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ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA

TÍFICA DO CESUCA
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ADAPTAÇÃO ACADÊMICA DOS ALUNOS DA PSICOLOGIA DO CESUCA


AO ENSINO SUPERIOR: UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO E
INTERVENÇÃO

Evanisa Helena Maio de Brum¹


Brum
Fernanda Vaz Hartmann²
Hartmann
Débora Silva de Oliveira³
Oliveira
Alessandra Rodrigues de Souza⁴
Souza

RESUMO

O Curso de Psicologia do Cesuca criou um projeto para conhecer o perfil de seus alunos
e realizar intervenções relacionadas à adaptação à vida acadêmica. A metodologia
utilizada foi de pesquisa-ação
ação e os alunos foram avaliados através do Qva-r,
Qva BDI e BAI,
em dois momentos, antes
es e depois de intervenções grupais (terapia comunitária e
psicodrama). Os resultados revelaram que adaptação dos alunos melhorou após as
intervenções.

Palavras - chave: adaptação acadêmica; ensino superior; psicologia

INTRODUÇÃO

As últimas duas décadas tem se configurado como um período de grande


mudança na educação superior do Brasil,
Brasil devido ao aumento do número de Instituições
de Ensino Superior (IES) no país, a flexibilização do governo para a abertura de novas
instituições e a aceitação do poder privado
priv que passou a investir nesta esfera. Neste
novo contexto, o ensino superior privado passou a deter 74% dos alunos matriculados e
89% das IES do país,, sendo que entre
e 1997 e 2006, o crescimento do número de
instituições voltadas para o ensino superior atingiu
atingiu o índice de 152% (Cieglinsk, 2008).

______________________________________________________

¹Doutora
Doutora em Psicologia, Coordenadora e Professora do Curso de Psicologia do Cesuca e Membro do Núcleo Docente Estruturante.
²Mestre em Psicologia,
cologia, Professora do Curso de Psicologia do Cesuca e Membro do Núcleo Docente Estruturante.
³Doutora
Doutora em Psicologia, Professora do Curso de Psicologia do Cesuca e Membro do Núcleo Docente Estruturante.
⁴Graduanda
Graduanda do curso de Psicologia Faculdade CESUCA

Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:
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Todo este crescimento se deu pela regulamentação da LDB (Lei de Diretrizes e


Bases) na área da educação, que além de fixar normas básicas da participação do setor
privado na oferta de ensino (art.209),
(art.209) estabeleceu as diretrizes e bases da educação
nacional através da Lei 9394 (Brasil, 1996) oferecendo dispositivos que contemplam
uma ampla diversificação do sistema de ensino superior. Como resultado muitos
formatos institucionais surgiram (Unesco, 2008) permitindo aos alunos
lunos antes excluídos
começarem a ocupar o espaço que era preenchido pelas classes mais favorecidas.
Portanto, as instituições passaram a ter alunos com realidades social, educativa e
emocional muito diferente do que se tinha no passado (Cieglinsk, 2008).
8). Dessa forma,
tornou-se necessário conhecer o perfil destes alunos, bem como realizar intervenções
relacionadas à adaptação destes à vida acadêmica (Teixeira, Castro & Piccolo, 2007;
Teixeira, Dias, Wottrich & Oliveira, 2008). Neste contexto de criação de novas
instituições de ensino superior,
superio surgiu em 2004, o Complexo de Ensino Superior de
Cachoeirinha – Faculdade Inedi, uma instituição privada que possui atualmente sete
cursos de graduação: administração, ciências contábeis, direito, enfermagem,
matemática,
ática, pedagogia e psicologia e um curso tecnólogo em comércio exterior. O
curso de psicologia, objeto deste estudo, iniciou em 2009 com 90 alunos, contando com
300 alunos no momento de inicio deste projeto.

Embora a literatura científica sobre o tema aponte para a importância da


avaliação da adaptação dos alunos ao ensino superior, ainda são poucos os estudos
voltados a realização de intervenções grupais neste contexto. Em consulta a livros,
artigos e a base de dados IndexPsi e Pepsic,
P no período de 2000 a 2013,
2013 utilizando os
descritores: universitários e ensino superior combinados com adaptação, saúde
psicológica e intervenções, poucos foram os estudos encontrados sobre intervenções que
objetivassem auxiliar na adaptação do universitário ao ensino superior (Gomes &
Boruchovitch, 2011; Sampaio & Santos, 2002; Wantarabe, 2000; Bonifácio; Silva;
Montesano & Padovani, 2011). A maioria destes avaliou a adaptação dos universitários
ao ensino superior (Teixeira, Castro & Piccolo, 2007; Igui, Bariani & Milanesi, 2008;
2
Teixeira, Dias, Wottrich & Oliveira, 2008; Noronha, Martins, Gurgel & Ambiel, 2009) e
os que realizaram intervenções eram de cunho psicopedagógico relacionados a
dificuldades de leitura e interpretação (Gomes & Boruchovitch, 2011; Sampaio &
Santos, 2002;
02; Wantarabe, 2000). Portanto, poucos estudos de intervenções foram

