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CIRCUITOS RECTIFICADORES
EXEMPLO
Transformador
Díodo Regulador
230
rectificador
Filtragem de tensão Carga
50
1º BLOCO Transformação
(a)
(b)
Fig. 3.25
Rectificador de meia-onda
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ELECTRÓNICA I - DÍODOS
DEEC - FCTUC
Em muitas aplicações, rD<<R, pelo que a equação (b) pode ser simplificada:
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ELECTRÓNICA I - DÍODOS
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Capacidade de condução de
Tensão de pico inversa (PIV)
corrente exigida ao díodo
Quando vS é negativa
Nota: É conveniente, por prudência, escolher um díodo com uma tensão de ruptura
pelo menos 50% superior à PIV esperada.
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ELECTRÓNICA I - DÍODOS
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Para uma saída d.c., o rectificador tem de inverter os meios ciclos negativos.
- -
+
-
+ +
Fig. 3.26
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- -
+
-
+ +
Fig. 3.26
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Fig. 3.27
Ao longo da parte positiva da tensão de entrada, vS é positiva, pelo que a corrente flúi
através do díodo D1, da resistência R e do díodo D2. Os díodos D3 e D4 estão ao corte.
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- -
+ +
A tensão inversa através de D3 pode ser determinada na malha formada por D3, R e
D2, como sendo:
rectificador em ponte
Vantagem:
O valor do PIV é cerca de metade do valor do rectificador de onda completa com
dois díodos.
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Díodo ideal
O condensador
conserva a carga
Fig. 3.28
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Díodo ideal
Fig. 3.29
(1)
(Em condução)
(2)
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ELECTRÓNICA I - DÍODOS
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(3)
Pode obter-se uma expressão mais rigorosa para a tensão contínua de saída,
tomando a média dos valores extremos de vO,
(4)
(5)
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(6)
IL
Como Vr = (8)
fC
Usando a fig. 3.29(b) e admitindo que a condução do díodo cessa próximo do pico
de vI, podemos determinar o intervalo de condução Δt a partir de,
(10) (11)
Da equação (2)
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(13)
Das Eqs. (12) e (13) vemos que para Vr << Vp, iDmáx ≅ 2 iDav, (ver fig. 3.29c).
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RESOLUÇÃO
VP 100
(a) De C= = = 100µF
Vr f R 2 x50 x10 x103
= 0.2 rad
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= 324 mA
= 638 mA
Nota:
O circuito da figura 3.29a, é designado por rectificador de pico de meia-onda
Os circuitos rectificadores de onda completa das fig. 3.26(a) e 3.27(a) podem ser
convertidos em rectificadores de pico colocando um condensador em paralelo com a
resistência de carga.
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ELECTRÓNICA I - DÍODOS
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A tensão de ondulação pico-a-pico, para este caso, pode ser deduzida usando um
procedimento idêntico ao anterior, mas com o período de descarga T substituído
por T/2, obtendo-se:
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ELECTRÓNICA I - DÍODOS
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CONCLUSÕES
Comparando estas expressões com as suas correspondentes do caso de meia-onda,
nota-se que, para os mesmos valores de Vp, f, R e Vr (e, assim, para a mesma IL), é
necessário um condensador com metade do valor verificado para o rectificador de
meia-onda. Também a corrente em cada díodo no rectificador de onda completa é
aproximadamente metade da que flúi no díodo do circuito de meia-onda.
A análise anterior admitiu díodos ideais. A precisão dos resultados pode ser
melhorada tendo em conta a queda de tensão dos díodos. Isto pode fazer-se
facilmente substituindo a tensão de pico Vp à qual o condensador se carrega por Vp-
VD para o circuito de meia-onda e para o circuito de onda completa com
transformador com ponto médio, e por Vp - 2VD para o rectificador em ponte.
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Limitação suave
Fig. 3.34
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Fig. 3.35
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EXERCÍCIO
Assumindo os díodos ideais, represente a
característica de transferência do circuito.
vo = vi para - 5 < v I < 5
1
vo = v I − 2.5 para v I ≤ −5
2
1
vo = v I + 2.5 para v I ≥ 5
2
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Fig. 3.36
A saída será uma onda quadrada com níveis de 0 e +10 V (fig. c).
Invertendo a polaridade do díodo, obtém-se uma forma de onda de saída cujo pico
superior é fixado em 0 V. 84
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Fig. 3.37
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Quando a tensão de entrada aumenta para Va, em t2, a saída acompanha essa
variação, repetindo-se o ciclo.
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DUPLICADOR DE TENSÃO
(fig. 3.38)
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A junção pn
Contacto metálico Contacto metálico
Silício Silício
Tipo p Tipo n
Ânodo cátodo
Silício intrínseco
Um cristal de silício puro ou intrínseco, tem uma estrutura cristalina regular que
consiste na repetição regular em três dimensões de uma célula unitária com a forma
de um tetraedro com um átomo em cada vértice.
