MECÂNICA
GERAL
1 – ESTÁTICA
É a parte da física que estuda o equilíbrio estático dos corpos. Ela é dividida em duas partes:
F1 Vetorialmente:
R= F1
F2
F2
Regra do Polígono
α F1
R
F2
F2
α R
F1
Regra do Paralelogramo
Se α = 0° → R MAX =F1F2
Se α = 180° → R MIN =F1−F2
1
Lembrete 1: Soma e diferença de dois vetores.
S=a b
b S
S= a 2 b 22a b cos
α D a −
D= b
a
S= a 2 b 2−2a b cos
b
sen A sen B sen C
c = =
a b c
B a C
F2 R
60° 120°
β
F1
R= 5 2322⋅5⋅3⋅
1
2 sen =
F 2 sen 120º
R
R= 25915
3⋅sen 120º
sen =
R= 49 7
≈21,8 º
2
3 – COMPONENTES RETANGULARES DE UMA FORÇA
F =
F x
Fy
y F =F x i F y j
F F= F xFy
2 2
Fy
F x=F cos
θ
O x F y=F sen
Fx
Fy
tg =
Fx
F x=F⋅cos 30º
F x=100⋅
y 3
2
F
Fy F x=50 3 N
F y=F⋅sen 30º
30°
1
O x F y=100⋅
Fx 2
F y=50 N
x e y R
Calcula-se as resultantes sobre os eixos x R y e depois aplica-se o teorema de Pitágoras
.
para determinar a reultante total R
y y
F3 F2 R
F1
Ry
O
x ≡ O
θ
Rx
x
F4 F5
3
R x R
y R= R xR y
2 2
R=
Ry
R=R
x i R y j tg =
Rx
Uma partícula está em equilíbrio, quando a resultante de todas as forças atuantes sobre ela é nula.
0
R= {
R x =0
R y =0
Exemplo:
B
TAB
C TAC TAB
50°
50° 30°
30°
A 40°
A
80°
60°
736 N 736 N TAC
(a) Diagrama espacial. (b) Diagrama de corpo livre. (c) Triângulo de forças.
TAB T AC 736 N
= =
sen 60 ° sen 40 ° sen 80 °
T AB = 647 N T AC = 480 N
4
CAPÍTULO 2 – ESTÁTICA DO CORPO RÍGIDO
O momento de uma força é a capacidade dessa força em fazer girar um corpo rígido. O momento
de uma força F , em relação a um ponto O fixo, é o produto da intensidade da força
F pela distância d
(braço de alavanca) do ponto à reta suporte da força.
O momento de uma força tende sempre a causar um movimento de rotação do corpo sob a ação
dessa força em torno do ponto O considerado.
+
F1
d1 M FO =F1 d 1
1
O
d2
M FO =−F 2 d 2
2
F2
-
M A =Fd
M A =F AB sen 30 °
F
d
30°
1
M A =100⋅0,2⋅
A B 2
Fy M A =Fsen 30 °d
A Fx B 1
M A =100⋅ ⋅0,2
20 cm = 0,2 m 2
M A =10 N⋅m
2 – BINÁRIO OU CONJUGADO
Denomina-se binário ou conjugado o sistema formado por duas forças de mesma intensidade,
mesma direção, sentidos opostos e aplicadas em pontos diferentes.
Um binário tende a produzir apenas uma rotação no corpo em que é aplicado e só pode ser
equilibrado por outro binário, pois uma força sozinha que atuasse no corpo provocaria uma resultante
≠
R 0 . A resultante de um binário é nula.
BINÁRIO R =0
5
F
A B Sentido de rotação
3 – MOMENTO DE UM BINÁRIO
O momento de um binário é a soma algébrica dos momentos das forças que o costituem.
M O =F d 1−Fd 2
P
d1 M O =F d1 −d 2
F
d2
M O =F d
F
Q Obs: O momento de um binário independe do
d ponto O.
O
a)
M=F d
F
M=100⋅2
A B
d M=200 Nm
b)
F M=F d
A M=100 3 Nm
d
6
4 – EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO
As condições necessárias e suficientes para que um corpo rígido se mantenha em equilíbrio são:
0
R= {R x =0
R y =0
2a) A soma algébrica dos momentos de todas as forças que nele atuam, em relação ao mesmo
ponto, seja nula.
R
M =0
5 – GRAUS DE LIBERDADE
Quando um corpo rígido está sujeito a um sistema de forças, os movimentos possíveis são de
translação e rotação.
