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ABSTRACT: Tobacco production is currently presented as one of the economic alternatives for
generating income for many rural properties, as well as being considered of great importance for the
economy of the state of Rio Grande do Sul. Was characterized as a methodology of analysis for the
markets, in the economic as well as the strategic question. For this study, the SWOT tool (Strenghts,
Weaknesses, Opportunities and Threats) was used in central actors of the tobacco production chain,
which are the producers and the tobacco industry, with the objective of analyzing the strengths and
weaknesses The internal environment represents each link in the productive chain, and understand the
opportunities and threats that the external environment provides to them. Thus, the methodology used
was the bibliographical research, exploratory and field research, and the agents studied were the
tobacco producers from the municipalities of Venâncio Aires, São Lourenço do Sul, Canguçu and
Santa Cruz do Sul, in the state of Rio Grande do Sul. Sul and the tobacco industry: (beneficiation) the
company Souza Cruz, for being considered the leader in volume of production, located in the
municipality of Santa Cruz do Sul / RS. After collecting and analyzing the data, it is concluded that the
analysis of the internal and external environment within a productive chain makes understand the
involvement of actors and agents inserted in this chain, in this way, the understanding of internal and
external factors addresses the actions and Attitudes that influence the productive chain, as well as the
agents inserted in this chain.
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1. INTRODUÇÃO
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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em pequenas propriedades com área média de 16,4 ha, localizadas em 704 municípios nos três
Estados do Sul do Brasil, enquanto o processamento é realizado nas principais usinas e
unidades de compra de tabaco instaladas no território, empregando cerca de 30 mil pessoas,
entre trabalhadores efetivos e temporários (SINDITABACO, 2012).
Baseado na agricultura familiar, e na grande maioria dos casos em terrenos de
topografia acidentada, o fumo é um caso de sucesso nos pequenos estabelecimentos
brasileiros, seja pela rentabilidade, pela segurança de comercialização ou pela diversidade de
outras atividades econômicas que comporta.
A indústria fumageira nacional promove importante geração de renda, favorece a
arrecadação de impostos, além de oportunizar empregos (SILVA, 2007). A rentabilidade do
cultivo do tabaco o torna uma opção para o plantio em pequenas propriedades, sendo que
muitas vezes os fumicultores do Sul do Brasil são totalmente dependentes de tal atividade
para sua sobrevivência (OLIVEIRA et al., 2010).
Se por um lado é possível caracterizar a produção de fumo, por ser uma cultura que
gera renda e segurança, por outro, ela também apresenta vários danos e prejuízos, tanto para o
meio ambiente como para o ser humano. Para o meio ambiente pode-se citar a questão
ambiental com o uso de agrotóxicos, e para o homem afeta a saúde daqueles que trabalham
diariamente com a cultura, trazendo danos irreversíveis.
Ainda, destaca-se que na produção de fumo que há um elevado grau de subordinação
nas relações de trabalho e assimetria na distribuição dos lucros entre empresas e produtores
familiares. Em decorrência da escassa autonomia dos fumicultores, o que lhes dificulta a
inserção em outros nichos de mercado, sua atuação fundamenta-se, prioritariamente, no
cultivo do fumo (PRIEB, 2005).
As principais empresas de processamento de tabaco estão instaladas no Rio Grande
do Sul, na microrregião de Santa Cruz do Sul, principalmente nas cidades de Santa Cruz do
Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz, onde se processam cerca de 80% da produção de tabaco do
Sul do Brasil. Ainda se destaca que as principais organizações políticas e sindicais das
empresas estão localizadas na região Sul, como o Sindicato das Indústrias de Tabaco –
SINDITABACO, dos produtores de tabaco, como são os casos da Associação dos
Fumicultores do Brasil – AFUBRA, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
- FETRAF – SUL, e o Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, organizado nos
principais municípios produtores de fumo.
