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Guia de Criacao de Caranguejeiras PDF
Guia de Criacao de Caranguejeiras PDF
criação das
principais
espécies de
(caranguejeiras)
(by HDG – c/ anexação de outras fontes da
internet)
1
ÍNDICE
O terrário......................................................................................................................2
A alimentação...............................................................................................................4
Criação de grilos................................................................................................5
Criação de baratas.............................................................................................8
Criação de tenébrios..........................................................................................9
Criação de besouros do amendoim................................................................11
Criação/captura de drosóphilas.....................................................................12
Identificação macho/fêmea (sexagem).....................................................................13
Reprodução................................................................................................................15
Principais espécies:
Lasiodora parahybana......................................................................................17
Lasiodora klugi.................................................................................................18
Avicularia versicolor.........................................................................................20
Avicularia metallica..........................................................................................21
Grammostola pulchra.......................................................................................22
Grammostola ihering........................................................................................23
Acanthoscurria geniculata...............................................................................24
Acanthoscurria atrox........................................................................................25
Acanthoscurria fracta.......................................................................................26
Grammostola rosea...........................................................................................27
Grammostola aureostriata ou Grammostola pulchripes.................................28
Brachypelma albopilosum................................................................................29
Brachypelma smith...........................................................................................30
Brachypelma boehmei......................................................................................31
Brachypelma emilia..........................................................................................32
Poeciloitheria regalis........................................................................................33
Poecilotheria rufilata........................................................................................34
Poecilotheria metallica.....................................................................................35
Heteroscodra maculata.....................................................................................36
Pterinochilus murinus......................................................................................37
Theraphosa blondi............................................................................................38
Vitalius paranaensis.........................................................................................39
Vitalius sorocabae.............................................................................................40
Vitalius dubius..................................................................................................41
Vitalius roseus...................................................................................................42
Ephebopus murinus..........................................................................................43
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Manual do iniciante
O terrário
Tamanho
As aranhas exigem terrários bem simples, que devem ser construídos de acordo com a
espécie, arbóreas, cavernícolas ou terrestres. As arbóreas suportam quedas de até 2 metros.
Gostam de escalar e de ficar coladas na lateral do terrário, pois na natureza, vivem em
árvores. Decorar com galhos e troncos é bom, pois servem de toca e é onde escoram a teia.
As terrestres precisam de solo mais profundo de no mínimo cinco centímetros onde cavam
tocas, bem como de uma folha sobre a superfície, que também serve de abrigo. O tamanho
no primeiro ano de vida, um espaço de 10x10x10cm é suficiente, já que as aranhas nascem
com meio centímetro e levam tempo para crescer. Depois, até três anos, pode ser usado um
terrário de 20x15x15cm, com tela bem fina em cima para ventilação. Adultas necessitam de
terrários que variam de 20X20X20 (para espécies como a sickius longibulbi) a terrários com
60X40X40 (como a Theraphosa blondi), tudo dependendo da espécie e do comportamento
(terrestres, arborícolas ou cavernícolas).
Material e Substratos
Paredes transparentes, de preferência de vidro para visualização; Tampa para ventilação
com tela bem fina e os melhores substratos para caranguejeira são: areia, cascalho de rio,
terra vegetal (sem nenhuma adição de adubo ou qualquer outra coisa), pó de casca de coco
ou vermiculita. Cuidado com o uso de terra preta ou vegetal, assim como com restos de
comida, pois isso pode, e provavelmente irá, causar o surgimento de microorganismos no
solo, o que pode levar a caranga à morte se esses mesmos microorganismos se proliferarem
de maneira desordenada. A limpeza do substrato deve ser mensal, mas o ideal é retirar os
restos de alimentos e outras coisas indesejáveis sempre. Na decoração de terrários para
aranhas terrestres podem ser usados algumas pedras e troncos caídos ou cascas de árvore,
que proporcionam um esconderijo, já as arborícolas preferem apenas alguns galhos e
troncos, que é necessário. O uso de plantas nos terrário deve ser feito com muito cuidado,
pois a maioria dos terrários não possui a iluminação adequada, podendo levar essas plantas
a morte e consequentemente a contaminação do substrato.
