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2010
Copyright © UNIASSELVI 2010
Elaboração:
Prof. Felipe Pires de Souza
620
S7293s Souza, Felipe Pires de.
Engenharia da Qualidade/ Felipe Pires de Souza
Centro Universitário Leonardo da Vinci – Indaial:
Grupo UNIASSELVI, 2010.x ; 198. p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-271-9
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a).
III
UNI
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1: CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA
MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS........................................................... 1
VII
4 PDCA – METODOLOGIA ................................................................................................................. 61
4.1 IDENTIFICAÇÃO/CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA – PASSO - 1 .............................. 61
4.2 OBSERVAÇÃO – PASSO - 2 .......................................................................................................... 62
4.3 ANÁLISE – PASSO - 3 . ................................................................................................................. 63
4.4 PLANO DE AÇÃO – PASSO - 4 ................................................................................................... 64
4.5 AÇÃO – PASSO - 5 ......................................................................................................................... 65
4.6 VERIFICAÇÃO – PASSO - 6 ........................................................................................................ 65
4.7 PADRONIZAÇÃO – PASSO - 7 . .................................................................................................. 66
4.8 CONCLUSÃO – PASSO - 8 ........................................................................................................... 67
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 68
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................................... 72
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 73
VIII
3.4 PLANO DE CONTROLE DE PRODUÇÃO . .............................................................................. 128
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 129
RESUMO DO TÓPICO 3 ...................................................................................................................... 133
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 134
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta primeira unidade será dividida em três tópicos. No final de cada tópico,
você encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e análise dos
estudos já realizados.
TÓPICO 1 – PROGRAMA 5S
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
PROGRAMA 5S
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), o Programa 5S – Cinco Sensos – é um dos principais
programas do Controle Total da Qualidade, em minha opinião talvez o programa mais
importante, pois junto com a implantação dos Cinco Sensos deve haver principalmente
uma mudança no modo de pensar e de agir das pessoas. Sem esta mudança, esta
conscientização, após a implantação o programa, acaba caindo no esquecimento.
FONTE: O autor
LIMPEZA
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AU
5S
FONTE: Disponível em: <http://www.pucrs.br/feng/5s/fotos/sensos.
gif>. Acesso em: 11 nov. 2009.
3
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FIGURA 3 – ORIGEM 5S
4
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
5
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
6
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
Olhando esta figura, você pode estar pensando duas coisas: a primeira é
“como nunca reparei nisto antes?” E a segunda: “No meu dia a dia, não encontro este
tipo de situação normalmente.” Claro que aqui utilizei um exemplo bem claro e com
certo exagero para demonstrar como devemos proceder com as coisas que são úteis,
mas vamos analisar outras duas figuras que devem ser mais comuns no seu dia a dia.
7
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
• materiais de uso diário devem ficar mais próximos de você (em sua gaveta de
escritório ou bancada de trabalho por exemplo);
• materiais de uso semanal perto do seu local de trabalho (em áreas comuns,
armários dentro dos departamentos ou fábrica, pois outros colegas também
podem precisar utilizá-los);
• materiais de uso mensal mais afastados do local de trabalho (em almoxarifados
por exemplo);
• materiais de pouco uso devem ser destinados a um local específico (sala de
arquivos ou almoxarifado).
O inútil para você pode ser transformado em útil para a empresa ou para
outra pessoa, sendo consertado, utilizado por outro, vendido, doado ou reciclado.
Em últimos casos, devemos somente eliminar.
NOTA
Quando eliminamos o que é inútil, devemos nos preocupar com o meio ambiente.
Lembre-se: Tenha cuidado ao descartar; não jogue resíduos perigosos nem nada com óleo
contaminado em lixo comum; pilhas, baterias e lâmpadas de mercúrio devem ter destino adequado.
8
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
• evitando desperdícios;
• eliminando materiais que não são úteis e
• liberando espaço para trabalhar de maneira mais segura e confortável.
Devemos reservar e identificar uma área em que todos devem colocar o que
é inútil. Este material deve ser classificado para ser:
• Utilizado por outra pessoa ou área: Este tópico é muito interessante, pois
descobrimos no dia do descarte vários objetos e ferramentas que podem ser
necessárias em outras áreas ou ainda por outras pessoas. Algumas áreas da
empresa muitas vezes necessitam comprar novos materiais ou ferramentas e
as compram, sem saber, infelizmente, que esses objetos já existiam em outras
áreas e eram inúteis. Por isso, a área criada no dia do descarte deve ser mantida
constantemente.
• Doado: O que não é mais útil para você pode ser útil para muita gente. Tenho
certeza que você conhece uma série de instituições que vivem de doações de
pessoas e organizações. O que pode ser inútil para você pode ser fonte de
trabalho para outras pessoas.
• Reciclado: O material pode retornar ao mesmo processo (Ex.: vidro, papel, alumínio)
ou ainda pode se transformar em outro produto. Há muita gente que vive do
reaproveitamento do lixo. Este tópico é interessante para enxergarmos também o
desperdício. Não se esqueça de que o resíduo tem valor e pode gerar dinheiro.
9
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
NOTA
Lembre-se de que este senso pode ser utilizado em nossa vida pessoal. Examine
o que está guardado dentro de você e elimine os ressentimentos. Guardar rancor só faz mal
a você mesmo. Por isso, perdoe!
10
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
11
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
NOTA
Vale lembrar aqui o caso da avaliação inicial de uma empresa que estava iniciando
o programa 5S. Durante a auditoria na produção foi evidenciado que um operador levara mais
de cinco minutos para encontrar uma broca no porta-ferramentas, pois o operador tinha que
selecionar e medir várias delas para achar a que queria, devido à mistura de todas as brocas na
gaveta, à falta de identificação e à quantidade exagerada de brocas de mesma medida com vida
útil comprometida.
12
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
13
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
• Todo produto químico deve ter rótulo, mesmo que seja um simples. Não
devemos colocar produtos em frasco de outros produtos. Materiais perigosos
devem ter estocagem segura e ser identificados com etiquetas especiais.
NOTA
É importante observar que nos dois primeiros S´s utiliza-se bastante o raciocínio.
Por isso, deve-se ter muita atenção para não se cometer erros ou exageros.
14
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
NOTA
O senso de organização deve também ser aplicado aos arquivos que temos
em nossos computadores e na rede da empresa. Pastas e sistemáticas de armazenamento
devem ser implantadas. “5S Eletrônico”.
FONTE: O autor
FONTE: O autor
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UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
FONTE: O autor
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TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
NOTA
Lembre-se que este senso pode ser utilizado em nossa vida pessoal. Não deixe
sua vida a mercê da sorte. Organize sua vida. Defina objetivos de curto, médio e longo prazo.
FIGURA 23 – LIXO
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UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
• limpar o local de trabalho, dando atenção para os cantos e para cima, pois é ali
que se acumula muita sujeira. A preocupação é manter as coisas que se utilizam
limpas, e também implica ter um cuidado preventivo com elas, através da
remoção das causas que possam gerar sujeira, pó, contaminação e vazamentos;
• não suje ambientes públicos. Não jogue lixo pela janela do carro ou do ônibus.