De acordo com Silveira (2013) o funcionamento do complexo agroindustrial do
tabaco no Sul e sua regulação ocorrem através do desenvolvimento do sistema integrado de
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É necessário destacar que, em 2015, o Brasil atendeu aos mais exigentes padrões
internacionais, sendo o segundo maior produtor mundial de tabaco e líder em exportações
desde 1993, graças à qualidade e integridade do produto. Segundo dados do SindiTabaco
(2015) o tabaco representou 1,14% do total das exportações brasileiras, com US$ 2,19 bilhões
embarcados, referente à produção são mais de 692 mil toneladas registrada na safra 2014/15,
mais de 85% foi destinada ao mercado externo, apresentada na figura 01.
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3. METODOLOGIA
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que eles não possuem muito conhecimento de como funciona a cadeia produtiva como um
todo, podendo limitar os dados da pesquisa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise SWOT revela que, na visão dos agricultores, apesar da cadeia produtiva do
fumo apresentar fatores em potencial para seu desenvolvimento, no que se refere ao
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aproveitamento das oportunidades existentes, ela também revela uma grande sensibilidade ou
fragilidade da cadeia diante das ameaças externas e das próprias fraquezas internas.
Pode-se visualizar que, a partir da análise SWOT, os pontos a serem considerados de
maior relevância citados pelos agricultores foram à questão da saúde, o trabalho no fumo ser
manual e o envelhecimento da população do campo, fazendo com que futuramente a produção
possa ser afetada. Também é valido salientar que, a falta de autonomia perante a cultura do
fumo os torna dependentes da indústria, desde o fornecimento de insumos até a classificação
final do produto (preço colocado pela empresa fumageira).
Portanto, através da metodologia de análise SWOT pode-se visualizar os pontos
fortes e fracos da cadeia, na visão do agricultor, assim, conforme Vargas (2004) apud
Figueiredo (2008) a relação entre produtores de fumo e as indústrias processadoras é baseada
no chamado sistema integrado de produção onde as indústrias fornecem as sementes e
assistência técnica e garantem a compra do fumo em folha produzido pelos fumicultores
“integrados”. “Os produtores se comprometem com os padrões de volume, qualidade e custo
exigidos pelas empresas ao mesmo tempo garantem a exclusividade no fornecimento”
(FIGUEIREDO, 2008).
A dificuldade encontrada durante a realização da pesquisa foi à questão do tempo e
disponibilidade dos agricultores, seu conhecimento acerca da produção e onde ele se insere na
cadeia produtiva. Portanto, o ponto chave principal dessa análise frente a visão do agricultor
destacamos a busca por novas alternativas de renda que tragam melhor saúde para a
agricultura e que não seja tão sofrida como a do fumo.
Dando sequência na análise dos dados coletados, outro elemento central da cadeia
produtiva abordado foi à indústria fumageira, que após a análise dos dados, apresentam-se os
principais pontos fortes e fracos no ambiente interno, frente à visão da indústria fumageira –
Souza Cruz -, e as oportunidades e ameaças no ambiente externo. Para obter os dados, foi
realizado levantamento através de questionário aberto com os técnicos da empresa e diretores
responsáveis pela comunicação da empresa. É importante destacar que, nem todos os técnicos
realizaram a devolução da pesquisa, limitando alguns dados. Dessa forma, analisaram-se os
dados e posterior representados na matriz SWOT, conforme tabela 02:
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Desta forma, a empresa tem todo o conhecimento sobre todas as etapas, desde as sementes até
ao consumidor final.
Portanto, a utilização da análise SWOT permitiu uma melhor compreensão da
funcionalidade da cadeia produtiva do fumo, no entendimento do produtor rural e da indústria
fumageira, apontando os pontos fortes e fracos – relacionados ao ambiente interno – e as
oportunidades e ameaças – no ambiente externo -, com o objetivo de relacionar as estratégias
a serem propostas pelos elementos estudados.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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