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CBS

ELETRICISTA
REPARADOR
E MANTENEDOR
DE COMANDOS
ELÉTRICOS
CIUO 8 - 51.40
CBS – Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

© SENAI-SP

Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Material Didático da Diretoria de Tecnologia Educacional
do SENAI-SP.

Digitalização UNICOM - Terceirização de Serviços Ltda

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CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Sumário

Apresentação 7
Introdução 9
Seguranças fusíveis tipo NH e DIAZED 11
Características elétricas dos fusíveis tipo NH e DIAZED 19
Seccionador 25
Simbologia para diagramas de comandos elétricos e
eletrônicos (P-SB-13) 29
Chave reversora de comando manual monofásica 41
Siglas das principais normas nacionais e internacionais 49
Definições de termos técnicos sobre equipamentos e dispositivos elétricos 51
Chaves reversoras de comando manual trifásica 95
Chave de comando manual estrela-triângulo 101
Chave compensadora manual 107
Reostato de partida 111
Chave comutadora de pólos manual 115
Relés eletromagnéticos 119
Relés térmicos 123
Relés magnetotérmicos 131
Diagramas de comando 133
Disjuntor industrial 145
Operação manual de um disjuntor comandando um motor trifásico 151
Contatores 153
Defeitos dos contatores 159
Normas de identificação dos contatos dos contatores 163
Seleção de contatores em condições normais de serviço 169
Chaves auxiliares tipo botoeira 173
Comando de um contator por botões ou por chave 179
Contato dos contatores e pastilhas 181
Intertravamento de contatores 187

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Comutação de duas redes elétricas por contatores comandados por botões 191
Chaves auxiliares tipo fins de curso 193
Ricochete entre contatos e sua conseqüência 205
Reversão da rotação de motor trifásico com contatores e chaves fim de curso 209
Categoria de emprego 211
Transformadores para comandos 217
Reversão de rotação de motor trifásico com contatores comandados
por botões 223
Câmara de extinção 225
Partida com comutação automática estrela-triângulo de um motor 229
Seletividade 231
Partida automática de motor trifásico com autotransformador 239
Partida de motor trifásico de rotor bobinado com comutação
semi-automática de resistores 241
Relé temporizado motorizado 245
Relé eletropneumático 247
Sistema de partida de motores trifásicos 251
Partida de motor trifásico de rotor bobinado com comutação automática de
resistores 259
Comutação polar de motor Dahlander com contatores comandados por
botões 261
Aparelho de controle de velocidade (com chave de ação por mola) 263
Frenagem de motor trifásico por contracorrente 267
Programação de contatos 269
Partida consecutiva de motores trifásicos 273
Partida consecutiva de motores com relés temporizados 277
Mudança de velocidade em motor trifásico com dois enrolamentos,
comandada por botões 279
Mudança de velocidade em motor trifásico com dois enrolamentos,
comandada por botões (com inversão) 281
Sinalização 283
Comutação polar automática e reversão de motor trifásico tipo Dahlander 287
Comutação estrela-triângulo de motor trifásico em dois sentidos de rotação 291
Partida de motor trifásico por auto-transformador e reversão do sentido de
rotação 293
Comutação polar para duas velocidades e reversão em motores tipo
Dahlander comandados por botões 297
Partida automática e reversão de motor trifásico de rotor bobinado 301

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Partida automática estrela-triângulo com relé de proteção conjugado


a transformador de corrente 305
Comutação polar para duas velocidades em motor tipo Dahlander
com comando automático 307
Retificadores 309
Partida automática e frenagem eletromagnética de motor trifásico nos
dois sentidos de rotação 315
Folhas de Tarefas 317

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Apresentação

Esta Coleção Básica SENAI - CBS, para o Eletricista Mantenedor e Reparador de


Comandos Elétricos, forma parte de um conjunto de CBSs de ocupações afins,
denominado Eletricidade.

As CBSs de Eletricidade pertencem ao subgrupo 8-5, da Classificação Internacional


Uniforme de Ocupação (CIUO).

Na presente coleção adotou-se como referência o código CIUO 8-51.40, considerando-


se integralmente o texto da descrição ocupacional correspondente ao Eletricista
Mantenedor e Reparador de Comandos Elétricos.

Adotou-se, como nível mínimo para o estudo destas folhas, a escolaridade do 1º grau
completo.

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Introdução

Coleções Básicas Ocupacionais são um conjunto ordenado de Folhas de Instrução


(Folha de Operação - FO e Folha de Informação Tecnológica - FIT) que contêm as
informações básicas sobre as operações e conhecimentos tecnológicos relacionados a
uma ocupação.

As Coleções Básicas Ocupacionais são concebidas com a flexibilidade necessária


para servirem de base à preparação de diferentes Manuais de Instrução, de acordo
com os vários tipos de cursos, definidos em função dos objetivos a alcançar e
contemplam exclusivamente o específico da ocupação correspondente.

Esta Coleção Básica Ocupacional foi elaborada por técnicos regionais, sob a
Coordenação do Departamento Nacional, pelo que a estamos denominando Coleção
Básica SENAI (CBS).

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Seguranças fusíveis tipo NH


e DIAZED

São dispositivos usados com o objetivo de limitar a corrente de um circuito,


proporcionando sua interrupção em casos de curtos-circuitos ou sobrecargas de longa
duração.

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Constituição das seguranças NH

As seguranças NH são compostas de base e fusível. A base é construída geralmente


de esteatita, plástico ou termofixo, possuindo meios de fixação a quadros ou placas.

Possuem contatos em forma de garras prateadas, que garantem o contato elétrico


perfeito e alta durabilidade; a essas garras se juntam molas que aumentam a pressão
de contato.

Base de montagem de fusíveis do Sistema NH

Fusível NH

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O fusível possui um corpo de porcelana de seção retangular, com suficiente resistência


mecânica, contendo nas extremidades facas prateadas. Dentro do corpo de porcelana
se alojam o elo fusível e o elo indicador de queima, imersos em areia especial, de
granulação adequada.

Corpo de porcelana

O elo fusível é feito de cobre, em forma de lâminas, vazadas em determinados pontos


para reduzir a secção condutora. Existem ainda elos fusíveis feitos de fita de prata
virgem.

Retirando-se o fusível da segurança, obtêm-se uma separação visível dos bornes,


tornando dispensável em alguns casos a utilização de um seccionador adicional. Para
se retirar o fusível, é necessária a utilização de um dispositivo, construído de fibra
isolante, com engates para extração, o qual recebe o nome de “punho saca-fusíveis”.

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Constituição de Seguranças DIAZED (D)

As seguranças D são compostas de: base aberta ou protegida, tampa, fusível parafuso
de ajuste e anel.

Base
É um elemento de porcelana que comporta um corpo metálico, roscado internamente,
e externamente ligado a um dos bornes; o outro borne está isolado do primeiro e ligado
ao parafuso de ajuste.

A = borne ligado ao corpo roscado


B = borne ligado ao parafuso de ajuste

Tampa
É um dispositivo, geralmente de porcelana, com um corpo metálico roscado, que fixa o
fusível à base e não se inutiliza com a queima do fusível.

Permite inspeção visual do indicador do fusível e a substituição deste sob tensão.

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Parafuso de ajuste
É um dispositivo, feito de porcelana, com um parafuso metálico que, introduzido na
base, impede o uso de fusíveis de “capacidade” superior a indicada.

A montagem do parafuso de ajuste é feita com o auxílio de uma chave especial.

O anel
Ë também um elemento de porcelana, roscado internamente, que protege a rosca
metálica da base aberta, evitando a possibilidade de contatos acidentais, na troca do
fusível.

O fusível
É constituído de um corpo de porcelana em cujos extremos metálicos se fixa um fio de
cobre puro ou recoberto com uma camada de zinco, imerso em areia especial, de
granulação adequada, que funciona como meio extintor do arco voltaico, evitando o
perigo de explosão, no caso da queima o fusível.

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Possui um indicador, visível através da tampa, denominado espoleta, com cores


correspondentes às diversas correntes nominais. Esses indicadores se desprendem
em caso de queima.

O elo indicador da queima é constituído de um fio muito fino, que está ligado em
paralelo com o elo fusível. No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de
queima também se fundirá, provocando o desprendimento da espoleta.

Algumas cores e as correntes nominais correspondentes (fusíveis tipo D):

Intensidade Intensidade

Cor de corrente (A) Cor de corrente (A)

Rosa 2 Azul 20

Marrom 4 Amarelo 25

Verde 6 Preto 35

Vermelho 10 Branco 50

Cinza 16 Laranja 63

Instalação de seguranças fusíveis


As seguranças fusíveis devem ser colocadas no ponto inicial do circuito por proteger.

Os locais devem ser arejados, evitando-se os ambientes confinados, para que a


temperatura se conserve igual à do ambiente. Esses locais devem ser de fácil acesso,
para facilitar a inspeção e a manutenção.

A instalação das seguranças fusíveis deve ser feita de tal modo, que permita seu
manejo sem perigo de choque para o operador.

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Aplicação de seguranças NH e DIAZED

Os fusíveis construídos de acordo com o sistema NH são de ação retardada, pois são
próprios para ser empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente. São
construídos para valores de corrente padronizada e variam de 6 a 1000A. Sua
capacidade de ruptura é sempre superior a 70kA, com uma tensão máxima de 500V.

Os fusíveis construídos de acordo com o sistema Diazed podem ser de ação rápida ou
retardada. Os fusíveis de ação rápida usam-se em circuitos resistivos (sem picos de
corrente), e os de ação retardada, para circuitos sujeitos a picos de corrente (motores,
capacitores, etc.). Valor máximo 200A. Capacidade de ruptura 70 kA, com uma tensão
de 500V.

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Características elétricas dos


fusíveis tipo NH e DIAZED

São dados imprescindíveis dos fusíveis tipo DIAZED e NH que servem para a sua
especificação e uso correto nas instalações elétricas.

As características dos fusíveis tipo DIAZED e NH

Corrente nominal
A corrente nominal é a corrente máxima que o fusível suporta continuamente sem
provocar a sua interrupção. É o valor marcado no corpo de porcelana do fusível.

Corrente de curto-circuito
A corrente de curto-circuito é a corrente máxima que pode circular no circuito e que
deve ser interrompida instantaneamente.

A capacidade de ruptura (Ka) e não (VA)


É o valor da corrente que o fusível é capaz de interromper com segurança. Essa
capacidade de ruptura não depende da tensão nominal da instalação.

Tensão nominal
É a tensão para a qual o fusível foi construído. Os fusíveis normais para baixa tensão
são indicados para tensões de serviço em C.A. até 500V e em C.C. até 600V.

Resistência de contato
É uma grandeza elétrica (resistência ôhmica) que depende do material e da pressão
exercida. A resistência de contato entre a base e o fusível é a responsável por
eventuais aquecimentos, em razão da resistência oferecida à corrente. Esse
aquecimento às vezes pode provocar a queima do fusível.

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Substituição
Não é permitido o recondicionamento dos fusíveis, em virtude de geralmente não haver
substituição adequada do elo de fusão.

Curva, tempo de fusão-corrente


Em funcionamento, o fusível deve obedecer a uma característica, tempo de
desligamento - corrente circulante, dada pelos fabricantes.

Observação
Dentro da curva de desligamento, quanto maior a corrente circulante, menor será o
tempo em que o fusível terá que desligar.

Essas curvas são variáveis com o tempo, corrente, o tipo de fusível e o fabricante.
Normalmente as curvas são válidas para os fusíveis, partindo do estado frio à
temperatura ambiente.

Fusíveis tipo retardo e tipo rápido


• O fusível tipo retardado suporta elevações de correntes por certo tempo, sem
ocorrer a fusão. É indicado para proteção de circuitos onde existem cargas
indutivas e capacitivas.

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• O fusível tipo rápido é de aplicação mais específica. Não suporta picos de


corrente. É usado em circuitos predominantemente resistivos.

Exemplo de leitura de um gráfico tempo-corrente para fusível retardado.

Através do gráfico, pode-se verificar que para um fusível retardado de 10A, com uma
corrente no circuito também de 10A, o elo não se funde, pois a reta vertical que passa
pelo no 10 não encontra a curva do fusível escolhido.

Com uma corrente no circuito de 20A, procedendo-se de maneira análoga, o elo funde-
se em 2 min, e com 100A funde-se em 0,05 segundos. Conclui-se que, quanto maior a
corrente, menor é o tempo de fusão.

Escolha do fusível
A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal da rede, malha ou
circuito que se pretende proteger contra curto-circuito ou sobrecarga de longa duração.

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Critérios de Escolha
Os circuitos elétricos, com sua fiação, elementos de proteção e de manobra, devem
ser dimensionados para uma determinada corrente nominal, dada pela carga que se
pretende ligar.

A escolha do fusível deve ainda ser estudada, para que uma anormalidade elétrica no
circuito fique restrita ao setor em que ocorra, sem afetar as demais partes do mesmo.

A má escolha da segurança fusível pode provocar anomalias no circuito.

Dimensionamento
Para de dimensionar um fusível, é necessário levar em consideração as seguintes
grandezas elétricas:
a) Corrente nominal do circuito ou ramal;
b) Corrente de curto-circuito;
c) Tensão nominal.

Exemplo de leitura para fusível rápido. Tempo de fusão-corrente

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Um fusível rápido de 10A não se funde com a corrente de 10A, pois a reta vertical
correspondente a 10A não cruza a curva correspondente. Com uma corrente de 20A, o
fusível se fundirá em 0,2 segundos.

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Seccionador

É um dispositivo de manobra mecânico que, por razões de segurança, assegura na


posição aberta uma distância de isolação que satisfaz condições especificadas. Serve
para fechar e abrir o circuito, quando é desprezível a corrente que está sendo ligada ou
interrompida.

Tipos de seccionadores

Chave-Faca: Seccionador do tipo mais simples, normalmente dotado de peças de


contato de cobre, onde a peça móvel de contato encaixa em um contato fixo.

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Chave-Faca
As chaves-facas não possuem mecanismo de fechamento ou abertura rápida dos
contatos, nem câmaras de extinção de arco. Por esses motivos, destinam-se, em
princípio, à abertura de sistemas elétricos sem corrente, ou com corrente de pequena
intensidade; são, portanto, indicadas para operar em circuitos quando sem carga.

Seu emprego é bastante freqüente com disjuntor ou fusível, uma vez que ambos são
reunidos geralmente por um envoltório que não permite a verificação visual da
interrupção interna. Portanto, nesse caso se recomenda intercalar um seccionador, que
é aberto com o circuito desligado, antes da troca do fusível ou reparação de um
circuito, mantendo-se assim maior segurança contra contatos acidentais do operador.

Seccionador fusível
Este tipo de seccionador se compõe do dispositivo de comando propriamente dito, que
é igual à chave-faca, e de um conjunto de fusíveis, um por pólo normalmente
associado à própria parte móvel da chave.

Os seccionadores fusíveis são bastante práticos, pois associam em um só elemento a


função de comando sem carga, com a de proteção contra curto-circuito, e a própria
condição de abertura prévia do sistema antes da troca do fusível é feita manualmente,
no ato da abertura do seccionador para a troca do fusível queimado.

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Os seccionadores não possuem mecanismo de desligamento rápido (mola) atuando


sobre os seus contatos. A velocidade de abertura depende exclusivamente do
operador (sendo essa a causa principal da indefinição da capacidade de ruptura). Ao
se abrirem os contatos por onde circule corrente de uma certa intensidade (circuito
com carga) com velocidade baixa, o meio gasoso que se interpõe entre os contatos,
vai-se ionizando sucessivamente, criando um caminho de baixa resistência elétrica por
onde se desenvolve o arco voltaico. Este, persistindo, permite o fluxo de corrente pelo
circuito, mesmo com as facas abertas, provocando a fusão dos contatos e
vaporizando-os sob forte explosão.

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Simbologia para diagramas


de comandos elétricos e
eletrônicos (P-SB-13)

A simbologia tem por objetivo estabelecer símbolos gráficos que devem ser usados
para, em desenhos técnicos ou diagramas de circuitos de comandos eletromecânicos,
representar componentes e a relação entre estes.

A simbologia aplica-se generalizadamente nos campos industrial, didático e outros


onde fatos de natureza elétrica precisem ser esquematizados graficamente.

Significado e simbologia de acordo com: ABNT, DIN, ANSI, UTE e IEC.


Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC

Grandezas Elétricas Fundamentais

Corrente contínua DC

Corrente alternada CA

Corrente contínua e
alternada
Exemplo de corrente I Phase-2 Wire-
I~60 Hz I~60 Hz I~60 Hz
alternada monofásica, 60Hz 60Hz
Exemplo de corrente
alternada trifásica, 3 3 Phase-3 Wire-60
3~60Hz220V 3~60Hz220V 3~60Hz220V
condutores, 60Hz, tensão Cycle-220V
de 220V
Exemplo de corrente
alternada trifásica com 3 Phase-4 Wire-60
3N~60Hz380V 3N~60Hz380V 3~50Hz380V 3N~60Hz380V
neutro, 4 condutores, 60Hz Cycle-380V
tensão de 380V
Exemplo de corrente 2-220V
contínua, 2 condutores, 2-220V 2-220V 2 Wire DC, 220v
tensão de 220V
Exemplo de corrente
contínua, 2 condutores e 2N-110V 2N-110V 3 Wire DC, 110V 2N-110V
neutro, tensão de 110V

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC

Símbolos de Uso Geral

Terra

Massa

Polaridade positiva

Polaridade negativa

Tensão perigosa

Ligação delta ou triângulo

Ligação Y ou estrela

Ligação estrela com neutro

acessível

Ligação ziguezague

Ligação em V ou triângulo

aberto

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC


Elementos de comando

Comando manual, sem


indicação de sentido

Comando por pé

Comando por excêntrico

Comando por meio de êmbolo


(ar comprimido, p.ex.)

Comando por energia


mecânica

Comando por motor

Sentido de deslocamento do
comando para a esquerda,
cessada a força externa
Nota
Para a direita, inverter a seta
Comando com travamento
I – Travado
2 – Livre

Comando engastado

TC. TDC
Fecha com
Dispositivo temporizado com retardo
operação à direita TO. TDO
Todo Abre com
retardo
Comando desacoplado no
caso com acionamento
manual

Comando acoplado no caso


com acionamento manual

Fecho mecânico

Fecho mecânico com


disparador auxiliar

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC

Bobinas de Comando e Relés

Bobina eletromagnética,

geral

Bobina eletromagnética, de

enrolamento único

Bobina eletromagnética, de

dois enrolamentos

Relé de subtensão

Relé com retarde para

voltar ao repouso

Relé com retarde

prolongado para voltar do

repouso

Relé com retarde para

operar

Relé com retarde para

operar e para voltar ao

repouso

Relé polarizado

Relé com remanência

Relé com ressonância

Relé térmico ou bimetálico

Relé eletromagnético de

sobrecarga

Relé eletromagnético de

curto-circuito

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC

Contatos e Peças de Contato com Comandos Diversos

Fechador (normalmente aberto)

Abridor (normalmente fechado)

Comutador

Comutador sem interrupção

Temporizado:

No fechamento

Na abertura

Na abertura

No fechamento

Fechador de comando manual

Abridor com comando por

excêntrico

Fechador com comando por

bobina

Fechador com comando por

mecanismo

Abridor com comando por

pressão

Fechador com comando por

temperatura

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Significado ABNT DIM ANSI UTE IEC

Dispositivos de Comando e de Proteção

Tomada e plugue

Fusível

Fusível com indicação do lado

ligado à rede após a ruptura

Seccionador-fusível tripolar

Lâmina ou barra de conexão,

reversora

Seccionador tripolar

Interruptor tripolar (sob carga)

Disjuntor

Seccionador-disjuntor

Contator com relé térmico e

contatos auxiliares

Disjuntor tripolar com relés

eletromagnéticos com

contatos auxiliares

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC


Componentes de Circuito

Resistor

Resistor com derivações

Indutor, enrolamento, bobina

Indutor com derivações

Capacitor

Capacitor com derivações

Capacitor eletrolítico

Imã permanente

Diodo semicondutor

Diodo zener unidirecional e


bidirecional
Fotorresistor com variação
independente da tensão
Fotorresistor com variação
dependente a tensão

Fotoelemento

Gerador “hall”

Centelhador (de pontas)

Pára-raio

Acumulador, bateria, pilha

Mufla terminal ou terminação

Mufla de junção ou emenda


reta
Mufla ou emenda de
derivação simples
Mufla ou emenda de
derivação dupla

Par termoelétrico

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC

Dispositivos de Sinalização Ótica e Acústica

Buzina

Campainha

Sirene

Cigarra

Lâmpada de sinalização

Indicador

Instrumentos de Medição

Indicador, símbolo, geral

Amperímetro, indicador

Voltímetro indicador

Voltímetro duplo ou diferencial

indicador

Wattímetro indicador

Freqüencímetro indicador

Indicador de fator de potência

Registrador, símbolo geral

Registrador de potência

Integrador, símbolo geral

Integrador de energia

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC

Motores e Geradores

Motor, símbolo geral

Gerador, símbolo geral

Motor de corrente contínua

Gerador de corrente contínua

Motor de corrente alternada

monofásica

Motor de corrente alternada trifásica

Motor de indução trifásico

Motor de indução trifásico com

representação de ambas as

extremidades de cada enrolamento

do estator

Gerador síncrono trifásico ligado

em estrela

Gerador síncrono trifásico de imã

permanente

Gerador síncrono monofásico de

imã permanente

Gerador de corrente contínua com

enrolamentos de compensação e

inversão polar

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Significado ABNT DIN ANSI UTE IEC

Transformadores

Transformador com dois


enrolamentos

Transformador com três


enrolamentos

Autotransformador

Bobina de reatâncio

Transformador de corrente

Transformador de potencial

Transformador de corrente
capacitivo

Transdutor com três


enrolamentos, um de serviço e
dois de controle
Transformador de dois
enrolamentos com diversas
derivações (taps) em um dos
enrolamentos (com variação em
escalões)

Transformador de dois
enrolamentos com variação
contínua da tensão

Nota 1 A ABNT recomenda para transformadores de rede o uso do símbolo


simplificado, formado de dois círculos que se cortam, especialmente
na representação unifilar.
Os traços inclinados que cortam a linha vertical, indicam o número de
fases

Nota 2
Simplificação análoga é normalizada para transformadores de
corrente e de potencial.

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No Significado Símbolo

Dispositivos de Partida

145 Dispositivo de partida. Símbolo geral

146 Dispositivo de partida variável continuamente

Dispositivo de partida semi-automático

Nota: sendo o símbolo de dimensões reduzidas, que não


147
permita traçar as hachuras, estas poderão ser substituídas

por partes cheias.

148 Dispositivo de partida estrela-triângulo

149 Dispositivo de partida com autotransformador

Motor trifásico de indução com dois dispositivos de partida:

150 1 reversão por contator

2 automático com reostato

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Chave reversora de comando


manual monofásica

São dispositivos usados para comando de motores monofásicos de indução, quando


há necessidade de partida e inversão de rotação. As chaves reversoras não possuem
dispositivos de proteção, e podem ser do tipo de embutir ou do tipo blindado.

As chaves reversoras, são blindadas quando para montagem tipo sobrepor, para
impedir contatos acidentais do operador com as partes vivas.

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São do tipo de embutir quando para montagens em painéis.

Constituição

As chaves reversoras de comando manual são normalmente do tipo rotativo.

Possuem em eixo metálico ao qual se fixam conjuntos excêntricos de material isolante.

Têm uma série de contatos fixos e contatos móveis que podem ser unidos ou
separados mediante uma manobra do manípulo da chave. Os contatos podem ser do
tipo pressão, normalmente de cobre prateado ou metais sinterizados, ou ainda do tipo
deslizante, de cobre ou suas ligas.

Detalhes Técnicos
Estes tipos de chaves devem apresentar certas características consideradas
importantes para o seu bom funcionamento, tais como:
• Suportar a corrente nominal de serviço sem danificar-se;
• Conter isolamento condizente com a tensão nominal de serviço;
• Ter razoável velocidade de abertura dos contatos a fim de que possa ser
manobrada com carga;
• Possuir boa pressão nos contatos.

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Observações
Simultaneidade na abertura e fechamento dos contatos
Todos os contatos devem ser fechados ou abertos ao mesmo tempo para evitar falta
de fase, sobrecorrentes, desgastes dos contatos e arco elétrico.

Velocidade de abertura dos contatos


A maioria das chaves não apresentam dispositivos especiais para aumentar a
velocidade de abertura, ficando esta quase sempre na dependência do operador.

Pressão dos contatos


Toda chave deve apresentar uma boa pressão de contatos para permitir uma livre
circulação da corrente elétrica e evitar a danificação ou soldagem dos contatos.

Funcionamento da chave reversora monofásica acoplada a um motor


monofásico de seis bornes para 110/220 volts

Funcionamento em 110 volts


A chave possui três (3) posições.

Posição O - desligado
Posição D - ligado à direita (sentido horário)
Posição E - ligado à esquerda (sentido anti-horário)

Posição O
Quando o manípulo está na posição 0, todos os contatos móveis se encontram
separados dos contatos fixos.

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O motor não recebe energia, portanto não funciona.

Posição D
Movendo-se o manípulo para a posição D, estabelecem-se as ligações indicadas nas
figuras a seguir.

O motor se energiza e gira no sentido horário, por hipótese.

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Posição E
Acionando-se o manípulo para a posição E (sentido anti-horário), ocorrem
simultaneamente as ligações seguintes:
• O motor se energiza e gira no sentido anti-horário, por hipótese.

Observação
Para se efetuar a reversão, é imprescindível levar o manípulo à posição 0, e aguardar
o fechamento do dispositivo automático de partida (interruptor centrífugo).

Funcionamento da chave reversora monofásica acoplada com o mesmo motor


em 220V
As seqüências operacionais deste acoplamento são detalhadas a seguir:
• Manípulo na posição 0. O motor está desligado.

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• Manípulo na posição D. O motor gira àdireita.

• Manípulo na posição E. O motor gira à esquerda.

Observação
Os bornes 2, 3 e 5 do motor são ligados entre si e isolados da chave, e a inversão do
sentido de rotação se faz apenas pelo borne 6, que se acopla com o borne 1 ou 4.

Para que o motor funcione de acordo com o critério preestabelecido, isto é, para que
gire à esquerda, quando o manípulo estiver na posição “E”, ou à direita, quando o
manípulo estiver na posição “D”, às vezes será necessário proceder à troca das
ligações entre os bornes 5 e 6.

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As chaves e comando manual podem ser identificadas através dos catálogos editados
pelos fabricantes, que apresentam geralmente os dados seguintes:
• Desenho ou fotografia do dispositivo ou chave;
• Número de referência comercial (próprio do fabricante);
• Corrente de serviço;
• Tensão de serviço;
• Dimensões.

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Sigla das principais normas


nacionais e internacionais

São abreviaturas das principais normas nacionais e internacionais adotadas na


construção e instalação de componentes e órgãos dos sistemas elétricos.

Sigla Significado e natureza


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Atua em todas as áreas técnicas do País. Os textos das normas são
adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e
pelas firmas. Compõem-se de normas NB, TB (terminologia), SB
(simbologia), EB (especificação), MB (método de ensaio) e PB
(padronização).

ANSI American National Standards Institute.


Instituto de normas dos Estados Unidos, que publica recomendações e
normas em praticamente todas as áreas técnicas. Na área dos dispositivos
de comando de baixa tensão, tem adotado freqüentemente especificações
da UL e da NEMA

BS Britsh Standard.
Normas técnicas da Grã-Bretanha, já em grande parte adaptadas à IEC.

CEE International Comission on Rules of the Approvel of Electrical Equipment.


Especificações internacionais, destinadas sobretudo ao material de
instalação.

CEMA Canadian Electrical Manufactures Association.


Associação canadense dos fabricantes de material elétrico

CSA Canadian Standards Association.


Entidade canadense de normas técnicas, que publica as normas e concede
certificado de conformidade

SENAI-SP - INTRANET 49
CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

DEMKO Danmarks Elektriske Materielkontrol.


Autoridade dinamarquesa de controle dos materiais elétricos que publica
normas e concede certificados de conformidade.

DIN Deutsche Industrie Normen.


Associação de normas industriais alemãs. Suas publicações são
devidamente coordenadas com as da VDE.

IEC International Electrotecnical Comission.


Esta comissão é formada por representantes de todos os países
industrializados. Recomendações da IEC, publicadas por esta Comissão,
são parcialmente adotadas na íntegra pelos diversos países ou, em outros
casos, está-se procedendo a uma aproximação ou adaptação das normas
nacionais ao texto destas internacionais.

KEMA Kenring van Elektrotechnische Materialen.


Associação holandesa de ensaio de materiais elétricos.

NEMA National Electrical Manufactures Association.


Associação nacional dos fabricantes de material elétrico (USA).

ÖVE Österreichischer Verband for Elektrotechnik.


Associação austríaca de normas técnicas, cujas determinações geralmente
coincidem com as da IEC e VDE.

SEM Svensk Standard.


Associação sueca de normas técnicas

UL Underwriters Laboratories Inc.


Entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndios, nos
Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios de equipamentos
elétricos e publica as suas prescrições.

UTE Union Tecnique de l’Electricité.


Associação francesa de normas técnicas.

VDE Verband Deutscher Elektrotechniker.


Associação de normas alemãs, que publica normas e recomendações da
área de eletricidade.

50 SENAI-SP - INTRANET
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Definições de termos
técnicos sobre equipamentos
e dispositivos elétricos

Cada área da eletrotécnica tem sua linguagem própria, nem sempre compreensível por
parte de qualquer pessoa. Os termos técnicos sobre equipamentos de manobra de
baixa tensão arrolados a seguir, considerados os mais importantes, são definidos de
forma tal, que todos possam compreendê-los. Para tanto foram aqui consideradas e
esclarecidas as definições dadas pelas normas VDE e, quando existentes, também da
Terminologia da ABNT, inclusive aquelas de significação relevante em outros ramos da
eletrotécnica, constituindo-se uma seleção que sempre deverá ser complementada na
medida em que sua utilização se tornar importante.

Nota importante
Em algumas normas, o termo estabelecimento é usado como sinônimo de ligação.
Nas definições que se seguem, uniformizou-se esse aspecto, utilizando-se apenas
ligação, por ser mais coerentes e de uso mais generalizado, não havendo real
possibilidade de confusão com o significado de ligação como sinônimo de circuito ou
sistema.

Observações
• A numeração que precede os termos técnicos desta relação, refere-se ao número
da Norma “VDE”, que trata do assunto em questão.
• A menção (TB ...........) refere-se à publicação da ABNT que trata o mesmo
assunto.

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0005 - Acionamento com acoplamento removível


Acionamento de dispositivo de manobra, no qual o elemento de acionamento é
acoplado ao eixo de comando. Exemplo de aplicação: dispositivo de manobra no
interior de um invólucro; elemento de acionamento na tampa. A tampa pode ser
facilmente removida, pois não há necessidade de liberar o elemento de acionamento,
do dispositivo de manobra propriamente dito.

0010 - Acionamento com fecho


Tipo especial de acionamento para dispositivos de comando. Em lugar de botão ou
punho, o dispositivo possui um fecho de forma tal, que só pode ser acionado mediante
destravamento através de uma chave. Evita-se, assim, um acionamento que possa
acarretar perigo.

0015 - Acionamento manual


Componente mecânico de acionamento de um equipamento. Exemplos: botão de
comando, punho, alavanca.

0020 - Acionamento por botão (ou tecla)


Comando de um circuito através de um dispositivo de comando por botão (ou tecla).
Com esse tipo de acionamento são dados apenas impulsos de comando de curta
duração.

0025 - Acionamento por corrente alternada (C.A.)


Circuito de comando alimentado por corrente alternada.

0030 - Acionamento por corrente contínua (C.C.)


Os equipamentos de comando à distância podem, independentemente da natureza da
corrente do circuito principal em que operam, ser acionados por corrente alternada ou
corrente contínua; no caso de acionamento por corrente contínua (C.C.), o circuito de
comando através do qual o equipamento é ligado e desligado, possui uma fonte de
alimentação em corrente contínua. Evidentemente, a bobina magnética de um contator
deve ser, então, apropriada para corrente contínua ou ser um sistema magnético em
corrente alternada (ligação por resistência), próprio para acionamento em corrente
contínua.

52 SENAI-SP - INTRANET
CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

0035 - Acionamento por impulsos


Ligação e desligamento instantâneos através de um dispositivo de comando, com
repetição dentro de curtos intervalos de tempo. O acionamento por impulsos, na
operação de motores, leva a elevada solicitação do dispositivo de comando. O motor
não alcança a sua rotação nominal, de forma que o dispositivo de comando tem que
ligar e desligar continuamente a corrente de partida do motor e, com isso, várias vezes
o valor de sua corrente nominal. O acionamento por impulso está incluído na categoria
de utilização AC 4 (ver definição e tabelas anexas).

0040 - Acionamento por punho


Acionamento manual no qual o elemento de acionamento tem a forma de um punho.

0045 - Ajuste do zero


Ajuste feito em relés temporizados, que normalmente operam com retarde e que assim
passam a operar instantaneamente.