NOTA
NOTA
18
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
FONTE: O autor
NOTA
A exemplo dos outros sensos, lembre que devemos aplicar o senso de limpeza
em nosso computador e na rede da empresa. Lembre-se que estes espaços podem ser
comunizados para que não haja arquivos repetidos ou arquivos sem utilidade. Sua empresa
tem um custo alto tanto para adquirir quanto para manter servidores, muitas vezes sem
necessidade, pois temos informações que podem ser descartadas.
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UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
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TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
NOTA
Este é o momento de prepararmos o manual do 5S. Ele deve ser feito com a
participação de todos. É uma maneira de criar o comprometimento das pessoas
envolvidas no programa 5S, e a oportunidade de praticar o 4º senso. Não se esqueça
de colocar algumas fotos do antes e depois do 5S. Devemos utilizar este material para o
treinamento e reciclagem de colaboradores.
Algumas fotos junto com alguns dizeres sobre o respectivo senso devem ser espalhadas
nos murais e pontos estratégicos da fábrica. A gestão visual é uma forte ferramenta para o
aprendizado.
E
IMPORTANT
O que é padronização?
Padronização é a atividade sistemática de estabelecer e utilizar padrões definidos,
de forma a conseguir melhores resultados. Oferece uma linguagem e prática comum em
toda organização.
NOTA
Cultive bons hábitos, não tenha vícios. Tenha cuidado com sua alimentação, faça
exercícios regularmente e exames periódicos.
Cuide da saúde mental, leia um bom livro sempre, não seja fanático por nada, cuide da
autoestima.
Cultive boas relações. Seja educado sempre, até mesmo numa discussão. Respeito é
fundamental para conviver. Trate os idosos com carinho. Um dia você também será um deles.
FIGURA 27 – TERRA
FIGURA 28 – DISCIPLINA
22
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
FIGURA 29 – BANNER 5S
FONTE: O autor
23
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
Lute contra a preguiça, não desanime. Cada vez que praticar, procure fazer melhor.
24
TÓPICO 1 | PROGRAMA 5S
7 IMPLANTANDO O 5S
Sugestão para implantação dos 5S:
• Líder – Pegar uma máquina fotográfica e circular por toda a empresa, incluindo
pátios e sala da diretoria. O objetivo aqui é mostrar a situação atual da empresa
para que possamos comparar o antes e o depois.
• Grupo – preparar material escrito e/ou com fotos, dos modelos que o grupo
deseja implantar na fábrica e escritórios. (Colocar a “mão na massa”). Preparar
os locais com os modelos a serem fotografados.
• Grupo – montar cronograma com todas as etapas (1º, 2º, 3º, 4º e 5º S).
• Grupo – comprar material (fitas adesivas, tinta, material de limpeza etc.) caso
necessário para implantação dos 5S.
• análise com cada grupo, montar uma única lista e criar um padrão de cores;
25
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
Finalizo este tópico com uma citação de Campos (1992, p. 24) em seu livro
TQC:
26
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro(a) acadêmico(a)! Neste primeiro tópico, você estudou os seguintes
aspectos:
• O senso de utilização que tem como base separar o útil do inútil eliminando
tudo que for desnecessário.
• O senso de organização.
• O senso de limpeza.
• O senso de disciplina.
27
AUTOATIVIDADE
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a), neste tópico veremos as principais ferramentas
que auxiliam na solução de problemas. As ferramentas e o método que será visto
no próximo tópico são partes do TQC ou Controle Total da Qualidade.
Também de acordo com Silva e Peso (2001, p.166), o TQC tem sido adotado
em muitas empresas como forma de garantir a sobrevivência da organização em
longo prazo.
FIGURA 32 – ENGRENAGEM
29
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
2 FOLHA DE VERIFICAÇÃO
A folha de verificação é utilizada para determinar quantas vezes ocorre
um evento ou problema ao longo de um período de tempo determinado e de que
forma ele se manifesta.
2.1 METODOLOGIA
Primeiramente é importante determinar o que deve ser observado, para
que todos possam visualizar a mesmo problema ou fato. Depois devemos definir
o tamanho da amostragem, isto é, o período que os dados serão coletados.
Construímos um formulário (folha de verificação) simples e de fácil manuseio para
anotar os dados. Então, coletamos os dados e registramos a frequência com que os
problemas ou eventos ocorrem. No fim do período de estudo ou coleta de dados,
somamos a frequência de cada item para que possamos avaliar os dados obtidos.
30
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
31
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
FIGURA 36 – LÂMPADA
32
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
3.1 METODOLOGIA
Para fazer um Brainstorming, precisamos, no nosso caso, primeiramente ter
um problema identificado. Após a identificação do problema, reunimos um grupo
de 8 a 12 pessoas, de preferência de diversas áreas da empresa - interligadas ou
não com o problema (lembre-se que o objetivo é estimular a criatividade, e ideias
interessantes podem vir de pessoas que às vezes não conhecem o processo e que
podem ter uma visão diferenciada do todo) – escolhemos um facilitador, que é a
pessoa que irá gerenciar a ferramenta para que todos possam ser escutados e para
que todas as ideias sejam anotadas.
33
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
34
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
4 DIAGRAMA DE ISHIKAWA
O Diagrama de Ishikawa ou “Espinha de Peixe” ou ainda chamando de
Diagrama de Causa-Efeito é uma ferramenta largamente utilizada na solução de
problemas. É um diagrama que mostra as possíveis causas para um determinado
problema (evento ou efeito).
35
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
NOTA
4.1 METODOLOGIA
Primeiro precisamos identificar o problema sendo o mais específico
possível e anotá-lo na cabeça do esqueleto (Efeito).
36
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
As categorias podem ser criadas de acordo com cada situação, mas também
podemos utilizar algumas características que são padrão para alguns seguimentos.
Seguem as mais utilizadas:
FIGURA 44 – ISHIKAWA
37
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
FIGURA 45 – ISHIKAWA 2
38
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FIGURA 46 – ISHIKAWA 3
FIGURA 47 – ISHIKAWA 4
39
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
NOTA
5 DIAGRAMA DE PARETO
O Diagrama de Pareto é uma importante ferramenta de qualidade
desenvolvida pelo Dr. Joseph Juran em homenagem ao economista italiano -
Vilfredo Pareto – que, analisando a população concluiu que grande parte da
riqueza (80%) estava em poder de um número reduzido de pessoas. (20%). Essa
mesma conclusão foi depois constatada em outras situações, sendo estabelecida a
relação que ficou conhecida como Principio de Pareto ou a relação 20-80. Segundo
esse princípio, 20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos.
