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Apostila de Pneumatica PDF
Apostila de Pneumatica PDF
Campus Salto
Tecnologia Pneumática
Ailson Marins
Salto
2009
Sumário Página
1. Introdução 1
2. Produção do ar comprimido 11
3. Distribuição do ar comprimido 16
4. Preparação do ar comprimido 22
5. Atuadores lineares 37
6. Motores pneumáticos 53
7. Válvulas 55
8. Seqüência de movimentos 82
9. Tipos de esquemas 88
10. Simbologia 97
Origem da palavra:
Dos antigos gregos provém a palavra “pneuma”, que significa fôlego, vento e
filosoficamente, alma; derivado desta surgiu o conceito de pneumática.
A) COMPRESSIBILIDADE:
É a propriedade que o gás tem de permitir a redução do seu volume sob a ação
de uma força exterior.
B) ELASTICIDADE:
É a propriedade que permite ao gás retornar ao seu volume primitivo, uma vez
cessado a força exterior que o havia comprimido.
C) EXPANSIBILIDADE:
É a propriedade que o gás tem de ocupar sempre o espaço ou volume total dos
recipientes. A expansibilidade é o inverso da compressibilidade.
D) DIFUSIBILIDADE:
1
1.2. Vantagens no uso do ar comprimido:
2
1.5. Fundamentos das leis físicas dos gases
3
1.6. Grandezas, símbolos e unidades
4
1.7. Força e pressão
Regra do Triângulo:
a
“a” significa divisão
b “b” significa multiplicação
F F
F
P A P A
P A
5
1.9. Pressão atmosférica
Quem imaginou e levou a efeito essa exper iência foi o físico italiano Torricelli, de
onde vem o nome de barômetro de T orricelli.
6
1.10. Relação entre unidades de força
1 Kp = 1 Kgf 1 Kp = 9,81 N
Para cálculos aproximados, consideramos: 1 Kp = 10N
Kp/cm 2 T orr
Pa metro da
pressão atm bar (mm de coluna de
(n/m 2 ) ( Kgf/cm2 ) água
Hg)
1,013
1 atm 1 1,013 1,033 760 10,33
x 10 5
9,81
1 kp/cm 2 0,968 0,981 1 736 10
x 10 4
Onde:
atm -atmosfera;
mm Hg -altura da coluna de mercúrio em milímetros;
bar -unidade do CGS = 10 6 bárias (do grego baris = pesado);
kp/cm² - quilopond por centímetro ao quadrado;
kgf/cm² - quilograma força por centímetro ao quadrado;
kPa - quilopascal;
mca - altura da coluna de água em metros;
PSI - Pound Square Inch (lbf/pol²) : libra-força por polegada
ao quadrado.
7
ATENÇÃO
Pressão Absoluta
Sobrepressão
Pressão
Relativa
Zero absoluto
EXEMPLO
O manômetro indica:
8
1.12 Temperatura
Escala Fahrenheit
Escala Célsius
Escala Kelvin
Temperatura de
congelamento da água
0 ºC 32 ºF 273 K
º C = 5 x ( º F – 32 ) K = 5 x ( º F – 32 ) + 273
9 9
K = º C + 273 º C = K - 273
9
1.13 Leis Físicas dos gases
10
2. PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO
11
2.1. Compressor de êmbolo com movimento linear
A) Compressor de êmbolo:
B) Compressor de membrana :
12
2.2. Compressores de êmbolo rotativo
13
2.3. Generalidades
A) Volume de ar fornecido
B) Pressão
C) Acionamento
D) Regulagem
14
E) Refrigeração
15
3. DISTRIBUIÇÃO DO AR COMPRIMIDO
16
3.2. Rede condutora principal
17
Nota: Na distribuição do ar comprimido deve-se estar atento a possíveis
vazamentos na rede, para que não haja perdas de pressão e elevação nos custos.
18
Partindo da tubulação principal, são instaladas as ligações em derivação.
Quando o consumo de ar é muito grande, consegue-se, mediante esse tipo de
montagem, uma manutenção de pressão uniforme.
O ar flui em ambas as direções.
A) Tubulações principais:
B) Tubulações secundárias:
Tubulações à base de borracha (mangueiras) somente devem ser usadas onde for
requerida uma certa flexibilidade e onde, devido a um esforço mecânico mais
elevado, não possam ser usadas tubulações de material sintético.
19
3.5. Conexões para tubulações
flange
conexão rápida
20
21
4. PREPARAÇÃO DO AR COMPRIMIDO
Onde:
1) Filtro de sucção;
2) Compressor;
3) Resfriador (temp. entr.. = 90 a 200ºC temp. saída = 40ºC);
4) Separador de água;
5) Reservatório de ar;
6) Filtro entrada do secador;
7) Secador de ar (temp. entr.= 30 a 40ºC temp. saída = 4ºC);
8) Filtro de saída do secador;
9) T omada de ar comprimido;
10) Unidade de conservação (filtro – regulador de pressão – lubrificador).
22
Sistema de refrigeração de um compressor:
23
4.2. Secadores de ar comprimido
24
DIAGRAMA DO PONTO DE ORVALHO
Exemplo
25
O ar comprimido pode ser secado de três maneiras diferentes:
26
B) Secagem por adsorção
27
C) Secagem por resfriamento
28
4.3. Unidade de conservação
Simbologia:
29
A). Filtro de ar comprimido
Funcionamento:
As partículas sólidas maiores que a porosidade do filtro, são retidas por este.
Com o tempo, o acúmulo dessas partículas impede a passagem do ar.
Portanto, o elemento filtrante (bronze sinterizado ou malha de nylon) deve ser
limpo ou substituído em intervalor regulares.
30
Dreno automático do Filtro de ar:
Funcionamento:
31
B) Regulador de pressão
32
REGULADOR DE PRESSÃO (cont...)
Funcionamento:
33
C).Lubrificador
Princípio Venturi:
34
Funcionamento do lubrificador
35
No emprego da unidade de conservação, deve-se observar os seguintes pontos:
A) Filtro de ar comprimido
C) Lubrificador de ar comprimido
Componentes plásticos, vedações e copo devem ser limpos com água e sabão
neutro (biodegradável).
36
5. Atuadores lineares (cilindros)
Exemplos de aplicação:
C) Acionamento de prensa
37
Observação:
LEGENDA
1 Camisa 7 Anel raspador (limpador da haste)
2 Haste 8 Regulagem do amortecimento dianteiro
3 Êmbolo 9 Vedação do amortecimento
4 Vedação do êmbolo 10 Regulagem do amortecimento traseiro
5 Vedação da haste 11 Tampa traseira
6 Bucha de guia da haste 12 Tampa dianteira
A camisa (1) na maioria dos casos é feita de um tubo de aço trefilado a frio, sem
costura. Para aumentar a vida útil dos elementos de vedação, a superfície interna
do tubo é brunida.
Para tampas (11) e (12 usa-se normalmente material fundido (alumínio fundido ou
ferro maleável)).