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encontrados, e poucos objetivaram trabalhar de forma grupal com a saúde psicológica,


psicológica a
qual impacta diretamente a adaptação acadêmica dos alunos (Bonifácio; Silva,
Silva
Montesano & Padovani, 2011).
011). Partindo desta preocupação, o presente projeto teve por
objetivo investigar e promover o processo de adaptação de todos os estudantes
matriculados noo curso de psicologia do CESUCA ao ensino superior,, bem como criar
intervenções que promovam esta adaptação.

Para tanto foi formulado o projeto de Adaptação acadêmica dos alunos da


Psicologia do CESUCA ao Ensino Superior: Uma proposta de intervenção e de
avaliação com a utilização
ção da
d metodologia de pesquisa-ação que visa produzir
mudanças e compreender o fenômeno investigado (Gil, 1999). Realizar pesquisa-ação
pesquisa
significa planejar, observar, agir e refletir de maneira consciente e sistemática
sistemát (Kemmis
& McTaggart, 1988). Dessa forma, a avaliação de cada etapa do projeto faz com que as
ações possam ser repensadas
das e adequadas.
adequadas

MÉTODO

Participantes

Dos 300 alunos matriculados no curso de Psicologia,


Psicologia, 293 alunos participaram do
projeto,, no período de 2012.
2012

Instrumentos

Foi aplicado o Questionário de Vivências Acadêmicas (QVA-r). Este instrumento


possui qualidade
de psicométrica (Almeida,
( Ferreira & Soares, 2002)) e permite obter o
diagnóstico das dificuldades de adaptação no momento de inserção no ensino superior.
superior
Para otimizar o tempo de aplicação e manter a qualidade
qualidade do instrumento, foi utilizada a
versão reduzida (QVA-r) que vem sendo utilizada em Universidades e Faculdades no
Brasil (Teixeira, Castro & Piccolo, 2007; Igui, Bariani & Milanesi, 2008; Teixeira, Dias,
Wottrich & Oliveira, 2008; Noronha, Martins, Gurgel & Ambiel, 2009)
2009 e no exterior
(Soares, & Almeidaa 2002). A versão é composta por 60 itens, sendo que, a partir da
análise fatorial realizada no Brasil por Granado et. al., (2005), o instrumento foi
reduzido para 55 itens. A nova versão está estruturada em uma escala Likert de 5 pontos
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(1 = nada a ver comigo


migo até 5 = tudo a ver comigo) e se divide em 5 dimensões: pessoal
(percepção de bem-estar
estar físico e psicológico), interpessoal (relacionamento com colegas
e estabelecimento de relações mais íntimas e significativas), carreira (envolvimento com
o curso e desenvolvimento
esenvolvimento de carreira), estudo (rotina e competências de estudo e
gestão do tempo) e institucional (interesse geral pela instituição que frequenta,
conhecimento e apreciação dos serviços e infra-estrutura
infra estrutura da instituição).

Além desse instrumento, também


também foram incluídos dois outros que avaliam
sintomas depressivos e ansiosos através do Inventário Beck de Depressão - BDI (Cunha,
2001) e do Inventário Beck de Ansiedade - BAI (Cunha, 2001),, a fim de oferecer mais
clareza sobre esta variável avaliada que faz
faz parte da adaptação acadêmica, estando
especificamente relacionada à dimensão pessoal.

DELINEAMENTO E PROCEDIMENTOS

A metodologia
todologia de pesquisa-ação
pesquisa ação visa produzir mudanças e compreender o
fenômeno investigado (Becker, 1987). Para tanto, num primeiro momento
momen todos os
alunos do curso de psicologia foram convidados a participar do projeto, bem como
convidados a responder os instrumentos de pesquisa do projeto e a assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Tomando como base o resultado da aplicação do
QVA-r (Questionário
onário de Vivências Acadêmicas) na amostra de 26 alunos, foi aplicado
em 293 alunos matriculados no curso de Psicologia do Cesuca.