Tanto a translação quanto a rotação não tem direção nem intensidade privilegiadas. Por
comodidade, exprime-se a translação como a a resultante de translações segundo os eixos x, y e z e a
rotação como a resultante das rotações segundo os eixos x, y e z. Diz-se , então, que um corpo rígido no
espaço possui 6 graus de liberdade.
6 – VÍNCULOS
As ações e reações se transmitem de corpo a corpo por intermédio de vínculos. Sempre que houver
restrição ao movimento de um corpo existe um vínculo.
7
P P
HP
VP
Exemplo:
ROLETE CURSOR
HP P P
RP
α
VP
Exemplo:
ARTICULAÇÃO
Não possui graus de liberdade. Impede qualquer movimento. São os engastamentos ou apoios
fixos.
Calcula-se duas forças perpendiculares e um binário, ou compondo-as, uma força com direção
desconhecida e um binário.
MP MP
HP P P
RP
α
VP
8
Exemplo:
VIGA ENGASTADA
8 – TIPOS DE EQUILÍBRIO
O equilíbrio é estável quando os vínculos estão dispostos de maneira a não haver graus de
liberdade.
O equilíbrio é instável quando os vínculos permitem qualquer grau de liberdade. Poderá haver
equilíbrio, mas sob determinadas condições das cargas ou forças ativas.
a) b)
F1 F2 F1 F2
A B A B
HA
VA VB VA VB
INSTÁVEL ESTÁVEL
c) d)
F1 F2 F1 F2
MA
A A B C
HA HA
VA VA VB VC
9
9 – TIPOS DE CARREGAMENTO
F1 F2
F3
A B
M
A B
q,w
P = qd
A B
d/2
d
q,w P = (qd)/2
A B
2d/3
d
10
10 – MÉTODO GERAL PARA O CÁLCULO DE REAÇÕES NOS APOIOS
11 – TIPOS DE ESTRUTURAS
Número de incógnitas (reações) > Número de equações → Graus de liberdade = 0, com vínculos
abundantes.
Número de
Vínculo Reação
incógnitas
ou
2
α
ou
3
α
11
CAPÍTULO 3 – CENTRO DE GRAVIDADE – CENTRÓIDES
Consideremos, inicialmente, uma placa horizontal conforme a da figura a seguir. Podemos dividir
essa placa em n pequenos elementos. As coordenadas do primeiro elemento são x1 e y1, as do segundo
elemento, x2 e y2 etc...As forças exercidas pela Terra sobre cada um dos elementos da placa são
denominados ∆P1, ∆P2, ... , ∆Pn, respectivamente. Essas forças ou pesos estão orientadas em direção ao
centro da Terra; porém, para todas as finalidades práticas, elas podem ser consideradas paralelas. Sua
resultante é, por conseguinte, uma força na mesma direção. O módulo P dessa força é obtido pela adição
dos módulos dos pesos elementares.
∑ Fz :
P =
P 1
P 2... Pn
z z
y ∆ Pi y
P
xi
x i
O y
G ≡ O
yi
x x
∑ M y= x P=∑ x i Pi
∑ M x= y P=∑ y i Pi
Para obter as coordenadas x e y do ponto G, onde a resultante
P deve ser aplicada, escrevemos que
os momentos de P em relação os eixos x e y são iguais à soma de todos os momentos correspondentes dos
pesos elementares Pi :
12
z z
y ∆ Pi y
P
xi
≡
x i
G yi
O y O
x x
∑ M y= x P=∑ x i Pi
∑ M x= y P=∑ y i Pi
2 – CENTRÓIDES DE SUPERFÍCIES E CURVAS
No caso de uma placa homogênea de espessura uniforme, o módulo ∆Pi do peso de um elemento i
de placa pode ser expresso como:
P i= t Ai
P= t A
onde A é a área total da placa.
Em unidades SI, γ é expresso em N/m³ (newtons por metro cúbico), t em m (metros) e as área ∆Ai
e A em m² (metros quadrados); os pesos ∆Pi e P serão então expressos em N (newtons).