Esterilização
(NOTA PARTICULAR, SEMPRE ESTERILIZE O PO DE CÔCO E A CASCA DE
PINUS, POIS ESTES FREQUENTEMENTE CONTEM OVOS DE ANIMAIS QUE
PODEM CAUSAR INFESTAÇÕES NO TERRARIO E ATE MESMO LEVAR A
ARANHA A MORTE!) O uso de folhagens secas, terra, areia, cascas de árvore, pó de casca
de coco e musgo como substrato em terrários é muito atrativo, pois deixa o ambiente mais
natural, mas esses substratos podem vir com parasitas (inclusive carrapatos, piolhos e
pulgas) e fungos que prejudicam a aranha. Para isso é preciso esterilizar antes de usá-lo no
terrário. A melhor forma de se esterilizar areia e terra é peneirar bem e depois colocar em
uma bandeja e deixar no forno, a 230°C, durante cerca de 10 min. Com a folhagem e o pó
de casca de coco é mesma coisa, mas antes é bom dar uma lavada nas folhas e no pó de
casca de coco. Com as folhagens, é melhor manter o forno a temperaturas um pouco mais
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baixas (em torno de 150-170°C) e manter por um pouco mais de tempo. Folhas que ainda
não estão secas, após permanecerem esse período no forno, tornarão secas, e algumas
podem até exalar um odor agradável; algumas espécies de hera, por exemplo, após serem
secas no forno, exalam um cheiro parecido com o de amendoim, minimizando qualquer
cheiro desagradável. No caso do musgo e pedaços de cascas de árvore trituradas, já existem
os industrializados feitos propriamente para serem usados como substrato e decoração de
terrários que já passam por um processo de limpeza. Em floriculturas pode se encontrar
musgo que não são esterilizados. Para esterilizar esse musgo pode se fazer da mesma forma
que se usa para esterilizar folhas secas e cascas de árvore. Antes de colocar troncos, galhos,
pedras e outros apetrechos pegos em qualquer lugar também se deve dar uma boa lavada e
deixar secar ao sol antes de colocar no terrário.
Todos os comentários acima acerca de esterilização são técnicas nem sempre utilizadas
por alguns criadores, pois os mesmos alegam que a esterilização irá acabar, além dos
agentes patógenos, com os organismos protetores, e isso também poderia vir a causar
problemas no futuro, não existe nada comprovado para nenhum dos dois casos.
Cada criador deve tirar suas próprias conclusões e fazer da maneira que acha melhor
para a sua realidade.
Umidade
Água é fundamental, refresca e sacia a sede da aranha, mantendo a umidade. Pode ser
oferecida em vasilha ou pote. Algumas espécies como a Grammostola chegam a mergulhar
nos potes quando está muito quente.
Temperatura
Entre 20 a 30 graus, Variando para algumas espécies. Essa temperatura é a natural em
diversos estados do nosso pequeno Brasil, mais em alguns são atingidas temperaturas
abaixo de 20, 15 e as vezes 10 graus, para resolver esse problema pode ser usada uma pedra
aquecida, alguns criadores se utilizam de lâmpadas para aquecer os terrários.
Iluminação
Você pode usar a lâmpada nigthglo que faz parecer o luar e estimula a aranha a caçar.
(NOTA PARTICULAR: NAO PRECISA DE NENHUMA ILUMINAÇÃO, SÓ UTILIZO
UMA LAMPADA INCANDESCENTE DE 40 W EM CIMA DO TERRARIO DAS
ESPECIES DE CLIMA QUENTE, QUANDO FICA MUITO FRIO)
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Manual do iniciante
A alimentação
Lings
Ou “slings” (spider lings, algo como filhotes de aranha), são Animais que possuam em
torno de 10 a 20% do tamanho esperado para espécie.