0050 - Anel de curto-circuito


Anel metálico inserido na superfície de contato do pólo magnético de um contator, que
fica sob a ação do campo proveniente de uma corrente alternada para evitar os efeitos
de variação de campo e, consequentemente, da força de atração exercida sobre a
armadura do imã, assim como para evitar ruídos mais fortes daí resultantes no
equipamento. Uma vez que a corrente alternada modifica a sua intensidade e o seu
sentido continuadamente, o campo magnético também se inverte, oscilando entre zero
e uma intensidade máxima. Quando a corrente passa pelo ponto zero, cessa a força
de sustentação do imã, de forma que o mesmo tende a afastar-se da superfície de
contato do pólo. Entretanto, no anel de curto-circuito, que também fica sob a ação
desse campo alternado, é induzida uma tensão que, consequentemente, gera no
mesmo uma corrente, dando origem a um novo campo magnético de sentido contrário
ao campo magnético gerado pela bobina. Esta se compõe com o campo magnético
principal, de modo que sempre haja um fluxo de sustentação que mantém o contator
fechado, sem que apareçam vibrações e ruídos.

0055 - Ângulo de acionamento


Ângulo de giro do elemento de acionamento, quando da ligação de um dispositivo de
manobra.

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0060 - Armadura-suporte do imã


Um eletroimã de contator, de disparador eletromagnético, etc., é composto por uma
bobina com núcleo de ferro e uma armadura de suporte móvel, feita na maioria dos
casos de chapas de aço-silício empilhadas, formando um núcleo móvel. Quando a
bobina está energizada e excitada, esse núcleo é atraído pelo núcleo do eletroimã.
Aplicação: nos contatores, os contatos móveis são movidos pela armadura suporte do
imã.

0065 - Aterramento
Conexão das partes condutivas de equipamentos elétricos não pertencentes ao circuito
auxiliar, com o condutor neutro.

0070 - Aterramento de proteção


Aterramento das partes condutivas de equipamentos elétricos ou instalações não
pertencentes ao circuito auxiliar para proteção contra tensões de contato elevadas.

Nota
No aterramento de proteção, a rede de condutores de proteção é ligada a um eletrodo
de terra, separado do eletrodo de aterramento do neutro, distante deste último no
mínimo 10m. O condutor de proteção não pode ser utilizado, jamais, como condutor de
retorno para a terra.

0075 - Aterramento do equipamento


Aterramento de uma parte do equipamento pertencente à instalação.

0080 - Autotravamento
Tendo o relé de sobrecorrente operado, resfriam-se as lâminas bimetálicas, retornando
à sua posição inicial, bem como o contato auxiliar do relé. O equipamento de comando
principal liga, portanto, novamente, o motor já sobrecarregado. Para que isso não
aconteça, inclui-se um dispositivo de autotravamento, que é destravado manualmente.
O autotravamento do relé de sobrecorrente é importante em todos os circuitos de
alimentação que possuam elementos de acionamento permanente.

0085 - Barra de contato


Barramento de ligação de dispositivos de manobras extraíveis. Esse barramento é
instalado dentro do cubículo.

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0090 - Bobina de sopro


Bobina especial para alongar magneticamente o arco. Ela é montada em
equipamentos de corrente contínua nas câmaras de extinção do arco, e por ela flui a
corrente do arco. Com o campo magnético produzido por essa bobina, o arco, quando
o desligamento, é magneticamente “soprado”, extinguindo-se rápida e eficazmente.

0095 - Botão
Designação dada a dispositivos de comando, aos quais pertencem os botões de
comando de diversos tipos.

0100 - Botão de comando de fim de curso


Botão acionado mecanicamente, para sinalização, comando e limitação de curso. O
miolo da botoneira é que contém os contatos e os terminais do dispositivo de fim de
curso.

0105 - Botão repetidor


Em dispositivos de manobra encapsulados, corresponde ao botão montado no
invólucro. Ao ser acionado, este é pressionado contra o botão do dispositivo de
manobra (existem, então, dois botões operando mecanicamente, em série).
Necessário para manter o grau de proteção do equipamento.

0110 - Botão sinalizador


Botoneira com botão transparente de forma tal, que se obtenha, assim como no
sinalizador luminoso, uma indicação ótica dada por uma lâmpada embutida no mesmo.

0115 - Câmara de aletas extintoras (câmara de desionização)


Processo de extinção de arco, no qual este é dividido no interior da câmara em vários
arcos menores, pelas aletas extintoras que nela se encontram. O arco de corrente
alternada extingue-se pela passagem da corrente pelo ponto zero; deve ser evitado o
seu restabelecimento, o que é conseguido pelo afastamento do arco dos contatos e
pela sua divisão através das aletas.

0120 - Câmara de desionização


Ver “Câmara de aletas extintoras”.

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0125 - Câmara de extinção


Compartimento de um dispositivo de manobra, que envolve os contatos principais,
destinado a assimilar e extinguir o arco e capaz de resistir à sobrepressão devida à
formação do arco. Distinguem-se:
1. Câmara em cunha e
2. Câmara de aletas extintoras
(TB 19-15/10-100)

0130 - Câmara de extinção por cunhas


Tipo especial de câmara de extinção de arco, utilizada, principalmente, para corrente
contínua, destinada a prolongar o arco tanto quanto possível, no menor volume e
resfriá-lo abruptamente, para, ao obter uma elevada tensão de arco, extingui-lo
rapidamente. Para isso são colocadas cunhas na câmara de extinção, feitas de
material isolante, para que o arco, por meio de sopro magnético, nelas se envolva,
prolongando-se e sendo resfriado.

0135 - Capacidade de carga


1. Elétrica: Corrente de carga.
2. Mecânica: Vida útil mecânica.
3. Térmica: Temperatura-limite, corrente nominal de curta duração.
4. Dinâmica: Resistência dinâmica ao curto-circuito, corrente nominal de impulso.

0140 - Capacidade de estabelecimento (de ligação)


Máxima corrente que o dispositivo de manobra é capaz de estabelecer sob condições
especificadas (TB 26/2.4.9).

0145 - Capacidade de interrupção


a) Máxima corrente que um dispositivo de manobra pode interromper sob condições
definidas (VDE 0660, parte 1/3.63).

b) Valor da corrente presumida de interrupção que um disjuntor é capaz de


interromper sob tensão nominal, nas condições prescritas de emprego e de
funcionamento (TB 26/2.4.10).

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0150 - Capacidade de interrupção


Valor eficaz da corrente com um determinado fator de potência e com uma
determinada tensão, que permite que um disjuntor ou um fusível ainda operem com
segurança (capacidade nominal de interrupção). Em corrente alternada, vale o valor
eficaz da componente simétrica (TB 26/2.4.10).

0155 - Capacidade de ligação


a) A capacidade de ligação indica a grandeza da corrente de ligação com a qual o
dispositivo de manobra ainda pode operar com segurança. Caso a corrente de
ligação ultrapasse a capacidade de ligação, os contatos do dispositivo de manobra
podem fundir-se. A capacidade de ligação é dada como sendo o valor de crista, isto
é, o valor máximo instantâneo da corrente de curto-circuito.

b) Valor de crista máximo da corrente presumida que um disjuntor é capaz de ligar,


sob tensão nominal e nas condições prescritas de emprego e de funcionamento
(TB 26/2.4.9).

0160 - Capacidade de ligação


Ver “Capacidade de estabelecimento”.

0165 - Categoria de emprego


a) Classificação dos dispositivos de comando de cargas (disjuntores, contatores) de
acordo com as finalidades para as quais são previstos e com os esforços aos quais
são submetidos. São indicados AC 1 a AC 4 (corrente alternada) e DC 1 a DC 5
(corrente contínua), conforme a VDE 0660 – Parte 7/3 68.e 14.).

b) Conjunto de requisitos especificados, relacionados com as condições de


funcionamento de um dispositivo de manobra, escolhido de modo que represente
de maneira significativa um conjunto de aplicações práticas (TB 19-15/05.045).

Nota
Os requisitos por especificar podem incluir itens tais como valores de capacidade
de ligação e de interrupção, circuitos associados e as condições peculiares de
emprego e de funcionamento.

0170 - Categoria de utilização


Ver “Categoria de emprego”.

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0175 - Chave
Dispositivo de manobra mecânico, capaz de ligar, conduzir e interromper correntes sob
condições normais do circuito, sob condições de sobrecarga previstas e, também, de
conduzir por tempo especificado, correntes sob condições anormais preestabelecidas,
tais como as de curto-circuito (TB 19-15/20-110).

Nota
Certos tipos de chaves podem ligar mas não interromper correntes de curto-circuito.

0180 - Chave auxiliar


Chave destinada a travar, sinalizar ou comandar, como parte integrante de um circuito
auxiliar.

0185 - Chave com retenção de posição


Chave sem retorno próprio. A chave fica na posição de operação à qual foi levada.
Uma mudança na posição de operação só é possível se a mesma for acionada.

0190 - Chave de comando sob carga


Dispositivo de manobra para ligar e desligar equipamentos (exceto motores) e partes
de uma instalação em serviço normal. Sua capacidade de operação (ligação e/ou
interrupção) atinge os valores nominais de corrente.

0195 - Chave de motor


Chave para operar (ligar e desligar) motores de acordo com o regime de operação da
máquina.

0200 - Chave principal


Dispositivo destinado a comandar o circuito principal de alimentação; é, assim, ligado
diretamente ao consumidor, passando através dele a corrente de operação.

0205 - Chave programada


É a chave em cujo eixo de acionamento são montadas placas excêntricas para o
acionamento dos contatos, que constituem um programa de comandos.

0210 - Chave seccionadora


Chave que, na posição aberta, satisfaz às exigências de distância de isolação
especificadas para um seccionador (TB 19-15/20-205).

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0215 - Chave seccionadora sob carga


Dispositivo de manobra que preenche os requisitos de uma chave sob carga e de uma
chave principal.

0220 - Circuito auxiliar


Circuito através do qual são acionados os dispositivos de manobra. Além disso, ele é
usado para fins de medição, comando, travamento e sinalização (TB 19-15/10-060).

0225 - Circuito de comando (ou auxiliar)


Este circuito (para ligar e interromper dispositivos de manobra) engloba a fonte de
alimentação (tensão de comando), os contatos dos dispositivos de comando, os
acionamentos elétricos (bobina e mola) dos dispositivos de manobra, assim como os
elementos auxiliares de manobra.

0230 - Circuito de comando


Ver “Circuito auxiliar”.

0235 - Circuito de controle


Ver “Circuito auxiliar”.

0240 - Circuito principal


Circuito formado das partes mais importantes, dos contatos principais e dos terminais.
Tais partes são destinadas a conduzir a corrente de operação.

0245 - Classes de equipamentos


Classes que determinam a vida mecânica útil de um equipamento. Segundo a VDE
0660, as classes são:

Classe de equipamento Durabilidade número de manobras


3
A1 10
3
A3 3 X 10
4
B1 10
4
B3 3 X 10
5
C1 10
5
C3 3 X 10
6
D1 10
6
D3 3 X 10
7
E1 10

Por “número de manobras” entende-se um fechamento e uma abertura.


SENAI-SP - INTRANET 59
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0250 - Colamento
Fenômeno que pode ocorrer entre os contatos de um dispositivos de manobra num
dos seguintes casos:
1. Por correntes de curto-circuito elevadas e inadmissíveis.
2. Por pressão pequena demais entre contatos (quando a tensão de comando está
abaixo da nominal).
3. Por comandos incompletos (comandos consecutivos de “LIGA” ”DESLIGA” rápidos
e descontrolados).

Como conseqüência pode ocorrer a fusão da cobertura dos contatos e, com isso, a
soldagem dos mesmos.

0255 - Comando
Ação efetiva com a finalidade de influenciar ou modificar grandezas de operação
(resistência) em um circuito, incluindo ligação e interrupção, dependendo do caso.

0260 - Compensação de temperatura


Processo destinado a compensar a variação de temperatura ambiente, em particular
nos relés térmicos. A temperatura ambiente influi no tempo de disparo de relés ou
disparadores de sobrecorrente. Essa compensação é sempre necessária, quando a
temperatura ambiente do equipamento por proteger é diferente da temperatura
ambiente do elemento de proteção (relé ou disparador). A compensação é feita
mediante uma lâmina bimetálica suplementar.

0265 - Componente contínua


É a amplitude do desvio no eixo zero de uma oscilação senoidal normal da corrente.
Ocorre, por exemplo, em caso de curto-circuito e é de curta duração. Sua amplitude
depende do fator de potência e do instante no qual se estabelece a corrente de curto-
circuito. A soma da componente contínua com corrente simétrica de curto-circuito
resulta no valor da corrente assimétrica de curto-circuito. A corrente de curto-circuito
aumenta em função da componente contínua; com isso, tornam-se maiores as
dificuldades de abertura de um circuito através de equipamentos de manobra. A
componente contínua pode atingir, no máximo, 100% do valor de crista da corrente
alternada simétrica de curto-circuito; em redes normais de baixa tensão, ele alcança,
no máximo, 50%.

60 SENAI-SP - INTRANET
CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

0270 - Comutador
Dispositivo de manobra auxiliar que tem, tanto na posição fechada como na posição
aberta de um dispositivo de manobra, uma posição fechada (TB 19-15/20-120).

0275 - Condutor auxiliar


Condutor de ligação de dispositivos de manobra auxiliares de um circuito.

0280 - Condutor de proteção


Condutor não pertencente a um circuito de operação, destinado a interligar partes
condutivas não energizadas de equipamentos com a terra (ver “Aterramento de
proteção”).

0285 - Condutor de terra


Condutor aterrado em redes que usam o aterramento como medida de proteção.

0290 - Conjunto magnético


É, em dispositivos de manobra de BT (baixa tensão), o conjunto formado pela
armadura-suporte de imã, pelo núcleo e pela bobina de excitação, isto é, o imã
completo que é utilizado para o acionamento de contatores ou de disparadores
magnéticos. Existem conjuntos magnéticos de corrente alternada e de corrente
contínua.

0295 - Construção modular auxiliar


Construção modular que permite associar entre si diversas combinações de chaves
auxiliares, mesmo posteriormente à montagem de contatores e disjuntores.

0300 - Contato
Parte de um dispositivo de manobra, através da qual um circuito é ligado ou
interrompido. Há os contatos fixos e móveis e, de acordo com a utilização, contatos
principais, contatos de arco e contatos auxiliares (TB 26/2.2.2).

0305 - Contato 1
Contato de impulso (1) para o contator de proteção do circuito de alimentação,
instalado antes da chave comutadora (p. ex., chave estrela/triângulo). É formado por
um par de contatos (um contato abridor retardado e um contato fechador adiantado)
montado na chave comutadora. Em caso de falta de tensão ou de disparo de um relé
de sobrecorrente, ocorre a interrupção de rede de alimentação. Um restabelecimento
só é, então, possível, quando a chave comutadora estiver na posição “DESLIGADO”.

SENAI-SP - INTRANET 61
CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Impede-se, assim, que um motor, por exemplo, parta em triângulo, quando do


restabelecimento da rede.

0310 - Contato abridor


Contato que abre, quando do estabelecimento, e que fecha, quando da interrupção de
um dispositivo de manobra. Em literatura antiga, designado por “normalmente fechado”
(TB 1-15/10-045).

0315 - Contato auxiliar


a) Contato de chave auxiliar.

b) Contato inserido em um circuito auxiliar e operado mecanicamente pelo disjuntor


(TB 26/2.2.9).

0320 - Contato cônico


Contato de forma cônica, para garantir um contato seguro no caso de pequenas
tensões e correntes.

0325 - Contato de arco


Contato previsto para que o arco nele se estabeleça até sua extinção, protegendo os
contatos condutores principais.

Nota
Em certos dispositivos, os contatos principais servem, também, como contatores de
arco; em outros, porém, os contatos de arco são distintos daqueles, sendo previstos
para fechar-se antes e abrir-se depois dos contatos principais (TB 1-15/10-025).

0330 - Contato de arco


Peça de contato para o estabelecimento do arco (TB 26/2.2.7).

0335 - Contato de selo


Contato fechador auxiliar, encontrado particularmente nos contatores, que é
comandado simultaneamente com os contatores fechadores principais, e através do
qual é selada a alimentação da bobina do contator. Esse contato é ligado em paralelo
com o botão de ligação do contator.

62 SENAI-SP - INTRANET
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0340 - Contato em ponte


Contato móvel, que abre ou fecha simultaneamente dois pontos de contato, como, por
exemplo, o contato móvel de um contator.

0345 - Contato fechador ou normalmente aberto


Contato que fecha, quando do estabelecimento, e que abre, quando da interrupção de
um dispositivo de manobra. Em literatura antiga, designado por normalmente aberto
(TB 19-15/10-040).

0350 - Contato fixo


a) Parte de um elemento de contato, fixado ao dispositivo de manobra. Sobre os
contatos fixos são pressionados, quando da ligação, os contatos móveis.

b) Peça de contato praticamente imóvel (TB 26/2.2.3).

0355 - Contato passante


Contato auxiliar que realiza um contato de curta duração, durante a operação de um
dispositivo de manobra. Estando o dispositivo desligado, o contato passante estará
aberto.

0360 - Contato por pressão


Peças de contato que se fecham somente por pressão. Quando da ligação do circuito,
a superfície de contato não é afetada pelo atrito. Seu oposto é o contato deslizante.

0365 - Contato principal


a) Contato no circuito principal de um dispositivo de manobra.

b) Contato inserido no circuito principal de um disjuntor, previsto para conduzir, na


posição fechada, a corrente desse circuito (TB 26/2.2.6).

0370 - Contator
Dispositivo de manobra mecânico, acionado eletromagneticamente, construído para
uma elevada freqüência de operação e cujo arco é extinto no ar. O contator é, de
acordo com a potência (carga), um dispositivo de comando de motor e pode ser
utilizado individualmente, acoplado a relés de sobrecorrente, na proteção contra
sobrecargas. Há certos tipos de contatores com capacidade de estabelecer e
interromper correntes de curto-circuito. Basicamente existem contatores para motores
e contatores auxiliares (TB 19-15/20-125).

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0375 - Contato a vácuo


Contator no qual os contatos operam no vácuo.

0380 - Contator com remanente


Contator com travamento magnético no qual é aproveitada a força coercitiva do
sistema magnético.

0385 - Contatos de prata


Contatos cujas superfícies de contato são placas de prata. Tais contatos têm a
vantagem de não ficar deteriorados, como os de cobre, por oxidação, nas operações
em regime permanente.

0390 - Contatos móveis


Contatos movidos pelo acionamento ou pelo eixo de comando do dispositivo de
manobra, quando da operação (TB 26/2.2.4).

0395 - Corrente de abertura de arco


Corrente na qual, durante o desligamento, ocorre a abertura do arco antes da
passagem pelo ponto zero.

0400 - Corrente de carga (limite de condução de corrente)


Corrente que pode circular continuamente por um circuito, sem que ele sofra esforços
térmicos ou dinâmicos (temperatura-limite) acima dos permanentemente admissíveis.

0405 - Corrente de corte


Máximo valor instantâneo da corrente presumida de curto-circuito. A corrente
presumida de curto-circuito é função da resistência, do tempo de operação (abertura
ou fechamento) e da tensão de arco. A corrente de corte de um fusível ou disjuntor
limitador tem influência fundamental sobre os esforços térmicos aos quais estão
sujeitos os equipamentos (TB 19-15/35-090).

0410 - Corrente de crista


Ver “Corrente de pico”.

0415 - Corrente de curta-duração admissível


Corrente que um dispositivo de manobra pode suportar na posição fechada, durante
um curto intervalo de tempo especificado (p. ex., 1s). Ela é dada como sendo o valor
médio quadrático da corrente de curto-circuito. A corrente de curta duração admissível
tem significação especial para seccionadores e para disjuntores com disparo retardado
em curto-circuito (TB 26/2.4.18).

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0420 - Corrente de curta-duração


Corrente de curta-duração admissível.

0425 - Corrente de curto-circuito


Designação genérica para a corrente passível de ocorrer no local de instalação de um
dispositivo de manobra, quando os terminais estão curto-circuitados.

0430 - Corrente de descarga


Corrente que, em caso de falta, percorre a distância de escoamento.

0435 - Corrente de disparo


Corrente na qual um disparador de um relé de função dependente de corrente opera,
acarretando o disparo do dispositivo de manobra que liga um circuito. Em disparadores
e relés ajustáveis, essa corrente é indicada, nas curvas de correntes de disparo, como
sendo um múltiplo da corrente de disparo ajustada.

0440 - Corrente de impulso de curto-circuito em corrente alternada


Componente alternada da corrente de impulso de curto-circuito. É dado pelo valor
eficaz.

0445 - Corrente de interrupção


a) (Corrente nominal de operação). Corrente que pode ser interrompida por um
dispositivo de manobra (disjuntor), em condições normais de operação. Da
amplitude dessa corrente depende, principalmente, a vida útil dos contatos.

b) Corrente no pólo de um disjuntor no instante do início do arco, durante uma


operação de abertura (TB 26/2.4.8).

0450 - Corrente de ligação


Corrente que ocorre imediatamente após a ligação. Essa corrente raramente é igual à
corrente It + h2 ou à de interrupção. Via de regra, seu valor é bem mais elevado
(corrente de partida).

0455 - Corrente de partida


1. Corrente que um motor consome, quando ligado porém ainda em repouso (na
partida ou na frenagem). Seu valor médio é cerca de 6 a 8 vezes a corrente
nominal nos motores de gaiola.
2. É a corrente que uma bobina de contator consome, por exemplo, em curto espaço
de tempo, durante a fase de ligação do contator. Nos equipamentos Siemens, valor
médio de 10 a 20 vezes a corrente nominal (IN), onde IN é a corrente perante
excitação de sustentação.
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0460 - Corrente de pico


Máximo valor instantâneo de corrente, por exemplo, no ato de ligação.

0465 - Corrente de regime permanente (It)


É a corrente, em um dispositivo de manobra, que este pode conduzir em condições
normais de operação e de ambiente, sem interrupção e sem que sejam ultrapassados
os seus limites de elevação de temperatura. A corrente (It) é, de modo geral, idêntica à
corrente nominal. A um dispositivo de manobra somente pode ser atribuído um valor
para a corrente (It). Como condições normais de operação e de ambiente, entende-se,
por exemplo, no caso de dispositivos de proteção de motores, que os primeiros
operem e protejam os motores, ainda que em instalações abertas, a uma temperatura
ambiente de até 35ºC.

0470 - Corrente dinâmica de impulso


Corrente nominal de impulso.

0475 - Corrente nominal de impulso


Corrente de impulso em curto-circuito. Máximo valor instantâneo admissível (valor de
crista) da corrente presumida de curto-circuito na linha mais exigida. Ele designa
resistência dinâmica ao curto-circuito de um dispositivo de manobra.

0480 - Corrente nominal de operação


Ver “Corrente de interrupção”.

0485 - Corrente nominal de serviço IN


Corrente que é função das condições de operação de um circuito, determinada pelas
condições de emprego, em função da qual são escolhidos os diversos dispositivos. Um
dispositivo de manobra pode possuir várias correntes nominais, dependendo do regime
de operação. Não se deve confundir corrente nominal com corrente de regime
permanente It.

0490 - Corrente presumida de curto-circuito


Corrente que circularia no circuito, se cada pólo do dispositivo de manobra fosse
substituído por um condutor de impedância desprezível, perante um curto-circuito.

0495 - Corrente simétrica de curto-circuito


Valor máximo positivo e negativo da corrente de curto-circuito (valor de crista) numa
onda senoidal simétrica com relação a um eixo de referência. Através da componente
contínua, a corrente de curto-circuito torna-se assimétrica, visto que essa componente
varia em relação ao referido eixo. Esta assimetria vai lentamente sendo eliminada

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(atenuação), dependendo o intervalo de tempo necessário para sua eliminação das


indutâncias da rede.

0500 - Corrente térmica limite


Corrente de curto-circuito que leva o equipamento a uma temperatura suportável em
curto-circuito.

0505 - Curto-circuito
a) Ligação, praticamente sem resistência, de condutores sob tensão, tensão esta que
pode ser a de ensaio. Nessas condições, através de uma resistência transitória
desprezível, a corrente assume um valor muitas vezes maior que a corrente de
operação; assim sendo, o equipamento e parte da instalação poderão sofrer um
esforço térmico (corrente suportável de curta duração) ou eletrodinâmico (corrente
nominal de impulso) excessivos. Somente relés limitadores de curto-circuito, de
capacidade suficiente, podem evitar danos de maior monta e a perda total do
equipamento. Três são os tipos de curto-circuito: o trifásico entre três condutores
de fase: o monofásico, entre dois condutores de fase; e o para a terra, entre um
condutor de fase e a terra ou um condutor aterrado (falta para a terra);

b) 1. Ligação intencional ou acidental entre dois pontos de um sistema ou


equipamento elétrico, ou de um componente, através de uma impedância
desprezível;

2. Conjunto de fenômenos que decorrem da ligação acima, quando os pontos


considerados se encontram sob potências diferentes (TB 19-05/40-225);

0510 - Curva característica de disparo


Representação gráfica da relação entre tempo de disparo-corrente, através da qual se
pode determinar após quanto tempo o disparador, o relé de disparo ou o fusível opera
com uma determinada corrente. As curvas características constam de catálogos,
instruções de operação ou de placas características, tendo como condição inicial a do
elemento sensor à temperatura ambiente (fria).

0515 - Curva característica tempo-corrente


É a curva que indica em que tempo, a uma determinada corrente, um relé ou um
disparador de sobrecorrente ou um fusível opera.

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0520 - Definição dos termos relativos ao tempo de interrupção

Figura A

0525 - Definição dos termos relativos ao tempo de ligação

Figura B

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0530 - Destravar
a) Retirar consciente e compulsoriamente um travamento. Existem relés de
sobrecorrente com autotravamento e travamento de curto-circuito em disparadores
ultra-rápidos. Tendo o relé de sobrecorrente ou o disparador ultra-rápido operado, é
acionado o dispositivo de travamento, mantendo o dispositivo de manobra na
posição “desligada”. Para que o dispositivo de manobra possa operar novamente, é
necessário destravá-lo.

b) Retirar um travamento mecânico (TB 109/2.3.19).

0535 - Diagrama de ligação do equipamento


Diagrama que representa todas as ligações e todos os elementos de contato de um
equipamento ou combinação de equipamentos. Ele esclarece sobre o tipo, a ligação e
forma de operação do equipamento, porém não sobre o seu dimensionamento.

0540 - Diagrama funcional


Representação individual dos circuitos principal e auxiliar (circuito de comando), sem
que seja considerada a disposição construtiva dos contatos, visando somente a facilitar
a representação funcional do circuito.

0545 - Disjuntor
Dispositivo de manobra com capacidade de ligação e interrupção sob condições
normais e anormais do circuito, sendo que entre as últimas se incluem os esforços
térmico e dinâmico, devidos aos curto-circuito (TB 26/2.1.3).

0550 - Disjuntor ultra-rápido


a) Dispositivo de manobra de corrente contínua com tempo de abertura ultra-reduzido,
que limita as correntes de curto-circuito, de acordo com a intensidade e com a
duração.

b) Disjuntor projetado para emprego em circuitos de corrente contínua, com tempo de


interrupção tão curto, que as correntes de curto-circuito não chegam a atingir o seu
valor máximo (TB 26/2.1.46).

0555 - Disparador
a) Parte integrante de um disjuntor que, ao ser ultrapassada uma grandeza (corrente,
tensão), tanto abaixo como acima do seu limite, age mecanicamente sobre o
elemento de comando dos contatos, provocando um desligamento.

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b) Dispositivo conectado mecanicamente a um disjuntor, que libera os órgãos de


retenção dos contatos principais, provocando seu fechamento ou sua abertura (TB
26/2.2.14).

0560 - Disparador a distância por corrente de operação


Destina-se a comandar circuitos a distância, atuando sobre os comandos principais e
intertravamentos de dispositivos de proteção e manobra.

0565 - Disparador auxiliar


Destina-se a desligar um dispositivo de manobra, através de um circuito auxiliar; são,
geralmente, do tipo de disparadores de corrente de operação ou de subtensão,
efetuando desligamentos a distância.

0570 - Disparador de potencial zero


Disparador semelhante ao de subtensão, que, segundo a VDE 0660, dispara ao ser
atingido um valor de tensão entre 0,35 e 0,1 da tensão nominal de comando.
Diferencia-se do disparador de subtensão, pelo valor de disparo reduzido.

0575 - Disparador de sobrecorrente


Disparador que provoca a abertura de um disjuntor, atuando sobre o seu mecanismo
de travamento com ou sem retardamento intencional, quando a corrente no disparador
excede um valor predeterminado. Em termos de característica de desligamento,
existem dois tipos, a saber: de desligamento com retarde (eletromagnéticos) e de
desligamento instantâneo (também eletromagnéticos) (TB 26/2.2.17).

0580 - Disparador de subtensão


Disparador que provoca a abertura de um disjuntor com ou sem retardamento
intencional, quando a tensão nos terminais do disparador cai abaixo de um valor
predeterminado (TB 26/2.2.22).

0585 - Disparo livre


É a propriedade que um dispositivo de manobra possui, garantindo o disparo ou o
desligamento pelo mecanismo de acionamento.

0590 - Dispositivo de comando


Destina-se a comandar, direta ou indiretamente, equipamentos de manobra e/ou de
operação. De acordo com o caso, têm-se dispositivos de comando para circuitos
principais e para circuitos auxiliares.

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0595 - Dispositivo de comando


Dispositivo para operar circuitos de comando.

0600 - Dispositivo de comando (ou controle) com retenção de posicionamento


Dispositivo de comando ou de controle, que, depois de acionado, permanece na
posição à qual foi levado e, para desligar-se, é necessária uma força externa ao
mesmo.

0605 - Dispositivo de comando e sinalização


Dispositivo destinado a acionar à distância um dispositivo de manobra, através de um
comando de curta duração. A lâmpada nele embutida sinaliza a posição de operação.

0610 - Dispositivo de interrupção de emergência


São chaves e botões de comando de interrupção de emergência, conforme VDE 0113
e IEC 204.

0615 - Dispositivo de intertravamento


Dispositivo que torna a operação de um dispositivo de manobra dependente da
posição ou da operação de outro ou outros equipamentos (TB 19-15/10-075).

0620 - Dispositivo de manobra do sistema reticulado


Combinação de um disjuntor com um relé da malha e um disparador de corrente
especial, que opera com segurança entre 10 e 11% da tensão nominal de comando. O
relé controla o sentido do fluxo de corrente no local da instalação. O relé atua quando,
em virtude de uma falta no transformador ou na rede de AT, a energia flui para o
transformador (vinda do equipamento consumidor) e opera o dispositivo de manobra
do sistema, através do disparador.

0625 - Dispositivo de partida com resistor no motor


a) Dispositivo de partida para limitação da corrente de partida de motores, ligando-se
resistores ao circuito do rotor.

b) Dispositivo de partida com tensão reduzida para motores de indução com rotor
enrolado, que liga o enrolamento do rotor inicialmente em série com resistores de
partida, os quais são curto-circuitados sucessivamente, até que o motor atinja a
condição de funcionamento normal (TB 19-15/120-435).

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0630 - Dispositivo de regulagem


Dispositivo destinado a exercer uma ou mais funções de regulagem em um sistema ou
equipamento elétrico, ou em um componente (regulagem de rotação de motores, com
e sem perdas térmicas) (TB 19-15/40-005).

0635 - Dispositivo de retenção de posição


Parte de uma chave que trava determinadas posições, geralmente por meio de
entalhes e rebaixos, por pressão de molas.

0640 - Dispositivo luminoso de sinalização


Ver “Sinalizador luminoso”.

0645 - Distância de abertura


Distância de isolação entre os contatos fixo e móvel de um pólo, na posição aberta (TB
26/2.4.47).

0650 - Distância de escoamento


a) Caminho que uma corrente pode percorrer, sobre a superfície de um corpo
isolante, em virtude da sujeira ou da umidade entre duas partes condutivas sob
tensão.

b) Menor distância, medida sobre a superfície externa de um isolante sólido, entre


duas partes condutoras que apresentam diferença de potencial entre si (TB 19-
05/21-035).

0655 - Durabilidade do equipamento


A durabilidade do equipamento é dada, via de regra, pela sua vida útil mecânica.

0660 - Eixo de acionamento


Parte de um dispositivo de manobra através da qual são acionados os contatos: ao
eixo de manobra é acoplado o acionamento.

0665 - Elementos de acionamento


Em dispositivo de comando, é a parte montada nos painéis e portas frontais,
geralmente acionando direta ou indiretamente esses dispositivos. Elementos de
acionamento são: botões, teclas, manoplas, punhos, alavancas, chaves, botões,
sinalizadores, etc.

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0670 - Elemento de contato


Elemento de um dispositivo de manobra que efetua o contato elétrico com ou sem
programação.

0675 - Elemento de contato


Ver “Contato”.

0680 - Elemento de retardamento


Elemento de um dispositivo de manobra que provoca o retardamento na ligação e na
interrupção do equipamento.

0685 - Elevação de temperatura


Aquecimento do equipamento acima da máxima temperatura do ambiente admissível.
Seu valor, somado à temperatura ambiente, fornece a temperatura-limite.