∑ My : x A=x1 A1 x 2 A2 x n A n
∑ Mx : y A=y 1 A1y 2 A 2y n A n
13
y y
x
C xi ∆ Ai
O
y
x
≡ O
yi
∑ M y= x A=∑ x i Ai
∑ M x= y A=∑ y i A i
No caso de um arame homogêneo de seção transversal uniforme, o módulo do peso, ∆Pi, de um
elemento i do arame pode ser expresso como:
P i= a Li
O baricentro do arame coincide, então, com o centróide C da curva L definida pela forma do
arame conforme a figura a seguir. As coordenadas x e y do centróide C da curva L são obtidas das
equações:
y y
L
xi
∆ Li
x
yi
C
O
y
x
≡ O x
∑ M y= x L=∑ x i Li
∑ M x= y L=∑ y i Li
3 – EIXOS DE SIMETRIA
Quando uma área A ou uma linha L possui um eixo de simetria, o centróide da área ou da linha
está contido sobre esse eixo. Se o eixo y é de simetria, a coordenada x é nula ( x =0 ). Se o eixo x é de
simetria, a coordenada y é nula ( y =0 ). Segue-se, ainda, que se a área A ou a linha L possuir dois eixos
de simetria, o centróide deverá estar na interseção dos mesmos. Essa propriedade permite determinar
imediatamente o centróide de superfícies como círculos, quadrados, retângulos, triângulos equilateros ou
outras figuras simétricas.
14
y x y' y
x'
d y
O x O x
d
x
=d y =d
y y'
x
b h
C x = y = A=b⋅h
h x' 2 2
y
O x
b
y
y'
x
2 1 b⋅h
x = b y = h A=
h x' 3 3 2
y C
O x
b
15
6 – CENTRÓIDE DA ÁREA DE UM SETOR CIRCULAR
y
R Por simetria y =0
α
2Rsen
C x x =
O 3
R 2
A= R α em radianos
x −α
Para um semicírculo → =
2
y
Por simetria y =0
R
4R
x =
3
O C x
R R2
A=
x 2
Para um 1/4 de círculo → =
4
y
4R
R x = y =
3
y C
2
O R x R
A=
4
x
y
R α Por simetria y =0
C Rsen
x x =
O
x
R L=2 R α em radianos
−α
16
Para uma semicircunferência → =
2
y
R Por simetria y =0
2R
x =
O C x
R L= R
x
Para um 1/4 de circunferência → =
4
y
2R
R x = y =
C
y
x R
O R L=
2
x
Em muitos casos, uma placa pode ser dividida em retângulos, triângulos ou outrs formas usuais
mostradas. A abscissa X de seu baricentro G pode ser determinada das abscissas x 1 , x 2 ,..., dos
baricentros das várias partes, exprimindo que o momento do peso de toda placa em relação ao eixo y é
igual à soma dos momentos dos pesos das várias partes em relação ao mesmo eixo. A ordenada Y do
baricentro da placa é obtida de maneira análoga, equacionando-se os momentod em relação ao eixo x.
∑ My : P 1P 2Pn =
X x1 P 1
x 2 P2
xn Pn
∑ Mx : P1P2P n =y
Y 1 P1 y 2 P2 y
n Pn
Ou de forma compacta,
∑ Pi=∑ x i Pi
X e ∑ Pi =∑ yi P i
Y
z z
y y
P1
P2
Σ Pi
P3 Essas equações podem ser resolvidas
O X
≡ O eY
obtendo-se as coordenadas X do
G1
G2
G baricentro da placa.
Y G3
x x
17
y y
A2
A1
Σ Ai C2
X
G
≡
Y
C1 C3 A3
O x O x
Ou de forma compacta:
∑ Ai =∑ x i A i
Qy =X e ∑ A i=∑ y i Ai
Q x= Y
Essas equações determinam os momentos de primeira ordem da superfície composta e também
eY
podem ser utilizadas para calcular as coordenadas X de seu centróide.
Deve-se tomar cuidado para registrar o momento de cada superfície com o sinal apropriado.
Momentos estáticos de superfícies, assim como os momentos de forças, podem ser positivos ou negativos.
Por exemplo, uma superfície cujo centróide está localizado à esquerda do eixo y terá um momento
estático negativo em relação a esse eixo. Também a superfície de um furo terá um sinal negativo.
Analogamente, em muitos casos, é possível determinar o baricentro de um arame composto ou o
centróide de uma linha composta dividindo-se o arame ou a linha em elementos mais simples.
z y
P1
A1 A2 A3
x
y
P2
x1 x2
P3 x3
x1
x2
x A xA
x3
A1 Semicírculo − −
A2 Retângulo
x
A3 Furo Circular − −
18
Recapitulação e Sumário
Este capítulo foi principalmente dedicado à determinação do baricentro de um corpo rígido, isto é,
à determinação do ponto G onde uma única força P, denominada peso do corpo, pode ser aplicada para
representar o efeito da atração da Terra sobre o corpo.