40
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FIGURA 48 – PARETO 1
5.1 METODOLOGIA
Primeiro precisamos definir o que analisar (Ex.: Não conformidade do
produto). Escolha as causas ou problemas que serão observados, comparados e
classificados, usando dados já existentes ou brainstorming. Escolha a unidade de
medida mais significativa (frequência ou custo, por exemplo) e decida quanto
à duração do estudo. Quanto mais estratificarmos o problema (linha, máquina,
turno, operador, dia da semana etc.) melhor. Colete os dados necessários para
cada categoria de problema (Ex.: utilizando folhas de verificação). Classifique
41
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FIGURA 49 – PARETO 2
42
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
6 HISTOGRAMA
O histograma é uma forma de descrição gráfica com barras verticais, as
quais representam dados quantitativos agrupados em classes de frequência. Ele é
utilizado para resumir dados de um processo durante certo período e também na
solução de problemas para avaliarmos como está a distribuição sobre a população.
FIGURA 50 – HISTOGRAMA 1
43
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NOTA
Os dados de uma amostra servem como base para uma decisão sobre a
população. Quanto maior o tamanho da amostra mais informação temos sobre a população.
Porém, um aumento de tamanho da amostra também significa um aumento da quantidade
de dados e torna-se difícil compreender a população a partir destes dados, mesmo quando
eles são dispostos em tabelas. Em tal caso, precisamos de um método que nos vai possibilitar
conhecer a população, e um histograma atende às nossas necessidades.
6.1 METODOLOGIA
Primeiramente precisamos obter uma amostragem. (O ideal seria de 50
a 100, mas podemos utilizar outros valores). Após o registro desta amostragem,
devemos determinar qual o maior e o menor valor (xmáx. e xmín) e a diferença entre
o maior e o menor valor (R = xmáx –xmin = Amplitude). Depois, determinamos o
número de classe k = √n e os limites destas classes. Na sequência, construímos a
tabela de frequências e traçamos o diagrama. Vide exemplo a seguir:
Dados Histograma 1
FONTE: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info44/44.html.
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TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FIGURA 51 – HISTOGRAMA 3
FONTE: O autor
45
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
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TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
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UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
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TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
49
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FIGURA 59 – CORRELAÇÃO 1
FIGURA 60 – CORRELAÇÃO 2
50
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
7.1 METODOLOGIA
Para fazer o diagrama de dispersão, siga os seguintes passos:
• colete os pares de dados (x, y) entre os quais deseja estudar relações, dispondo-
os em uma tabela. É desejável ter, pelo menos, 30 pares de dados;
• encontre os valores máximos e mínimos para x e y, e defina as escalas dos
eixos horizontal e vertical, de forma que ambos os comprimentos venham a ser
aproximadamente iguais para facilitar a leitura. Se uma das duas variáveis for
um fator e a outra uma característica da qualidade, usar o eixo horizontal x para
o fator e o eixo vertical y para a característica da qualidade;
• trace o plano cartesiano e lance os dados no papel. Quando forem obtidos os
mesmos valores de dados de diferentes observações, mostre estes pontos, ou
traçando círculos concêntricos, ou lançando o segundo ponto imediatamente
próximo do primeiro;
• inserir todos os itens e informações necessárias como intervalo de tempo,
quantidade de pares de dados, nome e unidade de medidas de cada eixo etc., e
após isso, analisar o diagrama, verificando a existência de correlação.
Exemplos:
FONTE: O autor
51
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
7.2 EXEMPLO
Um fabricante de tanques plásticos pelo processo de injeção encontrou
problemas com tanques defeituosos que tinham paredes finas. Suspeitou-se que
a variação da pressão do ar, que mudava de dia para dia, foi a causa das paredes
finas, fora da especificação. Veja a tabela a seguir.
52
TÓPICO 2 | FERRAMENTAS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FIGURA 62 – CORRELAÇÃO 4
FONTE: O autor
ATENCAO
53
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro(a) acadêmico(a)! Neste segundo tópico você estudou os seguintes
aspectos:
l O diagrama de Pareto que parte do princípio de que 20% das causas são
responsáveis por 80% dos defeitos.
54
AUTOATIVIDADE
55
56
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a), neste tópico, estudaremos a metodologia do
MASP. O MASP (Método de Analise de Solução de Problemas) é uma metodologia
simples e prática que visa à utilização das ferramentas da qualidade, das quais você
já teve contato no tópico anterior, de uma maneira lógica e ordenada, facilitando a
análise de problemas, determinação das suas causas, elaboração do plano de ação
e avaliação das lições aprendidas. É uma peça fundamental para a implementação
eficiente e eficaz das várias ideias e propostas que surgem das várias pessoas
envolvidas no processo de solução de problemas. Também pode ser utilizado para
manutenção e melhoria dos padrões.
FIGURA 63 – PDCA
57
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
l Brainstorming;
l coleta de dados, folhas de verificação;
l diagrama de correlação;
l gráfico sequencial, histogramas, fluxogramas;
l diagrama de causa e efeito;
l distribuição de frequências;
l curva de Gauss, probabilidades na curva normal;
l capacidade dos processos, índices cp, cpd, cpe, cpk;
l carta de controle;
l diagrama de Pareto;
l métricas do seis sigma DMAIC;
l Fmea.
NOTA
O MASP foi criado pelo pedagogo e filósofo John Dewey, um dos mais
importantes nomes da Escola Pragmática da filosofia moderna. Dewey propôs o método,
partindo da premissa que “O homem não pensa a menos que tenha um problema para
resolver”.
2 PROBLEMAS
Como exposto acima, utilizamos o MASP quando nos deparamos com
algum problema. Mas o que é um problema? Problema é o resultado indesejável
de um trabalho.
É uma palavra muito comum no nosso dia a dia que acaba impedindo as
organizações de obterem melhor qualidade e produtividade nos seus produtos e
serviços. Isto acarreta perdas e afetam a “saúde” da empresa.
58
TÓPICO 3 | MÉTODO DE ANÁLISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
l pessoas desmotivadas;
l elevado número de acidentes;
l alto índice de absenteísmo.
NOTA
3 PDCA - FASES
Para aplicarmos o MASP, utilizaremos o ciclo PDCA. Campos (1996)
define o Método de Melhorias – ou Ciclo – PDCA na seguinte citação: “O PDCA
é um método de gerenciamento de processos ou de sistemas. É o caminho para se
atingirem as metas atribuídas aos produtos dos sistemas empresariais.” (CAMPOS,
1996, p. 262).
Moura descreve o ciclo PDCA como “[...] uma ferramenta que orienta
a sequência de atividades para se gerenciar uma tarefa, processo, empresa etc.
(MOURA, 1997, p. 90).
59
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Executamos o ciclo PDCA quantas vezes forem necessárias até que obtemos
a qualidade desejada. O Método PDCA é “[...] um caminho para se atingir uma
meta” (CAMPOS, 1996, p. 263).
FIGURA 64 – PDCA 2
NOTA
60
TÓPICO 3 | MÉTODO DE ANÁLISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
4 PDCA – METODOLOGIA
Para aplicar o ciclo PDCA utilizaremos oito passos conforme a figura a
seguir.
