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Sistema Integrado de

Supervisão Continuada

Henri Salvatore Bigatti


GCVC – Gerência de Coordenação da Vigilância Continuada
SAR – Superintendência de Aeronavegabilidade
Novembro 2017
Introdução
• A supervisão continuada é um processo
contínuo de verificação de conformidade para
verificar a manutenção dos níveis aceitáveis
de segurança.
• Na vigilância continuada, o acompanhamento
sobre o desempenho de produtos, empresas,
operações, processos e serviços e dos
profissionais certificados se dá de forma
planejada e constante.
Processos
• As atividades estão descritas no documento
programa de Vigilância Continuada – PVC, e
que serve como parâmetro para a elaboração
do Plano de Trabalho Anual (PTA), que contém
as atividades programadas para cada ano.
Processos
• Além das atividades de supervisão
programadas, existem as atividades de
demanda, como: inclusão de novos serviços;
VTI/VTE; acompanhamento de examinador
credenciado; de autorizações iniciais; etc.,
além das ações de apuração de denúncias, ou
demandadas por outras entidades como as
decorrentes de solicitações judiciais, etc..
Atividades
1. Aeronavegabilidade RBAC 21 – Subpartes F, G, K ou O -
Organizações de Produção
2. Aeronavegabilidade RBHA 91 – Regras Gerais para operação
de aeronaves civis
3. Aeronavegabilidade RBAC 121 – Operações domésticas, de
bandeira e suplementares
4. Aeronavegabilidade RBAC 135 – Operações complementares
e por demanda
5. Aeronavegabilidade RBAC 145 – Organizações de
Manutenção
6. Aeronavegabilidade RBAC 183 – Credenciamento de pessoas
Planejamento da Supervisão
por gerenciamento de risco
• Melhoria do processo de supervisão;
– Otimização dos recursos;
– Foco nas empresas com pior desempenho e mais
significativas para a segurança da aviação civil;
– Diminui o esforço de supervisão nas empresas
menores e com desempenho ótimo nas
auditorias.
• Caso de sucesso do Assessment da FAA;
• Requisitos de SSP da ICAO;
• Política da ANAC e o PSOE-ANAC;
Planejamento da Supervisão
por gerenciamento de risco
• O RISCO 145 começou em 2011 e foi incluído a
partir do PTA 2012;
• Estendido ao 135 em 2015 e 121 em 2016
(PTA 2017).
• Atualmente está em estudos para ser utilizado
também no planejamento das auditorias 91
em grandes operadores.
OMs RBAC 145
OMs – Organizações de Manutenção

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OMs RBAC 145

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OMs RBAC 145

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Organizações de Manutenção
RBAC 145
– PTA baseado em indicadores de RISCO.
– Desempenho nas auditorias, tamanho da empresa, etc., influenciam
no RISCO (MPR 900-15).
– Incluído indicador de distribuição no PTA 2018, para que os estados
tenham uma relação de auditorias no PTA uniforme em relação à
média nacional.

100% 45 49 59 70 74 88 102
90% 108 119 133 142 148
103 110
80% 118 119 124 122
70% 117 128 130 128 131 136
60% 161 160 150 147
50% 149 145 147 143
40% 137 135 135 131
30% 134 133 141 143 145 142 132
20% 123 116 107 95 88
10% 89 80 64 53 40 35 34 30 30 29 29 29
0%
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

1-Desprezível 2-Baixo 3-Médio 4-Maior 5-Crítico


Empresas Aéreas RBAC 135
Táxi Aéreo
– PTA baseado em indicadores de RISCO.
– Peso maior para Off-Shore e regulares: auditadas até 1 vez por ano; empresas
c/aeronaves >9 pax: até 1 vez a cada 2 anos; demais empresas: até 1 vez a cada
3 anos; e bases secundárias: até 1 vez a cada 4 anos.
– A frequência varia também conforme o desempenho nas auditorias.
– Utilizado o indicador de distribuição, fazendo com que a relação de auditorias
por estado no PTA seja mais uniforme em relação à média nacional.
Empresas Aéreas RBAC 121
Linha Aérea
– Desde o PTA 2017 também utiliza o sistema de
gerenciamento de risco - RISCO 121;
– Bases principais: até 2 vezes por ano; e bases secundárias
dependem do tamanho da frota da empresa e do número
de mecânicos por localidade, no limite de até 1 vez a cada 5
anos;
– Para o 121 utilizamos também um indicador de segurança
da frota, que utiliza o índice de IFSD – in-flight shutdown
(apagamento de motor em voo) para avaliar a necessidade
de maior supervisão sobre as empresas de modo dinâmico,
além do previsto no PTA.
PTA 2017
Auditorias
Organizações de Produção RBAC 21 30
Empresa Aérea Regular Nacional RBAC 121 65
Táxi Aéreo RBAC 135 57
Organização de Manutenção Nacionais RBAC 145 134
Organização de Manutenção no Exterior RBAC 145 9
Empresas da Aviação Geral RBHA 91* 24
Rampa 91, 135, 121 e 129 630
Voos de Acompanhamento RBAC 121** 10
Total: 959

