Você está na página 1de 6

ESTUDO DA LINHA DE TRANSMISSÃO ANASTÁCIO –

CORUMBÁ 230 KV/ MS

SILVA, JÉSSICA DA.


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense
Campus Videira – Engenharia Elétrica
E-mails: jeh.js92@gmail.com

Resumo Linhas de transmissão são fundamentais para levar energia elétrica de usinas ao centros
consumidores, pensando nisso cada vez mais se faz necessário a ampliação das mesmas por todo o
território nacional, interligando a demanda e a geração, buscando suprir as necessidades.

Palavras-chave Linhas de Transmissão, Mato Grosso do Sul, ONS, SIN, Anastácio, Corumbá.

1. Introdução

No Brasil e no mundo, a geração de energia elétrica esta predominantemente instalada longe


de cidades e grandes centros consumidores, construídas sempre de modo a maximizar a geração
aproveitando ao máximo os recursos necessários. O fato traz a necessidade de levar a potência
desde a geração até a carga, neste caso entram as linhas de transmissão que são responsáveis por
essa interligação.
O Sistema Interligado Nacional (SIN) é composto por diferentes empresas pelo Brasil, em
conjunto com a ONS – Operador Nacional do Sistema, boa parte da capacidade de geração está nas
bases de dados, exceto alguns pontos de sistemas isolados como os que são encontrados na região
norte. A Figura 1.1 apresenta as linhas de transmissão instaladas no país em 2021.

Figura 1.1 – Linhas de transmissão do Brasil em 2021 (Fonte: http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-


sin/mapas)
O estado do Mato Grosso do Sul é um dos dez maiores estados brasileiros, sua economia é
predominantemente agrícola, ou seja, o estado possui poucas indústrias se comparado com alguns
estados vizinhos. Embora não seja um grande consumidor, a região sofre com épocas de estiagem,
onde as hidrelétricas da região não conseguem suprir as necessidades do estado, por isso a
construção de cada vez mais linhas de transmissão que interliguem o estado ao SIN.

2. Fundamentação Teórica

Com o intuito de ampliar a rede básica de fornecimento no estado do Mato Grosso do Sul e
distribuir a garação de hidrelétrica e usinas a biomassa, a Aneel lançou o EDITAL LEILÃO Nº
008/2010 que previa a criação da Linha de Transmissão de Anastácio-Corumbá 230 KV com
potência de 100MVA, é formada por circuito duplo, com extensão de 277 km, tem sua origem na
Subestação Anastácio e término na Subestação Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul,
conforme Figura 2.1 e a Figura 2.2 apresenta o diagrama unifilar da Linha.

Figura 2.1 – LT Anastácio-Corumbá (Fonte: http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas)


Figura 2.2 – Unifilar geral da área de implantação (Fonte: EDITAL LEILÃO Nº 008/2010)

A LT Anastácio-Corumbá 230kV foi construída pela empresa Linha de Transmissão


Corumbá LTDA com anuência da Elecnor Transmissão de Energia LTDA, conforme outorgado pelo
decreto s/nº, de 1º de junho de 2011, publicado no Diário Oficial em 02 de junho de 2011. O prazo
de concessão é de 30 anos, a contar da data de celebração do contrato, o mesmo estabelece a
construção, manutenção e operação da Linha de transmissão e a Subestação de Corumbá.
A transmissora teve o prazo de 24 meses da data de assinatura do contrato para finalizar as
construções para a entrada em operação da linha, o mesmo ocorreu em 29 de setembro de 2013,
alguns dias antes do prazo.
Pelo contrato de transmissão, a empresa responsável pela linha tem a obrigação de investir
1% do de sua receita em estudos e pesquisas relacionadas ao setor elétrico, confirme estabelece a
Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000.
A Receita Anual Permitida (RAP) da linha na assinatura do contrato foi de R$ 16.632.000,00
(dezesseis milhões, seiscentos e trinta e dois mil reais), sendo atualizados anualmente pelo IPCA. O
orçamento detalhado de construção da linha de transmissão conforme Figura 2.3, mostra o valor
desembolsado pela empresa.
Figura 2.3 – Anexo V (Fonte: CONTRATO DE CONCESSÃO Nº 005/2011·ANEEL)

Com base em estudos da região um dos requisitos que a transmissão deveria atender como
mostra a Figura 2.4, a transmissora precisa disponibilizar capacidade operativa de curta
duração, conforme regulamentado pela ANEEL.

Figura 2.4 – Capacidade Operativa (Fonte: EDITAL LEILÃO Nº 008/2010)


A capacidade de corrente de longa duração e curta duração devem atender às
diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422 da ABNT, conforme os dados do Sindat na
Figura 2.5 mostra os dados atuais da linha em funcionamento.

Figura 2.5– LT Anastácio-Corumbá - Dados (Fonte: http://www.ons.org.br/paginas/sobre-o-sin/mapas)


A Figura 2.6 mostra o fluxo de potência da linha conforme os estudos realizados para o
Leilão da Linha de Transmissão.

Figura 2.6– Fluxo de Potência (Fonte: Análise Técnico-Econômica de Alternativas)

3 Conclusão

A partir dos dados verificados foi possível ampliar os conhecimentos relativos as linhas de
transmissão já verificados em sala de aula.

Referências Bibliográficas

EDITAL LEILÃO ANEEL Nº008/2010. Disponível em: https://www.aneel.gov.br/transmissao4


Acesso em 10/10/2021

CONTRATO DE CONCESSÃO Nº 005/2011. Disponível em:


https://www.aneel.gov.br/contratosslc Acesso em 10/10/2021

SINDAT – SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL. Disponível em:


http://sindat.ons.org.br/SINDAT/Home/ControleSistema. Acesso em 10/10/2021

ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS – RELATÓRIO R1 Disponível em:


https://www.aneel.gov.br/transmissao4 Acesso em 10/10/2021

Análise Técnico-Econômica de Alternativas

Você também pode gostar