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Gestão 2015

Finalizada essa gestão, em agosto de 2014, a Frentecom se reuniu com o então


presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, para encaminhar o processo de
formação do próximo CCS, o que não ocorreu. O Conselho voltou aos trabalhos apenas
em julho de 2015, após o processo eleitoral que reelegeu Dilma Rousseff na presidência
da República, ainda com Renan Calheiros presidindo o Senado e Eduardo Cunha na
Câmara dos Deputados.
Novamente instaurou-se uma crise relativa à indicação dos integrantes. Após a
posse, deputados, senadores e entidades da sociedade civil deram entrada ontem em um
mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o ato que
nomeou os integrantes do conselho1. A principal crítica era a a nomeação dos dois
ministros para vagas destinadas à sociedade civil e à inconstitucionalidade da sessão que
resultou nas indicações2. Ao analisar o pedido, no entanto, o presidente do STF,
ministro Ricardo Lewandowski, negou a liminar que impediria a posse, sob o
argumento de que não há urgência em analisar o caso, dada a proximidade do recesso
parlamentar.3
Até então as pautas discutidas na história do CCS trataram da obrigatoriedade do
diploma para exercício do jornalismo, do repúdio à violência sofrida por jornalistas no
exercício da profissão, do leilão para concessão da banda de 4G e da flexibilização da
Voz do Brasil. Os principais pontos de divergência encontravam-se relativos a temas
caros à regulação da mídia que na narrativa empresarial confundia-se com censura.
Schröder (2012), ao analisar esses os argumentos explicam que uma das táticas era
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https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-07/conselho-de-comunicacao-social-toma-
posse-em-meio-criticas

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Ainda segundo o mandado, a sessão ocorrida na última quarta-feira não registrou quórum suficiente
para deliberações. “Com 214 deputados e 37 senadores, ela apenas alcançou o número mínimo para ser
aberta. As votações exigem maioria absoluta, ou seja, 257 deputados e 41 senadores”, argumenta a
deputada Luiza Erudina (PSB-SP), uma das autoras do mandado de segurança. Outro aspecto que
está sendo contestado é a validade da sessão do Congresso Nacional ocorrida na última quarta-feira
(08), na qual os novos membros foram eleitos. A sessão não registrou quórum mínimo de 257
deputados e 41 senadores para deliberação. Segundo a Lei 8.389, de 30 de dezembro de 1991, que cria
o CCS, o Conselho deve ser eleito em sessão conjunta das duas Casas. Ainda contrariando o Regimento
Comum do Congresso Nacional, a pauta não foi distribuída aos parlamentares com a antecedência de 24
horas, como deve ser feito no caso dos itens da ordem do dia. As indicações também não foram
submetidas à votação secreta em plenário.

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https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-07/conselho-de-comunicacao-social-toma-
posse-em-meio-criticas
classificar da mesma forma a informação publicitária com a informação jornalística para
barrar as pressões para de regulação da mídia. Uma apropriaçãoindébita do conceito de
liberdade expressão, que é um patrimônio público, e foi apropriado para as empresas,
interditando-se, qualquer debate sobre isso sobre a alegação de suposta intromissão da
sociedade do direito de cada um tem de termos uma comunicação que dê conta das
nossas aspirações aí não das necessidades dessa daquela empresa.

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