Na primeira parte do capítulo consideramos corpos bidimensionais como placas e fios contidos no
plano xy. Somando componentes na direção vertical z e momentos em relação aos eixos horizontais x e y,
deduzimos as relações
Qy =
xA Qx =y A
Propriedades de simetria
19
CAPÍTULO 4 – MOMENTO DE INÉRCIA
Define-se momento de inércia de uma área dA em relação ao eixo x como o produto da área do
elemento dA pelo quadrado da distância ao eixo considerado.
Dessa forma o momento de inércia de uma área A em relação ao eixo x será dado pela soma dos
momentos de inércia de todos os elementos dA.
y dA 2
dI x =y dA
x dI y =x 2 dA
y
A I x =∫ y 2 dA
O x I y =∫ x 2 dA
I x =∫ y 2 dA
dA=b dy
y h
I x =∫ y 2 b dy
0
h
dy I x =b∫ y 2 dy
0
h
h
y Ix =
by 3
3 ∣
0
O x bh
3
b Ix =
3
hb 3
Iy =
3
20
3 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA TRIANGULAR EM RELAÇÃO A
UM EIXO QUE COINCIDE COM UM LADO
I x =∫ y 2 dA
dA=x 'dy
y x'
h
I x =∫ y 2 x ' dy
0
dy h
h I x =∫ y 2 b
0
h−y
h
dy
y h
b
I x = ∫ h−y y 2 dy
h 0
O b
x
h
x ' h−y
=
Ix =
h 3
b hy 3 y 4
−
4 ∣
0
b h
x '=b
h−y
Ix =
h 3
b h4 h4
−
4
h
bh 3
Iy =
12
J O =∫ r 2 dA
J O =∫ x 2 dA∫ y 2 dA
A 2 2
r y como I x =∫ y dA e I y =∫ x dA , teremos:
O x x
J O =I x I y
21
5 – MOMENTO POLAR DE INÉRCIA DE UMA ÁREA CIRCULAR
J O =∫ u 2 dA
dA=2 u du
y
dA J O =∫ u 2 2 u du
du
u R
J O =2 ∫ u 3 du
R x 0
R
A J O =2
u4
4 ∣0
R4
JO =
2
y J O =I x I y
R4
I x =I y =
4
R
R4 R4
JO = Ix =
4 8
O x
22
7 – TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS
I x =∫ y 2 dA
Seja agora, o eixo x' baricêntrico paralelo ao eixo x e y' a distância do elemento de área dA ao eixo
x'. desta forma, pode-se escrever:
I x ' =∫ y '2 dA
y
dA
C y' x'
O' y d
A
O x
y=y 'd
Ou ainda:
I x =∫ y 'd 2 dA
I x =∫
y ' 2 dA 2 d ∫
y ' dA d 2 ∫
dA
Ix ' y ' A A
Como o baricentro da área A está localizado sobre o eixo x', temos que y '=0 , com isso:
2
I x =I x ' A d
23
8 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA CIRCULAR EM RELAÇÃO A UM
EIXO TANGENTE
2
y I x =I x ' A d
R4
R Ix = R 2 R 2
4
x'
C R4
Ix = R 4
d=R 4
O x 5 R4
Ix =
4
2
I x =I x ' A d
2
y y' I x ' =I x −A d
2
b h3
Ix ' =
3
− b h
h
2
h
x' bh
3
bh
3
C Ix ' =
3
−
4
d=h
2 3
bh
Ix ' =
O b
x 12
h b3
I y '=
12
24
10 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA TRIANGULAR EM RELAÇÃO A
UM EIXO BARICÊNTRICO PARALELO A UM LADO
2
I x =I x ' A d
y
I x ' =I x −A d 2
3 2
h
Ix ' =
bh
12
−
bh
2
1
3
h
x'
C b h3 b h3
d=1
3h
Ix ' = −
12 18
O x
b b h3
Ix ' =
36
Consideremos uma superfície de área A, que tem um momento de inércia Ix em relação ao eixo x
(Fig 1.a). Imaginemos que concentramos esta área em uma faixa estreita, paralela ao eixo x (Fig. 1.b). Se
a área A, assim concentrada, deve ter o mesmo momento de inércia em relação ao eixo x, a faixa deve ser
colocada a uma distância kx deste eixo, definida pela relação:
2
I x =k x A
k x=
Ix
A
2
I y =k y A k y=
Iy
A
2
J 0 =k 0 A k 0=
J0
A
2 2 2
k 0=k xk y
25
y y A
A
kx
O x O x
(a) (b)
y y
A A
ky
k0
O x O x
(c) (d)
Figura 1
1 3
bh h
2 I x 3 h2 k x=
k x= = = 3
A bh 3
O raio de giração kx do retângulo está representado na Figura 2. Não deve ser confundido com a
ordenada y =h /2 do centróide da área. Enquanto kx depende do momento de segunda ordem ou momento
de inércia da superfície, a ordenada y está relacionada com o momento de primeira ordem da superfície.
