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Apostila Eletricista Reparador e Mantenedor de Comandos Elétricos-1 PDF
Apostila Eletricista Reparador e Mantenedor de Comandos Elétricos-1 PDF
ELETRICISTA
REPARADOR
E MANTENEDOR
DE COMANDOS
ELÉTRICOS
CIUO 8 - 51.40
CBS – Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos
© SENAI-SP
Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Material Didático da Diretoria de Tecnologia Educacional
do SENAI-SP.
E-mail senai@sp.senai.br
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CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos
Sumário
Apresentação 7
Introdução 9
Seguranças fusíveis tipo NH e DIAZED 11
Características elétricas dos fusíveis tipo NH e DIAZED 19
Seccionador 25
Simbologia para diagramas de comandos elétricos e
eletrônicos (P-SB-13) 29
Chave reversora de comando manual monofásica 41
Siglas das principais normas nacionais e internacionais 49
Definições de termos técnicos sobre equipamentos e dispositivos elétricos 51
Chaves reversoras de comando manual trifásica 95
Chave de comando manual estrela-triângulo 101
Chave compensadora manual 107
Reostato de partida 111
Chave comutadora de pólos manual 115
Relés eletromagnéticos 119
Relés térmicos 123
Relés magnetotérmicos 131
Diagramas de comando 133
Disjuntor industrial 145
Operação manual de um disjuntor comandando um motor trifásico 151
Contatores 153
Defeitos dos contatores 159
Normas de identificação dos contatos dos contatores 163
Seleção de contatores em condições normais de serviço 169
Chaves auxiliares tipo botoeira 173
Comando de um contator por botões ou por chave 179
Contato dos contatores e pastilhas 181
Intertravamento de contatores 187
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Comutação de duas redes elétricas por contatores comandados por botões 191
Chaves auxiliares tipo fins de curso 193
Ricochete entre contatos e sua conseqüência 205
Reversão da rotação de motor trifásico com contatores e chaves fim de curso 209
Categoria de emprego 211
Transformadores para comandos 217
Reversão de rotação de motor trifásico com contatores comandados
por botões 223
Câmara de extinção 225
Partida com comutação automática estrela-triângulo de um motor 229
Seletividade 231
Partida automática de motor trifásico com autotransformador 239
Partida de motor trifásico de rotor bobinado com comutação
semi-automática de resistores 241
Relé temporizado motorizado 245
Relé eletropneumático 247
Sistema de partida de motores trifásicos 251
Partida de motor trifásico de rotor bobinado com comutação automática de
resistores 259
Comutação polar de motor Dahlander com contatores comandados por
botões 261
Aparelho de controle de velocidade (com chave de ação por mola) 263
Frenagem de motor trifásico por contracorrente 267
Programação de contatos 269
Partida consecutiva de motores trifásicos 273
Partida consecutiva de motores com relés temporizados 277
Mudança de velocidade em motor trifásico com dois enrolamentos,
comandada por botões 279
Mudança de velocidade em motor trifásico com dois enrolamentos,
comandada por botões (com inversão) 281
Sinalização 283
Comutação polar automática e reversão de motor trifásico tipo Dahlander 287
Comutação estrela-triângulo de motor trifásico em dois sentidos de rotação 291
Partida de motor trifásico por auto-transformador e reversão do sentido de
rotação 293
Comutação polar para duas velocidades e reversão em motores tipo
Dahlander comandados por botões 297
Partida automática e reversão de motor trifásico de rotor bobinado 301
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CBS - Eletricista reparador e mantenedor de comandos elétricos
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Apresentação
Adotou-se, como nível mínimo para o estudo destas folhas, a escolaridade do 1º grau
completo.
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Introdução
Esta Coleção Básica Ocupacional foi elaborada por técnicos regionais, sob a
Coordenação do Departamento Nacional, pelo que a estamos denominando Coleção
Básica SENAI (CBS).
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Fusível NH
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Corpo de porcelana
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As seguranças D são compostas de: base aberta ou protegida, tampa, fusível parafuso
de ajuste e anel.
Base
É um elemento de porcelana que comporta um corpo metálico, roscado internamente,
e externamente ligado a um dos bornes; o outro borne está isolado do primeiro e ligado
ao parafuso de ajuste.
Tampa
É um dispositivo, geralmente de porcelana, com um corpo metálico roscado, que fixa o
fusível à base e não se inutiliza com a queima do fusível.
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Parafuso de ajuste
É um dispositivo, feito de porcelana, com um parafuso metálico que, introduzido na
base, impede o uso de fusíveis de “capacidade” superior a indicada.
O anel
Ë também um elemento de porcelana, roscado internamente, que protege a rosca
metálica da base aberta, evitando a possibilidade de contatos acidentais, na troca do
fusível.
O fusível
É constituído de um corpo de porcelana em cujos extremos metálicos se fixa um fio de
cobre puro ou recoberto com uma camada de zinco, imerso em areia especial, de
granulação adequada, que funciona como meio extintor do arco voltaico, evitando o
perigo de explosão, no caso da queima o fusível.
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O elo indicador da queima é constituído de um fio muito fino, que está ligado em
paralelo com o elo fusível. No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de
queima também se fundirá, provocando o desprendimento da espoleta.
Intensidade Intensidade
Rosa 2 Azul 20
Marrom 4 Amarelo 25
Verde 6 Preto 35
Vermelho 10 Branco 50
Cinza 16 Laranja 63
A instalação das seguranças fusíveis deve ser feita de tal modo, que permita seu
manejo sem perigo de choque para o operador.
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Os fusíveis construídos de acordo com o sistema NH são de ação retardada, pois são
próprios para ser empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente. São
construídos para valores de corrente padronizada e variam de 6 a 1000A. Sua
capacidade de ruptura é sempre superior a 70kA, com uma tensão máxima de 500V.
Os fusíveis construídos de acordo com o sistema Diazed podem ser de ação rápida ou
retardada. Os fusíveis de ação rápida usam-se em circuitos resistivos (sem picos de
corrente), e os de ação retardada, para circuitos sujeitos a picos de corrente (motores,
capacitores, etc.). Valor máximo 200A. Capacidade de ruptura 70 kA, com uma tensão
de 500V.
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São dados imprescindíveis dos fusíveis tipo DIAZED e NH que servem para a sua
especificação e uso correto nas instalações elétricas.
Corrente nominal
A corrente nominal é a corrente máxima que o fusível suporta continuamente sem
provocar a sua interrupção. É o valor marcado no corpo de porcelana do fusível.
Corrente de curto-circuito
A corrente de curto-circuito é a corrente máxima que pode circular no circuito e que
deve ser interrompida instantaneamente.
Tensão nominal
É a tensão para a qual o fusível foi construído. Os fusíveis normais para baixa tensão
são indicados para tensões de serviço em C.A. até 500V e em C.C. até 600V.
Resistência de contato
É uma grandeza elétrica (resistência ôhmica) que depende do material e da pressão
exercida. A resistência de contato entre a base e o fusível é a responsável por
eventuais aquecimentos, em razão da resistência oferecida à corrente. Esse
aquecimento às vezes pode provocar a queima do fusível.
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Substituição
Não é permitido o recondicionamento dos fusíveis, em virtude de geralmente não haver
substituição adequada do elo de fusão.
Observação
Dentro da curva de desligamento, quanto maior a corrente circulante, menor será o
tempo em que o fusível terá que desligar.
Essas curvas são variáveis com o tempo, corrente, o tipo de fusível e o fabricante.
Normalmente as curvas são válidas para os fusíveis, partindo do estado frio à
temperatura ambiente.
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Através do gráfico, pode-se verificar que para um fusível retardado de 10A, com uma
corrente no circuito também de 10A, o elo não se funde, pois a reta vertical que passa
pelo no 10 não encontra a curva do fusível escolhido.
Com uma corrente no circuito de 20A, procedendo-se de maneira análoga, o elo funde-
se em 2 min, e com 100A funde-se em 0,05 segundos. Conclui-se que, quanto maior a
corrente, menor é o tempo de fusão.
Escolha do fusível
A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal da rede, malha ou
circuito que se pretende proteger contra curto-circuito ou sobrecarga de longa duração.
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Critérios de Escolha
Os circuitos elétricos, com sua fiação, elementos de proteção e de manobra, devem
ser dimensionados para uma determinada corrente nominal, dada pela carga que se
pretende ligar.
A escolha do fusível deve ainda ser estudada, para que uma anormalidade elétrica no
circuito fique restrita ao setor em que ocorra, sem afetar as demais partes do mesmo.
Dimensionamento
Para de dimensionar um fusível, é necessário levar em consideração as seguintes
grandezas elétricas:
a) Corrente nominal do circuito ou ramal;
b) Corrente de curto-circuito;
c) Tensão nominal.
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Um fusível rápido de 10A não se funde com a corrente de 10A, pois a reta vertical
correspondente a 10A não cruza a curva correspondente. Com uma corrente de 20A, o
fusível se fundirá em 0,2 segundos.
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Seccionador
Tipos de seccionadores
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Chave-Faca
As chaves-facas não possuem mecanismo de fechamento ou abertura rápida dos
contatos, nem câmaras de extinção de arco. Por esses motivos, destinam-se, em
princípio, à abertura de sistemas elétricos sem corrente, ou com corrente de pequena
intensidade; são, portanto, indicadas para operar em circuitos quando sem carga.
Seu emprego é bastante freqüente com disjuntor ou fusível, uma vez que ambos são
reunidos geralmente por um envoltório que não permite a verificação visual da
interrupção interna. Portanto, nesse caso se recomenda intercalar um seccionador, que
é aberto com o circuito desligado, antes da troca do fusível ou reparação de um
circuito, mantendo-se assim maior segurança contra contatos acidentais do operador.
Seccionador fusível
Este tipo de seccionador se compõe do dispositivo de comando propriamente dito, que
é igual à chave-faca, e de um conjunto de fusíveis, um por pólo normalmente
associado à própria parte móvel da chave.
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A simbologia tem por objetivo estabelecer símbolos gráficos que devem ser usados
para, em desenhos técnicos ou diagramas de circuitos de comandos eletromecânicos,
representar componentes e a relação entre estes.
