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Sonarte 3

Instrumentos de percussã o
são instrumentos musicais cujo som é obtido através da percussão (impacto), raspagem
ou agitação, com ou sem o auxílio de baquetas. Das formas de classificação de instrumentos
musicais, esta é a menos precisa e a que possui a maior variedade de instrumentos, a maior
parte dos quais possuem altura indeterminada (ou seja, não podem ser precisamente afinados).
Esses são utilizados primordialmente com função rítmica, como é o caso da maior parte dos
tambores, o triângulo e os pratos. Os instrumentos de percussão de altura definida, como os
xilofones podem ser utilizados com função melódica e harmônica.
Embora haja uma variedade de instrumentos produzidos especificamente com essa
finalidade, qualquer batuque feito com objetos comuns pode ser considerado como percussão.
É possível assim fazer a percussão em uma música utilizando tampas de panela, potes de
alimento, mesas, cadeiras, caixas, talheres, pratos, copos e mesmo objetos mais complexos
como máquinas de escrever.

Histó ria
Os instrumentos de percussão são os mais antigos que existem. Em muitos sítios
arqueológicos foram encontradas representações de pessoas dançando em torno de um
tambor. Muitos objetos musicais também foram encontrados como toras de árvore fossilizadas,
possívelmente usadas como tambores primitivos, e diversas versões de litofones, rochas de
diversos tamanhos que eram dispostas sobre um tronco ou buraco no chão, usadas para
produzir música melódica por percussão.

O som da percussã o
Pela forma de produção de som característica da maior parte desses instrumentos, o som
possui um ataque de curta duração. O som vai quase que imediatamente do silêncio à sua
intensidade máxima e sofre um decaimento também muito curto.
A maior parte dos instrumentos de percussão possuem som de curta sustentação e
param de vibrar muito rapidamente após o estímulo inicial cessar, mas essa não é sua
Sonarte 4

característica fundamental, uma vez que existem instrumentos de percussão que emitem sons
de longa duração, como os gongos e sinos

Paradiddles

Os Paradiddles são um dos rudimentos mais importantes de se praticar porque, se você


aprendê-lo corretamente, você vai ter controle sobre TRÊS dos CINCO movimentos básicos
requeridos na prática da bateria. São eles - UPSTROKE, DOWNSTROKE e o TAP. Procure
dominar esses conceitos que são essenciais na execução da bateria.

Single Paradiddle Paradiddle-diddle


Double Paradiddle Paradiddle-groove
Triple Paradiddle Paradiddle-groove em 7/8

Single Paradiddle
O Single Paradiddle - os primeiros três toques que você vai aprender no Single
Paradiddle serão aplicados a todos os rudimentos e técnicas que você vai usar quando tocar um
instrumento de percussão. Trabalhe duro para dominar cada conceito. Não "corra"
simplesmente através dos exercícios. Vamos manter a cabeça aberta para aprendermos novos
conceitos.

O Single Paradiddle é uma combinação de três tipos de técnicas: o downstroke, o


upstroke e o tap. Se você conhece o Paradiddle simplesmente como uma combinação de mãos,
veremos aqui, alguns conceitos preparatórios:

Downstroke - toda vez que você bate (toca) num tambor, a baqueta sobe, em reação à força
aplicada. Aprender a controlar a pressão da baqueta antes dela tocar na pele, é um dos
aspectos mais importantes para se tocar bateria. Para se tocar o downstroke ou toque
acentuado corretamente, você deve apertar levemente a mão na hora do impacto para controlar
o rebote natural (sem esmagar a baqueta na pele).
Levante a baqueta na altura do ombro mas mantenha o antebraço próximo ao corpo.
Agora toque na caixa, apertando um pouco a baqueta na hora do impacto. A baqueta deve parar
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não mais que 2 centímetros acima da pele.


Enquanto você pratica esse exercício, pense em dois movimentos separados: o
downstroke e o movimento de levantar a baqueta.