Após o levantamento da aplicação do


d QVA-rr nos 293 alunos do curso, também
foram respondidos o BDI e o BAI. A partir destes resultados, foram definidas
intervenções focais e grupais.

Na etapa seguinte que visava à ação propriamente dita, foram elaboradas


intervenções grupais no horário de aula, no formato de Psicodrama (Moreno, 1980) e
Terapia Comunitária (Barreto,
(Barreto, 2007) com a proposta de temas relacionados à adaptação
acadêmica. Para tanto, os professores do curso de psicologia do Cesuca receberam
capacitação em Psicodrama e Terapia Comunitária no total de 44 horas. Foi aplicado
primeiro a Terapia Comunitária por
por ser uma técnica que acessa verbalmente e
conscientemente as dificuldades (Barreto, 2007) e, posteriormente, o psicodrama por ser

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uma abordagem que acessa inconscientemente as dificuldades através da vivência


dramatizada (Moreno, 1980).

Em relação à Terapia
Terapia Comunitária foram seguidas as orientações metodológicas
descritas por Barreto (2007) que aborda cinco etapas. Na primeira etapa, ocorre o
acolhimento, momento em que são dadas as boas vindas aos participantes e são
estabelecidas as regras para o trabalho.
trabalho. Na segunda etapa, ocorre a escolha do tema que
será colocado em discussão, no caso da nossa aplicação de terapia comunitária foi
solicitado aos alunos que colocassem temas relacionados à Adaptação Acadêmica. Na
terceira etapa, o aluno que teve o tema escolhido
escolhido por votação tem de 3 a 5 minutos para
explicar o tema em detalhes. Na quarta etapa, de problematização, é colocada ao grupo
a seguinte questão: Quem já viveu algo parecido e superou pode dividir esta experiência
com o grupo? Por fim, na quinta etapa
etapa de encerramento os participantes fazem o
fechamento do trabalho dizendo o que estão levando de aprendizagem deste momento
de troca de experiências. Essa atividade foi realizada duas vezes no prazo de um ano,
cada uma com duração de 1 hora e meia.

Quanto à abordagem de Psicodrama, foram seguidas as orientações


metodológicas propostas por Moreno (1980). Na primeira etapa do trabalho, foi
realizado o aquecimento que é a preparação do indivíduo para a ação e que se divide em
aquecimento específico e inespecífico.
inespecífico. O inespecífico consiste em um conjunto de
procedimentos destinados a centralizar a atenção dos participantes e diminuir os estados
de tensão e facilitar a interação. O aquecimento específico ocorre no contexto dramático
e corresponde ao conjunto de procedimentos
procedimentos destinados à construção do papel que será
dramatizado, assim ocorre a preparação para a ação dramática. Na segunda etapa ocorre
a dramatização propriamente dita, os participantes começam a representar seu conflito.
Esta fase termina com o esclarecimento,
esclarecimento, encaminhamento ou a resolução do conflito
exposto. No caso específico das atividades realizadas neste projeto o tema a ser
dramatizado foi estabelecido ao grupo e relacionado as dificuldades de adaptação dos
alunos ao ensino superior. Na última etapa ocorre o momento de compartilhamento, é
solicitado aos participantes que cada um expresse aquilo que o tocou e emocionou na
dramatização. Ao longo do ano de trabalho foram realizadas três atividades de
psicodrama cada um com duração de 3 horas.

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Após todas essas atividades realizadas, foi também aplicado individualmente o


Instrumento de Avaliação das Intervenções, nos alunos que apresentaram escores
moderado e grave de depressão e ansiedade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Apresentam-se resultados preliminares,


preliminares, pois o projeto seguirá em andamento e
se constitui numa ação contínua no curso. Os resultados serão apresentados por meio de
categorias: Perfil do aluno de Psicologia do Cesuca, Levantamento do QVA(r),
Levantamento do BDI e BAI, e Intervenções de Psicodrama
drama e Terapia Comunitária e
Instrumento de Avaliação das Intervenções.
Intervenções

PERFIL DO ALUNO DE PSICOLOGIA DO CESUCA

Através de um senso realizado na instituição nesse mesmo ano (Cesuca, 2012),


percebeu-se
se que os alunos fazem parte de um perfil antes excluído do ensino superior
como refere à literatura (Cieglinsk
Cieglinsk, 2008; Unesco, 2008),, pois 78% são o primeiro da
família a cursar o ensino superior e pertencem à classe social baixa. Em relação aos
alunos da psicologia, verificamos que 84% são do sexo feminino; 41%
41% tem entre 21 e
30 anos; 57% são solteiros, 49% residem com os pais; 52% residem em Cachoeirinha e
67% trabalham.