Corrente contínua DC
Corrente alternada CA
Corrente contínua e
alternada
Exemplo de corrente I Phase-2 Wire-
I~60 Hz I~60 Hz I~60 Hz
alternada monofásica, 60Hz 60Hz
Exemplo de corrente
alternada trifásica, 3 3 Phase-3 Wire-60
3~60Hz220V 3~60Hz220V 3~60Hz220V
condutores, 60Hz, tensão Cycle-220V
de 220V
Exemplo de corrente
alternada trifásica com 3 Phase-4 Wire-60
3N~60Hz380V 3N~60Hz380V 3~50Hz380V 3N~60Hz380V
neutro, 4 condutores, 60Hz Cycle-380V
tensão de 380V
Exemplo de corrente 2-220V
contínua, 2 condutores, 2-220V 2-220V 2 Wire DC, 220v
tensão de 220V
Exemplo de corrente
contínua, 2 condutores e 2N-110V 2N-110V 3 Wire DC, 110V 2N-110V
neutro, tensão de 110V
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Terra
Massa
Polaridade positiva
Polaridade negativa
Tensão perigosa
Ligação Y ou estrela
acessível
Ligação ziguezague
Ligação em V ou triângulo
aberto
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Comando por pé
Sentido de deslocamento do
comando para a esquerda,
cessada a força externa
Nota
Para a direita, inverter a seta
Comando com travamento
I – Travado
2 – Livre
Comando engastado
TC. TDC
Fecha com
Dispositivo temporizado com retardo
operação à direita TO. TDO
Todo Abre com
retardo
Comando desacoplado no
caso com acionamento
manual
Fecho mecânico
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Bobina eletromagnética,
geral
Bobina eletromagnética, de
enrolamento único
Bobina eletromagnética, de
dois enrolamentos
Relé de subtensão
voltar ao repouso
repouso
operar
repouso
Relé polarizado
Relé eletromagnético de
sobrecarga
Relé eletromagnético de
curto-circuito
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Comutador
Temporizado:
No fechamento
Na abertura
Na abertura
No fechamento
excêntrico
bobina
mecanismo
pressão
temperatura
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Tomada e plugue
Fusível
Seccionador-fusível tripolar
reversora
Seccionador tripolar
Disjuntor
Seccionador-disjuntor
contatos auxiliares
eletromagnéticos com
contatos auxiliares
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Resistor
Capacitor
Capacitor eletrolítico
Imã permanente
Diodo semicondutor
Fotoelemento
Gerador “hall”
Pára-raio
Par termoelétrico
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Buzina
Campainha
Sirene
Cigarra
Lâmpada de sinalização
Indicador
Instrumentos de Medição
Amperímetro, indicador
Voltímetro indicador
indicador
Wattímetro indicador
Freqüencímetro indicador
Registrador de potência
Integrador de energia
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Motores e Geradores
monofásica
representação de ambas as
do estator
em estrela
permanente
imã permanente
enrolamentos de compensação e
inversão polar
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Transformadores
Autotransformador
Bobina de reatâncio
Transformador de corrente
Transformador de potencial
Transformador de corrente
capacitivo
Transformador de dois
enrolamentos com variação
contínua da tensão
Nota 2
Simplificação análoga é normalizada para transformadores de
corrente e de potencial.
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No Significado Símbolo
Dispositivos de Partida
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As chaves reversoras, são blindadas quando para montagem tipo sobrepor, para
impedir contatos acidentais do operador com as partes vivas.
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Constituição
Têm uma série de contatos fixos e contatos móveis que podem ser unidos ou
separados mediante uma manobra do manípulo da chave. Os contatos podem ser do
tipo pressão, normalmente de cobre prateado ou metais sinterizados, ou ainda do tipo
deslizante, de cobre ou suas ligas.
Detalhes Técnicos
Estes tipos de chaves devem apresentar certas características consideradas
importantes para o seu bom funcionamento, tais como:
• Suportar a corrente nominal de serviço sem danificar-se;
• Conter isolamento condizente com a tensão nominal de serviço;
• Ter razoável velocidade de abertura dos contatos a fim de que possa ser
manobrada com carga;
• Possuir boa pressão nos contatos.
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Observações
Simultaneidade na abertura e fechamento dos contatos
Todos os contatos devem ser fechados ou abertos ao mesmo tempo para evitar falta
de fase, sobrecorrentes, desgastes dos contatos e arco elétrico.
Posição O - desligado
Posição D - ligado à direita (sentido horário)
Posição E - ligado à esquerda (sentido anti-horário)
Posição O
Quando o manípulo está na posição 0, todos os contatos móveis se encontram
separados dos contatos fixos.
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Posição D
Movendo-se o manípulo para a posição D, estabelecem-se as ligações indicadas nas
figuras a seguir.
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Posição E
Acionando-se o manípulo para a posição E (sentido anti-horário), ocorrem
simultaneamente as ligações seguintes:
• O motor se energiza e gira no sentido anti-horário, por hipótese.
Observação
Para se efetuar a reversão, é imprescindível levar o manípulo à posição 0, e aguardar
o fechamento do dispositivo automático de partida (interruptor centrífugo).
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Observação
Os bornes 2, 3 e 5 do motor são ligados entre si e isolados da chave, e a inversão do
sentido de rotação se faz apenas pelo borne 6, que se acopla com o borne 1 ou 4.
Para que o motor funcione de acordo com o critério preestabelecido, isto é, para que
gire à esquerda, quando o manípulo estiver na posição “E”, ou à direita, quando o
manípulo estiver na posição “D”, às vezes será necessário proceder à troca das
ligações entre os bornes 5 e 6.
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As chaves e comando manual podem ser identificadas através dos catálogos editados
pelos fabricantes, que apresentam geralmente os dados seguintes:
• Desenho ou fotografia do dispositivo ou chave;
• Número de referência comercial (próprio do fabricante);
• Corrente de serviço;
• Tensão de serviço;
• Dimensões.
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BS Britsh Standard.
Normas técnicas da Grã-Bretanha, já em grande parte adaptadas à IEC.
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Definições de termos
técnicos sobre equipamentos
e dispositivos elétricos
Cada área da eletrotécnica tem sua linguagem própria, nem sempre compreensível por
parte de qualquer pessoa. Os termos técnicos sobre equipamentos de manobra de
baixa tensão arrolados a seguir, considerados os mais importantes, são definidos de
forma tal, que todos possam compreendê-los. Para tanto foram aqui consideradas e
esclarecidas as definições dadas pelas normas VDE e, quando existentes, também da
Terminologia da ABNT, inclusive aquelas de significação relevante em outros ramos da
eletrotécnica, constituindo-se uma seleção que sempre deverá ser complementada na
medida em que sua utilização se tornar importante.
Nota importante
Em algumas normas, o termo estabelecimento é usado como sinônimo de ligação.
Nas definições que se seguem, uniformizou-se esse aspecto, utilizando-se apenas
ligação, por ser mais coerentes e de uso mais generalizado, não havendo real
possibilidade de confusão com o significado de ligação como sinônimo de circuito ou
sistema.
Observações
• A numeração que precede os termos técnicos desta relação, refere-se ao número
da Norma “VDE”, que trata do assunto em questão.
• A menção (TB ...........) refere-se à publicação da ABNT que trata o mesmo
assunto.
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0065 - Aterramento
Conexão das partes condutivas de equipamentos elétricos não pertencentes ao circuito
auxiliar, com o condutor neutro.
Nota
No aterramento de proteção, a rede de condutores de proteção é ligada a um eletrodo
de terra, separado do eletrodo de aterramento do neutro, distante deste último no
mínimo 10m. O condutor de proteção não pode ser utilizado, jamais, como condutor de
retorno para a terra.
0080 - Autotravamento
Tendo o relé de sobrecorrente operado, resfriam-se as lâminas bimetálicas, retornando
à sua posição inicial, bem como o contato auxiliar do relé. O equipamento de comando
principal liga, portanto, novamente, o motor já sobrecarregado. Para que isso não
aconteça, inclui-se um dispositivo de autotravamento, que é destravado manualmente.
O autotravamento do relé de sobrecorrente é importante em todos os circuitos de
alimentação que possuam elementos de acionamento permanente.
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0095 - Botão
Designação dada a dispositivos de comando, aos quais pertencem os botões de
comando de diversos tipos.
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Nota
Os requisitos por especificar podem incluir itens tais como valores de capacidade
de ligação e de interrupção, circuitos associados e as condições peculiares de
emprego e de funcionamento.
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0175 - Chave
Dispositivo de manobra mecânico, capaz de ligar, conduzir e interromper correntes sob
condições normais do circuito, sob condições de sobrecarga previstas e, também, de
conduzir por tempo especificado, correntes sob condições anormais preestabelecidas,
tais como as de curto-circuito (TB 19-15/20-110).
Nota
Certos tipos de chaves podem ligar mas não interromper correntes de curto-circuito.
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0250 - Colamento
Fenômeno que pode ocorrer entre os contatos de um dispositivos de manobra num
dos seguintes casos:
1. Por correntes de curto-circuito elevadas e inadmissíveis.
2. Por pressão pequena demais entre contatos (quando a tensão de comando está
abaixo da nominal).
3. Por comandos incompletos (comandos consecutivos de “LIGA” ”DESLIGA” rápidos
e descontrolados).
Como conseqüência pode ocorrer a fusão da cobertura dos contatos e, com isso, a
soldagem dos mesmos.
0255 - Comando
Ação efetiva com a finalidade de influenciar ou modificar grandezas de operação
(resistência) em um circuito, incluindo ligação e interrupção, dependendo do caso.
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0270 - Comutador
Dispositivo de manobra auxiliar que tem, tanto na posição fechada como na posição
aberta de um dispositivo de manobra, uma posição fechada (TB 19-15/20-120).
0300 - Contato
Parte de um dispositivo de manobra, através da qual um circuito é ligado ou
interrompido. Há os contatos fixos e móveis e, de acordo com a utilização, contatos
principais, contatos de arco e contatos auxiliares (TB 26/2.2.2).
0305 - Contato 1
Contato de impulso (1) para o contator de proteção do circuito de alimentação,
instalado antes da chave comutadora (p. ex., chave estrela/triângulo). É formado por
um par de contatos (um contato abridor retardado e um contato fechador adiantado)
montado na chave comutadora. Em caso de falta de tensão ou de disparo de um relé
de sobrecorrente, ocorre a interrupção de rede de alimentação. Um restabelecimento
só é, então, possível, quando a chave comutadora estiver na posição “DESLIGADO”.
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Nota
Em certos dispositivos, os contatos principais servem, também, como contatores de
arco; em outros, porém, os contatos de arco são distintos daqueles, sendo previstos
para fechar-se antes e abrir-se depois dos contatos principais (TB 1-15/10-025).
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0370 - Contator
Dispositivo de manobra mecânico, acionado eletromagneticamente, construído para
uma elevada freqüência de operação e cujo arco é extinto no ar. O contator é, de
acordo com a potência (carga), um dispositivo de comando de motor e pode ser
utilizado individualmente, acoplado a relés de sobrecorrente, na proteção contra
sobrecargas. Há certos tipos de contatores com capacidade de estabelecer e
interromper correntes de curto-circuito. Basicamente existem contatores para motores
e contatores auxiliares (TB 19-15/20-125).