A fixação das tampas pode ser feita com tirantes, roscas ou flanges.
38
A haste (2) geralmente é feita com aço beneficiado, revestida com camada de
cromo para proteção de corrosão.
Para a vedação da haste do êmbolo, existe um anel circular (5) na tampa anterior.
A haste do êmbolo está guiada na bucha de guia (6). Esta bucha pode ser de
bronze sintetizado ou de material sintético metalizado.
Na frente dessa bucha, encontra-se o anel limpador (7), que evita a entrada de
partículas de pó e de sujeita no cilindro. Assim não é necessária outra proteção.
39
5.2 Tipos de vedações para atuadores lineares:
40
Em atuadores com mola montada, o curso do êmbolo é limitado pelo
comprimento da mola. Por essa razão, são fabricados com comprimentos até
aproximadamente 100mm.
Empregam-se esses elementos de trabalho principalmente para fixar, expulsar,
prensar, elevar, alimentar, etc.
Quando o atuador possuir mola na câmara traseira, poderá ser usado para
travamento.
Estes atuadores podem, em princípio, ter curso limitado, porém deve-se levar em
consideração as possibilidades de deformação por flexão e flambagem.
São encontrados, normalmente, com curso até 2000mm.
41
Os atuadores de dupla ação, também designados por duplo efeito, são
empregados em todos os casos em que é necessária força nos dois sentidos do
movimento, devendo- se, entretanto observar que os esforços de flexão sobre a
haste dos cilindros devem ser evitados ao máximo, através do uso de guias,
fixações oscilantes, etc., para que não haja desgaste acentuado de bucha, gaxeta
do mancal e gaxeta do êmbolo.
Possibilidades de amortecimento:
42
D) Atuador linear de haste dupla (haste passante)
A haste é mais bem guiada devido aos dois mancais de guia, o que possibilita a
admissão de uma ligeira carga lateral.
43
F) Atuador linear de posição múltipla
44
G) Atuador linear de impacto
45
A outra válvula permite que a pressão atmosférica atue sobre o êmbolo, evitando
uma soldagem entre a parede divisória e o êmbolo, devido à eliminação quase
que total do ar entre os dois, o que tenderia à formação de um vácuo parcial.
Como nos atuadores rotativo tipo cremalheira, já descritos, também nos atuadores
tipo aleta giratória é possível um giro angular limitado.
O movimento angular raramente vai além de 300 º
46
5.4. Tipos de fixação
47
5.5. Cálculos de atuadores lineares
A) Força do êmbolo
Ft = P . Aav
Fea = Ft - ( Fr + Fm )
Aav
Aav = Ft
P
Onde:
Ft = Força teórica em kgf P = Pressão de trabalho em kgf / cm2
Fr = Força de resistência ao atrito em kgf Aav = (Ac – Área da camisa) = Área útil
Aav
Fea = Ft - Fr
D
Onde:
48
F t = P x Ar
Ar = Ac - Ah
d Ah
Ar Ac = 0,785 x D2
D
Ah = 0,785 x d2
Fer = Ft - Fr
Onde:
Ft = Força teórica em kgf d = diâmetro da haste em cm
Fer = Força efetiva no recuo em kgf Ar = Área útil de recuo em cm2
Fr = Força de resistência ao atrito em kgf
Ac = Área da camisa em cm2
=3 a 20% de Ft
P = Pressão de trabalho em kgf / cm2 Ah = Área da haste em cm2
D = Diâmetro da camisa em cm
49
Exemplo: Cálculos de forças de um atuador linear de dupla ação:
50
Tabela “Pressão-Força de avanço para Cilindros Pneumáticos”
B) Dimensões do cilindro
Deve-se evitar curso muito longo, pois a haste será facilmente solicitada a
flambagem e flexão.
51
D) Consumo de ar
Com o auxílio do diagrama de consumo de ar, pode ser calculado mais simples e
rapidamente o consumo do equipamento.
6 0,0005 0,0008 0,0011 0,0014 0,0016 0,0019 0,0022 0,0025 0,0027 0,0030 0,0033 0,0036
12 0,002 0,003 0,004 0,006 0,007 0,008 0,009 0,010 0,011 0,012 0,013 0,014
16 0,004 0,006 0,008 0,010 0,011 0,014 0,016 0,018 0,020 0,022 0,024 0,026
25 0,010 0,014 0,019 0,024 0,029 0,033 0,038 0,043 0,048 0,052 0,057 0,062
35 0,019 0,028 0,038 0,047 0,056 0,066 0,075 0,084 0,093 0,103 0,112 0,121
40 0,025 0,037 0,049 0,061 0,073 0,085 0,097 0,110 0,122 0,135 0,146 0,157
50 0,039 0,058 0,077 0,096 0,115 0,134 0,153 0,172 0,191 0,210 0,229 0,248
70 0,076 0,113 0,150 0,187 0,225 0,262 0,299 0,335 0,374 0,411 0,448 0,485
100 0,155 0,213 0,307 0,383 0,459 0,535 0,611 0,687 0,763 0,839 0,915 0,991
140 0,303 0,452 0,601 0,750 0,899 1,048 1,197 1,346 1,495 1,644 1,793 1,942
200 0,618 0,923 1,227 1,531 1,835 2,139 2,443 2,747 3,052 3,356 3,660 3,964
250 0,966 1,441 1,916 2,393 2,867 3,342 3,817 4,292 4,768 5,243 5,718 6,193
Q = s . n . q (l/min) Q = 2 . (s . n. q) (l/min)
Q = volume de ar (l/min) n = número de cursos por minuto (ciclos)
s = comprimento de curso (cm) q = consumo de ar por cm de curso
52
Exemplo:
Q u a l o c o n s u m o d e a r d e u m c i l i n d r o d e d u p l a a ç ã o , c om d i âm e t r o d e 5 0 m m , c om 1 0 0m m d e
curso, que realiza 10 cursos por minuto, submetido à pressão de serviço igual a 6 bar.
Q = 2 . (s . n. q) (l min) Q = 2 . (10cm . 10. 0,134)
s = 100mm = 10cm Q = 2 . 13,4
n = 10 cursos por minuto Q = 26,8 l/min
q = 0,134 (conforme tabela do consumo de ar)
6.Motores pneumáticos
Parafusar Lixar
Furar Polir
Roscar Rebitar, etc.
53
6.2. Tipos mais utilizados
54
7. VÁLVULAS
55
No primeiro desenho, a torneira está fechada e não permite a passagem da água.
B) Número de vias:
As vias de passagem de uma válvula são indicadas por linhas nos quadrados
representativos de posições, e a direção do fluxo, por setas.
56
Triângulo no símbolo representa vias de exaustão do ar (escape).
C) Posição de repouso:
- Válvula normal fechada (NF) que não permite passagem do fluido na posição
normal.
- Válvula normal aberta (NA) que permite passagem do fluido na posição normal.
57
No exemplo da torneira, representado pela figura da página anterior, podemos
caracterizar uma válvula de duas vias, duas posições.