FIGURA 65 – PDCA 3
61
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
62
TÓPICO 3 | MÉTODO DE ANÁLISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
FONTE: Campos (1999)
63
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
64
TÓPICO 3 | MÉTODO DE ANÁLISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
QUADRO 5 – PASSO 5
Et Tarefas Ferramentas Empregadas Observações
Divulgação do plano a todos. Certifique-se de quais ações necessitam
Reuniões participativas. da ativa cooperação de todos. Dê especial
Técnicas de treinamento. atenção a estas ações.
Apresente claramente as tarefas e a razão
1 TREINAMENTO
delas.
Certifique-se de que todos entendem e
concordam com as medidas propostas.
65
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
QUADRO 7 – PASSO 7
Ferramentas
Et Tarefas Observações
Empregadas
Estabeleça um
Esclareça no procedimento operacional
novo procedimento
“o quê”, “quem”, “quando”, “onde”,
operacional ou reveja
“como” e principalmente “por quê”, para
o antigo pelo 5W 1H
as atividades que devem ser incluídas
Incorpore sempre
ou alteradas nos padrões já existentes.
que possível um poka-
Verifique se as instruções, determinações e
ELABORAÇÃO yoke. procedimentos implantados no PROCESSO
1 OU ALTERAÇÃO 5 devem sofrer alterações antes de serem
DO PADRÃO padronizados, baseado nos resultados
obtidos no PROCESSO 6.
Use a criatividade para garantir o não-
reaparecimento dos problemas. Incorpore no
padrão, se possível, no mecanismo “à prova
de bobeira”, de modo que o trabalho possa ser
realizado sem erro por qualquer trabalhador.
Comunicados, Evite possíveis confusões. Estabeleça a data
circulares, reuniões de início da nova sistemática, quais as áreas
2 COMUNICAÇÃO etc. que serão afetadas para que a aplicação do
padrão ocorra em todos os locais necessários
ao mesmo tempo e por todos os envolvidos.
Reuniões e palestras. Garanta que os novos padrões ou as novas
Manuais de alterações existentes sejam transmitidas a
treinamento. todos os envolvidos.
Treinamento no Não fique apenas na comunicação por meio
trabalho. de documento. É preciso expor a razão da
mudança e apresentar com clareza os aspectos
EDUCAÇÃO E
3 importantes e o que mudou.
TREINAMENTO
Certifique-se de que os funcionários estão aptos
a executar o procedimento operacional padrão.
Explique o procedimento no trabalho no
próprio local.
Providencie documentos no local e na forma
que forem necessários.
66
TÓPICO 3 | MÉTODO DE ANÁLISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
QUADRO 8 – PASSO 8
Et Tarefas Ferramentas Empregadas Observações
Análise dos resultados. Buscar a perfeição, por um tempo
Demonstrações gráficas. muito longo, pode ser improdutivo.
A situação ideal quase nunca existe,
portanto, delimite as atividades se o
RELAÇÃO DOS limite de tempo original for atingido.
1 PROBLEMAS Relacione o que e quando não foi
REMANSCENTES realizado.
Mostre também os resultados acima
do esperado, pois são indicadores
importantes para aumentar a
eficiência dos futuros trabalhos.
Aplicação do Método de Reavalie os itens pendentes, organi-
PLANEJAMENTO Solução de Problemas zando-os para uma futura aplicação
DO ATAQUE AOS nos que forem do Método de Solução de Problemas.
2 importantes. Se houver problemas ligados à própria
PROBLEMAS forma que a solução de problemas foi
REMANESCENTES tratada, isto pode se transformar em
tema para projetos futuros.
Relação cuidadosa sobre Analise as etapas executadas do
as próprias atividades da Método de Solução de Problemas nos
solução de problemas aspectos:
Cronograma Houve atrasos signi-
ficativos ou prazos folgados demais?
Quais os motivos?
Elaboração do diagrama causa-efeito
Foi superficial? Isto dará uma medida
de maturidade da equipe envolvida.
Quanto mais completo o diagrama,
3 REFLEXÃO mais habilidosa a equipe.
Houve participação dos membros? O
grupo era o melhor para solucionar
aquele problema? As reuniões eram
produtivas? O que melhorar?
As reuniões ocorreram sem problemas
(faltas, brigas, imposições de ideias)?
O grupo ganhou conhecimentos?
O grupo melhorou a técnica de
solução de problemas, usou todas as
técnicas?
FONTE: Campos (1999)
67
UNIDADE 1 | CONTROLE TOTAL DA QUALIDADE – FERRAMENTAS PARA MELHORIA E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Tem como objetivo, “separar por grau, tipo ou tamanho”. O ponto chave é
saber o que seria essencial estar presente naquele ambiente de trabalho, eliminando
68
TÓPICO 3 | MÉTODO DE ANÁLISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
tudo o que não agrega valor, utilizando todos os recursos disponíveis, evitando o
excesso, desperdícios e má utilização.
Este terceiro senso visa a limpeza, não basta varrer tirando o pó e a sujeira,
é importante que cada um após utilizar um equipamento, uma ferramenta, veículo
ou máquina os deixe limpos e em boas condições de uso. O contexto desse senso
seria zelar pela conservação e limpeza de tudo que utilizamos.
Ter ética e ser capaz de voltar esforços para objetivos mais nobres e
importantes da empresa. A empresa deve definir padrões de conduta, para que
cada empregado saiba o que é certo e o que é errado.
70
TÓPICO 3 | MÉTODO DE ANÁLISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Dentro da organização, a filosofia dos 10S deve ser exercida para que o
objetivo seja a melhoria nas condições de trabalho, motivando assim os empregados
para que possam transformar sua capacidade em realizações pessoais e para e
empresa.
71
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro(a) acadêmico(a)! Neste terceiro tópico você estudou os seguintes
aspectos:
l O ciclo PDCA e seus oito passos com ferramentas utilizadas e ações que devem
ser feitas na solução de problemas e melhoria contínua.
72
AUTOATIVIDADE
73
74
UNIDADE 2
FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO
E CONTROLE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta segunda unidade é dividida em três tópicos. No final de cada tópico,
você encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e análise dos
estudos já realizados.
TÓPICO 1 – POKA-YOKE
75
76
UNIDADE 2
TÓPICO 1
POKA-YOKE
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), já percebemos que a necessidade do desenvolvimento
de ferramentas e métodos que melhorem o desempenho dos processos de
manufatura há muito tem sido colocada como uma das principais prioridades de
muitas organizações. Prova disto é o investimento cada vez maior nas ferramentas
e no sistema de Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing). Organizações têm
investido cada vez mais em recursos financeiros e capital intelectual, buscando
soluções que permitam aos sistemas de manufatura produzir a custos menores
com melhores níveis de qualidade, podendo estar associado a diferentes contextos
que envolvam desde as características simples de controle de um produto até
aspectos intangíveis de escolha.