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0505 - Curto-circuito
a) Ligação, praticamente sem resistência, de condutores sob tensão, tensão esta que
pode ser a de ensaio. Nessas condições, através de uma resistência transitória
desprezível, a corrente assume um valor muitas vezes maior que a corrente de
operação; assim sendo, o equipamento e parte da instalação poderão sofrer um
esforço térmico (corrente suportável de curta duração) ou eletrodinâmico (corrente
nominal de impulso) excessivos. Somente relés limitadores de curto-circuito, de
capacidade suficiente, podem evitar danos de maior monta e a perda total do
equipamento. Três são os tipos de curto-circuito: o trifásico entre três condutores
de fase: o monofásico, entre dois condutores de fase; e o para a terra, entre um
condutor de fase e a terra ou um condutor aterrado (falta para a terra);
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Figura A
Figura B
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0530 - Destravar
a) Retirar consciente e compulsoriamente um travamento. Existem relés de
sobrecorrente com autotravamento e travamento de curto-circuito em disparadores
ultra-rápidos. Tendo o relé de sobrecorrente ou o disparador ultra-rápido operado, é
acionado o dispositivo de travamento, mantendo o dispositivo de manobra na
posição “desligada”. Para que o dispositivo de manobra possa operar novamente, é
necessário destravá-lo.
0545 - Disjuntor
Dispositivo de manobra com capacidade de ligação e interrupção sob condições
normais e anormais do circuito, sendo que entre as últimas se incluem os esforços
térmico e dinâmico, devidos aos curto-circuito (TB 26/2.1.3).
0555 - Disparador
a) Parte integrante de um disjuntor que, ao ser ultrapassada uma grandeza (corrente,
tensão), tanto abaixo como acima do seu limite, age mecanicamente sobre o
elemento de comando dos contatos, provocando um desligamento.
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b) Dispositivo de partida com tensão reduzida para motores de indução com rotor
enrolado, que liga o enrolamento do rotor inicialmente em série com resistores de
partida, os quais são curto-circuitados sucessivamente, até que o motor atinja a
condição de funcionamento normal (TB 19-15/120-435).
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Exemplos:
1. Quando um motor funciona durante 3 min e permanece em repouso por 7 min,
a duração da série de operações é de 10 min.
3
Portanto, =0,3, ou seja, FD = 30%
10
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ϕ
0740 - Fator de potência = cos.ϕ
a) Relação entre a potência ativa e a potência aparente em equipamentos e redes de
corrente alternada. Aplicado a uma curva senoidal, a tensão se modifica entre os
dois valores mais elevados (positivo e negativo), invertendo, assim, o sentido da
corrente. Em circuitos com cargas ôhmicas puras, a tensão e a corrente alcançam,
simultaneamente, os seus valores correspondentes mais elevados, pois o cos.ϕ=1
(potência ativa pura). Quando o consumidor é indutivo, a tensão alcança seu valor
máximo antes da corrente (desvio indutivo de cos.ϕ=1). Tratando-se de um
consumidor capacitivo, a corrente se adianta em relação à tensão (desvio
capacitivo de cos.ϕ=1); se o fator de potência for zero, teremos potência reativa
pura. Quanto maior for o desvio com relação a 1, tanto maior será a solicitação à
qual o dispositivo de manobra é submetido quando da operação do circuito
(indutivo=interrupção dificultada; capacitivo=ligação dificultada). Defasamentos
indutivos diferentes de 1 podem novamente ser igualados a 1, com o auxílio de
uma capacitância, e vice-versa (utilização de equipamentos de regulação
capacitiva). Com cos.ϕ=1, há um melhor aproveitamento dos cabos.
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0760 - Fusível NH
(Do alemão, onde: N é de Niederspannung = baixa tensão e H é de Hochleistung = alta
capacidade). Dispositivo de manobra destinado a interromper a corrente do circuito
pela fusão do seu elo fusível envolto por areia. A fusão do elo dá-se pelos efeitos
térmicos da corrente. O fusível NH tem na faixa de sobrecarga uma característica de
desligamento com retarde, isto é, um tempo de atuação tão longo, que é possível ligar
um motor com sua corrente de partida, sem que se funda o seu elo fusível (curva de
tempo-corrente). Esses fusíveis, em execução especial, adaptam-se, também, a outras
funções, como, por exemplo, para proteção de tiristores. Além disso, eles têm alta
capacidade de interrupção (podem interromper correntes de curto-circuito até 100kA).
0765 - Garra
Peça de contato de uma base de fusíveis NH, destinada ao encaixe da faca do fusível
NH.
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0815 - Intertravamento
Processo de ligação entre os contatos auxiliares de vários dispositivos, pelo qual as
posições de operação desses dispositivos são dependentes umas das outras. Através
do intertravamento, evita-se a ligação de certos dispositivos antes que outros permitam
essa ligação.
0820 - Jampa
Tira de material condutor (geralmente cobre) para encaixe de fusíveis NH, em lugar
dos mesmos.
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0870 - Manobra
Ligação e desligamento de um dispositivo.
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b) Produto do valor eficaz da corrente reativa pelo valor eficaz da tensão elétrica, em
um circuito de corrente alternada senoidal (TB 19-05/41-155).
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0995 - Reatância
Resistências indutivas e capacitivas dos circuitos de corrente alternada.
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1030 - Relé
Dispositivo de proteção e, eventualmente, de comando à distância, cujos contatos
auxiliares comandam, perante certas grandezas elétricas (corrente, tensão), outros
dispositivos através de circuitos auxiliares, eventualmente com retardamento pré-
ajustado (relé temporizado). Os relés podem ser dispositivos individuais ou
componentes de dispositivos de manobra.
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1055 - Rendimento
Relação entre o valor útil de uma grandeza fornecida por um sistema ou equipamento
elétrico, ou por um componente, e o valor total da mesma grandeza por ele absorvida.
Não havendo indicação em contrário, esse termo refere-se à potência (TB 19-05/04-
030).
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1120 - Ricochete
Abertura resultante da repulsão entre contatos, no ato da ligação.
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1125 - Seccionador
a) Dispositivo de manobra que preenche os requisitos de uma chave e os
estabelecidos pela VDE 0660, sobre as condições de seccionamento.
Nota 1
A expressão “é desprezível a corrente” refere-se a correntes tais como as correntes
capacitivas de buchas, barramentos, ligações e trechos muito curtos de cabos, bom
como às correntes de transformadores de potencial e de divisores de tensão.
Nota 2
A expressão “não se verifica variação de tensão apreciável” refere-se a aplicações
tais como as de curto-circuitar reguladores de tensão por indução e disjuntores.
1135 - Seletividade
Operação conjunta de dispositivos de proteção que atuam sobre os de manobra
ligados em série para a interrupção escalonada de correntes anormais (p. ex., de
curto-circuito). O dispositivo de manobra deve interromper a parte do circuito
conectada imediatamente após ele próprio. Os demais dispositivos de manobra devem
permanecer ligados. A seletividade limita os efeitos de uma falta a uma grandeza
mínima em tempo e espaço.
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1195 - Temperatura-limite
Temperatura máxima que os componentes de um dispositivo de manobra ainda podem
suportar, individualmente, em regime permanente, sem que sejam danificados. A
temperatura-limite é o resultado da soma da elevação de temperatura e da
temperatura ambiente.
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Nota
No caso de dispositivos de manobra multipolares, em que o início do arco não é
simultâneo em todos os pólos, há uma superposição parcial do tempo de abertura e do
tempo de arco, cuja duração máxima admissível deve constar da norma técnica
específica.
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1290 - Termistor
Parte do dispositivo de proteção do motor, montado no enrolamento do motor direta
por proteger. O termistor modifica (aumenta) a sua resistividade com o aumento da
temperatura (termistor PTC).
1295 - Terra
a) Segundo a VDE 0100, terra é a massa geológica e o solo.
b) Massa condutora da terra, ou todo condutor a ela ligado permanentemente (TB 19-
05/40-155).
1310 - Travamento
Ver “Intertravamento”.
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1320 - Tropicalizado
É um equipamento que assegura, num ambiente cujo teor de umidade relativa do ar
seja superior a 80% com orvalhamento ocasional, por um lado, que a resistência de
isolamento não caia constantemente a valores inadmissíveis e, por outro lado, que as
suas partes metálicas não sejam suscetíveis à corrosão. Para tanto, os materiais
isolantes têm uma composição apropriada, e as partes metálicas recebem um
tratamento superficial especial.
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Chaves reversoras de
comando manual trifásica
Blindadas Abertas
Estas chaves podem ser secas ou imersas em óleo vegetal. Nessas condições são
chaves para correntes mais elevadas em função do meio extintor do arco.
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Constituição
Basicamente, tanto no ponto de vista construtivo como também nos seus detalhes
técnicos, estas chaves não diferem das chaves reversoras monofásicas ou de outras
similares; apenas diferem na quantidade de blocos de contatos, forma do cames e nas
ligações internas.
Blocos de contatos
Cames de acionamento
As chaves reversoras de comando manual possuem três posições que podem ser:
direita, desligada e esquerda.
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Posição “0”
Estando o manípulo na posição “0” não se estabelece nenhuma conexão; portanto, o
motor não gira.
Posição “D”
Acionando-se o manípulo para a posição “D”, ocorrem as conexões representadas
pelas figuras abaixo.
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Posição “E”
Movimentando-se a alavanca para a posição “E”, serão conectados os bornes
representados nas figuras a seguir.
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Finalidade
É usada para atender às exigências das fornecedoras da energia elétrica, que
consideram necessário o emprego de dispositivos especiais para limitar a corrente de
partida, a fim de evitar perturbações no funcionamento de instalações vizinhas.
Constituição
As chaves estrela-triângulo apresentam geralmente as mesmas características
construtivas das chaves de partida direta, reversora e Dahlander de comando manual,
diferindo apenas no número e na programação dos contatos.
Observação
Os motores deverão ter seis bornes: (1,2,3,4,5,6 ou U,V,W,X,Y,Z). Esta chave não deve
ser utilizada em redes com tensão acima de 500V.
Funcionamento
a) O manípulo da chave estando na posição “0”, os contatos fixos estarão desligados
dos contatos móveis, portanto o motor estará parado.
Observação
Os contatos R, 1, 6, S, 2, 4, T, 3 e 5 são fixos.
c) Girando-se o manípulo para a posição triângulo (∆), figura a seguir, isto ocasionará
simultâneo fechamento dos contatos seguintes: R com 1 e com 6; S com 2 e com
4; T com 3 e com 5.
Observação
A manobra da chave (a passagem da ligação estrela para triângulo) só deve ser
executada quando o motor atingir aproximadamente 80% da velocidade sincrônica.
Podemos usar a chave compensadora para dar partida em motores sob carga. A
chave compensadora reduz a corrente de partida, evitando uma sobrecorrente na rede
de alimentação deixando porém o motor com um conjugado suficiente para a partida e
aceleração.
Constituição
Geralmente são montadas em caixas metálicas que constituem sua blindagem e
possibilitam o armazenamento do óleo na parte inferior (tanque) da chave para
extinção de arcos, preservando os contatos fixos e móveis.
O acionamento da chave é feito por uma alavanca lateral, que se movimenta para a
frente e para trás. Esta alavanca faz girar uma barra sobre a qual estão montados os
contatos.
