0 0 0,00
out/21 385,9 0 150 150 0 73,38
nov/21 385,9 0 150 150 0 72,92
dez/21 385,9 0 150 150 0 79,04
jan/22 a dez/24 385,9 0 0 0 0 0,00

7.5 UTE Luiz Oscar Rodrigues de Melo (Linhares)

A Usina Luiz Oscar Rodrigues de Melo (UTE Linhares) é uma Termelétrica a gás
natural com potência instalada de 204 MW.

No atual cenário energético, com geração reduzida nas usinas da região Leste
de Minas Gerais e no Espírito Santo, sobretudo na UHE Aimorés e UHE
Mascarenhas, a contingência da LT 230 kV Mesquita-Governador Valadares 2
poderá causar sobrecarga na LT 230 kV Baguari-Governador Valadares 2, que
não admite sobrecarga acima de seu limite contínuo. O desligamento desse
equipamento por proteção, como consequência da referida contingência, poderá
resultar em corte de carga na região de Governador Valadares e na região Norte
do Espírito Santo.

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Adicionalmente, a contingência simples da LT 230 kV Governador Valadares 2-
Conselheiro Pena ou da LT 230 kV Conselheiro Pena-Aimorés, poderá ter o
mesmo efeito na região Norte do Espírito Santo.

A fim de garantir o atendimento à carga prevista, será necessária geração


térmica na UTE Linhares ao longo do segundo quadrimestre de 2020 em todos
os patamares de carga, conforme apresentado na Tabela 7-5.

Tabela 7-5: Despachos Mínimos na UTE Linhares por Razões Elétricas –2020

2020
Carga Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 204 204 204 204 0 0 0 0
Média 204 204 204 204 0 0 0 0
Leve 204 204 204 204 0 0 0 0

A partir de setembro de 2020, com a entrada em operação da SE Governador


Valadares 6 – 500/230 kV e linhas de transmissão associadas, não há mais
necessidade de geração térmica por razões elétricas na UTE Linhares até
dezembro de 2024.

7.6 UTEs de Manaus

Para todos os anos, de 2020 a 2024, o dimensionamento da geração térmica


mínima por razões elétricas terá como objetivo garantir o atendimento ao critério
“N-1” nos transformadores de fronteira, bem como ao critério “N-2” na
interligação TMM que garante a atuação de até 5 estágios do ERAC quando de
contingências duplas nesta interligação.

A capacidade do Parque Térmico atual da área Manaus é da ordem de


1.061 MW, dos quais 657 MW estão alocados na rede de transmissão e 404 MW
na rede de distribuição dos subsistemas Manaus e Mauá

O dimensionamento dessa geração térmica considera a maior carga prevista por


patamar para o sistema Manaus.

A Tabela 7-6, a seguir, mostra os valores de geração térmica por razões elétricas
para os anos de 2020 a 2024 para o conjunto de usinas térmicas de Manaus,
dimensionados a fim de atender à perda dupla da interligação 500 kV TMM,
garantindo a atuação de até 5 estágios do ERAC.

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Tabela 7-6: Geração Térmica Mínima em Manaus – 2020 a 2024

2020
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 575 563 640 679 741 746 706 703
Média 606 593 663 700 753 750 718 677
Leve 505 497 562 593 765 748 721 698
2021
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 662 657 700 690 662 663 694 789 831 847 789 747
Média 686 680 713 714 698 694 718 811 844 851 802 718
Leve 696 690 718 707 682 683 719 794 853 844 802 742
2022
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 709 705 746 706 679 686 718 803 852 872 803 770
Média 735 731 760 731 717 719 743 827 865 876 816 741
Leve 742 737 762 726 701 708 745 810 875 869 817 765
2023
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 749 723 771 723 717 727 755 853 889 864 774 777
Média 776 749 785 749 755 760 781 876 902 869 788 746
Leve 781 756 787 745 738 748 782 857 911 865 793 773
2024
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 766 741 791 756 752 763 793 894 933 910 818 821
Média 793 768 806 784 791 797 819 918 946 915 833 789
Leve 802 777 810 778 772 784 820 897 956 910 838 816

Porém, visando a garantia do atendimento ao critério “N-1” dos transformadores


de fronteira, deverá ser mantida uma geração térmica mínima necessária no
subsistema Manaus e no subsistema Mauá, para os anos de 2020 a 2024,
conforme tabelas a seguir:

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Tabela 7-7: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá – 2020

2020
Subsistema Manaus
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 90 93 69 51 99 117 87 59
Média 126 135 101 90 109 115 98 51
Leve 12 28 31 9 79 74 48 30
Subsistema Mauá
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 63 69 97 106 0 0 0 0
Média 94 102 121 134 0 0 0 0
Leve 29 23 29 63 5 0 0 0

Tabela 7-8: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá – 2021

2021
Subsistema Manaus
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 0 0 0 0 19 23 39 55 22 1 0
Média 8 0 7 15 38 55 55 69 82 50 36 0
Leve 0 0 0 0 0 2 10 1 25 0 0 0
Subsistema Mauá
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Leve 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tabela 7-9: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá – 2022

2022
Subsistema Manaus
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 6 9 4 18 35 12 4
Média 27 43 43 46 58 64 49 8
Leve 0 0 0 0 8 5 0 0