0690 - Elo fusível


Parte ativa de um fusível, de forma definida, feita, p. ex., de cobre e envolvida pelo
corpo do fusível. Ele funde por sobrecarga ou por curto-circuito, devido ao efeito
térmico da corrente. O elo de um fusível com retardamento tem duas características: é
formado por uma espécie de ponte e por estrangulamentos nos extremos. A ponte
funde-se em sobrecarga, e os estrangulamentos, em curto-curcuito (84/2.4.1).

0695 – Estabelecer contato


Situação quando suas partes condutivas (p. ex., peças de contato) são apostas uma à
outra de forma tal, que resulte uma ligação elétrica.

0700 - Exatidão de repetição


É a exatidão com a qual um intervalo de tempo pré-ajustado para um relé temporizado
pode ser mantido perante ligações e desligamentos repetidos. Em chaves fim de curso,
é a exatidão do encontro dos contatos acionados consecutivamente (precisão
mecânica).

0705 - Excitação de partida


Excitação necessária em todos os equipamentos consumidores indutivos (por
exemplo, contatores) para pô-los em funcionamento. Ela é, normalmente, maior do que
a excitação de sustentação. A maior excitação necessária é obtida por um maior
consumo de corrente (corrente de excitação).

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0710 - Extinção do arco


Interrupção da corrente após a abertura das peças de contato. Há diversas formas de
extinção:
• Arco de corrente alternada pode auto-extinguir-se pela passagem da corrente pelo
ponto zero; deve ser evitado um restabelecimento do arco, devido à presença da
tensão (uso da câmara de aletas extintoras);
• Arco de corrente contínua pode ser extinto requerendo-se dele, compulsoriamente,
uma tensão mais elevada do que aquela que a rede pode fornecer. Isto se
consegue, prolongando-se e resfriando-se o arco intensivamente (uso da câmara
em cunha e da bobina de sopro).

0715 - Facas de contato


Contatos em forma de faca, que quando fechados, fazem contato em ambos os lados.
Como exemplos, os contatos de fusíveis NH e de chaves de faca. Os contatos fixos
são as garras ou contatos em lira.

0720 - Faixa de operação


Faixa na qual a tensão de comando pode diferir da tensão nominal de comando, sem
que seja afetada a segurança de operação do dispositivo de manobra (por exemplo,
contator). Segundo a VDE 0660, o contator deve poder ligar com segurança, com 0,85
a 1,1 vezes a tensão de comando.

0725 - Faixa de regulagem


Faixa na qual pode ser ajustado o valor de disparo desejado de um relé (relé
temporizado) ou de um disparador (disparador de sobretensão, p. ex.).

0730 - Falta de fase


É quando uma das fases da rede de alimentação é interrompida. Com isso, o
enrolamento do motor pode queimar, se não for desligado (relé de falta de fase).

0735 - Fator de disponibilidade, FD% (para regime intermitente)


a) Relação percentual entre o tempo de operação e a duração da série de operação.

Exemplos:
1. Quando um motor funciona durante 3 min e permanece em repouso por 7 min,
a duração da série de operações é de 10 min.
3
Portanto, =0,3, ou seja, FD = 30%
10

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2. Um motor fica ligado durante 1 min e, em repouso, 4 min (duração da série de


operações = 5 min) = FD = 20%.

b) Relação, geralmente expressa em porcentagem, entre o tempo em que um


equipamento elétrico esteve em operação, ou pronto para entrar em funcionamento
e em condições de ser operado à potência nominal, e o intervalo de tempo
considerado (TB 19-109/2.1.15).

ϕ
0740 - Fator de potência = cos.ϕ
a) Relação entre a potência ativa e a potência aparente em equipamentos e redes de
corrente alternada. Aplicado a uma curva senoidal, a tensão se modifica entre os
dois valores mais elevados (positivo e negativo), invertendo, assim, o sentido da
corrente. Em circuitos com cargas ôhmicas puras, a tensão e a corrente alcançam,
simultaneamente, os seus valores correspondentes mais elevados, pois o cos.ϕ=1
(potência ativa pura). Quando o consumidor é indutivo, a tensão alcança seu valor
máximo antes da corrente (desvio indutivo de cos.ϕ=1). Tratando-se de um
consumidor capacitivo, a corrente se adianta em relação à tensão (desvio
capacitivo de cos.ϕ=1); se o fator de potência for zero, teremos potência reativa
pura. Quanto maior for o desvio com relação a 1, tanto maior será a solicitação à
qual o dispositivo de manobra é submetido quando da operação do circuito
(indutivo=interrupção dificultada; capacitivo=ligação dificultada). Defasamentos
indutivos diferentes de 1 podem novamente ser igualados a 1, com o auxílio de
uma capacitância, e vice-versa (utilização de equipamentos de regulação
capacitiva). Com cos.ϕ=1, há um melhor aproveitamento dos cabos.

b) Relação entre a potência reativa e a potência aparente de um circuito de corrente


alternada (TB 19-05/41-180).

0745 - Força coercitiva


É a força residual em materiais magnéticos e o esforço de manter uma propriedade
magnética adquirida por um material. Por isso os eletroimãs têm um magnetismo
remanente (remanência) no núcleo, depois de desligada a bobina de magnetização.

0750 - Frenagem por contracorrente


a) Método de frenagem de motores trifásicos, invertendo-se a polaridade de dois
condutores, com o que o motor passa a ter um momento de torção de sentido
contrário. Interrompendo-se a contracorrente no instante exato (com sensores de
frenagem), evita-se que o motor passe ao sentido de rotação inverso.

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b) Forma de frenagem regenerativa na qual é invertida a corrente principal de uma


máquina de corrente contínua (TB 19-10/5-035). Frenagem por inversão de fases.
Forma de frenagem elétrica de um motor de indução, obtida invertendo-se a
seqüência de fases de sua alimentação (TB 19-10/55-040).

0755 - Freqüência de operação


A freqüência de operação indica quantas manobras por unidade de tempo podem ser
realizadas por um dispositivo.

0760 - Fusível NH
(Do alemão, onde: N é de Niederspannung = baixa tensão e H é de Hochleistung = alta
capacidade). Dispositivo de manobra destinado a interromper a corrente do circuito
pela fusão do seu elo fusível envolto por areia. A fusão do elo dá-se pelos efeitos
térmicos da corrente. O fusível NH tem na faixa de sobrecarga uma característica de
desligamento com retarde, isto é, um tempo de atuação tão longo, que é possível ligar
um motor com sua corrente de partida, sem que se funda o seu elo fusível (curva de
tempo-corrente). Esses fusíveis, em execução especial, adaptam-se, também, a outras
funções, como, por exemplo, para proteção de tiristores. Além disso, eles têm alta
capacidade de interrupção (podem interromper correntes de curto-circuito até 100kA).

0765 - Garra
Peça de contato de uma base de fusíveis NH, destinada ao encaixe da faca do fusível
NH.

0770 - Garra de fusível


Garra de encaixe para fusíveis de contato tipo faca, semelhante ao contato em lira.

0775 - Grau de proteção


Grau que indica a proteção contra toques, penetração de corpos estranhos e de
líquidos, designado para determinado equipamento.

0780 - Grau de retarde de atuação


Existem dois graus de retarde: TI e TII. Para cada relé e disparador de sobrecorrente
existem curvas características de tempo-corrente, que indicam a que tempo um relé ou
um disparador opera a uma determinada corrente. Em TI o tempo de disparo com uma
corrente 6 vezes maior do que a corrente nominal é para um tempo maior do que 2s.
em TII o tempo de disparo com 6 vezes IN deve ser sempre maior que 5s.

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0785 - Imã monofásico


Eletroimã cuja bobina é excitada por apenas uma fase, como, por exemplo, a de um
contator, onde a um terminal é ligada uma das fases do sistema e ao outro terminal, o
neutro.

0790 - Imã permanente


Imã constituído de material de elevada força coercitiva, que, uma vez energizado,
mantém praticamente a mesma força (exemplo: imã em ferradura). Utilizado em
contatores para extinção do arco por sopro magnético.

0795 - Indicador de posição


Dispositivo acoplado elétrica ou mecanicamente a um dispositivo de manobra e que
indica se este se encontra ligado ou desligado. É utilizado principalmente nos
dispositivos de intertravamento e em dispositivos de manobra encapsulados (TB
26/2.1.22).

0800 - Interrupção de contato


Falha na ligação condutiva elétrica entre dois contatos.

0805 - Interrupção do curto-circuito


Interrupção da corrente de curto-circuito, com dispositivo de manobra apropriado,
como, por exemplo, fusível NH, disjuntor, etc.

0810 - Interrupção múltipla


Ligação em série, de pontos de manobra, que fecham e abrem simultaneamente. É
utilizada para elevar a tensão nominal de um dispositivo de manobra e para seccionar
o arco em vários menores.

0815 - Intertravamento
Processo de ligação entre os contatos auxiliares de vários dispositivos, pelo qual as
posições de operação desses dispositivos são dependentes umas das outras. Através
do intertravamento, evita-se a ligação de certos dispositivos antes que outros permitam
essa ligação.

0820 - Jampa
Tira de material condutor (geralmente cobre) para encaixe de fusíveis NH, em lugar
dos mesmos.

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0825 - Ligação com resistor de excitação


Usada em contatores, quando um conjunto magnético de corrente alternada deve ser
alimentado com corrente contínua. Para obter a força magnética necessária, a bobina
precisa ser superexcitada, isto é, ela é alimentada durante a ligação com uma tensão
maior do que a tensão nominal de comando. Essa tensão mais elevada levaria, num
dado espaço de tempo, à queima da bobina. Para que isto seja evitado, é ligado um
resistor em série com a bobina, até que a tensão de acionamento seja obtida. A força
de sustentação necessária é apenas de reduzido valor.

0830 - Ligação em paralelo


Tipo de ligação no qual dois ou mais dispositivos de manobra, contatos ou condutores
são ligados paralelamente no mesmo circuito. Aplicado em um dispositivo de manobra
onde contatos ligados em paralelo elevam a corrente de regime permanente do
dispositivo, porém não a capacidade de operação, nem a tensão nominal.

0835 - Ligação em série


Tipo de ligação no qual mais de um dispositivo, componente ou contato são ligados
consecutivamente no mesmo circuito. Ligando-se os contatos de um dispositivo de
manobra em série, o arco de corrente da interrupção pela abertura simultânea dos
contatos é dividido em vários e reduzidos arcos. Com isso, eleva-se a tensão nominal
de um dispositivo de manobra.

0840 - Limitação de corrente


Limitação da corrente de curto-circuito, calculada em função das impedâncias do
circuito. Isso é conseguido com a utilização de fusíveis, disjuntores limitadores de
corrente e com disjuntores rápidos, que, perante correntes muito elevadas de curto-
circuito, operam num intervalo de tempo tão curto, que a corrente de curto-circuito não
atinge o seu valor máximo.

0845 - Linha elétrica ou simplesmente linha


Instalação elétrica destinada ao transporte de energia elétrica, compreendendo um
conjunto de condutores com seus suportes e acessórios (terminais e contatos) (TB 19-
25/20-005).

0850 - Linha radial


Linha elétrica que começa num ponto de alimentação e termina num ponto de
consumo, sendo que este e os demais pontos de consumo, servidos por essa linha, só
podem ser alimentados por essa única via (TB 19-25/15-045).

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0855 - Local de contato


Local em que se tocam as partes condutivas elétricas; são poucos os pontos de
contato entre peças.

0860 - Malha de curto-circuito


Abrange todos os condutores, equipamentos de manobra e consumidores através dos
quais, em caso de curto-circuito, flui a corrente de curto-circuito.

0865 - Malha em anel


Linha elétrica que parte de um ponto de alimentação e termina no mesmo ou em outro
ponto, com os pontos de consumo ao longo de seu trajeto dispostos de modo que
possam ser alimentados em qualquer uma das duas direções(TB 19-25/15-070)

0870 - Manobra
Ligação e desligamento de um dispositivo.

0875 - Meio extintor


Meio no qual o arco é levado à extinção. Para os nossos equipamentos, existem os
seguintes meios extintores:
1. Ar (praticamente, para todos os equipamentos de manobra de BT).
2. Areia (fusíveis NH).
3. Vácuo (contatores a vácuo).
4. Óleos, naturais ou sintéticos (geralmente na média e alta tensão).

0880 - Miolo do dispositivo


Dispositivo de manobra sem cobertura ou invólucro.

0885 - Momento de ligação


Momento no qual os contatos se tocam para efetuar a ligação de um circuito.

0890 - Nível de isolamento


Conjunto de valores de tensões suportáveis nominais, que caracterizam o isolamento
de um equipamento elétrico em relação a sua capacidade de suportar solicitações
dielétricas (TB 19-25/55-010).

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CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

0895 - Núcleo laminado


É usado em núcleos magnéticos de corrente alternada, de contatores e outros
eletroimãs, para baixar as perdas no ferro. Os núcleos são compostos de chapas
sobrepostas, isoladas entre si (não são usados para corrente contínua, que emprega
núcleos maciços).

0900 - Número de pólos


Número de elementos de um dispositivo de comando ou de proteção (contatos,
bimetais, etc.).

0905 - Operação sob condições normais


Operação de um dispositivo de manobra, na qual são mantidos os limites indicados
pelos dados nominais, como, por exemplo, freqüência de operação, potência nominal,
etc.

0910 - Painéis de distribuição CCM


Painéis que contêm os Centros de Controle de Motores. São conjuntos de armários
modulados, com gavetas ou “racks”.

0915 - Partida lenta


Quando um motor necessita de mais de cinco segundos (5s) desde a sua ligação até
alcançar a sua rotação nominal em função de suas condições de carga, fala-se em
partida lenta. Para a proteção de motores com partida lenta, são necessários relés de
sobrecorrente especiais e, melhor ainda, uma proteção de motor por termistor.

0920 - Passagem pelo ponto zero


Em corrente alternada, a corrente e a tensão mudam contínua e alternadamente de
sentido e amplitude. No instante da mudança de sentido, tanto corrente como tensão
tornam-se iguais a zero. A esse instante chama-se passagem pelo ponto zero,
situação que facilita a extinção do arco.

0925 - Peça de contato.


Uma das partes condutoras que formam um contato (TB 26/2.2.5).

0930 - Peça de contato


Ver “Contato”.

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0935 - Placa excêntrica


Disco de material moldável, com rebaixos; elementos de acionamento de chaves
programadas.

0940 - Placas condutoras


Placas de guia do arco, deslocando-se rapidamente para o interior da câmara de
extinção. Elas estão situadas no interior da câmara de extinção, com parte delas,
ligadas aos contatos fixos.

0945 - Ponte fusível


Ver “Elo fusível”.

0950 - Potência aparente


A potência aparente em corrente alternada é o produto da tensão pela corrente, sem
que seja levado em conta o cos. ϕ; é indicado em VA. A potência aparente é igual ou
superior à potência ativa e à potência reativa.
Cos. ϕ = 1 significa potência aparente = potência ativa;
Cos. ϕ = 0 significa aparente = potência reativa.

A potência aparente é uma grandeza comensurável (TB 19-05/41-160).

0955 - Potência ativa


Potência ativa, indicada em watt (W); em componentes indutivos e capacitivos, parte
da potência aparente que o componente consome e transforma em outra forma de
energia (por exemplo, calor e potência mecânica) (TB 19-05/41-150).

0960 - Pressão de contato


Pressão com a qual duas partes condutivas (contatos) se tocam. Quando a pressão de
contato é muito pequena, a resistência transitória torna-se muito alta, persistindo o
perigo de que as temperaturas-limite admissíveis sejam ultrapassadas.

0965 - Proteção contra curto-circuito


Limitação dos efeitos destrutivos das correntes de curto-circuito através de elementos
de proteção adequados, a saber:
1. Fusíveis (NH e DIAZED).
2. Disjuntores com disparadores eletromagnéticos de sobrecorrente sem
retardamento.

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CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

0970 - Proteção de motor


Proteção contra os efeitos de sobrecarga e curto-circuito sobre o motor, isto é,
proteção da isolação do enrolamento contra aquecimentos e esforços eletrodinâmicos
inadmissíveis, através de:
1. Relés térmicos de sobrecorrente (no caso de comando por contatores);
2. Relés térmicos de sobrecorrente com e sem retardamento ou com retardamento de
curta duração (no caso de comando por disjuntores);
3. Proteção de motor por termistor (controle de temperatura do enrolamento por
termosensores);
4. Fusíveis de curto-circuito (fusíveis NH e DIAZED).

0975 - Potência consumida


É, em dispositivos de manobra, a potência requerida pelas bobinas de conjuntos
magnéticos e por motores acionadores. Essa potência é indicada em watt (potência
ativa) ou em volt-ampére (potência aparente). Em bobinas para acionamento por
corrente alternada, é indicada a potência aparente e o cos.ϕ; e, para acionamento por
corrente contínua, a potência ativa.

0980 - Potência de retenção


Potência permanente de alimentação da bobina de um sistema eletromagnético (um
contator, p. ex.), destinado a fornecer o fluxo magnético necessário para manter o
núcleo móvel atraído pelo fixo. Distinguem-se as potências de retenção no fechamento
e potência de retenção em serviço nominal.

0985 - Potência reativa


a) Potência alternada necessária para produzir campos eletromagnéticos, em motores
elétricos, transformadores, etc. Ela é indispensável para o funcionamento de todos
os equipamentos consumidores indutivos, mas não pode, como a potência ativa,
ser transformada em qualquer energia útil. Produz em cabos e instalações uma
carga inativa, principalmente nas redes das concessionárias de energia elétrica.
Equipamentos de regulação capacitiva, compensadores e capacitores de potência
acoplados adicionalmente, fornecem a potência reativa necessária ao consumidor,
compensam os campos eletromagnéticos e aliviam, assim, a carga das
concessionárias.

b) Produto do valor eficaz da corrente reativa pelo valor eficaz da tensão elétrica, em
um circuito de corrente alternada senoidal (TB 19-05/41-155).

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0990 - Princípio de construção modular


Construção que possibilita a montagem, com inúmeras variações, de um dispositivo de
manobra e, consequentemente, de um centro de distribuição, com meios auxiliares
elementares, utilizando-se cubículos individuais e funcionais (módulos). Vantagens:
principalmente a facilidade de estocagem, mobilidade e adaptabilidade.

0995 - Reatância
Resistências indutivas e capacitivas dos circuitos de corrente alternada.

1000 - Recobrimento da peça de contato


Cobertura, geralmente de metal nobre (prata, liga de prata), utilizada em contatos de
dispositivos de manobra.

1005 - Regime de curta-duração (KB)


Regime no qual, por exemplo, um disparador de corrente de operação só é mantido
sob tensão durante um curto período. A elevação de temperatura de regime contínuo
não é, assim, alcançada, de forma tal que a bobina não precisa ser dimensionada para
a corrente nominal de operação. O intervalo entre as duas cargas é tão grande, que o
resfriamento da bobina se dá, praticamente, até a temperatura ambiente.

1010 - Regime de operação semanal


Regime de serviço no qual os contatos principais de um dispositivo de manobra devem
ser operados uma vez por semana, para se evitar a oxidação dos contatos. Esse
regime é particularmente importante, quando se usam contatos de cobre.

1015 - Regime intermitente (AB)


Regime no qual o dispositivo de manobra liga e interrompe periodicamente, com tempo
de carga e intervalo de repouso de operação tão reduzidos, que suas partes
condutivas não alcançam o equilíbrio térmico, quer na fase de aquecimento, quer na
de resfriamento. A identificação do regime é feita pela indicação do tempo relativo de
carga e da duração da série de operações. Não confundir com regime de curta
duração.

1020 - Regime permanente


a) Regime no qual os contatos principais do dispositivo de manobra ou a bobina de
um disparador de tensão podem ficar fechados por tempo indeterminado.

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b) Regime de um sistema ou equipamento elétrico, ou de um componente, em que as


grandezas físicas que caracterizam seu funcionamento, têm valores estáveis (TB
19-05/41-006).

1025 - Relação de valores de corrente


Grandeza própria de rede em malha. Perante curto-circuito num dado condutor de
malha, correntes parciais de curto-circuito circulam pelos demais condutores até o
ponto no qual ocorre a falta. Como relação dos valores de corrente designa-se a
relação entre a maior corrente parcial de curto-circuito e a corrente total de curto-
circuito. Sendo tal relação inferior ou igual a 0,8, pode-se dizer que se garante uma
interrupção seletiva dos fusíveis dos nós.

1030 - Relé
Dispositivo de proteção e, eventualmente, de comando à distância, cujos contatos
auxiliares comandam, perante certas grandezas elétricas (corrente, tensão), outros
dispositivos através de circuitos auxiliares, eventualmente com retardamento pré-
ajustado (relé temporizado). Os relés podem ser dispositivos individuais ou
componentes de dispositivos de manobra.

1035 - Relé de comando à distância


O relé de comando à distância é um dispositivo de manobra montado em um
determinado local, distante da posição em que se encontra montado o respectivo
dispositivo de comando. Tais relés podem atuar diretamente sobre o circuito auxiliar do
dispositivo de comando, como no caso da bobina de contator, ou sobre o sistema
eletromecânico de fechamento, que atua em função dos relés de tensão e de corrente,
como no caso dos disjuntores.

1040 - Relé de falta de fase


Dispositivo complementar acoplado a um relé térmico de sobrecorrente com
retardamento que tem por finalidade o desligamento de motores trifásicos, que venham
por defeitos operar com falta de uma fase.

1045 - Relé de sobrecorrente


Relé com desligamento retardado dependente de corrente. É utilizado na proteção de
equipamentos elétricos (motores) contra sobrecarga. O relé opera de forma
semelhante ao disparador de sobrecorrente, sem atuar, entretanto, mecanicamente
sobre o mecanismo de travamento do dispositivo de manobra, mas, sim, sobre uma
chave auxiliar do relé. Tal chave auxiliar é que faz, eletricamente, a interrupção, por

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comando à distância, do dispositivo de manobra através de um circuito de comando.


Os relés de sobrecorrentes devem ser protegidos por fusíveis contra danos
provocados por curto-circuitos. Cada relé terá o seu fusível apropriado, indicado pelo
fabricante.

1050 - Relé temporizado


Relé com uma escala de ajuste e que opera com retardamento.

1055 - Rendimento
Relação entre o valor útil de uma grandeza fornecida por um sistema ou equipamento
elétrico, ou por um componente, e o valor total da mesma grandeza por ele absorvida.
Não havendo indicação em contrário, esse termo refere-se à potência (TB 19-05/04-
030).

1060 - Resistência de contato


Relação entre a diferença de potencial existente entre duas superfícies em contato e a
corrente que circula de uma para a outra, não havendo força eletromotriz entre elas
(TB 19-05/40-215).

1065 - Resistência de isolamento


Propriedade do material isolante que age no sentido de evitar que este se torne, por si
só, condutor em razão das correntes de descarga.

1070 - Resistência dinâmica de curto-circuito


Resistência mecânica aos esforços de curto-circuito, de dispositivos de manobra e,
principalmente, de barramentos. Em condutores energizados atuam, de acordo com o
sentido da corrente, forças de atração e de repulsão que, em corrente alternada, o
fazem de forma periódica, com o dobro da freqüência da rede. Contra essas forças é
necessário uma grande resistência por parte do equipamento (resistência dinâmica de
curto-circuito, da instalação), para que ele não seja prejudicado ou danificado. A
resistência dinâmica de curto-circuito é indicada pela corrente nominal de impulso; do
valor máximo dessa corrente, é que depende a força que atua no equipamento e/ou
barramento. A resistência à temperatura é a resistência térmica de curto-circuito
(corrente térmica de curta duração).

1075 - Resistência térmica e dinâmica ao curto-circuito


Propriedade dos dispositivos de manobra, de suportar os esforços devidos à corrente
de curto-circuito.

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1080 - Resistente à corrosão


Capacidade de resistir a agentes químicos externos e a atmosferas agressivas, como,
por exemplo, vapores sulfurosos e gases clorídricos.

1085 - Ressurgimento do arco


Fenômeno que pode ocorrer após a extinção do arco na câmara de extinção; é devido
à tensão de retorno, que atua sobre uma distância de abertura entre os contatos
insuficiente ou não adequadamente desionizada.

1090 - Retardamento de interrupção


Retardamento proposital da interrupção. Quando da interrupção de fornecimento de
energia elétrica pela rede durante um curto espaço de tempo, os contatores desligam
instantaneamente, o que acarreta o desequilíbrio dos controles. Para que isso seja
evitado, os contatores são fornecidos com dispositivos adicionais que permitem que
eles permaneçam ligados durante um curto tempo, quando da redução da tensão da
rede. Após esse tempo, ocorre desligamento automático, contanto que não tenha
havido restabelecimento da rede. Dispositivos semelhantes existem, também, para
disjuntores em caixas moldadas.

1095 - Retardamento de ligação


Tempo de ligação.

1100 - Retardamento na ligação do elemento temporizado


É o intervalo de tempo que decorre em um relé temporizado, entre o instante do
comando de ligação e a condição final de ligação dos contatos do relé, ou seja, é o
retarde de operação dos contatos após a energização destes.

1115 - Retardamento no desligamento de um elemento temporizado


É o intervalo de tempo de um relé ou elemento temporizado (como, por exemplo, de
contatores), que decorre entre o instante do comando de desligamento e a obtenção
da posição de repouso dos contatos do relé. Em outras palavras, é o retarde de
operação dos contatos após a desenergização destes.

1120 - Ricochete
Abertura resultante da repulsão entre contatos, no ato da ligação.

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1125 - Seccionador
a) Dispositivo de manobra que preenche os requisitos de uma chave e os
estabelecidos pela VDE 0660, sobre as condições de seccionamento.

b) Dispositivo de manobra mecânico que, por motivo de segurança, assegura na


posição aberta uma distância de isolamento que satisfaz condições especificadas.
Um seccionador é construído para fechar e abrir um circuito, ou quando é
desprezível a corrente que está sendo ligada ou interrompida, ou quando não se
verifica variação de tensão apreciável entre os terminais de cada um de seus pólos
e também para conduzir a corrente sob condições normais do circuito e de
conduzir, por tempo especificado, correntes sob condições anormais, especificadas
no circuito, tais como as de curto-circuito (TB 19-15/20-115).

Nota 1
A expressão “é desprezível a corrente” refere-se a correntes tais como as correntes
capacitivas de buchas, barramentos, ligações e trechos muito curtos de cabos, bom
como às correntes de transformadores de potencial e de divisores de tensão.

Nota 2
A expressão “não se verifica variação de tensão apreciável” refere-se a aplicações
tais como as de curto-circuitar reguladores de tensão por indução e disjuntores.

1130 - Seccionador-fusível para motor


É um seccionador sob carga, que pode também ligar e interromper o motor em todos
os seus pólos. Fusíveis NH montados em série servem para promover a proteção
contra curtos-circuitos.

1135 - Seletividade
Operação conjunta de dispositivos de proteção que atuam sobre os de manobra
ligados em série para a interrupção escalonada de correntes anormais (p. ex., de
curto-circuito). O dispositivo de manobra deve interromper a parte do circuito
conectada imediatamente após ele próprio. Os demais dispositivos de manobra devem
permanecer ligados. A seletividade limita os efeitos de uma falta a uma grandeza
mínima em tempo e espaço.

1140 - Série de operação


Soma do tempo de carga e do tempo de repouso em vazio.

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1145 - Sinalizador de posição


Componente destinada a sinalizar a posição de operação de dado dispositivo de
manobra por meio de uma lâmpada nele embutida (TB 26/2.1.23).

1150 - Sinalizador luminoso


Indicador ótico de uma condução de operação ou controle de um comando, ao acender
ou apagar de uma lâmpada.

1155 - Sistema reticulado


No sistema reticulado, a energia é distribuída por um sistema de linhas interligadas. A
alimentação, em geral, é feita por um ou mais pontos. Em caso de falta de uma linha,
cada consumidor é alimentado pelas linhas restantes, sem que haja necessidade de
uma comutação (TB 19-25/15-060).

1160 - Sobrecarga térmica


Situação de elevação de temperatura devida a corrente de carga, que pode levar o
material ao recozimento e à fusão.

1165 - Sobreposição de fechamento


Situação que caracteriza o fechamento do contato fechador antes que se abra o
contato abridor na fase de ligação, e vice-versa na de interrupção.

1170 - Sobretensão de desligamento


Sobretensão que ocorre quando do desligamento de cargas indutivas (por exemplo, de
bobinas de contatores).

1175 - Sopro magnético


Ação de um campo magnético sobre um arco elétrico, através da ação de uma bobina,
quando esse campo é usado para extinguir o arco(TB 19-05/21-030).

1180 - Soquete de lâmpada


Parte de um dispositivo de sinalização luminoso, que, além do botão de sinalização,
tem a lâmpada e os terminais para sua ligação.

1185 - Superfície do pólo


Superfície do núcleo de um imã.

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1190 - Suporte do sinalizador


Num sinalizador luminoso, é a parte montada num painel que tem, na parte dianteira,
um vidro transparente extraível e, na parte traseira, o soquete da lâmpada.

1195 - Temperatura-limite
Temperatura máxima que os componentes de um dispositivo de manobra ainda podem
suportar, individualmente, em regime permanente, sem que sejam danificados. A
temperatura-limite é o resultado da soma da elevação de temperatura e da
temperatura ambiente.

1200 - Temperatura suportável em curto-circuito


Temperatura máxima que um equipamento pode suportar, em razão dos efeitos
térmicos resultantes da circulação de uma corrente de curto-circuito durante tempo
limitado (1s, por exemplo). Essa corrente particular de curto-circuito é também
chamada “corrente térmica limite”.

1205 - Tempo de abertura


a) É, por exemplo, o intervalo de tempo desde a operação de um disparador de
sobrecorrente eletromagnético sem retardamento, até o fim do fluxo de corrente em
todos os pólos (voltar à pag. 66 fig. A);

b) Intervalo de tempo definido de acordo com o modo de abertura, como é


estabelecido abaixo (TB 26/2.4.31):
• Para um disjuntor fechado, que é operado por qualquer tipo de energia externa,
o tempo de abertura é medido a partir do instante de aplicação dessa energia
no disparador, até o instante da separação dos contatos de arco em todos os
pólos;
• Para um disjuntor fechado, que é operado pela corrente no circuito principal,
sem ajuda de qualquer tipo de energia externa, o tempo de abertura é medido a
partir do instante em que a corrente no circuito principal atinge o valor de
funcionamento no disparador de sobrecorrente, até o instante da separação
dos contatos de arco em todos os pólos.

Em qualquer dos dois casos acima, os dispositivos de retardamento, integrantes do


disjuntor, são ajustados no seu valor mínimo ou, se possível, desligados.

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1210 - Tempo de acionamento


Intervalo de tempo, de um relé temporizado, medido desde o instante em que se
realiza comando, até que os contatos sejam acionados.

1215 - Tempo de arco


Intervalo de tempo entre o instante do início do primeiro arco e o instante da extinção
final do arco em todos os pólos, considerados esses instantes de acordo com a norma
técnica individual (TB 19-15/35-060).

Nota
No caso de dispositivos de manobra multipolares, em que o início do arco não é
simultâneo em todos os pólos, há uma superposição parcial do tempo de abertura e do
tempo de arco, cuja duração máxima admissível deve constar da norma técnica
específica.

1220 - Tempo de disparo


Intervalo de tempo entre os instantes de operação do disparador e de liberação do
dispositivo de intertravamento.

1225 - Tempo de fechamento


a) É o intervalo de tempo desde o início do comando, até o fechamento total de todos
os elementos de contato (voltar à pág. 66 fig. A).;
b) É o intervalo de tempo entre o início da operação de fechamento e o instante em
que os contatos se tocam em todos os pólos. O tempo de fechamento inclui o
tempo de operação de todo equipamento auxiliar necessário ao funcionamento do
disjuntor e que faz parte integrante deste último (TB 26/2.4.37).

1230 - Tempo de fusão


Intervalo de tempo que decorre entre o instante em que se inicia a fusão do elemento
fusível e o instante em que se inicia o arco (TB 84/2.5.6).

1235 - Tempo de interrupção


Intervalo de tempo entre o início do tempo de abertura e o fim do tempo de arco de um
disjuntor (TB 26/2.4.34).

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1240 - Tempo de ligação


Intervalo de tempo entre o instante do início da operação de fechamento e o instante
em que começa a circular corrente no circuito principal, considerados esses instantes
de acordo com a manobra técnica específica (TB 19-15/35-070).

1245 - Tempo de operação


Tempo de interrupção = tempo de abertura e tempo de arco. Tempo de ligação = tempo
de fechamento e tempo de ricochete.

1250 - Tempo de operação


Tempo no qual os contatos permanecem fechados.

1255 - Tempo de ricochete


Intervalo de tempo entre o primeiro toque dos contatos até a posição final de repouso,
na fase de ligação. O tempo de ricochete é fator decisivo na vida útil elétrica e na
confiabilidade de um dispositivo de manobra.

1260 - Tensão de comando


É a tensão nos terminais de disparadores, bobinas, etc., de dispositivos de manobra.

1265 - Tensão de operação


Tensão de alimentação da rede, entre os condutores de um equipamento ou parte de
uma instalação.

1270 - Tensão nominal


Valor eficaz da tensão pelo qual um dispositivo de manobra é designado e ao qual são
referidos outros valores nominais (TB 19-15/05-020).