Funcionamento
Quando a alavanca é puxada para a frente, ligam-se os contatos que intercalam o
autotransformador na linha, e o motor é alimentado com uma tensão reduzida,
conforme o diagrama da figura.
Observações
• Este dispositivo somente deve ser manobrado para a posição definitiva quando o
motor alcançar aproximadamente 80% de sua velocidade nominal, para receber a
plena tensão.
• Algumas chaves permitem a instalação de um botão de desligamento à distância. A
figura a seguir mostra este detalhe.
Reostato de partida
É um resistor de partida ajustável, construído de tal forma que permite variar sua
resistência ôhmica sem abrir o circuito no qual se encontra inserido.
Aplicação do Reostato
Os tipos de reostato mais usados são: tubular, anel, placa circular, grade de ferro
fundido, carvão sob pressão e líquido.
Os reostatos do tipo tubular, anel, placa circular são construídos com fios níquel-cromo
suportados por isolantes refratários, acondicionados em caixa metálica para proteção
mecânica. Podem ainda estar imersos em óleo para sua refrigeração e podem ser de
comando automático ou semi-automático.
Constituição
São construídas de maneira semelhante à das chaves reversoras de comando manual
e constam de material similar, diferindo apenas na programação dos contatos e no
número destes.
Manípulo na posição “0” desligado; não ocorre nenhuma conexão - o motor não gira.
Relés eletromagnéticos
O relé de mínima tensão recebe uma regulagem para uma tensão mínima (aprox. 20%
menor que a tensão nominal). Se esta baixar a um valor prejudicial, o relé atua
interrompendo o circuito de comando das chaves principais e, consequentemente,
abrindo seus contatos principais.
Funcionamento
Circulando pela bobina uma corrente elevada, o núcleo atrai o fecho, o qual provoca a
abertura do contato abridor, interrompendo o circuito de comando.
Regulagem
Para que o núcleo atraia o fecho, é necessária uma grande imantação; portanto será
preciso que a bobina seja percorrida por uma elevada corrente.
Relés térmicos
Relés diretos
Os relés diretos são aquecidos pela passagem da corrente de carga pelo próprio
bimetal.
Observação
A abertura rápida evita a danificação ou a soldagem dos contatos.
Nos circuitos trifásicos o relé térmico possui três lâminas bimetálicas (a, b, c), que
atuam conjuntamente, quando há sobrecarga equilibrada.
Observação
Antes de rearmá-lo, verificar por que motivo o relé desarma.
Os relés térmicos diferenciais ou de falta de fase são relés que disparam com maior
rapidez que a normal, quando há de uma fase ou sobrecarga em uma delas. Assim,
um relé diferencial regulado para disparar normalmente com 10 A para 5 minutos,
disparará muito antes de 5 minutos, se faltar uma fase.
Relés magnetotérmicos
São relés que associam as características dos relés térmicos e magnéticos, nascendo
dessa combinação uma atuação mais efetiva.
Diagramas de comando
Tipos de diagramas
Para a interpretação dos circuitos elétricos, três aspectos básicos são os mais
importantes, sou seja:
• Os caminhos da corrente, ou os circuitos que se estabelecem desde o início até o
fim do processo de funcionamento;
• A função de cada elemento no conjunto, sua dependência e interdependência em
relação a outro elemento;
• A localização física dos elementos.
De igual forma, as indicações C1, C2, C3, etc. correspondem a contatores cujas
funções serão conhecidas pelo diagrama de potência.
De idêntica forma são codificados os outros elementos, como, por exemplo, relés
auxiliares e contatores auxiliares.
Denominação Aparelho
a0 Disjuntor principal
a1, a2 ... (a11, a12 ...) Seccionadora, Seccionadora sob carga
Chave comutadora
a8 Seccionadora para terra (MT)
a9 Seccionadora de cabo (MT)
a21, ... Disjuntor para comando
b0 (b02, ... ) Botão de comando - Desliga
b1 (b12, ... ) Botão de comando - Liga
b2 (b22, ... ) Botão de comando - Esquerda/Direita
b3 Botão de comando - Desliga buzina
b4 Botão de comando - Quitação
b5 Botão de comando - Desliga lâmpadas
b6 Botão de comando - Teste lâmpadas
(teste sistema de alarme)
b11 Chave comutadora para voltímetro
b21 Chave comutadora para amperímetro
b31 Chave fim de curso no carrinho (MT)
b32 Tomada para carrinho (MT)
b33 Chave fim de curso no cubículo (MT)
b91 Chave para aquecimento
c1, c2, c3 Contator principal
d1 ... (d11, 21, 31, ...) Contator auxiliar, relé de tempo, relé auxiliar
*e1, e2, e3 Fusível principal
*e4, e5, e6 Relé bimetálico
e11, ... Fusível para voltímetro
e21, ... Fusível para comando
e71, ... Relé de proteção
e8 Segurança de sobretensão
e91 Segurança para aquecimento
e92 Termostato para aquecimento
*f1 (f11, ...) Transformador potencial
*f2 (f21, ...) Transformador de corrente
Continuação
Denominação Aparelho
*f25 Transformador de corrente auxiliar
*g11, ... g14 Voltímetro
g15, ... Frequencímetro
g16, ... Voltímetro, duplo
g17, ... Frequencímetro, duplo
g18, ... Sincronoscópio
g19, ... Contador de horas/Indicador de seqüência de fases
g21, ... Amperímetro
g31 Wattímetro
g32 Medidor de potência reativa
g33 COS - metro
g34 Contador watt-hora
g35 Contador de potência reativa
h (h02, ...) Armação de sinalização - Desliga
h (h12, ...) Armação de sinalização - Liga
h (h22, ...) Armação de sinalização - Direita / Esquerda
h3 Armação de sinalização - Alarme
h31 Buzina
k1, ... Condensador
m1 Motor, Trafo principal
m2 Autotrafo
m31 Trafo de comando
r91, ... Aquecedor
s1, ... Travamento eletromagnético
u1, ... Combinação de aparelhos
R1, S1, T1, N Circuito de comando C.A
P1, N1 Circuito de comando C.C
R11, S11, T11, N11 Circuito de medição, tensão, C.A
R, S, T, N Circuito de medição, corrente, C.A
A, B Fileira de bornes para AT e MT
C, D Fileira de bornes para BT
Função
Contatos abridores ou fechadores do circuito de força ou de comando.
Posição
Indicam entrada ou saída, e a posição física nos contatores. Essa indicação nos
diagramas funcionais é acompanhada da indicação do contator correspondente ou
elemento.
Exemplos
Interpretação
Na figura NORMA IEC, os números correspondentes aos das dezenas indicam a
ordem de localização dos contatos ou posição.
Ainda exemplificando, a década 7 dos nos. 71, 72, 73, 74, por exemplo, indica contatos
de relés temporizados.
Disjuntor industrial
Disjuntor Industrial
Os disjuntores de baixa tensão podem ainda ser previstos para atuar seletivamente
num circuito. Nesse caso eles não poderão ser do tipo “com limitação de corrente”.
Esses disjuntores deverão então suportar os efeitos térmicos e dinâmicos da corrente
de curto-circuito.
Além dos disparadores de sobrecorrente, o disjuntor de baixa tensão pode ainda ser
dotado de disparadores de subtensão ou de trabalho.
2. Tensão nominal
Deve ser coerente com a tensão do ponto de instalação.
3. Corrente nominal
É definida em função da corrente nominal no ponto de instalação do disjuntor.
4. Acionamento
O acionamento pode ser manual, motorizado e por ar comprimido. Num sistema
automático, a escolha será entre o motorizado e o por ar comprimido.
5. Capacidade de ruptura
É a função da corrente de curto-circuito simétrica no local de instalação do
disjuntor.
Curvas de desligamento
Observação
Cada tipo de disjuntor tem a sua curva de desligamento específico. A figura abaixo
representa o tempo necessário para o disparo dos relés em função da corrente de
disjuntor Siemens, tipo 3VS22.
Operação manual de um
disjuntor comandando um
motor trifásico
Seqüência Operacional
Ligação
Estando energizados os bornes R, S e T, e girando-se o manípulo no sentido horário
até o travamento, haverá a retenção dos contatos e o motor entrará em funcionamento.
Observação
Não havendo tensão nos bornes R, S e T, o manípulo não acionará os contatos porque
o relé de mínima impedirá o deslocamento dos mesmos e consequentemente o
travamento.
Interrupção
A interrupção poderá ser feita de 2 (duas) maneiras:
• Interrupção à distância por botão
Na interrupção à distância, basta acionar o botão “b0” para destravar a retenção
mecânica. Isto ocasionará a abertura dos contatos e a interrupção do circuito
principal.
• Interrupção Manual
Para realizar a interrupção manual, gira-se o manípulo no sentido anti-horário; a
retenção mecânica se destrava, abrindo os contatos e interrompendo o circuito
principal.
Contatores
Construção
Observação
A bobina de sombra (anel em curto) tem a finalidade de eliminar a trepidação
produzida no núcleo pelo campo magnético de C.A.
2 - Bobina
(fixo e móvel)
4 - Bobina de sombra
7 - Contato móvel
10 - Mola
11 - Mola interruptora
(extintor do arco).
Funcionamento
A bobina eletromagnética (2), quando alimentada por um circuito elétrico forma um
campo magnético que, concentrando-se no núcleo fixo (3), atrai o núcleo móvel (3a).
Como os contatos móveis (7) estão acoplados mecanicamente com o núcleo móvel, o
deslocamento deste último no sentido do núcleo fixo desloca consigo os contatos
móveis (7). Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os contatos móveis também
devem se aproximar dos fixos, de tal forma que, no fim do curso do núcleo móvel,
estejam em contato e sob pressão suficiente, as peças fixas e móveis do sistema de
comando elétrico (1) e (7).
Como bem demonstra o circuito, estas botoneiras, por não fazerem parte integrante do
contator, poderão ser colocadas em locais convenientes tanto para a instalação como
para o operador. Tal vantagem é um dos principais fatores levados em conta na
instalação de contatores como dispositivos de comando.
Nota
Os contatores para motores e contatores auxiliares são basicamente idênticos, porém
algumas características mecânicas e elétricas são diferentes.
Contatores auxiliares
• Tamanho físico variável conforme o número de contatos.
• Potência da bobina do eletroimã praticamente constante para qualquer tipo.
• Corrente nominal de carga máxima de 10A para todos os contatos.
• Câmara de extinção praticamente inexistente.
• Não têm necessidade de relés de proteção.
• São utilizados para aumentar o número de contatos auxiliares dos contatores de
motores, para comandar contatores de elevado consumo na bobina, para evitar
repique, para sinalização, e conforme a necessidade operacional do circuito.
Isolamento deficiente
Pode ser motivado por:
• Influência da umidade do ar, atuando sobre o poder isolante do ar ou, ainda,
reagindo com determinados plásticos de função isolante, reduzindo sua rigidez
dielétrica.