D) Tipos de acionamentos:
58
Exemplos:
Acionamento mecânico
E) Tipo de retorno:
59
F) Vazão:
60
Válvula direcional 5/3vias, Válvula direcional 5/3 vias,
Centrofechado, acionada centro aberto positivo, acionada.
por duplo solenóide ou manual por duplo solenóide ou manual
Auxiliar e servo pilotado, auxiliar e servo pilotada,
centrada por molas. centrada por molas.
- A força de acionamento;
- A maneira de acionar;
- A possibilidade de ligação;
- O tamanho da construção.
A.1) Cônico
A.2) Prato
61
B) Válvulas corrediças
1ª Posição 2ª Posição
FUNCIONAMENTO
62
A.2.) Válvulas de assento (sede) formato de disco plano ou prato
Descrição: Válvula direcional 3/2vias, acionada por apalpador, retorno por mola
FUNCIONAMENTO
63
2ª Posição de comutação: “ACIONADA”
Ao acionar-se a alavanca do rolete, abre-se a válvula de servo comando, o ar comprimido flui para
a membrana e movimenta o prato da válvula principal para baixo.
Primeiramente, fecha-se a passagem da via 2(A) para a via 3(R), em seguida, abre-se a
passagem do fluxo de ar da via 1(P) para a via 2(A), gerando um sinal de saída.
OBSERVAÇÃO: “ Este tipo de construção possibilita o seu emprego como válvula normal
fechada (NF) ou normal aberta (NA), bastando para isso, girar em 180º o cabeçote de atuação,
conforme mostra a figura a seguir.”
Descrição: Válvula direcional 3/2vias, NA, acionada por rolete, servo comandado ou servo
pilotada, retorno por mola.
FUNCIONAMENTO
O fluxo de ar de pressão na via 1(P) está interligado à via de utilização 2(A), gerando um sinal de
saída, e a pressão de comando que chega na válvula de servo pilotagem está bloqueada.
A via de escape 3(R) está obstruída.
64
2ª Posição de comutação: “ACIONADA”
Ao acionar-se a alavanca do rolete, abre-se a válvula de servo comando, o ar comprimido flui para
a membrana e movimenta o prato da válvula principal para baixo.
Primeiramente, fecha-se a passagem da via 1(P) para a via 2(A), em seguida, abre-se a
passagem do fluxo de ar da via 2(A) para a via 3(R), exaurindo o sinal de saída.
Descrição: Válvula direcional 3/2vias, NF, acionada por simples pressão piloto
, retorno por mola.
1ª Posição 2ª Posição
FUNCIONAMENTO
O comando 12(Z) está sem pressão piloto; com isto a mola mantém o prato para
cima, bloqueando a via 1(P).
A via de utilização 2(A) está interligada à via de escape 3(R).
Injetando-se uma pressão piloto sobre o prato, se dará o seu deslocamento para
baixo, desde que esta pressão seja maior que a força da mola. Com isto o fluxo
de ar comprimido da via 1(P) será interligado à via 2(A) de utilização.
A via 3(R) estará bloqueada.
65
Descrição: Válvula direcional 3/2vias, NF, acionada por simples pressão piloto , retorno por mola.
1ª Posição 2ª Posição
FUNCIONAMENTO
Ao energiar-se a bobina, o núcleo móvel será atraído pelo campo eletromagnético, levantando-se
do assento de vedação da válvula. Com isto, o fluxo de ar irá passar da via 1(P) para a via 2(A) de
utilização.
OBSERVAÇÃO: Válvula direcional 2/2 vias pode ser usada, por exemplo para abertura de
passagem de fluxo de vapor, água de refrigeração de equipamentos ou drenagem de
condensados.
66
Descrição: Válvula direcional 3/2 vias; NF; acionada por solenóide ou por acionamento auxiliar
manual e servo comandado (pilotada); retorno por mola.
1ª Posição 2ª Posição
FUNCIONAMENTO
A bobina ao ser energizada, o núcleo móvel será atraído pelo campo eletromagnético,
levantando-se do assento de vedação da válvula. Com isto, o fluxo de ar do servo piloto irá passar
e acionar para baixo o carretel da válvula principal, abrindo-se a passagem da via pressão 1(P)
para a via de utilização 2(A).
67
B) Válvulas corrediças
Descrição: Válvula direcional 5/2 vias; acionada por duplo piloto (pressão positiva) - Válvula de
Memória.
FUNCIONAMENTO
1ª Posição de comutação:
Injetando-se um sinal de impulso de pressão piloto 12(Y), sem a presença de pressão piloto em
14(Z), o carretel é deslocado e mantido à direita e as vias estão interligadas da seguinte forma:
Via 1(P) ligada à via 2(B);
Via 4(A) ligada à via 5 (R);
Via 3(S) bloqueada.
2ª Posição de comutação:
Injetando-se um sinal de impulso de pressão piloto 14(Z), sem a presença de pressão piloto em
12(Y), o carretel é deslocado e mantido à esquerda e as vias estão interligadas da seguinte forma:
Via 1(P) ligada à via 4(A);
Via 2(B) ligada à via 3(S);
Via 5(R) bloqueada.
68
B.2.) Carretel com assento tipo prato suspenso
Descrição: Válvula direcional 5/2 vias; acionada por duplo piloto (pressão positiva) ou manual
auxiliar - Válvula de Memória.
acionamento manual
auxiliar
FUNCIONAMENTO
1ª Posição de comutação:
2ª Posição de comutação:
69
B.3) Válvula corrediça giratória (disco)
FUNCIONAMENT O
Posição de comutação - 1:
Posição de comutação - 2:
Posição de comutação - 3:
No centro do pistão de comando encontra-se um prato com um anel, vedante, o qual seleciona os
canais de trabalho A e B, com o canal de entrada de pressão P.
71
7.2. Válvulas de bloqueios
Válvulas de bloqueio são aparelhos que impedem a passagem do fluxo de ar em uma direção,
dando passagem na direção oposta.
Internamente, a própria pressão aciona a peça de vedação positiva e ajusta, com isto, a vedação
da válvula.
A) Válvula de retenção
O bloqueio do fluxo pode ser feito por cone, esfera, placa ou membrana.
72
B) Válvula alternadora (função lógica “OU”)
Com pressões iguais e havendo coincidência de sinais P1 e P2, prevalecerá o sinal que chegar
primeiro.
73
C) Válvula de simultaneidade (função lógica “E”)
Com pressões diferentes dos sinais de entrada, a pressão maior fecha um lado
da válvula e a pressão menor vai para a saída A.
74
D) Válvula de escape rápido
Evita-se, com isso, que o ar de escape seja obrigado a passar por uma
canalização longa e de diâmetro pequeno até a válvula de comando.
Observação:
75
7.3. Válvulas de pressão
B)Válvula de Seqüência
Esta não permite que o aumento da pressão no sistema seja acima da pressão
admissível (pré-determinada).
76
7.4. Válvula reguladora de fluxo
Esta válvula tem por finalidade influenciar o fluxo do ar comprimido. O fluxo será
influenciado igualmente em ambas as direções.