1275 - Tensão nominal de comando Uc


Valor nominal da tensão de acionamento, dimensionados para cada carga (motores,
relés, etc.). O funcionamento de tais cargas é considerado seguro, quando operados
dentro de uma dada faixa de tensão.

1280 – Tensão nominal de isolamento Ui = Nível de isolamento


Valor normalizado de tensão para o qual é dimensionado o isolamento de um
dispositivo de manobra. Dessa forma, os circuitos principal e auxiliar podem ter níveis
de isolamento diferentes; o isolamento entre esses dois circuitos é sempre
dimensionado, tomando-se como base o circuito principal (TB 26/2.4.27).

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1285 - Terminal chato


Barramento ligado ao dispositivo de manobra, com o auxílio de porca. Ligação do
barramento, como também, no caso de cabos e fios, por meio de terminais chatos.

1290 - Termistor
Parte do dispositivo de proteção do motor, montado no enrolamento do motor direta
por proteger. O termistor modifica (aumenta) a sua resistividade com o aumento da
temperatura (termistor PTC).

1295 - Terra
a) Segundo a VDE 0100, terra é a massa geológica e o solo.
b) Massa condutora da terra, ou todo condutor a ela ligado permanentemente (TB 19-
05/40-155).

1300 - Tomada múltipla


Utilizada para contatores auxiliares; é uma tomada acoplada ao dispositivo de
manobra, tendo como vantagem a intercambiabilidade racional de outros dispositivos.

1305 - Trava de desligamento por curto-circuito


Dispositivo mecânico adicional montado em dispositivos de manobra com fecho
através de disparadores de sobrecorrente eletromagnéticos, sem retardamento (ação
rápida). Após a operação dos disparadores, deve ser evitado um religamento, quando
ainda persistir o curto-circuito. Antes do religamento, o travamento em questão deve
ser desfeito.

1310 - Travamento
Ver “Intertravamento”.

1315 - Travamento magnético


Sistema magnético de elevada força coercitiva, presente nos contatores com
remanente. O núcleo móvel permanente é “atraído” após a bobina eletromagnética de
contato ter sido desenergizada, de forma que os contatos ainda ficam “ligados”. O
travamento pode ser desfeito pela aplicação de um campo magnético contrário ao de
remanência.

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1320 - Tropicalizado
É um equipamento que assegura, num ambiente cujo teor de umidade relativa do ar
seja superior a 80% com orvalhamento ocasional, por um lado, que a resistência de
isolamento não caia constantemente a valores inadmissíveis e, por outro lado, que as
suas partes metálicas não sejam suscetíveis à corrosão. Para tanto, os materiais
isolantes têm uma composição apropriada, e as partes metálicas recebem um
tratamento superficial especial.

1325 - Valor de crista


Somente para corrente alternada. Em contraposição ao valor eficaz, o valor de crista
indica o valor extremo (valor de pico) de uma tensão ou de uma corrente. Na onda
senoidal o valor de crista é igual a 2 vezes o valor eficaz (TB 19-05/02-095).

1330 - Valor de disparo


Grandeza na qual um dispositivo opera: por exemplo, corrente, tensão, temperatura,
tempo.

1335 - Valor eficaz


a) Valor médio quadrático. Para a curva senoidal, o valor eficaz é igual a 1/ 2 x
amplitude do valor de crista. Correntes e tensões são geralmente referidas a
valores eficazes, pois esses valores são medidos com instrumentos de medição
usuais. O valor eficaz de uma corrente alternada corresponde ao de uma corrente
contínua que produz a mesma carga térmica que uma corrente alternada.
b) Raiz quadrada da média aritmética dos quadrados de todos os valores assumidos
por uma grandeza periódica, em um período (TB 19-05/020-090).

1340 - Valor I2t.


É o valor térmico de uma corrente operante de curto-circuito.

1345 - Velocidade de operação


Velocidade dos contatos móveis na ligação ou no desligamento.

1350 - Vida útil


Tempo no qual um dispositivo de manobra deve operar satisfatoriamente sob
condições normais. Ela é dada em números de manobras. Diferencia-se vida útil
mecânica e elétrica.

1355 - Vida útil mecânica


Durabilidade quando operado em vazio.

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Chaves reversoras de
comando manual trifásica

São dispositivos de comando de motores trifásicos usados para partida e reversão da


rotação, podem ser blindadas para montagem em sobreposição ou abertas para a
montagem em painéis

Blindadas Abertas

Estas chaves podem ser secas ou imersas em óleo vegetal. Nessas condições são
chaves para correntes mais elevadas em função do meio extintor do arco.

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Constituição
Basicamente, tanto no ponto de vista construtivo como também nos seus detalhes
técnicos, estas chaves não diferem das chaves reversoras monofásicas ou de outras
similares; apenas diferem na quantidade de blocos de contatos, forma do cames e nas
ligações internas.

Blocos de contatos

Cames de acionamento

As chaves reversoras de comando manual possuem três posições que podem ser:
direita, desligada e esquerda.

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Funcionamento da chave reversora trifásica de comando manual

Posição “0”
Estando o manípulo na posição “0” não se estabelece nenhuma conexão; portanto, o
motor não gira.

Posição “D”
Acionando-se o manípulo para a posição “D”, ocorrem as conexões representadas
pelas figuras abaixo.

O motor gira no sentido horário.

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Posição “E”
Movimentando-se a alavanca para a posição “E”, serão conectados os bornes
representados nas figuras a seguir.

O motor gira no sentido anti-horário.

As chaves de comando manual podem ser identificadas através dos catálogos


editados pelos fabricantes, que apresentam geralmente os dados seguintes.
• Desenho ou fotografia do dispositivo ou chave;
• Número de referência comercial (próprio do fabricante);
• Corrente de serviço;
• Tensão de serviço;
• Dimensões.

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Interruptores tripolares para embutir

Ref. Especificação Amp. Volts Dimensões

5010 Interruptor 15 500 60x60x70

5012 Interruptor para tear 15 500 60x60x70

5012 Interruptor para tear 30 500 70x60x80

5015 Interruptor 30 500 70x60x80

5016 Interruptor 60 800 95x95x95

5020 Chave reversão 15 500 60x60x70

5020 IMOR-NTCN Chave de reversão, s/ alavanca 15 500 60x60x70

5020 IMOR-NTCN Chave de reversão, s/ alavanca 30 500 70x60x80

5022 Chave reversão 30 500 70x60x80

5023 Chave reversão 60 800 75x115x95

5025 Chave estrela triângulo 15 500 60x60x115

5030 Chave estrela triângulo 30 500 70x60x125

5031 Chave estrela triângulo, sem automático 60 800 95x200x95

5031 Chave estrela triângulo, com automático 60 800 95x200x95

5032 Chave dupla estrela YY 15 500 60x60x115

5032 Chave dupla estrela YY 30 500 70x60x125

5032 Chave dupla estrela YY 60 800 125x245x95

5036 Chave 2 velocidades 15 500 60x60x115

5036 Chave 2 velocidades 30 500 70x60x125

5036 Chave 2 velocidades 60 800 95x200x95

5040 Chave 2 velocidades-esquerda e direita 15 500 60x60x115

5040 Chave 2 velocidades-esquerda e direita 30 500 70x60x125

5041 Chave 3 velocidades 15 500 60x60x115

5041 Chave 3 velocidades 30 500 70x60x125

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Chave de comando manual


estrela-triângulo

A chave estrela-triângulo é um dos dispositivos utilizados para partida de motores


trifásicos de rotor em curto-circuito sob tensão reduzida, com a finalidade de diminuir a
corrente de partida.

Finalidade
É usada para atender às exigências das fornecedoras da energia elétrica, que
consideram necessário o emprego de dispositivos especiais para limitar a corrente de
partida, a fim de evitar perturbações no funcionamento de instalações vizinhas.

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Constituição
As chaves estrela-triângulo apresentam geralmente as mesmas características
construtivas das chaves de partida direta, reversora e Dahlander de comando manual,
diferindo apenas no número e na programação dos contatos.

Partida de motores com chave estrela-triângulo


Emprega-se a chave estrela-triângulo em motores que permitam essas ligações, sendo
que a tensão da rede deverá coincidir com a tensão do motor na ligação triângulo.

Observação
Os motores deverão ter seis bornes: (1,2,3,4,5,6 ou U,V,W,X,Y,Z). Esta chave não deve
ser utilizada em redes com tensão acima de 500V.

Funcionamento
a) O manípulo da chave estando na posição “0”, os contatos fixos estarão desligados
dos contatos móveis, portanto o motor estará parado.

A figura a seguir mostra a chave na posição “0” (desligado). Não há fechamento de


contatos, portanto o motor está parado.

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Observação
Os contatos R, 1, 6, S, 2, 4, T, 3 e 5 são fixos.

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b) Girando-se a alavanca para a posição estrela, isto ocasionará simultaneamente os


fechamentos seguintes: R com 1; S com 2; T com 3; 6 com 4 e com 5.

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c) Girando-se o manípulo para a posição triângulo (∆), figura a seguir, isto ocasionará
simultâneo fechamento dos contatos seguintes: R com 1 e com 6; S com 2 e com
4; T com 3 e com 5.

Estando o manípulo da chave na posição (∆), o motor atingirá a velocidade nominal.

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Observação
A manobra da chave (a passagem da ligação estrela para triângulo) só deve ser
executada quando o motor atingir aproximadamente 80% da velocidade sincrônica.

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Chave compensadora manual

É um dispositivo próprio para partida de motor elétrico com tensão reduzida.

As chaves compensadoras são empregadas como dispositivos de partida com tensão


reduzida, para atender às exigências das fornecedoras de energia, a fim de evitar
perturbações nas redes vizinhas, devidas à acentuada queda de tensão provocada
pela corrente de partida.

Usa-se também a chave compensadora, atendendo a outros detalhes técnicos, quando


o motor necessita partir com carga, onde outros dispositivos de partida de tensão
reduzida sejam contra-indicados.

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Partida com chave compensadora

Podemos usar a chave compensadora para dar partida em motores sob carga. A
chave compensadora reduz a corrente de partida, evitando uma sobrecorrente na rede
de alimentação deixando porém o motor com um conjugado suficiente para a partida e
aceleração.

A tensão na chave compensadora é reduzida através do autotransformador, que


possui normalmente “taps” de 65 e 80% da tensão nominal. O diagrama da figura a
seguir mostra os elementos mais importantes deste tipo de chave.

Constituição
Geralmente são montadas em caixas metálicas que constituem sua blindagem e
possibilitam o armazenamento do óleo na parte inferior (tanque) da chave para
extinção de arcos, preservando os contatos fixos e móveis.

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O acionamento da chave é feito por uma alavanca lateral, que se movimenta para a
frente e para trás. Esta alavanca faz girar uma barra sobre a qual estão montados os
contatos.

Funcionamento
Quando a alavanca é puxada para a frente, ligam-se os contatos que intercalam o
autotransformador na linha, e o motor é alimentado com uma tensão reduzida,
conforme o diagrama da figura.

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Quando a alavanca é empurrada para trás, os contatos móveis interrompem as


ligações anteriores, retiram o autotransformador do circuito e estabelecem a ligação do
motor diretamente à rede.

Nesta posição, um gatilho mecânico retêm a chave. Para desarmá-la, aperta-se o


botão “pare” (“stop”) que se encontra na frente da chave.

Observações
• Este dispositivo somente deve ser manobrado para a posição definitiva quando o
motor alcançar aproximadamente 80% de sua velocidade nominal, para receber a
plena tensão.
• Algumas chaves permitem a instalação de um botão de desligamento à distância. A
figura a seguir mostra este detalhe.

As chaves compensadoras deverão ser fixadas conforme as especificações dos


fabricantes, considerando que estas foram estudadas para facilitar a manobra do
operador.

A ligação elétrica consiste em ligar os bornes da chave L1, L2 e L3 à rede, e o motor


aos bornes M1, M2 e M3 da chave.

É obrigatório instalar antes da chave compensadora um seccionador com fusíveis


cujas características devem ser também indicadas pelos fabricantes.

As chaves compensadoras são fabricadas para várias potências, a partir de 5c.v.

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Reostato de partida

É um resistor de partida ajustável, construído de tal forma que permite variar sua
resistência ôhmica sem abrir o circuito no qual se encontra inserido.

Serve para regular a corrente e produzir queda de tensão. Apresentam as mais


variadas formas construtivas.

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Aplicação do Reostato

Motor Monofásico (Tipo Universal)


O reostato é ligado em série com o motor.

Ele limita a corrente, provocando queda de tensão controlada, o que permite a


variação da velocidade do motor. Exemplo: motor de máquina de costura.

Motor Trifásico de Rotor Bobinado


O reostato é ligado aos terminais do rotor, limitando a corrente no mesmo, permitindo
ao motor partida suave e controle de velocidade.

Motor Trifásico Rotor Gaiola de Esquilo


O reostato é ligado em série com duas das
três linhas da rede, provocando queda de
tensão e conseqüente redução da corrente
de partida.

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Motor de Corrente Contínua Tipo Série


O reostato é ligado em série com o motor, produz queda de tensão e limita a corrente
de partida.

Motor de c.c. Tipo Paralelo


Neste motor, o reostato atua como um divisor de tensão. Na partida, o campo está
ligado diretamente à rede; a armadura está ligada em série com toda a resistência do
reostato. Quando manobramos o reostato no sentido horário, gradativamente
inserimos resistência no campo e a retiramos da armadura. Deste modo, limita-se
inicialmente a corrente de partida (na armadura) e ao mesmo tempo ajusta-se a
rotação ao valor desejado.

Motor de c.c. Tipo Misto (Compound)


Neste motor o reostato é composto de dois resistores variáveis; um de fio fino (para o
campo paralelo) e outro de fio grosso (para o campo série). Na partida, o resistor do
campo série reduz a corrente de partida.

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O campo paralelo é alimentado com a tensão da rede. Diminuindo-se a resistência do


resistor do campo série, aumenta a corrente. A velocidade é controlada pelo resistor
fino (do campo paralelo).

Os tipos de reostato mais usados são: tubular, anel, placa circular, grade de ferro
fundido, carvão sob pressão e líquido.

Os reostatos do tipo tubular, anel, placa circular são construídos com fios níquel-cromo
suportados por isolantes refratários, acondicionados em caixa metálica para proteção
mecânica. Podem ainda estar imersos em óleo para sua refrigeração e podem ser de
comando automático ou semi-automático.

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Chave comutadora de pólos


manual

São dispositivos ou chaves previstas para proporcionar duas ou mais velocidades a um


motor, por meio da comutação da polaridade de um enrolamento ou entre dois
enrolamentos do mesmo.

Chave comutadora para duas Chave comutadora para quatro


velocidades velocidades

Estas chaves são construídas para comutar as polaridades de dois enrolamentos


separados, o que permite a obtenção de duas ou quatro velocidades distintas. Sendo o
maior de um só enrolamento, obtêm-se apenas 2 velocidades distintas.

Constituição
São construídas de maneira semelhante à das chaves reversoras de comando manual
e constam de material similar, diferindo apenas na programação dos contatos e no
número destes.

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Funcionamento da chave comutadora de pólos acoplada a um motor tipo A


DAHLANDER de apenas 1 rolamento

A chave possui 3 posições:


• Posição - “0” - desligado.
• Posição - 1 - baixa velocidade.
• Posição - 2 - alta velocidade.

Manípulo na posição “0” desligado; não ocorre nenhuma conexão - o motor não gira.

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Acionando-se o manípulo para a posição 1, ocorrem as conexões representadas na


figura a seguir.

Acionando-se o manípulo para a posição 2, ocorrem as conexões representadas na


figura abaixo.

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Relés eletromagnéticos

São relés que têm como princípio de funcionamento o eletromagnetismo.

Eles são destinados a comandar ou proteger circuitos.

Tipos de relés eletromagnéticos


Os relés eletromagnéticos mais comuns são:
• Relés de mínima tensão
• Relés de máxima corrente

O relé de mínima tensão recebe uma regulagem para uma tensão mínima (aprox. 20%
menor que a tensão nominal). Se esta baixar a um valor prejudicial, o relé atua
interrompendo o circuito de comando das chaves principais e, consequentemente,
abrindo seus contatos principais.

Estes relés são aplicados principalmente em contatores e disjuntores. A figura a abaixo


mostra o esquema simplificado de um relé de mínima tensão.

Esquema simplificado de relé de mínima tensão

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Relés eletromagnéticos de máxima corrente


Quando um relé for regulado para proteger um circuito contra excesso de corrente, ele
abrirá o circuito principal indiretamente, assim que ela atingir o limite estabelecido pela
regulagem.

A figura abaixo mostra o esquema simplificado de um relé de máxima corrente.

Funcionamento
Circulando pela bobina uma corrente elevada, o núcleo atrai o fecho, o qual provoca a
abertura do contato abridor, interrompendo o circuito de comando.

Regulagem

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Girando-se o botão de regulagem no sentido da seta, distancia-se cada vez mais o


fecho do núcleo.

Para que o núcleo atraia o fecho, é necessária uma grande imantação; portanto será
preciso que a bobina seja percorrida por uma elevada corrente.

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Relés térmicos

Os relés térmicos são dispositivos construídos para proteger, controlar ou comandar


um circuito elétrico, atuando sempre pelo efeito térmico provocado pela corrente
elétrica.

Elemento básico dos relés térmicos


Os relés térmicos têm como elemento básico o “bimetal”. Esse elemento é constituído
de 2 lâminas finas (normalmente ferro e níquel), sobrepostas e soldadas.

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Funcionamento dos relés térmicos


Quando 2 metais, de coeficientes de dilatação diferentes, são unidos em superposição,
temos um par metálico. Se esses metais forem em forma de tiras, teremos um par
metálico (ou bimetal) com a conformação apropriada para o relé. Em virtude da
diferença do coeficiente de dilatação, um dos metais se alonga mais que o outro. Por
estarem rigidamente unidos, o de menor coeficiente de dilatação provoca um
encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto de um ponto
determinado. Esse movimento pode ser usado para diversos fins, como disparar um
gatilho e abrir um circuito. O gatilho tem a função de fazer com que a abertura ou o
fechamento dos contatos seja o mais rápido possível, a fim de que o arco elétrico não
provoque a soldagem ou o desgaste dos contatos.

Aplicação dos relés térmicos


As características dos bimetais aplicados aos relés permitem aos mesmos o controle
de:
• Sobrecarga - na proteção de motores;
• Controle da temperatura ambiente;
• Temporização - quando usados juntamente com uma bobina de duplo bobinado
(bobina Y), ou seja, bobina de contator com secundário.

Tipos de relés térmicos


Os relés térmicos podem ser:
• Diretos ou indiretos;
• Com retenção ou sem retenção;
• Compensados;
• Diferenciais.

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Relés diretos
Os relés diretos são aquecidos pela passagem da corrente de carga pelo próprio
bimetal.

O relé bimetálico direto desarma o disjuntor, quando há uma sobrecarga.

A ação bimetal é lenta, porém o deslocamento é brusco, pela ação do gatilho.

Observação
A abertura rápida evita a danificação ou a soldagem dos contatos.

Representação esquemática de um relé térmico


A figura a seguir mostra esquematicamente as partes principais de um relé térmico de
proteção, na posição aramada.

Na figura a seguir o relé está disparado (desligado por uma sobrecarga).

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Nos circuitos trifásicos o relé térmico possui três lâminas bimetálicas (a, b, c), que
atuam conjuntamente, quando há sobrecarga equilibrada.

Relés térmicos indiretos


Nos relés térmicos indiretos, o aquecimento do bimetal é feito por um elemento
aquecedor indireto, que transmite o calor para o bimetal, provocando a atuação do
relé.

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Relés térmicos com retenção


São relés térmicos que possuem dispositivos que travam as lâminas bimetálicas na
posição desligada, após sua atuação. Para recolocá-las em funcionamento, é
necessário soltar manualmente a trava, o que se consegue ao apertar e soltar um
botão. O relé estará novamente pronto para funcionar.

Observação
Antes de rearmá-lo, verificar por que motivo o relé desarma.

Relés térmicos compensados e diferenciais ou de falta de fase


Os relés térmicos compensados são relés que não apresentam alteração na
regulagem com a variação da temperatura ambiente. Assim, um relé regulado para 5A
não sofrerá alteração na regulagem, se a temperatura ambiente aumentar ou diminuir.

Os relés térmicos diferenciais ou de falta de fase são relés que disparam com maior
rapidez que a normal, quando há de uma fase ou sobrecarga em uma delas. Assim,
um relé diferencial regulado para disparar normalmente com 10 A para 5 minutos,
disparará muito antes de 5 minutos, se faltar uma fase.

Funcionamento do relé térmico compensado e diferencial com sobrecarga


Quando as correntes nas 3 fases são equilibradas, o funcionamento é normal: a
palheta “A” desloca-se juntamente com a “B”, o que obriga a alavanca “C” a deslocar-
se paralelamente. O relé atua dentro do tempo previsto.

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Veja a figura abaixo.

Se faltar uma fase, um dos bimetais


(o do centro, por exemplo) não sofre
aquecimento, e a lâmina não se curva,
prendendo a palheta “A”. Como o
apoio da alavanca “C” não se desloca,
o seu movimento é amplificado,
provocando a abertura do relé
rapidamente.

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Montagem e regulagem dos relés


Os diversos tipos de relés térmicos possibilitam a sua montagem em bases ou no
próprio contator.

A regulagem dos relés térmicos é processada no botão onde estão marcados os


valores da corrente-limite que se pretende estabelecer. A determinação do valor dessa
corrente dependerá da corrente de carga do motor.

Vantagem do emprego de relés


Os relés térmicos apresentam uma série de vantagens sobre os fusíveis:
a) São de ação mais segura;
b) Permitem a mudança de atuação dentro de certos limites;
c) Para colocá-los novamente em ação, basta rearmá-los;
d) Protege os consumidores contra sobrecarga mínimas acima dos limites
predeterminados.
e) Possuem um retardamento natural, que permite os picos de corrente inerentes às
partidas de motores.

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Relés magnetotérmicos

São relés que associam as características dos relés térmicos e magnéticos, nascendo
dessa combinação uma atuação mais efetiva.

Os disjuntores constituem uma aplicação típica de


relés combinados, onde os eletroimãs e o
elemento térmico compõem o conjunto protetor
contra subtensão, curtos-circuitos e sobrecarga.

Aplicação dos relés magnetotérmicos ou combinados


A figura a seguir apresenta o diagrama de um disjuntor com cada um dos elementos
(relé de mínima, relé de curto-circuito e sobrecarga) que podem acionar,
independentemente, a trava do disjuntor, desligando-o.

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Regulagem dos relés combinados

Os relés, quando associados, deverão ser regulados de acordo com a característica de


funcionamento de cada um. Essa característica é representada em um gráfico
denominado “curva de funcionamento”.

Comparação entre curva de funcionamento de relés combinados


Curvas características dos relés de sobrecorrente, a partir do estado frio, até + 40ºC de
temperatura ambiente. Aquecidos à temperatura de serviço, os tempos se reduzem em
aproximadamente 50% dos indicados nas curvas (curva a, relé térmico).

As curvas apresentadas pelas figuras anteriores, mostram as diferenças de grandezas


de atuação de dois relés combinados.

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Diagramas de comando

Os diagramas elétricos têm por finalidade representar claramente os circuitos elétricos


sob vários aspectos, de acordo com os objetivos:
• Funcionamento seqüencial dos circuitos;
• Representação dos elementos, suas funções e as interligações conforme as
normas estabelecidas;
• Permitir uma visão analítica das partes ou do conjunto;
• Permitir a rápida localização física dos elementos.

Tipos de diagramas

Diagrama tradicional ou multifilar completo


É o que representa o circuito elétrico da forma como é realizado.

É de difícil interpretação e elaboração, quando se tratar de circuitos mais complexos.

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Para a interpretação dos circuitos elétricos, três aspectos básicos são os mais
importantes, sou seja:
• Os caminhos da corrente, ou os circuitos que se estabelecem desde o início até o
fim do processo de funcionamento;
• A função de cada elemento no conjunto, sua dependência e interdependência em
relação a outro elemento;
• A localização física dos elementos.

Em razão das dificuldades apresentadas pelo diagrama tradicional, esses três


aspectos importantes foram separados em duas partes, representadas pelo diagrama
funcional e pelo diagrama de execução ou de disposição.

Na primeira parte, os caminhos da corrente, os elementos, suas funções,


interdependência e seqüência funcional são representados de forma bastante prática e
de fácil compreensão (diagrama funcional).

134 SENAI-SP - INTRANET


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Na segunda parte temos a representação, a identificação e a localização física dos


elementos (diagrama de execução ou de disposição).

Assim, o funcional se preocupa com os circuitos, elementos e funções; o de


disposição, com a disposição física desses elementos.

Combinando-se esses dois tipos, os objetivos propostos são alcançados de maneira


prática e racional. O diagrama de execução pode apresentar também o circuito de
força.

Identificação dos componentes no diagrama funcional


Os componentes no diagrama são representados conforme a simbologia adotada e
identificados por letras e números ou símbolos gráficos.

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Dessa forma, os retângulos ou círculos simbolizam os componentes, e as letras C1,


C2, C3, ou L, Y e ∆ indicam, respectivamente, um determinado contator que está
localizado no circuito de potência; e ainda a letra L e os símbolos Y e ∆ indicam sua
função, que pode ser:
• L corresponde a linha,
• Y corresponde a ligação estrela,
• ∆ corresponde a ligação triângulo.

De igual forma, as indicações C1, C2, C3, etc. correspondem a contatores cujas
funções serão conhecidas pelo diagrama de potência.

Exemplo (Norma UTE)

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Exemplo (Norma DIN)

Diagrama do circuito principal Diagrama de comando

Assim sabemos o que é e qual é o elemento do circuito, e eventualmente sua função,


indicada diretamente nos diagramas.

De idêntica forma são codificados os outros elementos, como, por exemplo, relés
auxiliares e contatores auxiliares.

Todas as indicações devem ser feitas corretamente. Assim, d1 está à esquerda; a e b,


que indicam a polaridade da bobina, estão à direita.

SENAI-SP - INTRANET 137


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Identificação literal de elementos - NORMAS VDE

Denominação Aparelho
a0 Disjuntor principal
a1, a2 ... (a11, a12 ...) Seccionadora, Seccionadora sob carga
Chave comutadora
a8 Seccionadora para terra (MT)
a9 Seccionadora de cabo (MT)
a21, ... Disjuntor para comando
b0 (b02, ... ) Botão de comando - Desliga
b1 (b12, ... ) Botão de comando - Liga
b2 (b22, ... ) Botão de comando - Esquerda/Direita
b3 Botão de comando - Desliga buzina
b4 Botão de comando - Quitação
b5 Botão de comando - Desliga lâmpadas
b6 Botão de comando - Teste lâmpadas
(teste sistema de alarme)
b11 Chave comutadora para voltímetro
b21 Chave comutadora para amperímetro
b31 Chave fim de curso no carrinho (MT)
b32 Tomada para carrinho (MT)
b33 Chave fim de curso no cubículo (MT)
b91 Chave para aquecimento
c1, c2, c3 Contator principal
d1 ... (d11, 21, 31, ...) Contator auxiliar, relé de tempo, relé auxiliar
*e1, e2, e3 Fusível principal
*e4, e5, e6 Relé bimetálico
e11, ... Fusível para voltímetro
e21, ... Fusível para comando
e71, ... Relé de proteção
e8 Segurança de sobretensão
e91 Segurança para aquecimento
e92 Termostato para aquecimento
*f1 (f11, ...) Transformador potencial
*f2 (f21, ...) Transformador de corrente

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Continuação
Denominação Aparelho
*f25 Transformador de corrente auxiliar
*g11, ... g14 Voltímetro
g15, ... Frequencímetro
g16, ... Voltímetro, duplo
g17, ... Frequencímetro, duplo
g18, ... Sincronoscópio
g19, ... Contador de horas/Indicador de seqüência de fases
g21, ... Amperímetro
g31 Wattímetro
g32 Medidor de potência reativa
g33 COS - metro
g34 Contador watt-hora
g35 Contador de potência reativa
h (h02, ...) Armação de sinalização - Desliga
h (h12, ...) Armação de sinalização - Liga
h (h22, ...) Armação de sinalização - Direita / Esquerda
h3 Armação de sinalização - Alarme
h31 Buzina
k1, ... Condensador
m1 Motor, Trafo principal
m2 Autotrafo
m31 Trafo de comando
r91, ... Aquecedor
s1, ... Travamento eletromagnético
u1, ... Combinação de aparelhos
R1, S1, T1, N Circuito de comando C.A
P1, N1 Circuito de comando C.C
R11, S11, T11, N11 Circuito de medição, tensão, C.A
R, S, T, N Circuito de medição, corrente, C.A
A, B Fileira de bornes para AT e MT
C, D Fileira de bornes para BT

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Identificação literal de elementos - NORMAS UTE

Contatores e Contatores Auxiliares


Utilizaremos uma designação por meio das iniciais que caracterizam sua função:
• S - Sobe
• D - Desce
• F - Frente
• A - Atrás
• L - Linha
• T - Translação
• B - Broca - etc.

E para outros aparelhos:


• Relés de proteção térmica - RT
• Relés instantâneos -RI
• Seccionadores - S1 - S2 - S3
• Resistências - R1 - R2 - R3
• Fusíveis - Fu1 - Fu2
• Botões - B (seguido de uma letra ou de uma letra e de um número significativos)
Ex.: BM (marcha)
BP1 (parada 1)
• Sinalizadores - V1 - V2
• Transformadores - Tr
• Retificadores - Rd
• Condensadores - Cd
• Placas de bornes - (quando houver várias) - B1 - B2
• Bornes - (identificação individual) - 1 - 2 - 3 - 4 - etc.

Identificação de bornes de bobinas e contatos


As bobinas têm os bornes indicados pelas letras a e b, como nos exemplos abaixo:

140 SENAI-SP - INTRANET


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Nos elementos, contatores ou relés, por exemplo,(figuras abaixo) os contatos são


identificados por números, que indicam:

Função
Contatos abridores ou fechadores do circuito de força ou de comando.

Contatos de relés temporizados ou relés térmicos, etc.

Posição
Indicam entrada ou saída, e a posição física nos contatores. Essa indicação nos
diagramas funcionais é acompanhada da indicação do contator correspondente ou
elemento.

Exemplos

Interpretação
Na figura NORMA IEC, os números correspondentes aos das dezenas indicam a
ordem de localização dos contatos ou posição.

Os números 3 e 4 das dezenas 13 e 14, por exemplo, indicam contatos fechadores, o


no 3 indica entrada, e o 4, saída.

SENAI-SP - INTRANET 141


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Os números 1 e 2 das dezenas 51 e 52, por exemplo, indicam abridores, o no 1 indica


entrada, e o 2, saída.

Na figura abaixo, os números 1, 3 e 5 indicam entrada dos contatos abridores de força.


Os nos. 2, 4 e 6 indicam saída.

Os de nos 13 a 64 obedecem à mesma norma do primeiro exemplo, sendo que os nos


13 e 14 correspondem ao primeiro contato da série de contatores auxiliares.

142 SENAI-SP - INTRANET


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Na figura abaixo, os números 1, 3 e 5 indicam entrada dos contatos de força e o s nos.


2, 4 e 6 indicam saída.

Os precedidos de 0, ou seja, 01, 03 indicam entrada dos contatos auxiliares de


travamento e auto-alimentação ou contato de selo; os nos. 02 e 04 indicam saída.

Os números 91 e 92 indicam contatos de relé de controle. Os nos. 1 e 2 indicam a


entrada e a saída respectiva. O no 9 corresponde à década que indica contato de relé
de controle.

Ainda exemplificando, a década 7 dos nos. 71, 72, 73, 74, por exemplo, indica contatos
de relés temporizados.

Dessa forma a identificação prossegue dentro de cada norma adotada.

SENAI-SP - INTRANET 143


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Disjuntor industrial

É um dispositivo de manobra mecânico capaz de estabelecer, conduzir e interromper


correntes sob condições normais do circuito; pode ainda estabelecer, conduzir durante
um tempo especificado e interromper correntes sob condições anormais especificadas
do circuito, tais como as de curto-circuito.

A figura acima apresenta um tipo de disjuntor industrial.

Tipos mais comuns de disjuntores nas instalações industriais

Podemos definir dois tipos básicos:


• Disjuntores de baixa tensão;
• Disjuntores de alta tensão.

SENAI-SP - INTRANET 145


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Os disjuntores de baixa tensão mais comuns em instalações industriais são aqueles


utilizados nos circuitos de alimentação de motores. Esses disjuntores, que também se
prestam para outros tipos de cargas em B.T., possuem uma capacidade de curto-
circuito suficiente para ligar ou desligar a carga sob condições normais ou anormais.

As partes mais importantes de um disjuntor de baixa tensão estão representados na


figura abaixo.

Disjuntor Industrial

Esses disjuntores podem ainda ser classificados em:


• Disjuntores sem capacidade de curto-circuito, quando ligados;
• Disjuntores com capacidade de curto-circuito, quando ligados.

Os disjuntores com capacidade podem suportar os efeitos térmicos e dinâmicos das


correntes de curto-circuito e dessa forma são dotados de disparadores com pequena
temporização.

