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DOCUMENTÁRIO CAMINHOS DA REPORTAGEM POBREZA NO BRASIL

1. Relatar sua observação do vídeo

O vídeo aborda a questão da desigualdade existente no país, onde algumas


pessoas vivem com menos de R$ 70,00 valor que é facilmente gasto por alguns em
apenas 1 refeição diária, mostra a realidade do dia a dia de famílias que moram em locais
de risco como favelas as margens de rios, propensas a sofrerem com inundações e ainda
outras que moram no semiárido nordestino, todas com algo em comum a ausência de
serviços básicos como água encanada, energia elétrica e rede de esgoto. São relatos
tristes de pessoas que sofrem com a grande desigualdade, desigualdade enraizada em
nosso país desde a nossa “colonização”, o vídeo ressalta o nosso desafio histórico de
enfrentar e superar essa injustiça social que exclui uma boa parte dos brasileiros a terem
acesso a condições mínimas de forma a terem seguradas sua cidadania e dignidade, como
pode um país tão rico em todas as dimensões ainda ser um país com tanta desigualdade e
com tantos pobres? A resposta é simples, má distribuição de renda, a má distribuição dos
recursos existentes e oportunidades, além da necessidade emergencial da inclusão
econômica e social. O vídeo mostra a necessidade e urgência de novas politicas públicas
centradas no combate à pobreza como prioridade de forma a reduzir ao máximo essa
desigualdade que vivemos.

2. Dissertar sobre como os fatos históricos na formação do Brasil (conflitos,


epidemias, conquistas, etc.) influenciaram no quadro atual.

Na medida que comparamos o nosso país aos países de primeiro mundo vemos
que o Brasil teve um atraso no seu desenvolvimento é indiscutível que na nossa formação
econômica fomos influenciados por uma cultura e estrutura hierárquica colonial,
completamente segregada, não havia qualquer interesse na valorização da cultura nativa
ou na distribuição das riquezas. Quando fomos dominados pelos portugueses tivemos
nossas riquezas tomadas, como tinham um modelo de colonizar através do grande uso da
mão de obra escrava com estrutura latifundiária que colocava a terra dos nativos em
grandes proporções nas mãos de poucos, ou seja, desde a nossa “colonização” fica
enraizada essa desigualdade. Outros fatores também como a desigualdade de gênero,
separação por raça e/ou etnia até a localização geográfica são outros fatores que
influenciam na desigualdade e um fator que estamos já familiarizados que é a falta de
acesso à educação, já que esta, é pré-requisito para que se tenha um emprego, uma renda
de forma que possa responder às demandas do mercado de trabalho.
Desde a sua “descoberta” o Brasil enfrentou várias epidemias como a febre
amarela, gripe espanhola, varíola, poliomielite, meningite e outras.

3. Dissertar sobre como o ser humano se relaciona com o espaço e como esta
ocupação influencia para a pobreza atual.

Pode-se afirmar que o ambiente urbano como meio ou habitat natural foi
socialmente criado pelo ser humano. E esse processo socioambiental da criação do
espaço urbano é complexo, pois envolve os problemas sociais, econômicos e políticos,
associado a relação de trabalho, ou seja a sobrevivência dos mais pobres, assim ocorre a
ocupação desordenada e irregular desse espaço onde é desenvolvida de maneira que
atenda essa demanda da necessidade de moradia, ocupando as encostas, morros, beira
de rios e lagos, locais onde não seria possível muitas vezes aos olhos de muitos o
estabelecimento de uma habitação com as condições mínimas de atender uma família,
sem infraestrutura nenhuma ou mínima que acabaram por degradar não somente o meio
ambiente, mas principalmente a dignidade humana dos menos favorecidos, os mais
pobres.

4. Apontar se tais fatos da pobreza no Brasil sofrem interferência do clima,


localização, ocupação humana, processo de escravidão, dizimação de povos
indígenas, etc.

Sim, é inegável é interligação dos fatos, como dito anteriormente a pobreza interfere
diretamente em cada um destes fatores é como uma ação em cadeia, buscando moradia
de forma a atender a demanda da classe trabalhadora ocorre o crescimento desordenado
dos espaços urbanos, ocasionando o desmatamento, construções irregulares em
encostas, palafitas e outros, sem saneamento básico ou sistema de esgotos, que geram
nas periferias um alto índice de doenças evitáveis, quando garantido o direito as
necessidades básicas para um vida digna, que se mostra de maneira mais acentuada nos
espaços urbanos.

5. Estas questões abordadas acima possuem alguma relação com a atual epidemia
que vivemos?
Sim, como dito anteriormente são fatores que estão interligados, relacionados de
forma histórica, a desigualdade e a segregação. E o que vemos hoje ao enfrentarmos esta
pandemia diante do Covid-19 é um cenário bem semelhante para os que mais sofrem com
a desigualdade social é sugerido o isolamento, mas afinal que isolamento quando nos
deparamos com famílias compostas por mais de 10 pessoas comprimidas em espaços de
apenas 1 cômodo, sem saneamento básico, além da fome o que torna ainda mais nítido o
descaso com os pobres. Buscando semelhanças com as epidemias vividas durante todos
estes anos desde a “descoberta e colonização” do Brasil, podemos ressaltar o
comportamento das autoridades públicas frente a elas, respostas e ações sempre foram
um tanto tardias, a forma que o governo teme o reconhecimento público de uma epidemia
pois este atrapalharia a economia. E assim essa lentidão, insuficiência de resposta e esse
descaso por parte das autoridades para com a classe trabalhadora, ou seja, as famílias de
baixa renda, os moradores da periferia e das favelas sempre levaram a um número
elevado de mortes evitáveis e o quadro apenas se repete.

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