Você está na página 1de 196

DISCIPLINA SEMESTRE LETIVO EMENTA DA DISCIPLINA

Administração Pública 1º SIM

Clássicos 1º e 2º SIM

Defesa, Segurança e Política Externa 2º SIM

Diplomacia e Relações Públicas 2º SIM

Direito Internacional Público I e II 1º e 2º SIM

Economia 1º SIM

História e Pensamento Diplomático


2º SIM
Brasileiro

Leituras Brasileiras I e II
1º e 2º SIM
(Obs: para os alunos estrangeiros)

Língua Portuguesa e Cultura Brasileira


1º e 2º SIM
(Obs: para os alunos estrangeiros)

Linguagem Diplomática 1º SIM

Organizações Econômicas
1º SIM
Internacionais e Contenciosos

Política Internacional I e II 1º e 2º SIM

Técnicas de Negociação 2º SIM

Árabe I e II 1º e 2º SIM

Chinês I e II 1º e 2º Desatualizada

Espanhol I e II 1º e 2º SIM

Francês I e II 1º e 2º SIM

Inglês I e II 1º e 2º SIM

Russo I e II 1º e 2º SIM
Instituto Rio Branco

Administração Pública

1. Introdução

A disciplina Administração Pública trata da contextualização dos alunos que cursam o Rio
Branco em relação ao Estado Brasileiro, dentro de uma perspectiva gerencial, isto é, trata de
como se estrutura e como funciona a administração pública. A abordagem proposta é
dinâmica. Foca no processo de “delivery” dos serviços públicos e da dinâmica de sua
transformação desde a Revolução de 1930 até 2018. Cobre um período de oitenta e oito anos,
inclusive as principais reformas da administração pública, ocorridas em 1937, 1967, 1988 e
1998.

O curso procurará indicar também as influências internacionais no processo de constituição da


administração pública ao longo do tempo, em especial estadunidense, francesa e britânica –
além da ibérica, com a qual estamos mais familiarizados. Este rastreamento é importante para
a decodificação do mosaico que fundamenta a identidade da administração pública brasileira,
fruto da interação com várias nações e do acúmulo de camadas de vários esforços de
modernização, mais ou menos, bem sucedidos conforme o caso.

2. Objetivo

O curso se destina a preparar futuros diplomatas que servirão no exterior – e periodicamente


em solo nacional - para trabalhar na administração pública federal. Isto pressupõe conhecê-la,
para além do Ministério das Relações Exteriores, responsável pela política externa do país. O
caráter crescentemente global das políticas públicas e a ascensão de marcos regulatórios
internacionais com efeitos sobre a realidade nacional demanda de nossa diplomacia um
conhecimento cada vez maior de como são estruturadas outras áreas de governo e de suas
políticas setoriais, uma vez que cada vez mais os operadores de política externa são recrutados
para atuar em posições diretivas de organizações nacionais – como ministérios ou órgãos
públicos – ou internacionais – como agências das Nações Unidas ou bancos de
desenvolvimento.

3. Ementa

O curso está estruturado em dez tópicos


1. Administração Pública, Política Pública e Gestão Pública: Históricos - Confusões
epistemológicas – Comunidades de práticas – Agendas de pesquisa – Campos teóricos
e dinâmicas profissionais
2. A organização do Estado brasileiro: O Estado no Brasil – O Poder Legislativo – O
Tribunal de Contas da União – O Poder Judiciário – O Ministério Público – O sistema
político brasileiro – A administração pública e a cacofonia organizacional do Estado
brasileiro
3. Cultura administrativa: A administração pública brasileira e as culturas administrativas
que a influenciaram – A tradição Ibérica – O “Administrative State” estadunidense – A
influência da Administração Científica – As raízes da administração pública europeia –
Os casos britânico, francês e alemão.
4. Clientelismo: O peso das relações interpessoais na administração pública – O
fenômeno do patrimonialismo – A resiliência da cultura de “ patronage “ – O jeitinho
brasileiro – Responsiveness e clientelismo
5. O desafio do sistema de Mérito: As origens do sistema de mérito e sua
fundamentação – A questão da profissionalização – O problema do recrutamento –
Formação e capacitação – Carreiras – Remuneração
6. O problema organizacional: Estrutura e estratégia - A natureza jurídica das
organizações públicas - Foco nos processos x foco nos resultados – A dificuldade de
superar a cacofonia organizacional dominante.
7. Inovação: O desafio da inovação na administração pública – Competividade e inovação
- Aversão ao risco – O sistema de inovação no setor público - A nova Lei de Inovação e
suas possibilidades
8. Governança: A relativização do Estado Nacional - Governança regulatória –
Governança multi-nível – Coordenação Executiva – Coordenação interministerial –
Centro de Governo – Sistema Político e Governança
9. A ascensão do Estado Digital: A revolução digital e o setor público – o Governo Digital –
A Estratégia de Governo Digital – Inteligência Artificial e Administração Pública –
Cybersecurity e segurança nacional – A requalificação da burocracia e o diálogo
internacional
10. Administração Pública e Relações Internacionais: Diálogo internacional – Aprendizado
internacional em políticas públicas – Cooperação técnica internacional –
Desenvolvimento de capacidades – Coordenação Executiva e Protagonismo
Internacional

4. Metodologia

O curso será ministrado sob o formato de aulas expositivas porém incorporará também:
seminários com participação de alunos, consultas à wikipedia, discussão de artigos de jornal,
escuta de podcasts, links para apresentações feitas no youtube e participação de convidados
especiais.

1. Na primeira parte da aula (09:00 – 09:30) serão discutidos textos do dia a dia
relacionados com o tópico da aula.
2. A segunda parte da aula (09:30-10:30) será sob a forma de uma aula expositiva sob o
temática.
3. A terceira parte da aula (10:30-11:00) incluirá um podcast ou vídeo do youtube afeto
ao tema.
4. Durante a quarta parte da aula (11:00-12:00) será realizado um seminário sobre o
assunto em questão.
Os alunos deverão vir para as aulas tendo já lido os textos “obrigatórios” da bibliografia
recomendada para que o tempo de aula seja mais produtivo.

5. Avaliação

Os trabalhos de avaliação serão constituídos por duas partes: a) um grupo de perguntas


relacionadas com os textos distribuídos ao longo do curso e b) questões relacionados aos
problemas de administração pública associados aos componentes internacionais de políticas
públicas. Cada parte responderá por cinquenta por cento da nota final.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

INSTITUTO RIO BRANCO

Cultura Ocidental – Clássicos I

2019 (1º Semestre)

Ministro Fabio Mendes Marzano

Secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania – SASC

Descrição do Curso

O curso se centrará nos grandes nomes que forjaram o pensamento ocidental, desde a
Grécia Antiga. Não incluirá, por conseguinte, as filosofias do Oriente, tais como hinduísmo,
confucianismo, filosofia islâmica e similares. Terá como base o conceito dos “great books” e
das “great ideas”, criado e implementado pelos norte-americanos Mortimer Adler e Roberto
Hutchins.
Não se pretende efetuar mera exposição descritiva desses autores e suas ideias, mas sim
estimular discussões que requeiram leitura e reflexão prévias dos alunos, num esforço
individual, portanto, de aprendizagem e análise crítica.

Método

As aulas seguirão ordem temática e não cronológica. Assim, em cada aula, dois alunos
apresentarão análise de texto de dois dentre os autores indicados (cada aluno escolherá um
autor diferente), sob a perspectiva de uma “grande ideia”, abrindo-se em seguida debate
sobre o tema, conduzido pelo professor. Na aula seguinte, passa-se a outra “grande ideia” e
a outros dois autores. Considerando-se o número de alunos da turma, prevê-se o exame de
todas as 33 ideias listadas (v. adiante) e, igualmente, de todas as obras, perfazendo 18 aulas,
com a aula inicial. As duas últimas aulas – 19ª e 20ª – serviriam para repassar as principais
discussões havidas durante o semestre.

Avaliação

Os alunos farão uma apresentação em sala de aula e um trabalho em casa sobre


autor(es)/ideia(s) de sua escolha. A nota final do curso será a média da apresentação,
do trabalho em casa e de uma nota de participação nos debates ao longo do semestre.

Lista de autores/obras clássicas:

1. Homero: Odisseia, Ilíada


2. Tucídides: Guerra do Peloponeso
3. Platão: Apologia, Banquete, Fedro, República
4. Aristóteles: Metafísica, Ética a NicômacoCícero: Academica Priora
5. Plotino: Enéadas
6. Santo Agostinho: Confissões
7. Tomás de Aquino: Suma Teológica
8. Dante: Divina Comédia
9. Maquiavel: O príncipe
10. Erasmo: Elogio da loucura
11. Thomas More: Utopia
12. Rabelais: Gargântua e Pantagruel
13. Montaigne: Essais
14. Shakespeare: Romeu e Julieta, O mercador de Veneza
15. Cervantes: Dom Quixote
16. Thomas Hobbes: Leviatã
17. Descartes: Discurso do Método, Meditações sobre a Filosofia primeira
18. Milton: Paradise Lost
19. Pascal: Pensées
20. John Locke: Of Civil Government
21. Hume: An Enquiry Concerning Human Understanding
22. Swift: As viagens de Gulliver
23. Rousseau: O contrato social
24. Kant: Crítica da razão pura, Crítica do Juízo, Projeto da Paz Perpétua

Lista de “great ideas” a serem exploradas, por categoria:

TRANSCENDENTAIS
Beleza Ser Bem e Mal
Justiça Verdade Virtude e vício
ÉTICA
Desejo Dever Igualdade
Temperança Felicidade Honra
Sabedoria Prudência O outro
POLÍTICA
Aristocracia,
monarquia, oligarquia, Liberdade Igualdade
democracia
Justiça Revolução Costumes
Governo/Esta
Família e Cidadania Constituição
do
ARTES LIBERAIS
Definição Dialética Metafísica
Indução/Dedu
Ideia Linguagem
ção
Lógica Retórica Hipótese
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

INSTITUTO RIO BRANCO

Cultura Ocidental – Clássicos II

2019 (2º Semestre)

Embaixador Fabio Mendes Marzano

Secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania – SASC

Descrição do Curso

O curso se centrará nos grandes nomes que forjaram o pensamento ocidental, desde a
Grécia Antiga. Não incluirá, por conseguinte, as filosofias do Oriente, tais como hinduísmo,
confucianismo, filosofia islâmica e similares. Terá como base o conceito dos “great books” e
das “great ideas”, criado e implementado pelos norte-americanos Mortimer Adler e Roberto
Hutchins.
Não se pretende efetuar mera exposição descritiva desses autores e suas ideias, mas sim
estimular discussões que requeiram leitura e reflexão prévias dos alunos, num esforço
individual, portanto, de aprendizagem e análise crítica.

Método

As aulas seguirão ordem temática e não cronológica. Assim, em cada aula, dois alunos
apresentarão análise de texto de dois dentre os autores indicados (cada aluno escolherá um
autor diferente), sob a perspectiva de uma “grande ideia”, abrindo-se em seguida debate
sobre o tema, conduzido pelo professor. Na aula seguinte, passa-se a outra “grande ideia” e
a outros dois autores. Serão convidados colegas diplomatas e pessoas com conhecimento
específico dos autores para aulas expositivas aos alunos.

Avaliação

Os alunos farão uma apresentação em sala de aula e um trabalho em casa sobre


autor(es)/ideia(s) de sua escolha. A nota final do curso será a média da apresentação,
do trabalho em casa e de uma nota de participação nos debates ao longo do semestre.

Lista de autores/obras clássicas:

25. Platão: Apologia, diálogos


26. Aristóteles: Metafísica, Política
27. Cícero: Academica Priora
28. Plotino: Enéadas
29. Calvino: 95 teses
30. Erasmo: Elogio da loucura
31. Montaigne: Essais
32. Hume: An Enquiry Concerning Human Understanding
33. Hegel: Fenomenologia do Espírito
34. Nietzsche
35. Tocqueville: Da Democracia na América, O antigo Regime e a Revolução
36. Goethe: Os Sofrimentos do Jovem Werther
37. Balzac: Comédia Humana
38. Darwin: A Origem das Espécies
39. Marx: O Capital
40. Dostoyevsky: Crime e Castigo, Irmãos Karamazov
41. Ibsen: Casa de Bonecas, Um Inimigo do Povo
42. Freud: A Interpretação dos Sonhos
43. Heidegger: Ser e Tempo
44. Wittgenstein: Tractatus Logico-Philosophicus
45. Weber: A ética protestante e o espírito do capitalismo
46. Simone Weil: A gravidade e a graça; Carta a um religioso; A fonte grega
47. Proust: Em busca do tempo perdido
48. Kafka: A Metamorfose
49. Fitzgerald: Este lado do paraíso
50. Orwell: 1984, Revolução dos Bichos
51. Bernard Lonergan
52. Xavier Zubiri
53. Eric Voegelin
54. Machado de Assis
55. Guimarães Rosa: Grande sertão, veredas
56. Sérgio Buarque de Holanda: Raízes do Brasil
57. Vianna Moog: Bandeirantes e Pioneiros
58. Vicente Ferreira da Silva
59. Mário Ferreira dos Santos

Lista de “great ideas” a serem exploradas:

Devem ser escolhidas as ideias que não foram ainda tratadas no Curso de Clássicos I

TRANSCENDENTAIS
Beleza Ser Bem e Mal
Justiça Verdade Virtude e vício
ÉTICA
Desejo Dever Igualdade
Temperança Felicidade Honra
Sabedoria Prudência O outro
POLÍTICA
Aristocracia,
monarquia, oligarquia, Liberdade Igualdade
democracia
Justiça Revolução Costumes
Governo/Esta
Família e Cidadania Constituição
do
ARTES LIBERAIS
Definição Dialética Metafísica
Indução/Deduç
Ideia Linguagem
ão
Lógica Retórica Hipótese

OUTRAS IDEIAS: Imortalidade; trabalho; tempo; e riqueza.


Programa do curso – IRBr, segundo semestre de 2019

Professores:
Alessandro Candeas
Major Selma Gonzales

Perfil do Curso

O objetivo do curso é estimular o pensamento estratégico por meio da articulação entre


diplomacia, defesa, segurança e desenvolvimento, com base no estudo da convergência de
agendas entre os Ministérios da Defesa, da Justiça e Segurança e das Relações Exteriores.

O método pedagógico combinará (i) aulas expositivas, de conteúdo teórico-conceitual, a serem


apresentadas com base em casos concretos; e (ii) palestras e debates com autoridades e
policy-makers. Busca-se, dessa forma, propiciar a complementariedade entre o conhecimento
acadêmico e a experiência empírica de especialistas, bem como o conhecimento prévio, as
questões trazidas pelos próprios alunos.

As avaliações combinarão projetos de pesquisa e simulação de uma crise internacional, que


será objeto de negociação (Conselho de Segurança da ONU) paralela a um “jogo de guerra”
(em colaboração com a Escola de Guerra Naval e a ESG).

CRONOGRAMA TENTATIVO

12 de julho
 Apresentação geral do curso e das agendas do DDEFS, MD e MJSP

19 de julho

26 de julho
 Parte I: Poder, política e estratégia

2 de agosto
 Aula magna GSI (a confirmar)

9 de agosto
 Parte I: Defesa e segurança
 Parte I: Estado e soberania

16 de agosto
 Parte I: Guerra e paz
 Palestrante: Diretor do DOI, Embaixador Luís Galvão

23 de agosto
 Parte I: Cenários estratégicos
 Palestrantes: Elaine Marcial (ex SAE, IPEA) ou ASPLAN
30 de agosto
 Parte II: Realismo
 Parte II: Interdependência e Regimes internacionais
 Parte II: Idealismo, Construtivismo e Liberalismo

6 de setembro
 Palestrante: VCAE ou Diretor Adjunto da ABIN, Frank

13 de setembro
 Palestrante: Almirante Petronio, Diretor de Gestão de Programas da Marinha

20 de setembro
 Palestrante: General Tomás, Chefe de Gabinete do Comando do Exército

27 de setembro
 Palestrante: Brigadeiro Bonotto, COPAQ, Comando da Aeronáutica

4 de outubro
 Palestrante: Professor Antonio Jorge Ramalho

11 de outubro
 Parte III: Legislação de Defesa no Brasil

18 de outubro
 Parte IV: Base industrial de defesa
 Palestrante: Ministra Ivanise Maciel

25 de outubro
 Parte IV: Entorno estratégico, fronteiras e crimes transnacionais

1 de novembro
 Palestrante: SGALC

8 de novembro
 Parte IV: Conflitos, terrorismo e casos contemporâneos

22 de novembro
 Palestrante: Diretor Adjunto da ABIN

29 de novembro
 Preparação das Avaliações

6 de dezembro
 Avaliação I: Apresentação dos projetos de pesquisa

13 de dezembro
 Avaliação II: Célula de crise
Bibliografia Geral

(Para cada aula, será recomendada uma bibliografia específica)

- ABDUL-HAK, Ana Patrícia N. T. O Conselho Sul-Americano de Defesa (CDS). Brasília, FUNAG,


2013. Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1051-
Conselho_de_Defesa_Sul_Americano.pdf>

- ALSINA JUNIOR, J. P. S.; JOBIM, N.; ETCHEGOYEN, S.W. Segurança Internacional: perspectivas
brasileiras. Editora FGV, 2010.

- AMORIM, C. A Grande Estratégia do Brasil: discursos, artigos e entrevistas da gestão no


Ministério da Defesa (2011-2014). Brasília: FUNAG, São Paulo: UNESP, 2016. Disponível em:
<http://funag.gov.br/loja/download/A-Grande-Estrategia-do-Brasil_FINAL_25_04.pdf>

- ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. São Paulo, coleção clássicos IPRI e Editora
UnB, 2002. Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/43-
Paz_e_Guerra_entre_as_Nacoes.pdf>

- BULL, Hedley. A sociedade anárquica. Clássicos IPRI, São Paulo, 2002. Disponível em
<http://funag.gov.br/loja/download/158-Sociedade_Anarquica_A.pdf>

- CARR, H.E. Vinte anos de crise (1919-1939). Clássicos IPRI, São Paulo, 2001. Disponível em
<http://funag.gov.br/loja/download/40-Vinte_Anos_de_Crise_-_1919-1939.pdf>

- FUNAG. Estatísticas para o estudo das relações internacionais. Brasília, FUNAG, 2016.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1164_ESTATISTICAS_2016_21_09.pdf>

- HOFFMAN, Frank. Conflict in the 21st century. The rise of hybrid wars. Arlington, Potomac
Institute for Policy Studies, 2007. Disponível em
http://www.potomacinstitute.org/images/stories/publications/potomac_hybridwar_0108.pdf

- HUGUES, Christopher W. e MENG, Lay Yew (eds.). Security Studies: A Reader. Routledge,
Londres, 2011.

- HUNTINGTON, Samuel. The Soldier and the State. Cambridge, Harvard University Press, 1985.
Edição de 1957 disponível em: <https://worldoriens.files.wordpress.com/2017/03/the-soldier-
and-the-state-huntington.pdf>

- IISS. The military balance 2018. Disponível em


<https://www.iiss.org/en/publications/military%20balance/issues/the-military-balance-2018-
545f>

- MARCIAL, Elaine (org.). Megatendências mundiais 2030. Brasília, IPEA, 2015.

- MINISTÉRIO DA DEFESA. Reflexões sobre defesa e segurança: uma estratégia para o Brasil (4
vol.). Organizadores: Pinto, J.R. de Almeida; Rocha, A.J. Ramalho da; Silva, R. Doring Pinho da.
Brasília, MD, 2004.
- MINISTÉRIO DA DEFESA. Política Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Defesa 2016.
Disponíveis em http://www.defesa.gov.br/arquivos/2017/mes03/pnd_end.pdf

- MINISTÉRIO DA DEFESA. Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa e Livro


Branco Nacional de Defesa Nacional 2012. Disponível em
<http://www.defesa.gov.br/index.php/estado-e-defesa/politica-nacional-de-defesa>

- MINISTÉRIO DA DEFESA. Cenário de Defesa 2020-2039. Brasília, MD/ASPLAN, 2017.

- MORRIS, Janowitz. The professional soldier. A social and political portrait. New York, Free
Press, 1971.

- NYE Jr., Joseph S. Get smart. Combining hard and soft power. In Foreign Affairs, 2009.
Disponível em:
<https://www.foreignaffairs.com/articles/2009-07-01/get-smart>

- NYE Jr., Joseph S. The Future of Power. Public Affairs. Nova Iorque: 2011.

- PINTO, Paulo cordeiro de Andrade. Diplomacia e política de defesa. O Brasil no debate sobre a
segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000). Brasília, FUNAG, 2015. Disponível
em <http://funag.gov.br/loja/download/1127-Diplomacia_e_politica_de_defesa.pdf>

- SATO, Eiti. Relações Internacionais: a reflexão teórica, o debate e a dimensão prática do


conhecimento. In Abordagem Clássica das Relações Internacionais. Rapahel Spode & Gabriel G.
Xavier (Eds.). Grupo Conceito, São Paulo, 2012.

- UNITED NATIONS. A more secure world. Our shared responsibility. Report of the Secretary
General’s high level panel on threats, challenges and change. UN, Nova York, 2004. Disponível
em <http://www.un.org/en/peacebuilding/pdf/historical/hlp_more_secure_world.pdf>

- WALTZ, Kenneth. Theory of international politics. Waveland Press, 2010.

- WALTZ, Kenneth. Man, the State, and War: A Theoretical Analysis. Columbia University Press,
Illinois, 2001.

- WILLIAMS, Paul D. (ed.). Security Studies: An introduction. Routledge, Londres, 2008.

Links e vídeos

- Política e Estratégia nacionais de Defesa:


<http://www.defesa.gov.br/component/content/article/2-uncategorised/30969-consulta-
publica-dos-documentos-estrategicos-de-defesa>

- Conferências e Pronunciamentos do Ministro Jungmann:


<http://www.defesa.gov.br/index.php/pronunciamentos/ministro-de-estado-da-defesa>

- Programa Relações Internacionais em Pauta (IPRI – apresentação de áreas e agendas do


Itamaraty): <https://www.youtube.com/watch?v=gBCLer8uI8M&t=8s>
- Biblioteca digital da FUNAG: <http://funag.gov.br/loja/index.php?route=common/home>

- Estratégia global de defesa e segurança da União Europeia:


<https://www.youtube.com/watch?v=PEM0yxjHv9s>

Aula 1

INTRODUÇÃO

1) Apresentação do curso
 Aproximação MD-MRE
 O objetivo do curso é apresentar conceitos, correntes teóricas e instituições em matéria de
defesa e segurança internacional à luz da política externa brasileira e de processos e
conflitos contemporâneos.
 Despertar o interesse em desenvolver o pensamento estratégico e refletir sobre a estreita
e necessária articulação entre diplomacia e defesa.
 IRBr é profissionalizante. Útil.

2) Metodologia
 O método pedagógico é dialógico (Paulo Freire), mais que cognitivo. Construção conjunta
do conhecimento
 Combinar aulas expositivas, de conteúdo teórico-conceitual, com palestras e
apresentações de autoridades e policy-makers, de forma a propiciar a
complementariedade e o equilíbrio entre o conhecimento acadêmico dos temas, à luz da
literatura atualizada, e a experiência empírica e concreta de especialistas em todos os
temas abordados pelo programa.
 As avaliações, nessa mesma linha, serão feitas por meio de apresentação de projetos de
pesquisa e simulação de uma crise internacional.
 Transdisciplinar, equilíbrio teórico / empírico, ênfase no bom senso, nas insuficiências e na
necessidade de preparação para o trabalho
 Insuficiência do teórico: “A história é como um surdo, respondendo perguntas que
ninguém lhe formulou” (Leon Tolstoi, in Guerra e Paz) – textos do Saito
 Insuficiência do jurídico/institucional: Carr, Vinte anos de Crise - incapacidade de ação da
Liga das Nações revelava a incompatibilidade da natureza do meio internacional com a
crença predominante, entre os analistas, de que a simples sistematização de uma ordem
jurídica das relações internacionais e a sanção da opinião pública seriam suficientes para
banir o uso da força
 Visões combinadas: bacharelescas dos juristas x políticos x cientistas comportamentais x
economistas x burocratas institucionais
 Material: Google classroom, tudo encaminhado.
 Aulas para discutir o material já lido.

3) Apresentar o programa
Referências bibliográficas

- ABDUL-HAK, Ana Patrícia N. T. O Conselho Sul-Americano de Defesa (CDS). Brasília, FUNAG,


2013. Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1051-
Conselho_de_Defesa_Sul_Americano.pdf>

- ALSINA JUNIOR, J. P. S.; JOBIM, N.; ETCHEGOYEN, S.W. Segurança Internacional: perspectivas
brasileiras. Editora FGV, 2010.

- AMORIM, C. A Grande Estratégia do Brasil: discursos, artigos e entrevistas da gestão no


Ministério da Defesa (2011-2014). Brasília: FUNAG, São Paulo: UNESP, 2016. Disponível em:
<http://funag.gov.br/loja/download/A-Grande-Estrategia-do-Brasil_FINAL_25_04.pdf>

- BULL, Hedley. A sociedade anárquica. Clássicos IPRI, São Paulo, 2002. Disponível em
<http://funag.gov.br/loja/download/158-Sociedade_Anarquica_A.pdf>

- CARR, H.E. Vinte anos de crise (1919-1939). Clássicos IPRI, São Paulo, 2001. Disponível em
<http://funag.gov.br/loja/download/40-Vinte_Anos_de_Crise_-_1919-1939.pdf>

- FUNAG. Estatísticas para o estudo das relações internacionais. Brasília, FUNAG, 2016.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1164_ESTATISTICAS_2016_21_09.pdf>

- HOFFMAN, Frank. Conflict in the 21st century. The rise of hybrid wars. Arlington, Potomac
Institute for Policy Studies, 2007. Disponível em
http://www.potomacinstitute.org/images/stories/publications/potomac_hybridwar_0108.pdf

- HUGUES, Christopher W. e MENG, Lay Yew (eds.). Security Studies: A Reader. Routledge,
Londres, 2011.

- MARCIAL, Elaine (org.). Megatendências mundiais 2030. Brasília, IPEA, 2015.

- NYE Jr., Joseph S. Get smart. Combining hard and soft power. In Foreign Affairs, 2009.
Disponível em:
<https://www.foreignaffairs.com/articles/2009-07-01/get-smart>

- NYE Jr., Joseph S. The Future of Power. Public Affairs. Nova Iorque: 2011.

- PINTO, Paulo cordeiro de Andrade. Diplomacia e política de defesa. O Brasil no debate sobre a
segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000). Brasília, FUNAG, 2015. Disponível
em <http://funag.gov.br/loja/download/1127-Diplomacia_e_politica_de_defesa.pdf>

- SATO, Eiti. Relações Internacionais: a reflexão teórica, o debate e a dimensão prática do


conhecimento. In Abordagem Clássica das Relações Internacionais. Rapahel Spode & Gabriel G.
Xavier (Eds.). Grupo Conceito, São Paulo, 2012.

- UNITED NATIONS. A more secure world. Our shared responsibility. Report of the Secretary
General’s high level panel on threats, challenges and change. UN, Nova York, 2004. Disponível
em <http://www.un.org/en/peacebuilding/pdf/historical/hlp_more_secure_world.pdf>
- WALTZ, Kenneth. Theory of international politics. Waveland Press, 2010.

- WALTZ, Kenneth. Man, the State, and War: A Theoretical Analysis. Columbia University Press,
Illinois, 2001.

- WILLIAMS, Paul D. (ed.). Security Studies: An introduction. Routledge, Londres, 2008.

Links e vídeos

- Conferências e Pronunciamentos do Ministro Jungmann:


<http://www.defesa.gov.br/index.php/pronunciamentos/ministro-de-estado-da-defesa>

- Programa Relações Internacionais em Pauta (IPRI – apresentação de áreas e agendas do


Itamaraty): <https://www.youtube.com/watch?v=gBCLer8uI8M&t=8s>

- Biblioteca digital da FUNAG: <http://funag.gov.br/loja/index.php?route=common/home>

Aula 2

PODER

Dimensões:

1) Ontológica (dínamis - δύναμις) – poder inerente à natureza, capaz de gerar dinâmica,


movimento, mecânica, realizar, criar, fazer acontecer, capacidade ou faculdade de realizar
possibilidades, autonomia. Atributos de ser superior, versão demiúrgica.