Levantamento do QVA(r)

O instrumento foi aplicado, inicialmente, em uma amostra de 26 alunos que


estavam no 2º semestre do Curso de Psicologia.
Psicolog Os resultados encontrados quando
comparados a outros estudos,
estudos indicaram escores entre 2,50 e 3,00 (Soares,
(Soares Poubel &
Mello, 2009; Teixeira, Castro & Piccolo, 2007),
2007) revelando dificuldades nas dimensões
pessoal (4,50) e interpessoal (4,58).
(4,58)

O levantamento
nto da aplicação do QVA-r
QVA r nos 293 alunos do curso que
participaram da pesquisa revelou que a dimensão pessoal (3,19) seguia sendo uma das
dimensões na qual os alunos apresentavam dificuldades. Como esta dimensão engloba a
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avaliação de sintomas depressivos e ansiosos esses dados foram também confirmados


pelos resultados no BDI e BAI.
BAI

Outra dimensão do QVA-r


QVA r na qual os alunos apresentaram dificuldades foi a do
estudo (3,10) que está relacionada à rotina de estudo, competências de estudo e gestão
do tempo. Salientamos
ientamos que no estudo piloto, mencionado anteriormente, as duas
dimensões nas quais os alunos apresentaram mais dificuldades foi pessoal e
interpessoal. Dessa forma, o estudo maior apresentou resultados diferentes do estudo
piloto.

Levantamento do BDI e BAI

Os alunos foram avaliados através do BDI e BAI, em dois momentos, antes (em
2012) e depois (em 2013) das intervenções grupais (terapia comunitária e psicodrama).
Os dados revelaram que 10 alunos tiveram melhora no quadro depressivo e 14 no
quadro de ansiedade,
siedade, conforme tabela abaixo.

BDI BAI

2012 2013 2012 2013

22 19 23 23

32 14 28 22

21 26 22 30

16 17 26 24

16 11 23 14

17 9 21 15

22 28 35 8

22 6 20 15

14 15 23 31

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30 36 43 38

33 32 25 27

15 10 28 24

21 20 27 20

10 14 24 15

8 7 22 5

24 26 35 38

22 6 21 7

20 24 11 15

23 29 17 23

18 15 25 38

13 18 21 12

4 10 35 19

Tabela 1: Escores do BDI e BAI de 2012 e 2013

Os resultados levantados pelo BDI e BAI apontaram para a prevalência de 23%


de depressão e 31% de ansiedade (considerando os escores leve, moderado e grave).
Desta forma, os escores encontrados na nossa pesquisa são superiores aos indicados
pelo Ministério da Saúde (2008) que refere que quadros como transtornos de humor,
ansiedade, fóbicos e alimentares são de 12% na população em geral. Esse dado reforça a
importância da realização deste projeto dentro da IES corroborando com outro dado
levantamento que aponta que dos alunos acima citados somente 9 realizavam tratamento
psicológico e 3 psiquiátrico. Dessa forma, podemos supor que
que as intervenções
impactaram positivamente na melhora desses alunos.

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Intervenções de Psicodrama e Terapia Comunitária

Em
m cada atividade realizada de terapia comunitária e psicodrama, os alunos
registravam seu depoimento anonimamente em formato de texto.
texto Os dados revelaram,
de modo geral, que o aluno do curso de psicologia do Cesuca que participou deste
projeto se beneficiou positivamente das intervenções realizadas. Dos 143 alunos que
participaram das intervenções, 91% entenderam como positivas e que provocaram
prov
mudanças no seu processo de adaptação acadêmica.

Entretanto, os professores condutores do projeto se preocuparam com os 150


alunos que não participaram das intervenções. Estes foram questionados sobre o motivo
de sua não
ão participação, receberam uma folha na qual deveriam descrever o motivo de
forma anônima. Estes resultados foram igualmente analisados qualitativamente (Bardin,
2011).

Os resultados revelaram que: 1) esses alunos tiveram impedimento de


comparecer devido ao seu trabalho (24,5%); 2) usaram o tempo para colocar as leituras
em dia ou para descansar, pois a atividade não era obrigatória (24%); 3) não se sentiram
preparados emocionalmente para participar da atividade – principalmente do
psicodrama (22,5%); 4) tiveram
tiveram problemas de saúde consigo ou com familiares
(17,5%); 5) não sabiam que a atividade ocorreria (7%); e, por fim, 6) não acharam que a
atividade seria importante (4,5%).

