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Memorial Descritivo PDF
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ESTABILIZAÇÃO DE
ITÁ -SC , 2º SEMESTRE DE 2013
TALUDE
RUA TRANQUILO BORBA
5.4 Drenagem............................................................................................................................28
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madeira, arame, pedras, etc., onde os materiais inertes atuam como
estabilizadores do talude até que as plantas, através de suas raízes, sejam
capazes de realizar esta função.
Técnicas de engenharia natural valorizam o emprego de soluções que
possam contar o máximo possível, com a utilização de materiais construtivos
locais especialmente quanto ao material vegetal. As técnicas de engenharia
natural preconizam uma clara preferência por espécies nativas do local, que
além de solução técnica representem uma adequação ambiental e estética
condizente.
Atualmente, uma visão biotécnica das intervenções pode ser aliada às
técnicas tradicionais de engenharia. No caso específico deste projeto,
intervenções com base em técnicas de restauração de áreas degradadas e
engenharia natural, apresentam-se como alternativas viáveis de implantação de
medidas corretivas e preventivas. Intervenções baseadas em técnicas de
engenharia natural apresentam redução de custos, principalmente quanto à
manutenção, quando comparadas às técnicas tradicionais, além de produzirem
ganhos ecológicos e estéticos não encontrados nas correspondentes
intervenções tradicionais.
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3.0 OBJETIVO
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4.0 METODOLOGIA
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O local investigado encontra-se em área urbana no município de Seara-
SC. Trata-se de um talude muito inclinado com inclinação na faixa dos 60°
desestabilizado caracterizando solifluxão. Constituído por Cambissolos Háplicos
associados à Neossolos Litólicos originados da decomposição de rochas
vulcânicas pertencentes à Formação serra Geral.
Pode-se verificar no local que a vegetação foi removida desestabilizando
o talude estando propícios a escorregamentos. Este talude faz parte de um
contexto geomorfológico onde as cotas de altitude aumentam mais de 150
metros até o topo do morro situado ao norte com altitude de 729 metros. Ao
sul as cotas de altitude diminuem até o encontro da drenagem e aumentam
novamente até o cume do morro adjacente.
Neste local, a drenagem localizada ao sul, se dirige de leste para oeste
até contribuir com o Rio Caçador, deslocando para o sul atravessando a área
urbana estando inserido no contexto hidrográfico do rio Uruguai.
É importante salientar que o cenário geomorfológico no qual está inserida
a área urbana do município é de relevo forte ondulado a acidentado. Grande
parte da área urbana do município se estende por taludes fazendo com que a
feição de patamares entre áreas de proteção permanente seja frequente.
Desse modo o local não difere por condições geológicas e geomorfológicas de
grande parte da área urbana do município. A localização da urbanização nos
vales típicos do cenário geomorfológico as margens se estabeleceu em formas
de relevo forte ondulado, onde muitas habitações localizam-se em APPs.
Neste caso a urbanização ocorreu em movimentada superfície de
topografia, ao contrário de urbanizações localizadas em áreas planas.
Toda a área urbana do município assim como toda a região oeste do estado se
encontra no domínio geológico da formação Serra Geral constituída por rocha
vulcânica. O solo originado da decomposição desta rocha pelo intemperismo,
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em condições de relevo forte ondulado, normalmente é pouco espesso
classificado como Cambissolo Háplico. Os taludes são constituídos muitas
vezes por espessa camada de saprolito.
A vegetação natural desempenha um importante papel na proteção do
solo, e o desmatamento pode propiciar não somente o aparecimento da
erosão, mas também de movimentos coletivos de solos. De um modo geral a
atuação da mata nativa se dá no sentido de reduzir a intensidade da ação dos
agentes do clima no maciço natural assim favorecendo a estabilidade das
encostas.
O conjunto das copas e outras partes aéreas da floresta atuam
interceptando, retendo e também eliminado sob forma de vapor certo volume
de água excedente do metabolismo vegetal, por meio de evapotranspiração.
Os detritos vegetais em continua acumulação no terreno da floresta agem
hidraulicamente sob três modalidades principais:
Imobilizado boa parte da água que atinge o terreno através de sua alta
capacidade de retenção, sendo este efeito um tanto mais significativo, quanto
mais espessa for a acamada.
Desse modo o tipo de solo ocorrente no local é de fundamental
importância no monitoramento dos processos erosivos. Retendo substancial
volume de água da chuva, através do molhamento de ampla superfície de
folhagem, galhos troncos a até mesmo epífitas associadas e eliminando, em
outro estado da matéria um volume comparável a pluviosidade da região. De
acordo com o mapa de solos do estado e Santa Catarina no local predomina a
ocorrência de Cambissolos Háplicos .