Tipos:
Torneira-registro Gaveta
Símbolo:
Esta unidade consiste em uma válvula de 3/2 vias NF, com acionamento
pneumático, de uma válvula reguladora de fluxo unidirecional e de um
reservatório de ar.
78
Função:
Válvula de retardo
Temporizador NF
A válvula de retardo é composta de uma válvula de 3/2 vias NA, uma válvula
reguladora de fluxo unidirecional e um reservatório de ar.
79
Válvula de retardo
Temporizador NA
A flip-flop é uma válvula de atuação pneumática que, a cada impulso na conexão Z, permanece
aberta ou fechada, ou seja, os canais permanecem interligados de P para A ou de A para R.
O aparelho pneumático de comando bimanual deve ser usado em todos os casos nos quais o
operador é exposto a perigos de acidentes no serviço manual, por exemplo, quando comanda
cilindros pneumáticos ou equipamentos onde ambas as mãos devem estar em segurança.
Um sinal permanente na saída A é produzido somente quando ambas as entradas da válvula
recebem simultaneamente, isto é, dentro de 0,2 a 0,5 segundos, pressão mediante duas válvulas
de botão de 3/2 vias.
Soltando-se uma ou ambas as válvulas de botão, a passagem de ar é interrompida de imediato.
Os cilindros ou válvulas conectadas em A voltam à sua posição inicial.
81
8. Seqüência de movimentos
A má confecção dos esquemas resulta em interpretação insegura, que torna impossível, para
muitos, a montagem ou a busca de defeitos, de forma sistemática.
Exemplo:
Pacotes que chegam sobre um transportador de rolos são elevados por um cilindro pneumático A
e empurrados por um cilindro B sobre um segundo transportador.
Assim, para que o sistema funcione devidamente, o cilindro B deverá retornar apenas quando A
houver alcançado a posição final.
82
B) Forma de tabela:
A+ B+ A- B-
Diagrama de movimento
Diagrama de funcionamento
Diagrama de comando
83
- Diagrama de trajeto e passo:
84
Recomendamos que, para a disposição do desenho, observe-se o seguinte:
85
D.2)Diagrama de comando
Exemplo:
Estado de abertura de um relé b.
86
O diagrama de funcionamento para o exemplo da página anterior está
representado na figura abaixo.
Entretanto, como mostra a figura acima, (válvula fim de curso 2.2), a linha de
acionamento para válvulas (chaves) fim de curso deve ser desenhada antes ou
depois da linha de passo, uma vez que, na prática, o acionamento não se dá
exatamente no final do curso, mas sim, certo tempo antes ou depois.
87
9. Tipos de esquemas
As alternativas são:
1. Esquemas de comando de posição.
2. Esquemas de comando de sistema.
88
B) Esquema de comando de sistema
Está baseado numa ordenação, isto é, todos os símbolos pneumáticos são desenhados em
sentido horizontal e em cadeia de comando.
Este tipo de esquema, em razão da ordenação, além de facilitar a leitura, elimina ou reduz os
cruzamentos de linhas.
89
9.2. Denominação dos elementos pneumáticos
.0 Elementos de trabalho;
.1 Elementos de comando
.2, .4... Todos os elementos que influenciam o avanço do elemento de
trabalho considerado (números pares);
.3, .5... Todos os elementos que influenciam o retorno (números ímpares);
.01, .02... Elementos auxiliares, entre o elemento de comando e o elemento
de trabalho;
0.1 , 0.2... Elementos de alimentação (unidade de conservação, válvulas de
fechamento), que influenciam todas as cadeias de comando.
90
9.3. Sobreposição de sinais
91
Observa-se que o circuito pneumático apresentado na página anterior, não
executa a seqüência de movimento desejada, devido à sobreposição de sinais em
b0 e a1.
Nota-se que o cilindro A permanece recuado mesmo com o comando de avanço,
através do botão start.
Descrição de funcionamento:
10. Acionando- se o botão start, o cilindro A avança. Antes do final do seu curso
de avanço, a válvula de gatilho a1 é acionada e o cilindro B
avança.Exatamente no final do curso de avanço do cilindro B, a válvula de
rolete b1 é acionada para efetuar o recuo deste mesmo cilindro.Antes do final
do seu curso de recuo, a válvula de gatilho b0 é acionada e o cilindro A recua.
92
B) Solução da seqüência A+ B+ B- A- por corte de sinal:
Descrição de funcionamento:
Avanço do cilindro A:
Avanço do cilindro B:
12. No final do curso de avanço do cilindro A, o rolete a1 é acionado e o cilindro B
avança. Enquanto o rolete a1 permanece acionado, o corte de sinal 2 processa
um tempo, para em seguida cortar a pressão de pilotagem 14 .
Recuo do cilindro B:
Recuo do cilindro A:
93
C) Solução da seqüência A+ B+ B- A- por vál vula de memória :
Descrição de funcionamento :
Avanço do cilindro A:
15. Acionando- se o botão start, a válvula de memória 1 é acionada cortando a
pressão de pilotagem 12; a válvula de memória 2 também é acionada
preparando a pressão de pilotagem 14 de comando de avanço do cilindro B.
Simultaneamente, o cilindro A avança.
Avanço do cilindro B:
16. No final do curso de avanço do cilindro A , o rolete a1 é acionado e o cilindro
B avança.
Recuo do cilindro B:
17. No final do curso de avanço do cilindro B, o rolete b1 é acionado, a válvula de
memória 2 é desacionada, cortando a pressão de pilotagem 14.
Simultaneamente, a válvula de memória 1 é desacionada, preparando a
pressão de pilotagem 12 de comando de recuo do cilindro A, e também o
cilindro B recua .
Recuo do cilindro A:
18. No final do curso de recuo de B, o rolete b0 é acionado e o cilindro A recua.
94
D) Solução da seqüência A+ B+ B- A- por método cascata:
Descrição de funcionamento:
Avanço do cilindro A:
19. Acionando- se o botão start, a válvula de memória 1 é acionada, o grupo n1 é
pressurizado e o cilindro A avança.
Avanço do cilindro B:
20. No final do curso de avanço do cilindro A , o rolete a1 é acionado e o cilindro
B avança.
Recuo do cilindro B:
21. No final do curso de avanço do cilindro B, o rolete b1 é acionado, a válvula de
Memória 1 é desacionada, o grupo nº2 é pressurizado e o cilindro B recua.
Recuo do cilindro A:
22. No final do curso de recuo do cilindro B, o rolete b0 é acionado e o cilindro A
recua.
95
E) Solução da seqüência A+ B+ B- A- por método passo a passo:
Descrição de funcionamento:
Avanço do cilindro A:
23. Acionando- se o botão start, a válvula de memória 3/2vias do grupo n1 é
acionada, este grupo é pressurizado e o grupo nº4 é despressurizado.
Com o grupo nº1 pressurizado, a válvula de impulso 5/2vias é
comutada(trocada de posição) e o cilindro A avança.