Nota: segure firmemente a baqueta no momento em que ela toca na pele, mas relaxe
imediatamente.

Single Paradiddle
Upstroke - o upstroke é responsável pela fluência natural dos braços e pulsos quando
tocamos os acentos.
Para tocar o upstroke, comece com a baqueta mais ou menos 2 centímetros acima da
pele. Quando você toca uma nota suave, o pulso desce levemente. Continue o movimento do
braço e traga a baqueta na altura do ombro, este é o upstroke completo.

Up e Downstroke no paradiddle - vamos agora dar uma "parada" no movimento do


upstroke. Esta "parada" se refere ao movimento do pulso quando toca a nota não acentuada.

É importante que você veja o paradiddle como uma combinação de diferentes


movimentos, não apenas como uma combinação de toques simples e duplos.
     Lembre-se que o downstroke deve ser tocado com um movimento relaxado do braço,
parando a baqueta mais ou menos 2 cm acima da pele depois do impacto. Fique o mais
relaxado possível no upstroke e toque-o bem suave.
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Finalizando o Paradiddle
Finalmente chegamos ao Single Paradiddle completo. Antes de iniciá-lo, esteja certo de
que você não tem nenhuma dúvida sôbre os conceitos anteriores (up e downstroke).

Resta agora adicionar os Taps que no caso do paradiddle, são as duas notas "suaves"
tocadas com a mesma mão. Para os taps, levante a baqueta uns 2 centímetros da pele,
mantendo o pulso livre de qualquer tensão.

Assim temos o paradiddle completo:

Double Paradiddle
O Double Paradiddle é similar ao Single Paradiddle, adicionado de dois TAPS (ou um
acento e um TAP, dependendo de como você tocá-lo). A outra diferença é que o Double
Paradiddle possui um "feeling" de três batidas e o Single Paradiddle possui um "feeling" de duas
batidas.
     Antes de começar a estudar esse rudimento você precisa estar apto a tocar o Single
Paradiddle e ter dominado as técnicas de UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP.
     Oficialmente, o Double Paradiddle tem apenas um acento, mas você também vai encontrá-lo
escrito com dois acentos. É importante você aprender as duas versões porque elas têm uma
diferença fundamental na maneira como são tocadas.
     Vamos começar com a versão de um acento.
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Triple Paradiddle
Triple Paradiddle também é similar ao Single Paradidle, adicionado de quatro TAPS (ou
dois acentos e dois taps, dependendo de como você tocá-lo).
     Se você praticou bem o Single Paradiddle é só adicionar os quatro TAPS. Não haverá
grande dificuldade, apenas preste atenção para a quantidade de notas que compõe este
rudimento.
     Oficialmente, o Triple Paradiddle possui apenas um acento, mas você também poderá vê-lo
escrito com três acentos. Vamos começar estudando o Triple Pradiddle com três acentos,
porque ele é mais fácil de se compreender.

Neste exercício toque 3 acentos com uma mão e os Taps, entre os acentos, com a outra mão.
Lembre-se que toda vez que você toca dois ou mais acentos com a mesma mão, eles se
tornam REBOTES.
     Depois que você dominar o exercício 1a, adicione um Single Paradiddle no lugar da
semínima (1b). lembre-se de manter as notas internas o mais relaxadas possível e deixe o
acento fluir de um compasso para outro com o Upstroke.

Quando tocamos o Triple Paradiddle com um acento, devemos nos lembrar que o acento
é tocado como um Downstroke - quer dizer que vamos ter que pressionar levemente a baqueta
na hora do impacto, para anular a reação natural da pele.
     Neste exercício, ouça cuidadosamente as 3ª, 5ª e 7ª notas para estar certo de que não estão
sendo tocadas mais alto (forte) que as 2ª, 4ª e 6ª notas. Essa desigualdade ocorre quando não
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controlamos o acento (Downstroke) no começo do rudimento. Lembre-se: temos duas alturas da


baqueta - uma para as notas acentuadas e outra para as notas internas.