2) Autoridade (exousía - ἐξουσία) - liberdade, agir e dispor segundo a vontade, que pode ser
imposta, deliberar arbitrariamente, mandar, ordenar, influenciar, governar, decidir, controlar

3) Poder instituído (krátos - κράτος) – estado, governo, poder organizado, que exerce controle
efetivo, institucionalizado e personalizado, força bruta, violenta. Divindade, filho de um titã,
irmão de Bia/violência, de Niké e Zelos/ardor/rivalidade/emulação, ajudou a amarrar
Prometeu

4) Força (isquís - ἰσχύς) – capacidade, força, habilidade

Características:

1) Recurso – capital econômico, político, militar (ver estatísticas)

 Excedente / déficit, troca / soma, multiplicação, pólos


o Concentração, hegemonia, império
o Congelamento (Araújo Castro), redistribuição
o Construção, soma, multiplicação de poder – alianças, blocos (Mercosul, Unasul,
BRICS)
 Celso Amorim (p. 165) - mitigação da lógica do equilíbrio de poder,
rivalidades antigas superadas por construção de confiança (França,
Alemanha, Brasil, Argentina)
o Uni / bi / multi / polaridade
 Relação recursos – resultados (power conversion)
o Nye: policymakers (vs behavioristas) define power simply in terms of resources that
can produce outcomes*. Vantagem: mensuração, previsão.
o Economia do poder – eficiência. Coercive democracy?
 Nye 3 dimensional chess game:
o Top - military power among states - unipolar
 US is the only superpower, nearly half the world's total defense
expenditures
 Preponderance does not constitute empire or hegemony
 McCain – era of power competition, deterioration of America’s global
position (Russia, China, Islamist extremism, North Korea, Iran)
o Middle - interstate economic relations – multipolar
 US, Europe, Japan, China - major players
 BRICS?
o Bottom - transnational relations (climate change, illegal drugs, pandemics,
terrorism) - power chaotically distributed and diffuses to nonstate actors

2) Relação – Hannah Arendt. Weber – teia de relações, interações, impor vontade em uma
relação, mesmo com resistência. Microrrelações, microfísica do poder (Foucault)

 Tende à assimetria e à reação pela busca do equilíbrio


 Dominação é um tipo de poder específico
o Vontade manifesta, mando, há obediência e legitimidade, produz ordem, regula
relações, fundamental para o funcionamento da sociedade
 Autonomia e liberdade vs controle
o Técnicas de controle, microfísica (Foucault)
o Nye*: command changes, set agendas, shape preferences (co-optive power, mind
maker)
 Powershifts

3) Ordem – Hedley Bull – poder gera ordem (agenda, instituições, processos)

 Celso Lafer - disjunção entre ordem e poder (1989)


o US can influence, but not control, parts of the world (Nye)
 Bull – 3 tradições doutrinárias (p. 32-35):
o Hobbesiana/realista – estado de guerra – vácuo moral e legal (Maquiavel) x conduta
moral reside na autoafirmação (Hegel). Brasil é hegeliano. Únicas regras são
prudência e conveniência – tratados só respeitados se convenientes
o Kantiana/universalista, “globalista” – vínculos transnacionais. Cooperação, cidadãos
universais. Todos os povos têm os mesmos interesses. Imperativos morais que
limitam a ação dos estados.
o Grociana/internacionalista, política em sociedade de Estados – entre a realista e a
universalista. Sociedade, regras, instituições. Ao contrário da kantiana, aceita que os
Estados são os principais elementos da sociedade
o Os elementos da sociedade internacional sempre estiveram presentes no sistema
internacional, mesmo que precariamente p. 51. Esses elementos constituem a base
para a reconstrução da sociedade internacional - distensão p. 54.
 Melhor não estado de natureza de Hobbes, mas Locke (p. 60). Sociedade
sem governo.
 Bull – sociedade anárquica (p. 57):
o Ausência de poder central (analogia interna - contrato social entre Estados que
reproduza o governo interno). Hobbes, estado natural, da guerra.
o Fragilidade do argumento da anarquia: o sistema internacional moderno não é
hobbesiano (príncipes soberanos), p. 58. Leviatã – estado de guerra não guerra real,
mas latente – disposição de combate todos contra todos, não há comércio etc., não
há certo e errado, p. 59.
 O sistema internacional reflete as três tradições hobbesiana, kantiana e grociana. Em
diferentes fases históricas, um predomina sobre os demais.
 Defesa – preparado para o estado hobbesiano de prontidão para a guerra, mas para evitá-
la, constroem estado grociano (direito, instituições, cooperação)

3) Espaço de competição – campos sociais (Bourdieu)

 Pierre Bourdieu. Los campos sociales están constituidos por actores con diferentes
posiciones que luchan por los privilegios que ofrece el campo - económicos, prestígio,
poder. El campo es un sistema abierto, cuyos límites siempre están en cuestión. Los
jugadores despliegan en el campo de juego varias formas de capital (económico, social,
cultural) en sus disputas.
 Los campos aparecen como espacios estructurados de posiciones: los microcosmos
sociales, con valores (capitales), objetos e intereses específicos.
 El derecho de ingreso en el campo es dado por el reconocimiento de los sus valores
fundamentales y presupuestos cognitivos de los grupos dominantes, de las reglas del juego
y por la posesión del capital específico valorado por eses grupos
 Las disposiciones, inclinaciones y elementos cognitivos conforman el habitus del campo.
inculcar la cultura dominante
 Opinión consensual (doxa) - no-consciente de la adhesión
 Illusio: las creencias compartidas
 El campo de poder es un “metacampo” que regla las luchas en todos los campos,
determinando posiciones, alianzas y oposiciones.
 O Estado é definido como produto de uma crença coletiva e organizada para a qual
contribuem teorias políticas e jurídicas. O Estado é um “metapoder”, lugar de totalização,
de constituição de um poder que se impõe sobre os demais.
 Capital simbólico: síntesis de los demás (cultural, económico y social), corresponde al
conjunto de rituales de reconocimiento social, que comprende el prestigio, el honor etc.
 Las formas de capital son convertibles unas en otras. El capital económico, por ejemplo,
puede ser convertido en capital simbólico y viceversa.
 En todo campo, la distribución de capital es desigual, lo que implica que los campos estén
en permanente conflicto, con los individuos y grupos dominantes procurando defender sus
privilegios contra el inconformismo de los demás individuos y grupos. Al interior de cada
campo ocurre una dinámica de competencia y dominación
 Dinámica de los campos - lucha de las clases sociales en la búsqueda de cambiar su
estructura jerárquica (econômica, cultural, simbólica). Las clases dominantes imponen su
especie de capital como criterio de jerarquización del campo.

4) Ordem – Hedley Bull – poder gera ordem (agenda, instituições, processos)

 Celso Lafer - disjunção entre ordem e poder (1989)


o US can influence, but not control, parts of the world (Nye)
 Bull – 3 tradições doutrinárias (p. 32-35):
o Hobbesiana/realista – estado de guerra – vácuo moral e legal (Maquiavel) x conduta
moral reside na autoafirmação (Hegel). Brasil é hegeliano. Únicas regras são
prudência e conveniência – tratados só respeitados se convenientes
o Kantiana/universalista, “globalista” – vínculos transnacionais. Cooperação, cidadãos
universais. Todos os povos têm os mesmos interesses. Imperativos morais que
limitam a ação dos estados.
o Grociana/internacionalista, política em sociedade de Estados – entre a realista e a
universalista. Sociedade, regras, instituições. Ao contrário da kantiana, aceita que os
Estados são os principais elementos da sociedade
 Melhor não estado de natureza de Hobbes, mas Locke (p. 60). Sociedade
sem governo.
 Bull – sociedade anárquica (p. 57):
o Ausência de poder central (analogia interna - contrato social entre Estados que
reproduza o governo interno). Hobbes, estado natural, da guerra.
o Fragilidade do argumento da anarquia: o sistema internacional moderno não é
hobbesiano (príncipes soberanos), p. 58. Leviatã – estado de guerra não guerra real,
mas latente – disposição de combate todos contra todos, não há comércio etc., não
há certo e errado, p. 59.
 O sistema internacional reflete as três tradições hobbesiana, kantiana e grociana. Em
diferentes fases históricas, um predomina sobre os demais.
 Defesa – preparado para o estado hobbesiano de prontidão para a guerra, mas para evitá-
la, constroem estado grociano (direito, instituições, cooperação)

Evolução do tema nas RI

As RI tomam emprestado o conceito de poder da Ciência Política e da Sociologia

1) Behavioralismo

Robert Dahl

 Publicado em artigo de 1957 na revista Behavioral Science. Revolução behaviorista das


ciências sociais nas décadas de 1950-970
 "Poder" é "A" fazer (ou ter a habilidade de fazer) com que "B" haja de modo diferente do
que agiria se "A" fosse desconsiderado.
o Impor vontade ou impedir o outro de fazer vontade - dissuasão
 Um dos conceitos de poder mais consensuais entre os acadêmicos de RI, segundo David
Baldwin, inspirado no conceito weberiano de poder.
 Passada a fase behavioralista das RI e das ciências sociais como um todo, a abordagem de
Dahl foi bastante questionada, sobretudo nos aspectos quantitativos da mensuração.
 Joseph Nye segue o behavioralismo
2) Áreas

David Baldwin

 "Poder" como sinônimo de influência e controle, embora haja distinções.


 Cinco dimensões:
1. Escopo temático
o Militar, econômico etc.
2. Extensão geográfica
o Cibernético?
3. Peso: probabilidade de "A" influenciar "B"
o Componente quantitativo, probabilístico
 Afere, por exemplo, a probabilidade de um acordo de comércio ser bem
sucedido (ou um acordo de defesa ser respeitado)
4. Custos: Um país é tão poderoso quanto os custos que conseguir impor a outro.
o Quanto maiores os custos de um país em aceitar as exigências de outro, mais
poderoso é este último
5. Meios: simbólicos (Bourdieu, prestígio; soft power), econômicos, militares, diplomáticos

Hard, soft, smart power

 Weber – o poder é sociologicamente amorfo


 Perception / misperception
 Power: one's ability to affect the behavior of others to get what one wants.
 Three ways: coercion, payment, and attraction.
 Hard power
o Coercion and payment
o IR theory suffered from a materialist bias that truncated conceptions of power
 Corrigido nos anos 1990 com soft (pós GF)
o Turning to the Pentagon - overmilitarized foreign policy
o Coercive diplomacy – tipo de military power* (Barão no Acre)
o USA McCain: deter war and defeat adversaries. US defense planning – 2 major
regional contingency force – fight and win 2 major wars in diferente regions at the
same time
o Em nossa política de defesa, o poder robusto é orientado por uma dupla
estratégia: cooperação e dissuasão. O poder robusto é fundamental para a
dissuasão, de modo a desincentivar eventuais atos hostis (Celso Amorim, p. 180-
181).
 Soft power
o Ability to obtain preferred outcomes through attraction. Empathy, social intelligence
o Culture (pleasing)
o Values
o Policies (inclusive and legitimate)
 Polls: US policies, more than culture or values, to explain decline
 Official instruments: public diplomacy, broadcasting, exchange programs,
development assistance, disaster relief, military-to-military contacts
 US can become a smart power by investing in global public goods.
Development, public health, climate change, open, stable international
economic system
 Smart power
o Limits to what hard power can achieve
 broader goals (democracy – “coercive democratization” - , human rights,
civil society), are not best handled with guns
 US had to move from exporting fear to inspiring optimism and hope*
(Maquiavel – príncipe amado ou temido?)
o Combination of the hard power of coercion and payment with the soft power of
persuasion and attraction
 "Contextual intelligence" - intuitive diagnostic skill that helps policymakers
align tactics with objectives to create smart strategies. Ability to understand
an evolving environment and capitalize on trends, crucial skill in converting
power resources into successful strategies*

4) Psicológico (soft) e material (hard)

 Weber – o poder é sociologicamente amorfo


 Perception / misperception

Evolução do tema nas RI

As RI tomam emprestado o conceito de poder da Ciência Política e da Sociologia

1) Behavioralismo

Robert Dahl

 Publicado em artigo de 1957 na revista Behavioral Science. Revolução behaviorista das


ciências sociais nas décadas de 1950-970
 "Poder" é "A" fazer (ou ter a habilidade de fazer) com que "B" haja de modo diferente do
que agiria se "A" fosse desconsiderado.
o Impor vontade ou impedir o outro de fazer vontade - dissuasão
 Um dos conceitos de poder mais consensuais entre os acadêmicos de RI, segundo David
Baldwin, inspirado no conceito weberiano de poder.
 Passada a fase behavioralista das RI e das ciências sociais como um todo, a abordagem de
Dahl foi bastante questionada, sobretudo nos aspectos quantitativos da mensuração.
 Joseph Nye segue o behavioralismo

2) Áreas

David Baldwin

 "Poder" como sinônimo de influência e controle, embora haja distinções.


 Cinco dimensões:
1. Escopo temático
o Militar, econômico etc.
2. Extensão geográfica
o Cibernético?
3. Peso: probabilidade de "A" influenciar "B"
o Componente quantitativo, probabilístico
 Afere, por exemplo, a probabilidade de um acordo de comércio ser bem
sucedido (ou um acordo de defesa ser respeitado)
4. Custos: Um país é tão poderoso quanto os custos que conseguir impor a outro.
o Quanto maiores os custos de um país em aceitar as exigências de outro, mais
poderoso é este último
5. Meios: simbólicos (Bourdieu, prestígio; soft power), econômicos, militares, diplomáticos

Hard, soft, smart power

 Power: one's ability to affect the behavior of others to get what one wants.
 Three ways: coercion, payment, and attraction.
 Hard power
o Coercion and payment
o IR theory suffered from a materialist bias that truncated conceptions of power
 Corrigido nos anos 1990 com soft (pós GF)
o Turning to the Pentagon - overmilitarized foreign policy
o Coercive diplomacy – tipo de miliraty power* (Barão no Acre)
o USA McCain: deter war and defeat adversaries. US defense planning – 2 major
regional contingency force – fight and win 2 major wars in diferente regionas at the
same time
o Em nossa política de defesa, o poder robusto é orientado por uma dupla
estratégia: cooperação e dissuasão. O poder robusto é fundamental para a
dissuasão, de modo a desincentivar eventuais atos hostis (Celso Amorim, p. 180-
181).
 Soft power
o Ability to obtain preferred outcomes through attraction. Empathy, social intelligence
o Culture (pleasing)
o Values
o Policies (inclusive and legitimate)
 Polls: US policies, more than culture or values, to explain decline
 Official instruments: public diplomacy, broadcasting, exchange programs,
development assistance, disaster relief, military-to-military contacts
 US can become a smart power by investing in global public goods.
Development, public health, climate change, open, stable international
economic system
 Smart power
o Limits to what hard power can achieve
 broader goals (democracy – “coercive democratization” - , human rights,
civil society), are not best handled with guns
 US had to move from exporting fear to inspiring optimism and hope*
(Maquiavel – príncipe amado ou temido?)
o Combination of the hard power of coercion and payment with the soft power of
persuasion and attraction
 "Contextual intelligence" - intuitive diagnostic skill that helps policymakers
align tactics with objectives to create smart strategies. Ability to understand
an evolving environment and capitalize on trends, crucial skill in converting
power resources into successful strategies*

Referências bibliográficas:

- ALSINA JUNIOR, J. P. S.; JOBIM, N.; ETCHEGOYEN, S.W. Segurança Internacional: perspectivas
brasileiras. Editora FGV, 2010. Síntese das apresentações, p. 23-30.

- AMORIM, C. A Grande Estratégia do Brasil: discursos, artigos e entrevistas da gestão no


Ministério da Defesa (2011-2014). Brasília: FUNAG, São Paulo: UNESP, 2016, p. 159-184.
Disponível em: <http://funag.gov.br/loja/download/A-Grande-Estrategia-do-
Brasil_FINAL_25_04.pdf>

- ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. São Paulo, coleção clássicos IPRI e Editora
UnB, 2002, p. 99-111, Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/43-
Paz_e_Guerra_entre_as_Nacoes.pdf>

- BALDWIN, David. Power and International Relations. In CARLSNAES, Walter; RISSE, Thomas;
SIMMONS, Beth A. Handbook of International Relations. Sage Publications. Los Angeles: 2013,
p. 273-297. Disponível em:
<http://www.princeton.edu/~dbaldwin/selected%20articles/Baldwin%20(2013)%20Power%20
and%20International%20Relations.pdf>

- BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992.

- BOURDIEU, Pierre. Sobre o Estado. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

- BRASIL. Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa e Livro Branco Nacional de
Defesa Nacional. Brasília, 2012. Disponível em <http://www.defesa.gov.br/index.php/estado-
e-defesa/politica-nacional-de-defesa>

- BULL, Hedley. A sociedade anárquica. Clássicos IPRI, São Paulo, 2002, p. 32-33, 49-54, 57-60.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/158-Sociedade_Anarquica_A.pdf>

- DAHL, Robert. "The Concept of Power" In Behavioral Science, N. 2. 1957. p. 201-215.

- FUNAG. Estatísticas para o estudo das relações internacionais. Brasília, FUNAG, 2016, p. 21-
34, 247-254. Disponível em
<http://funag.gov.br/loja/download/1164_ESTATISTICAS_2016_21_09.pdf>

- MARCIAL, Elaine (org.). Megatendências mundiais 2030. Brasília, IPEA, 2015, p. 68-95.
Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=26450>

- McCAIN, John. Restoring American Power. Recommendations for the FY 2018-FY 2022
Defense Budget By Senator John McCain, Chairman, Senate Armed Services Committee, p. 2-3,
5-8. Disponível em: <http://www.mccain.senate.gov/public/_cache/files/25bff0ec-481e-466a-
843f-68ba5619e6d8/restoring-american-power-7.pdf>

- NYE Jr., Joseph S. Get smart. Combining hard and soft power. In Foreign Affairs, 2009.
Disponível em:
<https://www.foreignaffairs.com/articles/2009-07-01/get-smart>

- NYE Jr., Joseph S. The Future of Power. Public Affairs. Nova Iorque: 2011. Capítulo 1.

- PINTO, Paulo cordeiro de Andrade. Diplomacia e política de defesa. O Brasil no debate sobre
a segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000). Brasília, FUNAG, 2015, p. 26-
30. Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1127-
Diplomacia_e_politica_de_defesa.pdf>

- SAINT-PIERRE, Héctor Luis. Grandes tendências da segurança internacional contemporânea.


In: ALSINA JUNIOR, J. P. S.; JOBIM, N.; ETCHEGOYEN, S.W. Op. Cit., p. 31-48.

- SAN TIAGO DANTAS, Francisco Clementino de. Poder Nacional, Cultura Política e Paz Mundial.
Conferências na ESG. Rio de Janeiro: ESG, 2014.

- LAFER, Celso. O papel dos EUA no mundo: América do Sul. Revista da USP, junho-agosto de
1989. Disponível em <http://www.revistas.usp.br/revusp/article/viewFile/25463/27208>

Outras fontes:

- Despacho no. 51 do MRE para o MD, de 20/01/2017. DADF/DEUC/DCTEC/DI/DDS. Índice:


EUA. Defesa. Orçamento. Proposta do Senador.

Links e vídeos:

- Conferência do Ministro Jungmann: Poder e Direito na Política Mundial. Disponível em:


<http://www.defesa.gov.br/index.php/pronunciamentos/ministro-de-estado-da-defesa>

- Vídeos do Joseph Nye:

<https://www.youtube.com/watch?v=pHM9dyJAezw>

<https://www.youtube.com/watch?v=uAb8Z_l4aQI&t=63s>

Aula 3

POLÍTICA E ESTRATÉGIA

Estratégia

A etimologia de “estratégia” (στρατηγία) remete à arte da guerra – exército, multidão (stratos)


e condução (ageîn). Mobilização de recursos humanos e materiais

Sun Tzu - A Arte da Guerra - 4 quatro princípios: escolha do local de batalha, concentração das
forças, ataque, táticas operacionais
Tática Taktike, “a arte de resolver, de colocar coisas em ordem”, relacionado a tassein,
“arranjar, colocar em ordem”

Powerpoint do General Goulart

Geopolítica

Desenvolvimento do poder estatal sobre uma base geográfico-espacial, sua expansão regional
e global, as resistências a essa expansão, e a dinâmica dos fluxos de intercâmbio e de projeção
de interesses e influência política, econômica e cultural.

Napoleão, Bismarck – política externa da geografia

Escola britânica: John MacKinder, heartland. Unicidade da superfície líquida do planeta


(ZOPACAS) e da divisão da superfície terrestre em grandes blocos insulares formados por uma
série de ilhas-continente. Eurásia, a "ilha-mundo"

Escola sueca: Rudolph Kjellen cunhou o termo geopolítica. Estado é direito por dentro e força
por fora, sobreviver em um mundo hostil.

Escola alemã: Friedrich Ratzel. Alemanha, unificação. Solo-homem-Estado, Ratzel, organismo


vivo. lebensraum – espaço vital – território que um Estado necessita ocupar para garantir sua
autossuficiência, admite o expansionismo / demografia. Determinismo geográfico, homem
produto do meio.

Ratzel e Kjellen (espaço geográfico, liberdade de movimentos e coesão interna) influenciaram


Bismarck, especialmente lebensraum, unificação alemã

Escola francesa – Pierre Renouvin – forças profundas: História, Geografia. Vidal de la Blache.
Escola possibilista, em oposição ao determinismo e organicismo alemão, contra o fatalismo
geográfico. Correlação histórica entre o homem e o meio ambiente.

Escola americana - Nicolas Spykman – teoria da Rimland, estratégia de containment. Alianças


entre potências navais + rimland + heartland. Quem dominasse a rimland, dominaria a ilha-
mundo. Quem tem o poder mundial não é quem controla diretamente o "coração do mundo",
mas quem é capaz de cercá-lo, como os Estados Unidos fizeram durante toda a Guerra Fria e
seguem fazendo. Brasil é heartland e rimland. Os Estados Unidos, enquanto uma potência
naval, com supremacia incontestável na América do Norte e hegemonia nas Americas, teria
que estabelecer uma rede de alianças com as demais potências navais das outras "ilhas"
(Inglaterra, Oceania, África, América do Sul) e impedir alianças contrárias aos interesses
americanos, como possíveis alianças entre as potências do Rimland e do Heartland, ou entre as
demais potências navais e potências do Heartland ou do Rimland. Spykman, influenciaram a
estratégia americana no início da Guerra Fria, incluindo a postura de George Kennan, com a
criação de um "cordão sanitário" em todo o entorno (Rimland) da União Soviética
(Heartland). Manter a supremacia na América do Norte e Caribe somada à hegemonia na
"ilha-continente" América do Sul, era fundamental para o sucesso da estratégia global
americana
Deslocamento do centro geopolítico global do Atlântico para o Pacífico, e o envolvimento
militar dos Estados Unidos em duas guerras simultâneas, no Rimland (Iraque) e no Heartland
(Afeganistão), o papel da América do Sul também se altera. Por um lado, perde relevância o
cenário do Atlântico, que foi fundamental na II Guerra Mundial. Por outro lado, superada a
lógica da Guerra Fria, e com o aumento da coordenação multilateral na região, inclusive com a
criação da UNASUL, a ilha-continente pode superar a simples lógica da barganha restrita com o
"colosso do norte", podendo se posicionar como ator global pela primeira vez.

Escola brasileira:

Brasil – nascido da geopolítica herdou de Portugal. Crescimento para oeste, Pedro Teixeira.
Sul, Vice-Reinado do Rio da Prata. Colônia do Sacramento, limite sul, Prata.

Meira Mattos, grande estrategista – anos 1950. Projeto geopolítico de Brasil potência. De
Nicolas Spykman, adota os seguintes fatores para poder político: superfície do território,
fronteiras, população, matérias-primas, desenvolvimento econômico-tecnológico, capacidade
financeira, coesão nacional, Geografia, recursos naturais, capacidade industrial, eficiência
militar, população, caráter nacional, aptidão. Fórmula de MM: massa crítica, econômica,
militar, estratégica, vontade de realizar a estratégia nacional, poder de persuadir e poder
perceptível MM: campos do poder: político, militar, econômico, psicossocial, técnico-científico.
Soma de recursos materiais e valores psicológicos do Estado. BR potência média como Índia,
Argentina e México. Poder-mensuráveis e não mensuráveis – ordem moral, psicológicos. Poder
– meio para um fim – se exerce / fins são estabelecidos moralmente. Preocupação com as
vulnerabilidades territoriais brasileiras não confrontação com vizinhos. Projeção mundial do
BR. Ausência de polo de atração no Oeste (Pacífico – EUA), eixos inexistentes ou precários.
Vazio no hinterland. Efeito geopolítico de BSB, desenvolvimento da hiterland.
Transcontinental. Menor rivalidade e maior integração com América do Sul x Mario Travassos
e Golbery. Ligação marítima e aérea NE – África. Geografia e geoestratégica os vinculam
primeiro à América e segundo à África. Linhas mestras da política externa: fidelidade ao
Ocidente, pan-americanismo, luso-brasileiro, aproximação com África Ocidental

Travassos. Geopolítica da confrontação. Argentina – percepção do expansionismo brasileiro,


natural influência, obsessão. Ligação da Argentina com a Bolívia, atração do Paraguai para a
zona de influência.

Golbery. Geopolítica da confrontação, mais moderado que Travassos. Preocupação com


fronteiras oeste e norte do BR. Bacia Amazônica x Prata, invertiam-se as posições, Guiana
Francesa não acesso à Bacia D João VI, reunião com Colômbia narcotráfico etc. Influência
Argentina subcontinente. Importância para o BR – segurança, tráfico de armas, delinquência
transfronteiriça. Equilíbrio de poder Argentina. Hoje, integração. Colômbia, Venezuela. Onda
colonizadora para o centro, noroeste, inundação civilizadora na Amazônia partindo do centro-
oeste. Calha norte, transamazônica, Amazonas. Geopolítica da integração e valorização
espaciais. Do expansionismo para o interior e projeção pacífica no exterior. Geopolítica de
contenção ao longo das fronteiras (x integração). Participação na civilização ocidental,
colaboração com o mundo subdesenvolvido, segurança ou geoestratégia em face da dinâmica
dos grandes centros externos de poder
Oposição das vertentes oceânicas Pacífico-Atlântico, antagonismo vertentes Prata x Amazonas.
Corredor bioceânico, Tordesolhas Mercosul x Aliança do Pacífico, UNASUL, Mercosul.
Paranaguá x Prata. Atlântico, 95% do comércio, pré-Sal, ZOPACAS. Entorno estratégico: fixação
das fronteiras, interiorização do desenvolvimento, cooperação > boa vizinhança, integração
(Mercosul, UNASUL). Bacia Amazônica x Prata, invertiam-se as posições, Guiana Francesa não
acesso à Bacia D João VI, reunião com Colômbia narcotráfico etc.

Realismo político - Morgenthau – política deriva da natureza humana, recusando aspirações


morais universais, pessimismo da natureza. Idealismo – ordem critérios éticos e morais
universais x realistas . Huntington – realismo conservador dos militares

Mentalidade militar – EMCFA.

Política e Estratégia Nacional de Defesa, Livro Branco de Defesa

Trechos da PND

2.1.5 A Política Nacional de Defesa tem como princípios a solução pacífica das controvérsias,
a promoção da paz e da segurança internacionais, o multilateralismo e a integração sul-
americana, assim como a projeção do País no concerto das nações e a ampliação de sua
inserção em processos decisórios internacionais, o que requer permanente esforço de
articulação diplomático-militar.

2.1.6 Nesse sentido, sem desconsiderar a esfera global, estabelece como área de interesse
prioritário o entorno estratégico brasileiro, que inclui a América do Sul, o Atlântico Sul, os
países da costa ocidental africana e a Antártica.

2.1.7 Além disso, em função das tradicionais relações, a América do Norte e a Europa
também constituem áreas de interesse e, ainda, em face dos laços históricos e afinidades
culturais com o Brasil, os países de língua portuguesa merecem especial atenção aos esforços
de cooperação no campo da Defesa. Igualmente, ao norte, a proximidade do mar do Caribe
impõe que se dê crescente atenção àquela região.

2.3.2 A configuração internacional, caracterizada por assimetrias de poder, gera tensões e


instabilidades que contribuem para o surgimento de grupos insurgentes e de organizações
terroristas ou criminosas e que tendem a incrementar a guerra irregular. Ainda que a
ocorrência de conflitos generalizados entre Estados tenha reduzido, renovam-se aqueles de
caráter étnico e religioso, exacerbam-se os nacionalismos e fragmentam-se os Estados, cenário
propício para o desenvolvimento da denominada “guerra híbrida”1, que combina distintos
conceitos de guerra.