O átomo de silício é tetravalente, i.e., quatro dos seus electrões são electrões de
valência. Cada electrão de valência é partilhado por dois átomos vizinhos, de forma
que cada átomo tem, aparentemente, oito electrões na última camada, a de valência.
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Os átomos são mantidos nas suas posições por ligações, constituídas por dois
electrões de valência, chamadas ligações covalentes.
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concentração intrínseca.
3 − E g / kT
n = BT e
2
i
B = parâmetro dependente do material = 5.4x1031.
Eg = banda proibida (eV) =1.12 eV (silício)
K = constante de boltzmann (8.62x10-5eV/K)
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Caso a concentração de (por exemplo) electrões livres seja maior numa parte do
cristal do que noutra, então os electrões difundir-se-ão da região de maior
concentração para a região de menor concentração. Este processo de difusão dá
origem a um fluxo ordenado de carga, a que chama corrente de difusão.
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(3.37) 93
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Para os electrões,
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com
condutividade do material.
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Se a concentração de átomos
aceitadores (boro) for NA , a
concentração de lacunas no silício do
tipo p, em equilíbrio térmico, pp0, será:
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Corrente de difusão ID
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Devido à difusão e recombinação, forma-se uma região de ambos os lados da junção esvaziada de
portadores de carga e com carga positiva do lado n e carga negativa do lado p. Esta região
denomina-se região de depleção, ou ainda região de carga espacial.
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Além da componente ID devida à difusão dos portadores maioritários, existe uma outra
componente de corrente devida à deriva dos portadores minoritários através da junção.
De facto, algumas lacunas geradas termicamente no cristal n difundem-se ao longo dele até
atingirem a região de depleção. Aqui, são acelerados pelo campo eléctrico e introduzidos no lado p.
Analogamente, alguns dos electrões minoritários gerados termicamente no lado p difundem-se até
à região de depleção, onde, acelerados pelo campo eléctrico penetram no lado n.
Estas duas componentes de corrente, electrões movendo-se do lado p para o lado n e lacunas de n
para p, somam-se constituindo a corrente de deriva IS, cujo sentido é do lado n para o lado p da
junção.
Uma vez que a corrente IS é uma corrente de portadores minoritários gerados termicamente, o
seu valor é fortemente dependente da temperatura; contudo, é independente do valor da queda de
tensão na região de depleção, V0.
Com a junção em circuito aberto, não há corrente exterior; assim, as duas componentes opostas de
corrente através da junção devem ser iguais em grandeza:
ID = IS
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Esta condição de equilíbrio é mantida pela barreira de potencial V0. Assim, se por qualquer razão ID
exceder IS, então mais carga eléctrica ficará descoberta de ambos os lados da junção, a região de
depleção alargar-se-á, e a sua tensão (V0) aumentará. Isto fará diminuir ID até que se atinja o
equilíbrio com ID = IS. Por outro lado, se IS exceder ID, então a quantidade de carga descoberta
diminuirá, a região de depleção estreitar-se-á e a queda de tensão da barreira diminuirá. Isto faz
ID aumentar até que se atinge o equilíbrio com ID = IS.
Quando os terminais da junção pn estão em circuito aberto, a tensão medida entre eles é zero. Isto
é, a tensão V0 da região de depleção não aparece nos terminais do díodo. Isto deve-se às tensões
de contacto existentes nas junções metal-semicondutor dos terminais do díodo que neutralizam
exactamente a barreira de potencial. Se assim não fosse, seria possível retirar energia da junção
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xn N A
qN A x p A = qN D xn A ou = (3.49) A = secção transversa da junção.
xp ND
Na prática, é habitual um lado ser muito menos dopado do que o outro, resultando assim que a
região de depleção exista praticamente em só um dos dois materiais semicondutores.
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que a tensão de rotura VZK. No instante em que a tensão V é aplicada, flúi uma
corrente inversa exterior igual a IS - ID. Note-se, contudo, que inicialmente a corrente
exterior pode ser muito maior do que IS. O objectivo deste transitório inicial é
Capacidade de depleção
Vê-se que há uma analogia entre a região de depleção de uma junção pn e um
condensador. À medida que varia a tensão da junção, varia correspondentemente a
carga armazenada na região de depleção.
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Pode ser deduzida uma expressão para a carga (qJ) armazenada na camada de
depleção, calculando a carga armazenada em qualquer um dos lados da junção.