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TÉRMICA POR RESTRIÇÕES ELÉTRICAS PARA O PERÍODO DE MAIO DE 2020 A DEZEMBRO DE 2024
Subsistema Mauá
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0
Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37 11 0
Leve 0 0 0 0 0 0 0 0 0 33 20 0

Tabela 7-10: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá – 2023

2023
Subsistema Manaus
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 0 0 0 0 19 22 16 31 53 28 20
Média 16 0 13 18 41 58 57 60 72 83 66 24
Leve 0 0 0 0 0 4 11 0 20 21 3 0
Subsistema Mauá
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 0 0 0 0 0 0 7 23 39 11 0
Média 0 0 4 1 0 0 0 22 36 51 25 0
Leve 0 0 1 0 5 4 15 16 43 48 34 3

Tabela 7-11: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá – 2024

2024
Subsistema Manaus(*)
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Leve 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Subsistema Mauá
Carga Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pesada 0 0 0 0 0 0 0 15 32 48 20 0
Média 0 0 9 7 4 0 2 30 45 61 34 0
Leve 0 0 7 6 11 10 23 25 52 58 44 13

(*) Considerou-se em operação comercial a solução estrutural para a SE Manaus 230/69 kV – SE Tarumã 230/138 kV e
obras associadas, porém ainda sem outorga.

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Cumpre observar que os valores de geração térmica para atendimento ao critério
“N-1” nos transformadores de fronteira dos subsistemas Manaus e Mauá foram
dimensionados considerando a carga e o cronograma de obras encaminhado
pela distribuidora.

Destaca-se que não foi enviada para o ONS a previsão de carga, considerando o
atraso para entrada em operação da SE Tarumã 230/138 kV e obras associadas,
que ainda não possuem outorgas definidas. Por este motivo, não foi possível
analisar o possível atraso destas obras e a geração térmica mínima necessária
para atender ao critério N-1 do subsistema Manaus, no ano de 2024.

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Lista de figuras e tabelas

Figuras

Figura 2-1: Configuração Final dos Subsistemas e Linhas de


Interligação com as Grandes Usinas Separadas – 2024 7

Figura 2-2: Configuração Final Considerando apenas os


Subsistemas – 2024 8

Figura 5-1: Localização Geográfica da Interligação Sul - Sudeste –


Configurações até 2024 19

Figura 5-2: Cenário Sudeste Importador das Regiões Norte e Sul –


Possível de Acontecer no Primeiro Semestre 23

Figura 5-3: Localização Geográfica das Interligações Norte –


Nordeste, Norte-Sul e Sudeste-Nordeste – Configurações
até 2024 24

Figura 5-4: Limites para Manaus e Macapá a partir do Nó de Xingu 29

Figura 6-1: Diagrama Resumo para as Regiões Sul e Sudeste 30

Figura 6-2: Diagrama Resumo para as Regiões Norte/Nordeste –


Considerando o Nó de Xingu 31

Figura 7-1: Configuração dos Barramentos de 138 kV da SE São


José e da UTE Termorio 37

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Tabelas

Tabela 3-1: Descrição dos Fluxos e Intercâmbios Considerados 10

Tabela 4-1: Fronteiras entre os Submercados Sul e Sudeste/Centro-


Oeste até Dezembro de 2024 15

Tabela 4-2: Fronteiras entre os Submercados Norte, Nordeste e


Sudeste/Centro-Oeste até Dezembro de 2024 16

Tabela 5-1: Obras com Influência no Desempenho das Interligações


Sul - Sudeste Previstas para Entrada em Operação até o
Horizonte 2024 20

Tabela 5-2: Limites nas Interligações Sul - Sudeste (MW) com a


Usina de Itaipu Separada 21

Tabela 5-3: Obras Previstas para Reforço das Interligações


Nordeste-Sudeste e Norte-Sudeste 25

Tabela 5-4: Limites nas Interligações Norte-Nordeste, Sudeste-


Nordeste e Norte – Sudeste. – Considerando o Nó de
Xingu (MW) 26

Tabela 7-1: Despachos Mínimos na UTE Candiota III por Razões


Elétricas – Maio/2020 a Dezembro/2024 – Considera o
Ciclo de Operação da Usina 34

Tabela 7-2: Despachos Mínimos na UTE Jorge Lacerda por Razões


Elétricas - Maio/2020 a Dezembro/2024 - Considerando o
Ciclo de Operação Diário da Instalação e o Mínimo Custo
Operacional 36

Tabela 7-3: Despachos Mínimos na UTE Termorio por Razões


Elétricas – Maio/2020 a Dezembro/2024 38

Tabela 7-4: Despachos Mínimos na UTE Seropédica por Razões


Elétricas – Maio/2020 a Dezembro/2024 40

Tabela 7-5: Despachos Mínimos na UTE Linhares por Razões


Elétricas –2020 41

Tabela 7-6: Geração Térmica Mínima em Manaus – 2020 a 2024 42

Tabela 7-7: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá


– 2020 43

Tabela 7-8: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá


– 2021 43

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Tabela 7-9: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e Mauá
– 2022 43

Tabela 7-10: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e


Mauá – 2023 44

Tabela 7-11: Geração Térmica Mínima no Subsistema Manaus e


Mauá – 2024 44

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