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Resumo
Língua materna tem sido apontada como um dos fatores que influenciam o desempenho
educacional. Assim, considerando que Moçambique apresenta uma diversidade
lingüística e étnica, o presente estudo procurou examinar se existem diferenciais
educacionais explicados pela língua materna. Com base no s dados da IDS (DHS) 2003,
os resultados apontam para existência de desigualdades educacionais devido a língua
materna do individuo, mesmo quando as variáveis socioeconômicas são incluídas no
estudo. A língua portuguesa mostra-se vantagem em relação às demais línguas quando se
analisa o analfabetismo e progressão escolar. Porém, não se mostra importante na analise
da freqüência escolar.
*
Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos PopulacionaisM, ABEP, realizado em
Caxambú- MG – Brasil, de 29 de Setembro a 3 de Outubro de 2008.
†
Instituto Nacional de Estatística – Moçambique.
‡
Cedeplar – UFMG.
1
Línguas Maternas e Escolaridade em Moçambique§
1. Introdução
§
Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos PopulacionaisM, ABEP, realizado em
Caxambú- MG – Brasil, de 29 de Setembro a 3 de Outubro de 2008.
**
Instituto Nacional de Estatística – Moçambique.
††
Cedeplar – UFMG.
2
representa o grupo étnico emakhua, constitue a língua materna de maior parte da
população moçambicana – 26,3%. Em seguida, está o xichamghana com 14,4%. Elomwe
e Cisena surgem na terceira e quarta posição, como a língua materna de 7,9% e 7,0% da
população moçambicana, respectivamente. Por sua vez, o Português, que é a língua
oficial do país, surge como a língua materna de 6,5% da população.
Ainda com base nos dados do Censo 97, ao analisar-se as línguas que a população
fala com mais frequência em casa verifica-se que o padrão é praticamente semelhante
àquele verificado pela distribuição da população segundo as línguas maternas – como
ilustra a Tabela 1. Tal fato indica que a língua materna é comumente adotada na
comunicação em casa.
Tabela 1
Distribuição percentual da população segundo língua materna e
língua que fala com mais frequência em casa – Moçambique, 1997
Língua Língua falada
Línguas materna (%) em casa (%)
Português 6.5 8.8
Como se pode notar, o português apesar de ser a língua oficial do país, ela constitue a
língua materna de pequena parcela da população, essencialmente urbana. Ademais, ela é
falada por 40% da população, sendo que o maior contigente de população que sabe falar
português está na faixa etária de 10-14 e 15-19 anos, com 48,6% e 52,5%
respectivamente (INE, 1999).
3
ensino – no caso, a língua portuguesa. O elevado índice de analfabetismo e a baixa
freqüência escolar, em parte, seriam, também, apontados como conseqüências do fator
língua, porque, segundo CONCEIÇÃO et al‡‡, citados por MOÇAMBIQUE (1999), nas
áreas onde a maioria da população não fala português, a escola é percebida como algo
fora do ambiente, como uma instituição que veicula valores e conhecimentos em uma
língua “estrangeira” e estranho ao meio familiar e comunitário.
Como forma de analisar a relação língua materna e escolaridade, está em curso,
desde 1993, um projeto experimental de ensino bilingue, que consiste na introdução de
línguas nacionais nos primeiros anos do ensino primário, para posteriormente adotar-se
apenas o português (como segunda língua) nas restantes classes. De acordo com LOPES,
(1998), este projeto contempla duas escolas na província de Gaza, ao sul de Moçambique,
cuja língua materna é xichangana e três em Tete, que se localiza no Centro, que tem
cinyanja como língua materna. Segundo LOPES (1998), as avaliações da primeira fase
do projecto apontam para resultados positivos na medida que os pais estão interessados
em que os filhos tenham um ensino bilingue. Nesse sentido, a vantagem citada diz
respeito ao aspecto cultural em si, assente na valorização da identidade africana. O
referido autor reconhece que outros resultados positivos da actual experiência podem
estar relacionados a outros aspectos organizativos como a disponibilidade de professores
qualificados, material escolar, etc, uma vez que tais escolas têm um tratamento e atenção
diferente das demais escolas públicas.
‡‡
Conceição et al (1998). Relatório das pesquisas antropológicas sobre a interação entre cultura e a escola
oficial, realizadas nas províncias de Nampula, Manica e Inhambane. Maputo: Universidade Eduardo
Mondlane, 1998.
4
domicílios inquiridos, foram identificados 8450 indivíduos de 10-14 anos de idade, que
constitui o grupo etário desta análise.
Para este estudo, foram selecionadas variáveis que representam a questão do
desempenho educacional, quais sejam: a freqüência escolar, analfabetismo e progressão
na 1a classe. Também foram utilizadas outras variáveis que têm sido freqüentes nos
estudos sobre determinantes educacionais.
§§
Neste caso, trata-se da proporção de indivíduos que freqüentavam a escola no momento da entrevista.
5
Tabela 2
Método, Variáveis dependentes, independentes usadas
na análise dos diferenciais étnicos no desempenho educacional
Modelo de Variáveis Váriáveis de Controle Variáveis
análise Dependentes Independentes
Se a criança de 10 –14
Frequência Regressão
anos frequenta ou não à Idade Línguas:
Escolar Logística
escola. Sexo do indivíduo 1. Português
Sexo do chefe 2. Emakhua
Se a criança de 10 –14 Número de crianças 3.Xichanghana
Progressão Regressão
progrediu da 1a para 2a Orfandade 4. Outras
Escolar Logística
série. Área de residência 5. Sem língua
Região de residência 6. Mães ausentes
Regressão Se a criança de 10 –14 é Educação do chefe
Analfabetismo
Logística analfabeta ou não. Nível econômico
4. RESULTADOS
Com base nos dados do IDS 2003 é possível verificar-se a relação entre línguas
nacionais e o desempenho educacional das crianças. Em relação a frequência escolar, a
Tabela 3 mostra que entre as crianças cujas mães têm português como língua materna,
93% delas frequentam à escola. Para as crianças cujas mães falam emakhua, apenas 76%
frequentam uma escola, enquanto para xichanghana esse percentual passa para 92%.
Ao analisar-se a progressão escolar, a relativa vantagem do português e do
xichanghana mantêm-se, já que a taxa de progressão escolar das crianças cujas mães
falam estas línguas é de 92% e 94%, respectivamente. Este padrão repete-se na análise do
percentual de crianças analfabetas, pois verifica-se que as menores taxas parecem estar
associadas às mães cujas línguas maternas é o português e/ou xichanghana.
Tabela 3
Percentual de crianças que frequentam à escola; que
progrediram na 1 série e analfabetas, segundo língua materna da mãe.
Frequência Progressão na Analfabetismo
Escolar (%) 1a série (%) (%)
Português 93 92 20.6
Emakhua 76 71 64
Xichanghana 92,3 94 29,4
Outras 78,7 75 50,5
sem língua 81,4 80,4 41,6
Mães ausentes 75,6 76,9 44,3
Fonte: IDS, 2003. Cálculos do autor.
6
significante da população fala o português e ao maior desenvolvimento socio-econômico
da região Sul, falante da língua xichanghana. Sendo assim, para captar o efeito líquido
das línguas, efetuou-se a analise multivariada, com a presença de outras variáveis
importantes.
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Tabela 4
Razão de chance dos determinantes da freqüência escolar – Moçambique, 2003
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Razão de Razão de
Variáveis Chance Chance
Constant 2,099 0,765 0,867
Língua materna da mãe
Mães ausentes 1,000 1,000
Português 4,011* 1,670***
Emakhua 1,032 1,457*
Xichangana 3,993* 1,169
Outras 1,234* 1,058
Sem língua (missing) 1,467* 1,081
Interação (Língua da mãe X
Escolaridade da mãe)
Português X sem escolaridade 1,102
Português X 1 a 3 anos 1,165
Português X 4 anos e mais 3,479**
Emakhua X sem escolaridade 1,044
Emakhua X 1 a 3 anos 1,861*
Emakhua X 4 anos e mais 7,130*
Xichangana X sem escolaridade 0,972
Xichangana X 1 a 3 anos 1,111
Xichangana X 4 anos e mais 1,882***
Outras X sem escolaridade 0,776**
Outras X 1 a 3 anos 1,423**
Outras X 4 anos e mais 2,821*
Sem língua X sem escolaridade 0,941
Sem língua X 1 a 3 anos 1,122
Sem língua X 4 anos e mais 1,635**
Idade do indivíduo 1,006 1,010
Sexo do indivíduo
Feminino 1,000 1,000
Masculino 1,429* 1,433*
Sexo do chefe do domicílio
Chefia masculina 1,000 1,000
Chefia feminina 1,301* 1,238*
Número de crianças
Número de crianças (0-6 anos) 1,020 1,020
Número de crianças (7-14 anos) 0,974 0,981
Orfandade
Não órfão 1,000 1,000
órfão de pai 0,979 0,963
Órfão de mãe 0,767** 0,755**
órfão de ambos 0,642* 0,641*
Parentesco
Filho 1,000 1,000
Neto 1,062 0,965
Enteados 1,062 1,058
Outros parentes 0,601* 0,604*
Não parente 0,108* 0,111*
Local de residência
Rural 1,000 1,000
Urbano 1,112 1,075
Região de residência
Região Norte 1,000 1,000
Região Centro 1,502* 1,531*
Região Sul 2,969* 2,911*
8
..
Educação do chefe do domicílio
Analfabeto 1,000 1,000
1 a 5 anos de estudo 1,990* 1,694*
6 e mais 3,885* 2,877*
Situação Econômica
Pobre 1,000 1,000
Média 1,019 1,000
Rica 1,921* 1,875*
Muito rica 3,275* 3,082*
Cabe ressaltar que a língua materna da mãe do indivíduo - usada como proxy para
etnia - assim como a escolaridade da mãe são variáveis altamente co-relacionadas.
Portanto, o modelo III apresenta uma interação entre língua materna e escolaridade da
mãe, com o objetivo de procurar aferir o impacto das línguas materna da mãe no
desempenho educacional do filho, quando a escolaridade da mãe é controlada.
Os resultados deste modelo mostram grandes diferenças no efeito das línguas
maternas na frequência escolar. Nesse sentido, destaca-se que, para as categorias de 1 a 3
anos e 4 anos e mais de escolaridade das mães, o emakhua se saiu melhor do que o
português em termos de razão de chances. Por exemplo, para as mães com 4 anos e mais
de escolaridade, ter o emakhua como língua materna aumenta em 2 vezes as chances dos
seus filhos freqüentarem a escola, em relação às chances associadas aos filhos cujas mães
têm o português como língua materna. Este resultado contrasta com a literatura
(CONCEIÇÃO et al, 1999, NGUNGA, 2000) segundo a qual crianças cuja língua
materna não é o português, tendem a não freqüentar a escola, uma vez que a percebem
como algo exterior ao seu meio.
9
Gráfico 1: Razão de Chance da interação entre frequência escolar e
língua m aterna - Moçam bique, 2003
6
razão de chance
0
Sem escolaridade 1 a 3 anos 4 anos e mais
Fonte: Tabela 4.
Analfabetismo
A Tabela 5 traz resultados da análise multivariada que captou o efeito das línguas
maternas no analfabetismo. No modelo II, todas as línguas apresentam efeitos
significativos. A razão de chance referente às mães cuja língua materna é o português
indica que o risco dos filhos serem analfabetos é 61% menor quando comparados com as
crianças cujas mães estavam ausentes. Para a língua emakhua, a chance é 36% menor,
enquanto para as categorias outras línguas e sem língua, esta passa para 35% e 47%,
respectivamente. Assim sendo, tem-se que o fato da mãe ter o português como língua
materna tem um efeito muito maior na redução do risco de analfabetismo.
Analisando a interação língua materna e escolaridade da mãe, também verifica-se
que, diante do mesmo nível educacional, ter português como língua materna sempre leva
vantagem no processo de alfabetização. Quando se trata de habilidades de leitura e
escrita, ter português como língua materna traz vantagens em relação às demais línguas.
Diferente do comportamento da freqüência escolar, a análise dos resultados do
analfabetismo contrasta com as conclusões de SOVERANO (1997), segundo o qual “os
resultados não nos permitem afirmar que os alunos que tiveram a língua materna como
meio de ensino lêem melhor que os que tiveram a segunda língua como meio de ensino.”
Conclui-se assim que, em termos saber ler e escrever, a influência do português é
considerável.
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Tabela 5
Razão de chance dos determinantes do Analfabetismo – Moçambique, 2003
Modelo I Modelo II Modelo III
Variáveis Razão de chance Razão de chance Razão de chance
Constant 0,813* 12,133* 10,712*
Língua materna da mãe
Mães ausentes 1,000 1,000
Português 0,320* 0,386*
Emakhua 2,187* 0,643*
Xichanghana 0,512* 0,904*
Outras línguas 1,253* 0,652*
Sem língua 0,876* 0,531*
Interação (Língua materna da mãe
x Escolaridade da mãe)
Português X sem escolaridade 0,673
Português X 1 a 3 anos 0,347**
Português X 4 anos e mais 0,325*
Emakhua X sem escolaridade 0,718**
Emakhua X 1 a 3 anos 0,734***
Emakhua X 4 anos e mais 0,422*
Xichangana X sem escolaridade 1,171
Xichangana X 1 a 3 anos 1,073
Xichangana X 4 anos e mais 0,552*
Outras X sem escolaridade 0,865
Outras X 1 a 3 anos 0,589*
Outras X 4 anos e mais 0,428*
Sem língua X sem escolaridade 0,610*
Sem língua X 1 a 3 anos 0,598*
Sem língua X 4 anos e mais 0,355*
Sexo do indivíduo
Feminino 1,000 1,000
Masculino 0,839* 0,835*
Sexo do chefe do domicílio
Chefia masculina 1,000 1,000
Chefia feminina 0,741 0,776*
Número de crianças
Número de crianças (0-6 anos) 1,029 1,027
Número de crianças (7-14 anos) 0,928* 0,923*
Orfandade
Não-órfão 1,000 1,000
Órfão de pai 1,000 1,004
Órfão de mãe 0,776** 0,797***
Órfão de ambos 1,085 1,098
Parentesco
Filho 1,000 1,000
Neto 0,708* 0,767*
Enteados 1,041 1,052
Outros parentes 0,758* 0,760*
Não parente / foster 1,409** 1,420***
Local de residência
Rural 1,000 1,000
Urbano 0,664* 0,681*
Região de residência
Região Norte 1,000 1,000
Região Centro 0,636* 0,629*
Região Sul 0,289* 0,294*
Educação do chefe
11
Anallfabeto
1 a 5 anos de estudo 0,608* 0,682*
6 e mais 0,273* 0,341*
Situação Econômica
Pobre
Média 0,789* 0,807*
Rica 0,563* 0,580*
Muito rica 0,320* 0,342*
* parâmetro significante a 1%; ** parâmetro significante a 5%; *** parâmetro significante a 10%
Fonte: INE e MISAU. IDS, 2003. (estimativas nossas)
1,4
1,2
razão de chance
0,8
0,6
0,4
0,2
0
Sem escolaridade 1 a 3 anos 4 anos e mais
Fonte: Tabela 5
A Progressão na 1ª série
12
conforme aponta (NGUNGA, 2000). Por outro lado, quando se trata de mães de elevada
escolaridade (4 anos e mais), a língua portuguesa não se sai melhor que a língua
emakhua. Mais uma vez, o background da etnia emakhua traz consigo vantagens em
relação às famílias com língua materna português.