h
C
y kx
O b
x
26
Recapitulação e Sumário
I x =∫ y 2 dA I y =∫ x 2 dA
O momento polar de inércia de uma superfície de área A em relação ao ponto O foi definido como
J O =∫ r 2 dA
onde r é a distância de O ao elemento de área dA. Notando que r2 = x2 + y2, obtivemos a relação
J O =I x I y
Raio de giração
O raio de giração da superfície de área A em relação ao eixo x é, por definição, a distância kx tal
que I x =k 2x A . Definições semelhantes do raio de giração em relação ao eixo y e ao ponto O dão
k x=
Ix
A
k y=
Iy
A
k 0=
J0
A
O teorema dos eixos paralelos, conforme enunciado, afirma que o momento de inércia Ix de uma
superfície de área A em relação a um eixo x, é igual ao momento de inércia Ix' da mesma superfície em
relação a um eixo x', que passa pelo centróide C da superfície e é paralelo ao eixo x, mais o produto da
área A pelo quadrado da distância d entre os dois eixos:
I x =I x ' A d 2
Esta fórmula também pode ser usada para calcular o momento de inércia Ix' de uma superfície em
relação a um eixo baricêntrico x', se for conhecido o momento de inércia Ix em relação a um eixo x
paralelo a x'. Convém notar que neste caso o produto Ad2 deve ser subtraído do momento de inércia
conhecido Ix.
Uma relação semelhante é válida para os momentos de inércia polares JO de uma superfície em
relação a um ponto O e JC, em relação ao centróide C. Sendo d a distância entre os pontos O e C temos:
2
J O =J C A d
27
MOMENTOS DE INÉRCIA DE FIGURAS GEOMÉTRICAS COMUNS
y y' bh
3
hb
3
Ix '= Iy '=
12 12
h
x' bh
3
hb
3
Retângulo Ix = Iy =
C 3 3
2 2
bh b h
O x JC=
b 12
y
3
bh
Ix '=
36
Triângulo h
x' bh
3
C d = 1h
Ix =
12
3
O b
x
y
4
r r
I x =I y=
4
Círculo O x r
4
J O=
2
y 4
r
I x =I y=
8
Semicírculo r
4
r
J O=
4
O x
y 4
r
I x =I y =
16
Quadrante r
4
r
J O=
8
O x
28
EXERCÍCIOS DE MECÂNICA GERAL
R ≅ 20 kN 9,2° 15°
B T1
4) Sabendo que α = 30°, determine a intensidade da força P de tal
modo que a força resultante exercida sobre o cilindro seja vertical.
Qual a intensidade da resultante correspondente?
P ≅ 410 N e R ≅ 919 N
α
P
7) Duas forças F1 e F2 de intensidade 20 N e 10 N, respectivamente,
atuam sobre um ponto material, conforme indica a figura. Determine
graficamente a resultante pelo método da linha poligonal e pela regra F2
do paralelogramo. A seguir determine a intensidade e a direção da
resultante pelo método das projeções.
60° F1
R ≅ 10 3 N 30°
8) Duas forças F1 e F2 de intensidade 3 N e 7 N, respectivamente, atuam sobre um ponto material. Em que intervalo está compreendida
a intensidade da resultante? 4 N ≤ R ≤ 10 N
9) Duas forças de mesma intensidade F, formando um ângulo de 60°, atuam sobre um ponto material. Qual a intensidade da resultante?