1
“Guerra Híbrida” é um conceito cada vez mais adotado para a definição de novos conflitos do século XXI,
frequentemente chamados de “conflitos do futuro”, em que ações de combate convencional são aglutinadas,
no tempo e no espaço, com operações de natureza irregular, de guerra cibernética e de operações de
informação, dentre outras, com atores estatais e não-estatais, no ambiente real e informacional, incluindo
as redes sociais. Sua natureza realça características dos conflitos contemporâneos e tornam a definição das
missões das Forças Armadas muito mais complexa, dinâmica e sofisticada.
2.3.3 O expressivo aumento das atividades humanas decorrente dos crescimentos
econômico e populacional mundiais tem resultado na urbanização desordenada e na
ampliação da demanda por recursos naturais. Dessa forma, não se pode negligenciar a
intensificação de disputas por áreas marítimas, pelo domínio espacial e por fontes de água
doce, de alimentos e de energia. Tais questões poderão levar a ingerências em assuntos
internos ou a controvérsias por interesses sobre espaços sujeitos à soberania dos Estados,
configurando possíveis quadros de conflito.

2.3.4 As crescentes demandas por desenvolvimento econômico e social poderão impactar a


sustentabilidade, mantendo ou acelerando o processo de degradação do meio ambiente, de
modo que a questão ambiental será, cada vez mais, uma preocupação da humanidade. A
promoção do desenvolvimento sustentável, incluindo a conservação e o uso sustentável da
biodiversidade, o aproveitamento de recursos naturais e do potencial energético e a
incorporação de grandes áreas ao sistema produtivo são indissociáveis da soberania nacional.

2.3.5 Os impactos da “Mudança do Clima” poderão, ademais, acarretar graves


consequências ambientais, sociais, econômicas e políticas, exigindo maior capacidade estatal
de agir.

2.3.7 A demanda por ajuda humanitária e por operações de paz tende a acentuar-se, de
sorte que o País poderá ser impelido a incrementar sua participação nesses tipos de missão.
Além do aumento de sua influência política em nível global, a participação em operações
internacionais permitirá ao Brasil estreitar laços de cooperação por intermédio das Forças
Armadas e ampliar sua projeção no concerto das nações.

2.3.8 Em relação a sistemas de informações, de gerenciamento e de comunicações, tornar-


se-ão mais frequentes os acessos indesejados, inclusive com eventuais bloqueios do fluxo de
informações de interesse nacional, capazes de expor ou paralisar atividades vitais para o
funcionamento das instituições do País. No campo militar, a dependência em relação a esses
sistemas poderá afetar, ou mesmo inviabilizar, operações militares, em face da dificuldade ou
da impossibilidade de se exercerem as ações de Comando, Controle e Inteligência.

2.3.9 No âmbito regional, o período sem conflitos graves e a convergência de interesses


poderão contribuir para o incremento da cooperação entre os países Sul-americanos, o que
promoverá a consolidação da confiança mútua e a execução de projetos de defesa, visando,
dentre outros, ao desenvolvimento de capacidades tecnológicas e industriais, além de
estratégias para a solução de problemas comuns.

2.3.10 Por outro lado, a América do Sul, o Atlântico Sul, a Antártica e a África ocidental detêm
significativas reservas de recursos naturais, em um mundo já cioso da escassez desses ativos.
Tal cenário poderá intensificar a ocorrência de conflitos nos quais prevaleça o uso da força ou
o seu respaldo para a imposição de sanções políticas e econômicas, com eventual militarização
do Atlântico Sul, área cuja consolidação como Zona de Paz e Cooperação revela-se
fundamental para resguardá-la da interferência de interesses não legítimos.

2.3.11 Em que pese a América do Sul constituir-se numa das regiões mais estáveis do mundo,
não se pode desconsiderar a possibilidade de tal circunstância vir a sofrer interrupção, de sorte
que o Brasil poderá ver-se compelido a contribuir para a solução de eventuais controvérsias
sub-regionais ou mesmo para defender seus interesses. O reforço dos mecanismos de
cooperação e integração na região, merece, portanto, atenção especial.

2.3.12 Nesse contexto instável e com demandas crescentes para países emergentes, torna-se
imprescindível para o Brasil manter-se capacitado a exercer em plenitude sua soberania, ao
mesmo tempo em que são observados os princípios e fundamentos que alicerçam a conduta
brasileira em suas relações externas, assim como incrementar o Poder Nacional e,
simultaneamente, satisfazer as necessidades da sociedade. Essa condição demanda, no
entanto, ações alinhadas e indivisíveis de todos os setores governamentais, fundamentadas
em posicionamentos nacionais claros e objetivos.

O Brasil concebe sua Defesa Nacional segundo os seguintes posicionamentos:


I. privilegiar a solução pacífica das controvérsias;
II. apoiar o multilateralismo no âmbito das relações internacionais;
III. atuar sob a égide de organismos internacionais, visando à legitimidade e ao respaldo
jurídico internacional, e conforme os compromissos assumidos em convenções, tratados e
acordos internacionais;
IV. repudiar qualquer intervenção na soberania dos Estados e defender que qualquer
ação nesse sentido seja realizada de acordo com os ditames do ordenamento jurídico
internacional;
V. participar de organismos internacionais, projetando cada vez mais o País no concerto
das nações;
VI. participar de operações internacionais, visando contribuir para a estabilidade
mundial e o bem-estar dos povos;
VII. apoiar as iniciativas para a eliminação total de armas químicas, biológicas,
radiológicas e nucleares, nos termos do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares,
ressalvando o direito ao uso da tecnologia para fins pacíficos;
VIII. sem prejuízo da dissuasão, privilegiar a cooperação no âmbito internacional e a
integração com os países sul-americanos, visando encontrar soluções integradas para questões
de interesses comuns ou afins;
IX. promover o intercâmbio com países de maior interesse estratégico no campo de
defesa;
X. defender o uso sustentável dos recursos ambientais, respeitando a soberania dos
Estados;
XI. promover maior integração da região amazônica brasileira;
XII. buscar a manutenção do Atlântico Sul como zona de paz e cooperação;
XIII. defender a exploração da Antártica somente para fins de pesquisa científica, com a
preservação do meio ambiente e sua manutenção como patrimônio da humanidade;
XIV. manter as Forças Armadas adequadamente preparadas e equipadas, a fim de serem
capazes de cumprir suas missões constitucionais, e prover a adequada capacidade de dissuasão;
4.2 São Objetivos Nacionais de Defesa:

I. Garantir a soberania, o patrimônio nacional e a integridade territorial.


Trata-se de assegurar a condição inalienável de fazer valer a vontade nacional e de
exercer a última instância da autoridade do Estado, sobre o conjunto das instituições, bens
nacionais, direitos e obrigações, valores e costumes, bem como a estabilidade da ordem jurídica
em todo o território nacional.

II. Assegurar a capacidade de Defesa, para o cumprimento das missões


constitucionais das Forças Armadas.
Refere-se a, em última análise, dotar as Forças Armadas das capacidades
necessárias para realizar a vigilância, o controle e a defesa do território, das águas jurisdicionais
e do espaço aéreo brasileiros e prover a segurança das linhas de comunicação marítimas. Leva
em conta a necessidade de contínuo aperfeiçoamento das técnicas e da doutrina de emprego
das Forças, de forma singular ou conjunta, com foco na interoperabilidade; o adequado
aparelhamento das Forças Armadas, empregando-se tecnologias modernas e equipamentos
eficientes e em quantidade compatível com a magnitude das atribuições cometidas; e a dotação
de recursos humanos qualificados e bem preparados.

III. Salvaguardar as pessoas, os bens, os recursos e os interesses nacionais, situados


no exterior.
Significa proporcionar condições de segurança aos brasileiros no exterior,
assegurando o respeito aos direitos individuais ou coletivos, privados ou públicos, a execução
de acordos internacionais, de modo a zelar também pelo patrimônio, pelos ativos econômicos
e recursos nacionais existentes fora do Brasil, de acordo com o regramento jurídico
internacional.

IV. Contribuir para a preservação da coesão e unidade nacionais.


Trata da contribuição da Defesa Nacional à preservação da identidade nacional, dos
valores, tradições e costumes do povo brasileiro, assim como dos objetivos nacionais
fundamentais e comuns a toda a nação, garantindo aos cidadãos o pleno exercício dos direitos
e deveres constitucionais.
V. Contribuir para a estabilidade regional e para a paz e a segurança internacionais.
Refere-se à participação do Brasil nos mecanismos de resolução de controvérsias
no âmbito dos organismos internacionais, complementada pelas relações com toda a
comunidade mundial, na busca de confiança mútua, pela colaboração nos interesses comuns e
pela cooperação em assuntos de segurança e defesa.

VI. Contribuir para o incremento da projeção do Brasil no concerto das nações e sua
inserção em processos decisórios internacionais.
Caracteriza-se pelas ações no sentido de incrementar a participação do Brasil em
organismos e fóruns internacionais, em operações internacionais, visando auferir maior
influência nas decisões em questões globais.

VII. Promover a autonomia produtiva e tecnológica na área de defesa.


Significa manter e estimular a pesquisa e buscar o desenvolvimento de tecnologias
autóctones, sobretudo no que se refere a tecnologias críticas, bem como o intercâmbio com
outras nações detentoras de conhecimentos de interesse do País. Refere-se, adicionalmente, à
qualificação do capital humano, assim como ao desenvolvimento da Base Industrial de Defesa e
de produtos de emprego dual (civil e militar), além da geração de empregos e renda.

VIII. Ampliar o envolvimento da sociedade brasileira nos assuntos de Defesa Nacional.


Trata-se de aumentar a percepção de toda a sociedade brasileira sobre a
importância dos assuntos relacionados à defesa do País, incrementando-se a participação de
todo cidadão nas discussões afetas ao tema e culminando com a geração de uma sólida cultura
de defesa.

NATIONAL DEFENSE STRATEGY

Objectives: Defend the Homeland, Win the Long War, Promote Security, Deter Conflict, Win
our Nation’s Wars

Achieving Our Objectives: Shape the Choices of Key States, Prevent Adversaries from Acquiring
or Using Weapons of Mass Destruction (WMD), Strengthen and Expand Alliances and
Partnerships, Secure U.S. strategic access and retain freedom of action, Integrate and unify our
efforts: A new “Jointness”

Geopolítica

Desenvolvimento do poder estatal sobre uma base geográfico-espacial, sua expansão regional
e global, as resistências a essa expansão, e a dinâmica dos fluxos de intercâmbio e de projeção
de interesses e influência política, econômica e cultural.

Napoleão, Bismarck – política externa da geografia

Escola britânica: John MacKinder, heartland. Unicidade da superfície líquida do planeta


(ZOPACAS) e da divisão da superfície terrestre em grandes blocos insulares formados por uma
série de ilhas-continente. Eurásia, a "ilha-mundo"

Escola sueca: Rudolph Kjellen cunhou o termo geopolítica. Estado é direito por dentro e força
por fora, sobreviver em um mundo hostil.

Escola alemã: Friedrich Ratzel. Alemanha, unificação. Solo-homem-Estado, Ratzel, organismo


vivo. lebensraum – espaço vital – território que um Estado necessita ocupar para garantir sua
autossuficiência, admite o expansionismo / demografia. Determinismo geográfico, homem
produto do meio.

Ratzel e Kjellen (espaço geográfico, liberdade de movimentos e coesão interna) influenciaram


Bismarck, especialmente lebensraum, unificação alemã

Escola francesa – Pierre Renouvin – forças profundas: História, Geografia. Vidal de la Blache.
Escola possibilista, em oposição ao determinismo e organicismo alemão, contra o fatalismo
geográfico. Correlação histórica entre o homem e o meio ambiente.
Escola americana - Nicolas Spykman – teoria da Rimland, estratégia de containment. Alianças
entre potências navais + rimland + heartland. Quem dominasse a rimland, dominaria a ilha-
mundo. Quem tem o poder mundial não é quem controla diretamente o "coração do mundo",
mas quem é capaz de cercá-lo, como os Estados Unidos fizeram durante toda a Guerra Fria e
seguem fazendo. Brasil é heartland e rimland. Os Estados Unidos, enquanto uma potência
naval, com supremacia incontestável na América do Norte e hegemonia nas Americas, teria
que estabelecer uma rede de alianças com as demais potências navais das outras "ilhas"
(Inglaterra, Oceania, África, América do Sul) e impedir alianças contrárias aos interesses
americanos, como possíveis alianças entre as potências do Rimland e do Heartland, ou entre as
demais potências navais e potências do Heartland ou do Rimland. Spykman, influenciaram a
estratégia americana no início da Guerra Fria, incluindo a postura de George Kennan, com a
criação de um "cordão sanitário" em todo o entorno (Rimland) da União Soviética
(Heartland). Manter a supremacia na América do Norte e Caribe somada à hegemonia na
"ilha-continente" América do Sul, era fundamental para o sucesso da estratégia global
americana

Deslocamento do centro geopolítico global do Atlântico para o Pacífico, e o envolvimento


militar dos Estados Unidos em duas guerras simultâneas, no Rimland (Iraque) e no Heartland
(Afeganistão), o papel da América do Sul também se altera. Por um lado, perde relevância o
cenário do Atlântico, que foi fundamental na II Guerra Mundial. Por outro lado, superada a
lógica da Guerra Fria, e com o aumento da coordenação multilateral na região, inclusive com a
criação da UNASUL, a ilha-continente pode superar a simples lógica da barganha restrita com o
"colosso do norte", podendo se posicionar como ator global pela primeira vez.

Escola brasileira:

Brasil – nascido da geopolítica herdou de Portugal. Crescimento para oeste, Pedro Teixeira.
Sul, Vice-Reinado do Rio da Prata. Colônia do Sacramento, limite sul, Prata.

Meira Mattos, grande estrategista – anos 1950. Projeto geopolítico de Brasil potência. De
Nicolas Spykman, adota os seguintes fatores para poder político: superfície do território,
fronteiras, população, matérias-primas, desenvolvimento econômico-tecnológico, capacidade
financeira, coesão nacional, Geografia, recursos naturais, capacidade industrial, eficiência
militar, população, caráter nacional, aptidão. Fórmula de MM: massa crítica, econômica,
militar, estratégica, vontade de realizar a estratégia nacional, poder de persuadir e poder
perceptível MM: campos do poder: político, militar, econômico, psicossocial, técnico-científico.
Soma de recursos materiais e valores psicológicos do Estado. BR potência média como Índia,
Argentina e México. Poder-mensuráveis e não mensuráveis – ordem moral, psicológicos. Poder
– meio para um fim – se exerce / fins são estabelecidos moralmente. Preocupação com as
vulnerabilidades territoriais brasileiras não confrontação com vizinhos. Projeção mundial do
BR. Ausência de polo de atração no Oeste (Pacífico – EUA), eixos inexistentes ou precários.
Vazio no hinterland. Efeito geopolítico de BSB, desenvolvimento da hiterland.
Transcontinental. Menor rivalidade e maior integração com América do Sul x Mario Travassos
e Golbery. Ligação marítima e aérea NE – África. Geografia e geoestratégica os vinculam
primeiro à América e segundo à África. Linhas mestras da política externa: fidelidade ao
Ocidente, pan-americanismo, luso-brasileiro, aproximação com África Ocidental
Travassos. Geopolítica da confrontação. Argentina – percepção do expansionismo brasileiro,
natural influência, obsessão. Ligação da Argentina com a Bolívia, atração do Paraguai para a
zona de influência.

Golbery. Geopolítica da confrontação, mais moderado que Travassos. Preocupação com


fronteiras oeste e norte do BR. Bacia Amazônica x Prata, invertiam-se as posições, Guiana
Francesa não acesso à Bacia D João VI, reunião com Colômbia narcotráfico etc. Influência
Argentina subcontinente. Importância para o BR – segurança, tráfico de armas, delinquência
transfronteiriça. Equilíbrio de poder Argentina. Hoje, integração. Colômbia, Venezuela. Onda
colonizadora para o centro, noroeste, inundação civilizadora na Amazônia partindo do centro-
oeste. Calha norte, transamazônica, Amazonas. Geopolítica da integração e valorização
espaciais. Do expansionismo para o interior e projeção pacífica no exterior. Geopolítica de
contenção ao longo das fronteiras (x integração). Participação na civilização ocidental,
colaboração com o mundo subdesenvolvido, segurança ou geoestratégia em face da dinâmica
dos grandes centros externos de poder

Oposição das vertentes oceânicas Pacífico-Atlântico, antagonismo vertentes Prata x Amazonas.


Corredor bioceânico, Tordesolhas Mercosul x Aliança do Pacífico, UNASUL, Mercosul.
Paranaguá x Prata. Atlântico, 95% do comércio, pré-Sal, ZOPACAS. Entorno estratégico: fixação
das fronteiras, interiorização do desenvolvimento, cooperação > boa vizinhança, integração
(Mercosul, UNASUL). Bacia Amazônica x Prata, invertiam-se as posições, Guiana Francesa não
acesso à Bacia D João VI, reunião com Colômbia narcotráfico etc.

Realismo político - Morgenthau – política deriva da natureza humana, recusando aspirações


morais universais, pessimismo da natureza. Idealismo – ordem critérios éticos e morais
universais x realistas . Huntington – realismo conservador dos militares

Mentalidade militar – EMCFA.

Política e Estratégia Nacional de Defesa, Livro Branco de Defesa

Trechos da PND

2.1.5 A Política Nacional de Defesa tem como princípios a solução pacífica das controvérsias,
a promoção da paz e da segurança internacionais, o multilateralismo e a integração sul-
americana, assim como a projeção do País no concerto das nações e a ampliação de sua
inserção em processos decisórios internacionais, o que requer permanente esforço de
articulação diplomático-militar.

2.1.6 Nesse sentido, sem desconsiderar a esfera global, estabelece como área de interesse
prioritário o entorno estratégico brasileiro, que inclui a América do Sul, o Atlântico Sul, os
países da costa ocidental africana e a Antártica.

2.1.7 Além disso, em função das tradicionais relações, a América do Norte e a Europa
também constituem áreas de interesse e, ainda, em face dos laços históricos e afinidades
culturais com o Brasil, os países de língua portuguesa merecem especial atenção aos esforços
de cooperação no campo da Defesa. Igualmente, ao norte, a proximidade do mar do Caribe
impõe que se dê crescente atenção àquela região.

2.3.2 A configuração internacional, caracterizada por assimetrias de poder, gera tensões e


instabilidades que contribuem para o surgimento de grupos insurgentes e de organizações
terroristas ou criminosas e que tendem a incrementar a guerra irregular. Ainda que a
ocorrência de conflitos generalizados entre Estados tenha reduzido, renovam-se aqueles de
caráter étnico e religioso, exacerbam-se os nacionalismos e fragmentam-se os Estados, cenário
propício para o desenvolvimento da denominada “guerra híbrida”2, que combina distintos
conceitos de guerra.

2.3.3 O expressivo aumento das atividades humanas decorrente dos crescimentos


econômico e populacional mundiais tem resultado na urbanização desordenada e na
ampliação da demanda por recursos naturais. Dessa forma, não se pode negligenciar a
intensificação de disputas por áreas marítimas, pelo domínio espacial e por fontes de água
doce, de alimentos e de energia. Tais questões poderão levar a ingerências em assuntos
internos ou a controvérsias por interesses sobre espaços sujeitos à soberania dos Estados,
configurando possíveis quadros de conflito.

2.3.4 As crescentes demandas por desenvolvimento econômico e social poderão impactar a


sustentabilidade, mantendo ou acelerando o processo de degradação do meio ambiente, de
modo que a questão ambiental será, cada vez mais, uma preocupação da humanidade. A
promoção do desenvolvimento sustentável, incluindo a conservação e o uso sustentável da
biodiversidade, o aproveitamento de recursos naturais e do potencial energético e a
incorporação de grandes áreas ao sistema produtivo são indissociáveis da soberania nacional.

2.3.5 Os impactos da “Mudança do Clima” poderão, ademais, acarretar graves


consequências ambientais, sociais, econômicas e políticas, exigindo maior capacidade estatal
de agir.

2.3.7 A demanda por ajuda humanitária e por operações de paz tende a acentuar-se, de
sorte que o País poderá ser impelido a incrementar sua participação nesses tipos de missão.
Além do aumento de sua influência política em nível global, a participação em operações
internacionais permitirá ao Brasil estreitar laços de cooperação por intermédio das Forças
Armadas e ampliar sua projeção no concerto das nações.

2.3.8 Em relação a sistemas de informações, de gerenciamento e de comunicações, tornar-


se-ão mais frequentes os acessos indesejados, inclusive com eventuais bloqueios do fluxo de
informações de interesse nacional, capazes de expor ou paralisar atividades vitais para o
funcionamento das instituições do País. No campo militar, a dependência em relação a esses

2
“Guerra Híbrida” é um conceito cada vez mais adotado para a definição de novos conflitos do século XXI,
frequentemente chamados de “conflitos do futuro”, em que ações de combate convencional são aglutinadas,
no tempo e no espaço, com operações de natureza irregular, de guerra cibernética e de operações de
informação, dentre outras, com atores estatais e não-estatais, no ambiente real e informacional, incluindo
as redes sociais. Sua natureza realça características dos conflitos contemporâneos e tornam a definição das
missões das Forças Armadas muito mais complexa, dinâmica e sofisticada.
sistemas poderá afetar, ou mesmo inviabilizar, operações militares, em face da dificuldade ou
da impossibilidade de se exercerem as ações de Comando, Controle e Inteligência.

2.3.9 No âmbito regional, o período sem conflitos graves e a convergência de interesses


poderão contribuir para o incremento da cooperação entre os países Sul-americanos, o que
promoverá a consolidação da confiança mútua e a execução de projetos de defesa, visando,
dentre outros, ao desenvolvimento de capacidades tecnológicas e industriais, além de
estratégias para a solução de problemas comuns.

2.3.10 Por outro lado, a América do Sul, o Atlântico Sul, a Antártica e a África ocidental detêm
significativas reservas de recursos naturais, em um mundo já cioso da escassez desses ativos.
Tal cenário poderá intensificar a ocorrência de conflitos nos quais prevaleça o uso da força ou
o seu respaldo para a imposição de sanções políticas e econômicas, com eventual militarização
do Atlântico Sul, área cuja consolidação como Zona de Paz e Cooperação revela-se
fundamental para resguardá-la da interferência de interesses não legítimos.

2.3.11 Em que pese a América do Sul constituir-se numa das regiões mais estáveis do mundo,
não se pode desconsiderar a possibilidade de tal circunstância vir a sofrer interrupção, de sorte
que o Brasil poderá ver-se compelido a contribuir para a solução de eventuais controvérsias
sub-regionais ou mesmo para defender seus interesses. O reforço dos mecanismos de
cooperação e integração na região, merece, portanto, atenção especial.

2.3.12 Nesse contexto instável e com demandas crescentes para países emergentes, torna-se
imprescindível para o Brasil manter-se capacitado a exercer em plenitude sua soberania, ao
mesmo tempo em que são observados os princípios e fundamentos que alicerçam a conduta
brasileira em suas relações externas, assim como incrementar o Poder Nacional e,
simultaneamente, satisfazer as necessidades da sociedade. Essa condição demanda, no
entanto, ações alinhadas e indivisíveis de todos os setores governamentais, fundamentadas
em posicionamentos nacionais claros e objetivos.

O Brasil concebe sua Defesa Nacional segundo os seguintes posicionamentos:


XV. privilegiar a solução pacífica das controvérsias;
XVI. apoiar o multilateralismo no âmbito das relações internacionais;
XVII. atuar sob a égide de organismos internacionais, visando à legitimidade e ao respaldo
jurídico internacional, e conforme os compromissos assumidos em convenções, tratados e
acordos internacionais;
XVIII. repudiar qualquer intervenção na soberania dos Estados e defender que qualquer
ação nesse sentido seja realizada de acordo com os ditames do ordenamento jurídico
internacional;
XIX. participar de organismos internacionais, projetando cada vez mais o País no concerto
das nações;
XX. participar de operações internacionais, visando contribuir para a estabilidade
mundial e o bem-estar dos povos;
XXI. apoiar as iniciativas para a eliminação total de armas químicas, biológicas,
radiológicas e nucleares, nos termos do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares,
ressalvando o direito ao uso da tecnologia para fins pacíficos;
XXII. sem prejuízo da dissuasão, privilegiar a cooperação no âmbito internacional e a
integração com os países sul-americanos, visando encontrar soluções integradas para questões
de interesses comuns ou afins;
XXIII. promover o intercâmbio com países de maior interesse estratégico no campo de
defesa;
XXIV. defender o uso sustentável dos recursos ambientais, respeitando a soberania dos
Estados;
XXV. promover maior integração da região amazônica brasileira;
XXVI. buscar a manutenção do Atlântico Sul como zona de paz e cooperação;
XXVII. defender a exploração da Antártica somente para fins de pesquisa científica, com a
preservação do meio ambiente e sua manutenção como patrimônio da humanidade;
XXVIII. manter as Forças Armadas adequadamente preparadas e equipadas, a fim de serem
capazes de cumprir suas missões constitucionais, e prover a adequada capacidade de dissuasão;
4.2 São Objetivos Nacionais de Defesa:

IX. Garantir a soberania, o patrimônio nacional e a integridade territorial.


Trata-se de assegurar a condição inalienável de fazer valer a vontade nacional e de
exercer a última instância da autoridade do Estado, sobre o conjunto das instituições, bens
nacionais, direitos e obrigações, valores e costumes, bem como a estabilidade da ordem jurídica
em todo o território nacional.

X. Assegurar a capacidade de Defesa, para o cumprimento das missões


constitucionais das Forças Armadas.
Refere-se a, em última análise, dotar as Forças Armadas das capacidades
necessárias para realizar a vigilância, o controle e a defesa do território, das águas jurisdicionais
e do espaço aéreo brasileiros e prover a segurança das linhas de comunicação marítimas. Leva
em conta a necessidade de contínuo aperfeiçoamento das técnicas e da doutrina de emprego
das Forças, de forma singular ou conjunta, com foco na interoperabilidade; o adequado
aparelhamento das Forças Armadas, empregando-se tecnologias modernas e equipamentos
eficientes e em quantidade compatível com a magnitude das atribuições cometidas; e a dotação
de recursos humanos qualificados e bem preparados.

XI. Salvaguardar as pessoas, os bens, os recursos e os interesses nacionais, situados


no exterior.
Significa proporcionar condições de segurança aos brasileiros no exterior,
assegurando o respeito aos direitos individuais ou coletivos, privados ou públicos, a execução
de acordos internacionais, de modo a zelar também pelo patrimônio, pelos ativos econômicos
e recursos nacionais existentes fora do Brasil, de acordo com o regramento jurídico
internacional.

XII. Contribuir para a preservação da coesão e unidade nacionais.


Trata da contribuição da Defesa Nacional à preservação da identidade nacional, dos
valores, tradições e costumes do povo brasileiro, assim como dos objetivos nacionais
fundamentais e comuns a toda a nação, garantindo aos cidadãos o pleno exercício dos direitos
e deveres constitucionais.
XIII. Contribuir para a estabilidade regional e para a paz e a segurança internacionais.
Refere-se à participação do Brasil nos mecanismos de resolução de controvérsias
no âmbito dos organismos internacionais, complementada pelas relações com toda a
comunidade mundial, na busca de confiança mútua, pela colaboração nos interesses comuns e
pela cooperação em assuntos de segurança e defesa.

XIV. Contribuir para o incremento da projeção do Brasil no concerto das nações e sua
inserção em processos decisórios internacionais.
Caracteriza-se pelas ações no sentido de incrementar a participação do Brasil em
organismos e fóruns internacionais, em operações internacionais, visando auferir maior
influência nas decisões em questões globais.

XV. Promover a autonomia produtiva e tecnológica na área de defesa.


Significa manter e estimular a pesquisa e buscar o desenvolvimento de tecnologias
autóctones, sobretudo no que se refere a tecnologias críticas, bem como o intercâmbio com
outras nações detentoras de conhecimentos de interesse do País. Refere-se, adicionalmente, à
qualificação do capital humano, assim como ao desenvolvimento da Base Industrial de Defesa e
de produtos de emprego dual (civil e militar), além da geração de empregos e renda.