146 SENAI-SP - INTRANET


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Conforme se mencionou anteriormente, existem ainda:


• Disjuntores sem limitação de corrente, que se caracterizam por possuir menor
capacidade de curto-circuito que os com limitação de corrente, para a mesma
corrente nominal; caso a corrente de curto-circuito no local de instalação do
disjuntor seja maior que sua capacidade, devem ser previstos fusíveis;
• Disjuntores com limitação de corrente, que se caracterizam por desligamento da
corrente de curto-circuito antes que o seu valor de pico seja alcançado.

Os disjuntores de baixa tensão podem ainda ser previstos para atuar seletivamente
num circuito. Nesse caso eles não poderão ser do tipo “com limitação de corrente”.
Esses disjuntores deverão então suportar os efeitos térmicos e dinâmicos da corrente
de curto-circuito.

Os disjuntores de baixa tensão são ainda dotados de disparadores, cuja função é


promover a abertura do disjuntor no caso de defeito:
• Disparadores de sobrecorrente
São disparadores responsáveis pelo comando de aberturas do disjuntor no caso de
sobrecarga ou curto-circuito no trecho protegido. Esses disparadores podem ser:
- disparadores de sobrecarga, normalmente disparadores bimetálicos; são
ajustáveis dentro de um determinada faixa;
- disparadores eletromagnéticos de curto-circuito; podem ser ajustáveis ou
fixos com disparo instantâneo, ou ainda ajustáveis com pequeno retarde no
disparo.

A figura abaixo representa esquematicamente o funcionamento de um disjuntor de


baixa tensão.

SENAI-SP - INTRANET 147


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Além dos disparadores de sobrecorrente, o disjuntor de baixa tensão pode ainda ser
dotado de disparadores de subtensão ou de trabalho.

Grandezas para a especificação dos disjuntores

Para a escolha do disjuntor de baixa tensão por utilizar em determinado ponto de um


sistema, algumas grandezas devem ser definidas e especificadas.

A seguir indicamos as básicas:


1. Tensão de isolamento
Definida conforme a norma que rege o sistema.

2. Tensão nominal
Deve ser coerente com a tensão do ponto de instalação.

3. Corrente nominal
É definida em função da corrente nominal no ponto de instalação do disjuntor.

4. Acionamento
O acionamento pode ser manual, motorizado e por ar comprimido. Num sistema
automático, a escolha será entre o motorizado e o por ar comprimido.

5. Capacidade de ruptura
É a função da corrente de curto-circuito simétrica no local de instalação do
disjuntor.

Quando a corrente de curto-circuito no local de instalação ultrapassa a capacidade de


ruptura dos disjuntores, devem ser introduzidos fusíveis NH no circuito.

Deve-se verificar tanto a capacidade térmica quanto a dinâmica.

148 SENAI-SP - INTRANET


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Curvas de desligamento

Observação
Cada tipo de disjuntor tem a sua curva de desligamento específico. A figura abaixo
representa o tempo necessário para o disparo dos relés em função da corrente de
disjuntor Siemens, tipo 3VS22.

A figura ao lado mostra


o diagrama multifilar do
circuito principal de um
disjuntor.

SENAI-SP - INTRANET 149


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A figura abaixo mostra o diagrama de comando, estando o disjuntor desligado.

E a figura abaixo mostra o diagrama de comando, estando o disjuntor ligado.

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Operação manual de um
disjuntor comandando um
motor trifásico

É a maneira de acionar manualmente um disjuntor para ligar ou desligar um motor


elétrico do circuito de alimentação.

Seqüência Operacional

Ligação
Estando energizados os bornes R, S e T, e girando-se o manípulo no sentido horário
até o travamento, haverá a retenção dos contatos e o motor entrará em funcionamento.

Diagrama do circuito principal

SENAI-SP - INTRANET 151


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Observação
Não havendo tensão nos bornes R, S e T, o manípulo não acionará os contatos porque
o relé de mínima impedirá o deslocamento dos mesmos e consequentemente o
travamento.

Interrupção
A interrupção poderá ser feita de 2 (duas) maneiras:
• Interrupção à distância por botão
Na interrupção à distância, basta acionar o botão “b0” para destravar a retenção
mecânica. Isto ocasionará a abertura dos contatos e a interrupção do circuito
principal.
• Interrupção Manual
Para realizar a interrupção manual, gira-se o manípulo no sentido anti-horário; a
retenção mecânica se destrava, abrindo os contatos e interrompendo o circuito
principal.

Diagrama do circuito de comando

152 SENAI-SP - INTRANET


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Contatores

São dispositivos de manobra mecânica, acionados eletromagneticamente, construídos


para uma elevada freqüência de operação, e cujo arco é extinto no ar, sem afetar o seu
funcionamento.

O contator é, de acordo com a potência (carga), um dispositivo de comando de motor,


e pode ser utilizado individualmente, acoplado a relés de sobrecorrente, na proteção
contra sobrecarga. Há certos tipos de contatores com capacidade de estabelecer e
interromper correntes de curto-circuito. Basicamente existem contatores para motores
e contatores auxiliares.

Contator para motores Contator auxiliar

SENAI-SP - INTRANET 153


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Construção

Os contatores são construídos de um grande número de peças, tendo como elementos


principais os representados na figura a seguir.

Observação
A bobina de sombra (anel em curto) tem a finalidade de eliminar a trepidação
produzida no núcleo pelo campo magnético de C.A.

1 - Contato fixo com parafusos e arruela

2 - Bobina

3 e 3a - Núcleos dos magnetos

(fixo e móvel)

4 - Bobina de sombra

5 - Suporte da mola do contato móvel

6 - Mola do contato móvel

7 - Contato móvel

8 - Suporte inferior dos contatos fixos

9 - Ponte suporte dos contatos móveis

10 - Mola

11 - Mola interruptora

12 - Suporte superior dos contatos fixos

(extintor do arco).

Funcionamento
A bobina eletromagnética (2), quando alimentada por um circuito elétrico forma um
campo magnético que, concentrando-se no núcleo fixo (3), atrai o núcleo móvel (3a).

154 SENAI-SP - INTRANET


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Como os contatos móveis (7) estão acoplados mecanicamente com o núcleo móvel, o
deslocamento deste último no sentido do núcleo fixo desloca consigo os contatos
móveis (7). Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os contatos móveis também
devem se aproximar dos fixos, de tal forma que, no fim do curso do núcleo móvel,
estejam em contato e sob pressão suficiente, as peças fixas e móveis do sistema de
comando elétrico (1) e (7).

Elementos básicos de um contador

A confirmação dos contatos, o material empregado, a existência ou não de câmaras de


extinção, os caminhos e a velocidade de abertura, são grandezas e fatores
dimensionados e escolhidos de acordo com o tipo de carga a ser comandada. O
comando da bobina é efetuada por meio de uma botoneira ou chave-bóia, no caso com
duas posições, cujos elementos de comando estão ligados em série com a bobina.

Os contatores ou chaves magnéticas pertencem à classe das chaves, e por isto


mesmo são projetados para o comando de circuitos sob condições normais de serviço.
Sua velocidade de fechamento tem seu valor dado pela resultante da força magnética
proveniente da bobina e da força mecânica das molas de separação, que atuam em
sentido contrário. São assim as molas as únicas responsáveis pela velocidade de
abertura do contator, função que ocorre quando a bobina magnética não estiver sendo
alimentada, ou quando o valor da força magnética for inferior à força das molas.

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Comando dos contatores

Sendo os agentes motores do contator, a bobina magnética e as molas, e


apresentando estas últimas grandezas fixas, analisemos a bobina. Acompanhando-se
o diagrama de ligação da figura a seguir, que representa um contator trifásico
comandado por botoneira e um contator auxiliar, nota-se que, quando o contato “L” da
botoneira (ligação) é pressionado, fecha-se o circuito de alimentação da bobina B, e
consequentemente fecham-se os contatos principais e o auxiliar. Com o fechamento
deste último, formou-se um circuito paralelo de alimentação da bobina, de modo que,
quando retiramos a pressão do botão de ligação L, a alimentação da bobina não é
interrompida. Para o desligamento, faz-se necessário acionar o botão D da botoneira,
que, estando em série com a bobina, interrompe a alimentação da mesma.

Como bem demonstra o circuito, estas botoneiras, por não fazerem parte integrante do
contator, poderão ser colocadas em locais convenientes tanto para a instalação como
para o operador. Tal vantagem é um dos principais fatores levados em conta na
instalação de contatores como dispositivos de comando.

Diagrama de ligação básica de um contator

Nota
Os contatores para motores e contatores auxiliares são basicamente idênticos, porém
algumas características mecânicas e elétricas são diferentes.

156 SENAI-SP - INTRANET


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Contatores para motores


• Dois tipos de contatos com capacidade de carga diferente (principais e auxiliares).
• Maior robustez de construção.
• Podem receber relés de proteção.
• Geralmente tem câmara de extinção.
• A potência da bobina do eletroimã varia de acordo com o tipo do contator.
• Tamanho físico de acordo com a potência a ser comandada.
• Pode ter a bobina do eletroimã com secundário.

Contatores auxiliares
• Tamanho físico variável conforme o número de contatos.
• Potência da bobina do eletroimã praticamente constante para qualquer tipo.
• Corrente nominal de carga máxima de 10A para todos os contatos.
• Câmara de extinção praticamente inexistente.
• Não têm necessidade de relés de proteção.
• São utilizados para aumentar o número de contatos auxiliares dos contatores de
motores, para comandar contatores de elevado consumo na bobina, para evitar
repique, para sinalização, e conforme a necessidade operacional do circuito.

Vantagem do emprego dos contatores


• Comando à distância.
• Número de manobras elevado (de 10 a 30 milhões)
• Vida mecânica elevada
• Pequeno espaço para montagem
• Garantia de contato imediato
• Tensão de operação de 0,85 a 1,10 da tensão nominal prevista para o contator.

Montagem dos contatores


Os contatores devem ser montados de preferência verticalmente em local que não
esteja sujeito à trepidação. É permitida, em geral, uma inclinação máxima do plano de
montagem de 22,5º, em relação à vertical, o que permite sua instalação em navios. Na
instalação de contatores abertos, o espaço livre em frente à câmara de extinção deve
ser no mínimo de 45mm.

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Defeitos dos contatores

São todas as anomalias que podem surgir em contatores, provocando o mau


funcionamento do circuito onde estão inseridos.

Defeitos mais comuns

Sobreaquecimento da bobina magnética


As causas do sobreaquecimento podem ser:
• O sobreaquecimento natural em serviço ocorre sempre que as perdas ultrapassam
o valor de 0,06 a 0,1 W/cm2 de superfície dissipadora de calor. Tal defeito pode
ocorrer, por exemplo, quando a localização da bobina é inadequada.
• Uma elevação de temperatura no núcleo, devida à circulação de correntes
parasitas. Tal defeito é normalmente eliminado pelo uso, em corrente alternada, de
núcleo de chapas justapostas.
• Prendendo-se o núcleo móvel às suas guias, a potência consumida pela bobina
permanece elevada, acima do previsto sob condições normais.
• O aparecimento de curto-circuito entre espirais, devido ao deslocamento ou
remoção da capa isolante. Tal defeito é mais freqüente em corrente alternada do
que em corrente contínua.
• O curto-circuito entre bobina e núcleo, devido ao deslocamento da camada
isolante. Esse defeito é menos comum.
• Pela saturação do núcleo, o aparecimento de calor neste é transmitido à bobina.

Queima ou interrupção intermitente da bobina


Queima é a danificação total da mesma e pode ocorrer quando há uma permanência
em regime severo de trabalho (tensão fora dos parâmetros). A queima da bobina pode
provocar curto-circuito e a danificação de contatos auxiliares (contato de selo).

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Interrupção intermitente é a falha que ocorre quando no circuito da mesma há um


mau contato ou seccionamento temporário. Provoca principalmente repique dos
contatos (efeito ampliado do ricochete).

Sobreaquecimento dos contatos


Poderá ter uma das seguintes origens:
• Carga ligada excessiva, com o que a corrente circulante supera o previsto,
elevando-se a densidade da corrente e as perdas Joule.
• Pressão inadequada entre contatos, dificultando a passagem da corrente e criando
um foco térmico, o que poderá provocar solda dos contatos (colagem).
• Dimensões dos contatos aquém das necessárias. A superfície elétrica de
passagem é insuficiente para dar vazão à corrente que circula pelo sistema.
• Material e tipo dos terminais de ligação, junto aos contatos. É freqüente que os
terminais de ligação estejam próximos aos sistema de contatos, normalmente
fazendo parte do próprio sistema de contatos fixos. Tais terminais como elementos
que inclusive têm função mecânica (fixação do condutor), são por vezes
construídos de materiais que apresentam perdas elétricas mais elevadas que as
demais partes, do que resulta um aquecimento.
• Condições das superfícies de contato. A deposição de gorduras, poeiras e umidade
dificulta o contato.
• Superfície insuficiente de troca de calor com o meio exterior, motivada por contatos
envoltos por material que não possui boa condutibilidade térmica, ou circulação de
ar abaixo do necessário.
• Oxidação. A oxidação o metal condutor com o meio-ambiente cria freqüentemente
óxidos maus condutores elétricos. Esse problema é mais freqüente nos contatos de
cobre.
• Acabamento e formato das superfícies de contato. Ambos são fatores que definirão
a superfície real de passagem da corrente elétrica.

Isolamento deficiente
Pode ser motivado por:
• Influência da umidade do ar, atuando sobre o poder isolante do ar ou, ainda,
reagindo com determinados plásticos de função isolante, reduzindo sua rigidez
dielétrica.
• Penetração de insetos, poeiras e outros corpos, recobrindo ou perfurando o
dielétrico.
• Influência de óxidos externos, notadamente de materiais de solda, que reagem
posteriormente.

160 SENAI-SP - INTRANET


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Desgaste excessivo dos contatos


Influência do arco voltaico. O arco que se forma no instante da abertura de um circuito
elétrico sob cargas, aquece os contatos e, de acordo com a intensidade e a duração
desse arco, ocorre a fusão e a evaporação do material.
Sistema de fechamento por deslizamento

Contrastando com o sistema de fechamento por pressão, o por deslizamento remove


certa quantidade de material em cada manobra. Esse desgaste de material, além do
número de manobras, depende da pressão exercida sobre dado material.

Defeitos mecânicos
Os defeitos mecânicos são provenientes da própria construção do dispositivo, das
condições de serviço e do envelhecimento do material. Salientam-se nesse particular:
lubrificação deficiente, formação de ferrugem, temperaturas muito elevadas, molas
inadequadas, trepidações no local da montagem e desgaste dos rolamentos.

Anel de retardamento interrompido


Quando há interrupção do anel de retardamento e o contator está ligado em corrente
alternada, pela variação da corrente em um instante não há atuação do núcleo, e este
vibra, fazendo com que o contator, pela força da mola, tenda a se abrir. Isso produz
faiscamento nos contatos e um zumbido característico (cigarra).

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Normas de identificação dos


contatos dos contatores

A normalização nas identificações de terminais dos contatores e demais dispositivos


de manobra de baixa tensão é o meio utilizado para tornar mais uniforme a execução
de projetos de comandos e facilitar a localização e função desses elementos na
instalação.

Essas normalizações são necessárias, principalmente perante a crescente


automatização industrial.

Observações
Neste sentido, a IEC vem desenvolvendo trabalhos que deverão levar brevemente a
uma padronização internacional.

No caso particular dos dispositivos de manobra, quando construídos segundo a VDE -


0660, e dos relés, segundo a norma VDE - 0435, tem-se no momento:

Identificação de terminais em bobina de comando para contatores auxiliares,


acionamentos magnéticos, bobinas de acionamento e travamento, bobinas para
disparadores fixos.

A identificação é feita por letras minúsculas nas bobinas com apenas um enrolamento.

Bobina para contator com um enrolamento.

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São identificadas por letras minúsculas e algarismos nas bobinas com mais de um
enrolamento e/ou terminações.

Bobina para contator com dois enrolamentos.

Nas bobinas para relés disparadores de tensão, o terminal e fica à esquerda e o


terminal f à direita, no posicionamento físico, e nos diagramas são representados como
na figura a seguir.

Relés disparadores de mínima e máxima tensão

Identificação dos terminais para circuitos principais dos contatores.

Identificação por algarismos, sendo os ímpares para as entradas (ligação à rede) e os


pares para a saída (ligada à carga).

164 SENAI-SP - INTRANET


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Identificação dos contatos principais de um relé térmico e seu disparador.

Identificação de terminais em componentes de acionamento (contatores) para


circuitos auxiliares

A identificação é feita por dois (2) dígitos compostos pelo algarismo de origem de
localização e pelo algarismo seqüencial de função.

Os algarismos de localização são contados em seqüência, começando de:


• A identificação numérica apresentada na figura a seguir aplica-se a contatos
abridores e fechadores.

Sendo especiais, os contatos são identificados conforme a figura abaixo.

SENAI-SP - INTRANET 165


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Os contatos de comutação desses componentes são identificados na figura a seguir.

Adicionalmente é dado um número de identificação, perfeitamente legível, por meio do


qual se pode definir imediatamente o número e o tipo do componente de acionamento
de um equipamento.

Individualmente, os dígitos numéricos de identificação têm os seguintes significados:


1º dígito = número de contatos fechadores;
2º dígito = número de contatos abridores;
3º dígito = número de contatos comutadores.

Não existindo contatos fechadores ou abridores, deve ser inscrito na posição a eles
correspondente o algarismo “0”.

Independentemente do tipo de construção do equipamento, as identificações de


terminais e símbolos para contatores auxiliares vêm indicadas na norma DIN 46199.

Os contatores auxiliares duplos e relés de ligação têm normalizado também o


posicionamento físico dos contatos.

166 SENAI-SP - INTRANET


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Nos contatores auxiliares, assim como nos contatores para motores, o posicionamento
físico dos contatos auxiliares é livre .

Identificação de terminais em chaves de múltipla posição


É feita por 1 algarismo, sendo os ímpares para o lado da ligação à rede, e os pares,
em seqüência, para os diversos contatos.

Identificação dos terminais em chaves seletoras

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Seleção de contatores em
condições normais de
serviço

É a escolha de um contator para comandar uma carga (p. ex., forno elétrico, motor
elétrico, etc.) em condições normais de serviço.

Essa escolha é feita em catálogos de fabricantes de contatores, baseando-se na


potência, tensão de serviço, freqüência e tipo de carga do circuito, como vemos na
tabela extraída do catálogo de um fabricante.

Tamanho 0 1 2 2-Z 4 6 8 10 12 14

Tipo 3TA20 3TA21 3TA22 3TA22-Z 3TA24 3TA26 3TA28 3TA30 3TA32 3TA34

Corrente nominal (A) 9 16 32 40 85 140 200 250 400 630

Potências máximas admissíveis de

motores trifásicos nas categorias de

emprego AC2/AC3

(cv)

220 V 3 5,5 11,5 15 30 50 75 102 156 258

380 V 5,5 10 20 25 50 70 125 180 272 442

440 V 6 10 20 30 60 100 150 199 309 514

Exemplos de seleção de um contator para um motor de indução de 5,5 cv e para outro


de 300 cv.

Características do motor
• Potência - 5,5cv
• Tensão - 220 V
• Freqüência - 50-60 Hz

SENAI-SP - INTRANET 169


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Com a tensão do motor encontrada na primeira coluna da tabela, traçando uma


abscissa até encontrarmos a potência desejada, por ela traçamos uma ordenada,
encontrando o contator adequado (3TA21), conforme a indicação em evidência.

Exemplo de seleção de um contator para motor de indução de 300 cv.

Características do motor
• Potência - 300 cv
• Tensão - 440 V
• Freqüência - 50-60 Hz

Usando o mesmo processo, encontraremos o contator 3TB32, conforme a indicação


em evidência.

As bobinas dos contatores são fabricadas para C.A . ou C.C ., em várias tensões:
12/24/110/220 V, sendo a mais comum 220 V em C.A . Nos catálogos estão
especificadas, além da potência, tipo e tamanho do contator, outras características
técnicas, tais como: fusíveis, consumo aproximado da bobina em VA, faixa de
operação das bobinas, contatos auxiliares para comando e sinalização com sua
corrente nominal e de ruptura, e peso do contator, conforme mostra a tabela abaixo:

Tamanho 0 1 2 2-Z 4 6 8 10 12 14

Tipo 3TA2 3TA2 3TA2 3TA22- 3TA2 3TA2 3TA2 3TA3 3TA3 3TA3

0 1 2 Z 4 6 8 0 2 4

Corrente nominal (A) 9 16 32 40 85 140 200 250 400 630

Potências máximas admissíveis de

motores trifásicos nas categorias

de emprego AC2/AC3

(cv)

220 V 3 5,5 11,5 15 30 50 75 102 156 258

380 V 5,5 10 20 25 50 70 125 180 272 442

440 V 6 10 20 30 60 100 150 199 309 514

Fusíveis NH ou Diazed ret.:

Corrente nominal máxima

Admissível (A) 16 25 50 63 125 200 300 350 500 630

170 SENAI-SP - INTRANET


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Continuação
Tamanho 0 1 2 2-Z 4 6 8 10 12 14

Tipo 3TA2 3TA2 3TA2 3TA22- 3TA2 3TA2 3TA2 3TA3 3TA3 3TA3

0 1 2 Z 4 6 8 0 2 4

Corrente nominal (A) 9 16 32 40 85 140 200 250 400 630

Consumo aproximado

da bobina (VA)

na ligação 50 65 100 100 300 650 900 1150 2700 4200

permanente 8 8 18 18 30 50 65 75 230 330

Faixa de operação das bobinas 0,85 a 1,1 vezes a tensão nominal indicada.

Contatos auxiliares para comando,

sinalização 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2

Fe - 1 2 2 2 2 2 2 2 2

Ab 6 10 5 5 5 5 5 5 5 5

Corrente nominal até 380 V (A)

Intensidade de ruptura até 380 V 60 100 50 50 50 50 50 50 50 50

(A)

Peso (Kg) 0,35 0,43 0,97 0,97 3,1 6,5 7,9 10,2 15 31

Preço (R$)

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Chaves auxiliares tipo


botoeira

As chaves auxiliares tipo botoeira são chaves de comando manual que têm por
finalidade interromper ou estabelecer momentaneamente, por pulso, um circuito de
comando, para iniciar, interromper ou continuar um processo de automação. Podem
ser montadas em caixas para sobreposição ou para montagem em painéis.

As botoeiras podem ter diversos botões agrupados em painéis ou caixas, e cada botão
pode acionar também diversos contatos, abridores ou fechadores.

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Externamente, são construídas com proteção contra ligação acidental, sem proteção
ou com chave tipo fechadura, denominada comutador de comando.

As botoeiras protegidas possuem uma guarnição que impede a ligação acidental e


possuem longo curso para a ligação.

As com chave são do tipo comutadores, que têm por finalidade impedir que qualquer
pessoa ligue o circuito.

As botoeiras ainda podem ser apresentadas no tipo pendente. Nesse caso, sua
utilização destina-se ao comando de pontes rolantes, talhas elétricas ou, ainda,
máquinas operatrizes em que o operador tem de ligá-las em várias posições
diferentes. Elas possuem formato anatômico.

As botoeiras luminosas são dotadas de lâmpadas internas, que se iluminam quando os


botões são acionados.

Observação
Não devem ser usadas para desligar nem para ligar emergência.

174 SENAI-SP - INTRANET


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Constituição das botoeiras

As botoeiras são essencialmente constituídas de botões propriamente ditos, dos


contatos móveis e dos contatos fixos.

Os contatos móveis podem ter um movimento de escorregamento para auto-


manutenção, ou seja, retiram qualquer oxidação que possa aparecer na superfície de
contato.

Esses contatos são recobertos de prata e construídos para elevado número de


manobras, aproximadamente 10 milhões de operações.

Botoeiras com travamento


As botoeiras podem ser equipadas com travamento elétrico ou mecânico.

Travamento elétrico
Quando o botão A for pulsado o botão B fica impossibilitado de estabelecer o circuito
(a-a1), ficando interrompido pelo botão A . O mesmo ocorre quando B é pulsado, isto
é, b-b1 ficam interrompidos pelo botão A .

Travamento mecânico
Pulsando-se o botão A, os contatos do botão
B ficarão travados mecanicamente e
impossibilitados de ligar. O mesmo ocorre
com o botão A, quando o botão B é acionado.

SENAI-SP - INTRANET 175


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Normas Gerais para Botoeiras

As botoeiras são marcadas e coloridas conforme a codificação estabelecida por


normas, para se indicar a sua função.

Devem ser instaladas bem à mão, na altura prevista, e dispostas fisicamente na


posição e espaçamento correto, quando se instalarem várias botoeiras.

Quando da escolha de equipamentos de manobra de baixa tensão com seus


acionamentos, é importante que estes, independentemente do tipo (manual por
volante, manivela, alavanca ou botão de comando), possam ser acionados
rapidamente.
O movimento de acionamento, conforme a norma DIN, está representado na figura a
seguir, supondo-se o operador localizado na frente do acionamento em questão.

Tipo de Sentido de Classe de Sentido de acionamento

movimento movimento da acionamento


Grupo 1 - Ligar Grupo 2 - Desligar
mão

Movimento No sentido No sentido anti-


A
circular horário horário

Movimento De baixo para De cima para


B
retilíneo cima baixo

Partindo do Vindo para o


C
operador operador

Para a
D
esquerda

Quando são usados botões de comando para o acionamento à distância de


equipamento de manobra de baixa tensão, é importante que esses botões sejam
identificados por cores nas funções de “liga” e de “desliga” e eventuais símbolos
complementares, que facilitem e acelerem o comando que se quer realizar.

Figuras Tipo de acionamento Observações

Ligado As figuras podem ser


Desligado colocadas sobre ou ao lado

Ligado e desligado por toque dos botões em qualquer

Ligado e desligado posicionado posição

176 SENAI-SP - INTRANET


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Disposição dos botões de comando

O botão “desliga” deve, então, ficar sob o botão “liga” na posição vertical. Essa
disposição também é utilizada e recomendada em diversos outros países. Existem
diferenças, entretanto, para a disposição horizontal dos botões. A DIN e uma grande
parte de normas de outros países determinam que o botão “desliga” deve ser
posicionado à esquerda do botão “liga”.

Nas normas americanas e inglesas é fixado ao contrário, ou seja, o botão “desliga” fica
à direita do botão “liga”. Uma norma internacional de figuras ou símbolos e
posicionamento em botoneiras blindadas, está em estudo.

As botoeiras pendentes instaladas em “pontes rolantes” trazem as indicações dos


movimentos que o guincho executa conforme a Norma U.T.E.

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Cor Ordem de comando (Parar, desligar)

Vermelho Parar, desligar Parada de um ou mais motores

Parada de unidades da máquina

Desligar dispositivos de retenção magnéticos

Parada do ciclo de operação (quando o operador

aciona o botão de comando durante um ciclo de

operação, a máquina pára, após completado o dito

ciclo).
(Desligar-emergência)

Parada em caso de perigo


Desligar-emergência Desligar em caso de sobreaquecimento perigoso

Verde ou Partida, ligado, toques Colocar circuitos de comando sob tensão

preto Dar partida de um ou mais motores para funções

auxiliares

Dar partida de unidades da máquina

Acionar dispositivos de retenção magnéticos

Operação por toques

Amarelo Partida de retrocesso fora das Retrocesso de elementos da máquina para o ponto

condições normais de operação ou de partida do ciclo, caso este não tenha sido

Partida de um movimento para completado.

evitar condições de perigo O acionamento do botão amarelo pode desligar

outras funções previamente programadas.

Branco ou Qualquer função para a qual as Comando de funções auxiliares que não tenham

azul claro cores mencionadas acima não têm correlação direta com o ciclo de operação.

validade Destravamento de relés de proteção.

178 SENAI-SP - INTRANET


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Comando de um contator por


botões ou por chave

Comandar um contator é a ação que se executa ao acionar um botão fechador, botão


abridor ou chave de um pólo. Isto é feito para que a bobina do eletroimã (relé de
mínima) seja alimentada e feche os contatos principais, ou perca a alimentação e abra
os mesmos.

Sequência Operacional

Ligação
Estando sob tensão os bornes R, S e T, e apertando-se o botão b1, a bobina do
contator c1 será energizada. Esta ação faz fechar o contato de selo c1, que manterá a
bobina energizada; os contatos principais se fecharão, e o motor funcionará.

SENAI-SP - INTRANET 179


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Interrupção
Para interromper o funcionamento do contator, pulsamos o botão b0; este se abrirá,
eliminando a alimentação da bobina, o que provocará a abertura do contato de selo c1
e, consequentemente, dos contatos principais, e a parada do motor.

Nota
Um contator pode ser comandado também por uma chave de um pólo. Neste caso,
eliminam-se os botões b0 e b1 e o contato de selo c1, e introduz-se no circuito de
comando a chave b1.

180 SENAI-SP - INTRANET


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Contato dos contatores e


pastilhas

Os contatos são partes especiais e fundamentais dos contatores, e são destinados a


estabelecer a ligação entre as partes energizadas e não-energizadas de um circuito
ou, ainda, interromper a ligação de um circuito de maneira prática e segura.

São constituídos de pastilhas e suportes, e podem ser fixos ou móveis, simples ou em


ponte.

Contato simples

Contato em ponte

No caso de contatos em ponte, os suportes são feitos de aço cadmiado, apresentando


alguma flexibilidade. Neles são montadas as pastilhas.

SENAI-SP - INTRANET 181


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Nos contatores, os contatos móveis são sempre acionados pelo eletroimã e


pressionados por molas que devem atuar uniformemente nos conjuntos de contatos, e
com pressão determinada conforme a capacidade para a qual eles foram construídos.

As figuras a seguir mostram esquematicamente a ação do eletroimã sobre os contatos,


através da mola de pressão do contato.

Contator aberto

Contator fechado

182 SENAI-SP - INTRANET


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E em alguns tipos de contatores onde se empregam contatos simples, a pressão da


mola é regulável, havendo ainda, em alguns casos, possibilidade da montagem de
contatos adicionais.

Observação
A regulagem da mola é feita com um dinamômetro, segundo especificações do
fabricante.

Os contatos simples têm apenas uma abertura, são mais encontrados em contatores
de maior potência e, na articulação, o contato elétrico é feito por condutor tipo
cordoalha.

SENAI-SP - INTRANET 183


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Os contatos são construídos em formatos e tamanhos determinados pelas


características técnicas do contator. São classificados em principal e auxiliar. O auxiliar
é dimensionado apenas para a corrente de comando, e pode ser de abertura retardada
para evitar perturbações no comando; pode ser ainda intercambiável – de contato
abridor para fechador e vice-versa.

Manutenção
Faz-se a manutenção dos contatos simplesmente limpando-os e depois lubrificando-os
com vaselina neutra.

A troca, quando necessária, deve ser feita mudando-se todo o conjunto, inclusive as
molas que podem ter a pressão alterada pelo aquecimento.

A pastilha é a parte do contato que realmente efetua o contato elétrico nas condições
rigorosas do efeito do arco elétrico e do ambiente.

Tipos de peças de contato (pastilhas)

Portanto, a exigência técnica traz consigo a condição do material destinado a


fabricação de peças de contatos ser tal que satisfaça por um tempo, o mais longo
possível, as condições de perfeito funcionamento dos dispositivos nos quais as peças
são empregadas. Tais condições variam de função para função, de ambiente para
ambiente. Os problemas que aparecem em seccionadores, por exemplo, são, desta
forma, diferentes daqueles dos disjuntores. Os ambientes atuam diversamente sobre
os metais, oxidando-os ou sulfatando-os. O cobre e a prata são os materiais mais
usados na fabricação das peças de contato.

184 SENAI-SP - INTRANET


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Construção da pastilha
A solução econômica e universamente aceita para construção dos contatos é aquela
oferecida pela técnica da “Metalurgia do Pó”, que possibilita, por meio de mistura de
pós metálicos comprimidos e sinterizados, a obtenção de um produto com ponto de
fusão mais elevado que o dos componentes. O produto final conserva as propriedades
específicas de cada elemento. Numa linha normal de utilização das pastilhas, podem
ser fabricados de:

Peças de cobre
Caracterizam-se em especial por possuírem alta condutibilidade térmica e elétrica,
dureza, e resistência mecânica adequada.

Peças de prata
Submetidas a temperaturas de aproximadamente 200ºC, têm a propriedade de
reconverter a camada de óxido em prata pura (dissociação térmica). Além disso, o
vapor de prata resultante da ação de um arco voltaico tem a propriedade de se
depositar na peça de contato oposta, permanecendo disponível para as manobras
subsequentes (recuperação de material).

Ligas de prata
(Adicionando, por exemplo, 10% de cádmio) – apresentam maior dureza e menor
tendência à fusão do que contatos de prata pura.

Ouro e paládio
Caracterizam-se em particular por uma alta insensibilidade a atmosferas corrosivas
(por exemplo, ao enxofre).

Tungstênio e suas ligas


São largamente aplicados na construção de contatos, em vista de seu alto ponto de
fusão e de sua elevada dureza. São mais indicados em relés de controle de tensão.