• Penetração de insetos, poeiras e outros corpos, recobrindo ou perfurando o
dielétrico.
• Influência de óxidos externos, notadamente de materiais de solda, que reagem
posteriormente.
Defeitos mecânicos
Os defeitos mecânicos são provenientes da própria construção do dispositivo, das
condições de serviço e do envelhecimento do material. Salientam-se nesse particular:
lubrificação deficiente, formação de ferrugem, temperaturas muito elevadas, molas
inadequadas, trepidações no local da montagem e desgaste dos rolamentos.
Observações
Neste sentido, a IEC vem desenvolvendo trabalhos que deverão levar brevemente a
uma padronização internacional.
A identificação é feita por letras minúsculas nas bobinas com apenas um enrolamento.
São identificadas por letras minúsculas e algarismos nas bobinas com mais de um
enrolamento e/ou terminações.
A identificação é feita por dois (2) dígitos compostos pelo algarismo de origem de
localização e pelo algarismo seqüencial de função.
Não existindo contatos fechadores ou abridores, deve ser inscrito na posição a eles
correspondente o algarismo “0”.
Nos contatores auxiliares, assim como nos contatores para motores, o posicionamento
físico dos contatos auxiliares é livre .
Seleção de contatores em
condições normais de
serviço
É a escolha de um contator para comandar uma carga (p. ex., forno elétrico, motor
elétrico, etc.) em condições normais de serviço.
Tamanho 0 1 2 2-Z 4 6 8 10 12 14
Tipo 3TA20 3TA21 3TA22 3TA22-Z 3TA24 3TA26 3TA28 3TA30 3TA32 3TA34
emprego AC2/AC3
(cv)
Características do motor
• Potência - 5,5cv
• Tensão - 220 V
• Freqüência - 50-60 Hz
Características do motor
• Potência - 300 cv
• Tensão - 440 V
• Freqüência - 50-60 Hz
As bobinas dos contatores são fabricadas para C.A . ou C.C ., em várias tensões:
12/24/110/220 V, sendo a mais comum 220 V em C.A . Nos catálogos estão
especificadas, além da potência, tipo e tamanho do contator, outras características
técnicas, tais como: fusíveis, consumo aproximado da bobina em VA, faixa de
operação das bobinas, contatos auxiliares para comando e sinalização com sua
corrente nominal e de ruptura, e peso do contator, conforme mostra a tabela abaixo:
Tamanho 0 1 2 2-Z 4 6 8 10 12 14
Tipo 3TA2 3TA2 3TA2 3TA22- 3TA2 3TA2 3TA2 3TA3 3TA3 3TA3
0 1 2 Z 4 6 8 0 2 4
de emprego AC2/AC3
(cv)
Continuação
Tamanho 0 1 2 2-Z 4 6 8 10 12 14
Tipo 3TA2 3TA2 3TA2 3TA22- 3TA2 3TA2 3TA2 3TA3 3TA3 3TA3
0 1 2 Z 4 6 8 0 2 4
Consumo aproximado
da bobina (VA)
Faixa de operação das bobinas 0,85 a 1,1 vezes a tensão nominal indicada.
sinalização 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2
Fe - 1 2 2 2 2 2 2 2 2
Ab 6 10 5 5 5 5 5 5 5 5
(A)
Peso (Kg) 0,35 0,43 0,97 0,97 3,1 6,5 7,9 10,2 15 31
Preço (R$)
As chaves auxiliares tipo botoeira são chaves de comando manual que têm por
finalidade interromper ou estabelecer momentaneamente, por pulso, um circuito de
comando, para iniciar, interromper ou continuar um processo de automação. Podem
ser montadas em caixas para sobreposição ou para montagem em painéis.
As botoeiras podem ter diversos botões agrupados em painéis ou caixas, e cada botão
pode acionar também diversos contatos, abridores ou fechadores.
Externamente, são construídas com proteção contra ligação acidental, sem proteção
ou com chave tipo fechadura, denominada comutador de comando.
As com chave são do tipo comutadores, que têm por finalidade impedir que qualquer
pessoa ligue o circuito.
As botoeiras ainda podem ser apresentadas no tipo pendente. Nesse caso, sua
utilização destina-se ao comando de pontes rolantes, talhas elétricas ou, ainda,
máquinas operatrizes em que o operador tem de ligá-las em várias posições
diferentes. Elas possuem formato anatômico.
Observação
Não devem ser usadas para desligar nem para ligar emergência.
Travamento elétrico
Quando o botão A for pulsado o botão B fica impossibilitado de estabelecer o circuito
(a-a1), ficando interrompido pelo botão A . O mesmo ocorre quando B é pulsado, isto
é, b-b1 ficam interrompidos pelo botão A .
Travamento mecânico
Pulsando-se o botão A, os contatos do botão
B ficarão travados mecanicamente e
impossibilitados de ligar. O mesmo ocorre
com o botão A, quando o botão B é acionado.
Para a
D
esquerda
O botão “desliga” deve, então, ficar sob o botão “liga” na posição vertical. Essa
disposição também é utilizada e recomendada em diversos outros países. Existem
diferenças, entretanto, para a disposição horizontal dos botões. A DIN e uma grande
parte de normas de outros países determinam que o botão “desliga” deve ser
posicionado à esquerda do botão “liga”.
Nas normas americanas e inglesas é fixado ao contrário, ou seja, o botão “desliga” fica
à direita do botão “liga”. Uma norma internacional de figuras ou símbolos e
posicionamento em botoneiras blindadas, está em estudo.
ciclo).
(Desligar-emergência)
auxiliares
Amarelo Partida de retrocesso fora das Retrocesso de elementos da máquina para o ponto
condições normais de operação ou de partida do ciclo, caso este não tenha sido
Branco ou Qualquer função para a qual as Comando de funções auxiliares que não tenham
azul claro cores mencionadas acima não têm correlação direta com o ciclo de operação.
Sequência Operacional
Ligação
Estando sob tensão os bornes R, S e T, e apertando-se o botão b1, a bobina do
contator c1 será energizada. Esta ação faz fechar o contato de selo c1, que manterá a
bobina energizada; os contatos principais se fecharão, e o motor funcionará.
Interrupção
Para interromper o funcionamento do contator, pulsamos o botão b0; este se abrirá,
eliminando a alimentação da bobina, o que provocará a abertura do contato de selo c1
e, consequentemente, dos contatos principais, e a parada do motor.
Nota
Um contator pode ser comandado também por uma chave de um pólo. Neste caso,
eliminam-se os botões b0 e b1 e o contato de selo c1, e introduz-se no circuito de
comando a chave b1.
Contato simples
Contato em ponte
Contator aberto
Contator fechado
Observação
A regulagem da mola é feita com um dinamômetro, segundo especificações do
fabricante.
Os contatos simples têm apenas uma abertura, são mais encontrados em contatores
de maior potência e, na articulação, o contato elétrico é feito por condutor tipo
cordoalha.
Manutenção
Faz-se a manutenção dos contatos simplesmente limpando-os e depois lubrificando-os
com vaselina neutra.
A troca, quando necessária, deve ser feita mudando-se todo o conjunto, inclusive as
molas que podem ter a pressão alterada pelo aquecimento.
A pastilha é a parte do contato que realmente efetua o contato elétrico nas condições
rigorosas do efeito do arco elétrico e do ambiente.
Construção da pastilha
A solução econômica e universamente aceita para construção dos contatos é aquela
oferecida pela técnica da “Metalurgia do Pó”, que possibilita, por meio de mistura de
pós metálicos comprimidos e sinterizados, a obtenção de um produto com ponto de
fusão mais elevado que o dos componentes. O produto final conserva as propriedades
específicas de cada elemento. Numa linha normal de utilização das pastilhas, podem
ser fabricados de:
Peças de cobre
Caracterizam-se em especial por possuírem alta condutibilidade térmica e elétrica,
dureza, e resistência mecânica adequada.
Peças de prata
Submetidas a temperaturas de aproximadamente 200ºC, têm a propriedade de
reconverter a camada de óxido em prata pura (dissociação térmica). Além disso, o
vapor de prata resultante da ação de um arco voltaico tem a propriedade de se
depositar na peça de contato oposta, permanecendo disponível para as manobras
subsequentes (recuperação de material).
Ligas de prata
(Adicionando, por exemplo, 10% de cádmio) – apresentam maior dureza e menor
tendência à fusão do que contatos de prata pura.
Ouro e paládio
Caracterizam-se em particular por uma alta insensibilidade a atmosferas corrosivas
(por exemplo, ao enxofre).
Nota
Os modernos contatos vêm sendo construídos com pastilhas de prata e cádmio
montadas sobre uma ponte de cobre e aço. São largamente empregados em
contatores.
Intertravamento de
contatores
Diagrama de comando
Intertravamento elétrico
Observação
No intertravamento elétrico, quando possível, devem-se usar os dois processos (a e b).
Intertravamento mecânico
Por balancim
Neste processo é colocado nos contatores um dispositivo mecânico, composto por um
apoio e uma régua (balancim); este balancim faz o intertravamento dos contatores.
Quando um contator é acionado, atua sobre um extremo da régua, fazendo com que a
outra extremidade impeça o acionamento do outro contator.
Comutar duas redes elétricas por meio de contatores, é o ato que se executa ao
apertar um dos dois botões abridores, a fim de realizar a opção necessária para
alimentar um motor por uma das duas redes disponíveis.
Seqüência operacional
Caso a:
Ao se apertar o botão conjugado b2, a bobina do contator c2 será alimentada,
provocando o fechamento do contato de selo c2, o qual a mantém energizada. Estando
a bobina do contator c2 energizada, haverá o fechamento dos contatos principais e,
consequentemente, o acionamento do motor.
Caso b:
Apertando-se o botão conjugado b2, são simultaneamente acionados os contatos
fechador e abridor. O abridor de b2 interrompe neste instante o circuito da bobina do
contator c1, o qual restabelece o fechamento do contato de travamento c1. A partir
desse instante, a bobina do contator c2 está alimentada, provocando o fechamento do
contato de selo c2, o qual a mantém energizada. Estando a bobina do contator c2
energizada, haverá o fechamento dos contatos principais e, consequentemente, o
acionamento do motor.
Caso c:
Este é um caso análogo ao caso b.
Movimento retilíneo
Movimento angular
Observação
Quando o móvel de ataque tiver baixa velocidade, será recomendável um fim de curso
de manobra rápida.
A haste ou alavanca terá um movimento lento, porém o disparo do contato será rápido,
acionado por mola de disparo.
Controle
Acelerar movimentos, determinar os pontos de parada dos elevadores, produzir
seqüência e controle de operação, sinalizar.
Comando
Inversão de curso ou sentido de rotação de partes móveis, paradas.
Segurança
Paradas de emergência, alarme e sinalização. O mesmo fim de curso pode ter
possibilidades múltiplas para executar ao mesmo tempo diversas funções, dependendo
dos contatos e do curso da haste.