XVI. Ampliar o envolvimento da sociedade brasileira nos assuntos de Defesa Nacional.


Trata-se de aumentar a percepção de toda a sociedade brasileira sobre a
importância dos assuntos relacionados à defesa do País, incrementando-se a participação de
todo cidadão nas discussões afetas ao tema e culminando com a geração de uma sólida cultura
de defesa.

NATIONAL DEFENSE STRATEGY

Objectives: Defend the Homeland, Win the Long War, Promote Security, Deter Conflict, Win
our Nation’s Wars

Achieving Our Objectives: Shape the Choices of Key States, Prevent Adversaries from Acquiring
or Using Weapons of Mass Destruction (WMD), Strengthen and Expand Alliances and
Partnerships, Secure U.S. strategic access and retain freedom of action, Integrate and unify our
efforts: A new “Jointness”

Defesa, diplomacia, desenvolvimento e democracia

Referências bibliográficas:

- AGNEW, J. & Corbridge, S. Mastering space: hegemony, territory and


international political economy. Routledge, London, 1995. Disponível em
<http://www.untag-
smd.ac.id/files/Perpustakaan_Digital_2/POLITICAL%20ECONOMY%20Mastering
%20space%20hegemony,%20territory%20and%20international%20political%2
0economy.pdf>

- ALSINA JUNIOR, J. P. S.; JOBIM, N.; ETCHEGOYEN, S.W. Segurança


Internacional: perspectivas brasileiras. Editora FGV, 2010. Síntese das
apresentações, p. 31-80; 401-418; 477-480.

- AMORIM, C. A Grande Estratégia do Brasil: discursos, artigos e entrevistas da


gestão no Ministério da Defesa (2011-2014). Brasília: FUNAG, São Paulo: UNESP,
2016, p. 35-60; 65-86; 131-156; 213-236; 279-294; 305-318. Disponível em:
<http://funag.gov.br/loja/download/A-Grande-Estrategia-do-
Brasil_FINAL_25_04.pdf>

- ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. São Paulo, coleção clássicos
IPRI e Editora UnB, 2002, p. 74-97, 127-152, 253-285, 917- Disponível em
<http://funag.gov.br/loja/download/43-Paz_e_Guerra_entre_as_Nacoes.pdf>

- BRUNEAU, T., TOLLEFSON, S. Who guards the guardians and how: democratic
civil-military relations. University of Texas Press, 2006.

- CEED/CDS-UNASUR. INSTITUCIONALIDAD DE LA DEFENSA EM SURAMÉRICA,


2015. Disponível em <http://www.ceedcds.org.ar/Espanol/09-Downloads/INST-
DEF-ESP.pdf>

- CORVAJA, A. Beyond Deterrence: NATO’s Agenda after Warsaw. KAS, Facts &
Findings # 224, Oct 2016. Disponível em
<http://www.kas.de/wf/doc/kas_46589-544-2-30.pdf?161005142126>

- D’ARAÚJO, M. C. Militares, democracia e desenvolvimento – Brasil e América


do Sul. Editora FGV, 2010.

- DUROSELLE, Jean-Baptiste. Todo Império Perecerá. Brasília, IPRI – Ed. UnB,


2002.

- DUROSELLE, Jean-Baptiste; RENOUVIN, Pierre. Introdução à História das


Relações Internacionais. São Paulo, EDIPE, 1967.

- FREEDMAN, J. Status insecurity and temporality in world politics. European


Journal of International Relations 2016, Vol. 22(4) 797 –822.

- GABRIEL, Pedro Henrique Luz. Pensamento geopolítico dos militares brasileiros


no século XX. Curitiba, Editora Prismas, 2015.

- GREVI, G. Lost in transition? US foreign policy from Obama to Trump. European


Policy Centre Discussion Paper, 2 December 2016, disponível
em http://www.epc.eu/pub_details.php?cat_id=17&pub_id=7240
- KENNAN, George. The long telegram, 1946. Disponível em
<http://nsarchive.gwu.edu/coldwar/documents/episode-1/kennan.htm>

- KLARE, Michael T. Escalation Watch Four Looming Flashpoints Facing President


Trump. Tomdispatch.com. Disponível em
<http://www.tomdispatch.com/blog/176231/>

- LIMA, Sergio Eduardo M. e COUTINHO, Maria do Carmo Strozzi. Pedro Teixeira,


a Amazônia e o Tratado de Madri. Brasília, FUNAG, 2016. Disponível em:
< http://funag.gov.br/loja/download/PEDRO-TEIXEIRA_EDICAO-
COMPLETA_17_11_V_9_web.pdf>

- MALAMUD, Andrés. As a meaningful diplomatic and economic unit, does South


America still make sense? In Latin America Goes Global, January 18, 2017.
Disponível em
<http://latinamericagoesglobal.org/2017/01/6192/?utm_source=Email+Newsle
tter&utm_campaign=4959e420d5EMAIL_CAMPAIGN_2017_01_20&utm_mediu
m=email&utm_term=0_ce5a408321-4959e420d5-143597153>

- MARASHI, Reza. Can Europe Save The Iran Deal? In Lobelog. Disponível em
<http://lobelog.com/can-europe-save-the-iran-deal/>

- MARCIAL, Elaine (org.). Megatendências mundiais 2030. Brasília, IPEA, 2015,


p. 53-68. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&i
d=26450>

- MENEZES, D. T. O Militar e o Diplomata. Editora Biblioteca do Exército. 1997.

- MINISTÉRIO DA DEFESA. Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de


Defesa e Livro Branco de Defesa Nacional. Disponível em
<http://www.defesa.gov.br/noticias/29093-minutas-do-livro-branco-da-pnd-e-
da-end-estao-disponiveis-para-leitura>

- NAMIHAS S. (Org.). Fortalecimiento de la cooperación en seguridad entre


Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador y Perú. Hacia una comunidad en
Seguridad. IDEI/KAS, Lima, 2015. Disponível em
<http://www.kas.de/wf/doc/kas_44169-544-1-30.pdf?160210200640>

- NASSER, R., MORAES, R. O Brasil e a Segurança do seu entorno estratégico:


América do Sul e Atlântico Sul. Brasília: IPEA, 2014. Disponível
em: http://ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id
=21592

- NOLTE, Detlef e COMINI, Nicolás Matías. UNASUR: Regional Pluralism as a


Strategic Outcome. In Contexto Internacional vol. 38(2) May/Aug 2016. p. 545-
565.

- PAROLA, Alexandre G. L. A ordem injusta. Brasilia, FUNAG, 2007. Disponível


em
<http://funag.gov.br/loja/download/397-Ordem_Injusta_A.pdf>

- PINTO, Paulo cordeiro de Andrade. Diplomacia e política de defesa. O Brasil no


debate sobre a segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000).
Brasília, FUNAG, 2015, p. 30-47; 153-168; 171-178; 209-212; 219-223.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1127-
Diplomacia_e_politica_de_defesa.pdf>

- POLVEIRO Jr, Elton Edmundo. As Relações Internacionais na Constituição de


1988 e suas consequências na Política Externa Brasileira. Brasília, Senado
Federal. Disponível em <https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-
legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-i-constituicao-de-
1988/relacoes-internacionais-as-relacoes-internacionais-na-constituicao-de-
1988-e-suas-consequencias-na-politica-externa-brasileira>

- POWER, Samantha. Threat to the US and to the International Rules Based


Order. Conferência no Atlantic Council, em 17/01/2017, disponível em
<http://www.atlanticcouncil.org/blogs/new-atlanticist/samantha-power-
outlines-russian-threat-to-the-united-states-rules-based-order>

- RENOUVIN, Pierre. Histoire des Relations Internationales. Paris, Hachette,


1994.

- SILVA, Golbery do Couto e. Geopolítica do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio


Editora, 1967.

- _____________________. Conjuntura Política Nacional, o Poder Executivo


& Geopolítica do Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1981.

- SPYKMAN, N., America’s Strategy in World Politics, Harcourt, Brace and


Company, New York, 1942.

- STRACHAN, H. The Changing Character of War. Europaeum Lectures, delivered


at the Graduate Institute of International Relations, Geneva, on 9th November
2006. Disponível em
<http://www.europaeum.org/files/publications/pamphlets/HewStrachan.pdf>

- UNITED STATES. Department of Defense. National Defense Strategy 2008.

- VALENCIA, Mark J. US-China Underwater Drone Incident: Legal Grey Areas. In


The Diplomat. Disponível em <http://thediplomat.com/2017/01/us-china-
underwater-drone-incident-legal-grey-areas/>

- VARGAS, J.A.C. Um mundo que também é nosso: o pensamento e a trajetória


diplomática de Araujo Castro. Brasília, FUNAG 2013. Disponível em
<http://funag.gov.br/loja/download/1074-um-mundo-que-tambem-e-
nosso.pdf>

- VITELLI, M. Consideraciones teóricas sobre le Consejo de Defensa


Sudamericano: La seguridad regional desde el Realismo, el Liberalismo y el
Constructivismo. In Revista de Estudos Internacionais (REI), ISSN 2236-4811,
Vol. 7 (2), 2016: 25-43.

World Economic Forum. The Global Risks Report 2017 12th Edition. Disponível
em <http://wef.ch/risks2017>

Entrevista: Bill Perry Is Terrified. Why Aren’t You? How an 89-year-old cold
warrior became America’s nuclear conscience. Politico Magazine. January 6,
2017. Disponível em
<http://www.politico.com/magazine/story/2017/01/william-perry-nuclear-
weapons-proliferation-214604>

Artigos sobre o “pivô asiático” do ex-Presidente Obama:

- What Exactly Does It Mean That the U.S. Is Pivoting to Asia? The Atlantic,
15/4/2013. Disponível em:
<https://www.theatlantic.com/china/archive/2013/04/what-exactly-does-it-
mean-that-the-us-is-pivoting-to-asia/274936/>

- The Obama’s Administration pivot to Asia. The Foreign Policy Initiative.


<http://www.foreignpolicyi.org/content/obama-administrations-pivot-asia>

Link:

Discurso do Ministro Jungmann:

http://www.defesa.gov.br/arquivos/2016/pronunciamento/aniversario_e_medalha_emcfa.pdf

Vídeo:

Entrevista com o professor Antonio Jorge Ramalho:

https://www.youtube.com/watch?v=EPpjxehWxWM

Aula 4

DEFESA E SEGURANÇA

2 Parâmetros – interno / constitucional, redemocratização e


internacional / pós Guerra Fria

A) INTERNO
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ARTs 142 e 144

CAPÍTULO II
DAS FORÇAS ARMADAS

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da
Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da
ordem.

CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias
civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

 GLO - DECRETO Nº 3.897, DE 24 DE AGOSTO 2001. Fixa as diretrizes para o emprego


das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem

Considerando o disposto no art. 144 da Lei Maior, especialmente no que estabelece, às


Polícias Militares, a competência de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública,
dizendo-as forças auxiliares e reserva do Exército;

Art. 2º É de competência exclusiva do Presidente da República a decisão de emprego das


Forças Armadas na garantia da lei e da ordem.

§ 1º A decisão presidencial poderá ocorrer por sua própria iniciativa, ou dos outros poderes
constitucionais, representados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo Presidente do
Senado Federal ou pelo Presidente da Câmara dos Deputados.

§ 2º O Presidente da República, à vista de solicitação de Governador de Estado ou do


Distrito Federal, poderá, por iniciativa própria, determinar o emprego das Forças Armadas para
a garantia da lei e da ordem.

Art. 3º Na hipótese de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem,
objetivando a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
porque esgotados os instrumentos a isso previstos no art. 144 da Constituição, lhes incumbirá,
sempre que se faça necessário, desenvolver as ações de polícia ostensiva, como as demais, de
natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na competência, constitucional e legal, das
Polícias Militares, observados os termos e limites impostos, a estas últimas, pelo ordenamento
jurídico.

Parágrafo único. Consideram-se esgotados os meios previstos no art. 144 da Constituição,


inclusive no que concerne às Polícias Militares, quando, em determinado momento,
indisponíveis, inexistentes, ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão
constitucional.
Art. 4º Na situação de emprego das Forças Armadas objeto do art. 3 o, caso estejam
disponíveis meios, conquanto insuficientes, da respectiva Polícia Militar, esta, com a anuência
do Governador do Estado, atuará, parcial ou totalmente, sob o controle operacional do comando
militar responsável pelas operações, sempre que assim o exijam, ou recomendem, as situações
a serem enfrentadas.

Art. 5º O emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, que deverá ser
episódico, em área previamente definida e ter a menor duração possível, abrange, ademais da
hipótese objeto dos arts. 3º e 4º, outras em que se presuma ser possível a perturbação da ordem,
tais como as relativas a eventos oficiais ou públicos, particularmente os que contem com a
participação de Chefe de Estado, ou de Governo, estrangeiro, e à realização de pleitos eleitorais,
nesse caso quando solicitado.

Parágrafo único. Nas situações de que trata este artigo, as Forças Armadas atuarão em
articulação com as autoridades locais, adotando-se, inclusive, o procedimento previsto no art. 4º.

Art. 7º Nas hipóteses de emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem,
constitui incumbência:

I - do Ministério da Defesa, especialmente:

a) empregar as Forças Armadas em operações decorrentes de decisão do Presidente da


República;

b) planejar e coordenar as ações militares destinadas à garantia da lei e da ordem, em


qualquer parte do território nacional, conforme determinado pelo Presidente da República,
observadas as disposições deste Decreto, além de outras que venham a ser estabelecidas, bem
como a legislação pertinente em vigor;

e) manter o Ministério das Relações Exteriores informado sobre as medidas adotadas pela
União, na área militar, quando houver possibilidade de repercussão internacional;

 Conselho de Defesa Nacional - Lei 8.183, de 11/4/1991

Art. 1° Conselho de Defesa Nacional (CDN) - órgão de Consulta do Presidente da


República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do estado
democrático

Parágrafo único. Compete ao Conselho de Defesa Nacional:

a) opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração de paz;

b) opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção


federal;

c) propor os critérios e condições de utilização das áreas indispensáveis à segurança do


território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;

d) estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a


independência nacional e a defesa do estado democrático.

Art. 2° O Conselho de Defesa Nacional é presidido pelo Presidente da República e dele


participam como membros natos: Vice-Presidente; Presidente da Câmara dos Deputados;
Presidente do Senado Federal; Ministro da Justiça; Ministro da Defesa e os Comandantes da
Marinha, Exército, Aeronáutica; Ministro das Relações Exteriores; Ministros da Fazenda e
Planejamento.

 Emenda constitucional no. 23, de 2/9/1999 – Criação do Ministério da Defesa


 Lei Complementar no. 97, de 9/6/1999 – Organização, preparo e emprego das
FFAA

B) INTERNACIONAL

 Segurança cooperativa
o William Perry, Secretário de Defesa – Preventive Defense
o Pinto, 41. Vazio estratégico fim da GF. Natureza não previsível dos inimigos (x
terrorismo XXI 9/11)
o National Security Strategy 1996 - three central components of our strategy of engagement and
enlargement are: (1) our efforts to enhance our security by maintaining a strong defense capability and
employing effective diplomacy to promote cooperative security measures; (2) our work to open
foreign markets and spur global economic growth; and (3) our promotion of democracy abroad.
o 204 - Fim da GF, ameaça soviética, vitória na Guerra do Golfo – estratégia militar
dos EUA no Hemisfério definiu o narcotráfico – uma das principais ameaças à
Segurança Nacional – Reagan 1986. Idem democracia, meio ambiente e DDHH
o Rede de entendimentos regionais de prevenção de conflitos gerido pelos EUA
o Organização das FFAA das potências menores para vigilância de fronteiras,
repressão aos ilícitos transfronteiriços e ameaças transnacionais, além de
participação de ações internacionais de manutenção da paz
o Evitar corridas armamentistas
o 45 – mudança de foco: da preparação para o enfrentamento para a preparação
para evitar que ameaças surjam
o Não substitui a segurança coletiva
o Conferências Ministeriais de Defesa
o Mais difundida na Argentina e no Chile
 87 - OEA – Narcotráfico, terrorismo, proliferação, medidas de confiança mútua, acesso a
tecnologias de uso duplo, desenvolvimento,
 O BR adotou, nos anos 190, esses temas à sua agenda (205), mas fez críticas
o interesses e responsabilidades na manutenção da Paz que ultrapassam seu
entorno imediato, 46 – projeção de poder
o Não registro regional de armas convencionais diferente do registro da ONU, no
qual o Brasil é muito transparente 87, 95
o Não favorece a ampliação da competência da JID para cobrir meio ambiente e
democracia e combate ao narcotráfico, 94
o Criminalidade e uso de drogas são fenômenos sociais, com raízes profundas, que
não se prestam a ser combatidos pelas FFAA, 205. Elas podem auxiliar em certas
tarefas, como apoio à interdição em zonas remotas
o Nenhum país soberano pode delegar sua defesa a terceiros (Amorim, 38)
SECURITY: INTRODUCTION

8. UN Secretary-General’s High-level Panel on Threats, Challenges and Change (2004), Panel’s report, A More
Secure World, identified six clusters of threats exercising the world’s governments: economic and social threats,
including poverty, infectious disease and environmental degradation; inter-state conflict; internal conflict,
including civil war, genocide and other large-scale atrocities; nuclear, radiological, chemical and biological
weapons; terrorism; and transnational organized crime (UN High-level Panel 2004: 2).

13. Part I theoretical approaches, Peace studies, também 407

131. Part II concepts War, 151 Terrorism, 171/340/376/389 Dissuasão, 217 Estratégia, 217

289. Part III institutions Alliances, 291 regional institutions, 307

Hegemonia, crime transnacional, 453

Future of security studies, 499

http://www.un.org/en/peacebuilding/pdf/historical/hlp_more_secure_world.pdf

Terrorism p. 47

Crime transna 52

Força 62

Security studies - a reader

3. Incluir na segurança a pobreza e o meio ambiente (perde coerência intelectual com a expansão -
ver posição do BR)
4. Alnold Walfers. Segurança diretamente ligado a interesse nacional (no BR, é uma política pública
- capacidade operacional, mobilização, logística)
p.7

Referências bibliográficas:

- ABDUL-HAK, Ana Patrícia N. T. O Conselho Sul-Americano de Defesa (CDS). Brasília, FUNAG,


2013, p. 211-221. Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1051-
Conselho_de_Defesa_Sul_Americano.pdf>

- ALSINA JUNIOR, J. P. S.; JOBIM, N.; ETCHEGOYEN, S.W. Segurança Internacional: perspectivas
brasileiras. Editora FGV, 2010. Síntese das apresentações, p. 205-222; 293-304; 507-520.

- ARQUILLA, John; RONFELDT, David. Networks and Netwars: The Future of Terror, Crime, and
Militancy. Santa Mônica: RAND Corporation, 2001.
- AMORIM, C. A Grande Estratégia do Brasil: discursos, artigos e entrevistas da gestão no
Ministério da Defesa (2011-2014). Brasília: FUNAG, São Paulo: UNESP, 2016, p. 35-60; 65-86;
213-236; 383-386. Disponível em: <http://funag.gov.br/loja/download/A-Grande-Estrategia-
do-Brasil_FINAL_25_04.pdf>

- CASTELLS, Manuel. Networks of outrage and hope: social movements in the Internet age.
Cambridge: Polity Press, 2012.

- HIPPNER, Christian. A study into the size of the world’s intelligence industry. Erie:
Department of Intelligence Studies Mercyhurst College, 2009.

- NYE, Joseph S. O Futuro do Poder. São Paulo: Benvirá, 2012

- SCHMIDT, Eric; COHEN, Jared. The New Digital Age: Reshaping the future of people, nations
and business. New York: Alfred A. Knopf – Random House, 2013.

- BRUNEAU, Thomas. Intelligence and Democratization: the challenge of control in new


democracies: occasional paper #5. Monterey: The Center for Civil-Military Relations – Naval
Postgraduate School, Março, 2000.

- BRUNEAU, Thomas; Boraz, Steven. (eds.) Reforming Intelligence: obstacles to democratic


control and effectiveness. Austin: University of Texas Press, 2007.

- BAR-JOSEPH, Uri. Intelligence Intervention in The Politics of Democratic States: the United
States, Israel and Britain. Pennsylvania: Pennsylvania State University Press, 1995.

- CANO, Oscar A. C.. Inteligencia Nacional. Buenos Aires: Ediciones Esnaola, 1965.

- CEPIK, Marco A. C.. Espionagem e Democracia: agilidade e transparência como dilema na


institucionalização de serviços de inteligência. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.

- CEPIK, Marco A. C.; Ambros, Christiano C.. Explicando Falhas de Inteligência Governamental:
fatores histórico-institucionais, cognitivos e políticos. Vara História, Belo Horizonte, Vol. 28, nº
47, p.79-99, jan/jun 2012.

- CHA, V. D. Globalization and the Study of International Security. Journal of Peace Research, v.
37, n. 3, 2000, p. 391-403.

- COPE, J., PARKS, A. Frontier security: the case of Brazil. National Defense University Press,
2016. Disponível em: http://ndupress.ndu.edu/Media/News/Article/917115/frontier-security-
the-case-of-brazil/

D’ARAÚJO, M. C. Perspectivas brasileiras para os novos aspectos da segurança regional.


Cadernos Adenauer, v. XI-4, p. 61-65, 2010. Disponível em:
http://www.kas.de/brasilien/pt/publications/21737/
D’ARAÚJO, M.C., SOARES, S., MATHIAS, S. K. Defesa, Segurança Internacional e Forças Armadas
– I Encontro da ABED. Campinas: Companhia das Letras, 2008.

DESCH, M. C. Culture Clash: Assessing the Importance of Ideas in Security Studies.


International Security, v. n. 1, 1998, p. 141-170.

GHELLER, G., GONZALES, S. MELO, L. Amazônia e Atlântico Sul: desafios e perspectivas para a
defesa no Brasil. Brasília: IPEA, 2015. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=26107

- GONÇALVES, Joanisval Brito. Atividade de Inteligência e Legislação Correlata. Niterói:


Impetus, 2009.

- HERMAN, Michael. Intelligence and Policy: a comment. Intelligence and Nacional Security, v.
6, n.1, Jan. 1991.

- HIRST, M. Seguridad Regional en las Americas. In. GRABENDORFF, W. (org.) La Seguridad


Regional en las Américas: enfoques críticos y conceptos alternativos. CEREC, 2003.

- HOLT, Pat M.. Secret Intelligence and Public Policy: a dilemma of democracy. Washington: CQ
Press, 1995.

- HURRELL, A. An Emerging Security Community in South America? In. ADLER, E.; BARNETT, M.
Security Communities. Cambridge, 1998.

- KENT, Sherman. Informações Estratégicas. Rio de Janeiro: Editora Biblioteca do Exército,


1967.

- LOWENTHAL, Mark M.. INTELLIGENCE: from secrets to policy. Washington: CQ Press, 2003.

- PAGLIARI, G. C. O Brasil e a cooperação regional nos temas de defesa e segurança. 2011. In.
http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1308172907_ARQUIVO_ANPUH-
GracielaDeContiPagliari.pdf

- PERRY, William. Preventive Defense. 1999.

- PINTO, Paulo cordeiro de Andrade. Diplomacia e política de defesa. O Brasil no debate sobre
a segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000). Brasília, FUNAG, 2015, p. 33-
47; 81-106; 203-206. Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1127-
Diplomacia_e_politica_de_defesa.pdf>

- SAINT-PIERRE, H. L. Defesa ou Segurança? Reflexões em torno de conceitos e ideologias.


Contexto Internacional, vol. 33, n. 2, julho/dezembro 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292011000200006
- SAINT-PIERRE, H. L. La Defensa en La Política Exterior del Brasil: El consejo suramericano y La Estrategica
Nacional de Defensa. 2010. Disponível em: http://bitacoraexterior.blogspot.com.br/2010/02/la-defensa-en-la-
politica-exterior-del.html

- STEELE, Robert D.. On Intelligence: Spies and Secrecy in an Open World. Oakton: OSS
International Press, 2001.

- UNITED NATIONS. A more secure world. Our shared responsibility. Report of the Secretary
General’s high level panel on threats, challenges and change. UN, Nova York, 2004. Disponível
em <http://www.un.org/en/peacebuilding/pdf/historical/hlp_more_secure_world.pdf>

- UGARTE, José Manuel. Controle Público da Atividade de Inteligência: a procura de


legitimidade e eficácia. In: BRASIL, Congresso Nacional. Anais do Seminário Atividades de
Inteligência no Brasil: Contribuições para a soberania e a democracia, de 6 a 7 de novembro de
2002. Brasília: ABIN, 2003.

- WILLIAMS, Paul D. (ed.). Security Studies: An introduction. Routledge, Londres, 2008.

- WHITE HOUSE – A national security tratagy of engagement and enlargement. Washington,


1996. Disponível em < http://nssarchive.us/national-security-strategy-1996/>

- HUGUES, Christopher W. e MENG, Lay Yew (eds.). Security Studies: A Reader. Routledge,
Londres, 2011.

Link:
Garantia da Lei e da Ordem (GLO): http://www.defesa.gov.br/exercicios-e-
operacoes/garantia-da-lei-e-da-ordem

Vídeo:
Estratégia global de defesa e segurança da União Europeia:
https://www.youtube.com/watch?v=PEM0yxjHv9s

Legislação:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ARTs 142, 143 e 144
DECRETO Nº 3.897, de 24/8/2001 - emprego das Forças Armadas na garantia da lei e
da ordem (GLO)
Lei 8.183, de 11/4/1991 – Conselho de Defesa Nacional
Emenda constitucional no. 23, de 2/9/1999 – Criação do Ministério da Defesa
Lei Complementar no. 97, de 9/6/1999 – Organização, preparo e emprego das FFAA
Lei Complementar no. 136, de 25/8/2010 – Criação do EMCFA
DECRETO Nº 3.695/00 - CRIA O SUBSISTEMA DE INTELIGÊNCIA DE SEGURANÇA
PÚBLICA NO ÂMBITO DO SISBIN
DECRETO Nº 4.376/02 - ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SISBIN
DECRETO Nº 8.903, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2016 - Institui o Programa de Proteção
Integrada de Fronteiras e organiza a atuação de unidades da administração pública
federal para sua execução
LEI Nº 9.883/99 - LEI DE CRIAÇÃO DA ABIN
DECRETO Nº 8.793, DE 29 DE JUNHO DE 2016 - Fixa a Política Nacional de Inteligência

Aula 5

ESTADO E SOBERANIA

Dimensões histórica, política e jurídica

 Sujeitos primários e fundadores da sociedade internacional (Aguillar Navarro)

História

 Formação da sociedade de Estados


o Séc. XII- XIV - Portugal
 Séc. XII, Alfonso Henriques, primeiro Estado Moderno
 Séc. XIV, Revolução de Avis, aliança burguesia
o Séc. XVI-XVII, fim da sociedade feudal e da supremacia do papado
o Paz de Westfália, 1648
o Revolução Francesa, expansão dos nacionalismos e das burguesias
(independências)
 Expansões
o Paz de Westfália (XVII)
o Independências nas Américas (XVIII-XIX)
o Pós Primeira Guerra – desmembramento dos Impérios Austro Húngaro e Turco
Otomano
 Conceito de Sociedade das Nações
o Pós Segunda Guerra - descolonização
 ONU – de 51 a 193 países (inflação de 380 %)

Elementos

 População
o Nacionais, estrangeiros
o Top ten

País População (mil hab.)

China 1.364.270
Índia 1.295.292

Estados Unidos 318.857

Indonésia 254.455

Brasil 206.078

Paquistão 185.044

Nigéria 177.476

Bangladesh 159.078

Rússia 143.820

Japão 127.132

o América do Sul

País População (mil hab.)

Brasil 206.078

Colômbia 47.791

Argentina 42.980

Peru 30.973

Venezuela 30.694

Chile 17.763

Equador 15.903

Bolívia 10.562

Paraguai 6.553

Uruguai 3.420

Guiana 764

Suriname 538

o Outros países relevantes

País População (mil hab.)