Paradiddle-diddle
Antes de estudar esse rudimento, esteja certo de que você tenha dominado os conceitos
de UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP.
     O Paradiddle-diddle começa da mesma maneira que o Single Paradiddle. A diferença é que
não vamos usar um UPSTROKE na segunda nota, a segunda nota vai ser um Tap suave
seguido de dois REBOTES. Quando um baterista tem problemas ao tocar esse rudimento
rápido, é porque ele não mantém as notas internas relaxadas e não toca as batidas duplas
como REBOTES. Não estar relaxado quer dizer gastar mais energia que o necessário!

Sabendo da importância de fazer um movimento relaxado nas notas internas, pratique o


exercício abaixo. Lembre-se de pressionar levemente a baqueta na hora do acento, mas relaxe
imediatamente nas notas seguintes. Fique atento para não erguer muito a baqueta nas notas
internas. Assim que você aumentar o andamento, permita que os TOQUES DUPLOS se tornem
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Paradiddle-groove
O Paradiddle Groove é a combinação do Single Paradiddle com alguns padrões de
bumbo. Vamos dividir este estudo em 2 partes. Na primeira, estudaremos alguns ritmos com
bumbo em colcheias. Na segunda parte teremos o bumbo em semicolcheias.

Se você não conhece o Single Paradiddle, clique aqui e estude todos os conceitos que
envolvem este rudimento. É importante ter um controle total sobre qualquer rudimento antes de
aplicá-lo na bateria. Caso você já tenha domínio sobre o Single Paradiddle, veja à seguir as
variações que serão aplicadas a ele:

A. as duas mãos no chimbal:

B. mão direita no prato de condução e mão esquerda no chimbal:


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C. mão direita no chimbal e mão esquerda na caixa em notas fantasma:

D. mão direita no prato de condução, mão esquerda na caixa em notas fantasma e pé esquerdo
no chimbal, na cabeça dos tempos:

E. mão direita no prato de condução, mão esquerda na caixa em notas fantasma e pé esquerdo
no chimbal, nos contratempos:

Correçã o do Papa-Mama
Quando começamos a estudar o papa mama, é muito comum acentuarmos a primeira
nota, o que ocasiona uma desigualdade entre as batidas. Para corrigir isso, vamos praticar um
exercício chamado de correção do papa mama. Neste exercício não acentuaremos nenhuma
nota, mas o simples fato de termos o chimbal tocando simultaneamente na segunda mão direita,
ou na segunda mão esquerda, faz com que a segunda nota tenha uma certa ênfase. Lembre-se
de começar o estudo num andamento confortável, onde você possa observar os movimentos
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que está executando. Use sempre o metrônomo para controlar e "medir" o seu
desenvolvimento.

Exercícios com Valores


1)

2)

3)
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4)

Fills - Conceitos
O fill é uma pequena combinação de notas usadas para enfatizar as diferentes partes de uma peça
musical. Ele pode variar de meio tempo até dois compassos completos.

Inicialmente, há uma tendência de se acelerar o andamento quando se usa o fill. Para corrigir isso, é
necessário praticá-lo com ajuda de um metrônomo e contando os tempos em voz alta.
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Exercícios com Fills ( Viradas)


1)

2)

3)

4)

5)

6)
Sonarte 14

Exercícios Ritmicos
1)

2)

3)

4)

5
5)

6)
Sonarte 15

7)

8)

9)

10)

11)

12)

13)
Sonarte 16

14)

REPERTÓRIO

Have You Ever Seen The Rain – Creedence Clearwater Revival


Sonarte 17
Sonarte 18
Sonarte 19
Sonarte 20
Sonarte 21

Smells Like Teen Spirit - Nirvana


Sonarte 22

Exercícios complementares
e repertó rio
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Sonarte 23
Sonarte 24
Sonarte 25
Sonarte 26

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