Nota
Os modernos contatos vêm sendo construídos com pastilhas de prata e cádmio
montadas sobre uma ponte de cobre e aço. São largamente empregados em
contatores.

SENAI-SP - INTRANET 185


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A combinação de dois diferentes metais permite variar as características elétricas,


mecânicas, químicas e térmicas numa gama mais ampla, dentro de um critério
economicamente aceitável.

São precondições para o material de contato:


• Alta condutibilidade térmica e elétrica;
• Baixa tendência à formação de camadas superficiais estranhas;
• Alto ponto de fusão, baixo desgaste por queima;
• Dureza e resistência mecânica adequadas;
• Facilidade de usinagem.

186 SENAI-SP - INTRANET


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Intertravamento de
contatores

É um sistema elétrico ou mecânico destinado a evitar que dois ou mais contatores se


fechem acidentalmente ao mesmo tempo, provocando curto-circuito ou mudança da
seqüência de funcionamento de um determinado circuito.

Diagrama de comando

SENAI-SP - INTRANET 187


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Intertravamento elétrico

Por contatores auxiliares do contator


Neste processo é inserido um contato auxiliar abridor de um contator no circuito de
comando que alimenta a bobina do outro contator; deste modo, faz-se com que o
funcionamento de um dependa do outro (contato C1 abridor o contator C2, e contator
C2 abridor do contator C1).

Por botões conjugados


Neste processo os botões são inseridos no circuito de comando de forma que, ao ser
acionado para comandar um contator, haja a interrupção do outro (botão b1, fechador
de C1, conjugado com b1, abridor de C2, e b2, fechador de C2, conjugado com b2,
abridor de C1).

Observação
No intertravamento elétrico, quando possível, devem-se usar os dois processos (a e b).

Diagrama do circuito principal

188 SENAI-SP - INTRANET


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Intertravamento mecânico

Por balancim
Neste processo é colocado nos contatores um dispositivo mecânico, composto por um
apoio e uma régua (balancim); este balancim faz o intertravamento dos contatores.

Quando um contator é acionado, atua sobre um extremo da régua, fazendo com que a
outra extremidade impeça o acionamento do outro contator.

Este processo é muito usado, quando a corrente é bastante elevada e há possibilidade


de soldagem dos contatos.

SENAI-SP - INTRANET 189


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190 SENAI-SP - INTRANET


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Comutação de duas redes


elétricas por contatores
comandados por botões

Comutar duas redes elétricas por meio de contatores, é o ato que se executa ao
apertar um dos dois botões abridores, a fim de realizar a opção necessária para
alimentar um motor por uma das duas redes disponíveis.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 191


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Seqüência operacional

Ligação na rede n.º 1 - contatores c1 e c2 desligados:


• Estando sob tensão os bornes R, S e T da rede n.º 1 e pulsando-se o botão
conjugado b1, a bobina do contator c1 será alimentada, provocando o fechamento
do contato de selo c1, o qual a mantém energizada. Estando energizada a bobina
do contato c1, haverá o fechamento dos contatos principais e, consequentemente,
o acionamento do motor.

Comutação das duas redes


A comutação das duas redes pode dar-se em 3 casos:
a) Falta de tensão na rede n.º 1 - contator c1 desligado e c2 a ligar;
b) Necessidade de liberação da rede n.º 1 - contator c1 ligado e c2 a ligar;
c) Retorno à rede n.º 1 - contator c2 ligado e contator c1 a ligar.

Caso a:
Ao se apertar o botão conjugado b2, a bobina do contator c2 será alimentada,
provocando o fechamento do contato de selo c2, o qual a mantém energizada. Estando
a bobina do contator c2 energizada, haverá o fechamento dos contatos principais e,
consequentemente, o acionamento do motor.

Caso b:
Apertando-se o botão conjugado b2, são simultaneamente acionados os contatos
fechador e abridor. O abridor de b2 interrompe neste instante o circuito da bobina do
contator c1, o qual restabelece o fechamento do contato de travamento c1. A partir
desse instante, a bobina do contator c2 está alimentada, provocando o fechamento do
contato de selo c2, o qual a mantém energizada. Estando a bobina do contator c2
energizada, haverá o fechamento dos contatos principais e, consequentemente, o
acionamento do motor.

Caso c:
Este é um caso análogo ao caso b.

192 SENAI-SP - INTRANET


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Chaves auxiliares tipo fins de


curso

Chaves auxiliares fins de curso

Estes tipos de chaves são dispositivos auxiliares de comando, de acionamento


mecânico, que atuam num circuito com funções bastante diversificadas, como:
comandar contatores, válvulas solenóides e circuitos de sinalização para indicar a
posição de um determinado móvel.

Constituição dos fins de curso


As chaves auxiliares fins de curso são basicamente constituídas por uma alavanca ou
haste, com ou sem roldanas na extremidade, que transmite o movimento aos contatos,
que se abrem ou fecham conforme a necessidade.

SENAI-SP - INTRANET 193


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Tipos de fins de curso


Mecânicos: quando dependem de uma ação mecânica para acionar seus contatos,
podendo ser de movimento retilíneo ou movimento angular.

Movimento retilíneo

Movimento angular

Esses dois tipos podem apresentar as mais variadas características quanto:


• À precisão;
• À velocidade do movimento da peça de acionamento ou do came;
• À utilização múltipla;
• Ao retorno automático;
• Ao retorno por acionamento;
• À forma de utilização.

194 SENAI-SP - INTRANET


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Fins de curso de precisão


As chaves auxiliares de precisão atuam com um mínimo de movimento, da ordem de +
ou - 0,5 mm de curso de haste, ou 6º de deslocamento angular, no caso de alavanca.

Observação
Quando o móvel de ataque tiver baixa velocidade, será recomendável um fim de curso
de manobra rápida.

A haste ou alavanca terá um movimento lento, porém o disparo do contato será rápido,
acionado por mola de disparo.

SENAI-SP - INTRANET 195


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Forma de acionamento dos fins de curso


Os fins de curso podem ser acionados de diversas maneiras, entre as quais por cames
e por móvel de acionamento podendo ser com retorno automático ou não.

Utilização dos fins de curso (mecânicos)


Os fins de curso são utilizados basicamente em 3 casos: controle, comando e
segurança.

Controle
Acelerar movimentos, determinar os pontos de parada dos elevadores, produzir
seqüência e controle de operação, sinalizar.

Comando
Inversão de curso ou sentido de rotação de partes móveis, paradas.

196 SENAI-SP - INTRANET


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Segurança
Paradas de emergência, alarme e sinalização. O mesmo fim de curso pode ter
possibilidades múltiplas para executar ao mesmo tempo diversas funções, dependendo
dos contatos e do curso da haste.

Esquema de funcionamento

Observações
Contato aberto Contato fechado

Montagem e regulagem dos fins de curso


A montagem dos fins de curso deve obedecer às especificações do fabricante. Ela
deve obedecer principalmente ao curso ou desvio, sob pena de danificar o elemento.
Quanto maior a velocidade de ataque, menor deve ser o ângulo â.

SENAI-SP - INTRANET 197


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A cota “A” das figuras a seguir representa o deslocamento mínimo para o


funcionamento. “B” é o curso máximo admissível. “C” é a cota mais importante: é a
folga necessária para não danificar o dispositivo.

O elemento sempre deve ficar bem fixado, e o cabo de saída, sempre que possível,
deverá sair por baixo num raio r > 8Ø, para se evitarem danificações.

198 SENAI-SP - INTRANET


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O came deve sempre proporcionar movimentos uniformes, quando se abrir ou fechar,


sem choques e com repouso dentro do ângulo “B”.

Nesses casos convém atentar para as especificações do fabricante.

O ataque deve ser feito na posição correta, conforme o dispositivo, e o came deve ter a
forma correta.

Alguns tipos possuem alavanca regulável, para melhor adaptação ao local.

Regulagem de fins de curso


De um modo geral, a regulagem se faz colocando-se o came na posição de desligar.

SENAI-SP - INTRANET 199


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Deve-se observar o curso previsto, o curso máximo e a folga.

Com a lâmpada de prova, verificar o ponto de interrupção da chave auxiliar fim de


curso.

Fins de curso eletromagnéticos


São aqueles que funcionam por indução eletromagnética: uma bobina atravessando o
campo magnético, recebe uma indução de uma corrente elétrica, que aciona os
contatos através de um relé.

Fins de curso ópticos


São aqueles com função de detectar a passagem de um objeto opaco e não refletor,
através de um feixe luminoso.

Características mecânicas dos fins de curso


Independentemente das características elétricas, outro fator muito importante para os
fins de curso e outros aparelhos que estão sempre sujeitos a elevado número de
manobras, é a vida mecânica útil ou robustez.

As características elétricas definem apenas o desgaste dos contatos em função do


número de manobras com a carga elétrica. A robustez mecânica é o valor que garante
a vida útil do aparelho em função das solicitações mecânicas a que ele está sujeito.

200 SENAI-SP - INTRANET


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Na tabela abaixo, alguns valores de robustez mecânica válidos para os fins de curso:

Cabeças de comando com movimento retilíneo e


20 milhões de manobras
angular

Cabeças de comando de posição mantida, sem


1,2 milhões de manobras
retorno automático

Características elétricas dos fins de curso

Tensão de Utilização: 500V (A. .C .) - 600V (C.C.)

Potências de Interrupção em VA (A . C.) em W (C.C.)

Número de manobras Tipo de Corrente Corrente

(em milhões) Circuito alternada contínua


50 – 60 Hz
127 48
440V 660V
48V a a
500V 220V

Indutivo 250 500 70 35 25


3
Resistivo 500 900 100 55 40

Indutivo 45 70 6 5 8
20
Resistivo 80 130 20 10 4

Grau de proteção
É a classificação que indica, para determinado equipamento elétrico, sua proteção
contra choques, penetração de corpos estranhos e de líquidos.

A tabela que se segue, mostra as diversas classificações a que estão sujeitos os


invólucros dos aparelhos elétricos, no que diz respeito ao Grau de Proteção.

Essa tabela corresponde à norma ABNT - P-NB119 e é baseado nas normas IEC,
publicação 144.

Como exemplo dessa tabela temos:


• Fim de Curso XC2-JC:
Corpo - Grau de Proteção I P66
Cabeça - Grau de Proteção I P65

SENAI-SP - INTRANET 201


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Significado
• 10 algarismo
Corpo: Proteção total contra o contato com partes sob tensão ou em movimento.
Proteção total contra a penetração de pó.
• 2º algarismo
Proteção contra as condições sobre o convés de navios (relativamente a
equipamentos à prova de água para o convés). A água de vagalhões não deverá
penetrar nos invólucros sob as condições prescritas.
• 1º algarismo
Cabeça: Proteção total contra o contato com partes sob tensão ou em movimento.
Proteção total contra a penetração de pó.
• 2º algarismo
Proteção contra jatos de água: não deverá ter efeito prejudicial a água projetada
por um bocal, proveniente de qualquer direção, sob as condições prescritas.

Uso dos graus de proteção - norma ABNT P-NB 119

A tabela abaixo indica os graus de proteção mais freqüentemente usados.

10 algarismo característico
Letras Proteção contra o contato e 2º algarismo característico
características a penetração de corpos Proteção contra a penetração de líquidos
sólidos estranhos

0 1 2 3 4 5 6 7 8

0 IP00 - - - - - - - -

1 IP10 IP11 IP12 - - - - - -

IP 2 IP20 IP21 IP22 IP23 - - - - -

3 IP30 IP31 IP32 IP33 IP34 - - - -

4 IP40 IP41 IP42 IP43 IP44 - - - -

5 IP50 - - - IP54 IP55 - - -

6 IP60 - - - - IP65 IP66 IP67 IP68

202 SENAI-SP - INTRANET


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Proteção de pessoas contra o contato com partes sob tensão ou em movimento,


dentro do invólucro, e proteção do aparelho contra a penetração de corpos
sólidos estranhos.

0
1 Algarismo
Graus de proteção
característico

Nenhuma proteção de pessoas contra o contato com partes sob tensão ou em

0 movimento. Nenhuma proteção do aparelho contra a penetração de corpos sólidos

estranhos.

Proteção contra contato acidental ou inadvertido com partes internas sob tensão ou

em movimento, de grande superfície do corpo humano, por ex., a mão. Não


1 constitui, porém, proteção contra acesso propositado a tais partes. Proteção contra

a penetração de grandes corpos sólidos estranhos.

Proteção contra o contato dos dedos com partes sob tensão ou em movimento.
2 Proteção contra a penetração de corpos sólidos estranhos de tamanho médio.

Proteção contra o contato de ferramentas, fios ou outros objetos de medida igual ou

superior a 2,5 mm com partes internas sob tensão ou em movimento. Proteção


3
contra a penetração de corpos sólidos estranhos de tamanho pequeno.

Proteção contra o contato de ferramentas, fios ou outros objetos de medida igual ou

superior a 1 mm com partes internas sob tensão ou em movimento. Proteção contra


4
a penetração de corpos sólidos estranhos de tamanho pequeno.

Proteção contra o contato com partes sob tensão ou em movimento. Proteção

contra depósitos prejudiciais de pó não é evitada totalmente, mas o pó não entra em


5
quantidade que possa prejudicar o funcionamento satisfatório do aparelho no

interior do invólucro.

Proteção total contra o contato com partes sob tensão ou em movimento.


6
Proteção total contra a penetração de pó.

SENAI-SP - INTRANET 203


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204 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Ricochete entre contatos e


sua conseqüência

Ricochete é a abertura ou afastamento entre contatos, após o choque dos mesmos na


ligação, devido à energia sinética de que um deles é possuidor.

A figura a seguir mostra uma peça de contato móvel “a”, cuja massa é ma , situada à
distância D da peça de contato fixa, sob a força da mola F.

Ao movimentar-se em direção ao contato fixo, a energia cinética será 1/2 ma . v2 , onde


v = velocidade da peça e ma = massa.

SENAI-SP - INTRANET 205


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No instante zero as peças se chocam. Caso não houvesse perdas, o contato móvel
seria arremessado de volta, com a mesma velocidade v.

Em realidade, ocorrem deformações na superfície de contato, de modo que a


velocidade de retorno é menor do que v.

A peça de contato móvel passa, então, a trabalhar contra a força da mola F. Sua
velocidade vai sendo reduzida uniformemente pela mola e atinge um máximo em D1
(escala 2ms) e zero (escala 4ms).

A força da mola atua, agora, acelerando o contato móvel contra o fixo, até que estes se
tocam novamente, porém com menor energia, uma vez que esta será sempre função
da força da mola F e do afastamento entre as peças de contato. Nota-se que em D2 e
D3 esse ricochete se repete, até que a energia seja consumida pelo atrito do material
de contato, que não é totalmente elástico.

Baixa velocidade de manobra, reduzida massa de contato móvel e forte pressão nas
molas são algumas condições que diminuem o tempo do ricochete.

206 SENAI-SP - INTRANET


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Comparando as figuras abaixo e a anterior, verificamos que a duração do ricochete


varia, quando variamos a massa, permanecendo constante a velocidade:

2 ma = 1

1
3 ma =
2

Conseqüências do ricochete

O ricochete reduz sensivelmente a durabilidade das peças de contato, especialmente


no caso de cargas com altas correntes de partida, uma vez que o arco que se
estabelece a cada separação sucessiva dos contatos vaporiza o material das pastilhas.
Antigos contatores, hoje obsoletos, perdiam 5 a 7 vezes mais material de contato na
ligação do que no desligamento sob corrente nominal.

Com vista ao limite de viabilidade econômica, é suficiente reduzir o tempo do ricochete


a 0,5 ms. Isso porque, em razão do caráter indutivo da maioria das cargas, a corrente
só atinge seu valor máximo após alguns milissegundos (constante de tempo).

Modernos contatores, praticamente livres de ricochete, acusam na ligação um


desgaste de material de contato equivalente a 1/10 do desgaste para desligamento sob
corrente nominal. Assim, a corrente de partida de motores praticamente não tem
influência na durabilidade dos contatos.

SENAI-SP - INTRANET 207


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208 SENAI-SP - INTRANET


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Reversão da rotação de
motor trifásico com
contatores e chaves fim de
curso

Quando há necessidade de controlar o movimento de avanço ou retrocesso automático


de um dispositivo motorizado de uma máquina, empregam-se contatores comandados
por chaves fim de curso.

Diagrama do Circuito Principal Diagrama do Circuito de Comando

As chaves fim de curso são acionadas mecanicamente pelas réguas com ressaltos
(cames) existentes na parte móvel do dispositivo da máquina.

SENAI-SP - INTRANET 209


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Seqüência operacional
a. Ligação do motor para movimentar dispositivo em um sentido, C1 e C2 desligados.

Estando sob tensão os bornes R S T e pulsando-se o botão conjugado b1, a bobina


do contator C1 será alimentada, provocando o fechamento do contato de selo C1, o
qual a mantém energizada, e o fechamento dos contatos principais. O acionamento
do motor num sentido impulsiona, consequentemente, um dispositivo, até atingir o
limite do fim de curso, quando abrirá seu contato b3, desligando a bobina C1.
Desenergizada a bobina C1, os contatos principais se abrem, cortando a
alimentação do motor.

b. Inversão do sentido de movimento do dispositivo - C1 ligado, C2 por ligar.

Pulsando-se o botão conjugado B2, a bobina do contator C2 será alimentada,


fechando o contato de selo C2, o qual a mantém energizada; estando energizada a
bobina de C2, haverá o fechamento dos contatos principais e o acionamento do
motor e do dispositivo da máquina, até que este atinja o limite de “fim de curso”.
Quando a chave de fim de curso for atingida, seu contato B4 se abrirá, desligando
a bobina de C 2. Desenergizada a bobina de C2, os contatos principais se abrem,
cortando a alimentação o motor.

Acionamento parcial do dispositivo


Quando o motor está funcionando, pulsando-se o botão B 0, limita-se o movimento do
dispositivo em qualquer ponto do percurso. A retomada do movimento no mesmo
sentido ou no inverso é possível, pulsando-se os botões b1 ou b2.

Segurança do sistema pelos botões conjugados


Pulsando-se o botão b1 ou b2, são simultaneamente acionados os seus contatos
abridor e fechador, de modo que o contato abridor atue antes do fechador,
proporcionando intertravamento elétrico.

Segurança do sistema pelos contatos auxiliares


Os contatos abridores C1 e C2 impossibilitam a energização de uma bobina, quando a
outra está energizada.

210 SENAI-SP - INTRANET


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Categoria de emprego

É o que determina exatamente para que fim pode ser aplicado um aparelho em função
de In e da tensão nominal. Os símbolos dessas categorias são gravados nas placas de
identificação.

Escolha dos contatores

A escolha de um contator para uma dada corrente ou potência deve satisfazer a duas
condições:
• Número total de manobras sem a necessidade de trocar os contatos;
• Não ultrapassar o aquecimento admissível.

Esse aquecimento depende da corrente circulante e interrompida, da freqüência de


manobras e do fator de marcha.

SENAI-SP - INTRANET 211


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A freqüência é expressa em manobras por hora (man/h), mas corresponde à cadência


máxima medida num período qualquer que não exceda 10 minutos.

O fator de marcha (f.d.m.) é a relação percentual entre o tempo de passagem da


corrente e a duração total de um ciclo de manobra.

Observação
No texto citado a seguir, In corresponde à corrente nominal do receptor.

Cargas não indutivas


São caracterizadas por um fator de potência cos. Ø > 0,95 e pela ausência de
sobrecorrentes depois de aplicada a tensão.

Exemplo
Resistências.

A corrente de fechamento corresponde habitualmente à intensidade nominal I ≅ In .


Esse tipo de serviço é definido pela categoria AC1 de acordo com a recomendação
IEC 158.1

Cargas indutivas
Quando a corrente interrompida é de valor próximo ao da corrente estabelecida.
Essas cargas diferem das anteriores por um fator de potência menor e pelos
fenômenos transitórios, tais como: assimetria durante o fechamento, ou sobretensão
na abertura do contator. Exemplos: comando de motores com rotor de gaiola ou de
anéis com interrupção durante a partida, comando de transformadores, comando de
máquinas de solda.

A tensão que aparece entre a alimentação e a saída do contator, quando este abre
seus pólos, é a mesma da fonte.

A recomendação IEC 158.1 define duas categorias de emprego dependentes da


seguinte gama de utilização:
• AC2 para motores trifásicos de anéis (Corrente interrompida = 2,5 In );
• AC4 para motores trifásicos de gaiola (Corrente interrompida = 6 In ).

212 SENAI-SP - INTRANET


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O desgaste dos contatos depende essencialmente da corrente interrompida, em


função da qual se pode definir a vida dos contatos e a classe de utilização máxima
(freqüência de manobra).

Motor com rotor de gaiola: Interrupção com motor em regime

A corrente interrompida é de valor igual ao da corrente nominal.

A força contra-eletromotriz do receptor provoca o aparecimento de uma tensão no


momento da abertura do contator, cujo valor é apenas uma parcela da tensão da fonte;
porém o desgaste dos contatos é considerável no fechamento do contator.

A recomendação IEC 158.1 define a categoria de emprego AC3 para motores de


gaiola com In > 100A , nas seguintes condições:

Fechamento Abertura

Corrente 6 In In

Cos. Ø 0,35 0,35

Tensão Un 0,17 Un

Observação
Un corresponde à tensão nominal de utilização.

Acoplamento de condensadores trifásicos utilizados para correção do fator de


potência
Este emprego é caracterizado por:
• Aparecimento de fenômenos transitórios consideráveis, principalmente no
momento em que se aplica a tensão;
• Corrente harmônicas circulantes, adicionadas à corrente nominal.

Por essa razão, o contator deverá ser escolhido para uma corrente 1,4 In.

Deve ser associado sempre a um relé do mesmo calibre, para impedir as harmônicas
de ordem superior.

SENAI-SP - INTRANET 213


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“Curto-circuitagem” de resistência de partida

Caracteriza-se por fechamento e abertura fáceis.

Com exceção do último contator de “curto-circuitagem”, os demais têm um baixo fator


de marcha.

Em partida rotórica trifásica, por exemplo, pode-se ligar um contator tripolar em


1
“triângulo”, e dessa maneira cada pólo é percorrido por da corrente da fase
3
(corrente do rotor).

A “curto-circuitagem” bipolar em V, por meio de contatores tetrapolares, permite


praticamente a duplicação da corrente útil de cada pólo.

214 SENAI-SP - INTRANET


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Tabela de emprego conforme a categoria


Solicitação norma: Solicitação eventual:
Categoria Exemplos Ligação Ligação
de de cos ϕ cos ϕ
I U I U
emprego uso e/ou e/ou
In Un In Un
L/R L/R
Corrente
alternada
AC1 Cargas fracamente ou não indutivas
1 1 0,95 1,5 1,1 0,95
Fornos de resistência

Partida de motores de anel

AC2 Sem frenagem por contracorrente 2.5 1 0,65 4 1,1 0,65

AC2’ Com frenagem por contracorrente 2,5 1 0,65 4 1,1 0,65

AC3 Partida de motores de indução tipo gaiola


Desligamento do motor em funcionamento
normal
In 100A 6 1 0,65 10 1,1 0,65
In 100A 6 1 0,35 8 1,1 0,35
Partida de motores de indução, tipo gaiola
Manobras de ligação intermitente, frenagem
por contracorrente e reversão
In 100A 6 1 0,65 12 1,1 0,65
A 1
AC4 In 100 6 1 0,35 10 ) 0,1 0,35
Corrente
Contínua

Cargas fracamente ou não indutivas


DC1 1 1 1 ms 1,53) 1,13) 1 ms3)
Fornos de resistência

Motores em derivação
DC2
Partida e desligamento durante a rotação 2,5 1 2ms 4 1,1 2,5ms

Partidas, manobras intermitentes, frenagem


DC3
por contracorrente, reversão 2,5 1 2ms 4 1,1 2,5ms

Motores série
DC4
Partida e desligamento durante a rotação 2,5 1 7,5ms 4 1,1 15ms

Partida, manobras intermitentes, frenagem


DC5
por contracorrente, reversão 2,5 1 7,5ms 4 1,1 15ms

Na tabela acima:
I = Corrente de partida
In = Corrente nominal
L/R = Constante de tempo
U = Tensão da rede
Un = Tensão nominal

SENAI-SP - INTRANET 215


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Interpretação da tabela
Na 1a coluna da tabela (1/In) temos a relação entre a corrente de partida e a corrente
nominal do contator. Na 2a coluna (U/Un), a relação entre a tensão da rede e a tensão
nominal do contator. Na 3a coluna, cos. Ø é L/R, que indica a constante de tempo em
ms.

Uso da tabela
Um contator categoria AC1, corrente nominal de 25A, poderá manobrar uma carga não
indutiva de 25A .

Um contator categoria AC2, corrente nominal de 25A, poderá manobrar uma carga
indutiva (partida de motor de anel) cuja corrente de partida seja de 62,5A .
I = In . 2,5 = 62,5A .

Um contator categoria AC4, corrente nominal de 25A, poderá manobrar carga indutiva
(partida de motor de indução, tipo gaiola) cuja corrente de partida seja 150A .
I = In . 6 = 150A .

O mesmo contator, por exemplo, o 3TA20, possui diferentes capacidades, de acordo


com a categoria de emprego, como no exemplo seguinte:

Contator 3TA20

AC2 AC4

Tensão CV Tensão CV

220V 2,3 220V 1


380V 4,1 380V 1,9

440V 4,6 440V 2,1

Na tabela acima, verificamos a existência de diferentes valores de carga entre AC2 e


AC4, isso porque o regime de trabalho AC4 é mais severo que o regime AC2.

216 SENAI-SP - INTRANET


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Transformadores para
comandos

Os transformadores para comandos são dispositivos empregados em comandos para


modificar valores de tensão e corrente, numa determinada relação de transformação.

Transformadores de tensão

São usados para:


• Reduzir a tensão a nível compatível com a tensão dos componentes de comando
(bobinas, relés, etc.);
• Segurança (proteção) nas manobras e nas correções de defeitos;
• Separar o circuito principal do circuito de comando, restringindo e limitando
possíveis curtos-circuitos a valores que não afetem a fiação do circuito de
comando;
• Amortecer as variações de tensões, evitando possíveis ricochetes e prolongando,
portanto, a vida útil do equipamento.

SENAI-SP - INTRANET 217


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Transformadores para chaves compensadoras


São usados nas partidas de motores, para evitar o arranque direto.

Suas derivações permitem partidas com 65% ou 84% da tensão nominal.

Essas reduções são usadas conforme o torque necessário para a partida. Podem ser
construídos com 2 colunas com ligações em V, ou podem ter 3 colunas com ligação em
estrela. A sua capacidade deverá ser compatível com a potência do motor.

Partida de vários motores


Pode-se usar um só transformador para a partida em seqüência de vários motores.

Nesse caso, a partida dos motores será automática, ou seja, por relés temporizados e
contatores.

Dessa forma há economia de transformadores e de condutores, bem como na


demanda.

Transformador de Corrente
Os transformadores de corrente podem ser usados em comandos, atuando com relés
térmicos para:
• Temporização;
• Proteção contra sobrecarga.

218 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Nesses casos, o transformador é associado a um relé térmico cuja corrente nominal é


inferior à da rede.

Tem como característica principal, entre outras, a relação de transformação indicada


na placa da seguinte maneira: 30/5, 50/5, 200/5, 500/5, 200/10, 500/10, etc.

No caso da relação 200/5 significa que, quando houver uma corrente de 200A na rede
principal, a corrente no relé será de 5 A.

Dessa forma o relé térmico terá seu tamanho reduzido e poderá ser um relé
normalizado (da linha de produção). Para proteção contra sobrecargas, ele apresenta
a vantagem de permitir os longos picos de correntes dos motores grandes na partida,
possibilitando um controle mais efetivo e mais preciso.

Nesse caso, o transformador apresenta diversas vantagens: estabiliza a corrente


secundária pela saturação do núcleo, permitindo um controle mais efetivo, e, pelo
tamanho reduzido do relé, torna possível uma regulagem mais eficiente, com a
redução dos esforços dinâmicos produzidos pela corrente elétrica.

SENAI-SP - INTRANET 219


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Alguns transformadores de correntes são portáteis, para uso geral, e geralmente


possuem derivações diversas para várias relações de transformação.

Precaução
Antes de instalar um transformador de corrente, verificar a placa onde se encontram as
principais características elétricas, tais como:
• Tensão de isolação nominal;
• Relação de transformação;
• Freqüência;
• Limite da corrente de curta-duração para efeito mecânico;
• Limite de corrente de curta-duração para efeito térmico.

Formas de montagem
Os transformadores de corrente são construídos com formatos diversos, para facilitar a
montagem, economizando material e mão-de-obra.

Exemplos
Montagem em prolongamento na saída de base de fusível.

220 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Montagem em derivação por barra ou cabos. O parafuso de fixação também serve de


condutor.

Na figura abaixo a montagem é feita em cabo passante, e a fixação é pela base.

Montagem em barras em prolongamento e também utilizada; a fixação é feita pela


base, por parafuso de encosto.

SENAI-SP - INTRANET 221


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Também existem transformadores de corrente que são construídos em duas partes


separadas, para facilitar a sua montagem.

Observação
Os amperímetros de alicate são em realidade transformadores de correntes com
núcleo separado, com articulação para envolver o condutor, propiciando indiretamente
a medição.

Características elétricas importantes para a aquisição e instalação


• Tipo de transformador
• Índice de saturação para relés temporizados
• Relação de transformação
• Tensões de serviços
• Tensões de prova
• Potência em VA
• Classe de precisão
• Freqüência

Observação
Nunca deixar o transformador de corrente ligado à rede com o secundário aberto.

222 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Reversão de rotação de
motor trifásico com
contatores comandados por
botões

A reversão do sentido de rotação de um motor trifásico é feita pela inversão de duas de


suas fases de alimentação. Esse trabalho é realizado por 2 contatores, comandados
por 2 botões conjugados, cujo acionamento permite obterem-se rotações nos sentidos
horário e anti-horário.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 223


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional
a. Ligação do motor em um sentido, C1, C2 desligado. Estando sob tensão os bornes
R S T e pulsando-se o botão conjugado b1, a bobina do contator C1 será
alimentada, fechando o contato de selo C1, o qual a mantém energizada.
Permanecendo energizada a bobina do contator C1, haverá o fechamento dos
contatos principais e o acionamento do motor num sentido.

b. Inversão do sentido de rotação do motor: C1 ligado e C2 desligado. Pulsando-se o


botão conjugado b 2, a bobina do contator C2 será alimentada, provocando o
fechamento do contato de selo C2, o qual a mantém energizada. Permanecendo
energizada a bobina do contator C2, haverá o fechamento dos contatos principais e
o acionamento do motor no sentido inverso.

Observação
A fim de se evitarem elevados valores de correntes de pico, sempre que possível se
deve esperar a parada o motor, para se processar a reversão da rotação.

Nos tornos mecânicos em geral, assim como em outros tipos de máquinas, às vezes
se faz necessário aplicar a frenagem por contracorrente, para se conseguir inverter
rapidamente a rotação.

Segurança do sistema

Por meio de botões conjugados


Pulsando-se o botão conjugado b1 ou b2, são simultaneamente acionados os seus
contatos abridor e fechador, de modo que o contato abridor atue antes do fechador,
proporcionando intertravamento elétrico.

Por meio dos contatos auxiliares


Os contatos abridores C1 e C2 impossibilitam a energização de uma bobina, quando a
outra está energizada.

224 SENAI-SP - INTRANET


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Câmara de extinção

A câmara e extinção é um compartimento de um dispositivo de manobra que envolve


os seus contatos principais. Seu objetivo principal é a extinção da faísca ou arco
voltaico, que surge quando se interrompe um circuito elétrico.

O arco caminha em virtude da ação da força do campo magnético próprio, dirigido do


ponto de contato para fora (sopro dinâmico).

Origem do arco voltaico e sua extinção

Com o afastamento das peças de contato na operação desligar, a corrente passa a


circular de um contato para o outro, através de uma estreita camada.

A corrente que passa por essa camada aquece intensamente o material da ponte
formada, provocando fusão e posteriormente evaporação. A ponte será então desfeita,
e a corrente vai circular através do arco voltaico.

SENAI-SP - INTRANET 225


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

À medida que os contatos se vão afastando um do outro, o arco vai aumentando na


mesma proporção. Ele permanece estacionário até um comprimento de 2mm e
provoca uma queima nos pontos de origem nas peças de contato. A queda de tensão
nesse arco é maior do que aquela formada pelos materiais fundidos.

Apenas com o aumento da distância entre as peças de contato é que o arco sofre um
deslocamento (desdobramento) e, com o auxílio de seu próprio campo magnético, é
empurrado para fora das peças de contato, aumentando seu comprimento. Com o
aumento do comprimento, a queda de tensão no arco tornar-se-á maior, provocando
sua extinção.

Principais sistemas de extinção de arco

Os principais sistemas de extinção de arco são:

Bobina de sopro
Tem como princípio a extinção por alongamento. A câmara contém lâminas, e o
crescimento da queda de tensão com alongamento do arco (gradiente do arco) é da
origem de 10 a 15 V/cm. A capacidade de ruptura é da origem de alguns kA.