México 143.820

Alemanha 127.132

França 125.386

Reino Unido 80.971

África do Sul 66.218

Fonte: Banco Mundial. World Development Indicators, 2016

 Território
o Top ten

País Território (km2)

Rússia 17.098.250

Canadá 9.984.670

Estados Unidos 9.831.510

China 9.562.911

Brasil 8.515.770

Austrália 7.741.220

Índia 3.287.260

Argentina 2.780.400

Cazaquistão 2.724.902

Argélia 2.381.740

o América do Sul

País Território (km2)

Brasil 8.515.770

Argentina 2.780.400

Peru 1.285.220

Colômbia 1.141.749
Bolívia 1.098.580

Venezuela 912.050

Chile 756.096

Paraguai 406.752

Equador 256.370

Guiana 214.970

Uruguai 176.220

Suriname 163.820

o Outros países relevantes

País Território (km2)

México 1.964.380

África do Sul 1.219.090

França 549.087

Japão 377.962

Alemanha 357.170

Reino Unido 243.610

Fonte: Banco Mundial. World Development Indicators, 2016

 Fronteiras
o Top ten

País Fronteira (km)

China 22.117

Rússia 20.017

Brasil 16.866*

Índia 14.107

Estados Unidos 12.034

Cazaquistão 12.012
R.D. Congo 10.757

Argentina 9.665

Canadá 8.893

Mongólia 8.220

o América do Sul

País Fronteira (km)

Brasil 16.866*

Argentina 9.665

Bolívia 6.743

Chile 6.171

Colômbia 6.004

Peru 5.536

Venezuela 4.993

Paraguai 3.920

Guiana 2.462

Equador 2.010

Suriname 1.707

Uruguai 1.564

o Outros países relevantes

País Fronteira (km)

África do Sul 4.862

França 4.082

Alemanha 3.621

México 2.889

Fonte: CIA, The World Factbook, 2014


Brasil + 7.491 km de litoral. 10 países (Rússia 11, China 13)

 Governo
o Weber – ordem administrativa e jurídica, aparato administrativo, legislação,
legitimidade para uso da força
o Organização política
 Soberania
o Concentração do poder medieval – Realeza x senhores feudais, papado
o Jean Bodin (1576) – poder absoluto e perpétuo (ab legibus solutus – livre da lei)
 Primado do direito civil sobre o poder eclesiástico
 Decorrência lógica – igualdade soberana dos Estados independentemente
do poder – interesse dos principados
 Rui Barbosa, 1907, Conferência de Paz da Haia
o Rousseau: soberania é exclusividade, autonomia, plenitude de competência
o Direito internacional
 Domínio reservado, jus cogens
o Debate:
 Subordinado ao direito natural e das gentes? Hoje, consenso.
 Pode-se fazer tudo?
 Deve ser exercida (usufruto) ou é apenas excludente (propriedade)?
 Grotius: souveraineté detenue soit jure pleno proprietas (peut
disposer à sa guise) soit jure usufructario

Sistema ou sociedade de Estados? Sistema de Estados em declínio? (Bull)

289 Visão pessimista. Sistema de estados poderá deixar de ser uma sociedade internacional.
Embora haja um elemento de sociedade no sistema de estados contemporâneo, esse
elemento tem base precária. Ilusão de fortalecimento da sociedade dos estados criada pela
expansão do direito internacional e a multiplicação de organismos internacionais - declínio no
consenso sobre os interesses valores comuns dentro do sistema de estados. Divisões
ideológicas, Norte-Sul
290 Possível colapso, com o desaparecimento da sociedade internacional. Mas há fatores que
contribuem para a sua persistência. Sistema de direito internacional derivado principalmente
da experiência européia tem sido desafiado pelos estados não-europeus
291 porque se desenvolveu em função dos interesses especiais das potências européias,
servindo como instrumento para o seu domínio.
292 Como acontecera antes com a Liga das Nações, as Naçóes Unidas não conseguiram propor
um caminho alternativo para a ordem mundial mediante a solidariedade dos estados na
implementação da segurança coletiva. No entanto, conseguiu sobreviver como única
organização universal internacional e, portanto, simbolizando os interesses e valores comuns
subjacentes à discórdia hoje presente no sistema internacional. segunda alternativa
concebível, mencionada no último Capítulo, é a de que os estados continuem a existir, mas
deixem de formar um sistema, por se isolarem completamente uns dos outros ou porque,
embora mantenham algutn contato, este fosse insuficiente para fazer com que se
comportassem como partes de um mesmo conjunto. 1.ssa situa ção representaria um retorno
à situação que existia antes do século XIX, quando não havia um único sistema global de
estados de que todos participassem, embora, em várias regiôes do mundo, houvesse estados,
sistemas de estados e associações políticas regionais de outros tipos. () desaparecimento do
elemento "sistema" do presente cenário da política universal só poderia ocorrer como
conseqüência do colapso da atual civilização científica, industrial e tecnológica
Sistema de Westfália, Metternich, Liga das Nações, ONU
293 tendência para maior regionalismo, tanto na organi7.ação da pa7. e segurança como na
administração dos assuntos econômicos internacionais. Pode-se conceber uma inversão na
preferência pelas organizaçôes globais – UNASUL
294 Não há qualquer sinal de que os estados soberanos estejam inclinados a se sujeitarem a
Ull1 governo mundial. A noção de um governo mundial alcançado por contrato implica um
dilema. () argumcnro em favor do governo mundial, conforme desenvolvido por Kant e por
outros, começa com a afirmativa de que os estados soberanos se encontram no estado da
natureza hobbesiano, do qual precisam escapar sujeitando-se a um governo comum. Mas se
isto é verdade, o contrato pelo qual eles devem emergir de tal situação não
296 saber se a penetração dessas "outras associações" (para usar a expressão dos
medievalistas) na soberania ou supremacia do estado sobre o seu território e os seus cidadãos
é de molde a desfazer tal supremacia, retirando do conceito de soberania a sua utilidade e
viabilidade. Há cinco características da política mundial contemporânea que testemunham
primafacie essa tendência. i}A integrarão regional dos estados A primeira dessas características
é a tendência de alguns estados para integrarem-se em unidades maiores.
299 ii) a desintegração dos estados
300 iil) A restaurarào dei violência internacional privada
301 o monopólio da violência internacional legítima pelo estado tem sido violado por
organizacocs internacionais como as Nacóes Unidas, Uma violação mais importante do
monopólio tradicional do estado é a prática da violência por grupos políticos llue não são
estados soberanos, e LIue não passam de autoridades públicas de caráter duvidoso pretensão
de legitimidade é aceita por uma parte substancial da sociedade internacional. J\ sociedade
dos estados não tem podido mobilizar, contra esse desafio ao monopólio da violência legítima
por grupos politicamente motivados, solidariedade que demonstrou contra a violência
internacional predatória, sem motivação política, da pirataria clássica.
303 organizações transnacionais
304 Não parece claro, porém, que as organizaçôes transnacionais estejam prejudicando o
sistema de estados. }~m primeiro lugar, os estados soberanos têm demonstrado uma grande
capacidade de enfrentar as empresas multinacionais,
306 unificação tecnológica do mundo
307 I\IcJ.uhan de uma "aldeia global"
309 forma da organização política mundial que vem prevalecendo desde a Paz de Westfália
está passando por uma modificação drástica no sentido de uma "orientação mais centralizada"
e de "um papel mais importante para os atores não-territoriais", restabelecendo assim
algumas das características do período medieval.
310 existe hoje um sistema político mundial mais amplo, do qual o sistema de estados é só
uma da partes. Por "sistema político mundial" entendemos a rede mundial de interação que
abrange não só os estados mas outros atores políticos, tanto "acima" do estado como "abaixo"
dele.
311 o estudo ortodoxo das rclaçóes internacionais tem sido moldado por um paradigma
"cstatocêntrico", q
317 esteja ou não em declínio, o sistema de estados é obsoleto, no sentido de não ser mais
funcional. Em outras palavras, ele teria deixado ou estaria deixando de cumprir os objetivos
básicos da humanidade. I) () sistema de estados deixou de garantir a pa~ e a segurança do
mundo (se é que no passado as garantiu) ou, de modo mais geral, a ordem mundial minima.
Este é o argumento clássico contra a "anarquia internacional",
318 não provê justiça econômica e social entre as nações do mundo e dentro delas - um
objetivo que está sendo perseguido por um mundo politicamente mais alerta. Iii) O sistema de
estados representa um obstáculo à consecução do objetivo ecológico da humanidade, que é
viver em harmonia com o seu ambiente; a inter-relação do controle democrático, a produção e
distribuição de alimentos, a administração e conservação de recursos que só poderá ser
alcançado efetivamente por meio de uma abordagem global e de um sentido da solidariedade
humana
320 Isto não significa porém que o atual sistema de estados nào seja funcional com relação a
um mínimo de ordem mundial. Em primeiro lugar, as desvantagens do sistema de estados
precisam ser comparadas com os inconvenientes das formas alternativas de organização
política universal que podemos conceber.
321 ordem "neo-medieval" com características utópica exercício arbitrário e estéril
323 se o sistema de estados, seja ou não funcional, persistir no futuro previsível, a meta da
ordem mundial mínima só poderá ser atingida pela prornocâo de rcstri çôes que o faça
funcionar.
333 SE a persistência do sistema de estados no futuro parece provável e, ao mesmo tempo, o
seu destino não seja necessariamente tornar-se obsoleto ou não-funcional, de que modo se
poderia reformá-lo ou reajustá lo de forma que pudesse promover mais efetivamente a ordem
mundial? Uma das respostas é a que propõe o modelo de um concerto de grandes potências.
Conhecido como "modelo Kissinger", tem recebido mais apoio nos Estados Unidos
334 Observamos anteriormente que existe de fato um equilibrio de poder entre três grandes
potências, e outras grandes potências virtuais, mas esse equilíbrio difere sob vários aspectos
importantes do que havia entre as grandes potências européias no século XIX. Notamos, em
particular, a inexistência de um concerto ou sistema de colaboração geral entre as grandes
potências, visando à preservação do equilíbrio (vide o Capítulo 5). Comentamos também que
quando entram em um sistema de colaboração recíproca, as grandes potências podem
promover a ordem internacional manejando neste sentido as suas relações mútuas, e
explorando a sua posição de preponderância em relação ao resto da sociedade internacional
(vide o Capítulo 9). No relacionamento que se desenvolveu entre os Estados Unidos e a União
Soviética já estão presentes certos elementos desse sistema de colaboração. () projeto de criar
um concerto de grandes potências busca o fortalecimento da colabora ção entre elas (entre os
Estados Unidos e a União Soviética), incluindo sua extensão à China, e estaria aberto
implicitamente ao Japão, à Comunidade Européia e a outros atores, se e quando
demonstrarem possuir a condição de grande potência. dentro do sistema de estados, pelo
menos algum elemento de cooperação entre as grandes potências é um dos fundamentos
essenciais da ordem mundial. As grandes potências existem, queiramos ou não:
O que se vê hoje é a falta de cooperação EUA, China, Rússia, Europa.
338 Outra resposta à nossa pergunta aponta para o modelo da direção centralizada dos
assuntos mundiais, baseado não na cooperação das grandes potências, mas no sentido de
vontade comum ou unidade de propó sito da comunidade humana, provocado pelo
crescimento do sentido de emergência global da Terra vista como "nave espacial".' Como o
modelo do concerto de grandes potências, este deriva do mundo ocidental, mas enquanto o
primeiro é proposto especialmente pelos círculos oficiais, o segundo é preferido pelos
intelectuais dissidentes ou radicais.
342 Outra abordagem à reforma do sistema de estados consiste em buscar um papel mais
amplo para as organizações regionais que ocupam o terreno intermediário entre os estados,
de um lado, e as organiza çóes mundiais, de outro. Argumenta-se, por um lado, que as
organiza ções regionais têm condições de preencher pelo menos algumas das funçôes
previstas para as organizações globais, com respeito à paz e segurança, à justiça econômica e à
administração ambiental. Mas, por outro lado, elas não são abertas a certas objeções
levantadas contra os organismos de caráter global como, por exemplo, a de que esses
organismos podem levar ao domínio do sistema de estados pelas grandes potências; de que
estão sujeitos a falhas devido à dificuldade de alcançar um consenso no conjunto do sistema
de estados; e de que nào refletem a diversidade e autonomia regionais. – aposta do BR
353 o sistema de estados só poderá manter sua viabilidade se o elemento de sociedade
internacional que contém for preservado e fortalecido. O que vai depender, em primeiro lugar,
da manutenção e amplia ção do consenso sobre os interesse e valores comuns que
fundamentam suas regras e instituições coletivas, justamente numa época em que a área
desse consenso foi reduzida. Trata-se de consenso que precisa incluir uma percepção de
interesses comuns entre as grandes potências, - está se perdendo
 Daniel Bell: Nation state too small for the big problems of life and too big for the small
problems of life (The Coming of Post-Industrial Society )
 Charles Kindleberger trap (Nye): China, EUA, GB provision of global public goods

Societal governance

Referências bibliográficas:

ALSINA Jr, João Paulo Soares. O poder militar como instrumento da política externa brasileira
contemporânea. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
73292009000200010&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>

ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. São Paulo, coleção clássicos IPRI e Editora
UnB, 2002, p. 886-897. Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/43-
Paz_e_Guerra_entre_as_Nacoes.pdf>

BRASIL. Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa e Livro Branco


Nacional de Defesa Nacional. Brasília, 2012. Disponível em
<http://www.defesa.gov.br/index.php/estado-e-defesa/politica-nacional-de-defesa>

BRASIL. Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa e Livro Branco


Nacional de Defesa Nacional – versão 2016 – encaminhado em mail anterior.

BULL, Hedley. A sociedade anárquica. Clássicos IPRI, São Paulo, 2002, p. 32-33, 49-54, 57-60.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/158-Sociedade_Anarquica_A.pdf>
BROMS, Bengt. Les états. In Droit International. Bilan et perspectives. BEDJAOUI, Mohammed
(org.). Paris, éditions Pédone, UNESCO, 1991, p. 43 e ss.

GOULART, Fernando. Ação sob Fogo! Fundamentos da motivação para o combate. Rio de
Janeiro: BIBLIEX, 2012. (capítulos de maior interesse: Cap 6 – Legitimidade e Cap 10 -
Motivação na Paz).

NYE, Joseph. Kindleberger trap (Nye) <https://www.project-syndicate.org/commentary/trump-


china-kindleberger-trap-by-joseph-s--nye-2017-01>

TAKAHASHI, TORU. Political Crisis and Societal Governance: How Media Can be Societal
Media? Journal of Sociocybernetics, 2015.

VERTZBERGER, Yaacov. Risk Taking and Decision Making: Foreign Military Intervention
Decisions. Stanford, CA. Stanford University Press, 1998.

WALZER, Michael. Guerras Justas e Injustas: uma argumentação moral com exemplos
históricos. Trad. Waldéa Barcellos. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Aula 6

GUERRA E PAZ

Levanta questões filosóficas, morais, jurídicas, militares, estratégicas e humanitárias.

I - GUERRA

Definição

 Poder estatal exercido em sua forma mais contundente


 Conceito político-jurídico: conflito armado internacional
 Estado de natureza - status naturalis (Aron)
o Hobbes, Spinoza, Kant – não social, anomia
o Mas o homem histórico é gregário (Aristóteles)
o As raízes da guerra estão no indivíduo ou na sociedade?
 Evolução científica: raízes biológicas, psicológicas, sociais e econômicas da guerra
o Animus belligerandi
 Clausewitz:
o subordinação da guerra à política – instrumento dos objetivos políticos
o “continuação da política por outros meios”
 Inverso – política é continuação da guerra por outros meios (233), GF
o “ato de violência destinado a obrigar o adversário a realizar nossa vontade”
o “ato político, surge de uma situação política e resulta de uma razão política,
instrumento da política”
o continuação ou “realização do relacionamento político por outros meios”
o “a política deve adaptar-se aos meios de guerra disponíveis”
 Raymond Aron:
o “um jogo”
o Guerras absolutas (extremo, desaparece a política, destruição do outro - Israel) vs
guerras reais (política)
 Clausewitz é teórico da guerra absoluta
o Durante a guerra, a política não afasta a diplomacia, são modalidades
complementares (ora domina uma, ora outra, a não ser nos casos extremos de
inimizade absoluta ou amizade total). “A razão recomenda que pensemos na paz a
despeito do fragor dos combates e que não esqueçamos a guerra quando as armas
silenciarem” (91)
o Conduzir a guerra em função do mundo do pós-guerra. O mundo construído pela
vitória militar total é favorável aos interesses duradouros dos EUA?
o “Se a inteligência do Estado não definiu claramente os objetivos, a verdadeira
natureza dos inimigos e dos aliados, o triunfo das armas só acidentalmente será
uma vitória autêntica, isto é, uma vitória política” (79-80)
o Ganhar ou não perder
o A política também determina os riscos que os chefes militares devem aceitar, os
limites estratégicos impostos às iniciativas táticas
o A condução das guerras é mais política do que no passado (93). Não guerra
absoluta A própria noção de ganhar a guerra não é mais a mesma – questão do
custo (94), opinião pública

De jure belli / Jus belli: Jus ad bellum x Jus in bello

 Direito à guerra? É um ilícito. Regulamentação


 Declaração de guerra, armistício, capitulação, fim da guerra, reparações
 Nuclear, química
 Direito humanitário
 Guerra total é contrária ao DI
 Distinção entre beligerantes e não beligerantes, prisioneiros de guerra, feridos e
enfermos, mortos, reféns, proteção dos civis, mercenários
 Convenções de Genebra de 1949

Tipologia da guerra

(Aron)

 Interestatais
 Imperiais ou superestatais
o Formação de unidade de nível superior (hegemonia, império)
o Guerra hiperbólica (superioridade esmagadora)
 Infra-estatais, infra-imperiais
o Manutenção ou desintegração de unidades políticas

(Outras)

 De desgaste, de atrito
 Defensiva, de bloqueio
 Estática, de velocidade
 Guerrilha
 Irregular, assimétrica

Guerra híbrida
 Pinto (41). Há mais de 25 séculos, Sun Tzu, o método tradicional de enfrentar ameaças é
identificar os inimigos, avaliar força e preparar-se para detê-lo ou dissuadi-lo mediante
forças numerosas ou detentoras de capacidade tecnológica superior. Grande parte dos
países defronta-se com ausência de ameaça externa estatal, claramente mensurável e
caracterizadamente hostil. Importância da prevenção para evitar novas ameaças
(Frank Hoffman)
 Fourth Generation Warfare (1989)
o First: Napoleão, bacamartes, linhas e colunas – front
o Second: Prússia, reaction, artilharia pesada, metralhadoras, trincheiras, cercas de
arame, linear, avanços laterais (artilharia conquista, infantaria ocupa) – front, rear,
enciclement
o Third: Alemanha I GM, menor capacidade industrial, from place to time, maneuver
rather than attrition, infiltração and collapse, rather than to close and destroy;
changed in WW II by technological element tanks, blitzkrieg – penetration, rear
o Constants:
 greater dispersion (lowest level of operational flexibility)
 decreasing dependence on centralized logistics
 emphasis on manoeuver (mass of men and firepower will no longer be an
overwhelming fator) - mass is easy target, small, highly manoeuverable
agile forces will dominate
 Shift from front to rear
 Fourth:
o goal: collapsing the enemy internally, not physically destroying him
o targets: population support, culture
o dispersed, undefined
o Blurring of the lines between war, politics, economy combatants and civilians
o Decentralized, non-national, transnational
o Non linear, no defined battlefields or fronts
 The whole enemy’s society
 Disorder
o Ataque direto à cultura do inimigo, incluindo genocídio - collapse
o Dimensão psicológica, manipulação mediática
 Dominant features, media intervention
 TV more powerful than an armored division
o Sem hierarquia
o Pequenos núcleos, operam em rede de comunicação e financiamento
o Tática de guerrilha
o Major military facilities: vulnerable
o Peacetime soldier’s task: to prepare for the next war. Anticipation
o Technology driven
 Smart weapons
 Robotics, artificial intelligence, VANTs,
 Reconnaissance and strike functions
 Growing dependence: vulnerability – vírus
o Emerge from non Western cultures – Islamic and Asiatic
 Islamic – not Strong military – ideas rather than technology - terrorism
 State on state conflicts XX replaced by hybrid wars and asymmetric contests
 Combinação simultânea e multimodal de atividades - sinergia
o Simplista dizer big and conventional x small, irregular, asymmetric:
o Pequenos vão buscar crescer, e grandes vão usar métodos de pequena escala
o Estados e entidades não-estatais
 Overwhelming military power is insufficient to serve strategic interests
o Unipolar moment and unilateral triumphalism went up in smoke on 9/11
o Fire power, intelligence, reconnaissance, surveillance
o Não vão jogar o American way of war
 Industrial age, mass production, informational age challenged
 Flexible and sophisticated adversaries
o Integrados e fundidos tática e operacionalmente
o polymorphous
o High and low tech
o No rules, no means / methods that cannot be used
o Combinam lethal capacity of the state and fanatism of individuals
o Adaptation, plagiarism, constant learning
o São numerosos, bem treinados, e têm medo de morrer (valor da vida)
 Shock and awe
o Papel da criatividade e do elemento surpresa
o Provocar overreactions, aumentar os custos
 Blurring of the distinction between
o War and Peace
o Combatants and non combatants (soldiers, civilians)
o Organized crime, terror, war
o Mas não representa o fim da guerra convencional
 Battlefield
o Complex terrain
o No territory
o Burgeoning cities of the TW (vão tentar levar para o Norte)

II - PAZ

Definição

 Raymond Aron:
o “Suspensão, mais ou menos durável, das modalidades violentas da rivalidade entre
os Estados” (220)
 Sombra de batalhas passadas, temor ou expectativa de futuras
 Montesquieu: l’état de nature est un état de paix. L’état de nature de
Montesquieu n’est pas l’état de guerre de Hobbes, mais où chacun se sent
inférieur et fuit la compagnie des autres hommes.
 Mas contraria a Paz perpétua de Kant: «Não deve considerar-se como
válido nenhum tratado de paz que se tenha feito com a reserva secreta de
elementos para uma guerra futura» - seria apenas um “estado de
armistício”
o A paz se fundamenta no poder (puissance), na relação e na capacidade de as
unidades políticas agirem sobre as outras (GF)
 Relação de forças reais ou potenciais
 Immanuel Kant
o A ausência de hostilidades não é garantia
o Deve ser instaurado (estado legal), não é um estado natural (guerra)
 embora não exista sempre uma explosão das hostilidades, há sempre uma
ameaça constante
o Princípios do estado legal
 Constituição republicana, igualdade
 Direito das gentes fundado numa federação de Estados livres
 Hospitalidade universal

Tipologia da paz (Aron)

 Ausência de guerra ou virtude positiva?


o Spinoza - potência de conduzir-se em direção àquilo que é bem e útil (233)
 Equilíbrio (de potência)
o Entre unidades políticas
 Hegemonia
o Uma unidade política domina, superioridade incontestável
o Não procura reduzir as outras à impotência, não abusa da hegemonia, respeita as
formas externas de independência, não aspira ao Império
o Pax americana: combinação de hegemonia com política de boa vizinhança
 Império
o A unidade política dominante faz as outras perderem autonomia, tendendo a
desaparecer como centros de decisão política
o Monopólio da violência
 Belicosa, do Terror (de impotência)
o MAD
o Unidades políticas têm capacidade de desferir golpes mortais (guerra
termonuclear)
o Não há mais desigualdade
o Nível “tolerável” x intolerável de destruição, limiar da saturação
 Satisfação
o Deixar de ambicionar extensão da soberania a outros territórios e populações
o Pressupõe confiança generalizada – revolução nas RI que poria fim às suspeitas,
inaugurando a era da segurança – conversão dos espíritos
o Base da segurança: não força, mas na supressão das rivalidades , honra e justiça
com próprios meios
 Império universal, supressão da autonomia dos centros decisórios – base
da força (Hobbes, poder absoluto)
 Império kantiano da lei – evolução do direito internacional

Solução pacífica de controvérsias, construção, imposição e manutenção da paz

 Proibição do uso da força


o Negociação, bons ofícios, mediação, solução judiciária e arbitral
 Prevenção de conflitos, diplomacia preventiva
o Segurança coletiva, desarmamento,
 Manutenção da paz
o Capítulo VI da Carta da ONU
 Imposição da paz
o Capítulo VII da Carta da ONU

Visão brasileira

o Diplomático: justiça e desenvolvimento


 Direito internacional (Kant, Grotius)
 Aron é cético (881)
 Redução das assimetrias de poder e de níveis de desenvolvimento
 Desarmamento
 Cooperação para o desenvolvimento
o Militar: cooperação e dissuasão
 Entorno estratégico
 Potências extrarregionais
o Pinto – 40. Agenda para a Paz Boutros Ghali, 1992. Diplomacia preventiva,
fortalecimento da capacidade de enviar missões de paz

Referências bibliográficas:

ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. São Paulo, coleção clássicos IPRI e Editora
UnB, 2002, p. 69-97, 111-116, 219-246, 435-466, 847-916. Disponível em
http://funag.gov.br/loja/download/43-Paz_e_Guerra_entre_as_Nacoes.pdf

AUSTIN, R.H.F. Le droit des conflits armés internationaux. In Droit International. Bilan et
perspectives. BEDJAOUI, Mohammed (org.). Paris, éditions Pédone, UNESCO, 1991, p. 819-848.

HOFFMAN, Frank. Conflict in the 21st century. The rise of hybrid wars. Arlington, Potomac
Institute for Policy Studies, 2007, p. 7-30. Disponível em <
http://www.potomacinstitute.org/images/stories/publications/potomac_hybridwar_0108.pdf
>

KANT, Immanuel. Paz Perpétua. Disponível em


<file:///D:/Users/AlessandroCandeas/Documents/kant_immanuel_paz_perpetua.pdf>

LIND William S. et al. The Changing Face of War: Into the Fourth Generation. In Marine Corps
Gazette, Oct 1989, p. 22 ss.

MELLO, Celso D. de Albuquerque. Direito Internacional Público. Rio de Janeiro, Renovar, 11ª.
edição, 1997, vol. 2, p. 1251-1261, 1319-1405, 1491-1495.

MEI, Eduardo e SAINT-PIERRE, Héctor Luis. Paz e guerra. Defesa e segurança entre as nações.
São Paulo: UNESP, 2013.

PINTO, Paulo cordeiro de Andrade. Diplomacia e política de defesa. O Brasil no debate sobre a
segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000). Brasília, FUNAG, 2015, p. 86-87.
Disponível em http://funag.gov.br/loja/download/1127-Diplomacia_e_politica_de_defesa.pdf
UNITED NATIONS. A more secure world. Our shared responsibility. Report of the Secretary
General’s high level panel on threats, challenges and change, p. 31-38, 67-72. UN, Nova York,
2004. Disponível em
<http://www.un.org/en/peacebuilding/pdf/historical/hlp_more_secure_world.pdf>

UNITED STATES. Department of Defense. National Defense Strategy 2008.

TZU, Sun. A arte da guerra. Disponível em


<http://unes.br/Biblioteca/Arquivos/A_Arte_da_Guerra_L&PM.pdf>

WRIGHT, Quincy. A guerra. Bibliex, 1988.

Aula 7

Cenários

Aula 8

DESARMAMENTO

Dalton, Toby; Kassenova, Togzhan; Williams, Lauryn, Perspectives on the Evolving Nuclear Order,
2016

Elbaradei, Mohammad, The Age of Deception- Nuclear Diplomacy in Treacherous Times, 2011

Feiveson, Harold; Glaser, Alexander, Unmanking the Bomb: A Fissile Material Approach to
Nuclear Disarmament and Non-Proliferation, 2016

Kaag, John; Kreps, Sarah, Drone Warfare, 2014.