* Auditorias que podem incluir escolas, aeroagrícolas (RBAC 137), entidades públicas, e
operadores privados com grande número de aeronaves.
Avaliação de Risco
Auditoria

• A avaliação da auditoria é realizada a partir do


resultado do checklist;
• Cada resultado (NC – Não Conforme, NO – Não
Observado; ou CF - Conforme) tem um peso;
• E assim calcula-se o risco resultante da auditoria.
Avaliação de Risco
Auditoria
• Cada módulo do checklist contribui
com um risco, que é somado
considerando-se os devidos pesos e
resulta no risco da auditoria.
Avaliação de Risco - Auditoria
Configuração final baseada em estudo de casos

• A configuração do sistema de risco é realizada através de estudo de


casos. E depois de configurada é permanentemente ajustada conforme o
feedback dos inspetores após as auditorias, quando é enviado um e-mail
com o resultado do risco aos inspetores e estes podem responder com a
sua avaliação de risco, utilizada para realimentar o sistema.
Avaliação de Risco - Auditoria
Risco Auditoria x Time Elapsed

1- A auditoria técnica identifica o nível de risco que a empresa apresenta


durante o período da auditoria.
2- Depois da auditoria na empresa o risco verificado cai em função das
sanções e penalidades impostas pela ANAC, e em seguida vai aumentando
gradativamente em função do tempo, por falta de supervisão (risco do ponto
de vista da ANAC).
3- Adicionalmente, considera-se que as empresas que tiverem desempenho
melhor na auditoria terão uma degradação no nível de segurança menor em
função do tempo, do que as empresas que tiverem um desempenho pior.
4- O conceito utilizado no nosso gerenciamento de risco, é que se a empresa
demonstra um nível baixo de risco, é maior a chance de que ela o
mantenha, e o contrário para as empresas que apresentem risco maior.
Obs.: A tabela acima não é o resultado final do risco da empresa.
Mapa de Risco
Avaliação de Risco - Empresa

• A avaliação final utiliza o risco potencial mais


o risco da auditoria no domínio do tempo;

• Tabela de Risco Potencial x Risco Auditoria(t).


GARS
Sistema de Garantia da Apuração
de Reportes de Segurança

• Objetivos Principais:
– Receber de forma centralizada os Reportes e
Denúncias relativos às empresas 121, 135 e 145;
– Apurar todos os reportes recebidos integrado ao
sistema de supervisão das empresas (RISCO);
– Neste sentido os reportes e denúncias entram no
sistema e alteram o risco da empresa.
GARS
• Reportes considerados no sistema:
– RIS - Reportes Internos de Segurança;
– Denúncias recebidas da sociedade (Ouvidoria,
0800, Stella, e-mail, justiça, imprensa, etc..);
– BROA - Boletins de Registro de Ocorrência com
Aeronaves;
– Relatórios do CENIPA (preliminar e final);
– Relatórios de Dificuldade em Serviço (PAC/GGCP).
GARS
• Recebimento e Classificação dos Reportes:
– Tratamento centralizado pela GCVC;
– Classificação do Reporte conforme seu risco
potencial à segurança da aviação (Crítico, Maior,
Menor, ou INFO);
– É considerado todo reporte que envolver uma
empresa certificada 121, 135 ou 145.
GARS
• Garantia da Apuração:
– Todo reporte é analisado e enviado a GTAR de
supervisão da empresa para as devidas
providências;
– Caso não seja apurado documentalmente ele o
será em alguma ação de fiscalização, seja rampa,
vistoria ou auditoria;
– O controle é centralizado na GCVC e deste modo,
todos os Reportes são verificados.
GARS 145
• Com este sistema formal de garantia da
apuração, espera-se que a sociedade e as
entidades ligadas à aviação, o utilizem para
levar suas denúncias e reportes até a equipe
de inspetores da ANAC.
• A ANAC busca, deste modo, aproximar a
sociedade do seu processo de fiscalização,
tornando-o assim mais eficaz.
RISCO – Diagrama
Integração indicadores e GARS

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Obrigado pela Atenção!

Dúvidas & Sugestões

Email: gcvc@anac.gov.br

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