226 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

A bobina de sopro está localizada de tal forma, que o sentido de seu campo magnético
coincide com o sentido do campo magnético do arco. Os dois campos se juntam de tal
modo, que abaixo do arco eles se somam e acima do arco se anulam parcialmente.
Resultará então uma força dirigida para cima, que empurra o arco rapidamente para
fora dos contatos. O sopro auto-excitado depende da direção, do sentido e da
grandeza da corrente. Ele apresenta a vantagem de ter a força de expulsão do arco
aumentada com o aumento da corrente.

Câmara cerâmica
A extinção do arco é provocada por refrigeração intensa e pelo repuxo do ar.

SENAI-SP - INTRANET 227


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

O gradiente do arco, que é o aumento da queda de tensão com o alongamento, é da


ordem de 20-25 V/cm.

A capacidade de ruptura é de até 25 kA.

Câmara com dispositivos para prolongamento do arco.


A figura a seguir mostra uma câmara com pequenas dimensões e dispositivos para
prolongamento do arco. A câmara contém elementos isolantes e placas de condução
que possibilitam, desta forma, a extinção por prolongamento.

O funcionamento desta câmara depende, entre outros fatores, da corrente do arco, da


tensão de retorno, do material isolante, da distância entre as placas e os elementos
isolantes das aberturas para a passagem da corrente, etc.

228 SENAI-SP - INTRANET


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Partida com comutação


automática estrela-triângulo
de um motor

É a partida executada automaticamente em Y de um motor trifásico, com comutação


para ∆, feita por meio de 3 contatores comandados por botões. Este sistema de ligação
U1
é utilizado para reduzir a tensão de fase do motor (UF - = 0,58UL) durante a
3
partida.

Diagrama do Circuito Principal Diagrama do Circuito de Comando

SENAI-SP - INTRANET 229


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Partida do motor em estrela, estando C1, C2 e C3 desligados. Estando sob tensão a


rede R S T e pulsando-se o botão b 1, a bobina do contator C2 e o relé temporizado d
1 serão alimentados, fechando o contato de selo de C2 e o fechador de C2, que
mantêm energizadas as bobinas dos contatores C1 e C2, e o relé temporizado d 1.

Permanecendo energizadas as bobinas dos contatores C2 e C1, haverá o fechamento


dos contatos principais e, consequentemente o acionamento do motor na ligação
estrela.

Decorrido o tempo para o qual foi ajustado o relé temporizado d 1, este opera,
desligando o contato abridor d1, que desenergizará a bobina do contato C2,
acarretando a abertura de seus contatos principais.

Estando desenergizada a bobina C2, o contato C2 (31 - 32) retorna, energizando a


bobina C3, que acionará o motor na ligação triângulo.

Parada do motor
Estando o motor funcionando em triângulo e pulsando-se o botão b0, interrompe-se a
energização da bobina C1, que abrirá os contatos C1 (13-14) e (23-24), interrompendo
a corrente da bobina C3. Consequentemente, o motor ficará desenergizado.

Segurança do sistema
Estando o motor em marcha na ligação triângulo, o contato C3 (31-32) fica aberto,
impedindo a energização acidental da bobina C2.

230 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seletividade

É a operação conjunta de dispositivos de proteção, que atuam sobre os de manobra


ligados em série, para a interrupção escalonada de correntes anormais (por exemplo
de curto-circuito).

Um dispositivo de manobra deve interromper a parte do circuito conectada


imediatamente após ele próprio, e os demais dispositivos de manobra devem
permanecer ligados.

Funcionamento

Nos circuitos de baixa-tensão os fusíveis e relés de disjuntores podem ser encontrados


nas seguintes combinações:
• Fusíveis em série com fusíveis;
• Relés eletromagnéticos de disjuntores em série entre si;
• Relés eletromagnéticos de disjuntores em série com fusíveis;
• Fusíveis em série com relés térmicos de disjuntores;
• Relés térmicos de disjuntor em série com fusíveis.

SENAI-SP - INTRANET 231


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seletividade entre fusíveis em série


O alimentador geral e os condutores de cada alimentação conduzem correntes
diferentes e têm, por isto mesmo, seções transversais diferentes. Consequentemente,
os valores nominais dos fusíveis serão diferentes também havendo, portanto, um
escalonamento seletivo natural.

As curvas de desligamento tempo-corrente não se tocam. Por exemplo, uma corrente


de 1300A interromperá e1 em 0,03 segundos, e, para interromper e2, serão
necessários 1,4 segundos, o que garantirá, nesse caso, a seletividade do circuito.

Seletividade de relés eletromagnéticos ligados em série, com respectivos


disjuntores
O disjuntor é apenas um dispositivo de comando. O efeito de proteção é dado pelos
relés (ou fusíveis, eventualmente). Em caso de curto-circuito, a atuação cabe ao relé
eletromagnético, que atua sem retardo, num intervalo de tempo que oscila, geralmente,
entre 0,003 e 0,010s. Este tempo deve ser suficientemente curto para não afetar
(térmica e eletrodinamicamente) os demais componentes do circuito.

232 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seletividade através do escalonamento das correntes de atuação dos relés


eletromagnéticos de curto-circuito
Este método apenas é possível quando as correntes de curto-circuito no local de
instalação de cada um dos disjuntores, são suficientemente diferentes entre si. O
disjuntor é a única chave que pode abrir um circuito pelo qual passa a corrente de
curto-circuito. Consequentemente, o relé eletromagnético somente é ligado a
disjuntores. A corrente de desligamento do primeiro disjuntor (visto do gerador para o
consumidor) deve ser estabelecida de tal maneira que seu valor seja superior ao
máximo valor de curto-circuito admissível no local do disjuntor subsequente, o qual
deve atuar em caso de defeito.

Seletividade entre relés eletromagnéticos de curto-circuito


Se a diferença entre as correntes de curto-circuito entre o local do defeito e a
alimentação geral é apenas pequena, então a seletividade apenas é obtida através de
um retardo nos tempos de atuação do relés eletromagnético de ação rápida do
disjuntor principal.

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O tempo de desligamento deste relé é retardado ao ponto de se ter garantia de que o


disjuntor mais próximo do consumidor tenha atuado. Um tempo constante de
escalonamento entre dispositivos de proteção de 0,150s entre as chaves, é suficiente
para levar em consideração qualquer dispersão.

Condição: o tempo de disparo ou abertura (ta) do disjuntor SV deve ser maior do que o
tempo total de desligamento (tg) do disjuntor SM subsequente.

Além disto, a corrente de atuação do relé de ação rápida deve ser ajustada a pelo
menos 1,25 vezes o valor de desligamento do disjuntor subsequente.

Geralmente, uma faixa de ajuste de tempo de


0,500s admite um escalonamento de até 4
disjuntores com relés em série, dependendo
dos tempos próprios de cada disjuntor.

A figura ao lado representa o escalonamento


seletivo entre os relés de 4 disjuntores ligados
em série, dotados de disparadores
eletromagnéticos de sobrecorrente com
pequeno retardo, de valor ajustável.

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Para reduzir os efeitos de um curto-circuito total de valor muito elevado sobre os


disjuntores pré-ligados ao defeito, estes podem ser dotados tanto com relés de ação
rápida quanto de ação ultra-rápida. O valor de desligamento destes deve ser escolhido
em grau tão elevado que estes relés apenas atuem perante curto-circuito total sem
interferir no escalonamento normal. Estes relés de ação instantânea evitariam danos à
aparelhagem em casos de curtos-circuitos muito elevados. As figuras abaixo
representam o escalonamento seletivo entre os relés de 3 disjuntores ligados em série.

Cada disjuntor possui um relé eletromagnético de pequeno retardo (z) e um relé


térmico (a).

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Dessa forma, um curto-circuito entre a1 e a2 afetará a2 e a3.

Se a corrente presumível e curto-circuito for da ordem de 103.4, por exemplo, não fará
atuar o relé eletromagnético ultra-rápido (n3), e sim o relé eletromagnético (z2).

Porém, se as proporções de um curto-circuito franco no mesmo ponto entre a1 e a2


atingirem presumivelmente valores até 104.2, os disjuntores afetados serão também a2
e a3, porém, ao contrário do caso anterior, o relé eletromagnético de a2 não atuará, e
sim o do disjuntor a3 que se abrirá pelo relé eletromagnético ultra-rápido (n3).
Dessa forma, a2 será resguardado porque a corrente de curto-circuito ultrapassou a
sua capacidade de ruptura.

Seletividade entre fusível e relés de um disjuntor subsequente


Na faixa de sobrecarga, a curva “a” representa as condições dadas no item 1, isto é, as
curvas não se devem cruzar para haver seletividade. O mesmo ocorre na curva “n”,
todavia, a partir do ponto P nota-se, que a proteção será efetuada pelo fusível.

A figura a seguir representa a seletividade entre fusível e relés de disjuntor


subsequente. As curvas tempo-corrente (com suas faixas) não interferem entre si.

236 SENAI-SP - INTRANET


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Em caso de curto-circuito, deve-se atentar para o fato de que o fusível continua sendo
aquecido pela corrente até o instante em que o arco existente entre as peças de
contato do disjuntor se extinga. Para a prática, é suficiente que a característica do
fusível se mantenha 0,050s acima da curva de desligamento do relé eletromagnético
de curto-circuito .

Seletividade entre relé térmico de disjuntor e fusível


Na faixa de sobrecarga, a seletividade é garantida quando a característica de
desligamento do relé térmico não corta a do fusível curva “a”.

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Perante correntes de curto-circuito, que alcançam ou mesmo ultrapassam os valores


de atuação do relé térmico, a seletividade apenas é mantida se o fusível limita a
corrente a tal valor que a corrente passante não atinge os valores de atuação do relé.
Esta situação apenas ocorre nos casos em que a corrente nominal do fusível é
bastante baixa em relação à corrente nominal do disjuntor. A seletividade perante
curto-circuito é garantida, se o tempo de retardo do relé eletromagnético de
sobrecorrente com pequeno retardo tem um valor de disparo ou de atuação de ao
menos 0,100s acima da curva característica de desligamento do fusível.

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Partida automática de motor


trifásico com
autotransformador

A partida automática com autotransformador permite que o motor inicie seu


funcionamento com tensão reduzida e, após um tempo determinado, passe
automaticamente a plena tensão. Tem sobre a partida manual estas vantagens: não
exige esforço físico do operador; permite comando a distância; a comutação da tensão
reduzida para tensão plena realiza-se no tempo previsto e ajustado,
independentemente da ação do operador.

SENAI-SP - INTRANET 239


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Seqüência operacional

Partida de motor com tensão reduzida, contatores C1, C2, C3 e relé de tempo
desligados.

Estando sob tensão os bornes RST e pulsando-se o botão B1, a bobina do contator C1
fica energizada, e o relé motorizado D1, com o motor ativado; os contatos C1 (13-14) e
C1 (23-24) se fecham, conservando energizada a bobina de C1 e de D1, e
energizando a bobina de C3; com o fechamento da bobina de C3, os contatos C3 (13-
14) e C3 (23-24) se fecham, tornando a bobina de C3 independente do contato C1 (13-
14). Como as bobinas de C1 e de C3 estão energizadas, os contatos principais de C1
e C3 se fecharão, e o motor será alimentado com tensão reduzida, iniciando a partida.

Comutação

Decorrido o tempo pré-ajustado, o relé temporizado d1 comuta, desenergizando a


bobina de C1 e energizando a bobina de C2. Permanecendo energizada a bobina de
C2, os contatos C2 (13-14) se fecham e os C2 (41-42) se abrem, provocando a
desenergização da bobina de C3; os contatos principais de C3 se abrem, e os de C2
se fecham; e o motor é alimentado com tensão plena (tensão nominal).

240 SENAI-SP - INTRANET


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Partida de motor trifásico de


rotor bobinado com
comutação semi-automática
de resistores

É um sistema de partida cuja instalação de comando proporciona a eliminação


gradativa dos resistores inicialmente inseridos no circuito do rotor bobinado. A
eliminação é feita por estágios sucessivos dos resistores, até que o rotor fique
totalmente em curto-circuito.

Diagrama do circuito principal


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Diagrama do circuito de comando

Seqüência operacional

1o estágio de partida
Contatores C1, C11, C12, C13, e contatores auxiliares d1, d2, d3, d4 desenergizados.

A partida é dada por b1, e a seqüência de entrada dos contatores C11-C12-C13 é


dada a cada impulso do mesmo.

Estando sob tensão os bornes RST e apertando-se b1, energiza-se a bobina do relé
auxiliar d1, que fecha o contato d1 (13-14), energizando a bobina do contator C1;
simultaneamente, o contato d1 (51-52) se abre, impossibilitando a entrada de d2. A
bobina do contato C1 (13-14), e seus contatos principais, já fechados, energizam o
motor com todos os resistores (r1, r2 e r3) intercalados no circuito do induzido. O motor
inicia seu movimento, com resistência total no rotor.

242 SENAI-SP - INTRANET


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Estando o contator C1 e o relé auxiliar d1 energizados, liberando-se o botão b1, a


bobina do relé d1 fica desenergizada, fechando o contato d1 (51-52). Como c1 (23-24)
já está fechado, a bobina do relé auxiliar d2 se energiza e assim se mantém por meio
do contato de selo d2 (13-14).

2o estágio da partida
Apertando-se b1 novamente, a bobina do relé d1 energiza-se fechando o contato d1
(23-24); esse contato alimenta a bobina do contator C11, que fecha o contato de selo
C11 (13-14), conservando-a energizada, fechando também o contato C11 (23-24). A
bobina do contator C11 permanece energizada, e seus contatos principais se fecham,
retirando o estágio r1 da resistência total; o motor aumenta sua velocidade, ficando
intercalados no rotor os resistores r2 e r3.

Liberando-se novamente o botão b1, cessa a alimentação da bobina do relé d1, e seu
contato d1 (61-62) se fecha. Como C11 (23-24) já está fechado, d3 fica energizado
através de d1 (61-62) e de C11 (23-24), e assim se mantém por d3 (13-14).

3o estágio da partida
Apertando-se de novo o botão b1, a bobina do contator d1 se energiza, e seu contato
d1 (33-34) energiza a bobina do contator C12, que se conserva energizada através de
C12 (13-14), fechando C12 (23-24) para energizar d4. A bobina do contator C12
permanece energizada, e seus contatos principais dão novo impulso ao motor, fazendo
sua velocidade crescer com a retirada do estágio r2 da resistência total. O rotor
permanece somente com r3.

Liberando-se o botão b1, a bobina d1 desenergiza-se, e d1 (71-72) energiza a bobina


d4, que fecha d4 (13-14), deixando-a energizada.

4o estágio da partida
Pulsando b1, energizamos novamente a bobina d1, e o contato d1 (43-44) energiza a
bobina C13, que fecha o contato de selo C13 (13-14), fechando-se então seus
contatos principais.

O motor atinge a rotação nominal com a eliminação dos resistores, e, através das
ligações dos bornes do contator C13, o rotor fica curto-circuitado.

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Relé temporizado motorizado

Os relés temporizados motorizados (conforme figura) são dispositivos que atuam em


circuitos de comando, para comutação de dispositivos de acionamento de motores,
chaves estrela-triângulo, partidas em seqüência, ou onde for necessário comando por
temporização.

Constituição
São constituídos principalmente por um pequeno motor, jogo de engrenagens de
redução, dispositivo de regulagem, contatos comutadores e mola de retorno.

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Funcionamento
O motor do relé, quando ligado, movimenta um dispositivo de relógio, o qual aciona
contatos, após um tempo preestabelecido, abrindo ou fechando um circuito de
comando e/ou de sinalização.

Se for necessário, o motor poderá permanecer ligado e os contatos do relé


permanecerão na posição inversa da posição normal.

Os temporizadores motorizados são encontrados para regulagem de tempo desde 0 a


15 segundos, até para 30 horas.

Quando um contator tiver elevado consumo e a corrente de sua bobina for superior à
capacidade nominal do relé, é necessário usar um contator auxiliar para o
temporizador.

Características
• Tensão nominal
• Corrente nominal
• Faixa de temporização
• Posição de montagem (indicada pelo fabricante)
• Contatos comutadores

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Relé eletropneumático

É um dispositivo de temporização com características eletropneumáticas, cujo


funcionamento está baseado na ação de um eletroimã que aciona uma válvula
pneumática, dando uma temporização definida e regulável.

Aplicação
É utilizado em chaves de partida estrela-triângulo ou compensadoras, para comutação
de contatores, ou temporização em circuitos seqüenciais.

A figura a seguir apresenta os componentes do relé pneumático em desenho


explodido, com a descrição das diversas peças.

1. Alavanca de armamento do temporizador,


que assegura a ligação da sanfona com o
bloco de contatos elétricos;
2. Balancim;
3. Mola e válvula;
4. Sanfona em neoprene resistente aos óleos
e ao envelhecimento;
5. Válvula;
6. Mola motora principal do movimento;
7. Contatos abridores e fechadores.

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O funcionamento do relé é explicado na série de figuras apresentadas a seguir.

O eletroimã está desenergizado. O braço de acionamento 16 mantém a sanfona


pressionada por meio da alavanca 1. O contato está em repouso.

O eletroimã é energizado e libera a alavanca 1. A mola 6 tende a abrir a sanfona,


mantendo a válvula 5 fechada. A velocidade de abertura da sanfona depende
diretamente da vazão permitida pelo parafuso 9, que controla a admissão do ar no
interior da mesma.

Após um tempo “t”, que depende da regulagem do parafuso, a sanfona está


completamente aberta e aciona os contatos fechadores e abridores.

248 SENAI-SP - INTRANET


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Quando o contator é desenergizado, o braço de acionamento age sobre a alavanca e


provoca a abertura da válvula 5, liberando o contato.

O conjunto volta instantaneamente à posição da figura abaixo.

Observação
Há relés desse tipo que podem ser acionados diretamente por um contator.

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Sistema de partida de
motores trifásicos

As partidas de motores trifásicos podem ser diretas, estrela-triângulo, com


compensadores ou ainda por resistências rotóricas.

A instalação desses sistemas obedece a critérios técnicos e legais, de acordo com as


normas da ABNT para instalações de baixa tensão.

Referências normalizadoras

A norma de instalações de baixa tensão, NB-3, nos seus itens 8.6.2 e 22.9 a 22.11,
refere-se aos dispositivos de partida sob os seguintes aspectos:
a. Deve ser levada em consideração, em cada região do país, a potência máxima dos
motores que podem ser ligados diretamente à rede. Tal potência é fixada pela
concessionária de energia elétrica, levando em conta também o tipo de motor.

b. Os dispositivos de partida devem ser capazes de fazer partir e parar os motores


aos quais estão ligados. No caso particular de um motor de corrente alternada, o
dispositivo deve ser capaz de interromper a corrente do motor com o rotor travado.

c. No seu artigo 22.9.3, a norma fixa valores mínimos que os dispositivos devem
satisfazer.

d. Motores com potência de 1/8 cv ou menos dispensam dispositivos de partida.

e. Quanto à instalação, normaliza-se que os dispositivos de partida deverão ficar


encerrados em caixas metálicas e, dependendo do caso, à vista dos motores que
comandam.

SENAI-SP - INTRANET 251


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f. Estabelece, ainda, que dispositivos de partida pata tensão reduzida deverão ter os
seguintes recursos mínimos:
• Mecanismo que evite que o dispositivo se mantenha fechado por si na posição
de partida;
• Mecanismo que exclua a necessidade de manobra rápida entre a partida e o
regime nominal;
• Que sejam dotados de relé de subtensão;
• Que tenham mecanismo que trave os contatos móveis após um desligamento
em condição anormal, para evitar sua religação nessas condições.

Essas condições gerais, estabelecidas pela norma de Instalações Elétricas de Baixa


Tensão, são a base para as normas particulares dos diversos dispositivos de comando,
quando estas existirem.

Do estabelecido pela norma ficou claro que tais dispositivos são necessários, quando a
potência do motor ou as condições de partida estabelecem uma corrente elevada
demais, por um tempo longo demais para não prejudicar as condições da rede.

Dessa forma podemos verificar os seguintes aspectos na determinação do dispositivo


de partida:

Potência do motor
Conforme a região do país, cada fornecedor de energia elétrica permitirá a partida
direta de motores de determinada potência.

Quando for necessário um dispositivo de partida com tensão reduzida ou corrente


reduzida, o sistema será determinado pela carga conforme as possibilidades ou
características.

Considerando-se as possibilidades, o motor pode partir em vazio até a plena rotação, e


sua carga deve ser incrementada pouco a pouco, até o limite nominal.

Tipo de carga
Quando as condições da rede exigir partida com tensão reduzida ou corrente reduzida,
o sistema será determinado pela carga, conforme as possibilidades ou tipo de carga.

Considerando-se as possibilidades, o motor pode partir em vazio até a plena rotação, e


sua carga incrementada até o limite nominal.

252 SENAI-SP - INTRANET


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Exemplos
Serra circular, torno ou compressor que deve partir com as válvulas abertas.
Nesse caso, a partida pode ser estrela-triângulo.

O motor deve partir com carga ou com um conjugado resistente em torno de 50%.

Exemplos
Calandras, bombas, britadores.
Nesse caso, emprega-se a chave compensadora, utilizando-se os “taps” de 65% ou
80% o transformador.

Observação
Também para os grandes motores se usa chave compensadora para a partida.

O motor deve partir com rotação controlada, porém com torque bastante elevado.

Exemplos
• Pontes rolantes, betoneiras, máquinas de “offset”.
• Nesse caso, utiliza-se o motor com rotor bobinado.

Comparação entre os sistemas de partida

Partida direta
Na partida direta a plena tensão, o motor de rotor gaiola pode partir a plena carga e
com a corrente elevando-se de 5 a 6 vezes a nominal, conforme o tipo e número de
pólos.

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De acordo com o gráfico a figura anterior, a corrente de partida (curva a) é igual a 6


vezes a corrente nominal.

O conjugado na partida atinge aproximadamente 1,5 do conjugado nominal (curva b).

Partida Estrela-Triângulo
É fundamental para a partida com a chave estrela-triângulo que o motor tenha a
possibilidade de ligação em dupla tensão, ou seja, em 220/380V ou em 380/660V. Os
motores deverão ter no mínimo 6 bornes de ligação. A partida estrela-triângulo poderá
ser usada quando a curva de conjugados do motor é suficientemente elevada para
poder garantir a aceleração da máquina com a corrente reduzida. Na ligação estrela, a
corrente de partida fica reduzida para 25 a 30% da corrente de partida direta. Também
a curva do conjugado é reduzida na mesma proporção. Por esse motivo, sempre que
for necessária uma partida estrela-triângulo, deverá ser usado um motor com elevada
curva de conjugado.

Exemplo de cálculo da corrente de um motor em estrela e triângulo:

Um motor trifásico ligado a uma rede de 220V absorve da linha 208A, quando ligado
em triângulo.

208
A corrente na fase desse motor será de = 120A ou 208 x 0,58.
3

U 220
Esse motor ligado em estrela estará sob uma tensão de fase de = = 127V ou
3 1,73
220 x 0,58.

Havendo uma redução da tensão de fase, consequentemente haverá uma redução na


corrente:
220 : 120 :: 127 : x

127 x120
x = 69,3A ou 120 x 0,58 = 69,3A
220

A corrente de linha em triângulo é de 208A. Em estrela, a corrente de linha é de 69,3A,


o que representa aproximadamente 30% de 208A .

254 SENAI-SP - INTRANET


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Na partida em estrela, a corrente de partida é de 1,5 a 2 vezes a corrente nominal, mas


o conjugado de partida e o conjugado máximo se reduzem a 25 ou 30%.

Na partida triângulo, os conjugados de partida são máximos, mas a corrente é


aproximadamente 6 vezes a corrente nominal. Como exemplo, nas figuras abaixo
temos a ligação estrela-triângulo de um motor, com cargas diferentes, apresentando
dados comparativos em % pelas curvas de corrente e conjugados.

Curva de conjugado resistente alto Curva de conjugado resistente menor


(curva MR) (curva MR)

Legenda:
M/MN = relação, em porcentagem, entre conjugado nominal e conjugado de motor
I/In = relação, em porcentagem, entre corrente nominal e corrente durante a partida
M∆ = curva do conjugado motor em ∆
MY = curva do conjugado motor em Y
MR = curva do conjugado resistente
IY = curva da corrente em Y
I∆ = curva da corrente em ∆

SENAI-SP - INTRANET 255


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Na figura Curva de conjugado resistente alto (curva MR), temos um alto conjugado
resistente MR. Se a partida for em Y, o motor acelerará a carga até a velocidade ny, ou
aproximadamente 85% da rotação nominal. Nesse ponto, a chave deverá ser ligada
em ∆. Acontece nesse caso que a corrente, que era aproximadamente a nominal, ou
seja, 100%, salta repentinamente para 300%, o que não é nenhuma vantagem, uma
vez que na partida a corrente era de somente 170%.

Na figura Curva de conjugado resistente menor (curva MR), temos o motor com as
mesmas características, porém o momento resistente MR é bem menor. Na ligação Y,
o motor acelera a carga até 95% da rotação nominal. Quando a chave é ligada em ∆, a
corrente, que era aproximadamente 60%, sobe para 190%, ou seja, praticamente igual
à da partida em Y.

Nesse caso, a ligação estrela-triângulo apresenta vantagem, porque se fosse ligado


direto, absorveria da rede 500% da corrente nominal. A chave estrela-triângulo em
geral só pode ser empregada em partidas da máquina em vazio, isto é, sem carga.
Somente depois de ter atingido 95% da rotação nominal, a carga poderá ser ligada. O
exemplo típico acima pode ser um grande compressor. Na figura Curva de conjugado
resistente alto (curva MR), seria partida com carga, isto é, assim que começa a girar,
a máquina já comprime o ar, mas geralmente isso não acontece. Os compressores
partem em vazio, isto é, com todas as válvulas abertas Curva de conjugado
resistente menor (curva MR).

Só quando atinge a rotação nominal, as válvulas se fecham, e a máquina começa a


comprimir o ar.

Partida com chave compensadora


Podemos usar a chave compensadora para dar
partida em motores sob carga. A chave
compensadora reduz a corrente de partida,
evitando uma sobrecarga na rede de alimentação,
deixando, porém, o motor com um conjugado
suficiente para a partida e aceleração.

256 SENAI-SP - INTRANET


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A tensão na chave compensadora é reduzida através de autotransformador, que


possui normalmente “taps” de 65% a 80% da tensão nominal.

Exemplo
Um motor ligado à rede de 220V absorve 100A . Se for ligado ao autotrafo no “tap” de
65%, a tensão aplicada nos bornes será de:

U = U. 0,65 = 220 x 0,65 = 143V

A corrente nos bornes do motor, em virtude da redução da tensão, é reduzida também


em 65%:
Im = I. 0,65 = 100 x 0,65 = 65A

Como a potência em VA no primário do autotrafo é aproximadamente igual à do


secundário, temos:
VA no secundário = − U. 3 . Im = 143 x 1,73 x 65 = 16080 VA

Para encontrarmos a corrente absorvida da linha, temos:

VA 16080
IL = = = 42,2A, o que permite afirmar que no “tap” de 65%
U. 3 220 x1,73

IL = Im. 0,65 = 54 x 0,65 = 42,2A


U = tensão reduzida
U = tensão a rede
Im = corrente nos bornes o motor
IL = corrente da rede

O momento de partida é proporcional ao quadrado da tensão aplicada aos bornes do


motor. No caso do exemplo acima, é 0,65 x 0,65 = 0,42, ou seja, aproximadamente
metade do momento nominal. No “tap” de 80%, teríamos um momento de 0,8 x 0,8 =
0,64, ou seja, dois terços do momento nominal.

A corrente seria:
IL = IM x 0,8 = 80 x 0,8 = 64A

SENAI-SP - INTRANET 257


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Partida rotórica
É o sistema de partida onde se utiliza um motor de rotor bobinado com reostato
regulável.

Esse motor apresenta elevado torque na partida em baixa velocidade. É de construção


bem mais cara, porém apresenta grandes vantagens, conforme a aplicação.

Pelo gráfico abaixo, podemos comparar o torque com resistências desse tipo de motor
que possui características peculiares. Verificamos que a corrente de partida é
aproximadamente 2 vezes a nominal (curva a) e que o torque é aproximadamente
240% do torque nominal (curva b).

Pode partir, portanto, com baixa rotação e torque elevadíssimo.

Observação
A curva (c) compara a partida DIRETA desse motor com a partida com resistência.

258 SENAI-SP - INTRANET


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Partida de motor trifásico de


rotor bobinado com
comutação automática de
resistores

Neste tipo de partida, o circuito de comando faz a eliminação dos estágios de


resistores automaticamente. O tempo necessário entre a partida e as sucessivas
retiradas dos resistores do circuito do rotor bobinado, até curto-circuitá-lo, é
determinado por relés temporizados.

Diagrama de circuito principal Diagrama de circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 259


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Seqüência operacional

1o estágio de partida
Contatores C1, C11, C12, C13, relés temporizados d1 e d2, e relé auxiliar d3
desenergizados. Pulsando-se o botão b1, as bobinas C1 e d1 são energizados
simultaneamente e permanecem ligadas pelo contato de selo comum C1 (13-14).

Estando energizada a bobina C1, seus contatos principais se fecham, e o motor


começa a funcionar com todos os resistores intercalados no circuito do induzido (r1, r2
e r3).

2o estágio de partida
Decorrido o tempo ajustado, o relé d1 dispara e fecha seu contato d1 (15-18),
energizando C11, que assim permanece por meio de seu contato de selo C11 (13-14).
Ao mesmo tempo, o contato fechador de C11 (23-24) energiza o relé d2 e desenergiza
a bobina d1, através de C11 (41-42).

Estando alimentada a bobina C11, seus contatos principais se fecham, retirando do


circuito o resistor r1.

3o estágio de partida
Decorrido o tempo ajustado para d2, ocorre o disparo, e o contato d2 (15-18) energiza
C12, que assim se mantém por meio de seu contato de selo C12 (13-14).

Nesse instante, desenergiza-se C11, voltando seus contatos à posição de repouso.

O contato C12 (23-24) se fecha, alimentando d3, que fechará d3 (23-24), energizando
novamente d 1. Energizada a bobina C 12, seus contatos principais se fecham,
retirando do circuito o resistor r2.

4o estágio de partida
Decorrido o tempo ajustado para d1, ocorre o disparo, e seu contato d (15-18) se
fecha, alimentando C13, que permanece energizado por seu contato de selo, e abre o
contato de C13 (41-42), que anula os demais. Energizado C13, seus contatos
principais fecham-se, o resistor r3 é eliminado, e o rotor é curto-circuitado.

260 SENAI-SP - INTRANET


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Comutação polar de motor


Dahlander com contatores
comandados por botões

Comutação polar de motor Dahlander com contatores comandados por botões é o que
ocorre quando se pulsa o botão b1 ou b2, para se desencadear uma série de
operações eletromecânicas que vão acionar o motor numa dada velocidade (r p m), de
acordo com o número de seus pólo.

Diagramas de circuito principal Diagrama de circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 261


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Seqüência operacional

Partida do motor em baixa rotação


Pulsando-se b1, este energiza C1 (a-b), que se mantém por seu contato de selo C1
(13-14), e abre-se C1 (31-32), que intertrava C2 (a-b) e C3 (a-b). O motor é acionado
em baixa rotação.

Partida em alta rotação


Pulsando-se o botão conjugado b2, o contato b2 (1-2) é aberto, desenergizando C1.
Simultaneamente, o contato b2 (3-4) é fechado, e C2 fica energizado por b2 (3-4) e C1
(31-32), e se mantém por C 2 (13-14); C 2 (23-24) energiza C 3, e o motor parte em
alta rotação.

262 SENAI-SP - INTRANET


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Aparelho de controle de
velocidade (com chave de
ação por mola)

É um dispositivo que, acoplado ao motor, permite o controle de sua velocidade.

Usado em sistema de freio por reversão de corrente, proporciona uma paralisação no


menor espaço de tempo. As chaves do dispositivo cortam a corrente de freio, antes
que a máquina pare.

SENAI-SP - INTRANET 263


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Constituição
É constituído, essencialmente, por um rotor externo em um rotor interno.

O rotor externo é composto de um enrolamento curto-circuitado (gaiola de esquilo),


alojado em um corpo cilíndrico, constituído por chapas de aço-silício. Possui,
suportado sobre mancal, um eixo por meio do qual é feito o acoplamento com o motor.

O rotor interno é constituído por um imã permanente, montado em um eixo sobre


mancal. Nesse eixo há um disco excêntrico com roldana, que aciona uma das chaves
conforme o sentido de rotação, através de um sistema de alavanca.

O acionamento da chave é controlado por


meio de mola e parafuso de ajuste, que
atua sobre a alavanca

264 SENAI-SP - INTRANET


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Princípios de funcionamento

O enrolamento curto-circuito (rotor externo), ao girar sobre o imã (rotor interno), é


percorrido por uma corrente elétrica, que produz um campo magnético. A interação
entre os campos magnéticos produz uma força, cujo valor e direção dependem da
velocidade e do sentido de rotação do motor. Essa força é aplicada ao disco
excêntrico. Uma força oposta, ajustável, que é aplicada ao eixo da alavanca, é
produzida pela interação da chave comutadora e da mola.