Avanço do cilindro B:
24. No final do curso de avanço do cilindro A , o rolete a1 é acionado, a válvula de
memória 3/2vias do grupo nº 2 é comutada, este grupo é pressurizado e o
grupo nº1 é despressurizado.
Com o grupo nº2 pressurizado, a válvula de impulso 5/2vias é comutada e o
cilindro B avança.
Recuo do cilindro B:
25. No final do curso de avanço do cilindro B , o rolete b1 é acionado, a válvula de
memória 3/2vias do grupo nº 3 é comutada, este grupo é pressurizado e o
grupo nº2 é despressurizado.
Com o grupo nº3 pressurizado, a válvula de impulso 5/2vias é comutada e o
cilindro B recua.
Recuo do cilindro A:
26. No final do curso de recuo do cilindro B , o rolete b0 é acionado, a válvula de
memória 3/2vias do grupo nº4 é comutada, este grupo é pressurizado e o
grupo nº3 é despressurizado.
Com o grupo nº4 pressurizado, a válvula de impulso 5/2vias é comutada e o
cilindro A recua.
96
10. SIMBOLOGIA
Conforme NBR 8896, 8897, 8898 (baseada nas ISO 1219,5598, 5599, DIN 24300, DIN/ ISO1219,
CETOP RP100)
Conexão de descarga
simples e não
Fonte de pressão
conectável
(escape livre)
Conexão de descarga
rosqueada para
Linha flexível
conexão
(escape dirigido)
Plugue ou conexão
Silenciador
bloqueada
97
Reservatório
Filtro com dreno
pneumático
automático
(acumulador)
Resfriador Lubrificador
Unidade
Purgador de água com
condicionadora
dreno manual
(símbolo simplificado)
Cilindro de simples
Purgador de água com
ação, retorno por
dreno automático
força externa
Cilindro de simples
Filtro ação, retorno por
mola
98
Cilindro de dupla ação Válvula Alternadora
com haste dupla (função lógica OU)
Válvula de escape
Compressor
rápido
Válvula de
Motor Pneumático com
simultaneidade
um sentido de fluxo
(Função lógica E)
Manômetro ou
Motor Pneumático com Vacuômetro
(a linha pode ser
dois sentidos de fluxo
conectada em qualquer
ponto da circunferência)
Válvula de retenção
simples com mola.
Pressostato rearmado
(indicar sempre ao lado por mola ajustável
da mola a pressão de
abertura)
99
Válvula direcional
Válvula de fechamento
3vias, 2 posições
manual (registro)
normal aberta
Válvula direcional 3
Válvula de controle de
vias 3 posições,
vazão com orifício de
posição central
passagem fixo
fechada
Válvula direcional 4
Válvula de controle de
vias 3 posições,
vazão com orifício de
posição central
passagem regulável
fechada
Válvula direcional
Válvula direcional
2vias, 2 posições
4vias, 2 posições
normal fechada
Válvula direcional 3
Acionamento de
vias 2posições, normal
válvula por botão
fechada
100
Alavanca Trava (detente)
Acionamento direto
por piloto externo
Pedal
(por aplicação ou por
aumento de pressão)
Acionamento direto
Apalpador ou came por piloto externo
(por despressurização)
Acionamento direto
por piloto externo por
Mola
áreas de atuação
diferentes
Acionamento direto
Rolete por piloto interno
(por aplicação ou por
acréscimo de pressão)
Acionamento direto
Rolete articulado por piloto interno
(por despressurização)
Acionamento indireto
Acionamento por por piloto interno
solenóide (por aplicação ou por
acréscimo de pressão)
Solenóide operado
Acionamento indireto
proporcionalmente
por piloto interno
(válvula proporcional e
(por despressurização)
servoválvula)
101
Acionamento Operada por pressão
combinado(por solenóide em ambas as
ou piloto hidráulico) direções
Válvula de alívio, de
Acionamento
segurança ou
combinado(por solenóide
limitadora de pressão
com piloto pneumático)
diretamente acionada
Válvula de alívio, de
Acionamento por segurança ou
solenóides e centragem limitadora de pressão
por molas comandada por piloto
à distância
102
11. INTRODUÇÃO A ELETROPNEUMÁTICA
Uma máquina industrial apresentou defeito. O operador chamou a manutenção mecânica, que
solucionou o problema.
Indagado sobre o tipo de defeito encontrado, o mecânico de manutenção disse que estava na
parte elétrica, mas que ele, como mecânico, conseguiu resolver. Onde termina a parte mecânica e
começa a parte elétrica?
Com três áreas tecnológicas bem distintas nas máquinas, uma certa divisão do trabalho de
manutenção é necessária. Há empresas que mantêm os mecânicos de manutenção, os
eletricistas e os eletrônicos em equipes separadas.
É interessante notar que a boa divisão do trabalho só dá certo quando as equipes mantêm
constante a troca de informações e ajuda mútua. Para facilitar o diálogo entre as equipes, é bom
que elas conheçam um pouco das outras áreas.
Um técnico eletrônico com noções de mecânica deve decidir bem melhor quanto à natureza de
um defeito do que aquele desconhecedor da mecânica. O mecânico com alguma base
eletroeletrônica tanto pode diferenciar melhor os defeitos como até mesmo resolver alguns
problemas mistos.
Conhecimentos sobre tensão, corrente e resistência elétricas são imprescindíveis para quem vai
fazer manutenção em máquinas eletromecatrônicas. Recordando:
Tensão elétrica (U) – É a força que alimenta as máquinas. A tensão elétrica é medida em volt (V).
As instalações de alta-tensão podem atingir até 15.000 volts. As mais comuns são as de 110V,
220V e 380V. Pode ser contínua (a que tem polaridade definida) ou alternada.
Corrente elétrica (I) – É o movimento ordenado dos elétrons no interior dos materiais submetidos
a tensões elétricas. A corrente elétrica é medida em ampère (A). Sem tensão não há corrente, e
sem corrente as máquinas elétricas param. A corrente elétrica pode ser contínua (CC) ou
alternada (CA).
Resistência elétrica (R) – É a oposição à passagem de corrente elétrica que todo material
oferece. Quanto mais resistência, menos corrente. Máquinas elétricas e componentes eletrônicos
sempre apresentam uma resistência característica. A medida da resistência, cujo valor é expresso
em ohm (Ω), é um indicador da funcionalidade das máquinas e de seus componentes.
103
11.2. Aparelhos elétricos
Os aparelhos elétricos mais utilizados na manutenção eletroeletrônica são: voltímetro,
amperímetro, ohmímetro, multímetro e osciloscópio. Os aparelhos elétricos podem ser digitais ou
dotados de ponteiros. Os dotados de ponteiros são chamados de analógicos.
Voltímetro: é utilizado para medir a tensão elétrica tanto contínua (VC) quanto alternada (VA).
Amperímetro: é utilizado para medir a intensidade da corrente elétrica contínua (CC) e alternada
(CA).
104
Osciloscópio: permite visualizar gráficos de tensões elétricas variáveis e determinar a freqüência
de uma tensão alternada.
