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POSP

Planejamento de um
Sistema de Potência (parte IV)

18-04-23
PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DE UM SISTEMA DE POTÊNCIA
ESTRUTURA (Componentes)

GOVERNANÇA (Operador, Planejador, Câmara de Comercialização de EE, Agentes, Investidores,


Comercializadores, Regulador, Governo)

PLANEJAMENTO (atribuições, funções, planos, critérios e procedimentos)

OPERAÇÃO (atribuições, funções, Procedimentos de Rede, centros de controle)

SUPERVISÃO E CONTROLE

PREVISÕES
Carga, geração

SIMULAÇÃO
Fluxo de Potência, Curto Circuito, Estabilidade, Transitórios Eletromagnéticos

ECONOMIA DA OPERAÇÃO E PLANEJAMENTO

MODERNIZAÇÃO DO GRID
Recapitulando ....
Os estudos de planejamento de sistemas de transmissão consistem,
basicamente, em comparações entre duas ou mais alternativas
previamente formuladas, levando em conta:

Natureza técnica - desempenho da alternativa sob o ponto de vista elétrico;


Natureza econômica – avaliação do custo e benefício da alternativa.

A Sequência de estudos é a seguinte:


 Preparação de dados;
 Formulação de alternativas;
 Pré-seleção de alternativas;
 Estudos elétricos;
 Estudos econômicos;
 Avaliação final.
Os estudos elétricos compõem-se de :

 Fluxo de potência;
 Confiabilidade (adequação)
 Estabilidade Eletromecânica;
 Estabilidade de Tensão;
 Transitórios eletromagnéticos
 Estudos de Curto-Circuito
 Estudos de Carga Especiais;
Algumas referências adicionais ....
Ainda sobre Fluxo de Potência,
carregamento de equipamentos....
Modelo Térmico de Carregamento de Linhas de Transmissão
Procedimentos de Rede Submódulo 23-3

5.3.9 Limites de carregamento de linhas de transmissão

5.3.9.1 Os limites de carregamento das linhas de transmissão existentes são os estabelecidos


nos Contratos de Prestação de Serviços de Transmissão – CPST.

5.3.9.2 Para novas linhas de transmissão a serem incorporadas ao SIN, devem ser utilizados os
limites de carregamento definidos no processo de outorga. Na falta desses valores, devem ser
utilizados valores indicativos de capacidade operativa de longa e de curta duração,
definidos a partir da metodologia estabelecida pela Resolução Normativa ANEEL nº 191, de
12 de dezembro de 2005, e sucedâneas.

5.3.9.3 Os critérios relacionados aos limites de carregamento de linhas de transmissão estão


estabelecidos na Resolução Normativa ANEEL nº 191, de 2005, e sucedâneas.
Procedimentos de Rede Submódulo 23-3

5.3.10 Limites de carregamento de transformadores e autotransformadores

5.3.10.1 Os limites de carregamento de transformadores e autotransformadores existentes são os


estabelecidos nos Contratos de Prestação de Serviços de Transmissão – CPST.

5.3.10.2 Para novos transformadores e autotransformadores devem ser utilizados os limites de


carregamento definidos no processo de outorga. Na falta desses valores, devem ser utilizados
valores indicativos de capacidade operativa em regime normal e de longa e de curta
duração, definidos a partir da metodologia estabelecida pela Resolução Normativa ANEEL nº
191, de 12 de dezembro de 2005.

5.3.10.3 Os critérios relacionados aos limites de carregamento de transformadores e


autotransformadores estão estabelecidos na Resolução Normativa ANEEL nº 191, de 12 de
dezembro de 2005.
As Interligações tem papel
fundamental no Setor Elétrico
Brasileiro e por isso merece especial
atenção no seu planejamento.
INTERLIGAÇÕES ENTRE SUBMERCADOS

As interligações regionais caracterizam-se pela capacidade


de permitir o transporte de grandes blocos de energia entre
subsistemas e empresas de caráter regional.

O dimensionamento dos elos de interligações regionais requer


a análise de aspectos energéticos, elétricos e econômicos.

Realizado o diagnóstico das interligações regionais no


horizonte de longo prazo, até o ano 2033, com foco específico
nas interligações entre as regiões Norte/Nordeste e
Sudeste/Centro-Oeste, considerando a forte expansão da
oferta de geração renovável na região Nordeste, prevista
para ocorrer ao longo dos próximos anos.

No final do horizonte considerado nesta nota técnica (2033),


estima-se uma capacidade instalada em renováveis entre 57
GW e 72 GW, primordialmente na região Nordeste, seguindo
as premissas do Cenário de Referência e do Cenário Superior
do PDE 2030, respectivamente.
Confiabilidade (adequação)

Os estudos de confiabilidade
permitem avaliação dos riscos
probabilísticos inerentes ao sistema
elétrico. O nível de confiabilidade da
rede é expresso em índices de
desempenho.

Os mais utilizados são:


LOLP – Loss of Load Probability
EENS – Expected Energy not Supplied

A ferramenta computacional
utilizada nestes estudos é o
programa NH2 – Nível Hierárquico 2.
ESTUDOS DE ESTABILIDADE
ELETROMECÂNICA
Os estudos de estabilidade transitória e
dinâmica estão relacionados com
grandes perturbações no sistema.