Kassenova, Togzhan, Brazil´s Nuclear Kaleidoscope – An Evolving Identity, 2014

Loggard, Sverre, Nuclear Disarmament and Non-Proliferation: Towards a Nuclear-Weapon-Free-


World?, 2010

Marzo, Marco Antonio Saraiva; Almeida, Silvio Gonçalves de., A Evolução do Controle de Armas
Nucleares, 2006

Perry, William J., My Journey at the Nuclear Brink, 2015

Richards, John, Cyber-War: The Anatomy of the Global Security Threat, 2014

Schlosser, Eric, Command and Control: Nuclear Weapons, the Damascus Accident and the Illusion
of Safety, 2014

Silva, Clare da; Wood, Brian, Weapons and International Law: The Arms Trade Treaty, 2015
Spiers, Edward, A History of Chemical and Biological Weapons, 2010

Aula 9

REALISMO

Mais antiga e mais amplamente conhecida das escolas de RI

1) Pressupostos
 Segurança, sobrevivência, autoajuda (no máximo, alianças)
 Assimetria de poder no cenário internacional
 Sociedade internacional: estado latente de anarquia relativa, baixo grau de sociabilidade e
institucionalidade / legalidade
 Interesses individuais dão forma, funcionamento e coesão ao sistema político

2) Principais elementos
 Realismo clássico
o Poder como instinto e razão: obtenção, manutenção, maximização
o Interesses nacionais definidos em termos de poder
 Capital de força-poder-interesse
o Autotutela. Detentor de poder julga seus atos autolegitimados
o Realpolitik, Power politics, Machtpolitik (Bismarck)
o Natureza humana: egoísta e individualista
o Guerra: instrumento da política para maximização das estratégias nacionais (razão
de Estado) de sobrevivência e segurança
o Maximização do cálculo do poder diante de seus constrangimentos endógenos e
exógenos
o Militarismo e políticas de defesa nacional (ofensivas ou defensivas) são
justificáveis para obtenção e manutenção de capitais de força-poder-interesse
o Estado nacional é o único / principal ator do cenário internacional
o Distribuição assimétrica poder, hierarquização
 Realismo do pós-Segunda Guerra
o Agenda hierarquizada – top: poder, defesa, segurança
 Os outros temas se subordinam
 Neorrealismo
o Sistemas bipolares tendem à estabilidade em razão da cooperação intra-
hegemônica
o Rivalidade cooperativa, fulcro - manutenção do status quo
 Pós-bipolaridade:
o Linha otimista-triunfalista-eufórica
 Momento hegemônico unipolar (ver texto)
 Globalização neoliberal
 Fim da história (Fukuyama)
o Linha realista-pessimista
 Realismo de choque civilizatório de Huntington
 civilização Ocidental ocupa definidamente o lugar de vanguarda
do processo civilizatório porque a combinação da economia de
mercado, o individualismo, o Estado de direito e a democracia
representativa produziram uma sociedade muito superior
 grandes civilizações (ocidental, latino-americana, africana,
islâmica, sínica, hindu, ortodoxa, budista e japonesa) entrarão em
choque com a despolarização
 Realismo ofensivo de Mearsheimer
 Comportamento ofensivo dos países emergentes revisionistas
 Política hegemônica leva à tragédia, pois boa parte dos grandes
players não está contente com a atual distribuição de poder.
Potências emergentes condicionam apoio estratégico aos países
de menor estatura de poder a mudanças gerais e estruturais no
panorama dos organismos internacionais, nas quotas de
participação e votação
 Sistemas multipolares são bem mais propensos às guerras que os
sistemas bipolares, como assim propunha a matriz do
neorrealismo. Potenciais países hegemônicos no jogo de poder de
alta densidade trazem consigo situações danosas para a paz e
ordem estável do status quo mundial.
 emergência da China e de outros BRICS

3) Principais autores
 Sun Tzu
o Estratégia militarista
 Tucídides
 Tito Lívio
 Maquiavel
o “Quando não há tribunal ao qual recorrer (grifo meu), deve-se considerar o
resultado. Os meios serão sempre considerados honrados e por todos louvados.”
o Príncipe e Estado precisam de “boas leis e boas armas”. Boas armas precedem
boas leis. Onde são boas as armas, costumam ser boas as leis.
 Hobbes
o “Dilemas de segurança”, vida no estado de natureza é solitária, pobre, detestável,
bruta e curta. Para evitar tal situação de intolerabilidade de vida, o estado civil vai
surgir para salvaguardar a ordem pública, a paz e a segurança dos cidadãos na
relação com o Leviatã que impo
 Richelieu
o Conter a dominação europeia dos Habsburgos
o Raison d’état
o “Quem detém o poder geralmente detém o direito nos assuntos do Estado, e
quem é fraco terá dificuldade para fugir da culpabilidade na opinião da maioria das
pessoas”.
 Morgenthau
o Fosso entre moral da esfera pública e da esfera privada
o Ver texto
o
 George Kennan
o Containment, geopolítica
 Kissinger
 Waltz
o Fundamentos do neorrealismo fortemente abalados com o fim abrupto da Guerra
Fria e a implosão da URSS
o Rompimento da rivalidade bipolar por meio da maior cooperação na gestão
Gorbachev
o Não previu como o próprio sistema bipolar iria ruir - queda do Muro de Berlim
(1989) e Guerra do Golfo (1991).

Principles of political realism - Morgenthau


1. Politics, like society in general, is governed by objective laws that have their
roots in human nature. Distinguishing between truth – objectively and rationally,
supported by evidence and illuminated by reason –, and opinion – subjective
judgment, divorced from the facts wishful thinking.
2. Interest defined in terms of power. Politics as an autonomous sphere of action
and understanding apart from other spheres, such as economics (wealth), ethics,
aesthetics, or religion, ideological preferences. Not indifference to political ideals
and moral principles, but sharp distinction between desirable and possible
3. Interest depends upon the political and cultural context within which foreign
policy is formulated. Power determined by the political and cultural environment.
4. Weighs risks, benefits, prudence is the supreme virtue

Kenneth Waltz - Structural realism


International political system unipolar. Structural theory: unipolarity is the least
durable of international configurations
United States alone. As nature abhors a vacuum, so international politics abhors
unbalanced power. States try to increase their own strength or they ally with others
to bring the international distribution of power into balance.
Candidates for next great powers: European Union or German coalition, China,
Japan, and Russia
Realismo Clássico, Realismo Estrutural, Realismo Neoclássico e Realismo da Escolha
Racional.
Tucídides - equilíbrio de poder entre cidades gregas
Maquiavel - dinâmica da conquista, manutenção e expansão do poder
Hobbes - Leviatã, Estado de Natureza pré-pacto social. No campo internacional,
prevalece o Estado de Natureza e competição original, no qual a anarquia é fator
definidor e a guerra uma possibilidade real como um jogo de soma zero.
Raison d’état, Cardeal Richelieu (1585/1642), interesses nacionais do Estado
devem ser buscados de forma racional, cálculo de custos e benefícios, visando o
incremento do poder nacional e julgados a partir de critérios exclusivamente
políticos.
Baixa e alta política: cultura (low); diplomacia, poder e guerra (high)
Morgenthau Politics Among Nations
6 princípios do realismo político - pressupostos clássicos do realismo sobre o
conflito, a natureza humana, autonomia e centralidade dos Estados.
1) interesse definido em termos de poder, meio e fim da ação estatal. Prioridade:
segurança e soberania. Estado ser racional, avalia riscos e benefícios. Cooperação,
bi ou multilateral, é tática, não valor. Demandas morais e idealistas não devem ser
levadas em conta. Ordem internacional sustentada pelo equilíbrio de poder. Guerra
como instrumento viável e necessário.
1970, o Neorrealismo ou Realismo Estrutural de Kenneth Waltz desafia estas
premissas clássicas, ainda que compartilhe em larga medida as visões tradicionais
do realismo (anarquia, centralidade do Estado e EP, Estados recursos de poder).
Man, The State and War (2001) e Theory of International Politics (1979)
3 imagens de Waltz: sistema internacional delimita a atuação dos agentes-Estado.
Predomina o self-help.
a política internacional é essencialmente conflituosa, luta por poder em um
ambiente anárquico no qual estes Estados inevitavelmente dependem de suas
próprias capacidades para garantir sua sobrevivência
Conflito substituído pela cooperação
Desde 1947, a grande estratégia norte-americana sustentava-se em três
prioridades: a contenção da URSS, a contenção do comunismo e a disseminação da
ordem liberal democrática. O fim da história simbolizava a concretização destes
objetivos
Last man – the lost man
globalização e a regionalização reforçavam esta unidade das democracias
Momento unipolar: revisão da estratégia da contenção, culminando no Defense
Planning Guidance (DPG) e 2001/2005, referente ao primeiro mandato de George
W. Bush, com impactos da Estratégia de Segurança Nacional de 2002, pós-11/09
Fukuyama, “neoconservador liberal”
Huntington Choque das Civilizações, contraponto ao Fim da História de Fukuyama
EUA manteriam posição como líderes do equilíbrio devido à supremacia militar, mas
nos demais níveis, econômico e político, ascensão de potências asiáticas e
ocidentais

4) Era Trump

 Uma tentativa de compreensão preliminar poderia tomar como base o conceito de


“Realismo ofensivo identitário”
o Trata-se de combinação do realismo ofensivo de Mearsheimer com o choque de
civilizações de Hungton
o Ambas interpretações pessimistas, contrapontos da euforia do momento unipolar
e triunfalismo da globalização impulsionada pelo capitalismo neoliberal e seus
valores ocidentais – democracia, liberalismo, direitos humanos etc.
 Realismo
o Realismo ofensivo de Mearsheimer, tragédia da Great Power Politics
 https://samuelbhfauredotcom.files.wordpress.com/2015/10/s2-
mearsheimer-2001.pdf
o Pós neorrealista = realismo anterior estatocêntrico
o Pós globalista neoliberal = isolacionismo e protecionismo, fortalecimento das
fronteiras e divisões
o Pós multilateral = ataques ao multipolarismo político e econômico
 Anti-Bruxelas, anti-ONU, anti-OMC, anti-Nafta, pró-OTAN renovada
 Ofensivo
o Em sua dissuasão, não extensão, mas containment
o Tendências que lembram a bipolaridade dos anos 1950 (URSS) e a tensão com a
China
o Crise do desarmamento = rearmamentismo, inclusive nuclear
 Recuperar o terreno perdido na gestão Obama
 Militarização – aumento orçamento (McCain)
o Guerra híbrida
 Enfrentar hostilidades estatais (Rússia, China) e não-estatais (terrorismo,
ISIS, tráfico de armas e drogas)
 Identitário
o Pessimismo do choque de civilizações huntingtoniano
o Nacionalismo WASP, nega identidades hostis, globalização
o Neonacionalismo antiglobalista e antimultilateral, isolacionista, confrontacionista
interna e externamente, protecionista e realista clássico
o Quando a antiglobalização é da esquerda ou do terceiro mundo, é retrógrada e
antimodernização identitária; agora, ela vem dos excluídos dentro do próprio
Norte – Brexit, Trumpism, Frexit – com forte apoio popular não traduzido pela
grande mídia
o America great? Não é a América que encantou Tocqueville – democrática, liberal,
multicultural, que influencia o mundo

5) Brasil: realista?
 Misto de Realista, Neorrealista, Interdependência Complexa, Globalista...
 Não se prende a doutrinas, mas ao interesse nacional

BIBLIOGRAFIA

- CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais. Brasília, FUNAG, 2016. p. 312-337.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1152-Teoria_das_Relacoes_Internacionais-
novo.pdf >

- DONNELLY, Jack. Realism and international relations. New York, Cambridge University Press,
2000. p. 7-25 Disponível em
<http://ndc.gov.bd/lib_mgmt/webroot/earticle/1497/Realism_and_International_Relations.pd
f>

- HUGHES, Christopher W.; MENG, Lai Yew (eds.). Security Studies: A reader. New York,
Routledge, 2011. p. 118-124; 391 e ss. VER ANEXO

- HUNGTINTON, Samuel. The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order. Nova
iorque, Simon & Schuster, 1996.

- MEARSHEIMER, John. The Tragedy of Great Power Politics. Nova Iorque, WW Norton, 2001.

- WALTZ, Kenneth. Theory of international politics. Waveland Press, 2010.

- WALTZ, Kenneth. Man, the State, and War: A Theoretical Analysis. Columbia University Press,
Illinois, 2001.
Links:

http://www.globalfirepower.com/

http://foreignpolicy.com/2016/04/12/donald-trump-has-a-coherent-realist-foreign-policy/

https://issforum.org/roundtables/policy/1-5l-trump-ir

https://www.policyforum.net/trump-will-test-international-relations-theory/

Aula 10

INTERDEPENDÊNCIA E REGIMES INTERNACIONAIS

Interdependência

Escola do liberalismo

Enquanto o realismo advoga centralidade no e para o Estado, o liberalismo enxerga outras


forças que possuem papel legitimante nas Relações Internacionais.

Noção progressista e otimista sobre a natureza humana, a confiança no progresso humano, a


partilha de responsabilidades comuns em prol da paz, da justiça e da cooperação, bem como a
força normativa das instituições multiltaterais, dos regimes internacionais e das regras
pactuadas entre os povos são marcos do liberalismo.

O liberalismo clássico defende o pacifismo de cunho cooperativo, transparente e progressista


além do conjunto de princípios jusnaturalistas (kantianos). Além disso, enfatiza o
cooperativismo estatal com tendências de formalização de uma comunidade perfeita e
comunitária de Thomas More (Utopia, 1587)

teóricos realistas tenta minar os principais eixos teóricos do liberalismo ao disseminar que suas
premissas partem de uma constatação equivocada e excessivamente onírica sobre a natureza
profunda do ser humano

Alighieri para que a boa ordem do mundo a Monarquia é necessária


Jusnaturalismo idealista de linha teológica Séc. XVII-XVIII Abade de Saint-Pierre Filosofia
política Idealismo / Liberalismo (ILI) Séc. XVI: Thomas More Séc. XX: Wilson Filosofia jurídica e
moral Idealismo / Pacifismo Séc. XVIII: Immanuel Kant Séc. XX : Gandhi Herança jurídico-
internacionalista-diplomática Séc. XVIII: Emer de Vattel

idealização das premissas que estão presentes na escola liberal: a lógica da boa fé, da
cooperação, da interação normativa e igualitária das unidades políticas na esfera internacional
e um arcabouço jurídico capaz de articular a paz e a justiça mundiais por meio de partilha e
aceitação de valores universais. Alguns trechos do texto fundamental de Kant, À Paz Perpétua,
que lança as bases e consolida o ideário liberal (idealista) direito internacional

KANT, Immanuel. À Paz Perpétua

liberalismo de vertente sociológica e de perspectiva democrático- -republicana (pax


democratica) O primeiro se funda na capacidade e na importância do agir e do relacionar-se,
enquanto que a segunda possui seu ideário construído a partir de fundamentações teóricas
sobre a estrutura (comunidade internacional), tendo por base a eticidade da paz e a
voluntariedade da coisa pública (bem humano maior transcedental).

O sociologismo republicano enfatiza, por meio da escola liberal, que se deve ter atenção
especial nas instituições internas dos países, pois as mesmas levam a mudanças mais sensíveis
para paz e a cooperação internacionais com base em valores comuns dos povos. promoção da
paz por via da intensificação dos relacionamentos de vários níveis e estágios no campo
comercial.

discurso da tese idealista de assistência humanitária àquele país destroçado pela desordem e
pela desagregação de líderes guerrilheiros locais, com claros interesses políticos de
sensibilização do eleitorado norte-americano com a mesma exitosa fórmula da Guerra do
Golfo (1991) para a reeleição do Presidente Bush. Não deu certo repetir a mesma prática do
Golfo em 1991.

O liberalismo de linha sociológica enfatiza a importância do pluralismo bem como o


fortalecimento da diversidade de atores, traz as sementes da transnacionalização como
fundamento da paz, do progresso e da estabilidade internacionais. O teórico Karl Deutsch foi
um dos grandes defensores do liberalismo de linha sociológica, especialmente, a defender a
tese da comunidade que seria ampliada e fortalecida por meio dos atores supranacionais,
especialmente, por meio dos indivíduos e demais atores. Dissemina-se a adoção de medidas
construtoras de confiança, as confidence-building measures comunicação constante e a
transparência entre os Estados para evitar tensões, diminuindo a potencialidade de conflitos.

idealismo de linha democrático-republicana não intervenção e de respeito das leis


internacionais, contida nos escritos de Kant (Da Paz Perpétua, 1795) até culminar nos 14
pontos do Nobel da Paz de 1920, o Presidente Woodrow Wilson, que iria amoldar a ordem
internacional do interbellum por meio do principismo do Direito Internacional Público, sempre
preservando uma ordem justa e equitativa de preservação da não ingerência nos assuntos
internos dos Estados, salvo por uma clara demanda humanitária multilateralmente decidida e
aprovada.

Kant, de linha clássica liberal, Da Paz Perpétua, recomendações irrealistas, como abolição dos
exércitos permanentes

A corrente idealista identifica-se mais com o “sollen” , ou o “dever ser”

Síntese das recomendações kantianas para a paz perpétua: uma análise do liberalismo
democrático-republicano Primeiro artigo preliminar: Nenhum tratado de paz deve ser tomado
como tal se tiver sido feito com reserva secreta de matéria para uma guerra futura Segundo
artigo preliminar: Nenhum Estado independente (pequeno ou grande) pode ser adquirido por
outro Estado por herança, troca, compra ou doação Terceiro artigo preliminar: Exércitos
permanentes devem desaparecer completamente com o tempo Quarto artigo preliminar: Não
deve ser feita nenhuma dívida pública em relação a interesses externos do Estado Quinto
artigo preliminar: Nenhum Estado deve imiscuir-se com emprego de força na constituição e no
governo de outro Estado Sexto artigo preliminar: Nenhum Estado em guerra com o outro deve
permitir hostilidades tais que torne impossível a confiança recíproca na paz futura; deste tipo
são: emprego de assassinos, envenenadores, quebra de capitulação e instigação à traição no
Estado com quem se guerreia Primeiro artigo definitivo: A Constituição civil em cada Estado
deve ser republicana Segundo artigo definitivo: O direito internacional deve se fundar em um
federalismo de Estados livres Terceiro artigo definitivo: O direito cosmopolita deve ser limitado
às condições da hospitalidade universal

As premissas do idealismo de linha democrático-republicada enfatizam que os eventos


internacionais são mais influenciados pelo conjunto normativo-jurídico internacional, pela
moralidade, pelo altruísmo e pelas organizações multilaterais internacionais, que pelos capitais
de força-poder-interesse considerados isoladamente.

Os idealistas acreditam que a natureza humana é, originariamente, boa e, com bons hábitos,
educação e estruturas internas adequadas, o próprio homem pode se tornar a base de uma
relação internacional pacífica, cooperativa e igualitária.

O idealismo democrático-republicano enfatiza a percepção da pax democrática. Isto é, a


democracia é fator positivamente contributivo para a paz das nações.

Os idealistas de linha democrático-republicana fizeram atuar suas ideias entre as duas grandes
guerras mundiais, através da criação do Pacto da Liga das Nações, dos Acordos de Locarno e da
Declaração da Conferência de Munique de 1938 às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
Buscava-se então a abolição completa do recurso político à guerra por meio de um mero ato
jurídico internacional lacônico, sem estarem fundamentadas as bases sólidas para a paz, a
segurança e a estabilidade dos Estados. O resultado seria o ciclo de descrédito, apatia coletiva,
desconfiança e armamentismo, ocasionando novos conflitos mundiais que há muito vem
delegando uma frágil paz e um sentimento coletivo de insegurança entre os Estados.
Realismo rejeita o sentido principista de igualdade, moralidade, ética, transparência e
normatização jurídica e isonômica dos Estados. Direitos Humanos

Liberalismo de linha jurídica (Idealismo). Da jurisdicidade do ideal.

Há duas grandes correntes sobre a efetividade e a eficácia do Direito Internacional. A primeira


corrente que, de forma ufanista e idealista, admite não somente sua completa efetividade e
eficácia, como também desvia, à guisa de justificativa, o foco das reconhecidas deficiências do
DI para a irresponsabilidade dos países centrais. Se o DI porventura é falho é em decorrência
não de sua jurisdicidade e sim por conta da racionalidade maquiavélica de boa parte dos
Estados e de seus policymakers na luta pelo poder e na defesa de sua agenda doméstica e
externa. Isto é, as falhas e as precariedades do DIP são exógenas ao sistema jurídico, havendo,
assim, uma ênfase no caráter deôntico (“dever ser”) do DI que prima pela necessidade de seu
cumprimento com a existência de uma “comunidade internacional” legalmente estabelecida e
ordenada. O sistema jurídico internacional é perfeito em suas atribuições, é coeso e
representa a forma de regulação dos Estados na esfera internacional. A superação das
arbitrariedades, da truculência e do ímpeto belicista unilateral do(s) país(es) hegemônico(s)
ocorreria unicamente pela limitação da autonomia da vontade desses Estados com a
predominância e o reconhecimento universal da jurisdicidade do DI. Essa corrente também
assevera que, de forma idílica, a ética, a moralidade, o multilateralismo e o espírito
cooperativo dos povos sob a égide do Direito Internacional devem prevalecer sobre as
ambições armamentistas alimentadas pela sede hegemônica de países centrais – casus belli
para várias instabilidades, guerras, revoluções e conflitos armados no cenário internacional.

A segunda corrente nega a efetividade e a eficácia (jurisdicidade) do Direito Internacional


como também rejeita a existência de uma “comunidade internacional”. De cunho realista, essa
corrente desconhece a jurisdicidade traduzida em termos de reduzida efetividade e eficácia do
DI. Parte dos axiomas defendidos por essa corrente brota da perspectiva ôntica sobre o
relacionamento externo com seus preceitos muito se aproximando do realismo clássico. Não
há objetividade, imparcialidade e isonomia do DI por conta da heteronomia do cenário
internacional com suas forças estatais e não estatais subjacentes voluntarismo

máximas de Hobbes: “homo lupus hominis” e “bellum omnium contra omnes”.

interdependência complexa (Modelo de Nye-Keohane) emergência de novos atores no plano


internacional que questionam e redefinem a natureza estatocêntrica internacional. Observa-se
a relação intrínseca entre Estado, novos atores e o mercado global. Os conflitos são de
natureza econômico-comercial e financeira e têm na prática da arbitragem, da negociação
internacional e na mediação transnacional uma de suas principais características. Power and
interdependence Estados estão atrelados a uma ampla rede de contatos, interesses,
articulações e fluxos transnacionais, mostrando a emergência de novos atores não estatais
internacionais.

Quatro imagens da globalização: ilustração da economia política internacional Globalização


assimétrica (Articulação político-decisória e institucional integrada nos foros multilaterais e no
relacionamento bilateral com aumento de exclusão participativa e volatilidade para o Estado)
Globalização especulativo-financeira (Elevada interação desterritorializada financeira
predatória resultando em baixa controlabilidade com aumento de volatilidade para o Estado)
Globalização solidária (Centralidade sociocultural e humanitária com redução de volatilidade
para o Estado) Globalização produtiva (Ênfase no eixo econômico-comercial e de
investimentos diretos estrangeiros de médio/longo prazos com redução da volatilidade para o
Estado)

Regimes internacionais

Stephan Krasner defines international regimes as “sets of principles, norms, rules, and
decision-making procedures around which actor expectations converge in a given issuearea of
international relations.”

Liberals argue that the basic reason for states to create international regimes is to overcome
the prisoner’s dilemma in international relations. Realists focus on power and distribution
rather than information and joint gains in explaining the reason why international regimes are
formulated. The hegemonic stability theory perceives international regimes as subsystem of a
hegemonic system, and hegemons use its power to create international regimes. Peter Haas
argues that international regimes would be created by the hegemon, but its substance would
reflect epistemic consensus.

As the structure of international relations has been changed, the international regime theory
has been criticized for further development. First, the international regime theory has been
mainly applied to the study of international political economy in the US. Second, the
international regime theory is not applicable to the multidimensional issues where many issues
are linked each other. the concept of global governance may be able to improve this weakness.
Third, the constructivism in international studies suggests that the practice of states and other
actors is one of the most important sources to change international regimes.

We often use the term of international regime like WTO regime, IMF regime, NPT regime, UN
human right regimes and global environmental regimes. Since the 1970s, both liberals and
realists have been concerned with international regimes, but they differ in their reasons.
Liberals proposed theories of international integration as European integration hypotheses
and scenarios of how to restrict national sovereignty by promoting integration of nation-
states. criticized because of its optimism for constraining national sovereignty. Many
integration theorists shifted their concern to transnational actors and interdependence

liberals proposed the concept of international regimes that constrain nation-states’ behavior.
realists were also concerned with the concept of international regimes Why world economy
has become borderless in spite of borderful nation-states system? The hegemonic stability
theory was proposed to answer this question. It argues that international politics is basically
ruled by power politics, therefore, hegemonic wars have been occurred between declining
hegemons and rising challengers. And, when a new hegemon appears, then the hegemon
provides a borderless economy system. International regimes can be seen as subsystems of
hegemonic system.
Stephan Krasner He applied his international regime theory to North– South problems. His
analysis of multinational enterprises and the New International Economic Order (NIEO)
declared in 1974 clearly the meaning of principles, norms, rules and decision-making
procedures in real world (see The New International Economic Order). Krasner argues that the
prevailing international economic regime is based on the principles that see foreign direct
investment benefit both investors and the countries being invested in. Therefore, national and
multinational corporations are to be treated symmetrically as norms of the regime.

The Developing World has demanded changes in the prevailing economic regime. Krasner
explains individual North–South negotiations in terms of the competing two international
regimes.

International regimes include not only explicit rules like international treaties but implicit
customs.

BIBLIOGRAFIA

- CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais. Brasília, FUNAG, 2016. p. 338-362.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1152-Teoria_das_Relacoes_Internacionais-
novo.pdf >

- DEUTSCH, Karl. Política e Governo. Brasília, UnB.

- DEUTSCH, Karl. Análise das relações internacionais. Brasília, UnB.

- HUGUES, Christopher W. e MENG, Lay Yew (eds.). Security Studies: A Reader. Routledge,
Londres, 2011.

- KEOHANE R. O. (1984). After Hegemony: Cooperation and Discord in the World Political
Economy, 290 pp. Princeton: Princeton University Press.

- KEOHANE, R.O., & Nye, J.S. (1987). Power and Interdependence Revisited. International
Organization

- KEOHANE, R.O. & Nye, J.S. 1997. “Interdependence in World Politics.” In Crane, G.T. &
Amawi, A., The Theoretical evolution of international political economy: a reader. New York:
Oxford University Press.

- KEOHANE, R.O., & Nye, J.S. (1998). Power and Interdependence in the Information
Age. Foreign Affairs.

- KEOHANE, Robert O.&; Nye, Joseph S. (2011). Power and Interdependence revisited.
Longman Classics in Political Science

- KRASNER, S. D. (ed.) (1983). International Regimes. Ithaca: Cornell University Press.

- KRASNER, S. D. (1985). Structural Conflict: The Third World Against Global Liberalism.
Berkeley, CA: University of California Press.
- NYE Jr., Joseph S. The Future of Power. Public Affairs. Nova Iorque: 2011. (Ler subcapítulo
“Economic interdependence and power”)

- WILLIAMS, Paul D. (ed.). Security Studies: An introduction. Routledge, Londres, 2008.

Aula 11

CONSTRUTIVISMO

durante o período de interbellum entre a primeira e segunda guerra (1919-1939),567 houve


intensidade e domínio dos debates teóricos no entorno do liberalismo (institucionalista e
republicano) – a Liga das Nações (SDN), como primeira experiência multilateral, havia surgido,
fortalecendo muitas das aspirações idealistas. Ainda no mesmo contexto histórico, durante o
continuum do pós-guerra, o realismo (neoclássico) – hegemônico até então – contradizia e
desacreditava o liberalismo clássico com suas características idílicas e até mesmo oníricas e
dominou os cenários acadêmicos no transcurso da primeira grande geração de debates em RI.
O behaviorismo e o positivismo formaram complementaridades como subsídios temáticos ao
debate desta primeira geração. Na segunda geração, o neorrealismo em oposição ao
neoliberalismo ocupou, com visibilidade, a agenda acadêmica dos anos setenta e oitenta. Na
terceira geração de debates em RI, já no contexto pós-Guerra Fria, o construtivismo surge de
maneira mais impávida, pulverizando novos paradigmas, diante do racionalismo então vigente
como principal tema Enquanto escolas específicas se estruturam no âmbito normativista, pós-
positivista e de cunho metodológico,569

o construtivismo se apresenta como de linha ontológica, isto é, representa a síntese das


abordagens sobre a teoria do ser (Sein) com suas capacidades decisórias e interlocuções.
construir o ethos das Relações Internacionais: o pensamento, as ideias e os valores possuem
força maior que as estruturas materiais disponíveis; e, por fim, a formação das ideias e dos
ideais fazem parte da construção dos interesses, das identidades e da consciência partilhada
dos agentes internacionais.