FIGURA 66 – INTRODUÇÃO PY
77
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
2 ERRO HUMANO
Quando falamos em preveni erros, nos preocupamos principalmente com o
Erro Humano. Este tem sido uma grande preocupação nos sistemas de manufatura
em geral e engloba aspectos que vão desde a concepção do projeto e processo
até a sua operação. Uma análise das últimas décadas mostra que nos sistemas
aeroespaciais tem-se uma porcentagem de falhas creditadas ao erro humano que
varia de 50 a 75% do total de falhas verificadas.
O grande problema é que nas últimas décadas o que se tem verificado com
freqüência é que a maior parte dos estudos visando à confiabilidade de sistemas tem
se limitado na análise de máquinas e seus componentes, preterindo a influência do
homem, que tem significativa importância dentro do sistema produtivo (IMAN,
1998).
78
TÓPICO 1 | POKA-YOKE
Dentro deste contexto, existe uma preocupação cada vez maior com os
sistemas de prevenção de erros envolvendo equipamentos e estações de trabalho
no processo de manufatura. Cada vez mais se desenvolvem dispositivos e
procedimentos que garantam que as peças só sejam produzidas em conformidade
com as especificações requeridas. Uma das maneiras de se conduzir uma
metodologia de prevenção de erros na fonte do processo, eliminando a interferência
humana é através da utilização de dispositivos a prova de erros ou também
chamados Poka-Yoke.
3 ZERO DEFEITO
Mas por que devemos trabalhar com zero defeito?
l o operador;
l a máquina;
l o processo.
79
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
NOTA
Como seria uma cidade como São Paulo com qualidade 99,9%?
Agora a pergunta: Você entraria num hospital que tivesse qualidade de 99,9%?
4 TIPOS DE INSPEÇÃO
Shingo (1992) verificou que as características de controle em um
determinado produto eram conduzidas, basicamente, por meio de três técnicas
baseadas em inspeção:
• Inspeção por julgamento: os produtos com defeito são separados dos produtos
bons após o processamento, em geral através de amostragem ou seleção, mostrando
alguns defeitos antes da entrega. Isto não diminui o índice de defeitos verificados.
• Inspeção informativa: Neste caso, investigam-se estatisticamente as causas dos
defeitos e essas informações são passadas aos processos envolvidos para serem
tomadas medidas com o propósito de reduzir os defeitos. No entanto, com muita
frequência, essas informações demoram a chegar na origem do problema, o que faz
com que os defeitos continuem a ser produzidos.
• Inspeção na fonte: Neste caso, trabalhamos na origem do processo, dando um
retorno imediato e evitando que os erros se transformem em defeitos. Esse tipo
de inspeção é conduzido durante o tempo limitado em que a peça está sendo
posicionada para uma operação, ou logo depois que ela sai da máquina. Os erros
podem ser corrigidos antes de se transformarem em defeitos. Portanto, a inspeção
na fonte é de suma importância para a eliminação do defeito dos processos de
manufatura, em busca do que se denomina de Controle de Zero Defeito (SHINGO,
1986). Os dispositivos Poka Yoke constituem meios para se garantir a não-ocorrência
desses defeitos.
80
TÓPICO 1 | POKA-YOKE
5 POKA-YOKE
81
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
82
TÓPICO 1 | POKA-YOKE
FIGURA 72 – CONTROLE
FIGURA 73 – ALERTA
FIGURA 74 – POSICIONAMENTO 1
FONTE: O autor
84
TÓPICO 1 | POKA-YOKE
FIGURA 75 – POSICIONAMENTO 2
FONTE: O autor
85
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
FIGURA 77 – CONTATO 1
FONTE: O autor
FIGURA 78 – CONTAGEM 1
86
TÓPICO 1 | POKA-YOKE
FONTE: O autor
NOTA
87
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
FIGURA 81 – PREVENÇÃO
E
IMPORTANT
NOTA
88
TÓPICO 1 | POKA-YOKE
NOTA
Lembre-se:
Treinamento é muito importante para execução de tarefas, mas não garante o zero defeito,
principalmente em operações repetidas e com grande volume, em que a tendência de erros é maior.
Motivação é essencial. Podemos usar a sistemática de Brainstorm para gerar boas ideias de Poka-Yoke.
89
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
NOTA
90
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro(a) acadêmico(a)! Neste primeiro tópico, você estudou os seguintes
aspectos:
l Que erros humanos são muitas vezes os responsáveis pelo grande número de
defeitos que temos em nosso processo.
91
AUTOATIVIDADE
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a), primeiramente devo explicar a origem deste
nome. A sigla FMEA é de origem inglesa. Failure Mode and Efect Analysis que
significa Análise dos Modos e de Falha e Efeitos.
94
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
Para nosso estudo, vamos nos concentrar nas FMEAs de Produto e FMEA
de processo também conhecidas como D-FMEA e P-FMEA respectivamente.
Porém, vale ressaltar que a utilização da FMEA de sistema já está bem comum no
meio industrial.
95
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
96
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
97
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
2.3.2 Moderador
O moderador da FMEA é responsável pela execução correta, formal
e de sua metodologia. Durante a FMEA, ele deve apoiar o grupo de trabalho
interdisciplinar, liderando-o conforme a metodologia utilizada. Normalmente, o
moderador deve ser uma pessoa imparcial, que domine a metodologia e não tenha
grande influência direta no produto/processo.
FMEA de Produto
98
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
FMEA de Processo
l FMEA de Produto;
l plano de trabalho/plano de controle;
l lista de materiais e desenhos;
l análise estrutural e funcional preparada;
l FMEA existente (processos comparáveis etc.);
l programação do projeto.
l informações de fabricação;
l dados de capabilidade de máquinas e processo;
l resultados de validação do processo;
l amostras;
l documentação técnica do cliente (TCD);
l índices de defeitos internos, estatísticas de falhas 0-km e de campo de produtos
comparáveis.
99
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
100
FIGURA 89 – FORMULÁRIO DE FMEA
ANÁLISE DE MODO E EFEITOS DE FALHA
POTENCIAL FMEA Número 1450 .
(FMEA DE PROCESSO) Pág. 1 de 1 .
Item Porta da frente L. Esq./H8HX-000-A . Responsável pelo Projeto Eng.de Carroc./Oper. Montagem . Preparado por J. Ford – X6521 – Oper. Montagem .
Ano Modelo(s) veículo(s) 199xLion 4 dr/Wagon . Data Chave 9X 03 01 ER 9X 08 26 Trab. #1 . Data FMEA (Inic.) 9X 05 17 (Rev.) 9X 11 06 .
Equipe A. Tate Eng. Carroceria, J. Smith-OC, R. James-Produção, J. Jones-Manutenção .
S C Resultados da Ação
Item
e l O D
Causa(s) e S O D
Modo de Efeitos(s) v a c Controles Controles e N.
Mecanismo(s) Ações Responsável e c e N.
Falha Potencia(is) e s o Atuais do Processo Atuais do Processo t R. Ações
Potencial(is) Recomendadas e Prazo v o t P.
Potencial da Falha r s r Prevenção Detecção e P. Tomadas
da Falha e r e R.
i i r. c.