Estes dados revelam a necessidade de uma maior divulgação para os alunos do


projeto
to em si e das técnicas utilizadas, bem como dos benefícios revelados pelos alunos
que participaram o que buscaria resolver as questões 2, 3,5 e 6 acima descritas. Outra

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questão que pode se revelar importante é oferecer técnicas de menos exposição do que o
psicodrama para as próximas ações, o que buscaria resolver a questão 3 de forma mais
direta.

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DAS INTERVENÇÕES

Tendo em vista que o objetivo deste estudo é investigar e promover o processo


de adaptação acadêmica dos alunos e que a ansiedade e depressão impactam
diretamente nas dimensões (pessoal e estudo) escolhidas como foco deste projeto
considerou-se
se de suma importância realizar uma avaliação individual com os alunos que
apresentaram escores moderado e grave de depressão (9%) e ansiedade (15%),
(15%) num
primeiro momento.

Dos 293 participantes do projeto, 34 apresentaram este quadro e foram


convidados para realizar uma entrevista de avaliação individual, destes 10 não
compareceram. Esta entrevista consistiu no preenchimento do Instrumento
ento de Avaliação
das Intervenções. Foi
oi realizada uma análise quantitativa e qualitativa,
qualitativa buscando
identificar pontos positivos e negativos das intervenções realizadas até o momento.
momento

Dos 23 questionários analisados, pode-se


pode se perceber que a maior parte dos alunos
apontou que através das intervenções realizadas puderam se dar conta de que suas
dificuldades eram semelhantes à de seus colegas, o que os deixava mais tranquilo para
lidar com os desafios da adaptação acadêmica.

Foram elencadas quatro categorias dee análise do Instrumento de Avaliação das


Intervenções: Motivação, Integração com os colegas, Identificação de seus próprios
problemas e Reflexões sobre as intervenções.
intervenções

Em relação à motivação três alunas identificaram que após as intervenções se


sentiram mais motivadas a buscar conhecimento e a procurar ajuda terapêutica em
função de suas dificuldades emocionais no processo de adaptação acadêmica. Tal fato
se deve tanto por ter sido acolhida pela professora que realizou a atividade quanto por
ter sido fortalecida
talecida enquanto aluna. “Me
Me senti muito acolhida pela professora que fez a
entrevista após a testagem. Após nossa conversa me senti motivada a procurar
tratamento terapêutico”;
”; “Me
“Me fortaleceu como aluna, acadêmica em busca de

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conhecimento, como pessoa em busca de realizações e que para tantos papéis


precisamos trabalhar nossas fragilidades”; “De
De certa forma falei do que sinto e sendo
send
assim vi que preciso de ajuda”.
Em relação à Integração com os colegas três alunos também apontaram que as
intervenções propiciaram
iciaram maior integração com seus colegas da faculdade. “Porque
“ me
integrei mais com os colegas, pude conhecer um pouco da vida deles”;
deles “Ajudou na
integração com os colegas”;
”; “Me
“Me senti acolhida pelos colegas e professores que sabem
do meu caso. Conheci colegas
legas que nunca tinha prestado atenção antes”
antes”.
Quanto a Identificação de seus próprios problemas a análise também
identificou que os alunos (9) apontaram em suas respostas qualitativas que as
intervenções os auxiliaram na identificação de seus próprios problemas
problemas. Através da
atividade de compartilhar angústias e dificuldades, puderam também pensar na
resolução dos mesmos: “Me
Me ajudou a identificar meus problemas e como solucioná-
solucioná
los”; “Tinha
Tinha dificuldade em organizar o pouco tempo que tenho para estudar, mas
ouvindo os conselhos dos colegas, consegui encontrar uma solução e aprendi a me
organizar melhor”; “Porque
Porque me ajudou a identificar o meu problema, o que me fez
aceitar a ajuda”; “Percebi
Percebi que outras pessoas também passam por dificuldades”;
dificuldades
“Para dividir informações
ormações com os colegas, saber que alguns problemas apontados
refletem não só em mim, mas também em vários colegas”;
colegas “Aprendi
Aprendi que não sou só eu
que enfrento
rento alguns tipos de problemas”. “Perceber
“Perceber que existem pessoas com
problemas semelhantes, me deixou mais aberta a ouvir possíveis soluções”;
soluções “Pude
entender melhor os conflitos que sentia e perceber que não estou só”;
”; “Porque pude
pu
com as palavras de colegas perceber que todos tem problemas, uns mais fáceis outros
mais complicados, mas que todos tem alguma solução”.
sol
Por fim, em relação a Reflexões a análise também identificou que os alunos (7)
puderam fazer reflexões importantes nesse processo de adaptação acadêmica através das
atividades. Dois alunos destacaram o benefício que o compartilhamento de sentimentos
traz aos alunos “É
É interessante ouvir o que os colegas tem a dizer posso aproveitar
alguma coisa, mas prefiro não falar muito”;
muito “Me
Me ensina. Com as outras pessoas vemos
situações não tão importantes para nós que merecem de qualquer maneira muita
atenção, principalmente
rincipalmente para ser um bom profissional da área”;
área
Os outros cinco alunos apontaram reflexões sobre o quanto que essas atividades
foram importantes para o seu crescimento profissional e pessoal: “Rever
Rever e pensar, como
com
me sinto de um ano para outro”; “Contribuiu
“ ribuiu para meu crescimento, consegui ter uma
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visão mais clara das coisas”; “É importante que o aluno tenha acompanhamento”;
acompanhamento
“Mostra
Mostra a preocupação da instituição com o aluno como um todo, e com os
profissionais que estão formando, principalmente em relação a mim como futura
profissional”; “Foi
Foi importante, pois consegui pensar mais a respeito sobre mim mesmo
e perceber que havia algo de errado e que poderia ser melhorado”.
melhorado