Podem ser alimentadas com patas de grilos (pegam super bem), larvas de besouro do
amendoim, tenébrios, grilinhos, baratinhas e drosófilas.
Jovens
Animais com tamanho em torno de20 a 60% do tamanho esperado para espécie.
Podem ser alimentados com tenébrios, grilos, baratas e neonatos de camundongo.
Fêmeas adultas
Animais com mais de 60% do tamanho esperado para espécie.
Podem ser alimentados com camundongos adultos ou jovens (dependendo da espécie),
grilos, baratas e tenébrios gigantes.
Machos adultos
Animais já maturados sexualmente, em geral são menores que as fêmeas. Praticamente
não se alimentam após a maturação, mais podem vir a comer grilos, baratas e tenébrios
gigantes. Normalmente não comem camundongos.
Criação de grilos
APRESENTAÇÃO
Os grilos são encontrados em diversas partes do mundo, e a criação em cativeiro é feita a
mais de mil anos em países como a China e o Japão
A maneira como eram criados antigamente lembra e muito a forma como temos nossos
pássaros hoje em dia: em nossas residências, colocados em gaiolas ricamente ornamentadas,
e com o mais belo canto possível.
Eram considerados amuletos de boa sorte, e por incrível que pareça: criavam-se “grilos-
de-briga”, que disputavam torneios tão populares como as rinhas de galos-de-briga.
Os adversários eram deixados por um longo período de jejum, e o prêmio do vencedor
era poder devorar o oponente.
Atualmente são criados em larga escala em vários países, para serem vendidos como
alimento vivo em lojas de animais de estimação, como iscas para pescaria em pesque-
pagues, e como iguaria culinária em restaurantes especializados.
Pertencem a classe dos Insetos, ordem Orthoptera e família Grillidae. São onívoros,
terrestres e noturnos.
Grilos são insetos muito asseados, sendo fácil criá-los, mas alguns fatores devem ser
considerados antes de dar inicio a uma criação:
Grilos fazem barulho – para minimizar esse problema, uma dica é reduzir o
número de machos na caixa de criação (1 macho para 3 fêmeas).
Necessitam de atenção diária, para se verificar a existência de água limpa e
comida.
Considere que algumas fugas serão inevitáveis!
Os grilos têm um odor definido, mas se a colônia é bem manejada e mantida limpa, a
maioria das pessoas não considera esse odor desagradável.
VALOR NUTRICIONAL
Grilos são um excelente alimento para nossas aves, ricos em proteínas, gorduras e
vitaminas. Porém, insetos em geral, apresentam em sua composição uma relação
cálcio/fósforo inadequada. Uma relação adequada para aves seria de 1:1 à 2:1.
Tenebrio Tenebrio
Grilo
comum gigante
Relação
0,08/1 0,04/1 0,05/1
Cálcio/Fósforo
INSTALAÇÕES
Condições ambientais
Tem como objetivo prevenir fugas e ataque de predadores, como aranhas e roedores.
A melhor tela é feita de metal, de preferência de alumínio, com a malha adequada ao
tamanho dos grilos que irá conter. Telas de nylon não devem ser utilizadas, pois podem ser
cortadas facilmente.
Abrigos
As bandejas para ovos feitas em papelão são muito úteis na caixa de criação. Elas
poderão ser manipuladas mais facilmente se forem amarradas em conjuntos de 4 ou 5
unidades, muito útil no momento da limpeza da colônia e na captura dos insetos.
Com o tempo haverá um acumulo de detritos nas bandejas (sobras de alimentos, fezes e
insetos mortos), momento em que devem ser substituídas.
Uma caixa com cerca de 50cm de lado é suficiente para se manter 250 grilos adultos.
Grilos adultos chegam a saltar 40cm de altura, e por isso as caixas devem ser altas.