Função r. r. c.
d. f.
Vida útil da porta Instalar um
diminuída devido a: Eng. Processo Instalado um "fim de curso" no
Bico de jateamento "fim de curso" no
Checagem visual a 9X 10 15 jateador e checado na linha
posicionado jateador
cada 1 hora por turno.
7 manualmente não está 8 5 280 Rejeitado devido à 7 2 5 70
Medir profundidade
posicionado suficiente Eng. Processo complexidade das diferentes
da camada Automatizar jateador
longe 9X 12 15 portas na mesma linha de
101
Aplicação manual de montagem
cera na parte interna Bico jateador entupida Teste do Jateador no
da porta começo do trabalho e Usar projetos de Foram determinados
Viscosidade Checagem visual a
após longos períodos experimentos (DOE) limites de temp. e pressão e
muito alta cada 1 hora por turno. Eng. Processo
7 5 sem uso, e programa 5 175 na viscosidade implantados cartas de controle 7 1 5 35
Temperatura Medir profundidade 9X 10 01
de manutenção x temperatura x que mostram que o processo
Aparência muito baixa da camada
Cobertura preventiva p/ limpar pressão está sob controle Cpk = 1,85
insatisfatória Pressão muito baixa
insuficiente os bicos
devido a corrosão
de cera sobre Programas de
Checagem visual a
a superfície Bico jateador manutenção
Funcionamento cada 1 hora por turno.
específica 7 deformado devido ao 2 preventiva para 5 70 Nenhum
irregular do Medir profundidade
impacto (batidas) manter jateador em
mecanismo interno da camada
Cobrir parte interna boas condições
da porta
da porta, superfície
inferior com camada "Timer" automático instalado
mínima de cera para Instruções do no jateador.
retardar corrosão operador e Operador começa o
Tempo de jateamento amostragem de lotes Instalar um "timer" Manutenção jateamento, o "timer" controla
7 8 7 392 7 1 7 49
insuficiente (10 portas/turno) p/ no jateador 9X 09 15 parada automática. Cartas
checar aplicação de de controle mostram que o
cera nas áreas críticas processo está sob controle
CPK = 2,05
FONTE: O autor
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Análise estrutural
Análise funcional
Funções/Características
102
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
Rede Funcional
Análise de falhas
Deve ser feita uma distinção entre quatro tipos diferentes de falhas:
l perda temporária de função: Atende as exigências, mas uma parte ou toda sua
capabilidade funcional é perdida de tempos em tempos, devido a influências
externas (ex.: temperatura, umidade).
103
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
104
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
105
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
106
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
107
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Avaliação de risco/inspeção
Otimização
l SxO alto;
l OxD alto.
108
TÓPICO 2 | FMEA – ANÁLISE DOS MODOS DE FALHAS E EFEITOS
Depois que as ações forem concluídas, sua eficácia deve ser verificada.
109
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Documentação
l estrutura do produto/processo;
l funções/características, incluindo a rede funcional;
l análise de falha, incluindo a rede de falha;
l definição de “características especiais”;
l descrição de ações;
l formulários;
l capa;
l avaliações;
l anexos (ex.: tabelas de classificação específicas do projeto).
110
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro(a) acadêmico(a)! Neste segundo tópico, você estudou os seguintes
aspectos:
l Tipos de FMEA.
111
AUTOATIVIDADE
Caro (a) acadêmico (a), para exercitar seus conhecimentos adquiridos, resolva
a questão a seguir.
112
UNIDADE 2
TÓPICO 3
FLUXOGRAMA E PLANO DE
CONTROLE
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), as duas ferramentas que apresentaremos neste
tópico em conjunto com a análise de falhas vista no tópico anterior são de suma
importância para o conhecimento, prevenção e controle do processo de produção.
Elas devem ser utilizadas em conjunto e devem se complementar. Na etapa de
planejamento do processo, devemos primeiro preparar o Fluxograma. Com o
fluxograma já definido e as etapas conhecidas, analisaremos como cada etapa do
processo pode falhar (FMEA). Na sequência, devemos determinar como, quando e
de que maneira controlaremos o processo.
113
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
2 FLUXOGRAMA
Durante nosso dia a dia, vemos diversos tipos de atividades e
movimentações: pessoas, papéis, informações ou mesmo peças dentro de nossa
linha produtiva. Todas as atividades que fazemos podem ser analisadas sob o
conceito de processo. Mas, infelizmente, muitas vezes não conseguimos visualizar
ou entender estes processos como um todo (entradas, controles, recursos, execução
e saídas).
Para entender todo o processo e ter uma maior compreensão de suas etapas,
devemos utilizar o fluxograma. Com o fluxograma, conseguimos visualizar em
forma de diagramas desde as atividades mais simples até as mais complexas.
114
TÓPICO 3 | FLUXOGRAMA E PLANO DE CONTROLE
l gráfico de sequência.
115
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
l melhorar a análise;
2.2 SIMBOLOGIA
Conforme citamos anteriormente, quando utilizamos símbolos, facilitamos
a leitura e entendimento. Podemos criar nossos próprios símbolos para o
fluxograma – contanto que não nos esqueçamos de pôr uma legenda no documento
– ou ainda, utilizar padrões existentes, como o do Instituto Nacional Americano de
Padronização (ANSI), que é baseado na simbologia utilizada em processamento
de dados, e é o mais recomendado devido à padronização. Seguem tabelas já
padronizadas para auxiliar durante a preparação dos fluxogramas.
117
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
l fluxograma sintético.
l fluxograma de blocos.
l fluxograma vertical.
l fluxograma esqueleto.
l fluxograma de procedimentos.
118
TÓPICO 3 | FLUXOGRAMA E PLANO DE CONTROLE
119
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
120
TÓPICO 3 | FLUXOGRAMA E PLANO DE CONTROLE
121
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
NOTA
122
TÓPICO 3 | FLUXOGRAMA E PLANO DE CONTROLE
123
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
FONTE: O autor
124
TÓPICO 3 | FLUXOGRAMA E PLANO DE CONTROLE
125
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
NOTA
Por que esta etapa é necessária? Ela tem influência no resultado final da rotina analisada?
O que é feito nesta etapa?
Para que serve esta etapa?
Como esta fase está sendo executada?
Onde esta etapa deve ser feita?
Uma mudança de/no local permitiria maior simplificação?
Quando esta etapa deve ser feita?
A sequência está na ordem correta?
Quanto tempo dura a execução desta etapa?
Quem deve executar esta etapa? Existe outra pessoa com competência para executar esta
etapa na falta do responsável por ela?
Há alguém mais bem qualificado para executá-la? Seria mais lógico que outra pessoa a
executasse?
NOTA
3 PLANO DE CONTROLE
Caro(a) acadêmico(a), após termos um entendimento do nosso processo
através do diagrama de fluxo de processos, prevenirmos os modos de falha e efeito
para cada etapa deste fluxo, com a análise do modo de falha e efeito – FMEA -
precisamos determinar como controlaremos o processo.