O construtivismo, como marco teórico, é bastante recente no estudo teórico das Relações
Internacionais, tendo surgido, especificamente, no final dos anos oitenta. O termo usado é
“agente”, não ator nem sujeito

O outro elemento da dicotomia é “estrutura”, ou seja, o meio, o macroambiente

Constructivist theories which developed in international relations in the early 1990s challenged
the central theoretical perspectives in the academic discipline of international relations. During
the Cold War and most of the history of international relations, the research agenda was
dominated by rationalist approaches which subordinated morality to the interests of power.
The constructivist framework challenges this emphasis on power and seeks to demonstrate
that rather than power, it is norms and values which shape the behaviour of the majority of
states. States may still wield power in terms of military and coercive might but the use of this
power is not guided solely by amoral state interests. Rather, in the constructivist framework,
power is constrained and state interests reshaped through international normative structures
created by the multiple interactions of state and non-state actors in actually existing global
civil society. A escola construtivista tem influências, sobretudo, da sociologia com centralidade
para autores como Anthony Giddens, Peter Berger

três grandes autores que trazem contribuições seminais para a escola construtivista: Onuf,
Kratochwil e Wendt. Segundo Pontes Nogueira e Messari, o construtivismo inicia-se a partir da
publicação da obra World of our Making – Rules and Rule in Social Theory and International
Relations de 1989.

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de sociologia


do conhecimento.

realismos (clássico, neoclássico) – exceto o realismo estrutural – defendem que a antecedência


ontológica está no ente, isto é, no agente (Estado), dotado de personalidade jurídica e de
capacidade de articular seus interesses e seu poder no contexto internacional. Wendt é um
autor estatocentrista WENDT, Alexander. Social theory of international politics.

matrizes do construtivismo que oscilam entre o realismo construtivo e o idealismo construtivo.


Há também o construtivismo moderado e o radical.

constructivists argue that the world is constituted socially through intersubjective interaction;
agents and structures are mutually constituted; and that ideational factors such
as norms, identity and ideas generally are central to the constitution and dynamics of world
politics.

Constructivism, a term first elaborated by Nicholas Onuf in his groundbreaking book World of
Our Making in 1989

From the realist perspective, one prominent (if misguided) perception is that constructivism has
generally eschewed a focus on the power politics of security and focused instead on
the development of benign norms for managing interstate competition and
institutionalizing broader forms of political community (see Mearsheimer
1994/95).
Such a perception indicates the commitment of realists to a narrow conception of security,
defined in terms of states, militaries and the use or threat of force.

Constructivists would argue that their approach actually enables a more sophisticated and
complete understanding of dynamics traditionally associated with realist approaches to security,
constructivist approaches are able to come to terms with periods of structural change enabled by
strategic actors in world politics; most prominently the end of the Cold War.

security is a social construction.

Security may be understood, for example, as the preservation of a group’s core values. what
its core values are; where threats to those values may come from; and how the
preservation or advancement of these values might be achieved For constructivists, answers to
these questions that bring security into being.
Constructivists are therefore united in their commitment to avoiding
universal and abstract analytical definitions of security Hopf (1998), state
political leaders designate other states as ‘friend’ or ‘enemy’ – and approach
them as such – on the basis of conceptions of identity.
fundamental shared assumption for constructivists:
that non-material or ideational factors in general are central to the construction
and practices of security in world politics. Aside from identity (perceptions of
relationship between security and identity is to point to how national identity
(and associated historical experience or cultural context) helps determine the
content of a state’s interests and therefore the way it will ‘act’ in global politics.
Constructivists have devoted a significant amount of time and research activity to exploring
how international norms evolve and come to provide limits to acceptable state behaviour in
general
Constructivists are able to highlight the ways in which perceptions of threat
are linked (for example) to both the politics of identity and perceptions of the
legitimacy of particular actors according to sets of shared norms.
security is constructed in
the sense that different actors behave according to different discourses –
‘frameworks of meaning’ – of security.
Instead of developing abstract definitions of security, constructivists work from
the premise that we would do better to focus on how security is given meaning
In realist approaches, security is enacted
at the level of policy elites with negotiation between policy elites and the public
having little or no role. Constructivist approaches
contest these positions and point to the importance of public support for or
acquiescence to elite discourses. emphasizing the role of representation.

In summary, constructivists share a belief that security is a social construction, meaning


different things in different contexts. Security is also seen
as a site of negotiation and contestation, in which actors compete to define the
identity and values of a particular group in such a way as to provide a
foundation for political action. Identity and norms are seen as central to the
study of security, together providing the limits for feasible and legitimate
political action. Finally, agents and structures are mutually constituted and,

❚ The Copenhagen School


the most concerted attempt to develop a theory or framework for the study of
security in the constructivist tradition. collective research agenda of various academics at the
(now defunct) Copenhagen Peace Research Institute in Denmark, centred around
the work of Barry Buzan and Ole Wæver. This collaborative work culminated
in the 1998 text, Security: A New Framework for Analysis, co-authored by Barry
Buzan, Ole Wæver and Jaap de Wilde. context of post-Cold War calls to broaden definitions of
security that sought to include a range of pressing and hitherto neglected
concerns such as environmental change, poverty and human rights on state
security agendas.

central concepts are ‘sectors’, ‘regional security


complexes’ and ‘securitization’.
sectors are defined as arenas entailing particular types of security interaction
Including military, political, economic, societal and environmental fields
Regional security complexes, are defined as sets of units whose security processes and
dynamics ‘are so interlinked that their security problems cannot reasonably be
analysed or resolved apart from one another’ geographic regions, Europe, the Americas, Asia,
the Middle East and Africa. The suggestion here is that the regional level of analysis is
becoming increasingly important for global security dynamics but has been
poorly theorized.
the central contribution of the Copenhagen School is the concept of
Securitization, first outlined in depth by Wæver in 1995, refers to the
discursive construction of threat. More specifically, securitization may be
defined as a process in which an actor declares a particular issue, dynamic or
actor to be an ‘existential threat’ to a particular referent object. If accepted as
such by a relevant audience, this enables the suspension of normal politics and
the use of emergency measures in responding to that perceived crisis. Security,
in this sense, is a site of negotiation between speakers and audiences, albeit one
conditioned significantly by the extent to which the speaker enjoys a position
of authority within a particular group. institutional voice, by elites’.
The articulations of threat themselves come in the form of ‘speech acts’.
For Wæver (1995: 55), by using the language of security
and threat ‘a state-representative moves a particular development into a specific
area, and thereby claims a special right to use whatever means are necessary to
block it’. This is one (albeit prominent) example of conceptual development
in the Copenhagen School: from originally positioning the speech act itself as
securitization, by 1998 these ‘speech acts’ were defined as securitizing moves,
with an ‘issue securitized only if and when the audience accepts it as such’
For the Copenhagen School, security is
defined in opposition to a conception of ‘politicization’ or ‘normal politics’ that
❚ Securitization: the process whereby a securitizing actor defines a particular
issue or actor as an ‘existential threat’ to a particular referent object and this
move is accepted by a relevant audience.
❚ Regional security complex: a set of units in a particular geographical area
whose security processes and dynamics are interlinked to the extent that
their security problems need to be understood or addressed in conjunction
with each other.
❚ Security sectors: fields of activity or arenas (military, societal, political,
economic and environmental) that entail particular forms of security
interactions and particular definitions of referent objects.

is defined by the rule of law, open political deliberation, and is ultimately


suggestive of a Western liberal democratic state. Western political leaders have
characterized a particular issue as an existential threat both to the sovereignty
of the state and the national identity and cohesion of the nation.
immigrants Closing off borders and even deploying troops – actions seen as the preserve of
‘real’ security –

elegant and tight theoretical framework for security,


a number of questions are left unanswered in the Copenhagen School
framework. How do we know when an issue has been successfully securitized?
Within International Relations, constructivism is often more readily associated
with the development of norms for global governance and the role of ideational
factors in world politics generally than with the militarized power politics that
characterizes most accounts of security in global politics. Yet constructivists
would argue – rightly – that the tools of their analysis enable a far more
sophisticated understanding of ‘traditional security’ dynamics than traditional
security approaches. standards of legitimacy or the politics of identity

Barry Buzan, Ole Wæver and Jaap de Wilde, Security: A New Framework for
Analysis (Boulder, CO: Lynne Rienner, 1998). The key statement to date on
the Copenhagen School approach to security.
Karin Fierke, Critical Approaches to International Security (Oxford: Polity Press,
2007). An excellent introduction to what it means to think of security as a
social construction.
Ted Hopf, ‘The promise of constructivism in International Relations theory’,
International Security, 23(1) (1998): 171–200. An excellent overview of the
constructivist contribution to the study of International Relations.
Peter Katzenstein (ed.), The Culture of National Security: Norms and Identity in
World Politics (New York: Columbia University Press, 1996). One of the key
texts outlining a (largely conventional) constructivist approach to security
and applying it to various cases.
Jutta Weldes et al. (eds), Constructing of Insecurity (Minneapolis: University of
Minnesota Press, 1999). A key text in outlining a critical constructivist
approach to security and applying this to various cases.
Alexander Wendt, ‘Anarchy is what states make of it: the social construction of
power politics’, International Organization, 46(2) (1992): 391–425. A
seminal article pointing to the mutual constitution of structures and agents.

Peace Studies
The origins of peace studies lie in the 1950s when scholars on both sides
of the Atlantic endeavoured to establish the fields of conflict research
and peace research. Initially, the focus was on developing systematic,
interdisciplinary studies of conflict and war within the confines of a
positivist understanding of social science. This commitment coexisted
somewhat uncomfortably with the normative leanings of those early
pioneers. Using the work of peace studies’ most famous and prolific
contributor, Johan Galtung, as the key reference point, this chapter

BIBLIOGRAFIA

- CASTRO, Thales. Teoria das Relações Internacionais. Brasília, FUNAG, 2016. p. 338-362.
Disponível em <http://funag.gov.br/loja/download/1152-Teoria_das_Relacoes_Internacionais-
novo.pdf >

- HUGUES, Christopher W. e MENG, Lay Yew (eds.). Security Studies: A Reader. Routledge,
Londres, 2011, p. 179-183

- WILLIAMS, Paul D. (ed.). Security Studies: An introduction. Routledge, Londres, 2008. p. 59-72
Aula 13

INSTITUIÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Abordagem teórica: complexos regionais de segurança

 Buzan e Weaver (Regions and Powers: the structure of international security)


 Realismo (anarquia e predomínio do Estado)
 Construtivismo
o Securitização - construção discursiva de conceitos de ameaça e segurança
o Natureza multissetorial da segurança (militar, política, cultural, étnica, direitos
humanos, democracia, ambiental?, desastres naturais)
 Interdependência - Complexo regional
o Não é possível separar segurança individual da regional

Nacionais

Ministério da Defesa

 Forças Singulares
o Marinha, Exército e Aeronáutica
 EMCFA
o Operações conjuntas, assuntos estratégicos e logística
 Secretaria Geral
o SEPROD, CENSIPAM, Calha Norte

Ministério das Relações Exteriores

 Departamento de Defesa (Defesa e Ilícitos transnacionais)


 Departamento de Organismos Internacionais (DPAZ, DDS)
 Departamento Consular e Jurídico (DIM)

Gabinete de Segurança Institucional

 ABIN, Sisbin

Ministério da Justiça

 Polícia Federal

Internacionais

Sistema interamericano

 JID (Junta Interamericana de Defesa, 1942)


 TIAR (1947)
 OEA (redefinição, multidimensionalidade)
 CID (Colégio Interamericano de Defesa)

Sistema sulamericano (UNASUL)

 Um dos poucos pólos de estabilidade no mundo


 Prioridade para o Brasil – entorno estratégico (PND, END, Livro Branco)
 Conselho de Defesa Sul-americano
 Em construção (interrompida?)
 Identidade sul-americana de defesa
 Ameaças x riscos
o Crime transnacional, migrações, desastres naturais
o Patrimônio
 40% da biodiversidade
 28% da água doce
 30% da produção agrícola
 Dissuasão regional – concertar posições, base industrial de defesa integrada

Sistema euroatlântico (OTAN)

 Guerra Fria, afirmação de valores ocidentais


 Dissuasão contra o Pacto de Varsóvia
 Colapso da URSS, expansão / adesão do Leste Europeu
 Expansão da doutrina extrarregional (out of area)
o Leste Europeu, Oriente Médio, Norte da África
o Possibilidade de crise na periferia do Atlântico
 Defensiva ou ofensiva?
o Deslocar o foco: da proteção territorial para a expansão dos valores e interesses
o Prevenção e administração de crises
 Non-Article V missions
 Dilemas
o Europeu vs transatlântico
o Assimetria operacional e política
o Orçamento (2% PIB)

Sistema europeu (OSCE, UE)

 Organização de Segurança e Cooperação Europeia


 Sem coesão: UE (euroatlântico) vs Rússia (euroasiático)
o “Europeizar” a Rússia – boa governança, capitalismo
o Putin (2000) – conter a penetração ocidental na Ásia Central e Cáucaso,
centralização, securitização das relações com a Europa (energia)
 Georgia, Ucrânia
 União Europeia
o Alta Autoridade para Assuntos de Segurança e Defesa – Estratégia Global 2016
o Prevenção e administração de crises

Sistema africano (União Africana)

 OUA, 1963 / União Africana, 2000


 Influência da África do Sul pós-apartheid
Sistema do Sudeste Asiático (ASEAN)

 Incapacidade de atuar como contrapeso à China


 Comunidade de Segurança

Sistema global - Organização das Nações Unidas

 Secretariado
o DPKO
o Comissões (Plataforma Continental)
 Conselho de Segurança
o Capítulos VI e VII
o Renovação
 Assembleia Geral
o Uniting for peace
 Corte Internacional de Justiça

Bibliografia

ABDUL-HAK, Ana Patrícia N. T. O Conselho de Defesa Sul-americano (CDS).


Objetivos e interesses do Brasil. Brasília, FUNAG, 2013 (p. 33-69 e 193-211)

BUZAN, Barry e WAEVER, Ole. Regions and Powers: the structure of international
security. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

Links

MINISTÉRIO DA DEFESA: http://www.defesa.gov.br/

GSI: http://www.gsi.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/organograma

ABIN: http://www.abin.gov.br/institucional/estrutura/

Sistema brasileiro de inteligência (SISBIN): http://www.abin.gov.br/atuacao/sisbin/

Polícia Federal: http://www.pf.gov.br/

UNASUL - Conselho de Defesa Sul-americano

http://esude-cds.unasursg.org/index.php/academia/recursos/150-
entrevista-al-profesor-antonio-ramalho-secretario-ejecutivo-de-la-
esude

Sanahuja, J. A. & Verdes-Montenegro Escánez, F. Seguridad y defensa en


Suramérica: regionalismo, cooperación y autonomía en el marco de UNASUR:
Anuario de Integración 10, Año 2014 487-530, disponível em
http://www.cries.org/wp-content/uploads/2014/11/Anuario-2014-1.pdf
OTAN: http://www.nato.int/cps/en/natohq/structure.htm

Agência de Defesa Europeia: https://www.eda.europa.eu/Aboutus/who-we-are/Organisation

Política de Defesa e Segurança Comum (CSDP): https://eeas.europa.eu/topics/common-security-and-


defence-policy-csdp_en

ASEAN, Departamento de Política e Segurança: http://asean.org/asean/asean-structure/organisational-


structure-2/

Rússia, Tratado de Segurança Coletiva: http://www.odkb.gov.ru/start/index_aengl.htm

Outras estruturas:

 Axis of Resistance (Irã, Síria e Hezbollah)


 Organization of the Eurasian Law Enforcement Agencies with Military Status
 Peninsula Shield Force - the military force of the Persian Gulf nations of Saudi Arabia, United Arab
Emirates, Qatar, Oman, Kuwait, and Bahrain
 Asia Cooperation Dialogue (http://www.acd-dialogue.org/)
 Shanghai Cooperation Organisation (SCO) Rússia, China e outros. (http://eng.sectsco.org/) ;

OPERAÇÕES DE PAZ – DPAZ

Conforme solicitado pelo Ministro Alessandro, seguem leituras


indicadas com referência à palestra que farei em maio próximo sobre
os temas da Divisão de Paz e Segurança Internacional no âmbito do
Curso de Defesa, Segurança e Política Estratégica no IRBr.

Praticamente todas as obras podem ser descarregadas gratuitamente


em PDF nos portais de internet dos respectivos editores.

Esclareço que são apenas leituras recomendadas para os alunos que


desejarem se aprofundar mais. Irei tratar os assuntos de maneira
mais "panorâmica" e não é necessário que leiam tudo isso antes da
palestra.

Um abraço,

Christiano

BAUMBACH, Marcelo. Sanções do Conselho de Segurança: direito


internacional e prática brasileira. Brasília: FUNAG, 2014.

BENAVENTE R., María Cristina; DONADIO, Marcela; VILLALOBOS, Pamela.


M. Cristina. Manual de formación regional para la implementación de
la resolución 1325 (2000) del Consejo de Seguridad de las Naciones
Unidas relativa a las mujeres, la paz y la seguridad. Santiago:
CEPAL, 2016.

FAGANELLO, Priscila Liane Fett. Operações de manutenção da paz da


ONU. Brasília: FUNAG, 2013.

FONTOURA, Paulo Roberto Tarrisse. O Brasil e as Operações de


Manutenção da Paz das Nações Unidas. Brasília: FUNAG, 2005.
GARCIA, Eugenio Vargas. Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Brasília: FUNAG, 2013.

HAMANN, Eduarda Passarelli. A força de uma trajetória: O Brasil e


as operações de paz da ONU (1945-2015). Rio de Janeiro: Instituto
Igarapé, 2015.

HAMANN, Eduarda Passarelli (org.). Brasil e Haiti: reflexões sobre


os 10 anos de missão de paz e o futuro da cooperação pós-2016. Rio
de Janeiro: Instituto Igarapé, 2015.

NEVES, Gilda Motta Santos. Comissão das Nações Unidas para a


Consolidação da Paz: perspectiva brasileira. Brasília: FUNAG, 2010.

UZIEL, Eduardo. O Conselho de Segurança, as missões de paz e o


Brasil no mecanismo de segurança coletiva das Nações Unidas.
Brasília: FUNAG, 2015.

VIOTTI, Maria Luiza Ribeiro; DUNLOP, Regina Maria Cordeiro;


FERNANDES, Leonardo Luís Gorgulho N. (orgs.) O Brasil no Conselho
de Segurança da ONU (2010-2011). Brasília: FUNAG, 2014.

ZIEMATH, Gustavo Gerlach da Silva. O Brasil no Conselho de


Segurança das Nações Unidas (1945-2011). Brasília: FUNAG, 2016.

ORDEM MUNDIAL

Hedley Bull

 Neogrociano.
 Teoria normativa das RI baseada na Filosofia jurídica Hugo Grotius (direito da Guerra e da
Paz). Concepção da lei natural. Denominador moral comum apesar das diferenças culturais
 Grotius x Hobbes
 Ordem: padrão de atividade humana que sustenta seus objetivos permanentes, elementares
e primários dos Estados p. 9, 13. Sistema de estados
 Objetivos: manutenção do sistema, Estados, paz, p. 23-25
 Ordem mundial, p. 26-27. Padrões etc. Fim séc XIX – sistema verdadeiramente global.
 Há uma ordem na política mundial? P 31 e ss.
 Sully, Saint Pierre, irenistas.
 Bull: pressuposto – a ordem é parte do registro histórico das RI p. 31-32. Mais que sistema,
sociedade internacional
 P. 32 – 3 tradições doutrinárias: hobbesiana/realista – estado de guerra;
kantiana/universalista, comunidade potencial; grociana/internacionalista, política I dentro de
sociedade de Estados.
o Hobbesiana – vácuo moral e legal (Maquiavel) x conduta moral reside na auto-
afirmação (Hegel). Únicas regras são prudência e conveniência (p. 33) – tratados
respeitados só se convenientes
o Kantiana – vínculos transnacionais (p. 33-34). Cooperação, cidadãos. Todos os
povos têm os mesmos interesses. Imperativos morais que limitam a ação dos
estados.
o Grociana – entre a realista e a universalista (p. 34-35). Sociedade, regras,
instituições. Ao contrário da kantiana, aceita que os Estados são os principais
elementos da sociedade
 P. 49 – surgimento de premissas solidaristas e universalistas e rejeição wilsoniana ao
equilíbrio de poder, difamação da diplomacia e substituição pela administração
internacional p. 50.
 Bull: os elementos da sociedade internacional sempre estiveram presentes no sistema
internacional, mesmo que precariamente p. 51. O sistema internacional moderno reflete as
três tradições hobbesiana, kantiana e grociana. Em diferentes fases históricas, um
predomina sobre os demais. Esses elementos constituem a base para a reconstrução da
sociedade internaconal - distensão p. 54.
 Islã – divide o mundo em dar al Islam (submissão à vontade divina) e dar al Harb (região de
guerra, para conversão) p. 55.
 A sociedade anárquica p. 57. Ausência de poder central (analogia interna). Hobbes, estado
natural, da guerra. Contrato social entre Estados que reproduza o governo interno.
Fragilidades do argumento da anarquia: o sistema internacional moderno não é hobbesiano
(príncipes soberanos), p. 58. Leviatã – estado de guerra não guerra real, mas disposição de
combate todos contra todos, não há comércio etc, não há certo e errado, (p. 59). Mas sim há
um estado de guerra latente.
 Melhor não estado de natureza de Hobbes, mas Locke (p. 60). Sociedade sem governo.
 OBS> Guerra – preparado para o estado hobbesiano de prontidão para a guerra, mas para
evitá-la, constroem estado grociano (direito, instituições, cooperação)
 Clausewitz: a guerra não tem resultados absolutos, p. 61-62. Escrito em 43, antes da era
nuclear.
 P. 67 – ponto de vista marxista – guerra – interesses das elites dirigentes.
 P. 79 – Ordem na sociedade internacional. Interesses comuns. Regras, 81. Instituições, 85.
(regimes)
 Ordem vs justiça, p. 91.
 Equilíbrio de poder, p. 117.
 O direito internacional, p. 147
 A diplomacia e a ordem internacional, p. 187. Diplomacia é a gestão das relações entre
estados por meio de agentes oficiais e meios pacíficos, aplicação da inteligência e do tato.
(OBS exclui uso da força, mas não exclui a ameaça?). Ne impediatur legatio.
 A guerra e a ordem internacional, p. 211. A guerra é a violência organizada promovida pelas
unidades políticas entre si, responsabilidade simbólica (OBS usando meios do Estado,
mobilização, setor produtivo, meios ideológicos, propaganda, material e simbólica). Inter
bellum et pacem nihil est medium - Grotius, 212. (OBS Será? Guerra Fria? Terrorismo?
Hobbes – estado de preparação permanente?) Clausewitz – ato orientado para obrigar
nosso oponente a agir conforme nossa vontade, 213. Razão de Estado. Estado, sistema e
sociedade de estados. Ponto de vista do sistema: desordem da sociedade, mas também de
buscar o equilíbrio (?), p. 215. A guerra não é a continuação da política por outros meios,
mas o fim e a dissolução da política, p. 217. Os custos da guerra aumentaram – os objetivos
de política externa que podem promover se contraíram, p. 222. Ganhos econômicos,
independência, integridade, objetivos ideológicos/religiosos, conquista de territórios (custos
para controlar maiores do que vantagens), p.223.
 As grandes potências, 229
 Um mundo desarmado?
 O sistema de estados está em declínio? 289
LIVROS A LER

SECURITY: INTRODUCTION

13. Part I theoretical approaches, Peace studies, também 407

131. Part II concepts War, 151 Terrorism, 171/340/376/389 Dissuasão, 217 Estratégia, 217

289. Part III institutions Alliances, 291 regional institutions, 307

http://www.un.org/en/peacebuilding/pdf/historical/hlp_more_secure_world.pdf

Crime transna 52

Força 62

Security studies - a reader

3. Incluir na segurança a pobreza e o meio ambiente (perde coerência intelectual com a expansão -
ver posição do BR)
4. Alnold Walfers. Segurança diretamente ligado a interesse nacional (no BR, é uma política pública
- capacidade operacional, mobilização, logística)
p.7

Referências bibliográficas:

CLAUSWITZ, Carl. On War. Modem Library, 1943

- MEARSHEIMER. Tragedy of Great Power Politics.

TERRORISMO

 Pinto – 41. Há mais de 25 séculos, Sun Tzu, o método tradicional de enfrentar ameaças é
identificar os inimigos, avaliar força e preparar-se para detê-lo ou idssuadi-lo mediante
forças numerosas ou detentoras de capacidade tecnológtica superior. Grande parte dos
países defronta-se com ausência de meaça externa estatal, claramente mensurável e
caracterizadamente hostil. Importância da prevenção para eviter novas ameaças –
segurança cooperativa
 Islã – divide o mundo em dar al Islam (submissão à vontade divina) e dar al Harb (região de
guerra, para conversão) Bull, p. 55.
 Nye, get smart - The current struggle against Islamist terrorism is much less a clash of
civilizations than an ideological struggle within Islam. The United States cannot win unless
the Muslim mainstream wins... Soft power is needed to reduce the extremists' numbers and
win the hearts and minds of the mainstream.

ALSINA JUNIOR, J. P. S. Rio Branco, grande estratégia e o poder naval. Editora FGV, 2015.

MATHIAS, S. K. Sob o Signo de Atena: gênero na diplomacia e nas Forças Armadas.

- WALTZ, Kenneth. Theory of international politics. Waveland Press, 2010.

- WALTZ, Kenneth. Man, the State, and War: A Theoretical Analysis. Columbia University Press,
Illinois, 2001.

 Mentalidade militar: Capacitações operacionais para atender aos requisitos de


monitoramento, controle, mobilidade e presença. Disciplina e hierarquia.

BULL

 P. 49 – surgimento de premissas solidaristas e universalistas e rejeição wilsoniana ao


equilíbrio de poder, difamação (desprestígio) da diplomacia e substituição pela
administração internacional p. 50.

São Tomás de Aquino, expressa na Summa Theológica é emblemática: Finis politica est
urbanum bonum (o fim da política é o bem comum)
INSTITUTO RIO BRANCO
CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS E DIPLOMACIA

PERÍODO: 10/07/2019 a 18/12 (Semestre integral é de 08/7 a


20/12)

QUARTAS-FEIRAS DAS 10h45 às 12h15

OBJETIVOS DO CURSO

 Apresentar a importância da comunicação estratégica para os alunos do


Instituto Rio Branco e como ela pode ser usada no aperfeiçoamento da
imagem da instituição, de seus membros e dos interesses diplomáticos.

 Apresentar técnicas de comunicação e de relacionamento com a mídia e


formadores de opinião.

 Ajudar na seleção de mensagens que informem e formem a opinião


pública, com reflexos saudáveis na política de relacionamento com a
mídia e a sociedade.

 Aperfeiçoar o desempenho dos participantes a partir de laboratórios


práticos de entrevistas para a imprensa.
CALENDÁRIO DE AULAS – DIPLOMACIA E RELAÇÕES
PÚBLICAS
Quartas-feiras (10h45 às 12h15)

MÊS/DATA TEMA DA AULA


JULHO
10/7 Aula inaugural – Macrotendências da comunicação
17/7 Reservada para convidado (Comunicação/Itamaraty) – A
confirmar
24/7 Reservada para convidado externo – Embaixador (UK ) A
confirmar
31/7 Panorama atual da comunicação global
AGOSTO
7/8 As mensagens
14/8 Fundamentos de Media Training I
21/8 A construção da imagem (continuação de Fundamentos de
MT I)
28/8 Funcionamento dos Meios de Comunicação I
SETEMBRO
4/9 CONTINUAÇÃO: FMC II
11/9 PRIMEIRA PROVA – AVALIAÇÃO DISCURSIVA
18/9 PODCAST: mídia áudio volta com força
25/9 Regulamentação, Privacidade, uso de dados
OUTUBRO
2/10 Fundamentos de como lidar com a mídia em outros países
9/10 Aulas de Oficinas práticas. Entrevistas coletiva, por
telefone, TV e rádio, mídias digitais
16/10 Continuação Oficinas práticas
23/10 Diplomacia e crises de imagem de países
30/10 Softpower, vantagens, tendências, ranking, resultados
NOVEMBRO
6/11 Mídias sociais – com profissional convidado
13/11 Boas práticas no uso das redes sociais pessoais
27/11 Relações públicas e diplomacia em tempos de redes sociais
digitais
DEZEMBRO
4/12 Participação em eventos públicos
11/12 Quizz final -
18/12 Aula final. Reforço de conceitos
JULHO/2019

10/7 - Aula inaugural

Professores: Patrícia Marins e Miriam Moura

Tema principal: Macrotendências da Comunicação

- Apresentação do programa do curso, objetivos e professores

O renascimento do áudio, a forte pressão pela regulação e privacidade de dados,


compliance para as “big techs”, a disrupção na comunicação, a revolução digital,
mudança de “mind set”, tecnologia x humano.