Medida de tensão
A medida de tensão elétrica é feita conectando as pontas de prova do aparelho aos dois pontos
onde a tensão aparece. Por exemplo, para se medir a tensão elétrica de uma pilha com um
multímetro, escolhe-se uma escala apropriada para medida de tensão contínua e conecta-se a
ponta de prova positiva (geralmente vermelha) ao pólo positivo da pilha, e a ponta negativa
(geralmente preta) ao pólo negativo.
105
Em multímetros digitais, o valor aparece direto no mostrador. Nos analógicos, deve-se observar o
deslocamento do ponteiro sobre a escala graduada para se determinar o valor da tensão.
Nas medidas de tensão alternada, a polaridade das pontas de prova não se aplica.
Medida de corrente
A corrente elétrica a ser medida deve passar através do aparelho. Para isso, interrompe-se o
circuito cuja corrente deseja-se medir: o aparelho entra no circuito, por meio das duas pontas de
prova, como se fosse uma ponte religando as partes interrompidas.
Medida de resistência
As medidas de resistência devem ser feitas, sempre, com o circuito desligado, para não danificar
o aparelho. Conectam-se as pontas de prova do aparelho aos dois pontos onde se deseja medir a
resistência.
O aparelho indica a resistência global do circuito, a partir daqueles dois pontos. Quando se deseja
medir a resistência de um componente em particular, deve-se desconectá-lo do circuito.
106
Pane elétrica
Diante de uma pane elétrica, deve-se verificar primeiramente a alimentação elétrica, checando a
tensão da rede e, depois, os fusíveis.
Os fusíveis são componentes elétricos que devem apresentar baixa resistência à passagem da
corrente elétrica. Intercalados nos circuitos elétricos, eles possuem a missão de protegê-los contra
as sobrecargas de corrente.
De fato, quando ocorre uma sobrecarga de corrente que ultrapassa o valor da corrente suportável
por um fusível, este “queima”, interrompendo o circuito.
Em vários modelos de fusível, uma simples olhada permite verificar suas condições. Em outros
modelos é necessário medir a resistência.
Resistência de entrada
Podemos medir a resistência geral de uma máquina simplesmente medindo a resistência a partir
dos seus dois pontos de alimentação. Em máquinas de alimentação trifásica, mede-se a
resistência entre cada duas fases por vez. Essa resistência geral é denominada de resistência de
entrada da máquina.
Qual a resistência elétrica de entrada de uma máquina em bom estado? Esta pergunta não tem
resposta direta. Depende da máquina, porém, duas coisas podem ser ditas.
A) Se a resistência de entrada for zero, a máquina está em curto-circuito. Isto fatalmente levará à
queima de fusível quando ligada. Assim, é natural que o curto-circuito seja removido antes de ligar
a máquina. Para compreender o conceito de curto-circuito, observe a figura a seguir.
107
Podemos ver pela figura que a corrente elétrica sai por um dos terminais da fonte elétrica (pilha ou
bateria), percorre um fio condutor de resistência elétrica desprezível e penetra pelo outro terminal,
sem passar por nenhum aparelho ou instrumento. Quando isso ocorre, dizemos que há um curto-
circuito. O mesmo se dá, por exemplo, quando os pólos de uma bateria são unidos por uma chave
de fenda, ou quando dois fios energizados e desencapados se tocam.
Quando ocorre um curto-circuito, a resistência elétrica do trecho percorrido pela corrente é muito
pequena, considerando que as resistências elétricas dos fios de ligação são praticamente
desprezíveis. Assim, pela lei de Ohm, se U (tensão) é constante e R (resistência) tende a zero,
necessariamente I (corrente) assume valores elevados. Essa corrente é a corrente de curto-
circuito.
Resumindo:
Circuito em curto pode se aquecer exageradamente e dar início a um incêndio. Para evitar que
isso aconteça, os fusíveis do circuito devem estar em bom estado para que, tão logo a
temperatura do trecho “em curto“ aumente, o filamento do fusível funda e interrompa a passagem
da corrente.
108
B) Se a resistência de entrada for muito grande, a máquina estará com o circuito de alimentação
interrompido e não funcionará até que o defeito seja removido.
Vimos a importância da medida da resistência na entrada de alimentação elétrica. No caso em
que a resistência for zero, podemos dizer ainda que a máquina está sem isolamento entre os
pontos de alimentação. Sim, pois o termo curto-circuito significa que os dois pontos de medição
estão ligados eletricamente, formando assim um caminho curto para passagem de corrente entre
eles. Contudo, o teste de isolamento pode ser aplicado também em outras circunstâncias.
Aterramento
Instalações elétricas industriais costumam possuir os fios “fase”, “neutro” e um fio chamado de
“terra”. Trata-se de um fio que de fato é ligado à terra por meio de uma barra de cobre em uma
área especialmente preparada. O fio neutro origina-se de uma ligação à terra no poste da
concessionária de energia elétrica. A resistência ideal entre neutro e terra deveria ser zero, já que
o neutro também se encontra ligado à terra; mas a resistência não é zero.
Até chegar às tomadas, o fio neutro percorre longos caminhos. Aparece uma resistência entre
neutro e terra, que todavia não deve ultrapassar uns 3 ohms, sob pena de o equipamento não
funcionar bem. Assim, um teste de resistência entre neutro e terra pode ser feito com ohmímetro,
porém, sempre com a rede desligada.
O fio terra cumpre uma função de proteção nas instalações. As carcaças dos equipamentos
devem, por norma, ser ligadas ao fio terra. Assim, a carcaça terá sempre um nível de tensão de
zero volt comparado com o chão em que pisamos. Nesse caso, dizemos que a carcaça está
aterrada, isto é, no mesmo nível elétrico que a terra.
Opostamente, uma carcaça desaterrada pode receber tensões elétricas acidentalmente (um fio
desencapado no interior da máquina pode levar a isso) e machucar pessoas. Por exemplo, se
alguém tocar na carcaça e estiver pisando no chão (terra), fica submetido a uma corrente elétrica
(lembre-se de que a corrente circula sempre para o neutro, isto é, para a terra), levando um
choque, que poderá ser fatal, dependendo da intensidade da corrente e do caminho que ela faz ao
percorrer o corpo.
109
O isolamento entre a carcaça dos equipamentos e o terra pode ser verificada medindo-se o valor
da resistência que deve ser zero. Nas residências, é sempre bom manter um sistema de
aterramento para aparelhos como geladeiras, máquinas de lavar e principalmente chuveiros. Um
chuveiro elétrico sem aterramento é uma verdadeira cadeira elétrica!
Continuidade
Outros problemas simples podem ser descobertos medindo a resistência dos elementos de um
circuito. Por exemplo, por meio da medida da resistência, pode-se descobrir se há mau contato,
se existe um fio quebrado ou se há pontos de oxidação nos elementos de um circuito. Resumindo,
para saber se existe continuidade em uma ligação, basta medir a resistência entre suas pontas.