Na vistoria em campo, em alguns locais os cortes no solo permitem
diagnosticar um horizonte sub-superficial mais desenvolvido conferido ao solo
um horizonte diagnostico de sub-superfície do tipo B nítico. Ressaltando que
no local predominam a ocorrência de horizonte diagnóstico de sub-superfície
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do tipo B Incipiente, típico dos Cambissolos. Em campo foram descritos perfis
mais profundos e menos profundos. Ambas as classes de solo oferecem riscos
a escorregamentos tanto rotacionais como transicionais.
Referente a análise de estabilidade pode-se concluir que, de um modo
geral o talude apresenta-se como uma massa de solo submetida a três
campos de forças: seu próprio peso, escoamento de água e sua resistência ao
cisalhamento.
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O talude em questão sofreu leves deslizamentos e está propenso a
ocorrência de novos, pois está desestruturado e sem cobertura vegetal.
É importante salientar que para a recomposição deste talude será
necessário utilizar as proximidades das moradias por um período de tempo,
para a acomodação de ferramentas, maquinários e materiais necessários ao
serviço. Esta não causará danos as infraestruturas privadas e públicas
próximas, contudo, para segurança pública sugere-se que se em algum
momento a atividade apresentar riscos e houver necessidade, as famílias sejam
relocadas temporariamente do local, apenas nos momentos em que esteja
sendo reafeiçoada a estrutura do talude.
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é auxiliar à estabilização do talude, que atualmente apresenta-se exposto (sem
cobertura vegetal) e sujeito à ação contínua de água proveniente das chuvas,
potencializando e mesmo desencadeando processos erosivos e de
desestabilização.
O projeto proposto irá interferir diretamente no talude, revegetando o
telude, porem tomando cuidado para utilizar espécies que supram a
necessidade e não sejam invasoras, possibilitando assim que com o tempo a
vegetação nativa possa se recompor naturalmente.
Recomenda-se que o projeto passe por avaliação dos órgãos ambientais
competentes de forma a trabalhar conciliando o social com ambiental, levando
em consideração a legislação ambiental vigente.
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Fonte – Sutili, 2007
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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Fonte – (Sutili 2007)
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5.0 ORIENTAÇÕES E INTERVENÇÕES PROPOSTAS
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5.2 Levantamento Topográfico
5.4 Drenagem
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Com base no levantamento topográfico detalhado e inspeção junto a
área serão propostas medidas de controle e escoamento da água com objetivo
de disciplinar as águas dos taludes em tratamento e seu entorno. Essa
atividade deve ser associada e complementar o projeto básico-executivo de
recobrimento vegetal. Drenagem superficial e profunda. Neste método o
fundamental é o coeficiente de deflúvio superficial “run-off” definido entre a
razão a precipitação pluviométrica e o escoamento (COUTO, 2010).
5.5 Biomanta
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na recomposição de vegetação em áreas degradadas, porque estas:
Protegem o solo imediatamente contra erosão superficial; Atuam como Mulch
(cobertura seca de solo) na germinação de sementes; Reduzem a evaporação
da água no solo e a insolação direta sobre o mesmo; Favorecem a infiltração
da água no solo.
Estes fatores ocorrem devido as características básicas das biomantas
biodegradáveis relatadas abaixo:
*Permeabilidade: Por serem constituídas de materiais fibrosos
desidratados e por se permitirem absorver teores de umidades até quatro
vezes superior ao peso do produto seco;
*Isolamento: eliminam a emissão de particulados para a atmosfera
sujeitas ao carregamento eólico;
*Proteção superficial do solo: reduzem o escorrimento superficial da
água por atuarem como dissipadores de energia do escorrimento
superficial, apresentando-se como obstáculo principalmente aos pingos
de chuva;
*Aumento da capacidade de troca catiônica do solo: ao ocorrer sua
degradação, apresenta-se como adubo orgânico, participando da
formação de substancias húmicas, assim aumentando os sítios de
absorção de nutrientes deste solo;
*Integração ambiental: são 100% degradáveis e apresentam perfeita
harmonia com o meio ambiente, como supracitado resultando em
adubação;
*Flexibilidade e praticidade: facilmente moldáveis, possuem grande
flexibilidade para se adaptarem às mais diversas situações, são de fácil
manuseio, leves e práticas, podendo ser aplicadas em locais de difícil
acesso e em encostas íngremes, sem necessidade de equipamentos
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sofisticados. Apresentam formas, dimensões, comprimento e diâmetro
variáveis e moldáveis à qualquer situação.
*Baixo custo: apresentam custos baixos comparados aos das técnicas,
dos produtos e dos processos convencionais da engenharia, por serem
constituídas de materiais fibrosos e resíduos de culturas agrícolas.
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com a bobina ao lado. Fixando estas com grampos de aço, bambu ou
madeira, distanciados aproximadamente 40 cm entre si no início do talude.
Tambem é necessário ao longo da superfície do talude e das sobreposições
executar fixações utilizando grampos, a quantidade de grampos e distancia
entre eles deve se levar em conta a inclinação do talude. Apesar de diferentes
desempenhos e características, as biomantas são fixadas da mesma maneira.