Esquema de funcionamento
Observações
Contato aberto Contato fechado
O elemento sempre deve ficar bem fixado, e o cabo de saída, sempre que possível,
deverá sair por baixo num raio r > 8Ø, para se evitarem danificações.
O ataque deve ser feito na posição correta, conforme o dispositivo, e o came deve ter a
forma correta.
Na tabela abaixo, alguns valores de robustez mecânica válidos para os fins de curso:
Indutivo 45 70 6 5 8
20
Resistivo 80 130 20 10 4
Grau de proteção
É a classificação que indica, para determinado equipamento elétrico, sua proteção
contra choques, penetração de corpos estranhos e de líquidos.
Essa tabela corresponde à norma ABNT - P-NB119 e é baseado nas normas IEC,
publicação 144.
Significado
• 10 algarismo
Corpo: Proteção total contra o contato com partes sob tensão ou em movimento.
Proteção total contra a penetração de pó.
• 2º algarismo
Proteção contra as condições sobre o convés de navios (relativamente a
equipamentos à prova de água para o convés). A água de vagalhões não deverá
penetrar nos invólucros sob as condições prescritas.
• 1º algarismo
Cabeça: Proteção total contra o contato com partes sob tensão ou em movimento.
Proteção total contra a penetração de pó.
• 2º algarismo
Proteção contra jatos de água: não deverá ter efeito prejudicial a água projetada
por um bocal, proveniente de qualquer direção, sob as condições prescritas.
10 algarismo característico
Letras Proteção contra o contato e 2º algarismo característico
características a penetração de corpos Proteção contra a penetração de líquidos
sólidos estranhos
0 1 2 3 4 5 6 7 8
0 IP00 - - - - - - - -
0
1 Algarismo
Graus de proteção
característico
estranhos.
Proteção contra contato acidental ou inadvertido com partes internas sob tensão ou
Proteção contra o contato dos dedos com partes sob tensão ou em movimento.
2 Proteção contra a penetração de corpos sólidos estranhos de tamanho médio.
interior do invólucro.
A figura a seguir mostra uma peça de contato móvel “a”, cuja massa é ma , situada à
distância D da peça de contato fixa, sob a força da mola F.
No instante zero as peças se chocam. Caso não houvesse perdas, o contato móvel
seria arremessado de volta, com a mesma velocidade v.
A peça de contato móvel passa, então, a trabalhar contra a força da mola F. Sua
velocidade vai sendo reduzida uniformemente pela mola e atinge um máximo em D1
(escala 2ms) e zero (escala 4ms).
A força da mola atua, agora, acelerando o contato móvel contra o fixo, até que estes se
tocam novamente, porém com menor energia, uma vez que esta será sempre função
da força da mola F e do afastamento entre as peças de contato. Nota-se que em D2 e
D3 esse ricochete se repete, até que a energia seja consumida pelo atrito do material
de contato, que não é totalmente elástico.
Baixa velocidade de manobra, reduzida massa de contato móvel e forte pressão nas
molas são algumas condições que diminuem o tempo do ricochete.
2 ma = 1
1
3 ma =
2
Conseqüências do ricochete
Reversão da rotação de
motor trifásico com
contatores e chaves fim de
curso
As chaves fim de curso são acionadas mecanicamente pelas réguas com ressaltos
(cames) existentes na parte móvel do dispositivo da máquina.
Seqüência operacional
a. Ligação do motor para movimentar dispositivo em um sentido, C1 e C2 desligados.
Categoria de emprego
É o que determina exatamente para que fim pode ser aplicado um aparelho em função
de In e da tensão nominal. Os símbolos dessas categorias são gravados nas placas de
identificação.
A escolha de um contator para uma dada corrente ou potência deve satisfazer a duas
condições:
• Número total de manobras sem a necessidade de trocar os contatos;
• Não ultrapassar o aquecimento admissível.
Observação
No texto citado a seguir, In corresponde à corrente nominal do receptor.
Exemplo
Resistências.
Cargas indutivas
Quando a corrente interrompida é de valor próximo ao da corrente estabelecida.
Essas cargas diferem das anteriores por um fator de potência menor e pelos
fenômenos transitórios, tais como: assimetria durante o fechamento, ou sobretensão
na abertura do contator. Exemplos: comando de motores com rotor de gaiola ou de
anéis com interrupção durante a partida, comando de transformadores, comando de
máquinas de solda.
A tensão que aparece entre a alimentação e a saída do contator, quando este abre
seus pólos, é a mesma da fonte.
Fechamento Abertura
Corrente 6 In In
Tensão Un 0,17 Un
Observação
Un corresponde à tensão nominal de utilização.
Por essa razão, o contator deverá ser escolhido para uma corrente 1,4 In.
Deve ser associado sempre a um relé do mesmo calibre, para impedir as harmônicas
de ordem superior.
Motores em derivação
DC2
Partida e desligamento durante a rotação 2,5 1 2ms 4 1,1 2,5ms
Motores série
DC4
Partida e desligamento durante a rotação 2,5 1 7,5ms 4 1,1 15ms
Na tabela acima:
I = Corrente de partida
In = Corrente nominal
L/R = Constante de tempo
U = Tensão da rede
Un = Tensão nominal
Interpretação da tabela
Na 1a coluna da tabela (1/In) temos a relação entre a corrente de partida e a corrente
nominal do contator. Na 2a coluna (U/Un), a relação entre a tensão da rede e a tensão
nominal do contator. Na 3a coluna, cos. Ø é L/R, que indica a constante de tempo em
ms.
Uso da tabela
Um contator categoria AC1, corrente nominal de 25A, poderá manobrar uma carga não
indutiva de 25A .
Um contator categoria AC2, corrente nominal de 25A, poderá manobrar uma carga
indutiva (partida de motor de anel) cuja corrente de partida seja de 62,5A .
I = In . 2,5 = 62,5A .
Um contator categoria AC4, corrente nominal de 25A, poderá manobrar carga indutiva
(partida de motor de indução, tipo gaiola) cuja corrente de partida seja 150A .
I = In . 6 = 150A .
Contator 3TA20
AC2 AC4
Tensão CV Tensão CV
Transformadores para
comandos
Transformadores de tensão
Essas reduções são usadas conforme o torque necessário para a partida. Podem ser
construídos com 2 colunas com ligações em V, ou podem ter 3 colunas com ligação em
estrela. A sua capacidade deverá ser compatível com a potência do motor.
Nesse caso, a partida dos motores será automática, ou seja, por relés temporizados e
contatores.
Transformador de Corrente
Os transformadores de corrente podem ser usados em comandos, atuando com relés
térmicos para:
• Temporização;
• Proteção contra sobrecarga.
No caso da relação 200/5 significa que, quando houver uma corrente de 200A na rede
principal, a corrente no relé será de 5 A.
Dessa forma o relé térmico terá seu tamanho reduzido e poderá ser um relé
normalizado (da linha de produção). Para proteção contra sobrecargas, ele apresenta
a vantagem de permitir os longos picos de correntes dos motores grandes na partida,
possibilitando um controle mais efetivo e mais preciso.
Precaução
Antes de instalar um transformador de corrente, verificar a placa onde se encontram as
principais características elétricas, tais como:
• Tensão de isolação nominal;
• Relação de transformação;
• Freqüência;
• Limite da corrente de curta-duração para efeito mecânico;
• Limite de corrente de curta-duração para efeito térmico.
Formas de montagem
Os transformadores de corrente são construídos com formatos diversos, para facilitar a
montagem, economizando material e mão-de-obra.
Exemplos
Montagem em prolongamento na saída de base de fusível.
Observação
Os amperímetros de alicate são em realidade transformadores de correntes com
núcleo separado, com articulação para envolver o condutor, propiciando indiretamente
a medição.
Observação
Nunca deixar o transformador de corrente ligado à rede com o secundário aberto.
Reversão de rotação de
motor trifásico com
contatores comandados por
botões
Seqüência operacional
a. Ligação do motor em um sentido, C1, C2 desligado. Estando sob tensão os bornes
R S T e pulsando-se o botão conjugado b1, a bobina do contator C1 será
alimentada, fechando o contato de selo C1, o qual a mantém energizada.
Permanecendo energizada a bobina do contator C1, haverá o fechamento dos
contatos principais e o acionamento do motor num sentido.
Observação
A fim de se evitarem elevados valores de correntes de pico, sempre que possível se
deve esperar a parada o motor, para se processar a reversão da rotação.
Nos tornos mecânicos em geral, assim como em outros tipos de máquinas, às vezes
se faz necessário aplicar a frenagem por contracorrente, para se conseguir inverter
rapidamente a rotação.
Segurança do sistema
Câmara de extinção
A corrente que passa por essa camada aquece intensamente o material da ponte
formada, provocando fusão e posteriormente evaporação. A ponte será então desfeita,
e a corrente vai circular através do arco voltaico.
Apenas com o aumento da distância entre as peças de contato é que o arco sofre um
deslocamento (desdobramento) e, com o auxílio de seu próprio campo magnético, é
empurrado para fora das peças de contato, aumentando seu comprimento. Com o
aumento do comprimento, a queda de tensão no arco tornar-se-á maior, provocando
sua extinção.
Bobina de sopro
Tem como princípio a extinção por alongamento. A câmara contém lâminas, e o
crescimento da queda de tensão com alongamento do arco (gradiente do arco) é da
origem de 10 a 15 V/cm. A capacidade de ruptura é da origem de alguns kA.
A bobina de sopro está localizada de tal forma, que o sentido de seu campo magnético
coincide com o sentido do campo magnético do arco. Os dois campos se juntam de tal
modo, que abaixo do arco eles se somam e acima do arco se anulam parcialmente.
Resultará então uma força dirigida para cima, que empurra o arco rapidamente para
fora dos contatos. O sopro auto-excitado depende da direção, do sentido e da
grandeza da corrente. Ele apresenta a vantagem de ter a força de expulsão do arco
aumentada com o aumento da corrente.
Câmara cerâmica
A extinção do arco é provocada por refrigeração intensa e pelo repuxo do ar.
Seqüência operacional
Decorrido o tempo para o qual foi ajustado o relé temporizado d 1, este opera,
desligando o contato abridor d1, que desenergizará a bobina do contato C2,
acarretando a abertura de seus contatos principais.
Parada do motor
Estando o motor funcionando em triângulo e pulsando-se o botão b0, interrompe-se a
energização da bobina C1, que abrirá os contatos C1 (13-14) e (23-24), interrompendo
a corrente da bobina C3. Consequentemente, o motor ficará desenergizado.
Segurança do sistema
Estando o motor em marcha na ligação triângulo, o contato C3 (31-32) fica aberto,
impedindo a energização acidental da bobina C2.
Seletividade
Funcionamento
Condição: o tempo de disparo ou abertura (ta) do disjuntor SV deve ser maior do que o
tempo total de desligamento (tg) do disjuntor SM subsequente.