126
TÓPICO 3 | FLUXOGRAMA E PLANO DE CONTROLE
NOTA
127
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
128
TÓPICO 3 | FLUXOGRAMA E PLANO DE CONTROLE
LEITURA COMPLEMENTAR
OS CUSTOS DA QUALIDADE
129
UNIDADE 2 | FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
A busca da perfeição tem um preço, cujo nome não deveria ser custo da
qualidade, como se os gastos em prol da qualidade realmente representassem
custos; ao contrário, tudo o que for direcionado para a qualidade significa
investimento, pois o retorno é positivo e certo. Porém, a competitividade do mundo
atual ainda não alterou determinadas terminologias na área da Administração e da
Contabilidade das empresas; dessa forma, a terminologia “custos da qualidade”
está consolidada nacional e mundialmente, a qual tem sido comumente utilizada.
132
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro(a) acadêmico(a), neste terceiro tópico você estudou os seguintes aspectos:
l A definição de fluxograma.
133
AUTOATIVIDADE
134
UNIDADE 3
FERRAMENTAS DE ANÁLISE,
CONTROLE ESTATÍSTICO E
PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você estará apto(a) a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta terceira unidade está dividida em três tópicos. No final de cada tópico,
você encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e análise dos
estudos já realizados.
135
136
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), primeiramente devo explicar a origem deste nome.
A sigla MSA é de origem Inglesa - Measurement Systems Analysys - que significa
Análise de Sistema de Medição. Como então chegamos nessa análise de sistema
de medição?
137
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
138
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
Um exemplo desta situação pode ser observado nas figuras 110 e 111.
Em cada uma delas mostra-se um gráfico de controle de média e amplitude (à
direita) e os dados usados na sua construção (à esquerda). Na Figura 110, os dados
usados apresentam uma resolução de 0,001 mm. Na figura a seguir, a resolução foi
aumentada para 0,01 mm e os dados foram obtidos por arredondamento daqueles
usados no gráfico da figura anterior.
139
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
FIGURA 111 – GRÁFICO DE CONTROLE CONSTRUÍDO COM OS MESMOS DADOS BRUTOS USADOS
NA FIGURA 110, MAS ARREDONDADOS PARA RESOLUÇÃO 0,01 MM
NOTA
140
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
Uma desvantagem deste tipo de estudo é o tempo que se leva para chegar
a uma conclusão sobre a estabilidade do sistema de medição, impossibilitando
a aplicação imediata do sistema na linha de produção. No entanto, o estudo de
estabilidade permite conhecer como o sistema de medição opera numa ampla
variedade de condições de operação. Por isso, ele é o estudo que mais informação
gera sobre o sistema de causas do erro de medição.
142
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
O estudo de tendência pode ser realizado com padrões ou com uma amostra
de produto. Neste caso, é necessário estabelecer o valor de referência em relação
a um padrão rastreável. O valor de referência deveria ser próximo ao centro do
intervalo de tolerância de fabricação.
144
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
Com essa alteração, a equação (12) fica idêntica à equação que permite
estimar o intervalo de confiança da média:
O valor da variável t-Student pode ser obtido das tabelas citadas, para um
número de graus de liberdade e um nível de confiança . As equações
(12) e (14) produzem resultados similares, diferindo somente pela variação
amostral.
147
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
O passo seguinte é ajustar uma reta aos valores de tendência média das
peças, seguindo o procedimento padrão de regressão linear simples aplicado aos
pares ordenados formados pelo valor de referência da peça e sua tendência média
correspondente:
148
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
O intervalo assim calculado pode ser somado e subtraído dos valores das
ordenadas correspondentes à reta de regressão, obtendo-se assim duas curvas que
definem a região em que poderá ser encontrada a reta que representa o verdadeiro
comportamento linear do sistema de medição, com uma confiança de ,
usualmente 95%.
fato de o estudo ser afetado pela resolução com que se coletam os dados, assunto
já tratado para o estudo de tendência. Por essas razões, o estudo de linearidade
deve ser aplicado somente quando estritamente necessário, após prévia análise do
sistema de causas de erro de medição para definir se realmente existe possibilidade
de o sistema apresentar um erro de linearidade excessivo.
150
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
O estudo dos sistemas de medição por variáveis pode ser realizado com
diferentes técnicas e serão apresentados três métodos:
Os dois primeiros métodos utilizam várias peças (5 a 10) que são medidas
por vários operadores (2 ou 3) repetidas vezes (2 ou mais vezes). Embora a estrutura
de dados seja a mesma, os métodos são capazes de gerar distintos resultados, em
função das diferentes técnicas de processamento.
l o método ANOVA requer softwares de suporte para realizar os cálculos e faz uso
de tabelas estatísticas que tornam o processo mais demorado;
151
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
152
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
153
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
NOTA
154
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
155
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
Para fins desta análise, considera-se que a variação total é composta pela
variação própria do processo e a variação devida ao sistema de medição:
156
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
Outro aspecto que precisa ser considerado envolve os índices que devem
ser usados para ter uma adequada caracterização da capacidade do sistema de
medição. O índice que relaciona a variação do sistema de medição com a tolerância,
R&R(%Tol), é um bom indicador no que diz respeito ao desempenho do sistema
de medição para tarefas de inspeção (e.g. inspeção 100%). Os índices R&R(%VT)
e ndc relacionam a variação do sistema de medição com a variação do processo de
fabricação. Consequentemente, eles são eficientes indicadores do desempenho do
sistema de medição no controle de processo (exemplo o CEP que será abordado na
próxima unidade). Porém, não é necessário usar estes dois índices, mas somente
um deles. De fato, existe uma relação matemática entre o R&R(%VT) e ndc (figura
a seguir).
157
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
158
TÓPICO 1 | MSA – ANÁLISE DE SISTEMA DE MEDIÇÃO
Outros conceitos são similares aos já tratados na seção 2.4 e não precisam
ser detalhados novamente.
159
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
l Estudo de Estabilidade.
l Estudo de Tendência.
l Estudo de Linearidade.
161
AUTOATIVIDADE
162
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O Controle Estatístico de Processo (CEP) é uma técnica para controlar ou
comandar um processo de fabricação, baseado em métodos estatísticos. Amostras
aleatórias de peças são coletadas no processo de fabricação, de acordo com as
regras específicas de amostragem do processo. Suas características são medidas e
inseridas em cartas de controle. Isto pode ser feito com suporte de computador.
Os indicadores estatísticos são calculados a partir de medições e usados para
avaliar a condição atual do processo. Se necessário, o processo é corrigido por
ações adequadas.
163
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
Cada vez que uma nova causa é identificada e documentada para análise e,
portanto, eliminação, o processo de produção é estabilizado e qualidade garantida
e melhorada.
165
UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
l causas especiais;
l causas comuns.
causas comuns possam ser reduzidas, elas sempre vão existir enquanto a natureza
na sua totalidade guarda uma diversidade tão grande e tão incompreensível
pelo ser humano. A redução destas causas vem apenas com muito sacrifício em
tempo e recursos. Para diminuir irregularidades das causas comuns, é necessário
investimento em novas e melhores máquinas, melhor matéria prima, treinamento
intensivo, um ambiente de trabalho mais confortável, entre outras.
