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A importância da música na história da igreja

"Eis que os meus servos cantarão pela alegria de coração. (Isaías 65:14)

Toda comunidade humana, toda época possui sua música, nela se reflete sua vida, seu
sentimento, seu sonho, sua crença, sua esperança. Ela paira sobre tudo o que quisermos chamar de
Zeitgeist (o “espírito” da época).
A música, mais do que qualquer outra arte, tem uma forte influência no caráter e
personalidade, com acesso direto à afetividade, controle de impulsos emocionais e motivação.
Na Grécia antiga esta capacidade era chamada de “doutrina do ethos”, este pensamento filosófico
fala sobre a influência dos modos e ritmos musicais na formulação do comportamento humano.

A música no antigo testamento,


em Gênesis 4: 22 o autor cita um personagem chamado Jubal “Jubal, antepassado de todos os
músicos que tocam harpa e flauta”. Em êxodo Míriam dançou, Davi tocava sua arpa para acalmar o
rei Saul, a arca da aliança era conduzida ao som de instrumentos musicais.

(1Cr 15, 22). Quenanias, o chefe dos levitas, ficou encarregado dos cânticos; essa era sua
responsabilidade, pois ele era capaz nisso.

Aqui já podemos perceber o quanto a música sacra era levada a sério, não era feita de
qualquer jeito, muito menos guiada por músicos imaturos, esse termo perito, significa dizer que ele
tinha um bom conhecimento sobre o instrumento que lhe foi especificado, nesse caso, a voz.
Segundo estudiosos, os levitas tinham uma formação musical obrigatória de mais ou menos cinco
anos, deveriam estar a total disposição vinte e quatro horas por dia para oração (como já disse em
outro artigo: Música e religião, todas as orações eram feitas cantadas e não “lidas”) e a idade
mínima para entrar era provavelmente entre vinte ou trinta anos de idade (Cf. 1Cr 23,3).

O rei Davi foi o primeiro homem a criar uma orquestra, composta de instrumentos de corda,
percussão, sopro, metal e vozes. Um coral composto de 288 vozes, imagine o trabalho que deve ter
sido para lidar com essas pessoas, dar formações de teoria e prática musical, verdadeiramente esses
homens eram mais avançados do que os músicos do século XXI. Porque nós hoje, “homens
modernos”, o que sabemos, praticamos é nada mais do que uma cópia baseada nas teorias e práticas
musicais desses homens primitivos.
“Todos capazes e preparados para o ministério do louvor do Senhor, totalizavam 288.”(1 Crônicas
25:7)
A música na igreja primitiva

No novo testamento um coral de anjos cantam o nascimento do salvador, (Lucas 2:13, 14).
no fim das refeições Jesus e Seus discípulos cantaram um hino e subiram para o monte das
Oliveiras (Mateus 26:30; Marcos 14:26).

ATOS
Paulo e Silas oravam e cantavam à meia-noite, na cadeia filipense, quando o Senhor abriu a cela
com um terremoto (Atos 16:25)
AS EPÍSTOLAS
Paulo falou aos coríntios sobre cantar com o espírito e com a mente (1 Coríntios 14:15). Ele
ressaltou que uma reunião de cristãos poderia incluir um hino, ou “salmo” (1 Coríntios 14:26).

Romanos 15:9
Este versículo cita Salmos 18:49 [17:50]1: “Glorificar-te-ei pois, entre os gentios, ó Senhor, e
cantarei louvores ao teu nome”.

Efésios 5:19
Falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao
Senhor.

1 Coríntios 14:26
Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo.

Cada comunidade compunha suas músicas, a bíblia versão revista e atualizada alguns
trechos esta fora da formatação padrão, ficam encolhidos, esses textos eram canções

Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus


juízos, e inescrutáveis os seus caminhos!
"Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? "
"Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? "
Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.
Romanos 11:33-36

As letras eram doutrinarias e cristológicas


A música na idade media
Contextualizar Os abusos da Igreja, a teologia medieval

O renascimento, a música e a reforma protestante.


Contextualizar
Lutero e a música, ao começar o movimento reformista, em 1517, Lutero tinha uma sólida
formação teológica, musical e litúrgica. Prestigiava a música: “Depois da teologia, dou à música o
mais alto lugar e a mais elevada honra”. Para ele, a música não era apenas um belo ornamento a ser
usado nas festas da Igreja; era um ingrediente essencial na vida intelectual e espiritual. Apreciava a
música de Josquin des Prez, a ponto de escrever: “Deus também proclamou o Evangelho através
da música, como a de Josquin”.

Lutero queria muitos cânticos alemães que a congregação pudesse cantar, por isso, escreveu
alguns lieder, arranjados a quatro vozes, para atrair os jovens. Dizia que queria ver todas as artes,

especialmente a música, usadas no serviço de Deus.

Foi após sua saída do castelo de Wartburg, em 22 de março de 1522, que Lutero começou a elaborar
hinos congregacionais e introduzir nos cultos das igrejas reformadas alterações litúrgicas. É certo
que hinos alemães, antes da Reforma Protestante, eram cantados durante os serviços religiosos nas
igrejas católicas. Lutero foi o grande incentivador do canto congregacional.

A ideia de Lutero foi a de registrar, nos cânticos, a linguagem e a alma do povo.

Em 1524, por três semanas, Lutero dedicou-se à composição de hinos, inventando as melodias com
a ajuda de sua flauta.

Os inimigos de Lutero diziam que ele tinha destruído mais almas através de seus hinos do que por
meio de seus escritos e discursos.

Lutero usou a música como eficaz meio evangelístico.


Numa carta a seu amigo católico Ludwing Senfl em 1530, Lutero opinava assim: “A música
é uma disciplina que toma as pessoas mais pacientes e mais afáveis, mais modestas e mais
razoáveis. Ela é um dom de Deus. Depois da teologia, nenhuma arte não pode ser igual à música. A
música é o bálsamo mais eficaz para acalmar, para alegrar e para vivificar o coração daquele que
está triste, daquele que sofre…É imprescindível cultivar a música nas escolas…É necessário
habituar a juventude nesta arte…O canto é a melhor arte e o melhor exercício”.

Os reformadores também usaram a técnica do contrafactum (elaboração de um texto


religioso para uma melodia profana) para mais facilmente divulgar suas doutrinas e estimular a
participação do canto congregacional.

Lutero marcou para sempre o culto protestante: adoção da língua vulgar, uso mais frequente
da Bíblia, maior participação da congregação, aproveitamento de melodias folclóricas, autonomia
dos pastores na elaboração da Ordem-do-Culto.

A música barroca

J.S.BACH

Seculo XX

Zeitgeist (o “espírito” da época)

Antropocentrismo
Individualismo
Liberalismo teológico
Desconstrucionismo
Música e “culto moderno
Arquitetura dos templo
Celebridades

Harmonia podre

Letra sem conteúdo bíblico

Conclusão
desafios: retornar ao culto bíblico. Música com qualidade artistica

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