Esse procedimento é recomendado sempre que se tratar de percursos não muito longos.
110
12. EXERCÍCIOS
4. Em um curto-circuito:
a) ( ) a corrente é zero e a resistência é elevada;
b) ( ) a resistência é zero e a tensão é elevada.;
c) ( ) a resistência é alta e a corrente é elevada;
d) ( ) a resistência é zero e a corrente é elevada;
e) ( ) a tensão e a corrente são nulas.
5. Em uma instalação elétrica com aterramento, o fio .................. deve estar ligado
à ....................................dos equipamentos. A tensão entre a carcaça e o terra, nesses casos,
é ..................... volt.
6. Quando falamos em continuidade de uma ligação elétrica, estamos querendo dizer que:
a) ( ) a medida da resistência elétrica de ponta a ponta na ligação é infinita;
b) ( ) a medida da resistência elétrica de ponta a ponta na ligação é zero;
c) ( ) visualmente a ligação é contínua;
d) ( ) somente corrente contínua pode circular pela ligação;
e) ( ) somente corrente alternada pode circular pela ligação.
111
13. COMPONENTES ELÉTRICOS DOS CIRCUITOS
Os componentes de entrada de sinais elétricos são aqueles que emitem informações ao circuito
por meio de uma ação muscular, mecânica, elétrica, eletrônica ou combinação entre elas. Entre os
elementos de entrada de sinais podemos citar a botoeiras, a chave fim de curso, o sensor de
proximidade e o pressostato, entre outros, todos destinados a emitir sinais para energização ou
desenergização do circuito ou parte dele.
Botoeira
A botoeira é uma chave elétrica acionada manualmente que apresenta, geralmente, um contato
aberto e outro fechado. De acordo com o tipo de sinal a ser enviado ao comando elétrico, a
botoeira é caracterizada como pulsadora ou com trava.
112
Essa botoeira possui um contato aberto e um contato fechado, sendo acionada por um botão
pulsador liso e reposicionada por mola. Enquanto o botão não for acionado, os contatos 11 e 12
permanecem fechados, permitindo a passagem da corrente elétrica, ao mesmo tempo em que os
contatos 13 e 14 se mantêm abertos, interrompendo a passagem da corrente. Quando o botão é
acionado, os contatos se invertem de forma que o fechado abre e o aberto fecha. Soltando-se o
botão, os contatos voltam à posição inicial pela ação da mola de retorno.
As botoeiras com trava também invertem seus contatos mediante o acionamento de um botão,
entretanto, ao contrário das botoeiras pulsadoras, permanecem acionadas e travadas mesmo
depois de cessado o acionamento.
Esta botoeira é acionada por um botão giratório com uma trava que mantém os contatos na última
posição acionada. Como o corpo de contatos e os bornes são os mesmos da figura anterior e
apenas o cabeçote de acionamento foi substituído, esta botoeira também possui as mesmas
características construtivas, isto é, um contato fechado nos bornes 11 e 12 e um aberto 13 e 14.
Quando o botão é acionado, o contato fechado 11/12 abre e o contato 13/14 fecha e se mantêm
travados na posição, mesmo depois de cessado o acionamento. Para que os contatos retornem à
posição inicial é necessário acionar novamente o botão, agora no sentido contrário ao primeiro
acionamento.
113
Outro tipo de botoeira com trava, muito usada como botão de emergência para desligar o circuito
de comando elétrico em momentos críticos, é acionada por botão do tipo cogumelo.
Mais uma vez, o corpo de contatos e os bornes são os mesmos, sendo trocado apenas o
cabeçote de acionamento. O botão do tipo cogumelo, também conhecido como botão soco-trava,
quando é acionado, inverte os contatos da botoeira e os mantém travados. O retorno à posição
inicial se faz mediante um pequeno giro do botão no sentido horário, o que destrava o mecanismo
e aciona automaticamente os contatos de volta a mesma situação de antes do acionamento.
Outro tipo de botão de acionamento manual utilizado em botoeiras é o botão flip-flop, também
conhecido como divisor binário, o qual alterna os pulsos dados no botão, uma vez invertendo os
contatos da botoeira, outra trazendo-os à posição inicial.
114
Chaves Fim de Curso
As chaves fim de curso, assim como as botoeiras, são comutadores elétricos de entrada de sinais,
só que acionados mecanicamente. As chaves fim de curso são, geralmente, posicionadas no
decorrer do percurso de cabeçotes móveis de máquinas e equipamentos industriais, bem como
das hastes de cilindros hidráulicos e ou pneumáticos.
O acionamento de uma chave fim de curso pode ser efetuado por meio de um rolete mecânico ou
de um rolete escamoteável, também conhecido como gatilho. Existem, ainda, chaves fim de curso
acionadas por uma haste apalpadora, do tipo utilizada em instrumentos de medição como, por
exemplo, num relógio comparador.
Esta chave fim de curso é acionada por um rolete mecânico e possui um contato comutador
formado por um borne comum 11, um contato fechado 12 e um aberto 14. Enquanto o rolete não
for acionado, a corrente elétrica pode passar pelos contatos 11 e 12 e está interrompida entre os
contatos 11 e 14. Quando o rolete é acionado, a corrente passa pelos contatos 11 e 14 e é
bloqueada entre os contatos 11 e 12. Uma vez cessado o acionamento, os contatos retornam à
posição inicial, ou seja, 11 interligado com 12 e 14 desligado.
115
116
Esta outra chave fim de curso também é acionada por um rolete mecânico mas, diferentemente da
anterior, apresenta dois contatos independente sendo um fechado, formado pelos bornes 11 e 12,
e outro aberto, efetuado pelos bornes 13 e 14. Quando o rolete é acionado, os contatos 11 e 12
abrem, interrompendo a passagem da corrente elétrica, enquanto que os contatos 13 e 14
fecham, liberando a corrente.
Os roletes mecânicos acima apresentados podem ser acionados em qualquer direção que
efetuarão a comutação dos contatos das chaves fim de curso. Existem, porém, outros tipos de
roletes que somente comutam os contatos das chaves se forem acionados num determinado
sentido de direção. São os chamados roletes escamoteáveis, também conhecidos na indústria
como gatilhos.
Esta chave fim de curso, acionada por gatilho, somente inverte seus
contatos quando o rolete for atuado da esquerda para a direita. No
sentido contrário, uma articulação mecânica
faz com que a haste do mecanismo dobre, sem acionar os contatos comutadores da chave fim de
curso. Dessa forma, somente quando o rolete é acionado da esquerda para a direita, os contatos
da chave se invertem permitindo que a corrente elétrica passe pelos contatos 11 e 14 e seja
bloqueada entre os contatos 11 e 12. Uma vez cessado o acionamento, os contatos retornam à
posição inicial, ou seja, 11 interligado com 12 e 14 desligado.