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Devemos lembrar que o aumento excessivo da população de insetos dentro da caixa de
criação tende a reduzir o crescimento corporal dos indivíduos, e aumentar a ocorrência de
canibalismo.
As caixas mais utilizadas são de plástico ou vidro, por serem fáceis de limpar, visualizar,
não absorverem umidade, serem leves, e principalmente, por dificultarem as fugas, já que os
grilos adultos não conseguem escalar superfícies lisas.
ALIMENTAÇÃO
Alimentar os grilos com uma dieta adequada é fundamental para: garantir condições
ótimas ao desenvolvimento dos insetos e sua procriação; fornecer as aves um alimento vivo
com alto valor nutricional e reduzir o índice de canibalismo dentro da cultura de insetos.
Ração
Rações para peixes, aves, cães e gatos são as mais utilizadas, de preferência rações
grosseiramente moídas.
Fonte de umidade
Qualquer fruta, legume ou verdura pode ser usada, desde que de boa qualidade e isenta
de agrotóxicos.
O importante é que criador conheça o consumo diário de vegetais em sua colônia e
forneça uma quantidade para que haja o mínimo possível de sobras, e essas deverão ser
retiradas diariamente.
REPRODUÇÃO
Ciclo de vida
São insetos de metamorfose incompleta (ovo – ninfa - adulto), ou seja, não possuem o
estágio de pupa.
Os ovos medem cerca de 2mm, têm formato de bastões, são amarelados e razoavelmente
translúcidos, podendo ser vistos a olho nu.
Demoram de 15 a 20 dias para eclodir.
Os grilos recém nascidos se parecem com pequenas formigas que invadiram o aquário.
Os grilos filhotes são chamados de ninfas. Essa fase vai desde o nascimento até a
maturidade sexual.
As ninfas são semelhantes aos adultos, porém menores.
Elas passam por 5 a 7 trocas de exoesqueleto até se tornarem adultos. O exoesqueleto é
rígido, e precisa ser trocado para permitir o desenvolvimento corporal.
Sabemos que um grupo de grilos chegou a fase de adulto quando começamos a ouvir o
som dos machos “cantando” vindo de dentro da caixa.
De uma maneira geral, a fase adulta tem início aos 60 dias de vida, e com cerca de 90
dias terminam o ciclo e morrem.
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Cada fêmea coloca cerca de 100 ovos durante seu período reprodutivo.
Dimorfismo sexual
o possuem 3 longos tubos na região posterior. O tubo central é o ovopositor, com cerca
de 1,5cm de comprimento, o órgão com o qual ela introduz os ovos no solo.
o possuem as asas completamente desenvolvidas e lisas
o geralmente são maiores que os machos.
o Não produzem som relevante.
Criação de baratas
Além de possuírem muita proteína e serem muito bem aceitas por animais insetívoros, as
baratas não são difíceis de criar.
1- LISTA DE MATERIAIS:
1 aquário de 10 litros
1 caixa de ovos
1 pote de sorvete
1 bebedouro de passarinhos
1 vasilha para comida ração de cachorros/gatos
Estilete
Tesoura
Vaselina
algodão
1 colônia de baratas
PROCEDIMENTO:
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2 - Corte as laterais do pote de sorvete com o estilete.
3 - Corte a caixa de ovos em pedaços.
4 - Coloque os pedaços da caixa de ovos dentro do pote de sorvete.
5 e 6 - Passe uma fina camada de vaselina em toda parte superior da borda interna de seu
aquário.
7 - Coloque um pedacinho de algodão na entrada do bebedouro para evitar que essas pobres
e estúpidas criaturas morram afogadas.
8 - abasteça a vasilha de comida.
9 - monte tudo.
10 - coloque suas baratas aí dentro.
Higiene é fundamental na criação, caso contrário as baratas (assim como qualquer outro
alimento vivo) podem contrair doenças que serão transmitidas para o seu animal. Troque
sempre a comida quando estiver suja e mantenha a água sempre limpa.Espere uns dois a três
meses até começar a servir as baratas para seu animal para dar um tempo para elas
procriarem.