R=F 3
29
10) Uma partícula P está submetida à ação de várias forças, conforme a 2F
figura. Qual é a intensidade da força resultante? 2F
(Dados: sen 60° =
3 ; cos 60° = 0,5)
2 60°
F P
|R| = F 60° 60°
F
F F
2F
11) Qual é o módulo da resultante do sistema de forças que age sobre a 100 N 100 N
partícula da figura? 37°
300 N
(Dados: sen 37° = 0,6; cos 37° = 0,8) P
53°
|R| = 100 N
200 N
12) Um ponto material P está sob a ação de três forças, conforme indica F1
a figura. Determine a intensidade da resultante. Dados:
F1 = 3 N; F2 = 5 N; F3 = 2 N α
α + β = 90°; sen α = 0,6; cos α = 0,8
P β F2
|R| ≅ 8,6 N F3
Dados: F3 F4
F1 = 2100 N
F2 = 500 3 N
F3 = 1000 N
F4 = 2000 N 30° 30°
F5 = 800 N O x
1 3 F2 F5
sen 30° = ; cos 30° =
2 2
R ≅ 1000 N 36,9°
F1
14) Um colar que pode deslizar em uma haste vertical está sumetida às
três forças ilustradas. A direção da força F pode variar. Se possível, Q = 1,2 kN
determine a direção da força F de tal modo que a resultante das três
forças seja horizontal, sabendo que a intensidade da força F é (a) 2,4 60°
kN e (b) 1,4 kN. P = 0,8 kN
a) α ≅ 48,2°
b) Impossível
α
F
TAB = 120 N
TBC = 150 N B
A
30
16) Para o sistema da figura, em equilíbrio, qual a relação entre os pesos
PA e PB dos corpos A e B? Os fios e as polias são ideais. 60°
PA
= 3
PB
A B
17) Na figura ao lado o corpo suspenso tem massa igual a 2 kg. Os fios
têm pesos desprezíveis e o sistema está em equilíbrio estático 30° A
(repouso). Determine as trações nos fios AB e BC. (Dados: g = 10
m/s2; sen 30° = 0,50; cos 30° = 3/ 2 )
C B
TBA = 40 N
TBC = 20 3 N 2 kg
a) 30 3 N
b) 60 N 2 1
20) Na figura, o corpo suspenso tem o peso 100 N. Os fios são ideais e
têm pesos desprezíveis, e o sistema está em equilíbrio estático A 30°
C
60°
(repouso). Sendo g = 10 m/s 2; sen 30° = 0,50; cos 30° = 3/ 2 , a
tração na corda AB, em N, é:
B
TAB = 50 N P = 100 N
21) O sistema da figura, para chegar à posição de equilíbrio, fez com que
a mola M fosse alongada em 0,50 cm. Sabendo-se que as massas dos
fios e da mola são desprezíveis e que o peso Q vale 200 N, conclui-
se que a constante elástica da mola, em N/m é de:
F = 100 3 N F
A
α = 60° 300 N
31
23) Uma força vertical de 500 N é aplicada à extremidade de uma
A
manivela fixada a um eixo em O. Determinar (a) o momento da
força de 500 N em relação a O; a intesidade da força horizontal
aplicada em A que gera o mesmo momento em relação a O; (c) a
0,60 m
menor força aplicada em A que gera o mesmo momento em relação a 500 N
O; (d) a distância a que uma força vertical de 1200 N deverá estar do
eixo para gerar o mesmo momento em relação a O; (e) se alguma das
forças obtidas nos itens b, c e d é quivalente à força original. 60°
30°
C
180 mm
120 mm
MA = 40,7 N·m ( ) 40 mm
A
140 mm
25) Uma força de 150 N atua na extremidade de uma alavanca de 0,90 m 20°
como está ilustrado. Determinar o momento da força em relação a O. 150 N
A
0,90 m
50°
MO = 46,2 N·m ( )
O
26) Uma barra OA situada num plano vertical pode girar em torno do a) b) c) d)
ponto de suspensão O. Determine o momento da força F de O O O O
intensidade 10 N em relação ao ponto O nos casos indicados ao lado: F 0,2 m
0,5 m
F
A A A A
F
a) MO = 0, b) MO = 0, c) MO = 2 N·m ( ), d) MO = 5 N·m ( ) F
O A
MO = 5 N·m ( )
F3 = 5 N
0m
O 30°
0,5
F4 = 2 N
F1 = 5 N F = 10 N
a) MF1 = 0, MF2 = 0,4 N·m ( ), MF3 = 0, MF4 = 0,4 N·m ( ), 10 cm
b) MF = 2,5 N·m ( ) 20 cm O
HA = 0, VA = 15 N, VB = 35 N 5,0 m
A B 2N
T = 8 N, VA = 4 N, HA = 2 N P = 12 N
32
31) Uma viga em balanço é carregada como ilustrado. Ela está fixa na
extremidade esquerda e livre na direita. Determinar as reações de 800 N 400 N 200 N
apoio na extremidade fixa.
A B
T = 30 N, HA = 24 N (←), VA = 12 N (↑)
1250 1000
T= N, HA = N (→), VA = 50 N (↑)
3 3
3m C 3m
D
HB = 150 N (→), VB = 100 N (↓), T = 250 N
B
P = 100 N
37)
Determine no sistema da figura ao lado: (a) a intesidade da força F
que deve ser aplicada ao cabo para manter a barra horizontal; (b) a
reação do pino A. A barra é homogênea e de peso 20 N. A polia e os
fios são ideais.
Cabo
A B 60°
20 3 10 3
a) F = N, b) HA = N (←), VA = 10 N (↑) P F
3 3
33
Determine as reações nos apoios A e B das treliças em equilíbrio a seguir, indicando seus sentidos
corretos. Obs: A treliça é um elemento estrutural de grande aplicação na engenharia, utilizada no projeto
de pontes e edifícios.
38) Dado: F = 14000 N
F
HA = 14000 N (←)
3,6 m
VA = 8000 N (↓)
VB = 8000 N (↑)
A B
1,5 m 4,8 m
0,375 m
A
B
0,4 m 0,5 m
HA = 2 kN (←)
VA = 1 kN (↑)
VB = 7 kN (↑)
2m
A
B
4m 4m
3m 3m 3m 3m
42) F F F Dado: F = 5 kN
B
HA = 21 kN (→)
HB = 21 kN (←)
VB = 15 kN (↑)
4m
1m
A
3m 3m 3m 3m
34
43) Dado: F = 5 kN
2F F
B VA = 15 kN (↑)
HA = 14 kN (→)
5m HB = 14 kN (←)
A
2m 2m 2m
44) F 2F F Dado: F = 2 kN
B
VB = 8 kN (↑)
HA = 11 kN (→)
HB = 13 kN (←)
4m
F
4m
A
3m 3m 3m 3m 3m
45) Dado: F = 4 kN
F
HA = 8 kN (←)
d
VA = 10 kN (↓)
VB = 10 kN (↑)
F
d
d
A B
d d
35
Determine as reações nos apoios A e B das vigas abaixo indicando seus sentidos corretos.
46)
4000 N
HA = 1000 N (→)
1000 N
VA = 3000 N (↑)
A B VB = 1000 (↑)
1m 3m
47)
1 kN 3 kN
HB = 2 kN (←)
2 kN
VB = 5 kN (↑)
A B VA = 1 kN (↓)
2m 2m 2m
48)
20 kN 40 kN
HA = 0
VA = 46 kN (↑)
A B VB = 14 kN (↑)
2,5 m 3m 2m
49)
5 kN 4 kN
HB = 2 kN (→)
2 kN VB = 2 kN (↑)
A B VA = 6 kN (↑)
1 kN
1m 2m 2m 1m
50) 240 Nm
100 N HB = 100 N (→)
A B VB = 40 N (↓)
VA = 40 N (↑)
6m 4m
51) 1600 Nm
A HA = 0
B VA = 320 N (↓)
VB = 320 N (↑)
4m 5m
52) q = 2 kN/m
HA = 0
VA = 4 kN (↑)
VB = 4 kN (↑)
A B
4m
36
53) 1 kN/m 1 kN/m
3 kN
HA = 0
VA = 4 kN (↑)
VB = 3 kN (↑)
A B
2m 2m 4m 2m
54) q = 2 kN/m
2 kN
HA = 3 kN (←)
3 kN VA = 7 kN (↑)
VB = 3 kN (↑)
A B
2m 4m
VA = 1125 kN (↑)
VB = 675 kN (↑)
HB = 0
A B
3m 12 m
56) q = 20 kN/m
20 kN
HA = 3 kN (→)
3 kN VA = 32 kN (↑)
VB = 68 kN (↑)
A B
2m 4m 4m
57) q = 20 kN/m
30 kN
40 Nm HA = 20 kN (←)
20 kN VA = 60 kN (↑)
VB = 70 kN (↑)
A B
4m 6m 5m
58) q = 3 kN/m
18 kN
HA = 3 kN (→)
3 kN VA = 18,75 kN (↑)
VB = 11,25 kN (↑)
A B
1m 3m 4m
37
59)
q = 2 kN/m
4 kN
4 kNm HA = 2 kN (→)
2 kN VA = 4 kN (↑)
VB = 12 kN (↑)
A B
6m 2m
60)
qB = 4500 N/m
qA = 1500 N/m
HB = 0
VA = 7500 N (↑)
VB = 10500 N (↑)
A B
6m
61)
q = 1500 N/m
HA = 0
VA = 2500 N (↑)
VB = 2000 N (↑)
A B
2m 4m
62)
q = 6 N/m
6N
q = 4 N/m
2m
16 Nm HB = 16 N (←)
VA = 4 N (↑)
B VB = 11 N (↑)
2m
1m 3m 3m
38
63) q = 10 kN/m
2m HA = 10 kN (←)
10 kN VA = 15 kN (↑)
VB = 25 kN (↑)
2m
A B
4m
64) q = 10 kN/m 10 kN
2m
HA = 10 kN (→)
10 kN VA = 15 kN (↑)
VB = 55 kN (↑)
2m
A B
4m 2m
Determine as reações no engastamento das vigas abaixo, indicando seus sentidos corretos.
65)
500 N
HB = 0
A B VB = 500 N (↑)
7m
MB = 3500 N·m ( )
66)
300 N 500 N 400 N
HB = 0
A B VB = 1200 N (↑)
2m 1m 1m
MB = 2600 N·m ( )
39
67)
q = 2 kN/m
HB = 0
VB = 6 kN (↑)
A B MB = 9 kN·m ( )
3m
68)
q = 600 N/m
HB = 0
2000 Nm
VB = 2400 N (↑)
A B MB = 6800 N·m ( )
3m 4m
16 cm 12 cm
2 cm
0 10 cm x 0 22 cm x
x
̄ ≈2,7 cm x
̄ ≈8,4 cm
̄y≈5,7 cm ̄y≈5,2 cm
71) y 72) y
6 cm
6 cm
12 cm
4 cm
0 x 0 x
2 cm 2 cm 2 cm 3 cm 2 cm 2 cm
̄x =4 cm ̄x =5 cm
̄ ≈5,1 cm
y ̄ ≈8,4 cm
y
40
73) y 74) y
4 cm
12,5 cm 2 cm
10 cm
6 cm
0 x 0 x
10 cm 17,5 cm
4 cm 2 cm 2 cm
x ≈13,3cm
̄ x̄ ≈3,9 cm
̄y≈11,8 cm ̄y≈4,2 cm
75) D 76) y
π=3
y 40 cm
C
30 cm
B
C D E
4 cm 4 cm
60 cm 2 cm
A B
0 x
A
2 cm
0 x
40 cm 30 cm
x ≈−0,8cm
̄
x
̄ ≈51,4 cm ̄y≈4,8 cm
̄y≈67,6 cm
77) y 78) y
6 cm
4 cm
6 cm
1 cm 0 x
0 x
2 cm 1 cm 1 cm 1 cm 10 cm
41
79) y 80) y
15 cm
3 cm
30 cm
4 cm
30 cm
0 x 0 x
3,5 cm 30 cm 10 cm
R
25 cm
R
24 cm
12,5 cm
0 R = 15 cm x 0 x
42
CENTRÓIDES E MOMENTOS DE INÉRCIA
y y' b h
̄x = ̄y = A=bh
2 2
h bh 3 hb3
C x' Ix = Iy =
3 3
0 x
b h3 h b3
b Ix ' = I y '=
12 12
1 bh
̄y = h A=
h 3 2
C x' b h3 b h3
Ix = Ix ' =
12 36
x
b
y y'
R 5π R 4 π R4
I x =I y = I x ' =I y ' =
4 4
C x' π R4
J C= A=π R 2
2
0 x
y 4 4 4
πR πR 8R
I x =I y = Ix ' = −
R
8 8 9π
x'
C 4R π R2
x ̄y = A=
3π 2
0
y y'
π r4 π R4 4 R4
I x =I y = I x ' =I y ' = −
16 16 9π
R
x' 4R πR
2
C ̄x = ̄y = A=
x 3π 4
0
43
44