Neste caso, a estabilidade depende do


local e amplitude da perturbação,
enquanto que a estabilidade sob
pequenas perturbações é dependente
do estado do sistema.

Os estudos de estabilidade transitória


que incluem o exame do
amortecimento das oscilações do
sistema são denominados estudos de
estabilidade dinâmica.
ESTABILIDADE DE TENSÃO

Esses estudos tem por objetivo verificar a margem


existente de um ponto de operação estável para
o ponto de colapso de tensão.

Margem de estabilidade de tensão é a distância


entre o ponto de operação corrente e o ponto
onde o sistema de potência torna-se instável.

Em geral, esta distância é medida em termos da


variação da demanda do sistema, numa
determinada direção. Esta direção de variação é
caracterizada pelas barras que sofrem alteração
na demanda, assim como pelo comportamento
do fator de potência durante a trajetória.

Apesar de ser um processo dinâmico, são realizadas análises estáticas baseadas em levantamentos
de curvas PxV e VxQ para avaliação da estabilidade de tensão.
Transitórios eletromagnéticos

Avaliam as consequências para o sistema,


quando o mesmo é submetido a
chaveamentos (manobras) dos seus
elementos, realizados de forma manual ou
automática.

O principal objetivo é assegurar que não Free edition -https://www.pscad.com/software/pscad/overview


surjam solicitações de tensão ou corrente que
venham a colocar em risco os diversos
equipamentos da rede. São realizados na
fase de detalhamento da alternativa
selecionada.

As ferramentas que normalmente são


utilizadas nos estudos de transitórios
eletromagnéticos são PSCAD ou EMTDC.
Estudos de Curto-Circuito

Fornecem o nível de curto-circuito nos


barramentos, bem como as contribuições em
todos os ramos.

Para as novas instalações os níveis de curto-


circuito nos barramentos são necessários para:
• dimensionamento elétrico e mecânico de
disjuntores, chaves seccionadoras,
transformadores de corrente, barramentos e
linhas de transmissão;
• dimensionamento de aterramento de
instalações;
• escolha e ajuste de proteção.

Os estudos de curto-circuito também são


necessários para subsidiar os estudos dos sistemas
de proteção, de estabilidade eletromecânica e
transitórios eletromagnéticos.
Cargas Especiais

Estudos relacionados à ligação ou a


expansão de instalações com
comportamento não linear, intermitente
e/ou desequilibrado, causadoras de
perturbações que deterioram a qualidade
de fornecimento de energia elétrica.

As perturbações podem ser agrupadas


em:
Distorções Harmônicas;
Flutuações de Tensão; e
Desequilíbrio de Tensão. Power Quality In Electrical Systems
POWER QUALITY BASICS: HARMONICS | Power Quality In Electrical Systems
PERSPECTIVAS TECNOLÓGICAS PARA A TRANSMISSÃO

Maior participação de fontes renováveis,


principalmente eólicas e fotovoltaicas, leva à
necessidade de expansão da transmissão, para
ampliar a capacidade de escoamento local e
de intercâmbio entre os submercados, e
também para prover o sistema de flexibilidade e
controlabilidade.

Possibilidade crescente de uso de FACTS (Flexible


Alternating-Current Transmission System), como
por exemplo SVC, que são tecnologias baseadas
em eletrônica de potência, voltadas para o
fortalecimento do controle e a estabilidade do
sistema.
PERSPECTIVAS TECNOLÓGICAS PARA A TRANSMISSÃO

Observem-se crescentes dificuldades


socioambientais para a expansão da
transmissão, sendo importante dessa
forma explorar ao máximo a capacidade
das linhas de transmissão.

É estratégico planejar a rede


considerando alternativas de troncos de
transmissão com capacidades operativas
cada vez mais elevadas visando uma
maior eficiência do uso das faixas de
servidão.
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS

Pré-Seleção de Alternativas

Existem dois procedimentos complementares que podem ser empregados.

O primeiro está direcionado para a seleção da alternativa de custo mínimo


e alternativas de custos próximos.

O segundo procedimento, baseia-se na análise de custos e benefícios,


permite estabelecer definitivamente a melhor alternativa para o plano de
expansão em análise.

A análise de custo-benefício fornece linhas orientativas para a distribuição


de recursos entre regiões e segmentos da economia e, desta forma,
estabelece prioridades.
Seleção da Alternativa de Menor Custo

Através da análise do desempenho elétrico do sistema as várias


alternativas de expansão são comparadas tecnicamente.

Uma vez estabelecido que as várias expansões são tecnicamente


equivalentes, um dos fatores a ser levado em consideração para a
definição da alternativa de custo mínimo é a vantagem econômica de
uma alternativa em relação às demais.

A seleção de alternativas de menor custo é baseada no método do


Valor Presente dos Custos Equivalentes.
Deve-se observar a diferença conceitual entre ano horizonte de planejamento e
ano horizonte econômico:

 o ano horizonte de planejamento é o último ano para o qual se investigaria


configurações alternativas para atender à evolução de demanda, ou seja, o
último ano em que ainda ocorreriam investimentos;

 o ano horizonte econômico é o tempo suficiente para que a lucratividade do


empreendimento possa amortizar o capital e acumular um fundo para a
reposição dos equipamentos.
Boa tarde!

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