Criação de tenébrios
O Tenebrio comum (Tenebrio molitor) é um dos insetos mais criados em todo mundo.
Trata-se de uma espécie de besouro (Coleóptero), e é a larva desse besouro que nos
interessa.
O Tenebrio é muito importante na alimentação de animais onívoros (que comem “de tudo”),
insetívoros (que comem insetos) e também para aqueles que precisam de insetos em alguma
fase da vida.
Quando criado de forma higiênica e fornecido em quantidade adequada, se traduz
basicamente em Saúde e Atividade Psíquica e Motora para o animal que o consome.
Utilização
Pequenos mamíferos como o sagüi e o gerbil, escorpiões, aranhas, iguanas, rãs, tartarugas e
peixes apreciam Tenebrios.
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Na criação de aves são utilizados na alimentação de filhotes de emas, faisões, cracídeos e de
galos combatentes. Diversos granívoros de nossa avifauna utilizam insetos em algum
período do ciclo biológico, como o canário-da-terra, que não dispensa esse “banquete”
quando tem filhotes no ninho.
São muito utilizados também como prêmios em programas de adestramento e como iscas
em pescarias.
Valor Nutricional
O valor nutricional das larvas do Tenebrio é outra importante característica. São excelentes
como fonte de proteínas de alta digestibilidade, gorduras, fósforo e vitaminas.
Criação/captura de drosóphilas
Amasse uma banana, coloque uma colher (café ) de fermento... e misture bem...
... coloque tudo dentro de um pote pequeno (que tenha tampa) e leve o pote a algum lugar
aberto, mas que não bata sol (cozinha é o lugar ideal). Depois de umas 24 horas, você
poderá notar que terá varias mosquinhas (drosófilas).
....deixe o pote aberto com as mosquinhas ainda exposto por uns 5 dias...depois (quando
estiver cheio de drosófilas) feche o pote com as drosófilas dentro.... depois, passe as
drosófilas vivas para um saquinho de plástico, ou um pote limpo, e leve a geladeira por uns
3 minutos, ou até você perceber que as drosófilas estão “paralisadas”... retire da geladeira e
sirva para os lings... após alguns minutos as drosófilas vão começar a se mexer novamente...
e é aí que o ling percebe e come!!!
Ingredientes:
Leve no fogo mas não ferva a água só esquente até o ponto de dissolução do agar e da
levedura, +- 50º.
*: levedura é fermento biológico de pão, nao é pó royal eh fermento com fungos msm, vc
compra em qlqr mercado.
**: Agar é uma espécie de gelatina, mas é na verdade retirada de algas e utilizada p/
endurecer meios de cultura, é um gelificante, vc compra em qlqr farmácia de manipulação.
(macho)
(fêmea)
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Reprodução:
De forma resumida tentarei explicar como copular ou acasalar sua caranguejeira.
Primeiro será necessário ter dois exemplares maturados (adultos, com todo o aparelho
reprodutivo formado), de mesma espécie (espécies diferentes até podem ser acasalados, em
certos gêneros, gerando os chamados híbridos, que são inférteis e podem trazer uma série de
conseqüências, como doenças, morte precoce, poluição de nichos ecológicos, etc.) e de
sexos diferentes (óbvio um macho e uma fêmea). O clima adequado é quente,
principalmente no verão, pelo menos para a maioria das espécies que conheço.
Coloca-se o macho dentro de um pote com furos (qualquer pote plástico que tenha
espaço para o animal se mover um pouco serve), e coloca-se este no terrário da fêmea
(relembrando que a fêmea deve estar maturada). O pote deve estar bem fechado, apenas
com os furos de cerca de 1 cm, para a fêmea não entrar e matar o macho. A fêmea também
deve estar bem alimentada para reduzir os riscos de ela matar o macho após a cópula. Com
o passar dos dias (geralmente leva cerca de uma semana) a fêmea se aproxima de uma
forma menos agressiva e começa a vibrar e bater com as patas no chão, próximo ao pote do
macho. Este é o momento de soltar o macho do pote com a fêmea, e ficar bem atento e
preparado para a separação em caso de briga. Sempre se deve estar em mãos com algo para
separar (uma prancheta para papeis ou uma régua) e um pote para prender e retirar o macho.