Usando o lado n,
N AND
qJ = q AWdep (3.51)
N A + ND
2ε 1 1 (3.52)
Da equação 3.50 e substituindo VO por (VO+VR) Wdep = s + (VO + VR )
q AN N D
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dq J
Cj = VR =VQ
dVR
Para determinar Cj, pode calcular-se a derivada ou tratar a camada de depleção como
um condensador plano, obtendo-se a a familiar formula:
εs A
Cj = Com Wdep dado pela equação 3.52.
Wdep
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Resumindo, quando se aplica uma tensão inversa a uma junção pn, ocorre um
transitório durante o qual a capacidade de depleção é carregada à nova tensão de
polarização. Após cessar o transitório, a corrente inversa em regime permanente é
simplesmente igual a IS-ID. Em geral, ID é muito pequena quando o díodo está
polarizado inversamente, pelo que a corrente inversa é aproximadamente igual a IS.
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Admita-se que a junção é excitada por uma fonte de corrente que força uma
corrente I maior do que IS no sentido inverso.
Esta acção alarga a região de depleção e aumenta a barreira de potencial, o que faz
diminuir a corrente de difusão que, a certa altura, praticamente se anula. Isto,
contudo, não é suficiente para que se estabeleça um regime permanente, uma vez
que I é maior do que IS. Assim, o processo de alargamento da região de depleção
continua até que se desenvolve uma tensão na junção suficientemente elevada, para
a qual tem lugar um novo mecanismo de fornecimento dos portadores de carga
necessários para garantir a corrente I.
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Como já foi referido atrás, a rotura de uma junção pn não é um processo destrutivo,
desde que a potência máxima de dissipação não seja excedida. Este valor, por sua
vez, implica a existência de um valor máximo da corrente inversa.
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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO FÍSICO DOS DÍODOS
EXERCÍCIO
3. Determine a resistividade.
3a. Do silício intrínseco.
3b. Do silício tipo N com ND=1016/cm3.
Use ni=1.5x1010/cm3; µn=1350cm2/V.s e µp=480cm2/V.s. Considere, ainda,
uma redução da mobilidade para 80% para o caso do silício dopado.
3c. Considere uma junção pn, na qual se verifica que a região n possui uma
concentração 10 vezes superior à região p. Em qual das regiões a região de
depleção é maior? Qual é a relação?
Este afluxo de portadores maioritários vai neutralizar parte dos iões da região de
depleção, diminuindo a quantidade de carga aí armazenada e, consequentemente,
diminuindo a sua largura, bem como a barreira de potencial.
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Relação corrente-tensão
− ( x − xn ) / L p
pn ( x) = pno + [ pn ( xn ) − pno ] e (3.59)
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− ( x − xn ) / L p
pn ( x) = pno + [ pn ( xn ) − pno ] e
Lp = constante: determina a inclinação do decaimento exponencial.
Quanto menor for Lp, mais rápida é a recombinação das lacunas com os electrões
maioritários, resultando num decaimento acentuado da concentração de portadores
minoritários.
τp = tempo médio necessário para que uma lacuna injectada se recombine com um
electrão (maioritário).
L p = D pτ p (3.60)
Assim,
Dp (3.61)
Jp = q pno (eV / VT − 1)
Lp
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Corrente total : soma das densidades de corrente Jp e Jn, multiplicada pela secção
transversa da junção.
qD p pno qDn n po V / V Dp Dn V / VT
I = A + (e T − 1) ou I = Aqn 2
+ (e − 1) (3.63)
L Ln L N
i
p p D Ln N A
com
ni2 e ni2
pno = n po =
ND NA
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Capacidade de difusão
Se a tensão aos terminais variar, esta carga vai variar até se atingir novo
regime permanente.
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L2p
Qp = Ip
Dp
Qp = τ p I p (3.65)
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Carga total
Q = τ p I p +τ nIn ou Q = τT I Com I = I p + In
τT = é designado por tempo de propagação médio do díodo.
dQ τ
Cd = A qual pode ser representada por Cd = T I
dV VT
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Exercício 3.34
Um díodo possui uma concentração NA=1017/cm3, ND=1016/cm3, ni =1.5x1010/cm3, Lp=5 µm, Ln=
10 µm, A=2500 µm2, Dp (na região n) =10 cm2/V.s; e Dn (na região p) =18 cm2/V.s. O díodo é
directamente polarizado e conduz uma corrente I=0.1 mA.
Determine:
a) IS.
d) τp e τn.
e) A carga (lacunas) na região n Qp; a carga (electrões) na região p Qn; a carga total
minoritária armazenada Q e o tempo de propagação τT.
f) A capacidade de difusão.
Resposta: (a) 2x10-15 A; (b) 0.616 V; (c) 91.7 µA, 8.3 µA; (d) 25 ns, 55.6 ns; (e) 2.29 pC, 0.46 pC,
2.75 pC, 27.5 ns; (f) 110 pF.
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EXERCÍCIO
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