Além disto, a corrente de atuação do relé de ação rápida deve ser ajustada a pelo
menos 1,25 vezes o valor de desligamento do disjuntor subsequente.
Se a corrente presumível e curto-circuito for da ordem de 103.4, por exemplo, não fará
atuar o relé eletromagnético ultra-rápido (n3), e sim o relé eletromagnético (z2).
Em caso de curto-circuito, deve-se atentar para o fato de que o fusível continua sendo
aquecido pela corrente até o instante em que o arco existente entre as peças de
contato do disjuntor se extinga. Para a prática, é suficiente que a característica do
fusível se mantenha 0,050s acima da curva de desligamento do relé eletromagnético
de curto-circuito .
Seqüência operacional
Partida de motor com tensão reduzida, contatores C1, C2, C3 e relé de tempo
desligados.
Estando sob tensão os bornes RST e pulsando-se o botão B1, a bobina do contator C1
fica energizada, e o relé motorizado D1, com o motor ativado; os contatos C1 (13-14) e
C1 (23-24) se fecham, conservando energizada a bobina de C1 e de D1, e
energizando a bobina de C3; com o fechamento da bobina de C3, os contatos C3 (13-
14) e C3 (23-24) se fecham, tornando a bobina de C3 independente do contato C1 (13-
14). Como as bobinas de C1 e de C3 estão energizadas, os contatos principais de C1
e C3 se fecharão, e o motor será alimentado com tensão reduzida, iniciando a partida.
Comutação
Seqüência operacional
1o estágio de partida
Contatores C1, C11, C12, C13, e contatores auxiliares d1, d2, d3, d4 desenergizados.
Estando sob tensão os bornes RST e apertando-se b1, energiza-se a bobina do relé
auxiliar d1, que fecha o contato d1 (13-14), energizando a bobina do contator C1;
simultaneamente, o contato d1 (51-52) se abre, impossibilitando a entrada de d2. A
bobina do contato C1 (13-14), e seus contatos principais, já fechados, energizam o
motor com todos os resistores (r1, r2 e r3) intercalados no circuito do induzido. O motor
inicia seu movimento, com resistência total no rotor.
2o estágio da partida
Apertando-se b1 novamente, a bobina do relé d1 energiza-se fechando o contato d1
(23-24); esse contato alimenta a bobina do contator C11, que fecha o contato de selo
C11 (13-14), conservando-a energizada, fechando também o contato C11 (23-24). A
bobina do contator C11 permanece energizada, e seus contatos principais se fecham,
retirando o estágio r1 da resistência total; o motor aumenta sua velocidade, ficando
intercalados no rotor os resistores r2 e r3.
Liberando-se novamente o botão b1, cessa a alimentação da bobina do relé d1, e seu
contato d1 (61-62) se fecha. Como C11 (23-24) já está fechado, d3 fica energizado
através de d1 (61-62) e de C11 (23-24), e assim se mantém por d3 (13-14).
3o estágio da partida
Apertando-se de novo o botão b1, a bobina do contator d1 se energiza, e seu contato
d1 (33-34) energiza a bobina do contator C12, que se conserva energizada através de
C12 (13-14), fechando C12 (23-24) para energizar d4. A bobina do contator C12
permanece energizada, e seus contatos principais dão novo impulso ao motor, fazendo
sua velocidade crescer com a retirada do estágio r2 da resistência total. O rotor
permanece somente com r3.
4o estágio da partida
Pulsando b1, energizamos novamente a bobina d1, e o contato d1 (43-44) energiza a
bobina C13, que fecha o contato de selo C13 (13-14), fechando-se então seus
contatos principais.
O motor atinge a rotação nominal com a eliminação dos resistores, e, através das
ligações dos bornes do contator C13, o rotor fica curto-circuitado.
Constituição
São constituídos principalmente por um pequeno motor, jogo de engrenagens de
redução, dispositivo de regulagem, contatos comutadores e mola de retorno.
Funcionamento
O motor do relé, quando ligado, movimenta um dispositivo de relógio, o qual aciona
contatos, após um tempo preestabelecido, abrindo ou fechando um circuito de
comando e/ou de sinalização.
Quando um contator tiver elevado consumo e a corrente de sua bobina for superior à
capacidade nominal do relé, é necessário usar um contator auxiliar para o
temporizador.
Características
• Tensão nominal
• Corrente nominal
• Faixa de temporização
• Posição de montagem (indicada pelo fabricante)
• Contatos comutadores
Relé eletropneumático
Aplicação
É utilizado em chaves de partida estrela-triângulo ou compensadoras, para comutação
de contatores, ou temporização em circuitos seqüenciais.
Observação
Há relés desse tipo que podem ser acionados diretamente por um contator.
Sistema de partida de
motores trifásicos
Referências normalizadoras
A norma de instalações de baixa tensão, NB-3, nos seus itens 8.6.2 e 22.9 a 22.11,
refere-se aos dispositivos de partida sob os seguintes aspectos:
a. Deve ser levada em consideração, em cada região do país, a potência máxima dos
motores que podem ser ligados diretamente à rede. Tal potência é fixada pela
concessionária de energia elétrica, levando em conta também o tipo de motor.
c. No seu artigo 22.9.3, a norma fixa valores mínimos que os dispositivos devem
satisfazer.
f. Estabelece, ainda, que dispositivos de partida pata tensão reduzida deverão ter os
seguintes recursos mínimos:
• Mecanismo que evite que o dispositivo se mantenha fechado por si na posição
de partida;
• Mecanismo que exclua a necessidade de manobra rápida entre a partida e o
regime nominal;
• Que sejam dotados de relé de subtensão;
• Que tenham mecanismo que trave os contatos móveis após um desligamento
em condição anormal, para evitar sua religação nessas condições.
Do estabelecido pela norma ficou claro que tais dispositivos são necessários, quando a
potência do motor ou as condições de partida estabelecem uma corrente elevada
demais, por um tempo longo demais para não prejudicar as condições da rede.
Potência do motor
Conforme a região do país, cada fornecedor de energia elétrica permitirá a partida
direta de motores de determinada potência.
Tipo de carga
Quando as condições da rede exigir partida com tensão reduzida ou corrente reduzida,
o sistema será determinado pela carga, conforme as possibilidades ou tipo de carga.
Exemplos
Serra circular, torno ou compressor que deve partir com as válvulas abertas.
Nesse caso, a partida pode ser estrela-triângulo.
O motor deve partir com carga ou com um conjugado resistente em torno de 50%.
Exemplos
Calandras, bombas, britadores.
Nesse caso, emprega-se a chave compensadora, utilizando-se os “taps” de 65% ou
80% o transformador.
Observação
Também para os grandes motores se usa chave compensadora para a partida.
O motor deve partir com rotação controlada, porém com torque bastante elevado.
Exemplos
• Pontes rolantes, betoneiras, máquinas de “offset”.
• Nesse caso, utiliza-se o motor com rotor bobinado.
Partida direta
Na partida direta a plena tensão, o motor de rotor gaiola pode partir a plena carga e
com a corrente elevando-se de 5 a 6 vezes a nominal, conforme o tipo e número de
pólos.
Partida Estrela-Triângulo
É fundamental para a partida com a chave estrela-triângulo que o motor tenha a
possibilidade de ligação em dupla tensão, ou seja, em 220/380V ou em 380/660V. Os
motores deverão ter no mínimo 6 bornes de ligação. A partida estrela-triângulo poderá
ser usada quando a curva de conjugados do motor é suficientemente elevada para
poder garantir a aceleração da máquina com a corrente reduzida. Na ligação estrela, a
corrente de partida fica reduzida para 25 a 30% da corrente de partida direta. Também
a curva do conjugado é reduzida na mesma proporção. Por esse motivo, sempre que
for necessária uma partida estrela-triângulo, deverá ser usado um motor com elevada
curva de conjugado.
Um motor trifásico ligado a uma rede de 220V absorve da linha 208A, quando ligado
em triângulo.
208
A corrente na fase desse motor será de = 120A ou 208 x 0,58.
3
U 220
Esse motor ligado em estrela estará sob uma tensão de fase de = = 127V ou
3 1,73
220 x 0,58.
127 x120
x = 69,3A ou 120 x 0,58 = 69,3A
220
Legenda:
M/MN = relação, em porcentagem, entre conjugado nominal e conjugado de motor
I/In = relação, em porcentagem, entre corrente nominal e corrente durante a partida
M∆ = curva do conjugado motor em ∆
MY = curva do conjugado motor em Y
MR = curva do conjugado resistente
IY = curva da corrente em Y
I∆ = curva da corrente em ∆
Na figura Curva de conjugado resistente alto (curva MR), temos um alto conjugado
resistente MR. Se a partida for em Y, o motor acelerará a carga até a velocidade ny, ou
aproximadamente 85% da rotação nominal. Nesse ponto, a chave deverá ser ligada
em ∆. Acontece nesse caso que a corrente, que era aproximadamente a nominal, ou
seja, 100%, salta repentinamente para 300%, o que não é nenhuma vantagem, uma
vez que na partida a corrente era de somente 170%.
Na figura Curva de conjugado resistente menor (curva MR), temos o motor com as
mesmas características, porém o momento resistente MR é bem menor. Na ligação Y,
o motor acelera a carga até 95% da rotação nominal. Quando a chave é ligada em ∆, a
corrente, que era aproximadamente 60%, sobe para 190%, ou seja, praticamente igual
à da partida em Y.
Exemplo
Um motor ligado à rede de 220V absorve 100A . Se for ligado ao autotrafo no “tap” de
65%, a tensão aplicada nos bornes será de:
−
U = U. 0,65 = 220 x 0,65 = 143V
VA 16080
IL = = = 42,2A, o que permite afirmar que no “tap” de 65%
U. 3 220 x1,73
−
U = tensão reduzida
U = tensão a rede
Im = corrente nos bornes o motor
IL = corrente da rede
A corrente seria:
IL = IM x 0,8 = 80 x 0,8 = 64A
Partida rotórica
É o sistema de partida onde se utiliza um motor de rotor bobinado com reostato
regulável.
Pelo gráfico abaixo, podemos comparar o torque com resistências desse tipo de motor
que possui características peculiares. Verificamos que a corrente de partida é
aproximadamente 2 vezes a nominal (curva a) e que o torque é aproximadamente
240% do torque nominal (curva b).
Observação
A curva (c) compara a partida DIRETA desse motor com a partida com resistência.
Seqüência operacional
1o estágio de partida
Contatores C1, C11, C12, C13, relés temporizados d1 e d2, e relé auxiliar d3
desenergizados. Pulsando-se o botão b1, as bobinas C1 e d1 são energizados
simultaneamente e permanecem ligadas pelo contato de selo comum C1 (13-14).
2o estágio de partida
Decorrido o tempo ajustado, o relé d1 dispara e fecha seu contato d1 (15-18),
energizando C11, que assim permanece por meio de seu contato de selo C11 (13-14).
Ao mesmo tempo, o contato fechador de C11 (23-24) energiza o relé d2 e desenergiza
a bobina d1, através de C11 (41-42).
