Você está na página 1de 1

Titulo: Controle de Qualidade em Radioterapia com Intensidade Modulada Dinâmica Código:

A Radioterapia com Intensidade Modulada (IMRT, do inglês Intensity-Modulated Radiation Therapy) é uma
técnica avançada de tratamento altamente conformado que permite administrar doses elevadas de radiação,
minimizando as doses nos tecidos normais adjacentes de forma muito eficaz. O planeamento é feito de uma
maneira inversa, na qual é realizada a prescrição do histograma dose-volume que resulta na determinação de doses
em volumes de interesse. Desta forma, a distribuição de dose ajusta-se de maneira mais eficaz em torno do alvo,
por meio da modulação da intensidade do feixe de radiação. Neste Serviço, utiliza-se cerca de cinco a nove campos
de radiação, orientados em torno do volume de tratamento e administrados em aceleradores lineares com Sistemas
de Colimação de Múltiplas Lâminas que se movimentam de forma dinâmica (DMLC). Actualmente, a IMRT é
indicada principalmente para o tratamento de tumores de cabeça e pescoço e a sua utilização envolve um tempo
substancialmente maior de trabalho dos profissionais envolvidos, especialmente físicos, quando comparada com as
técnicas convencionais.
Este trabalho visa a descrição do protocolo de qualidade para a técnica IMRT implementado no nosso Serviço.
O protocolo implementado encontra-se dividido em duas partes: 1) testes específicos do DMLC, periodicidade e
tolerância, estando incluídos no controle de qualidade do acelerador linear e 2) testes específicos aos planos do
tratamento (distribuição de dose) de cada doente. A dose é calculada no sistema de planeamento Eclipse (TPS). A
dose absoluta é medida com câmara de ionização e a distribuição de dose relativa com filme (como referência) e
matriz de câmaras de ionização (na rotina do Serviço). A comparação entre as distribuições de dose medida e
planeada é realizada com a função gama (γ), no software de análise RIT. Esta verificação é realizada em todas as
fases do tratamento de cada doente, antes do primeiro dia de início de cada fase do tratamento.
Os materiais utilizados nos testes dosimétricos absolutos foram: câmara de ionização 0.6 cm3, fantoma de placas de
água sólida RW3 Scanditronics Wellhofer, num acelerador Clinac 2100 C/D. Nos testes relativos foram utilizados:
filmes radiográficos EDR2, “scanner” Vidar Dosimetry ProAdvantage e uma matriz de 729 câmaras de ionização
2D ArraySeven 29. Os softwares de análise de dados utilizados foram o RIT (Radiological Imaging Technology) e
o VeriSoft, ambos da PTW.
Os testes da parte 1 permitem verificar a precisão e calibração do posicionamento e movimento das lâminas,
detectar possíveis efeitos de fricção, determinar a transmissão das lâminas, o efeito da gravidade no movimento das
lâminas e os parâmetros dosimétricos. Os testes da parte 2 permitem verificar se a distribuição de dose planeada no
TPS coincide com a efectuada pelo acelerador.
Concluímos que os testes do DMLC são muito importantes especialmente após manutenção e actualizações do seu
software pois algumas das suas características tais como, a transmissão e separação dosimétrica entre lâminas,
podem afectar directamente a dose calculada pelo TPS. Os procedimentos descritos neste protocolo
complementam-se e juntos garantem que 95% dos pontos avaliados se encontram dentro da tolerância especificada
pela função gama menor que 1 e que corresponde um máximo de 3% de diferença (delta) de dose e 3 mm de
distância entre os pontos medidos e calculados.
Resumo de (por favor assinale 1): Comunicação Livre Poster
(CAMPO OBRIGATÓRIO – assinale apenas uma categoria):
Mama Cabeça e Pescoço Pulmão Cuidados Paliativos e Psicológicos
Ginecologia SNC Digestivo Física
Urologia Dermatologia Hematologia Outros
Nome do Autor: Filipa Ribeiro
Nome dos Co-Autores: Liliana Carita, Maria Esmeralda Poli
Instituição: Instituto Portugês de Oncologia de Lisboa Telf.: 217200490
Francisco Gentil

Você também pode gostar