Processo
Um processo é uma série de atividades e/ou procedimentos que transformam
matérias-primas ou peças/componentes pré-processados em um produto. Uma
definição para processo é "conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas
que transformam insumos em produtos".
Isto se refere apenas a processos de fabricação ou montagem.
Processo estável
Um processo estável (processo em uma condição de controle estatístico)
é sujeito apenas a influências aleatórias (causas). A localização e a variação da
característica do processo são especialmente estáveis ao longo do tempo.
Processo capaz
Um processo é considerado capaz quando todas as exigências especificadas
são atendidas. Consultar para obter os índices de determinação de capabilidade.
Valor de limite
Valor de limite inferior ou superior.
Tolerância
Valor de limite superior menos o valor de limite inferior:
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UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
T= USL − LSL
Faixa de tolerância
Faixa de valores permissíveis da característica entre os valores de limite
superior e inferior:
NOTA
Para características com limites com apenas um lado (apenas USL é especificado),
tais como: rugosidade (Rz), forma e posição (ex.: arredondamento, perpendicularidade), não
é apropriado considerar LSL = 0, definindo assim C = USL / 2.
População
O total de amostras consideradas.
Amostra aleatória
Uma ou mais amostras coletadas na população ou subpopulação (parte de
uma população).
Média (aritmética)
A soma das medições x1 dividida pelo número de medições n:
Exemplo: para uma amostra de cinco peças, ordenada do valor mais baixo
ao mais alto, a mediana é o valor do meio dos cinco valores.
Faixa
O maior valor individual menos o menor valor individual.
3 TIPOS DE CARTA
Veja a seguir quais são os tipos de cartas, modelos e sua utilização.
FONTE: O autor
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UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
FONTE: O autor
FONTE: O autor
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TÓPICO 2 | CEP – CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO
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TÓPICO 2 | CEP – CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO
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RESUMO DO TÓPICO 2
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AUTOATIVIDADE
Dez amostras, cada uma contendo cinco peças, foram coletadas da produção,
fornecendo medições de espessura (mm) de uma determinada peça injetada.
Construa uma carta de controle para média e amplitude e conclua sobre a
estabilidade do processo.
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
APQP/PPAP – PLANEJAMENTO
AVANÇADO DA QUALIDADE
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), neste tópico final do caderno, teremos uma noção
do Planejamento Avançado da Qualidade do Produto (APQP) e do Processo de
Aprovação de Peça de Produção (PPAP), ambos utilizados atualmente em larga
escala pela indústria automotiva, sistemistas e seus fornecedores.
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UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
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TÓPICO 3 | APQP/PPAP - PLANEJAMENTO AVANÇADO DA QUALIDADE
2.1 ABRANGÊNCIA
É importante para a equipe de planejamento da qualidade do produto,
no estágio inicial do desenvolvimento do programa, identificar as necessidades,
expectativas e exigências do cliente. No mínimo, a equipe deve se reunir para:
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UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
l objetivosdo projeto;
l metas de qualidade e confiabilidade;
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TÓPICO 3 | APQP/PPAP - PLANEJAMENTO AVANÇADO DA QUALIDADE
2.2.3
Verificação do projeto e desenvolvimento do
processo
Saídas (tornam-se entradas para a próxima etapa do APQP):
l padrões de embalagem;
l análise crítica do sistema da qualidade do produto/processo;
l fluxograma do processo;
l layout das instalações;
l matriz de características;
l análise do modo e efeito de falhas do processo;
l plano de controle de pré-lançamento;
l instruções do processo;
l plano de análise dos sistemas de medição;
l plano de estudo preliminar da capacidade do processo;
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UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
l especificações de embalagem;
l suporte da gerência.
l variação reduzida;
l satisfação do cliente;
l entrega;
l assistência técnica.
3 PROCESSO DE APROVAÇÃO DE
PEÇA DE PRODUÇÃO (PPAP)
Caro(a) acadêmico(a), o PPAP é um processo derivado do APQP-PPAP,
desenvolvido no final dos anos 80 por uma comissão de experts das três maiores
indústrias automobilísticas: Ford, General Motors e Chrysler. Essa comissão
investiu cinco anos para analisar o então corrente estado de desenvolvimento e
produção automotivos nos Estados Unidos, Europa e especialmente no Japão. Os
requisitos para seus fornecedores são seguir os procedimentos e técnicas do APQP-
PPAP, para serem auditados e certificados para a norma TS16949. Atualmente,
como citamos anteriormente, muitas outras indústrias automotivas utilizam esta
sistemática para homologação de itens comprados e fabricados.
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TÓPICO 3 | APQP/PPAP - PLANEJAMENTO AVANÇADO DA QUALIDADE
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UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
FONTE: O autor
NOTA
Não submeter o PPAP quando qualquer dos requisitos estiver fora do especificado.
Para exceções ou divergências dos requisitos do PPAP obter autorização do cliente.
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TÓPICO 3 | APQP/PPAP - PLANEJAMENTO AVANÇADO DA QUALIDADE
3.4 RETENÇÃO
A retenção dos registros deve ser de, no mínimo, o período em que a peça
estiver ativa mais um ano no calendário independente do nível de submissão.
NOTA
LEITURA COMPLEMENTAR
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UNIDADE 3 | FERRAMENTAS DE ANÁLISE, CONTROLE ESTATÍSTICO E PLANEJAMENTO DA QUALIDADE
DICAS
<http://www.daelt.ct.utfpr.edu.br/professores/marcelor/Cap.fmea.pdf>.
<http://www.telecursotec.org.br>.
<http://www.gerenciamentovisual.blogspot.com>.
<http://www.5s.com.br>.
<http://www.portalferramentasdaqualidade.com>.
<http://www.lugli.org>.
<http://www.ciclocadp.com.br>.
190
<http://www.ogerente.com.br>.
<http://www.bibliotecasebrae.com.br>.
<http://www.datalyzer.com.br>.
<http://www.banasqualidade.com.br>.
191
RESUMO DO TÓPICO 3
192
AUTOATIVIDADE
193
194
REFERÊNCIAS
AIAG. Análise de modo e efeitos de falha potencial. DaimlerChrysler, Ford,
General Motors. Disponível em: <http://www.iqa.org.br/website/abertura.
asp?arg1=publica&arg2=publica_precos_qs&ext=asp>. Acesso em: 25 jan. 2010.
CADERNO 14. Análise de modo e efeito de falha. Bosch, segunda edição, 2007.
195
EVERHART. Developing a process Measurement Assurance Program (PMAP),
Cal Lab, 1997.
IMAN. Poka Yoke: métodos à prova de falhas. São Paulo: Instituto IMAN, 1998.
______. Zero quality control: source inspection and Poka Yoke system.
Cambridge: Productivity Press, 1986.
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ANOTAÇÕES
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