Se a força produzida pela respectiva velocidade de rotação, no disco excêntrico, for


maior que a força oposta determinada pelo ajuste da mola sobre a alavanca, esta será
movimentada, acionando a chave comutadora e ligando ou interrompendo determinado
circuito.

O diagrama a seguir mostra um motor com 2 sentidos de rotação e frenagem por


contracorrente, feita com o auxílio do controlador de velocidade.

SENAI-SP - INTRANET 265


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Ajuste da velocidade
O ajuste da velocidade do controlador é feito pelo parafuso de ajuste da mola, que está
localizada no ponto 3.

Curva-base para o aparelho controlador a velocidade.

Através do gráfico, observamos que para velocidade crescente temos uma ação em
280 rpm, e para velocidade decrescente a ação é em 200 rpm.

266 SENAI-SP - INTRANET


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Frenagem de motor trifásico


por contracorrente

É um sistema eletromagnético que consiste na inversão do campo do motor,


comandado por contatores e um dispositivo de frenagem (relé Alnico), acoplado ao
eixo do motor. Este sistema é utilizado quando há necessidade de frenagem do motor
de uma máquina. Seu uso é mais ou menos limitado pela potência o motor, pois no ato
da frenagem há uma grande demanda de corrente da rede.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 267


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Seqüência operacional

Partida
Pulsando-se b1, energiza-se C1 (a-b), que é mantida por C1 (13-14), e o motor é
acionado e ativa o dispositivo de controle de frenagem e3.

Início do processo de frenagem


Pulsando-se o botão b0, desenergiza-se C1 (a-b), fechando o contato abridor C1 (31-
32) e possibilitando C2 (a-b) de se alimentar por b0 (3-4). O motor começa a ser
frenado.

Frenagem
Diminuindo a rotação do motor, o dispositivo de controle de frenagem pré-ajustado
abre o contato e3 (3-4), desligando C2. O processo de frenagem é interrompido.

268 SENAI-SP - INTRANET


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Programação de contatos

A programação de contatos é a técnica utilizada para que nos diagramas se


identifiquem rapidamente os contatos que são acionados por um contator, e onde se
encontram localizados no diagrama funcional. De igual maneira se pode saber onde se
encontra representado o contator no diagrama funcional, partindo-se da indicação sob
o contato. Para tanto o diagrama é dividido em linhas

SENAI-SP - INTRANET 269


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Interpretação
Os números sob o neutro (1, 2, 3, ..., 8) indicam as linhas. Embaixo do esquema
funcional e, respectivamente, em cada linha, estão desenhadas as cruzetas:

Na cruzeta, a letra A indica contato abridor e F contato fechador. A cruzeta


correspondente à linha 1 indica que temos um abridor na linha 3, um fechador na linha
2 e um fechador na linha 5.

Exemplo C1
Um abridor na linha 3
Um fechador na linha 2
Um fechador na linha 5

Programação por colunas


Usa-se também dividir os diagramas por colunas.

270 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Quando o diagrama utilizar mais de uma folha, além dos números que identificam as
colunas, são colocados os números das folhas em que se encontra o contato, como o
exemplo das figuras a seguir.

Onde
C2 - Contator em questão.
a) Contato abridor localizado na coluna 2
b) Contato abridor localizado na coluna 5
c) Contato fechador localizado na coluna 4
d) Contato fechador disponível no contator
e) Contato fechador localizado na coluna 1 da folha 2.

SENAI-SP - INTRANET 271


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272 SENAI-SP - INTRANET


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Partida consecutiva de
motores trifásicos

Partida consecutiva de motores trifásicos é a série de operações desencadeadas por


um sistema de comandos elétricos, introduzindo no circuito dois ou mais motores com
suas partidas em seqüência.

Diagrama do circuito principal

SENAI-SP - INTRANET 273


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Diagrama do circuito de comando

Seqüência de operacões
Partida subsequente dos motores.

Pulsando-se b1 (3-4), energiza-se d1 (a-b), que fecha todos os contatos fechadores d1


instantânea e simultaneamente, sendo que d1 (13-14) conserva d1 (a-b) energizada.
C1 (a-b), energizada por d1 (23-24), fecha C1 (23-24), energizando sucessivamente,
até energizar C4 (a-b). os motores partem seqüencialmente.

Observação
Essas energizações sucessivas são muito rápidas, sendo difícil a percepção dos
intervalos entre uma e outra ligação.

274 SENAI-SP - INTRANET


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Exemplo de aplicação
Este sistema pode ser aplicado para o acionamento de correias transportadoras.

Os quatro motores devem acionar as esteiras, sendo o sentido de condução dado por
M4, M3, M2 e M1; desse modo as ligações dos motores devem ser na seguinte ordem:
M1; M2; M3 e M4, ou seja, no sentido inverso.

Se um dos motores é desligado, por exemplo, em razão de sobrecarga, todos os


motores à frente dele no sentido de condução, serão desligados; é interrompido o
fornecimento de carga à esteira, enquanto os motores montados anteriormente
continuam a funcionar, até o descarregamento das respectivas esteiras (conforme o
resumo seqüencial abaixo).

Em caso de defeito Conseqüência

no circuito Desliga Continua


Desliga
comandado por: ligado

C4 M4 M1, M2 e M3

C3 M3 M4 M1 e M2

C2 M2 M3, M4 M1

C1 M1 M2, M3 e M4

SENAI-SP - INTRANET 275


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276 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Partida consecutiva de
motores com relés
temporizados

É um sistema de comando automático que permite a partida de 2 ou mais motores,


obedecendo a uma seqüência pré-estabelecida. Os intervalos de tempo entre as
sucessivas partidas são determinadas pela regulagem de relés temporizados .

Diagrama do circuito principal

SENAI-SP - INTRANET 277


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Diagrama do circuito de comando

Seqüência operacional

Pulsando-se b1, o contator C1 e o relé d1 são energizados.


O motor m1 parte.

Decorrido o tempo ajustado para d1, este energiza C2 e d2.


O motor m2 parte.

Decorrido o tempo ajustado para d2, este energiza C3 e d3.


O motor m3 parte.

Após o tempo ajustado para d3, este energiza C4, dando a partida a m4, último motor
da seqüência.

Se houvesse mais motores, o processo continuaria de idêntica forma.

278 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Mudança de velocidade em
motor trifásico com dois
enrolamentos, comandada
por botões

É um sistema de comando elétrico semi-automático, aplicado para acionar um motor


de 2 enrolamentos independentes e de diferentes números de pólos. Ex.: enrolamento
a = 6 pólos e enrolamento b = 4 pólos. Para comutar os enrolamentos, é necessário
pulsar o botão de comando referente à velocidade desejada.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 279


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Velocidade 1 - (Enrolamento a) C1 e C2 desenergizados.

Pulsando-se B1 (3-4), energiza-se C1 (a-b), que fica energizada por C1 (13-14).

O motor marcha em baixa rotação.

Velocidade 2 - (Enrolamento b) C1 e C2 – desenergizados.

Pulsando-se b2 (3-4), energiza-se C2 (a-b), que permanece energizada por C2 (13-


14).

O motor marcha em alta velocidade.

Observação
Os contatos C1 (31-32) e C2 (31-32) garantem o intertravamento dos contatores.

Comutação de baixa para alta velocidade


Estando o motor em baixa rotação, pulsando-se o botão b2, C1 é desenergizado, C2 é
energizado por b2 (3-4) e C1 (31-32).

O motor passa para alta rotação.

Comutação de alta para baixa velocidade


Pulsando b1, C2 é desenergizado, e C1 é energizado por b1 (3-4) e C2 (31-32).

O motor passa para baixa rotação.

280 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Mudança de velocidade em
motor trifásico com dois
enrolamentos, comandada
por botões (com inversão)

É um sistema de comando elétrico semi-automático, aplicado para acionar um motor


de 2 enrolamentos independentes e de diferentes números de pólos. Este sistema
possibilita ainda a inversão o sentido de rotação, quando o enrolamento a ou b está
ligado, bastando para isso pulsar o botão de comando referente à velocidade e ao
sentido de rotação desejado.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 281


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Marcha à direita, em baixa rotação


Contatores C1 - C2 - C3 e C4 desenergizados.

Pulsando-se b1, energiza-se a bobina de C1 (a-b) e fecha-se o contato C1 (13-14), que


a mantém energizada.

O motor é acionado e gira à direita em baixa rotação.

Marcha à esquerda, em baixa rotação


Estando C1 energizado, pulsando-se b3 (1-2), desenergiza-se a bobina de C1 (a-b) e
energiza-se a bobina de C3 (a-b), que se mantém ligada por C3 (13-14).

O motor é frenado por contracorrente e marcha à esquerda, em baixa rotação.

Marcha à direita e à esquerda, em alta rotação


Os botões b2 e b4, quando pulsados com relação a C2 e C4, têm as mesmas funções
descritas anteriormente para b1 e b3, repetindo-se o processo já descrito, mas com
aumento da rotação.

Observações
a. O intertravamento elétrico fica assegurado duplamente, pelos contatos conjugados
de b1, b2, b3 e b4, e também pelos contatos abridores C1 (31-32) e C1 (41-42), C3
(31-32) e C3 (41-42), C2 (31-32) e C2 (41-42), C4 (31-32) e C4 (41-42).

b. O sistema permite indistintamente partia direta em baixa ou alta rotação, à direita


ou à esquerda.

282 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Sinalização

A sinalização é a forma visual ou sonora de se chamar a atenção para uma situação


determinada em um circuito, em uma máquina ou em um conjunto de máquinas.

É feita por buzinas ou campainhas, ou por sinalizador luminoso em cores determinadas


por normas.

Sinalizadores Luminosos
Partes constituintes e montagem das peças de um sinalizador:

SENAI-SP - INTRANET 283


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Sinalizadores

Sinalização Luminosa
A sinalização luminosa tem maior aplicação, e suas cores são estabelecidas por
normas para as principais aplicações.
• Cores de sinalizadores para a indicação das condições de operação
• NORMA VDE

Cores Condições de operação Exemplos de aplicação

Vermelho Condições anormais


Indicação de que a máquina está paralisada, pela

atuação de um dispositivo de proteção, perante, p.

ex., uma sobrecarga ou qualquer falha.

Aviso para a paralisação da máquina, p. ex., devido a

uma sobrecarga.

Amarelo Atenção ou cuidado O valor de uma grandeza aproxima-se do seu valor-

limite (corrente, temperatura).

Sinal para o ciclo de operação automático.

Verde Máquina pronta para operar Partida normal; todos os dispositivos auxiliares

funcionam e estão prontos para operar. A pressão

hidráulica ou a tensão estão nos valores

especificados.

O ciclo de operação está concluído, e a máquina está


pronta para operar novamente.

Branco Circuitos sob tensão em Chave principal na posição LIGA.

(incolor) operação (funcionalmente) Escolha da velocidade ou do sentido de rotação.

normal Acionamentos individuais e dispositivos auxiliares

estão operando.

Máquina em movimento.

Azul Todas as funções para as

quais não se aplicam as cores

acima

Usa-se ainda a sinalização intermitente, quando é necessária uma atenção mais


urgente.

284 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Sob cada sinalizador deve haver uma plaqueta de identificação.

Além das plaquetas, os sinalizadores podem conter ainda, nas lentes, símbolos,
números, letras ou textos, que indicam uma situação dos circuitos ou das máquinas.

Exemplos de significados:

Rápido Identidade nominal


e numérica

Lento Valor de tensão

Seqüência ou identidade numérica

A lente do sinalizador deve propiciar bom brilho e apresentar-se completamente opaca


em relação à luz ambiente, quando a lâmpada está apagada.

Sinalização Sonora - Buzinas e Campainhas


As buzinas são usadas para indicar o início de funcionamento de uma máquina, ou
ficar à disposição do operador, quando for necessário; é usada, por exemplo, em
pontes rolantes.

SENAI-SP - INTRANET 285


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

O som deve estar entre 1000 e 3000 ciclos, e conter harmônicos que o tornarão
distinto do ruído local.

As campainhas são usadas para indicar anomalias em máquinas. Por exemplo, se o


motor com sobrecarga não puder parar e imediato, o alarme chamará a atenção do
operador para as providências necessárias; ou poderá indicar a sua parada anormal.

Instalação de Sinalizadores
Na instalação de sinalizadores para indicar abertura ou fechamento de contator, é
importante verificar se a tensão produzida por auto-indução não virá a queimar a
lâmpada.

Nesse caso a lâmpada deverá ser instalada através de um contato auxiliar, evitando-se
a elevada tensão produzida na bobina do contator.

286 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Comutação polar automática


e reversão de motor trifásico
tipo Dahlander

É um sistema de comando elétrico aplicado a um motor com enrolamento único tipo


Dahlander. Suas pontas de saída permitem ligação em ∆ com n pólos, ou YY com n/2
pólos, possibilitando a obtenção de 2 velocidades diferentes (v1 e v2), bem como duplo
sentido de rotação tanto para v1 como em v2. Nesse caso a comutação polar
processa-se automaticamente, mas para a inversão de rotação é necessário pulsar o
botão correspondente ao sentido de rotação desejado.

Diagrama do circuito principal


SENAI-SP - INTRANET 287
CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Diagrama do circuito de comando

Marcha no sentido horário, por hipótese em baixa velocidade


Pulsando-se b1, energiza-se o contator C1 e o relé temporizador d1, que fica ativado.

O motor marcha em baixa rotação, acionado por C1.

Marcha no sentido horário, em alta velocidade


Decorrido o tempo ajustado para d1, este dispara e aciona o contator auxiliar d2, que
desliga C1 e alimenta C3, e este energiza C5.

O motor marcha em alta rotação, acionado por C3 e C5.

Interrupção
Pulsando-se b0, desenergiza-se todo o circuito.

Marcha no sentido anti-horário, em baixa velocidade


Pulsando-se b2, energiza-se o contator C2 e o relé temporizador d3, que fica ativado.

O motor marcha em baixa rotação, acionado por C2.

288 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Marcha no sentido anti-horário, em alta velocidade


Decorrido o tempo ajustado para d3, este dispara e aciona o contator auxiliar d4, que
desliga C2 e alimenta C4, que por sua vez energiza C5.

O motor marcha no sentido anti-horário, em alta rotação, acionado por C4 e C5.

Observação
O contator C5 (31-32) bloqueia os contatores C1, d1, C2 e d3.

Os contatores C1 - C2 - C4 se intertravam por C1 (31-32), C1 (41-42), C2 (31-32), C2


(41-42), C3 (31-32) e C4 (31-32).

Os sinalizadores indicam:
• V1 - marcha à direita, em baixa rotação;
• V2 - disparo do relé d1;
• V3 - marcha à esquerda, em baixa rotação;
• V4 - disparo do relé d3;
• V5 - marcha em alta rotação, em ambos os sentidos.

SENAI-SP - INTRANET 289


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290 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Comutação estrela-triângulo
de motor trifásico em dois
sentidos de rotação

Sistema de comando elétrico que possibilita a comutação das ligações estrela para
triângulo, permitindo ainda a inversão dos sentidos de rotação do motor.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 291


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Partida em estrela
Pulsando-se b1, energiza-se c4, que permite a alimentação de c1 e a ativação de d1.

O motor parte em estrela com um determinado sentido de rotação (por exemplo:


sentido horário).

Comutação para triângulo


Decorrido o tempo pré-ajustado para o relé d1, este dispara e desliga c4, que em
repouso possibilita a energização de c3.

O motor marcha em triângulo, mantendo o mesmo sentido de rotação (sentido horário).

Reversão
Pulsando-se b0, os circuitos são desenergizados, e o motor pára. Pulsando-se b2, c4
se energiza e permite a alimentação de c2, ficando o relé d1 energizado por c4.

O motor parte em estrela, invertendo o sentido de rotação (sentido anti-horário).

Comutação para triângulo


Decorrido o tempo para o qual d1 foi regulado, este dispara e desliga c4, que permite a
energização de c3.

O motor marcha em triângulo, mantendo o mesmo sentido de rotação (sentido anti-


horário).

Observações
a) Os botões conjugados de b1 e de b2 se intertravam;
b) Também se intertravam os contatores c1 e c2, e os contatores c3 e c4.

292 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Partida de motor trifásico por


auto-transformador e
reversão do sentido de
rotação

Sistema de comando elétrico que permite a partida de motores com tensão reduzida e
inversão do sentido de rotação. É utilizado para reduzir o pico da corrente nos motores,
no momento da partida.

Diagrama do circuito principal

SENAI-SP - INTRANET 293


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Diagrama do circuito de comando

Seqüência operacional

Partida com tensão reduzida


Pulsando-se b1, energiza-se C4, que permite a alimentação de C3 e de d1, que fica
ativado, e C3 possibilita a energização de C2.

O motor parte sob tensão reduzida, girando no sentido horário, por hipótese.

Comutação a plena tensão


Decorrido o tempo pré-ajustado para d1, ocorre o disparo, desenergizando C3, e este,
desligado, admite a energização de C1, que desenergiza d1.

O motor gira a plena tensão - rotação no sentido horário.

294 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Inversão da rotação
Pulsando-se b2, C5 é energizado. Este energiza C3 e d1, e C2 é energizado por C3
(13-14).

O motor parte sob tensão reduzida, no sentido anti-horário.

Comutação a plena tensão


Decorrido o tempo ajustado para d1, este desliga-se, desenergizando C3, que,
desligado, energiza C1.

O motor funciona a plena tensão.

SENAI-SP - INTRANET 295


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

296 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Comutação polar para duas


velocidades e reversão em
motores tipo Dahlander
comandados por botões

É um sistema de comando elétrico aplicado a um motor com enrolamento único, tipo


Dahlander. Nesse caso, para se processar a comutação polar ou a inversão o sentido
de rotação, faz-se necessário pulsar o botão de comando específico de cada uma
dessas operações.

Diagrama do circuito principal

SENAI-SP - INTRANET 297


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Partida para baixa rotação (sentido horário, por exemplo)


Pulsando-se b1, energiza C1.

O motor parte e gira em baixa rotação.

Reversão
Pulsando-se b2, desliga-se C1, e este em repouso permite a entrada de C2.

O motor é frenado por contracorrente e inverte o sentido de rotação.

Partida para alta rotação (sentido horário, por exemplo)


Pulsando-se b3, energiza-se C3 e C5.

O motor parte e gira em alta rotação.

Reversão
Pulsando-se b4, desliga-se C3, e este em repouso permite a entrada de c4,
permanecendo C5 no circuito.

O motor é frenado por contracorrente, inverte o sentido e passa a girar em alta rotação.

Partida para baixa rotação, sentido horário, e comutação para alta rotação
Com o motor em baixa rotação, acionando-se b3, interrompe-se todo o circuito de
baixa rotação, e energiza-se C3 e C5.

O motor gira em alta rotação.

Motor girando em baixa rotação, no sentido horário, inversão e comutação para


alta rotação

Com o motor em baixa rotação, acionando-se b4, interrompe-se todo o circuito de


baixa rotação, e energiza-se C4 e c5.

298 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

O motor é frenado por contracorrente, inverte o sentido e gira em alta rotação.

Diagrama do circuito de comando

Observação
c1, c2, c3, c4 e c5 se intertravam.

b1, b2, b3 e b4 intertravam.

SENAI-SP - INTRANET 299


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

300 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Partida automática e
reversão de motor trifásico
de rotor bobinado

É um sistema de comando elétrico que permite a partida de um motor limitando a


corrente através de grupos de resistências inseridas no circuito do rotor. Os grupos de
resistências são retirados sucessiva e automaticamente, até a curto-circuitação do
rotor. Este sistema permite também a inversão de rotação; para tanto basta pulsar um
botão de comando (b1 ou b2) destinado a essa finalidade.

Diagrama do circuito principal


SENAI-SP - INTRANET 301
CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Diagrama do circuito de comando

Seqüência operacional

Partida no sentido horário

1o Estágio
pulsando-se b1, energiza-se C1 e, através deste, o relé d1.

O motor parte com velocidade reduzida, em razão da máxima resistência do reostato


no circuito do rotor R1, R2 e R3.

2o Estágio
Decorrido o tempo, d1 dispara e energiza C11, que elimina R1; ao mesmo tempo d2
fica ativado, permanecendo no circuito R2 e R3.

O motor aumenta a velocidade.

3o Estágio
Decorrido o tempo, d2 dispara e energiza C12, que elimina R2 e, ao mesmo tempo,
liga d3, ativando-o . Permanece no circuito apenas R3.

302 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

O motor aumenta novamente a velocidade.

4o Estágio
Decorrido o tempo, d3 dispara, energizando C13; este desliga C12, C11 e d1, e retira
R3 do circuito do rotor.

O motor está na máxima velocidade.

Partida no sentido anti-horário

1o Estágio
Com exceção de b2 e C2, que agem neste estágio no lugar de b1 e C1 para fazer a
inversão de sentido de rotação, os outros estágios são iguais aos estágios anteriores.

Observação
C1 e C2 possuem intertravamento elétrico, que impossibilita reversão por pulso de
botão.

C13 trava C12, C11 e d1.

SENAI-SP - INTRANET 303


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

304 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Partida automática estrela-


triângulo com relé de
proteção conjugado a
transformador de corrente

É um sistema de comando elétrico que permite a partida de um motor com tensão de


fase reduzida e, consequentemente, com corrente de partida reduzida. Este sistema
possibilita o uso de relés de pequena capacidade de corrente para motores de elevada
potência. O emprego de transformadores de corrente, de relação de transformação
conveniente, reduz a corrente de linha a pequenos valores, condizendo com a
capacidade do relé.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 305


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Partida
Pulsando-se o botão b1, energiza-se C2, que alimenta d1 e permite a energização de
C1.

O motor parte com rotação reduzida (ligação em Y), C1 e C2 ligados.

Comutação em triângulo
Decorrido o tempo, d1 dispara, desligando C2, que permite a energização de c3.
O motor está ligado a plena tensão e velocidade normal (ligação em ∆), com C1 e C3
ligados.

306 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Comutação polar para duas


velocidades em motor tipo
Dahlander com comando
automático

É um sistema de comando elétrico aplicado a um motor com enrolamento único (tipo


Dahlander) cujos pontos de saídas permitem ligações em triângulo com n pólos (V1) e
estrela-estrela com n/2 pólos (V2), possibilitando assim a obtenção de duas
velocidades.

Diagrama de circuito principal Diagrama do circuito de comando

SENAI-SP - INTRANET 307


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Partida para baixa e comutação para alta velocidade


Pulsando-se b1, é energizado d1 e, consequentemente, c1 e d2.

O motor parte em ∆ (ligação para baixa velocidade).

Decorrido o tempo ajustado para d2, este dispara e interrompe c1, energizando c2, que
energiza c3. A ligação do motor será comutada para YY (ligação para alta velocidade).

Partida para baixa velocidade


Pulsando-se b2, c1 é energizado.

O motor parte e acelera até atingir v1.

Comutação de baixa para alta velocidade


Estando o motor em baixa velocidade (V1), pulsando-se b1, este energiza d1, que
energiza d2. Decorrido o tempo ajustado para d2, este dispara e interrompe c1,
energizando c2, que energiza c3.

O motor acelera até atingir v2 e passa a girar em alta velocidade.

Observação
V1 = baixa velocidade

V2 = alta velocidade

308 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Retificadores

Os retificadores estáticos semicondutores são elementos destinados a transformar a


corrente alternada em corrente contínua. São empregados em freios eletromagnéticos,
eletroimãs, contatores especiais, comandos eletrônicos, etc.

O retificador oferece grande resistência à passagem da corrente num sentido e baixa


resistência no sentido inverso.

Dessa forma o elemento conduzirá com facilidade a corrente no sentido da baixa


resistência, e no sentido inverso a corrente será praticamente nula. Tecnicamente se
diz “sentido de condução” e “sentido de bloqueio”.

Tipos
Podem ser de selênio (esse tipo tende a desaparecer).

Retificador de selênio

SENAI-SP - INTRANET 309


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Modernamente são construídos na forma da figura a seguir, podendo ser de silício ou


germânio.

Retificador silício ou germânico

Os retificadores de silício são preferidos para correntes elevadas, e os de germânio,


para altas freqüências.

Constituição
O retificador de selênio é constituído basicamente de uma placa-suporte de alumínio,
selênio tipo P e uma liga de estanho, cádmio e bismuto.

Retificador de selênio

Os outros tipos, construídos na forma do retificador de silício ou germânico e


representados na figura seguir, são constituídos de um único material (base), por ex.,
silício, dividido em duas partes, tendo, em uma, inclusão do antimônio e, na outra,
inclusão de Índio.

310 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

A parte que recebe antimônio será denominada tipo N, e a que recebe índio será tipo
P.

Retificador de silício

O bloco tipo N pode ceder elétrons ao tipo P, que tem falta de elétrons, e ao contrário
não há essa possibilidade. Dessa forma a corrente elétrica passará num só sentido,
sendo retificada.

Montagem dos circuitos de retificação


As montagens são as mais diversas; a mais simples, a monofásica de meia onda, é
pouco usada.

Retificador meia onda

Montagem de onda completa


Parte com diodos de silício, encapsulados
em resina epóxica.

SENAI-SP - INTRANET 311


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Os esquemas que seguem ilustram esses circuitos e a forma de onda.

Retificador com derivação central

Retificador em ponte

Onda completa

Em corrente alternada trifásica se emprega a montagem de meia onda, ponte trifásica


e dupla estrela.

312 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Corrente retificada da corrente trifásica meia onda.

Corrente retificada da corrente trifásica onda completa - Dupla estrela.

Esta última figura é a que apresenta melhores resultados, pois apresenta menor
intervalo entre os picos e maior sobreposição de semiciclos.

Dados técnicos para a utilização


Quando se instalam retificadores, é importante conhecer:
1. Tipo de retificador
2. Tensão nominal de entrada
3. Corrente nominal retificada
4. Fator de retificação
5. Potência retificada
6. Freqüência
7. Temperatura.

SENAI-SP - INTRANET 313


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Observação
Os retificadores são muito sensíveis ao aquecimento; esse fator é o principal na
limitação de usa capacidade. A refrigeração é, pois, importante para seu
funcionamento.

A montagem do retificador com derivação central é usada sempre com transformador,


e o retificador em ponta pode ser direta, dependendo das características elétricas dos
diodos.

De acordo com a necessidade, para maior potência empregam-se diodos em paralelo


ou diodos de grande potência.

314 SENAI-SP - INTRANET


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Partida automática e
frenagem eletromagnética de
motor trifásico nos dois
sentidos de rotação

É um sistema de comandos elétricos que permite a partida automática, a troca de


sentido de rotação e a frenagem eletromagnética por corrente retificada.

Diagrama do circuito principal Diagrama do circuito de comado

SENAI-SP - INTRANET 315


CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos

Seqüência operacional

Partida de marcha no sentido anti-horário


Pulsando-se b1, energiza-se c1.

O motor está ligado e gira no sentido anti-horário, por hipótese.

Observação
É imprescindível que o motor esteja parado, para que se possa dar partida no sentido
desejado.

Partida no sentido horário


Pulsando-se b2, energiza-se C2.

O motor está ligado e gira no sentido horário.

Frenagem
Estando o motor em marcha num sentido ou noutro, pulsando-se b0, desenergiza-se
C1 ou C2, energiza-se C3 e C4, o motor é frenado, C1 e C2 se intertravam, C3 e C4
travam C1 e C2.

316 SENAI-SP - INTRANET


o
N Ordem de execução

1 Teste os dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito
4 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor monofásico


FT.1 de fase auxiliar com chave
reversora manual
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste cada um dos dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito
4 Verifique o funcionamento do conjunto
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.2 com chave reversora manual
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste de cada um dos dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito
4 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.3 com chave estrela-triângulo
manual
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste cada um dos dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito
4 Verifique o funcionamento do conjunto
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.4 com chave compensadora
manual
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste cada um dos dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito
4 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico de


FT.5 rotor bobinado com reostato de
partida manual
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste cada um dos dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito
4 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.6 “DAHLANDER” com chave de
comutação polar manual
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste os dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito de comando
4 Teste o circuito de comando
5 Execute as conexões do circuito principal
6 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.7 com disjuntor de comando
manual
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste os dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito de comando
4 Teste o circuito de comando
5 Execute as conexões do circuito principal
6 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.8 com contator comandado por
botões
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste os dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito de comando
4 Teste o circuito de comando
5 Execute as conexões do circuito principal
6 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.9 com contatores comandados
por botões para comutação de
FOLHA:
1/1
redes DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Teste os dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito de comando
4 Teste o circuito de comando
5 Execute as conexões do circuito principal
6 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.10 com contatores comandados
por botões interruptores fim de
FOLHA:
1/1
curso DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no Painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.11 com contatores para reversão
comandados por botões
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Teste o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.12 com comutação automática
estrela-triângulo
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos e equipamentos
2 Teste cada um dos dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Teste a instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.13 com contatores para partida
com autotransformador
FOLHA:
1/1
comandado por botões e relé de DATA:
1979
retardo
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico de


FT.14 rotor bobinado com comutação
semi-automática de resistores
FOLHA:
1/2
comandada por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Execute as instalações do circuito o rotor
8 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico de


FT.14 rotor bobinado com comutação
semi-automática de resistores
FOLHA:
2/2
comandada por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as instalações do circuito principal e as instalações do circuito de partida rotórica
7 Verifique o funcionamento das instalações
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico de


FT.15 rotor bobinado com comutação
automática de resistores
FOLHA:
1/1
DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.16 “DAHLANDER” com contatores
para comutação polar,
FOLHA:
1/1
comandado por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.17 com contatores para frenagem
por contra corrente comandado
FOLHA:
1/1
por botões e relé controlador de DATA:
1979
velocidade
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motores trifásicos


FT.18 com contatores para partidas
consecutivas comandadas por
FOLHA:
1/2
botões e contator auxiliar DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motores trifásicos


FT.18 com contatores para partidas
consecutivas comandadas por
FOLHA:
2/2
botões e contator auxiliar DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motores trifásicos


FT.19 com contatores para partidas
consecutivas comandadas por
FOLHA:
1/2
botões e relés temporizados DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal em seqüência ml a m4
7 Verifique o funcionamento do
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motores trifásicos


FT.19 com contatores para partidas
consecutivas comandadas por
FOLHA:
2/2
botões e relés temporizados DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.20 com dois enrolamentos
comutáveis por contatores
FOLHA:
1/1
comandados por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico de


FT.21 dois enrolamentos comutáveis e
com reversão por contatores
FOLHA:
1/1
comandados por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.22 DAHLANDER, com contatores
para comutação polar e reversão
FOLHA:
1/3
comandados por botões e relés DATA:
1979
temporizados
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.22 DAHLANDER, com contatores
para comutação polar e reversão
FOLHA:
2/3
comandados por botões e relés DATA:
1979
temporizados
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
03- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.22 DAHLANDER, com contatores
para comutação polar e reversão
FOLHA:
3/3
comandados por botões e relés DATA:
1979
temporizados
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Teste a instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.23 com contatores para partida
estrela-triângulo e reversão
FOLHA:
1/1
comandados por botões e relé DATA:
1979
temporizados
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico


FT.24 com contatores para partida por
autotransformador e reversão
FOLHA:
1/2
comandados por botões e relés DATA:
1979
de retardo
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico com


FT.24 contatores para partida por
autotransformador e reversão
FOLHA:
2/2
comandados por botões e relés DATA:
1979
de retardo
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.25 DAHLANDER com contatores
para comutação polar e reversão
FOLHA:
1/2
comandado por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.25 DAHLANDER com contatores
para comutação polar e reversão
FOLHA:
2/2
comandado por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico de


rotor bobinado com contatores
FT.26
FOLHA:
para partida automática com 1/2
resistores por estágios DATA:
1979
sucessivos e reversão
comandados por botões e relés
com retardo
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico de


rotor bobinado com contatores
FT.26
FOLHA:
para partida automática com 2/2
resistores por estágios DATA:
1979
sucessivos e reversão
comandados por botões e relés
com retardo
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as instalações do circuito principal
7 Verifique o funcionamento das instalações
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico com


FT.27 contatores para partida estrela-
triângulo, comandados por
FOLHA:
1/1
botões e relés com retardo e DATA:
1979
proteção por transformador e
corrente
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.28 DAHLANDER com contatores
para comutação polar e
FOLHA:
1/2
alternativa de velocidade DATA:
1979
comandados por botões e relé de
retardo
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico tipo


FT.28 DAHLANDER com contatores
para comutação polar e
FOLHA:
2/2
alternativa de velocidade DATA:
1979
comandados por botões e relé de
retardo
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico com


FT.29 contatores para partida, reversão
e freio eletromagnético
FOLHA:
1/2
comandados por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
No Ordem de execução
1 Selecione os dispositivos
2 Teste os dispositivos
3 Monte os dispositivos no painel
4 Execute as conexões do circuito de comando
5 Teste o circuito de comando
6 Execute as conexões do circuito principal
7 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
02- out/2002 – diagramação

Instalação de motor trifásico com


FT.29 contatores para partida, reversão
e freio eletromagnético
FOLHA:
2/2
comandados por botões DATA:
1979
Eletricista mantenedor e reparador de comandos elétricos
46.15.13.008-1
Curso de Aprendizagem Industrial
Eletricista de manutenção

2 SENAI-SP

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