A cópula pode demorar poucos minutos ou até horas, e durante todo o processo deve se
estar atento. Quando os dois estiverem se separando, deve-se rapidamente interferir com
algo (a régua ou a prancheta) e já colocar o pote sobre o macho e retirá-lo do terrário.
Para uma maior porcentagem de sucesso, pode-se repetir a operação, no dia seguinte,
copulando o macho com a fêmea novamente e seguindo todo o processo já descrito
anteriormente. Alguns criadores copulam mais de cinco vezes seguidas seus animais, isso
depende da avaliação de cada um, mas lembrando que uma vez já é o suficiente, pois na
natureza dificilmente um macho sobrevive para copular duas vezes (embora outro macho
possa copular com uma fêmea já copulada, nem sempre há outro macho disponível para tal).
Eu recomendo entre duas e três cópulas seguidas.
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O processo de “gestação” demora cerca de três meses mais varia muito de espécie
para espécie. A fêmea tece uma espécie de “cama” de teia e deposita os ovos no centro desta
teia, enrolando isso posteriormente, formando a ooteca, que leva cerca de um mês para
eclodir (os filhotes começam a sair). Dias antes da eclosão é possível abrir com uma pinça a
ooteca e verificar que já tem alguns filhotes se locomovendo no seu interior.
A ooteca pode ser retirada da mãe após três semanas e mantida em um pote em banho
maria com água, dentro de outro maior, dentro de uma caixa de papelão com uma lâmpada
incandescente (no caso de frio intenso) a cerca de 25ºC (incubadora), isso aumenta a
probabilidade de mais filhotes nascerem e caso surjam dias de frio garante a sobrevivência
dos mesmos. A ooteca também pode ser deixada com a mãe até a eclosão. Os filhotes
sofrerão ecdises e quando estiverem com cerca de 5 mm (varia de espécie para espécie,
geralmente são duas ecdises após a eclosão) devem ser separados e mantidos em potinhos
plásticos com algodão ou papel higiênico umedecido no fundo. Exemplo de incubadora:
17
Principais espécies:
Lasiodora parahybana:
Tamanho: De inicio de vida não são muito grandes mas chegam a medir até 25 cm de
extensão.
Habitat: Vivem em tocas rasteiras estas são encontradas disponíveis ou são escavadas
pelos próprios indivíduos e revestidos por uma fina camada de teia. Gostam de ambientes
úmidos com temperatura por volta dos 25ºC e umidade 70-80%.
Lasiodora klugi:
Tamanho: Ambos com tamanho médio variando entre 18 e 14 cm. Em alguns casos,
principalmente as fêmeas passam dos 20cm.
Alimentação: Composta inicialmente por pequenos insetos como baratas, grilos, após
atingir um certo tamanho as mesmas podem alimentar-se de pequenos répteis, neonatos,
gafanhotos, inclusive também outras aranhas. Têm preferencia, pelos criadores, os
indivíduos do sexo feminino, pois as mesmas possuem apetite maior, são mais vorazes; já os
indivíduos machos possuem um longo período de jejum. Preferencialmente no
desenvolvimento destas aranhas, é recomendada dieta com alto teor de proteínas, e cálcio,
responsável pelo endurecimento do exoesqueleto.
Terrario: Como não encontrei muita informação acredito que pode ser igual ao da L.
parahybana, : 40x30 x 40cm (mínimo) 50 x 30 x 40 cm (ideal). Substrato: terravegetal,
casca de pinus e pó de coco. Uma toca de casca de árvore esterilizada vai bem.