Tabela 6
Razão de chance dos determinantes da Progressão Escolar – Moçambique, 2003
Modelo I Modelo II Modelo III
Variáveis Razão de chance Razão de chance Razão de chance
Constant 3,243* 0,380* 0,440*
Língua materna da mãe
Mães ausentes 1,000 1,000 -----
Português 3,450* 4,670* -----
Emakhua 0,763* 2,332* -----
Xichanghana 4,517* 2,383* -----
Outras línguas 0,942 1,816* -----
Sem língua 1,268* 2,268* -----
Interação (Língua materna da mãe
x Escolaridade da mãe)
Português X sem escolaridade ----- 3,340**
Português X 1 a 3 anos ------ 4,465**
Português X 4 anos e mais ----- 7,374*
Emakhua X sem escolaridade ----- 1,627*
Emakhua X 1 a 3 anos ----- 3,032*
Emakhua X 4 anos e mais ----- 12,133*
Xichangana X sem escolaridade ----- 1,454***
Xichangana X 1 a 3 anos ----- 3,265*
Xichangana X 4 anos e mais ----- 11,446*
Outras X sem escolaridade ----- 1,308*
Outras X 1 a 3 anos ----- 2,506*
Outras X 4 anos e mais ----- 5,717*
Sem língua X sem escolaridade ----- 1,843*
Sem língua X 1 a 3 anos ----- 2,772*
Sem língua X 4 anos e mais ----- 5,864*
Sexo do indivíduo
Feminino 1,000 1,000
Masculino 1,301* 1,303*
Sexo do chefe do domicílio
Chefia masculina 1,000 1,000
Chefia feminina 1,368* 1,293*
Número de crianças
Número de crianças (0-6 anos) 0,992 0,992
Número de crianças (7-14 anos) 0,997 1,004
Orfandade
Não-órfão 1,000 1,000
Órfão de pai 1,115 1,098
Órfão de mãe 1,468** 1,418**
Órfão de ambos 1,053 1,033
Parentesco
Filhos 1,000 1,000
Neto 1,817* 1,629*
Enteados 1,210 1,212
Outros parentes 1,130 1,129
Não parente / foster 0,417* 0,421*
Local de residência
Rural 1,000 1,000
13
Urbano 1,363* 1,312*
Região de residência
Região Norte 1,000 1,000
Região Centro 1,534* 1,562*
Região Sul 3,532* 3,464*
Educação do chefe
Analfabeto 1,000 1,000
1 a 5 anos de estudo 1,955* 1,601*
6 e mais 4,738* 3,293*
Situação Econômica
Pobre 1,000 1,000
Média 1,381* 1,364*
Rica 2,198* 2,135*
Muito rica 4,893* 4,568*
* parâmetro significante a 1%; ** parâmetro significante a 5%; *** parâmetro significante a 10%
5. Considerações Finais
14
(AGADJANIAN, 2004), mantendo constante a escolaridade da mãe, possivelmente a
significativa freqüência da religião islâmica na etnia emakhua pode estar influenciando a
elevada probabilidade dos filhos destas mães freqüentarem a escola, uma vez que esta
religião tende a imprimir uma maior obrigatoriedade das crianças freqüentarem os
ensinos religiosos a partir dos 3 a 4 anos. Com isso, a partir dos 6 anos, a obrigatoriedade
familiar de freqüentar o ensino religioso pode estar sendo transferida para a educação
formal.
15
BIBLIOGRAFIA
16
ationFinalReportJanuary2005Portuguese/$FILE/PSIA+Mozambique+Education+January
+28+2005+Portuguese.pdf>.
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