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora sejam resultados parciais esses já apontam para a efetividade


efetiv das
intervenções utilizadas no projeto. Destacamos a escolha da metodologia de pesquisa-
pesquisa
ação, por ser adequada
da para a realização deste projeto,
projeto pois permitiu a realização de um
diagnóstico da situação da adaptação acadêmica dos alunos. A partir deste diagnóstico
foram formuladas intervenções,
intervenções as quais foram avaliadas e, por fim, esta avaliação
determinou uma reflexão que permitiu a reformulação do projeto. Dessa forma, o
caminho do projeto é determinado pelos seus sucessos e fracassos, o que faz com que
q a
busca pela excelência seja uma construção contínua.

Podemos
odemos também destacar que as avaliações dos
do alunos que participaram foram
positivas,, bem como que o quadro sintomático dos alunos com escore moderado e grave
de depressão e ansiedade apresentou melhoras.
melhoras. Além disso, destacamos que este projeto
é inovador, pois embora,
mbora, como visto na revisão de literatura, vários autores apontem a
importância da avaliação da adaptação dos alunos ao ensino superior, ainda são poucos
os estudos voltados a realização de intervenções
rvenções grupais neste contexto.
Dos estudos brasileiros encontrados a maioria somente avaliou a adaptação dos
universitários ao ensino superior e os que realizaram intervenções,
intervenções, estas eram de cunho
psicopedagógico relacionadas
relacionada a dificuldades de leitura
ra e interpretação,
interpretação somente um
estudo trabalhou de forma grupal com a saúde psicológica dos
d acadêmicos (Bonifácio;
Silva; Montesano & Padovani, 2011). Questões que nos apontam para a importância da
realização de mais estudos sobre esta temática e reafirmam a continuidade deste projeto.
Como limitação do estudo observou-se
observou que 51% dos alunos não participaram das
intervenções por variados motivos.
mot A análise desses
es motivos fez com que os professores
condutores deste projeto reformulassem suas ações, incluindo: uma maior divulgação
aos alunos sobre o projeto,
projeto sobre as técnicas utilizadas, os dias de execução das
d
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intervenções, bem como sobre os benefícios revelados pelos que participaram.


participaram Outra
limitação referiu-se
se ao uso da abordagem de psicodrama para a qual os professores
receberam apenas 40 horas de formação.
formação Pensamos
ensamos que seria necessário maior preparo
da equipe em relação ao uso desta abordagem ou a ampliação das
as propostas de
intervenção. Para tanto, o grupo realizará uma revisão da literatura internacional.
internacional
Acreditamos
creditamos ser uma tarefa difícil atuar com um duplo papel dentro da IES, sendo
professor e condutor das intervenções. Nesse sentido, a equipe pensou que para as
próximas intervenções o professor não realize a intervenção de promoção de adaptação
acadêmicaa com a sua turma de alunos.

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