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Capitulo I

Introdução

A presente monografia versa sobre “ Percepção dos encarregados de educação sobre o


Ensino Bilingue: caso da ZIP de Mavengane em Gaza”. Neste teor, Propomos Avaliar a
percepção de pais e encarregados de educação em relação à política linguística educacional
Bilingue e sua eficácia na província Gaza em Mavengane.

No nosso país, a Língua Portuguesa foi desde o período pós- independência oficializada e,
por isso ela é usada nas Instituições Públicas Moçambicanas em geral. Na educação, a Língua
Portuguesa é reconhecida como uma língua do ensino desde este período. Contudo, nos
últimos anos, devido ao fracasso escolar que se tem verificado aos níveis iniciais do ensino
com destaque para as regiões suburbanas onde a LP é aprendida como língua 2ª das crianças,
nota-se uma tendência para a preservação e valorização das línguas bantu através da sua
introdução nas escolas como línguas de ensino e como disciplinas curriculares. Este contexto
pode ser interpretado como incentivo do uso das LBs em situações formais (Instituições
Públicas). Contudo, a problemática do ensino a partir de uma língua bantu entrou numa onda
de questionamento.

No sector da educação, notava-se um acentuado insucesso escolar caracterizado por


desistências e altas taxas de repovoação (STROUD E TUZINE 1998, BENSON 1998, DIAS
2002, INDE 2003, NGUNGA et al 2010 e CHIMBUTANE 2011). Para reverter este cenário,
o Governo Moçambicano, em parceria com a sociedade civil, tem buscado formas de
colmatar a situação. Notou-se que uma das causas deste fracasso é a língua de ensino que não
é conhecida pela maioria das crianças. Assim, reconheceu-se que o ensino através de línguas
maternas dos aprendentes pode reduzir as dificuldades de aprendizagem. Foi nesta
perspectiva que, de 1993 a 1997, o Instituto Nacional da Educação (INDE) fez uma
“Experimentação de Escolarização Bilingue” (PEBIMO) nas províncias de Gaza e Tete,
através de Changana e Português em Gaza em duas escolas e Nyanja e Português em Tete,
em três escolas. Portanto, o governo moçambicano, através do Ministério da Educação e
Cultura (MEC), introduziu oficialmente a escolarização bilingue. Isto significou que as
línguas nativas (locais) passaram a ser meio e objecto de ensino, isto é, as línguas
moçambicanas (bantu) são usadas como meio de ensino e ensinadas como disciplina. O
modelo adaptado é o de transição com características de manutenção com vista a criar um
bilinguismo aditivo.
A introdução desta modalidade de ensino constituiu uma nova planificação linguística
educacional, como afirma Spolsky (1998). Apesar de ser benéfica, esta política demonstrou-
se desafiadora olhando para as condições técnicas, recursos humanos bem como altitudinais
da sociedade. Assim, a sua implementação não se supõe harmoniosa. Por isso, Patel aponta
que “o processo da introdução da educação bilingue no país não foi e nem é pacífico”
(PATEL, 2006:59), envolvendo uma negociação permanente.

o trabalho encontra-se estruturado d seguinte em sete capítulos : sendo que no primeiro


capitulo apresentámos a introdução, delimitação espacial e temporal, o problema da
pesquisa , as hipóteses, a justificativa ,e por último os objectivos. no segundo capitulo
trazemos

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