A partir daí resta esperar a natureza fazer seu trabalho e as sementes e
germinarem e começar a crescer (DNIT, 2006).
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Fig 24 - Biomanta fixada. (Fonte: LIS, projeto executado)
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Sugere-se, saídas a campo para a busca de locais de coleta de material
para a produção de mudas por propagação vegetativa e que servirão como
fonte de material vegetativo a ser utilizado de maneira direta nas obras e
modelos sugeridos.
A definição pelas espécies deverá levar em consideração a época do ano
em que será realizada a recuperação da área, para tanto recomenda-se a
adoção das seguintes espécies:
Anuais de Inverno
Azevén Lolium multiflorum
Ervilhaca / Avica Vicia Sativa
Aveia-preta Avena stringosa
Perenes Rasteiras
Hera Hedera canariensis
Cipó São João Pyrostegia venusta
Grama Amendoin Arachis repens
Capim dos Pampas Cortaderia selloana
Ipomea Ipomoea cairica
Anuais de Verão
Aveia Avena sativa
Persacola Paspalum notatum
Capim Gordura Melinis minutiflora
Perenes Arbustivas
Jasmin Amarelo Jasminum mesnyi
Caliandra Calliandra twendii
5.7 Hidrossemeadura
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aspersão apropriado. Sua aplicação se justifica pelo menor custo em áreas
com grande extensão e onde o acesso dos equipamentos de aplicação seja
garantido. A hidrossemeadura deverá ser precedida de um microcoveamento da
área e será realizada em todas as áreas onde for possível o acesso dos
equipamentos de aspersão. Estima-se aproximadamente 1.000m² de
hidrossemeadura. Serão utilizadas fundamentalmente espécies gramíneas e
forrageiras de hábito herbáceo para um recobrimento imediato e temporário do
solo. Seu efeito protetivo imediato e temporário será paulatinamente
complementado e substituído pelo desenvolvimento da vegetação perene.
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5.9 Plantio de mudas
5.11 Taludes
Pode-se entender como talude, qualquer terreno inclinado, natural ou
artificialmente: Talude natural é aquele que foi formado naturalmente pela
natureza, pela ação geológica ou pela ação das intempéries (chuva, sol, vento,
etc.). Talude artificial é aquele que foi construído pelo homem.
Os taludes artificiais podem ser comumente encontrados nas minas a
céu aberto, nas barragens de reservatório de água, nas laterais de estradas e
ruas, na escavação de um vala para assentamento de tubo de água e até nos
fundos das casas construídas em local em aclive (terreno subindo) ou declive
(terreno descendo), bem como em aterros e terraplenagens urbanas. A figura
abaixo demonstra a nomenclatura utilizada em taludes ou encostas.
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A Crista é a parte mais alta do talude e o pé é a parte mais baixa do A
Altura do talude (H) é a diferença de cota entre a crista e o pé, o ângulo ou
inclinação do talude é o ângulo, em graus, entre a horizontal e a reta média
entre a crista e o pé e é representado pela letra grega teta.
O corpo ou maciço do talude é a parte interna e é a parte em que
geológos e engenheiros estudam a sua constituição, isto é, que tipo de material
(argila, silte, areia, rocha, etc.) e suas propriedades como coesão, limite de
plasticidade, etc.
São estas características que irão definir a inclinação de um talude
natural. Terrenos rochosos suportam bem os taludes e podem apresentar
ângulo acentuado como 80~90 graus e em contrapartida terrenos arenosos não
gostam muito de taludes inclinados e apresentam ângulos pequenos como
20~30 graus
Rede de Percolação é a rede, ou desenho da rede, a trajetória que a
água faz dentro do maciço do talude. Uma parte da rede é constituída de água
que infiltra no terreno em áreas próximas do talude e outra parte da rede é
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constituída de água que infiltra em locais distantes, até vários quilômetros de
distância, e chegam até o talude.
Mina ou bica é o afloramento de água do talude. Águas que infiltram no terreno
e que percolam pelo maciço do talude afloram à superfície, geralmente, no pé
do talude. A diferença entre mina e bica é que a mina é qualquer afloramento
de água que sai do terreno enquanto que a bica é uma mina melhorada,
alguém instalou uma calha, uma pedaço de bambu, um cano, uma bica para
facilitar a tomada d'água.
CORTE E ATERRO:
Talude de corte é aquele que se forma como resultado de um processo
de corte, de retirada de material.Talude de aterro é aquele que se forma como
resultado da deposição, da terraplenagem e de botas-fora. As diversas etapas
e formas de aproveitamento de um talude:
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Em geral, as pessoas pensam primeiro na solução para depois pensar no
problema, ou melhor, na causa, ou causas, do problema. Quando se depara
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com um problema de Estabilidade de Talude, as pessoas logo pensam em
construir um Muro de Arrimo e saem à procura de uma empresa que possa
construir um “bom muro” a um custo “bem acessível”.
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6.0 REFERÊNCIAS
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