3o estágio de partida
Decorrido o tempo ajustado para d2, ocorre o disparo, e o contato d2 (15-18) energiza
C12, que assim se mantém por meio de seu contato de selo C12 (13-14).
O contato C12 (23-24) se fecha, alimentando d3, que fechará d3 (23-24), energizando
novamente d 1. Energizada a bobina C 12, seus contatos principais se fecham,
retirando do circuito o resistor r2.
4o estágio de partida
Decorrido o tempo ajustado para d1, ocorre o disparo, e seu contato d (15-18) se
fecha, alimentando C13, que permanece energizado por seu contato de selo, e abre o
contato de C13 (41-42), que anula os demais. Energizado C13, seus contatos
principais fecham-se, o resistor r3 é eliminado, e o rotor é curto-circuitado.
Comutação polar de motor Dahlander com contatores comandados por botões é o que
ocorre quando se pulsa o botão b1 ou b2, para se desencadear uma série de
operações eletromecânicas que vão acionar o motor numa dada velocidade (r p m), de
acordo com o número de seus pólo.
Seqüência operacional
Aparelho de controle de
velocidade (com chave de
ação por mola)
Constituição
É constituído, essencialmente, por um rotor externo em um rotor interno.
Princípios de funcionamento
Ajuste da velocidade
O ajuste da velocidade do controlador é feito pelo parafuso de ajuste da mola, que está
localizada no ponto 3.
Através do gráfico, observamos que para velocidade crescente temos uma ação em
280 rpm, e para velocidade decrescente a ação é em 200 rpm.
Seqüência operacional
Partida
Pulsando-se b1, energiza-se C1 (a-b), que é mantida por C1 (13-14), e o motor é
acionado e ativa o dispositivo de controle de frenagem e3.
Frenagem
Diminuindo a rotação do motor, o dispositivo de controle de frenagem pré-ajustado
abre o contato e3 (3-4), desligando C2. O processo de frenagem é interrompido.
Programação de contatos
Interpretação
Os números sob o neutro (1, 2, 3, ..., 8) indicam as linhas. Embaixo do esquema
funcional e, respectivamente, em cada linha, estão desenhadas as cruzetas:
Exemplo C1
Um abridor na linha 3
Um fechador na linha 2
Um fechador na linha 5
Quando o diagrama utilizar mais de uma folha, além dos números que identificam as
colunas, são colocados os números das folhas em que se encontra o contato, como o
exemplo das figuras a seguir.
Onde
C2 - Contator em questão.
a) Contato abridor localizado na coluna 2
b) Contato abridor localizado na coluna 5
c) Contato fechador localizado na coluna 4
d) Contato fechador disponível no contator
e) Contato fechador localizado na coluna 1 da folha 2.
Partida consecutiva de
motores trifásicos
Seqüência de operacões
Partida subsequente dos motores.
Observação
Essas energizações sucessivas são muito rápidas, sendo difícil a percepção dos
intervalos entre uma e outra ligação.
Exemplo de aplicação
Este sistema pode ser aplicado para o acionamento de correias transportadoras.
Os quatro motores devem acionar as esteiras, sendo o sentido de condução dado por
M4, M3, M2 e M1; desse modo as ligações dos motores devem ser na seguinte ordem:
M1; M2; M3 e M4, ou seja, no sentido inverso.
C4 M4 M1, M2 e M3
C3 M3 M4 M1 e M2
C2 M2 M3, M4 M1
C1 M1 M2, M3 e M4
Partida consecutiva de
motores com relés
temporizados
Seqüência operacional
Após o tempo ajustado para d3, este energiza C4, dando a partida a m4, último motor
da seqüência.
Mudança de velocidade em
motor trifásico com dois
enrolamentos, comandada
por botões
Seqüência operacional
Observação
Os contatos C1 (31-32) e C2 (31-32) garantem o intertravamento dos contatores.
Mudança de velocidade em
motor trifásico com dois
enrolamentos, comandada
por botões (com inversão)
Seqüência operacional
Observações
a. O intertravamento elétrico fica assegurado duplamente, pelos contatos conjugados
de b1, b2, b3 e b4, e também pelos contatos abridores C1 (31-32) e C1 (41-42), C3
(31-32) e C3 (41-42), C2 (31-32) e C2 (41-42), C4 (31-32) e C4 (41-42).
Sinalização
Sinalizadores Luminosos
Partes constituintes e montagem das peças de um sinalizador:
Sinalizadores
Sinalização Luminosa
A sinalização luminosa tem maior aplicação, e suas cores são estabelecidas por
normas para as principais aplicações.
• Cores de sinalizadores para a indicação das condições de operação
• NORMA VDE
uma sobrecarga.
Verde Máquina pronta para operar Partida normal; todos os dispositivos auxiliares
especificados.
estão operando.
Máquina em movimento.
acima
Além das plaquetas, os sinalizadores podem conter ainda, nas lentes, símbolos,
números, letras ou textos, que indicam uma situação dos circuitos ou das máquinas.
Exemplos de significados:
O som deve estar entre 1000 e 3000 ciclos, e conter harmônicos que o tornarão
distinto do ruído local.
Instalação de Sinalizadores
Na instalação de sinalizadores para indicar abertura ou fechamento de contator, é
importante verificar se a tensão produzida por auto-indução não virá a queimar a
lâmpada.
Nesse caso a lâmpada deverá ser instalada através de um contato auxiliar, evitando-se
a elevada tensão produzida na bobina do contator.
Interrupção
Pulsando-se b0, desenergiza-se todo o circuito.
Observação
O contator C5 (31-32) bloqueia os contatores C1, d1, C2 e d3.
Os sinalizadores indicam:
• V1 - marcha à direita, em baixa rotação;
• V2 - disparo do relé d1;
• V3 - marcha à esquerda, em baixa rotação;
• V4 - disparo do relé d3;
• V5 - marcha em alta rotação, em ambos os sentidos.
Comutação estrela-triângulo
de motor trifásico em dois
sentidos de rotação
Sistema de comando elétrico que possibilita a comutação das ligações estrela para
triângulo, permitindo ainda a inversão dos sentidos de rotação do motor.
Seqüência operacional
Partida em estrela
Pulsando-se b1, energiza-se c4, que permite a alimentação de c1 e a ativação de d1.
Reversão
Pulsando-se b0, os circuitos são desenergizados, e o motor pára. Pulsando-se b2, c4
se energiza e permite a alimentação de c2, ficando o relé d1 energizado por c4.
Observações
a) Os botões conjugados de b1 e de b2 se intertravam;
b) Também se intertravam os contatores c1 e c2, e os contatores c3 e c4.
Sistema de comando elétrico que permite a partida de motores com tensão reduzida e
inversão do sentido de rotação. É utilizado para reduzir o pico da corrente nos motores,
no momento da partida.
Seqüência operacional
O motor parte sob tensão reduzida, girando no sentido horário, por hipótese.
Inversão da rotação
Pulsando-se b2, C5 é energizado. Este energiza C3 e d1, e C2 é energizado por C3
(13-14).
Seqüência operacional
Reversão
Pulsando-se b2, desliga-se C1, e este em repouso permite a entrada de C2.
Reversão
Pulsando-se b4, desliga-se C3, e este em repouso permite a entrada de c4,
permanecendo C5 no circuito.
O motor é frenado por contracorrente, inverte o sentido e passa a girar em alta rotação.
Partida para baixa rotação, sentido horário, e comutação para alta rotação
Com o motor em baixa rotação, acionando-se b3, interrompe-se todo o circuito de
baixa rotação, e energiza-se C3 e C5.
Observação
c1, c2, c3, c4 e c5 se intertravam.
Partida automática e
reversão de motor trifásico
de rotor bobinado
Seqüência operacional
1o Estágio
pulsando-se b1, energiza-se C1 e, através deste, o relé d1.
2o Estágio
Decorrido o tempo, d1 dispara e energiza C11, que elimina R1; ao mesmo tempo d2
fica ativado, permanecendo no circuito R2 e R3.
3o Estágio
Decorrido o tempo, d2 dispara e energiza C12, que elimina R2 e, ao mesmo tempo,
liga d3, ativando-o . Permanece no circuito apenas R3.
4o Estágio
Decorrido o tempo, d3 dispara, energizando C13; este desliga C12, C11 e d1, e retira
R3 do circuito do rotor.
1o Estágio
Com exceção de b2 e C2, que agem neste estágio no lugar de b1 e C1 para fazer a
inversão de sentido de rotação, os outros estágios são iguais aos estágios anteriores.
Observação
C1 e C2 possuem intertravamento elétrico, que impossibilita reversão por pulso de
botão.
Seqüência operacional
Partida
Pulsando-se o botão b1, energiza-se C2, que alimenta d1 e permite a energização de
C1.
Comutação em triângulo
Decorrido o tempo, d1 dispara, desligando C2, que permite a energização de c3.
O motor está ligado a plena tensão e velocidade normal (ligação em ∆), com C1 e C3
ligados.
Seqüência operacional
Decorrido o tempo ajustado para d2, este dispara e interrompe c1, energizando c2, que
energiza c3. A ligação do motor será comutada para YY (ligação para alta velocidade).
Observação
V1 = baixa velocidade
V2 = alta velocidade
Retificadores
Tipos
Podem ser de selênio (esse tipo tende a desaparecer).
Retificador de selênio
Constituição
O retificador de selênio é constituído basicamente de uma placa-suporte de alumínio,
selênio tipo P e uma liga de estanho, cádmio e bismuto.
Retificador de selênio
A parte que recebe antimônio será denominada tipo N, e a que recebe índio será tipo
P.
Retificador de silício
O bloco tipo N pode ceder elétrons ao tipo P, que tem falta de elétrons, e ao contrário
não há essa possibilidade. Dessa forma a corrente elétrica passará num só sentido,
sendo retificada.
Retificador em ponte
Onda completa
Esta última figura é a que apresenta melhores resultados, pois apresenta menor
intervalo entre os picos e maior sobreposição de semiciclos.
Observação
Os retificadores são muito sensíveis ao aquecimento; esse fator é o principal na
limitação de usa capacidade. A refrigeração é, pois, importante para seu
funcionamento.
Partida automática e
frenagem eletromagnética de
motor trifásico nos dois
sentidos de rotação
Seqüência operacional
Observação
É imprescindível que o motor esteja parado, para que se possa dar partida no sentido
desejado.
Frenagem
Estando o motor em marcha num sentido ou noutro, pulsando-se b0, desenergiza-se
C1 ou C2, energiza-se C3 e C4, o motor é frenado, C1 e C2 se intertravam, C3 e C4
travam C1 e C2.
1 Teste os dispositivos
2 Monte os dispositivos no painel
3 Execute as conexões do circuito
4 Verifique o funcionamento da instalação
FOLHA DE TAREFA TÍTULO REVISÃO:
01- out/2002 – diagramação
2 SENAI-SP