Sensores de Proximidade
Os sensores de proximidade, assim como as chaves fim de curso, são elementos emissores de
sinais elétricos os quais são posicionados no decorrer do percurso de cabeçotes móveis de
máquinas e equipamentos industriais, bem como das haste de cilindros hidráulicos e ou
pneumáticos. O acionamento dos sensores, entretanto, não dependem de contato físico com as
partes móveis dos equipamentos, basta apenas que estas partes aproximem-se dos sensores a
uma distância que varia de acordo com o tipo de sensor utilizado.
Existem no mercado diversos tipos de sensores de proximidade os quais devem ser selecionados
de acordo com o tipo de aplicação e do material a ser detectado. Os mais empregados na
automação de máquinas e equipamentos industriais são os sensores capacitivos, indutivos,
117
ópticos, magnéticos e ultra-sônicos, além dos sensores de pressão, volume e temperatura, muito
utilizados na indústria de processos.
Diante dessa característica comum da maior parte dos sensores de proximidade, é necessária a
utilização de relés auxiliares com o objetivo de amplificar o sinal de saída dos sensores,
garantindo a correta aplicação do sinal e a integridade do equipamento.
118
Os sensores de proximidade indutivos são capazes de detectar apenas
materiais metálicos, a uma distância que oscila de 0 a 2 mm,
dependendo também do tamanho do material a ser detectado e das
características especificadas pelos diferentes fabricantes .
119
Outro tipo de sensor de proximidade óptico, muito usado na automação industrial, é o do tipo
reflexivo no qual emissor e receptor de luz são montados num único corpo, o que reduz espaço e
facilita sua montagem entre as partes móveis dos equipamentos industriais. A distância de
detecção é entretanto menor, considerando-se que a luz transmitida pelo emissor deve refletir no
material a ser detectado e penetrar no receptor o qual emitirá o sinal elétrico de saída.
Pressostato
Os pressostatos, também conhecidos como sensores de pressão, são chaves elétricas acionadas
por um piloto hidráulico ou pneumático. Os pressostatos são montados em linhas de pressão
hidráulica e ou pneumática e registram tanto o acréscimo como a queda de pressão nessas
linhas, invertendo seus contatos toda vez em que a pressão do óleo ou do ar comprimido
ultrapassar o valor ajustado na mola de reposição.
120
Se a mola de regulagem deste pressostato for ajustada com uma pressão de, por exemplo, 7 bar,
enquanto a pressão na linha for inferior a esse valor, seu contato 11/12 permanece fechado ao
mesmo tempo em que o contato 13/14 se mantém aberto. Quando a pressão na linha ultrapassar
os 7 bar ajustado na mola, os contatos se invertem abrindo o 11/12 e fechando o 13/14.
121
Relés Auxiliares
Os relés auxiliares são chaves elétricas de quatro ou mais contatos, acionadas por bobinas
eletromagnéticas. Há no mercado uma grande diversidade de tipos de relés auxiliares que,
basicamente, embora construtivamente sejam diferentes, apresentam as mesmas características
de funcionamento.
Este relé auxiliar, particularmente, possui 2 contatos abertos (13/14 e 43/44) e 2 fechados (21/22 e
31/32), acionados por uma bobina eletromagnética de 24 Vcc. Quando a bobina é energizada,
imediatamente os contatos abertos fecham, permitindo a passagem da corrente elétrica entre
eles, enquanto que os contatos fechados abrem interrompendo a corrente. Quando a bobina é
desligada, uma mola recoloca imediatamente os contatos nas suas posições iniciais.
Além de relés auxiliares de 2 contatos abertos (NA) e 2 contatos fechados (NF), existem outros
que apresentam o mesmo funcionamento anterior mas, com 3 contatos NA e 1 NF.
122
Este outro tipo de relé auxiliar utiliza contatos comutadores, ao invés dos tradicionais contatos
abertos e fechados. A grande vantagem desse tipo de relé sobre os anteriores é a versatilidade do
uso de seus contatos.
Enquanto nos relés anteriores a utilização fica limitada a 2 contatos Na e 2 NF ou 3 NA e 1 NF, no
relé de contatos comutadores pode-se empregar as mesmas combinações, além de, se
necessário, todos os contatos abertos ou todos fechados ou ainda qualquer outra combinação
desejada. Quando a bobina é energizada, imediatamente os contatos comuns 11, 21, 31 e 41
fecham em relação aos contatos 13, 24, 34 e 44, respectivamente, e abrem em relação aos
contatos 12, 22, 32 e 42. Desligando-se a bobina, uma mola recoloca novamente os contatos na
posição inicial, isto é, 11 fechado com 12 e aberto com 14, 21 fechado com 22 e aberto com 24,
31 fechado com 32 e aberto com 34 e, finalmente, 41 fechado com 42 e aberto em relação ao 44.
123
Contatores de Potência
Os contatores de potência apresentam as mesmas características construtivas e de
funcionamento dos relés auxiliares, sendo dimensionados para suportarem correntes elétricas
mais elevadas, empregadas na energização de dispositivos elétricos que exigem maiores
potências de trabalho.
124
Relés Temporizadores
Este relé temporizador possui um contato comutador e uma bobina com retardo na ligação, cujo
tempo é ajustado por meio de um potenciômetro. Quando a bobina é energizada, ao contrário dos
relés auxiliares que invertem imediatamente seus contatos, o potenciômetro retarda o
acionamento do contato comutador, de acordo com o tempo nele regulado. Se o ajuste de tempo
no potenciômetro for, por exemplo, de 5 segundos, o temporizador aguardará esse período de
tempo, a partir do momento em que a bobina for energizada, e somente então os contatos são
invertidos, abrindo 11 e 12 e fechando 11 e 14. Quando a bobina é desligada, o contato
comutador retorna imediatamente à posição inicial. Trata-se, portanto, de um relé temporizador
com retardo na ligação.
125
Este outro tipo de relé temporizador apresenta retardo no desligamento. Quando sua bobina é
energizada, seu contato comutador é imediatamente invertido. A partir do momento em que a
bobina é desligada, o período de tempo ajustado no potenciômetro é respeitado e somente então
o contato comutador retorna à posição inicial.
126
Contadores Predeterminadores
Os relés contadores registram a quantidade de pulsos elétricos a eles
enviados pelo circuito e emitem sinais ao comando quando a contagem
desses pulsos for igual ao valor neles programados. Sua aplicação em
circuitos elétricos de comando é de grande utilidade, não somente para
contar e registrar o número de ciclos de movimentos efetuados por uma
máquina mas, principalmente, para controlar o número de peças a serem
produzidas, interrompendo ou encerrando a produção quando sua
contagem atingir o valor neles determinado.
127
Para retornar seu contato comutador à posição inicial e zerar seu
mostrador, visando o início de uma nova contagem, basta emitir um
pulso elétrico em sua bobina de reset R1/R2 ou, simplesmente acionar
manualmente o botão reset localizado na parte frontal do mostrador.
128
Indicadores Luminosos
Indicadores Sonoros
129
Solenóides
TECNOLOGI A ELETROPNEUMÁTICA
nahp (Núcleo de Automação Hidráulica e Pneumática) do SENAI- SP,
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