20
Avicularia versicolor:
Comportamento: É muito rápida e dócil, diferente das outras tarântulas, elas não
conseguem lançar seus pelos urticantes. Todas essas características leva a ser uma Tarântula
muito apreciada por criadores.
Avicularia metallica:
Apresentação: Conhecida como tarântula de botas, esta é uma das mais bonitas
dentre as aviculárias.
Grammostola pulchra:
Grammostola ihering:
Apresentação: Uma das mais belas Grammostolas. Possui uma coloração preta
escura aveludada, sendo vermelha com uma marcação metálica sobre o abdômen
característica. Pouco agressiva e dificilmente libera pêlos urticantes, é originária do sul do
Brasil e Uruguai.
Acanthoscurria geniculata:
Acanthoscurria atrox:
Acanthoscurria fracta:
Grammostola rosea:
Brachypelma albopilosum:
Apresentação: Também conhecida por Curlyhair pelos seus pelos crespos, é uma
espécie típica da América central. O gênero das Brachypelma costuma ser muito pouco
agressivo.
Brachypelma smith:
Apresentação: Também conhecida por Patas Vermelhas Mexicana, uma das mais
famosas caranguejeiras do hobby, costuma ser pouco agressiva e pode espalhar pêlos
urticantes com certa freqüência. Originária do México.
Brachypelma boehmei:
Apresentação: Também conhecida por Mexican fire legs, outra famosa caranguejeira
do hobby, um pouco mais agressiva que a outra espécie anterior, e pode espalhar pêlos
urticantes com certa freqüência. Originária do estado de Guerrero, no México.
Brachypelma emilia:
Poecilotheria regalis:
Comportamento: Muito agressiva, com veneno ativo no ser humano. Possui hábitos
arbóreos, com temperatura entre 22ºC à 28 ºC e humidade entre 70% à 80%. Tendem a ser
uma das mais sociáveis com outras de sua espécie;
Poecilotheria rufilata:
Apresentação: Esta é uma das mais belas Poecilotherias, na minha opinião, perde
apenas para a P. Metallica. Assim como todo o gênero Poecilotheria, possui veneno ativo no
ser humano, é uma das aranhas mais ameaçadas de extinção, assim como todo o gênero. È a
maior aranha arbórea do mundo. Originária da Índia e do Sri Lanka.
Poecilotheria metallica:
Apresentação: Esta é uma das mais belas caranguejeiras, com tons de azul, cinza,
branco e amarelo, também apresenta veneno ativo no ser humano e é bem agressiva e
rápida. Originária da Índia e do Sri Lanka.
Comportamento: Muito agressiva, com veneno ativo no ser humano. Possui hábitos
arbóreos, com temperatura entre 22ºC à 28 ºC e humidade cerca de 75%;
Heteroscodra maculata:
Apresentação: Esta espécie é originária do Togo, África. Possui veneno ativo no ser
humano e é agressiva, com hábitos arbícolas.
Comportamento: Muito agressiva, veloz e com veneno ativo no ser humano. Possui
hábitos arbóreos, com temperatura entre 24ºC à 28 ºC e humidade cerca de 75%;
Pterinochilus murinus:
Comportamento: Muito agressiva, veloz e com veneno ativo no ser humano. Possui
hábitos errantes e arbóreos, com temperatura entre 25ºC à 28 ºC e humidade cerca de 60%
à 70%;
Theraphosa blondi:
Vitalius paranaensis:
Apresentação: Esta é uma espécie originária do Paraná, estado sul do Brasil, todas as
do Gênero Vitalius são terrícolas em sua maioria, algumas possuem hábitos errantes,
gostam de se enterrar em um bom substrato de no mínimo 15cm, `a 30 cm, embora sejam
bem parecidas umas com as outras, geralmente são dóceis à moderado em seus
comportamentos.
Vitalius sorocabae:
Vitalius dubius:
Vitalius roseus:
Ephebopus murinus: