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UNISUAM

MECÂNICA
GERAL

Elaboração: Prof. Franco

Edição: Prof. Brisola


CAPÍTULO 1 – ESTÁTICA DAS PARTÍCULAS

1 – ESTÁTICA

É a parte da física que estuda o equilíbrio estático dos corpos. Ela é dividida em duas partes:

1) Estática das partículas ou do ponto material.


2) Estática do corpo rígido ou do corpo extenso.

2 – RESULTANTE DE DUAS FORÇAS

F1 Vetorialmente:

 
R= F1  
F2
F2

Regra do Polígono

α F1
R
F2
F2
α R
F1

α é Ângulos entre as forças 


F1 e 
F2

Regra do Paralelogramo

Pela lei dos cossenos:


F2
R 2 2 2
R =F1F22F1 F2 cos 
α
F1 R=  F21F222F1 F2 cos 

Se α = 0° → R MAX =F1F2
Se α = 180° → R MIN =F1−F2

R MIN  R R MAX → F1 −F2  R F1−F 2

1
Lembrete 1: Soma e diferença de dois vetores.


S=a b

b S
S= a 2 b 22a b cos 

α D  a −
D= b
a
S= a 2 b 2−2a b cos 

Lembrete 2: Lei dos senos.

b   
sen A sen B sen C
c = =
a b c

B a C

Exemplo: Calcule o módulo, a direção e o sentido da resultante das forças 


F1 =5 N e 
F 2=3 N

F2 R

60° 120°
β
F1

Lei dos cossenos Lei dos senos

R=  F21F222 F1 F2 cos 60º sen  sen 120º


=
F2 R


R= 5 2322⋅5⋅3⋅
1
2 sen =
F 2 sen 120º
R
R=  25915
3⋅sen 120º
sen =
R=  49 7

R=7 N sen =0,371153744

≈21,8 º

Resp: R=7 N ∢21,8 º

2
3 – COMPONENTES RETANGULARES DE UMA FORÇA


F =
F x 
Fy

y F =F x i F y j

F F= F xFy
2 2

Fy
F x=F cos
θ
O x F y=F sen 
Fx

Fy
tg =
Fx

Exemplo: Calcule as componentes retangulares Fx e Fy da força F =100 N

F x=F⋅cos 30º

F x=100⋅
y 3
2
F
Fy F x=50  3 N

F y=F⋅sen 30º
30°
1
O x F y=100⋅
Fx 2

F y=50 N

4 – RESULTANTE DE UM SISTEMA DE FORÇAS

 x e y R
Calcula-se as resultantes sobre os eixos x  R  y  e depois aplica-se o teorema de Pitágoras
.
para determinar a reultante total  R

y y
F3 F2 R
F1
Ry

O
x ≡ O
θ
Rx
x

F4 F5

3
 R x R
y R=  R xR y
2 2
R=

Ry

R=R  
x i R y j tg =
Rx

5 – EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA

Uma partícula está em equilíbrio, quando a resultante de todas as forças atuantes sobre ela é nula.

 0
R= {
R x =0
R y =0

Exemplo:

Consideremos um caixote de 75 kg, ilustrado no diagrama a seguir. O caixote é suportado por um


cabo vertical, unido em A a duas cordas que passam por roldanas fixadas nas paredes laterais em B e C.
Deseja-se determinar a tração em cada uma das cordas AB e AC.

B
TAB

C TAC TAB
50°
50° 30°
30°
A 40°
A
80°
60°
736 N 736 N TAC

(a) (b) (c)

(a) Diagrama espacial. (b) Diagrama de corpo livre. (c) Triângulo de forças.

P = mg = 75 kg9,81 m /s 2 = 736 N

TAB T AC 736 N
= =
sen 60 ° sen 40 ° sen 80 °

T AB = 647 N T AC = 480 N

4
CAPÍTULO 2 – ESTÁTICA DO CORPO RÍGIDO

1 – MOMENTO DE UMA FORÇA EM RELAÇÃO A UM PONTO

O momento de uma força é a capacidade dessa força em fazer girar um corpo rígido. O momento
de uma força F , em relação a um ponto O fixo, é o produto da intensidade da força 
F pela distância d
(braço de alavanca) do ponto à reta suporte da força.
O momento de uma força tende sempre a causar um movimento de rotação do corpo sob a ação
dessa força em torno do ponto O considerado.

+
F1
d1 M FO =F1 d 1
1

O
d2
M FO =−F 2 d 2
2

F2
-

Exemplo: Calcule o momento da força 


F =100 N em relação ao ponto A.

M A =Fd

M A =F AB sen 30 °
F
d

30°

1
M A =100⋅0,2⋅
A B 2

20 cm = 0,2 m M A =10 N⋅m


M A =Fy d

Fy M A =Fsen 30 °d

A Fx B 1
M A =100⋅ ⋅0,2
20 cm = 0,2 m 2

M A =10 N⋅m

2 – BINÁRIO OU CONJUGADO

Denomina-se binário ou conjugado o sistema formado por duas forças de mesma intensidade,
mesma direção, sentidos opostos e aplicadas em pontos diferentes.
Um binário tende a produzir apenas uma rotação no corpo em que é aplicado e só pode ser
equilibrado por outro binário, pois uma força sozinha que atuasse no corpo provocaria uma resultante
 ≠
R 0 . A resultante de um binário é nula.
BINÁRIO  R  =0

5
F

A B Sentido de rotação

3 – MOMENTO DE UM BINÁRIO

O momento de um binário é a soma algébrica dos momentos das forças que o costituem.

M O =F d 1−Fd 2
P
d1 M O =F d1 −d 2 
F
d2
M O =F d
F
Q Obs: O momento de um binário independe do
d ponto O.
O

Exemplo: Determinar o módulo do momento dos binários nas figuras. Dados: 


F =100 N e AB=2 m

a)
M=F d
F
M=100⋅2
A B
d M=200 Nm

b)
F M=F d

M=F AB sen 60º


B
M=100⋅2⋅
3
2

A M=100 3 Nm
d

6
4 – EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO

As condições necessárias e suficientes para que um corpo rígido se mantenha em equilíbrio são:

1a) A resultante de todas as forças que nele agem sejam nula.

 0
R= {R x =0
R y =0

Esta condição implica que o corpo não terá movimento de translação.

2a) A soma algébrica dos momentos de todas as forças que nele atuam, em relação ao mesmo
ponto, seja nula.

R
M =0

Esta condição implica que o corpo não terá movimento de rotação.

5 – GRAUS DE LIBERDADE

Quando um corpo rígido está sujeito a um sistema de forças, os movimentos possíveis são de
translação e rotação.
Tanto a translação quanto a rotação não tem direção nem intensidade privilegiadas. Por
comodidade, exprime-se a translação como a a resultante de translações segundo os eixos x, y e z e a
rotação como a resultante das rotações segundo os eixos x, y e z. Diz-se , então, que um corpo rígido no
espaço possui 6 graus de liberdade.

GRAUS DE LIBERDADE NO ESPAÇO {3 TRANLAÇÕES


3 ROTAÇÕES

GRAUS DE LIBERDADE NO PLANO {2 TRANLAÇÕES


1 ROTAÇÃO

6 – VÍNCULOS

As ações e reações se transmitem de corpo a corpo por intermédio de vínculos. Sempre que houver
restrição ao movimento de um corpo existe um vínculo.

7 – VÍNCULOS NOS SISTEMAS COPLANARES

7.1 – VÍNCULO DO 1º GÊNERO

Possui dois graus de liberdade. São os apoios simples ou apoios do 1o gênero.

Calcula-se uma força com direção conhecida.

7
P P
HP

VP

Exemplo:

ROLETE CURSOR

7.2 – VÍNCULO DO 2º GÊNERO

Possui um grau de liberdade. São as articulações (rótulas) ou apoios do 2o gênero.


Calcula-se duas forças perpendiculares, ou compondo-as, uma força com direção desconhecida.

HP P P
RP
α
VP

Exemplo:

ARTICULAÇÃO

7.3 – VÍNCULO DO 3º GÊNERO

Não possui graus de liberdade. Impede qualquer movimento. São os engastamentos ou apoios
fixos.
Calcula-se duas forças perpendiculares e um binário, ou compondo-as, uma força com direção
desconhecida e um binário.
MP MP
HP P P
RP
α
VP

8
Exemplo:

VIGA ENGASTADA

8 – TIPOS DE EQUILÍBRIO

8.1 – EQUILÍBRIO ESTÁVEL

O equilíbrio é estável quando os vínculos estão dispostos de maneira a não haver graus de
liberdade.

8.2 – EQUILÍBRIO INSTÁVEL

O equilíbrio é instável quando os vínculos permitem qualquer grau de liberdade. Poderá haver
equilíbrio, mas sob determinadas condições das cargas ou forças ativas.

Exemplo: Classificar os equilíbrios, nos casos abaixo.

a) b)

F1 F2 F1 F2

A B A B
HA

VA VB VA VB

INSTÁVEL ESTÁVEL

c) d)

F1 F2 F1 F2
MA
A A B C
HA HA

VA VA VB VC

ESTÁVEL ESTÁVEL COM VÍNCULOS ABUNDANTES


B OU C PODE SER REMOVIDO

9
9 – TIPOS DE CARREGAMENTO

9.1 – CARGA CONCENTRADA

F1 F2
F3
A B

9.2 – CARGA MOMENTO

M
A B

9.3 – CARGA RETANGULAR (UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA)

q,w
P = qd

A B

d/2
d

9.4 – CARGA TRIANGULAR

q,w P = (qd)/2

A B

2d/3
d

10
10 – MÉTODO GERAL PARA O CÁLCULO DE REAÇÕES NOS APOIOS

1o) Substituir os vínculos pelas reações de apoio correspondentes .


2o) Arbitrar um sentido para cada reação de apoio.
3o) Escrever as equações da estática.
4o) Conservar os sentidos das reações encontradas positivas e inverter as negativas

11 – TIPOS DE ESTRUTURAS

As estruturas serão classificadas pelo número de incógnitas e pelo número de equações.

11.1 – ESTRUTURA HIPOESTÁTICA

Número de incógnitas (reações) < Número de equações → Graus de liberdade ≠ 0.

11.2 – ESTRUTURA ISOSTÁTICA

Número de incógnitas (reações) = Número de equações → Graus de liberdade = 0.

11.3 – ESTRUTURA HIPERESTÁTICA

Número de incógnitas (reações) > Número de equações → Graus de liberdade = 0, com vínculos
abundantes.

Número de
Vínculo Reação
incógnitas

Roletes Balancim Superfície lisa Força com direção conhecida

ou

2
α

Força com direção


Pino liso ou articulação Superfície áspera
desconhecida

ou

3
α

Apoio fixo ou engastamento Força e binário

11
CAPÍTULO 3 – CENTRO DE GRAVIDADE – CENTRÓIDES

1 – CENTRO DE GRAVIDADE DE UM CORPO BIDIMENSIONAL

Consideremos, inicialmente, uma placa horizontal conforme a da figura a seguir. Podemos dividir
essa placa em n pequenos elementos. As coordenadas do primeiro elemento são x1 e y1, as do segundo
elemento, x2 e y2 etc...As forças exercidas pela Terra sobre cada um dos elementos da placa são
denominados ∆P1, ∆P2, ... , ∆Pn, respectivamente. Essas forças ou pesos estão orientadas em direção ao
centro da Terra; porém, para todas as finalidades práticas, elas podem ser consideradas paralelas. Sua
resultante é, por conseguinte, uma força na mesma direção. O módulo P dessa força é obtido pela adição
dos módulos dos pesos elementares.

∑ Fz : 
P = 
P 1 
P 2... Pn
z z
y ∆ Pi y
P

xi
x i

O y
G ≡ O
yi

x x

∑ M y= x P=∑ x i  Pi
∑ M x= y P=∑ y i  Pi
Para obter as coordenadas x e y do ponto G, onde a resultante 
P deve ser aplicada, escrevemos que

os momentos de P em relação os eixos x e y são iguais à soma de todos os momentos correspondentes dos
pesos elementares  Pi :

∑ My : x P=x 1  P1x 2  P 2x n  P n




∑ Mx : y
 P=y 1  P1y 2  P2y n  Pn

Se, agora, aumentarmos o número de elementos em que a placa é dividida e diminuirmos


simultaneamente o tamanho de cada elemento, teremos, no limite, as seguintes expressões:

P=∫ dP x P=∫ xdP y P=∫ ydP 

Essas equações definem o peso P e as coordenadas x e y do baricentro G da placa plana. As


mesmas equações poderiam ser deduzidas para um arame situado no plano xy da figura a seguir.
Observaremos nesse caso que o baricentro G geralmente não estará sobre o arame.

12
z z
y ∆ Pi y
P
xi


x i

G yi
O y O

x x

∑ M y= x P=∑ x i  Pi
∑ M x= y P=∑ y i  Pi
2 – CENTRÓIDES DE SUPERFÍCIES E CURVAS

No caso de uma placa homogênea de espessura uniforme, o módulo ∆Pi do peso de um elemento i
de placa pode ser expresso como:
 P i= t  Ai

onde γ = peso específico (peso por unidade de volume) do material


t = espessura da placa
∆Ai = área do elemento i

Analogamente, podemos exprimir o módulo P do peso da placa inteira na forma:

P= t A
onde A é a área total da placa.

Em unidades SI, γ é expresso em N/m³ (newtons por metro cúbico), t em m (metros) e as área ∆Ai
e A em m² (metros quadrados); os pesos ∆Pi e P serão então expressos em N (newtons).

Substituindo ∆Pi e P na equação de momentos  e dividindo por γt, podemos escrever:

∑ My : x A=x1  A1 x 2  A2 x n  A n
∑ Mx : y A=y 1  A1y 2  A 2y n  A n

Se aumentarmos o número de elementos em que a área A é dividida e diminuirmos,


simultaneamente, o tamanho de cada elemento, obteremos, no limite, as seguintes expressões:

A=∫ dA x A=∫ xdA y A=∫ ydA 

Essas equações definem as coordenadas x e y do baricentro G de uma placa homogênea. O ponto


de coordenadas x e y é também conhecido como centróide C da superfície A da placa (figura a seguir). Se
a placa não for homogênea, essas equações não podem ser utilizadas para determinar o baricentro da
placa; porém, definem ainda o centróide da superfície.

13
y y

x
C xi ∆ Ai

O
y

x
≡ O
yi

∑ M y= x A=∑ x i  Ai
∑ M x= y A=∑ y i  A i
No caso de um arame homogêneo de seção transversal uniforme, o módulo do peso, ∆Pi, de um
elemento i do arame pode ser expresso como:

 P i= a  Li

onde γ = peso específico (peso por unidade de volume) do material


a = área da seção transversal do arame
∆Li = comprimento do elemento i

O baricentro do arame coincide, então, com o centróide C da curva L definida pela forma do
arame conforme a figura a seguir. As coordenadas x e y do centróide C da curva L são obtidas das
equações:

L=∫ dL x L=∫ xdL y L=∫ ydL 

y y
L
xi
∆ Li
x
yi
C

O
y

x
≡ O x

∑ M y= x L=∑ x i  Li
∑ M x= y L=∑ y i  Li

3 – EIXOS DE SIMETRIA

Quando uma área A ou uma linha L possui um eixo de simetria, o centróide da área ou da linha
está contido sobre esse eixo. Se o eixo y é de simetria, a coordenada x é nula ( x =0 ). Se o eixo x é de
simetria, a coordenada y é nula ( y =0 ). Segue-se, ainda, que se a área A ou a linha L possuir dois eixos
de simetria, o centróide deverá estar na interseção dos mesmos. Essa propriedade permite determinar
imediatamente o centróide de superfícies como círculos, quadrados, retângulos, triângulos equilateros ou
outras figuras simétricas.

14
y x y' y

x'
d y

O x O x
d

x
 =d y =d

4 – CENTRÓIDE DA ÁREA DE UM RETÂNGULO

y y'
x

b h
C x = y = A=b⋅h
h x' 2 2
y
O x
b

5 – CENTRÓIDE DA ÁREA DE UM TRIÂNGULO

y
y'
x

2 1 b⋅h
x = b y = h A=
h x' 3 3 2
y C
O x
b

15
6 – CENTRÓIDE DA ÁREA DE UM SETOR CIRCULAR

y
R Por simetria y =0
α

2Rsen 
C x x =
O 3

R 2
A= R α em radianos
x −α


Para um semicírculo → =
2

y
Por simetria y =0
R
4R
x =
3
O C x

R  R2
A=
x 2


Para um 1/4 de círculo → =
4

y
4R
R x = y =
3
y C
2
O R x R
A=
4
x

7 – CENTRÓIDE DE UM ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA

y
R α Por simetria y =0

C Rsen 
x x =
O 
x
R L=2  R α em radianos
−α

16

Para uma semicircunferência → =
2

y
R Por simetria y =0

2R
x =
O C x 

R L= R
x


Para um 1/4 de circunferência → =
4

y
2R
R x = y =

C
y
x R
O R L=
2
x

8 – Placas e Arames Compostos

Em muitos casos, uma placa pode ser dividida em retângulos, triângulos ou outrs formas usuais
mostradas. A abscissa X  de seu baricentro G pode ser determinada das abscissas x 1 , x 2 ,..., dos
baricentros das várias partes, exprimindo que o momento do peso de toda placa em relação ao eixo y é
igual à soma dos momentos dos pesos das várias partes em relação ao mesmo eixo. A ordenada Y  do
baricentro da placa é obtida de maneira análoga, equacionando-se os momentod em relação ao eixo x.

∑ My :  P 1P 2Pn = 
X x1 P 1  
x 2 P2  
xn Pn
∑ Mx :  P1P2P n =y
Y  1 P1  y 2 P2  y
n Pn

Ou de forma compacta,

 ∑ Pi=∑ x i Pi
X e  ∑ Pi =∑ yi P i
Y 
z z
y y

P1
P2
Σ Pi
P3 Essas equações podem ser resolvidas
O X
≡ O  eY
obtendo-se as coordenadas X  do
G1
G2
G baricentro da placa.
Y G3

x x

17
y y
A2
A1
Σ Ai C2
X
G


Y
C1 C3 A3
O x O x

Se a placa é homogênea e de espessura constante, o baricentro coincide com o centróide C de sua


superfície. A abscissa X do centróide da superfície pode ser determinado notando que o momento de
primeira ordem Qy em relação ao eixo y, da superfície composta, pode ser expresso seja como o produto
 pela área total seja como a soma dos momentos de primeira ordem em relação ao eixo y das áreas
de X
elementares.
A ordenada Y  do centróide é determinada de maneira análoga, a partir do momento de primeira
ordem Qx da superfície composta:

  A1A2A n = x1 A 1x 2 A 2 x n A n


Q y= X
 A1 A 2A n =y 1 A1 y 2 A 2 y n An
Q x =Y

Ou de forma compacta:

 ∑ Ai =∑ x i A i
Qy =X e  ∑ A i=∑ y i Ai
Q x= Y 
Essas equações determinam os momentos de primeira ordem da superfície composta e também
 eY
podem ser utilizadas para calcular as coordenadas X  de seu centróide.
Deve-se tomar cuidado para registrar o momento de cada superfície com o sinal apropriado.
Momentos estáticos de superfícies, assim como os momentos de forças, podem ser positivos ou negativos.
Por exemplo, uma superfície cujo centróide está localizado à esquerda do eixo y terá um momento
estático negativo em relação a esse eixo. Também a superfície de um furo terá um sinal negativo.
Analogamente, em muitos casos, é possível determinar o baricentro de um arame composto ou o
centróide de uma linha composta dividindo-se o arame ou a linha em elementos mais simples.

z y

P1
A1 A2 A3
x
y

P2
x1 x2
P3 x3

x1

x2
x A xA

x3
A1 Semicírculo −  −
A2 Retângulo   
x
A3 Furo Circular  − −

18
Recapitulação e Sumário

Este capítulo foi principalmente dedicado à determinação do baricentro de um corpo rígido, isto é,
à determinação do ponto G onde uma única força P, denominada peso do corpo, pode ser aplicada para
representar o efeito da atração da Terra sobre o corpo.

Baricentro de um corpo bidimensional

Na primeira parte do capítulo consideramos corpos bidimensionais como placas e fios contidos no
plano xy. Somando componentes na direção vertical z e momentos em relação aos eixos horizontais x e y,
deduzimos as relações

P=∫ dP x P=∫ xdP y P=∫ ydP 

que definem o peso do corpo e as coordenadas x e y de seu baricentro.

Centróide de uma superfície ou de uma curva


No caso de uma placa homogênea de espessura uniforme, o baricentro G da placa coincide com o
centróide C da superfície A da placa, cujas coordenadas são determinadas pelas equações

A=∫ dA x A=∫ xdA y A=∫ ydA 

Analogamente, a determinação do baricentro de um arame homogêneo plano de seção transversal


uniforme reduz-se à determinação do centróide C da curva L definida pela forma do arame, temos então

L=∫ dL x L=∫ xdL y L=∫ ydL 

Momentos de primeira ordem

As integrais das equações  são denominadas momentos de primeira ordem da superfície A em


relação aos eixos y e x sendo representados por Qy e Qx, respectivamente. Temos

Qy =
xA Qx =y A

Os momentos de primeira ordem de uma curva são definidos de maneira semelhante.

Propriedades de simetria

A determinação do centróide de uma superfície ou curva é simplificada quando a superfície ou a


curva tem certas propriedades de simetria.

19
CAPÍTULO 4 – MOMENTO DE INÉRCIA

1 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA

Define-se momento de inércia de uma área dA em relação ao eixo x como o produto da área do
elemento dA pelo quadrado da distância ao eixo considerado.
Dessa forma o momento de inércia de uma área A em relação ao eixo x será dado pela soma dos
momentos de inércia de todos os elementos dA.

y dA 2
dI x =y dA

x dI y =x 2 dA

y
A I x =∫ y 2 dA

O x I y =∫ x 2 dA

2 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA RETANGULAR EM RELAÇÃO A


UM EIXO QUE COINCIDE COM UM LADO

I x =∫ y 2 dA

dA=b dy

y h
I x =∫ y 2 b dy
0

h
dy I x =b∫ y 2 dy
0
h
h

y Ix =
by 3
3 ∣
0

O x bh
3
b Ix =
3

hb 3
Iy =
3

20
3 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA TRIANGULAR EM RELAÇÃO A
UM EIXO QUE COINCIDE COM UM LADO

I x =∫ y 2 dA

dA=x 'dy
y x'
h
I x =∫ y 2 x ' dy
0

dy h
h I x =∫ y 2 b
0
 
h−y
h
dy

y h
b
I x = ∫  h−y  y 2 dy
h 0
O b
x
h

x ' h−y
=
Ix =
h 3 
b hy 3 y 4

4 ∣
0

b h

x '=b  
h−y
Ix =
h 3 
b h4 h4

4 
h
bh 3
Iy =
12

4 – MOMENTO POLAR DE INÉRCIA

Define-se momento polar de inércia de uma área A em relação a um ponto O a expressão

J O =∫ r 2 dA

mas r 2=x 2y 2


y dA
J O =∫  x 2y 2  dA

J O =∫ x 2 dA∫ y 2 dA
A 2 2
r y como I x =∫ y dA e I y =∫ x dA , teremos:
O x x
J O =I x I y

21
5 – MOMENTO POLAR DE INÉRCIA DE UMA ÁREA CIRCULAR

J O =∫ u 2 dA

dA=2  u du
y
dA J O =∫ u 2 2  u du
du
u R
J O =2  ∫ u 3 du
R x 0

R
A J O =2 
u4
4 ∣0

 R4
JO =
2

6 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA CIRCULAR EM RELAÇÃO A UM


EIXO QUE COINCIDE COM O DIÂMETRO

y J O =I x I y

por simetria I x =I y logo,


R
J O =2 I x
O x J0
Ix =
2

 R4
I x =I y =
4

R
 R4  R4
JO = Ix =
4 8
O x

22
7 – TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS

Seja Ix o momento de inércia de uma área A em relação ao eixo x e y a distância de um elemento


dA ao eixo x. Assim temos que:

I x =∫ y 2 dA

Seja agora, o eixo x' baricêntrico paralelo ao eixo x e y' a distância do elemento de área dA ao eixo
x'. desta forma, pode-se escrever:

I x ' =∫ y '2 dA

y
dA

C y' x'
O' y d
A
O x

Sabendo que d é a distância entre o eixos x e x', temos:

y=y 'd
Ou ainda:

I x =∫  y 'd 2 dA

Elevando ao quadrado e separando em três integrais temos:

I x =∫ y '2 dA∫ 2 d y ' dA∫ d 2 dA

I x =∫
 y ' 2 dA  2 d ∫
 y ' dA  d 2 ∫
 dA
Ix ' y ' A A

Como o baricentro da área A está localizado sobre o eixo x', temos que y '=0 , com isso:

2
I x =I x ' A d

O momento de inércia de uma área A em relação a um eixo qualquer x, é igual ao momento de


inércia em relação ao eixo baricêntrico x' paralelo ao eixo x, mais o produto da área A pelo quadrado da
distância entre os dois eixos.
O teorema dos eixos paralelos também é válido para o momento polar de inércia.

JC ⇒ Momento polar de inércia da área A em relação ao baricentro C


2
J A=J C A d JA ⇒ Momento polar de inércia da área A em relação a um ponto A
d ⇒ Distância entre os pontos A e C

23
8 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA CIRCULAR EM RELAÇÃO A UM
EIXO TANGENTE

2
y I x =I x ' A d

 R4
R Ix =  R 2 R 2
4
x'
C  R4
Ix =  R 4
d=R 4

O x 5  R4
Ix =
4

9 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA RETANGULAR EM RELAÇÃO A


UM EIXO BARICÊNTRICO PARALELO A UM LADO

2
I x =I x ' A d

2
y y' I x ' =I x −A d

2
b h3
Ix ' =
3
− b h
h
2 
h
x' bh
3
bh
3

C Ix ' =
3

4
d=h
2 3
bh
Ix ' =
O b
x 12

h b3
I y '=
12

24
10 – MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA TRIANGULAR EM RELAÇÃO A
UM EIXO BARICÊNTRICO PARALELO A UM LADO

2
I x =I x ' A d
y
I x ' =I x −A d 2

3 2

h
Ix ' =
bh
12
−   
bh
2
1
3
h

x'
C b h3 b h3
d=1
3h
Ix ' = −
12 18
O x
b b h3
Ix ' =
36

11 – RAIO DE GIRAÇÃO DE UMA ÁREA

Consideremos uma superfície de área A, que tem um momento de inércia Ix em relação ao eixo x
(Fig 1.a). Imaginemos que concentramos esta área em uma faixa estreita, paralela ao eixo x (Fig. 1.b). Se
a área A, assim concentrada, deve ter o mesmo momento de inércia em relação ao eixo x, a faixa deve ser
colocada a uma distância kx deste eixo, definida pela relação:
2
I x =k x A

Resolvendo para kx, obtemos:

k x=
 Ix
A

A distância kx é denominada raio de giração da área A em relação ao eixo x. Podemos definir de


modo semelhante os raios de giração ky e k0 (Fig. 1.c e 1.d), escrevendo:

2
I y =k y A k y=
 Iy
A

2
J 0 =k 0 A k 0=
 J0
A

Substituindo J0, Ix e Iy em função dos raios de giração k0, kx e ky na realação J0 = Ix + Iy (Pág. 21


Seção 4.4), observamos que:

2 2 2
k 0=k xk y

25
y y A
A

kx
O x O x

(a) (b)

y y
A A
ky
k0

O x O x

(c) (d)

Figura 1

Exemplo: Calculemos, por exemplo, o raio de giração kx do retângulo ilustrado na figura 2.


Utilizando as fórmulas apresentadas obtemos:

1 3
bh h
2 I x 3 h2 k x=
k x= = = 3
A bh 3

O raio de giração kx do retângulo está representado na Figura 2. Não deve ser confundido com a
ordenada y =h /2 do centróide da área. Enquanto kx depende do momento de segunda ordem ou momento
de inércia da superfície, a ordenada y está relacionada com o momento de primeira ordem da superfície.

h
C
y kx

O b
x

26
Recapitulação e Sumário

Momentos axiais de inércia

Os momentos axiais de inércia Ix e Iy da superfície de área A foram obtidos calculando as integrais

I x =∫ y 2 dA I y =∫ x 2 dA

Momento polar de inércia

O momento polar de inércia de uma superfície de área A em relação ao ponto O foi definido como

J O =∫ r 2 dA

onde r é a distância de O ao elemento de área dA. Notando que r2 = x2 + y2, obtivemos a relação

J O =I x I y

Raio de giração

O raio de giração da superfície de área A em relação ao eixo x é, por definição, a distância kx tal
que I x =k 2x A . Definições semelhantes do raio de giração em relação ao eixo y e ao ponto O dão

k x=
 Ix
A
k y=
 Iy
A
k 0=
 J0
A

Teorema dos eixos paralelos

O teorema dos eixos paralelos, conforme enunciado, afirma que o momento de inércia Ix de uma
superfície de área A em relação a um eixo x, é igual ao momento de inércia Ix' da mesma superfície em
relação a um eixo x', que passa pelo centróide C da superfície e é paralelo ao eixo x, mais o produto da
área A pelo quadrado da distância d entre os dois eixos:

I x =I x ' A d 2

Esta fórmula também pode ser usada para calcular o momento de inércia Ix' de uma superfície em
relação a um eixo baricêntrico x', se for conhecido o momento de inércia Ix em relação a um eixo x
paralelo a x'. Convém notar que neste caso o produto Ad2 deve ser subtraído do momento de inércia
conhecido Ix.

Uma relação semelhante é válida para os momentos de inércia polares JO de uma superfície em
relação a um ponto O e JC, em relação ao centróide C. Sendo d a distância entre os pontos O e C temos:
2
J O =J C A d

27
MOMENTOS DE INÉRCIA DE FIGURAS GEOMÉTRICAS COMUNS

y y' bh
3
hb
3
Ix '= Iy '=
12 12

h
x' bh
3
hb
3
Retângulo Ix = Iy =
C 3 3

2 2
bh  b  h 
O x JC=
b 12

y
3
bh
Ix '=
36
Triângulo h
x' bh
3

C d = 1h
Ix =
12
3
O b
x

y
4
r r
I x =I y=
4
Círculo O x r
4
J O=
2

y 4
r
I x =I y=
8
Semicírculo r
4
r
J O=
4
O x

y 4
r
I x =I y =
16
Quadrante r
4
r
J O=
8
O x

28
EXERCÍCIOS DE MECÂNICA GERAL

1) A força F de intensidade igual a 500 N é decomposta em duas F b


componentes segundo as direções a-a e b-b. Determine por a α
trigonometria o ângulo α, sabendo que a componente de F ao longo
da linha a-a é de 350 N.
50°
α ≅ 32,4°
a
b

2) As duas forças P e Q agem sobre o parafuso A. Determinar a sua


resultante. Q = 60 N
25°
R ≅ 98 N 35° P = 40 N
A
20°

3) Duas estruturas B e C são rebitadas ao suporte A. Sabendo-se que a


tração na peça B é 12,5 kN e que a tração em C é 10 kN, determine
T2
C
graficamente a intensidade, a direção e o sentido da força resultante A
exercida sobre o suporte. 40°

R ≅ 20 kN 9,2° 15°
B T1
4) Sabendo que α = 30°, determine a intensidade da força P de tal
modo que a força resultante exercida sobre o cilindro seja vertical.
Qual a intensidade da resultante correspondente?

P ≅ 410 N e R ≅ 919 N

5) Um automóvel avariado está sendo puxado por meio de duas cordas T2


como mostra a ilustração. Se a resultante das duas forças exercidas
pelos cabos é de 1500 N, paralela ao eixo do automóvel, pede-se
determinar (a) a tração em cada uma das cordas, sendo α = 30°, (b)
α
o valor de α para que a tração no cabo 2 seja mínima.
20°
a) T1 ≅ 980 N e T2 ≅ 670 N b) α = 70°
T1
6) Determine trigonometricamente a intensidade e a direção da força P
de tal modo que a resultante de P e da força Q de 900 N seja uma
força vertical de 2700 N dirigida para baixo. Q = 900 N
P ≅ 2990 N 72,8° 10º

α
P
7) Duas forças F1 e F2 de intensidade 20 N e 10 N, respectivamente,
atuam sobre um ponto material, conforme indica a figura. Determine
graficamente a resultante pelo método da linha poligonal e pela regra F2
do paralelogramo. A seguir determine a intensidade e a direção da
resultante pelo método das projeções.
60° F1
R ≅ 10  3 N 30°

8) Duas forças F1 e F2 de intensidade 3 N e 7 N, respectivamente, atuam sobre um ponto material. Em que intervalo está compreendida
a intensidade da resultante? 4 N ≤ R ≤ 10 N

9) Duas forças de mesma intensidade F, formando um ângulo de 60°, atuam sobre um ponto material. Qual a intensidade da resultante?
R=F  3

29
10) Uma partícula P está submetida à ação de várias forças, conforme a 2F
figura. Qual é a intensidade da força resultante? 2F
(Dados: sen 60° =
 3 ; cos 60° = 0,5)
2 60°
F P
|R| = F 60° 60°
F
F F
2F
11) Qual é o módulo da resultante do sistema de forças que age sobre a 100 N 100 N
partícula da figura? 37°
300 N
(Dados: sen 37° = 0,6; cos 37° = 0,8) P
53°
|R| = 100 N
200 N

12) Um ponto material P está sob a ação de três forças, conforme indica F1
a figura. Determine a intensidade da resultante. Dados:
F1 = 3 N; F2 = 5 N; F3 = 2 N α
α + β = 90°; sen α = 0,6; cos α = 0,8
P β F2
|R| ≅ 8,6 N F3

13) Calcule o módulo, a direção e o sentido da resultante do sistema de y


forças aplicado ao ponto material O da figura.

Dados: F3 F4
F1 = 2100 N
F2 = 500  3 N
F3 = 1000 N
F4 = 2000 N 30° 30°
F5 = 800 N O x
1 3 F2 F5
sen 30° = ; cos 30° =
2 2

R ≅ 1000 N 36,9°
F1

14) Um colar que pode deslizar em uma haste vertical está sumetida às
três forças ilustradas. A direção da força F pode variar. Se possível, Q = 1,2 kN
determine a direção da força F de tal modo que a resultante das três
forças seja horizontal, sabendo que a intensidade da força F é (a) 2,4 60°
kN e (b) 1,4 kN. P = 0,8 kN
a) α ≅ 48,2°
b) Impossível
α
F

15) Determine as trações T nos fios ideais AB e BC, sabendo-se que o


sistema está em equilíbrio na posição indicada. Dados: sen θ = 0,6; C θ
cos θ = 0,8; P = 90 N.

TAB = 120 N
TBC = 150 N B
A

30
16) Para o sistema da figura, em equilíbrio, qual a relação entre os pesos
PA e PB dos corpos A e B? Os fios e as polias são ideais. 60°

PA
= 3
PB
A B

17) Na figura ao lado o corpo suspenso tem massa igual a 2 kg. Os fios
têm pesos desprezíveis e o sistema está em equilíbrio estático 30° A
(repouso). Determine as trações nos fios AB e BC. (Dados: g = 10
m/s2; sen 30° = 0,50; cos 30° =  3/ 2 )
C B
TBA = 40 N
TBC = 20 3 N 2 kg

18) No sistema em equilíbrio esquematizado, o fio BC deve permanecer


horizontal. Os fios e a polia são ideais. Sendo M 1 = 3 kg e g = 10 m/s2, A
determine:
a) O peso do bloco 2.
30°
b) A tração no fio AB. B C

a) 30  3 N
b) 60 N 2 1

19) O corpo representado na figura tem peso 40 N. Ele é mantido em


A
equilíbrio por meio do fio ideal AB de comprimento 50 cm e pela
ação da força horizontal F. Sabendo-se que a distância BC é igual a
30 cm, determine a tração no fio AB e a intensidade da força F.
C B
T = 50 N F
F = 30 N

20) Na figura, o corpo suspenso tem o peso 100 N. Os fios são ideais e
têm pesos desprezíveis, e o sistema está em equilíbrio estático A 30°
C
60°
(repouso). Sendo g = 10 m/s 2; sen 30° = 0,50; cos 30° = 3/ 2 , a
tração na corda AB, em N, é:
B

TAB = 50 N P = 100 N

21) O sistema da figura, para chegar à posição de equilíbrio, fez com que
a mola M fosse alongada em 0,50 cm. Sabendo-se que as massas dos
fios e da mola são desprezíveis e que o peso Q vale 200 N, conclui-
se que a constante elástica da mola, em N/m é de:

K = 4,0 × 104 N/m

22) Na figura, E é uma esfera de peso 400 3 N, em equilíbrio, apoiada


sobre um plano horizontal indeformável. Desprezando-se os pesos
dos fios (inextensíveis) e das roldanas, bem como todos os atritos,
podemos afirmar que os valores da reação do apoio F e do ângulo α
são respectivamentes: B
α 600 N
E

F = 100  3 N F
A
α = 60° 300 N

31
23) Uma força vertical de 500 N é aplicada à extremidade de uma
A
manivela fixada a um eixo em O. Determinar (a) o momento da
força de 500 N em relação a O; a intesidade da força horizontal
aplicada em A que gera o mesmo momento em relação a O; (c) a
0,60 m
menor força aplicada em A que gera o mesmo momento em relação a 500 N
O; (d) a distância a que uma força vertical de 1200 N deverá estar do
eixo para gerar o mesmo momento em relação a O; (e) se alguma das
forças obtidas nos itens b, c e d é quivalente à força original. 60°

a) 150 N·m, b) 288,5 N, c) 250 N, d) 0,25 m, e) Não. O

24) A força de 1200 N atua sobre o suporte como está ilustrado.


Determinar o momento MA da força em relação a A.
1200 N

30°
C

180 mm

120 mm
MA = 40,7 N·m ( ) 40 mm
A
140 mm

25) Uma força de 150 N atua na extremidade de uma alavanca de 0,90 m 20°
como está ilustrado. Determinar o momento da força em relação a O. 150 N
A

0,90 m

50°
MO = 46,2 N·m ( )
O

26) Uma barra OA situada num plano vertical pode girar em torno do a) b) c) d)
ponto de suspensão O. Determine o momento da força  F de O O O O
intensidade 10 N em relação ao ponto O nos casos indicados ao lado: F 0,2 m

0,5 m
F
A A A A
F
a) MO = 0, b) MO = 0, c) MO = 2 N·m ( ), d) MO = 5 N·m ( ) F

27) Determine o momento da força F  indicada na figura ao lado em


d
relação ao ponto O. Dados: F = 10 N; d = 1 m; θ = 60°. θ
F

O A
MO = 5 N·m ( )

28) Nas figuras ao lado determine os momentos das forças dadas em a) b)


relação ao ponto O. F2 = 4 N A

F3 = 5 N
0m

O 30°
0,5

F4 = 2 N
F1 = 5 N F = 10 N
a) MF1 = 0, MF2 = 0,4 N·m ( ), MF3 = 0, MF4 = 0,4 N·m ( ), 10 cm
b) MF = 2,5 N·m ( ) 20 cm O

29) Uma barra homogênea de peso P = 50 N é apoiada nos pontos A e B. 7,0 m


Determine as reações nos apoios sobre a barra.
A B

HA = 0, VA = 15 N, VB = 35 N 5,0 m

30) No sistema em equilíbrio esquematizado determine a tração no fio e


a reação do apoio.
3m 1m

A B 2N
T = 8 N, VA = 4 N, HA = 2 N P = 12 N

32
31) Uma viga em balanço é carregada como ilustrado. Ela está fixa na
extremidade esquerda e livre na direita. Determinar as reações de 800 N 400 N 200 N
apoio na extremidade fixa.
A B

1,5 m 2,5 m 2,0 m

VA = 1400 N, HA = 0, MA = 4000 N·m ( )

32) Uma barra horizontal homogênea AB de peso P = 20 N está


articulada sem atrito na extremidade A e sustentada na extremidade C
B por um fio inextensível e sem peso, BC, como ilustra a figura. Um 100 cm
corpo de peso Q = 10 N é preso à barra pelo fio DE, também 80 cm
θ
inextensível e sem peso. Determine a tração no fio BC e as A
componentes vertical e horizontal da reação da articulação sobre a B
D
barra. (Dados: senθ = 0,6, cosθ = 0,8)
E
Q

T = 30 N, HA = 24 N (←), VA = 12 N (↑)

33) Uma barra homogênea AB de peso P = 100 N está articulada em A. B


Em B suspende-se por meio de um fio de peso desprezível um corpo F
de peso Q = 900 N. Determine: (a) a intensidade da força horizontal

F capaz de manter a barra em equilíbrio, formando 30° com a
horizontal; (b) as componentes horizontal e vertical da reação da
articulação sobre a barra. Q
30°
A
a) F = 950  3 N, b) HA = 950  3 N (→), VA = 1000 N (↑)

34) A barra homogênea AB de seção reta uniforme está articulada em A e C


é mantida pelo fio ideal BC. A barra tem peso 100 N e o corpo D
pesa 250 N. Determine a tração no fio e as componentes vertical e
horizontal da reação da articulação A. (senθ = 0,6, cosθ = 0,8)
θ
A
B

T = 500 N, HA = 400 N (→), VA = 50 N (↑)


D

35) Uma barra homogênea de peso 100 N é articulada em A e é mantida C


em equilíbrio por meio do fio BC. Em B é suspenso um peso de 200
N. Determine a intesidade da força que traciona o fio BC e a reação 5m
3m
do pino A (componentes horizontal e vertical).
A 4m
B

1250 1000
T= N, HA = N (→), VA = 50 N (↑)
3 3

36) A barra indicada BD é mantida horizontalmente pela corda AC e é A


articulada em B. Qual a reação do pino (componentes horizontal e
vertical) e qual a tração na corda, sendo desprezível o peso da barra?
4m

3m C 3m
D
HB = 150 N (→), VB = 100 N (↓), T = 250 N
B
P = 100 N

37) 
Determine no sistema da figura ao lado: (a) a intesidade da força F
que deve ser aplicada ao cabo para manter a barra horizontal; (b) a
reação do pino A. A barra é homogênea e de peso 20 N. A polia e os
fios são ideais.
Cabo
A B 60°

20  3 10  3
a) F = N, b) HA = N (←), VA = 10 N (↑) P F
3 3

33
Determine as reações nos apoios A e B das treliças em equilíbrio a seguir, indicando seus sentidos
corretos. Obs: A treliça é um elemento estrutural de grande aplicação na engenharia, utilizada no projeto
de pontes e edifícios.
38) Dado: F = 14000 N
F
HA = 14000 N (←)

3,6 m
VA = 8000 N (↓)
VB = 8000 N (↑)
A B
1,5 m 4,8 m

39) Dado: F = 1200 N


F
HA = 0
VA = 1500 N (↓)
VB = 2700 N (↑)

0,375 m
A
B
0,4 m 0,5 m

40) F1 Dados: F1 = 2 kN, F2 = 8 kN


F2
2m

HA = 2 kN (←)
VA = 1 kN (↑)
VB = 7 kN (↑)
2m

A
B
4m 4m

41) Dado: F = 180 kN


F F
HA = 0
A B VA = 135 kN (↑)
VB = 225 kN (↑)
2,25 m

3m 3m 3m 3m

42) F F F Dado: F = 5 kN
B
HA = 21 kN (→)
HB = 21 kN (←)
VB = 15 kN (↑)
4m
1m

A
3m 3m 3m 3m

34
43) Dado: F = 5 kN
2F F
B VA = 15 kN (↑)
HA = 14 kN (→)
5m HB = 14 kN (←)

A
2m 2m 2m

44) F 2F F Dado: F = 2 kN
B
VB = 8 kN (↑)
HA = 11 kN (→)
HB = 13 kN (←)
4m

F
4m

A
3m 3m 3m 3m 3m

45) Dado: F = 4 kN
F
HA = 8 kN (←)
d

VA = 10 kN (↓)
VB = 10 kN (↑)

F
d
d

A B
d d

35
Determine as reações nos apoios A e B das vigas abaixo indicando seus sentidos corretos.
46)
4000 N
HA = 1000 N (→)
1000 N
VA = 3000 N (↑)
A B VB = 1000 (↑)
1m 3m

47)
1 kN 3 kN
HB = 2 kN (←)
2 kN
VB = 5 kN (↑)
A B VA = 1 kN (↓)
2m 2m 2m

48)
20 kN 40 kN
HA = 0
VA = 46 kN (↑)
A B VB = 14 kN (↑)
2,5 m 3m 2m

49)
5 kN 4 kN
HB = 2 kN (→)
2 kN VB = 2 kN (↑)
A B VA = 6 kN (↑)
1 kN
1m 2m 2m 1m

50) 240 Nm
100 N HB = 100 N (→)
A B VB = 40 N (↓)
VA = 40 N (↑)
6m 4m

51) 1600 Nm
A HA = 0
B VA = 320 N (↓)
VB = 320 N (↑)
4m 5m

52) q = 2 kN/m

HA = 0
VA = 4 kN (↑)
VB = 4 kN (↑)
A B

4m

36
53) 1 kN/m 1 kN/m
3 kN
HA = 0
VA = 4 kN (↑)
VB = 3 kN (↑)
A B
2m 2m 4m 2m

54) q = 2 kN/m
2 kN
HA = 3 kN (←)
3 kN VA = 7 kN (↑)
VB = 3 kN (↑)
A B
2m 4m

55) q = 120 kN/m

VA = 1125 kN (↑)
VB = 675 kN (↑)
HB = 0
A B

3m 12 m

56) q = 20 kN/m
20 kN
HA = 3 kN (→)
3 kN VA = 32 kN (↑)
VB = 68 kN (↑)
A B
2m 4m 4m

57) q = 20 kN/m
30 kN
40 Nm HA = 20 kN (←)
20 kN VA = 60 kN (↑)
VB = 70 kN (↑)
A B
4m 6m 5m

58) q = 3 kN/m
18 kN
HA = 3 kN (→)
3 kN VA = 18,75 kN (↑)
VB = 11,25 kN (↑)
A B
1m 3m 4m

37
59)
q = 2 kN/m
4 kN
4 kNm HA = 2 kN (→)
2 kN VA = 4 kN (↑)
VB = 12 kN (↑)
A B
6m 2m

60)
qB = 4500 N/m

qA = 1500 N/m
HB = 0
VA = 7500 N (↑)
VB = 10500 N (↑)
A B

6m

61)
q = 1500 N/m

HA = 0
VA = 2500 N (↑)
VB = 2000 N (↑)
A B

2m 4m

62)
q = 6 N/m

6N
q = 4 N/m
2m

16 Nm HB = 16 N (←)
VA = 4 N (↑)
B VB = 11 N (↑)
2m

1m 3m 3m

38
63) q = 10 kN/m

2m HA = 10 kN (←)
10 kN VA = 15 kN (↑)
VB = 25 kN (↑)
2m

A B

4m

64) q = 10 kN/m 10 kN

2m
HA = 10 kN (→)
10 kN VA = 15 kN (↑)
VB = 55 kN (↑)
2m

A B

4m 2m

Determine as reações no engastamento das vigas abaixo, indicando seus sentidos corretos.
65)
500 N
HB = 0
A B VB = 500 N (↑)
7m
MB = 3500 N·m ( )

66)
300 N 500 N 400 N

HB = 0
A B VB = 1200 N (↑)
2m 1m 1m
MB = 2600 N·m ( )

39
67)
q = 2 kN/m

HB = 0
VB = 6 kN (↑)
A B MB = 9 kN·m ( )
3m

68)
q = 600 N/m

HB = 0
2000 Nm
VB = 2400 N (↑)
A B MB = 6800 N·m ( )
3m 4m

Determinar as coordenadas dos centróides nas figuras abaixo.


69) y 70) y
2 cm 10 cm

16 cm 12 cm

2 cm
0 10 cm x 0 22 cm x

x
̄ ≈2,7 cm x
̄ ≈8,4 cm
̄y≈5,7 cm ̄y≈5,2 cm

71) y 72) y
6 cm
6 cm

12 cm
4 cm

0 x 0 x
2 cm 2 cm 2 cm 3 cm 2 cm 2 cm

̄x =4 cm ̄x =5 cm
̄ ≈5,1 cm
y ̄ ≈8,4 cm
y

40
73) y 74) y
4 cm

12,5 cm 2 cm

10 cm
6 cm

0 x 0 x
10 cm 17,5 cm
4 cm 2 cm 2 cm

x ≈13,3cm
̄ x̄ ≈3,9 cm
̄y≈11,8 cm ̄y≈4,2 cm

75) D 76) y
π=3
y 40 cm
C
30 cm
B
C D E
4 cm 4 cm

60 cm 2 cm
A B
0 x
A
2 cm
0 x
40 cm 30 cm
x ≈−0,8cm
̄
x
̄ ≈51,4 cm ̄y≈4,8 cm
̄y≈67,6 cm

Calcular o momento de inércia em relação ao eixo x.

77) y 78) y

6 cm

4 cm
6 cm

1 cm 0 x
0 x
2 cm 1 cm 1 cm 1 cm 10 cm

Ix = 55,53 cm4 Ix = 544 cm4

41
79) y 80) y
15 cm

3 cm

30 cm

4 cm
30 cm

0 x 0 x
3,5 cm 30 cm 10 cm

Ix = 208,6 cm4 Ix = 2002500 cm4


81) y 82) y
R = 7,5 cm
24 cm

R
25 cm
R
24 cm
12,5 cm

0 R = 15 cm x 0 x

Ix = 115760 cm4 Ix = 50059 cm4


83) Determine a área sombreada e seu momento de inércia em B A C
d2 d1
relação a um eixo baricêntrico paralelo a AA', sabendo que A = 25 cm2
seus momentos de inércia em relação a AA' e BB' são,
respectivamente, 2000 cm4 e 4000 cm4 e que, d1 = 8 cm e
ICC' = 400 cm4
d2 = 4 cm.
C
84) Sabendo que a área sombreada é igual a 25 cm 2 e que seu
momento de inércia em relação a AA' é 800 cm 4, determine
seu momento de inércia em relação a BB', para d 1 = 5 cm e IBB' = 1400 cm4
d2 = 2 cm. B' A' C'

85) Os momentos polares de inércia da área sombreada em


y

relação aos pontos A, B e D são, respectivamente, J A = d


28,8×106 mm4, JB = 67,2×106 mm4 e JD = 45,6×106 mm4.
Determine a área sombreada, seu momento polar de inércia A = 6000 mm2
baricêntrico JC e a distância d de C a D. C D
x JC = 7,2×106 mm4
60 mm d = 80 mm
A B

42
CENTRÓIDES E MOMENTOS DE INÉRCIA

y y' b h
̄x = ̄y = A=bh
2 2

h bh 3 hb3
C x' Ix = Iy =
3 3

0 x
b h3 h b3
b Ix ' = I y '=
12 12

1 bh
̄y = h A=
h 3 2

C x' b h3 b h3
Ix = Ix ' =
12 36
x
b
y y'

R 5π R 4 π R4
I x =I y = I x ' =I y ' =
4 4

C x' π R4
J C= A=π R 2
2

0 x

y 4 4 4
πR πR 8R
I x =I y = Ix ' = −
R
8 8 9π

x'
C 4R π R2
x ̄y = A=
3π 2
0

y y'
π r4 π R4 4 R4
I x =I y = I x ' =I y ' = −
16 16 9π
R
x' 4R πR
2
C ̄x = ̄y = A=
x 3π 4
0

Teoreama dos Eixos Paralelos: I x =I x ' +A d 2

43
44

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