17/7 – Sugestão – Data reservada para palestra da Assessoria de comunicação


Itamaraty (A confirmar)

– Embaixador Titular da Assessoria de Imprensa do Gabinete

Apresentação da área de comunicação institucional, política de relações públicas do


órgão, recomendações sobre como acionar o departamento. Abordar a importância da
assessoria de comunicação da instituição, normas e rotinas.

24/7 – Palestra com o Embaixador convidado (A confirmar)

Palestra sobre o tema com o Embaixador convidado pelo Itamaraty, discorrendo sobre
experiência e vivência de chancelarias e dos principais desafios encontrados. Espaço
para bate-papo com os alunos sobre questões atuais e tendências de atuação de
diplomatas no novo contexto geopolítico. Tema: Como fazer Comunicação Pública.

31/7 – Panorama atual da comunicação global

Professores: Patrícia Marins e Miriam Moura

Panorama atual da comunicação multimídia, com hegemonia de redes sociais e o


profundo impacto na forma de produção e consumo de notícias. Os desafios do
contexto disruptivo da sociedade em rede. Dinâmica e exercícios para reforço de
aprendizado.
AGOSTO/2019

7/8 – As mensagens

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

Conceito de notícia – “lead”, agenda setting, novos conceitos de agendamento.


Mensagens-chave – estratégia de discurso institucional. Fake News e a importância da
checagem de dados. Exercícios práticos: Oficina de Construção de Mensagem-chave.

14/08 – Fundamentos de Media Training – I

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

Noções introdutórias ao treinamento de relacionamento com a imprensa e com os


diversos públicos de interesse (stakeholders). O treinamento e preparo constante é
some forma de instituições e marcas se posicionarem melhor no contexto atual.
Exposição e debate sobre o tema, com dinâmicas.

21/08 - A construção da imagem (continuação de Fundamentos de MT I)

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

Aula expositiva sobre conceitos de construção de reputação e imagem. Os elementos


importantes para a construção de narrativas convincentes. A importância do equilíbrio
do conteúdo e da forma adequada de se comunicar para audiências exigentes. O
desafio de lidar com público heterogêneo e a importância de saber observar e
interpretar o processo comunicacional.

O fortalecimento da imagem é essencial na sociedade da informação. Cada vez mais


outros atores têm poder de impactar e causar danos à reputação das instituições e
marcas. A relevância de saber atuar com estratégia para conseguir visibilidade e
legitimar a atuação institucional. Case e exercícios.

28/8 - O funcionamento dos meios de comunicação I

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

Exposição e debate sobre o funcionamento atual dos meios de comunicação, a


transformação da mídia tradicional e a expansão das novas mídias digitais (redes
sociais e web) que transformaram radicalmente o universo da comunicação. Conceito
de ciberesfera e socioesfera. Exercícios práticos.
SETEMBRO/2019

4/09 – Continuação do funcionamento dos meios de comunicação – II

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

Continuação da aula expositiva sobre o tema, com conversa com profissional convidado
falando sobre as mudanças no fazer comunicação. Agora todos são produtores e
consumidores de conteúdo, com mudanças radicais nos conceitos de formação de
opinião. Novo modo de consumir informação “on demand”. O funcionamento dos
meios de comunicação no contexto atual de expansão das redes sociais. Dinâmicas
práticas, com simulação de entrevistas e protocolo de atendimento por whatsapp.

11/09 – Primeira prova/ avaliação discursiva

Trinta minutos para revisão de conteúdo já aplicado e uma hora para aplicação da
prova.

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

18/9 – PODCAST, a força do áudio

2019 é o ano de ouro da mídia áudio, e os podcasts explodiram. É a mídia que mais
cresce para distribuição de conteúdo e como ferramenta para fortalecimento de
marcas. Aula será com conteúdo sobre a mídia áudio e oficina prática.

25/9 – Regulamentação, Privacidade, uso de dados

Com o poder das big “techs”, a regulamentação é forte tendência e influencia no


relacionamento entre países e na geopolítica mundial. Avaliação sobre as interfaces
na regulamentação de uso de dados, GDPR, o debate nos EUA e a realidade brasileira.

OUTUBRO/2019

2/10 - Fundamentos de como lidar com a mídia em outros países

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura


A dinâmica da mídia é influenciada por questões culturais de cada país. É importante
ter essa compreensão de como a imprensa atua, singularidades e diferenças com
relação à atuação da imprensa brasileira. Especialmente para os diplomatas, essa
compreensão é fundamental. Palestra de convidado especial relacionado ao tema.

9/10 e 16/10 – Aulas de Oficinas práticas. Entrevistas coletiva, por telefone, TV e


rádio, mídias digitais

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

Em continuação à aula sobre o papel do porta-voz, a assimilação do conteúdo é


reforçada com as oficinas práticas sobre diversas formas de entrevista e de
relacionamento com jornalistas. Avaliação das estratégias de comunicação, quando
conceder entrevista coletiva, quais as vantagens, formato, desafios e pontos sensíveis
para o porta-voz. Avaliação sobre os diferentes tipos de entrevista: por telefone, para
o rádio e para a mídia impressa, com pontos de atenção sobre cada uma. Discussão
sobre o uso do “OFF”, com debate sobre essa maneira de se relacionar com jornalistas
e os pontos sensíveis a serem observados.

Descritivo da Oficina de entrevista coletiva - Simulação de coletiva, com os alunos


desempenhando papel de “fonte” e de jornalistas-entrevistadores. Atualmente, as
oficinas coletivas são mescladas com Lives, e é importante que os porta-vozes
conheçam todos os bastidores de como a imprensa funciona, seja em modo on-line
como off-line. Avaliação das performances na Oficina ao final, com observações sobre
o uso de mensagens-chave. Simulação de entrevista por telefone e laboratórios de
rádio e TV.

23/10 – Diplomacia e crises de imagem de países

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

- Crises de imagem na era das mídias digitais, propagação dos danos à imagem em
tempo real. Entendendo o conceito de crise. A importância do monitoramento
constante das redes sociais. Gestão de crise – protocolos do its, don’t do its. Como as
crises de imagem impactam na percepção dos países, com reflexos imediatos na
economia das nações. As iniciativas possíveis e as ações de diplomacia comercial como
alavancador da imagem e das potencialidades dos países para investimentos.

- Fundamentos sobre o novo papel do gestor de Comunicação. No novo contexto de


comunicação digital, o profissional de comunicação passa a ser gestor estratégico em
qualquer organização e instituição. É fundamental que seu papel e importância seja
muito bem compreendido. Numa instituição nos moldes do Itamaraty, esse papel é
ainda mais relevante, pois os diplomatas são muito demandados para “briefings” sobre
diversos assuntos.
30/10 – Softpower, vantagens, tendências, ranking, resultados

NOVEMBRO/2019

6/11 – Mídias sociais

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura e profissional convidado

O impacto disruptivo na produção e consumo da informação. A era do Big Data. Noções


de etiqueta e boas práticas nas redes, protocolos essenciais para prevenção de crises
de imagem. Cases e exercícios práticos.

13/11 – Boas práticas no uso das redes sociais pessoais

As mídias sociais são poderosas ferramentas de divulgação e relacionamento


institucional, mas precisam de gestão e boas práticas para não gerarem crises
sucessivas. Códigos e boas normas de etiqueta são sempre bem-vindos. Aula teórica e
prática.

27/11 – Relações públicas E diplomacia em tempos de redes sociais digitais

Aula-Palestra de convidado especial especializado no tema.

DEZEMBRO/2019

4/12 – Participação em eventos públicos

Professores – Patrícia Marins e Miriam Moura

A importância do preparo de porta-vozes institucionais para a representação de suas


marcas em qualquer tipo de evento público: conceito de alinhamento e atualização de
mensagens-chave, leitura de contexto e correto briefing sobre o protocolo do evento,
alcance, participantes e posicionamentos.

11/12 – Quizz final

Trinta minutos para revisão de conteúdo aplicado a partir da primeira prova e uma
hora para aplicação de quizz.
30/11 - Aula final. Reforço geral de conceitos

Professores– Patrícia Marins e Miriam Moura

Reforço e revisão dos principais tópicos do conteúdo aplicado durante o semestre, com
o objetivo de reforçar o aprendizado de conceitos-chave. O semestre encerra com uma
dinâmica prática para aferir a assimilação dos principais assuntos abordados em sala
de aula.

Obrigada!

Patrícia Marins e Miriam Moura


MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
INSTITUTO RIO BRANCO
CURSO DE FORMAÇÃO DE DIPLOMATAS

Disciplina: Direito Internacional Público I


Semestre: 2019.1
Professor: George Rodrigo Bandeira Galindo
Assistente: Guilherme Del Negro Barroso Freitas
Horário: Quartas-feiras, 16h45 às 18h15

PLANO DE CURSO

Ementa: O curso visa a debater alguns temas atuais de direito internacional


público, tendo especialmente em conta as transformações da disciplina e do
contexto sócio-jurídico em que está inserida. Serão abordados aspectos relativos
à chamada teoria geral do direito internacional e a alguns dos sub-ramos do
direito internacional, levando em conta a sua importância e relevância para a
formação do diplomata.

Metodologia de ensino: As aulas comportarão tanto exposições como discussões


sobre assuntos relativos à disciplina. É essencial que o estudante participe das
aulas, trazendo temas contemporâneos e de importância conceitual para o
curso.

Avaliação: A avaliação será composta de duas provas escritas, aplicadas em sala


de aula, cada uma com idêntico peso:

Para atribuição da nota em cada prova, será considerada a ocorrência dos


seguintes elementos, de peso variável a depender da extensão e da intensidade
do eventual vício:
(1) Resposta incompleta;

(2) Equívoco ou inexatidão conceitual;

(3) Fuga ao tema;


(4) Resposta vaga ou ambígua;

(5) Uso deficiente da linguagem

*A participação ativa em sala de aula será aferida para efeito de arredondamento


da nota final.

Programa

Aula 1 (06.02) - Apresentação da disciplina e de seu programa

Aula 2 (13.02) - Introdução à disciplina e História do Direito Internacional I

Leitura recomendada:

STEIGER, Heiner. From the International Law of Christianity to the International


Law of the World Citizen – Reflections on the Formation of the Epochs of the
History of International Law. Journal of the History of International Law. Vol. 3, 2001, p.
180-193.

Aula 3 (20.02) - História do Direito Internacional II

Leitura recomendada:

KOSKENNIEMI, Martti. Histories of International Law: Dealing with


Eurocentrism. Rechtsgeschichte. Frankfurt. Vol. 19, 2011, p. 152-176.

Aula 4 (27.02) - Sujeitos de Direito Internacional

Leitura recomendada:
INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. Accordance with International Law of
the Unilateral Declaration of Independence in Respect of Kosovo, Advisory Opinion,
I.C.J. Reports 2010, p. 403, §§ 78-123.

Aula 5 (06.03) - Reconhecimento e sucessão de Estados

Leitura recomendada:

D'ASPREMONT, Jean. The International Law of Statehood: Craftsmanship for the


Elucidation and Regulation of Birth and Death in the International Society. In:
D'ARGENT, Pierre; BONAFÉ, Béatrice et COMBACAU, Jean (coord.). Les limites
du droit international: Essais en l'honeur de Joe Verhoeven. Bruxelles: Bruylant, 2015, p. 267-
292.

- 13.03 – Liberação – Treinamento – Programa de Cooperação

Aula 6 (20.03) - Imunidade de jurisdição

Leitura recomendada:

INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. Jurisdictional Immunities of the State


(Germany v. Italy: Greece intervening), Judgment, I.C.J. Reports 2012, p. 99, §§ 52-
139.

Aula 7 (27.03) - Direito diplomático

Leitura recomendada:

INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. Case concerning the Arrest Warrant of


11 April 2000 (Democratic Republic of the Congo v. Belgium), Judgment, I.C.J.
Reports 2002, p. 3, §§ 45-78.

Aula 8 (03.04) – Direito Consular

Leitura recomendada:

INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. La Grand (Germany v. United States


of America), Judgment, I.C.J. Reports 2001, p. 466, §§ 65-128.
- 10.04 – Liberação – Treinamento – Programa de Cooperação

Aula 9 (17.04) - Organizações Internacionais

Leitura recomendada:

PETERS, Anne. L'Acte Constitutif de l'Organisation Internationale. In:


LAGRANGE, Evelyne et SOREL, Jean-Marc (coord.). Droit des Organisations
Internationales. Paris: LGDJ, 2013, p. 201-245.

Aula 10 (24.04) - Direito dos Tratados I

Leitura recomendada:

AUST, Anthony. Alternatives to Treaty-Making: MOUs as Political Commitments.


In: HOLLIS, Duncan B. (ed.). The Oxford Guide to Treaties. New York: Oxford
University Press, 2012, p. 46-72.

Leitura optativa:

DEL NEGRO, Guilherme. The Validity of Treaties Concluded under Coercion of


the State: Sketching a TWAIL Critique. European Journal of Legal Studies. Vol. 10, 2017,
p. 39-60.

- 01.05 - Feriado

Aula 11 (08.05) - Direito dos Tratados II (Brasil)

Leitura recomendada:

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.480


MC. Rel. min. Celso de Mello. DJ de 18.05.2001.

Aula 12 (15.05) - Primeira Avaliação

Aula 13 (22.05) - Costume Internacional


Leituras recomendadas:

UNITED NATIONS, INTERNATIONAL LAW COMMISSION. Second Report on


identification of customary international law, by Michael Wood, Special Rapporteur
(A/CN.4/672), §§ 32-80.

Aula 14 (29.05) - Princípios gerais de direito e Outras fontes

Leitura recomendada:

CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. International Law for Humankind:


Towards a New Jus Gentium (Chapter III: Foundations of International Law: The
Role and Importance of its Basic Principles). Recueil des Cours de l'Académie de Droit
International de la Haye. La Haye. Tome 316, 2005, p. 85-121.

Aula 15 (05.06) - Relações entre direito internacional e direito interno

Leituras recomendadas:

NOLLKAEMPER, André. Rethinking the Supremacy of International Law. Zeitschrift


für öffentliches Recht. Wien. Vol. 65, 2010, p. 65-85.

Aula 16 (12.06) - Responsabilidade internacional

Leituras recomendadas:

CASSESE, Antonio. The Nicaragua and Tadic Tests Revisited in Light of the ICJ
Judgment on Genocide in Bosnia. European Journal of International Law. Firenze. Vol.
18. Nº 4, 2007, p. 649-668.

ROJAS BÁEZ, Julio José. La jurisprudencia de la Corte Interamericana de Derechos


Humanos en materia de reparaciones y los criterios del Proyecto de Artículos sobre
Responsabilidad del Estado por Hechos Internacionalmente Ilícitos. American
University International Law Review. Washington. Vol. 23. Nº 1, 2007, p. 91-126.

Aula 17 (19.06) - Solução de controvérsias I

Leitura recomendada:
CRAWFORD, James. Continuity and Discontinuity in International Dispute
Settlement: An Inaugural Lecture. Journal of International Dispute Settlement. London.
Vol. 1. Nº 1, 2010, p. 3-24.

GALINDO, George R. B. A paz (ainda) pela jurisdição compulsória? Revista Brasileira


de Política Internacional. Brasília. Vol. 57, 2014, p. 82-98.

Aula 18 (26.06) - Solução de controvérsias II

Leitura recomendada:

INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE. Obligations concerning negotiations relating to


cessation of the nuclear arms race and to nuclear disarmament (Marshall Islands v. United Kingdom).
Preliminary Objections. Judgment of 5 October 2016.

Aula 19 (03.07) – Segunda Avaliação


Instituto Rio Branco (IRBr) – Curso de Formação
Turma 2019 - 1° Semestre de 2019

Curso de ECONOMIA
Prof. José Carlos de Oliveira e Prof. Ivan T. M. Oliveira

A) Objetivo e Metodologia
O objetivo do curso é revisar conceitos econômicos básicos,
especialmente na área da macroeconomia, aplicáveis à análise econômica e ao
processo de desenvolvimento econômico e social de países, considerando
relevantes temas econômicos contemporâneos no Brasil e no exterior.
Pretende-se que, ao final do curso, os alunos utilizem conceitos e
ferramentas de análise que possam preparar sólidos informes técnicos sobre as
economias de qualquer país.
O procedimento didático compreende aulas expositivas, debates e
palestras de convidados.

B) Avaliação dos Alunos


No semestre serão feitas duas avaliações de cada aluno com base em
trabalhos individuais, uma no meio e outra ao final do período, em datas
previamente estabelecidas.
Para tanto, cada aluno, de comum acordo com o professor, escolherá um
país para fazer uma análise da situação prevalecente, dos desafios e das
perspectivas econômicas desse país no que diz respeito aos temas abordados
no curso até a aula que anteceda a data previamente agendada da entrega de
cada um dos dois trabalhos do semestre.
Trata-se, portanto, de um trabalho em que o aluno revelará no contexto
de um país especifico o que absorveu do curso em cada uma das suas fases. O
texto deve ser resumido, objetivo, analítico e conclusivo, expressando o
posicionamento do aluno sobre os principais pontos estabelecidos para o
respectivo trabalho. É, portanto, um exercício de simulação de uma atividade
real a ser exercida por um diplomata, especialmente na fase inicial da sua
carreira.
O país escolhido pelo aluno não poderá ser o Brasil e, no caso dos
estrangeiros, também não poderá ser o seu país de origem. A análise deverá ser
concentrada sobre a situação do país escolhido, mas utilizando, de forma
comparativa, quando adequado, os respectivos indicadores da economia
brasileira e os de algum país desenvolvido ou de um relevante conjunto de
países, para que o ensaio possibilite a sua compreensão num contexto mais
amplo, para propiciar suficiente compreensão da parte dos recipientes desses
relatórios no Itamaraty.
Em cada ensaio o aluno deve demonstrar:
i) domínio dos conceitos e do instrumental utilizados durante o curso até
a data que anteceda cada um dos trabalhos;
ii) capacidade de pesquisa e observação;
iii) capacidade de análise e de síntese; e
iv) capacidade de emitir opiniões e sugestões objetivas à consideração
dos seus superiores sobre os principais tópicos objetos do trabalho.
Esses trabalhos serão elaborados em sala de aula, com a presença do
professor, e com liberdade de consulta a dados, textos e quaisquer outros
materiais bibliográficos, os quais deverão ser relacionados no final de cada texto,
para conhecimento e avaliação do professor. O período a ser coberto em cada
ensaio será principalmente o dos últimos dez anos, com ênfase nos últimos cinco
anos, para evitar análise de natureza predominantemente histórica.
Cada ensaio (a ser elaborado em Word, utilizando Times New Roman,
tipo 12, e espaçamento entre as linhas de 1,5), não poderá ultrapassar o total
de 1.200 palavras, excluindo a capa, o sumário e as referências bibliográficas.

C) Conteúdo temático
Os temas do curso estão distribuídos em sete capítulos, conforme
apresentado a seguir:

Capítulo 1 – Revisão conceitual para análise econômica


Componentes da Política econômica e instrumentos principais
Desempenho recente da economia brasileira, desafios e estratégias de
ação

Capítulo 2 - Política e Instituições Fiscais: instrumentos, práticas e implicações


Política fiscal e suas interações econômicas
Instituições fiscais e formulação de políticas econômicas
Metas Fiscais: Conceitos e sua utilização no caso brasileiro
Orçamento, gasto e dívida pública no Brasil: desafios, dilemas e
alternativas
Metas Fiscais: Conceitos e sua utilização no caso brasileiro
Economia institucional, cultura e desenvolvimento
Regulação de serviços de utilidade pública e infraestrutura

Capítulo 3 - Balanço de pagamentos e política comercial


Balanço de Pagamentos e política cambial no Brasil: desempenho e
particularidades
Negociações comerciais no século XX e inserção do Brasil em cadeias
globais de valor

Capítulo 4 - Comércio, financiamento internacional e implicações brasileiras


Integração regional na América Latina: desafios
Comportamento estratégico nas relações econômicas internacionais
Acordos de investimentos internacionais na atração de IEPs e o caso do
Brasil

Capítulo 5 - Tecnologia, propriedade intelectual e política industrial


Propriedade intelectual, desenvolvimento e inovação tecnológica

Capítulo 6 - Sustentabilidade do desenvolvimento econômico


Política social e desenvolvimento: o caso brasileiro
Economia ambiental: padrões de uso do capital natural e seus efeitos
Acordos internacionais ambientais

Capítulo 7 - Aspectos econômicos conjunturais


Cenários atuais da economia mundial e brasileira: desafios e estratégias

D) Bibliografia
A bibliografia será apresentada oportunamente, relativamente a cada
tópico.

Brasília, 30 de janeiro de 2019


História e Pensamento Diplomático Brasileiro

Período : 2º Semestre de 2019 (Quarta-feira, das 15h às 16:30h)

Professor Sergio Abreu e Lima Florencio

Professor Assistente José Romero Pereira Júnior

 Propósito do curso.
 Identificar na trajetória histórica da PEB os principais episódios que
possam contribuir para melhor compreender os desafios de nossa
política externa atual.

O título do curso será “Desafios da Política Externa Brasileira


Contemporânea. A História Ensina?”

 Formato do curso
 Aula expositiva por parte do Professor e do Professor Assistente por
cerca de uma hora, seguida de meia hora de debate com os alunos.
 Indicação da bibliografia para cada aula.

 Avaliação dos alunos


 No início do curso, serão definidos grupos de 4 a 5 alunos que
deverão elaborar trabalhos de 20 a 30 páginas sobre temas da
HPEB.
 Os temas poderão tomar por base os episódios da HPEB que serão
objeto das aulas expositivas.

 Conteúdos: Descrição sintética de alguns desafios da atual PEB e dos


episódios históricos que poderão contribuir para sua compreensão.

 Parte I: Panorama histórico da política externa brasileira

 Apresentação da disciplina e panorama da história da política


externa brasileira (HPEB):
 O período Liberal-Conservador (entre 1810 e 1930);
 O período Desenvolvimentista (de 1930 a 1990); e
 A adaptação à ordem global (de 1990 aos dias atuais).

 Parte II: Os desafios da PEB em perspectiva histórica.

 A identidade internacional do Brasil e a PEB.


 Os intérpretes do Brasil;
 Os elementos da identidade internacional do Brasil.

 As parcerias estratégicas e as relações incontornáveis: EUA,


Argentina (e América do Sul), Europa e China.
 Relações Brasil-EUA;
 A América do Sul na PEB;
 As Relações com a Europa;
 O Brasil e a ascensão da China.

 Os grandes temas da PEB.

 A PEB e a busca do desenvolvimento nacional.


 Política Externa Brasileira e Acordos Comerciais;
 A PEB e os dilemas econômicos atuais: a) Novos paradigmas de
política econômica. Impactos sobre a PEB; b) Globalização,
Desglobalização ou Globalização Administrada? Onde fica o Brasil?

 O Brasil no sistema internacional: Multilateralismo e PEB.


 Trajetória da diplomacia multilateral;
 Novos paradigmas nas políticas domésticas de Direitos Humanos e
Meio Ambiente;
 Pacifismo em tempos de conflito: das guerras ao engajamento em
missões de paz.
Ministério das Relações Exteriores
Instituto Rio Branco

LEITURAS BRASILEIRAS I

Turma 2019-2021
Professoras: Angélica Madeira e Mariza Veloso

EMENTA

O objetivo do curso é apresentar aos alunos estrangeiros do Instituto Rio Branco


(IRBr) obras e autores clássicos do Pensamento Social Brasileiro e da Literatura, em um
raio que abrange de 1808, data da chegada da Corte portuguesa ao Brasil, até a primeira
década do século XX.
2. Ao longo do século XIX, emergem narrativas e imagens, obras literárias e debates
intelectuais sobre o progresso, o Estado, a Nação e a identidade nacional, idéias e
categorias que marcam as transformações políticas, sociais e ideológicas que ocorreram
no período estudado.
3. A análise das obras e autores brasileiros será precedida por um módulo teórico-
metodológico que sirva como base para leituras críticas e evidencie o enraizamento
sócio-histórico da produção de conhecimentos e dos conceitos.

PROCEDIMENTOS
1. As aulas serão expositivas e seguidas de debates com os estudantes.
2. A leitura dos textos indicados é obrigatória para todos. Os textos estarão disponíveis
na plataforma Dropbox, em formato digital. A senha de acesso será distribuída
oportunamente. Alternativamente, vários dos títulos indicados abaixo poderão ser obtidos
nas bibliotecas do Itamaraty ou na internet.
3. Uma bibliografia completar visa a aprofundar alguns dos temas tratados.
4. A avaliação será realizada por meio da elaboração de dois trabalhos: 1) resenha sobre
um dos textos teóricos estudados no primeiro módulo; e 2) breve ensaio sobre tema
relacionado ao curso, a ser entregue ao final do semestre. A participação e a assiduidade
às aulas serão também avaliadas.
5. O formato e a extensão dos trabalhos serão informados oportunamente. Estão previstas
22 aulas conforme o cronograma abaixo definido, dedicadas a exposições e debates.
***

CRONOGRAMA

Aula Data Aula Textos

Apresentação da proposta
1 24/1 ***
do curso
Leituras Brasileiras:
Veloso & Madeira. Leituras
2 31/1 panorama teórico da
Brasileiras. Capítulos 1 e 2.
disciplina

3 07/2 O processo civilizador Norbert Elias – capítulo I

Anderson. Nação e consciência


Identidade nacional e nacional;
4 14/2
comunidades imaginadas Chatterjee.“Comunidade imaginada
por quem?”.

5 14/2 Poder e discurso Foucault. A ordem do discurso.

O Ocidente e a construção
6 21/2 Said E. - Orientalismo
do Outro.
Mota. “Ideias de Brasil: formação e
problemas (1817-1850)”.
7 28/2 Ideias de Brasil Costa Lima –s Da Existência
Precária: o sistema intelectual
brasileiro.
Bonifácio. Representação à
8 7/3 José Bonifácio Assembleia Geral Constituinte e
Legislativa do Império do Brasil
sobre a escravatura;
9 14/3 José Bonifácio Vasconcelos.“Discurso no Senado,
sessão de 25 de abril de 1843”.

10 21/3 José de Alencar


Alencar.O Guarani e Iracema.
Ricupero.O romantismo e a ideia
de nação no Brasil. (cap. 2).
11 28/3 José de Alencar

As instituições culturais do
Império: o IHGB e as
Schwarcz, L. As barbas do
12 04/4 missões artísticas e
Imperador
científicas. O olhar
estrangeiro.
A geração 1870 e o Ventura. O Estilo Tropical.
13 11/4
positivismo no Brasil
____________________________
Nabuco. Minha Formação e
14 18/4 Joaquim Nabuco
O abolicionismo.

Carvalho, M. A.O Quinto Século:


O Abolicionismo como André Rebouças e a construção do
movimento social: André Brasil.
15 25/4
Rebouças, Luis Gama e Alonso, Angela. Flores, votos e
José do Patrocínio balas: o movimento abolicionista
brasileiro (1868-1888).
---------------------------------------

Bomfim. América Latina: males de


origem;
Candido. “Radicalismos”; e
16 02/5 Manoel Bomfim Conde Aguiar. O rebelde
esquecido: tempo, vida e obra de
Manoel Bomfim.

17 09/5 Euclides da Cunha


Cunha. Os sertões.
18 16/5 Euclides da Cunha

19 23/5 Machado de Assis Assis.Memórias Póstumas de Brás


Cubas e Contos; e Schwarz. Um
mestre na periferia do capitalismo.
20 30/5 Machado de Assis
_____________________________
Barreto. Triste fim de Policarpo
20 7/6 Lima Barreto Quaresma.
Torres, Alberto. A organização

21 14/6 Alberto Torres nacional.

22 20/6 Corpus Christi ***


Avaliação e conclusão do
23 27/6
curso. ***
BIBLIOGRAFIA (Século XIX)

ALBUQUERQUE, Manoel Maurício. Pequena. História da Formação social brasileira,


Rio de Janeiro, Editora Graal, 1981.
ABREU, João Capistrano de. Capítulos de História Colonial - 1500-1800. Brasília, Ed.
Universidade de Brasília, 1963.
ALENCAR, José de. Obra Completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1959.
ALONSO, Ângela.Ideias em movimento: a geração 1870 na crise do Brasil-Império. São
Paulo, Editora Paz e Terra, 2002.
-----------------------. Flores, votos e balas: o movimento abolicionista brasileiro (1868-
1888)
ANDERSON, Benedict. Nação e consciência nacional. São Paulo: Ática, 1998.
BARRETO, Lima.Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911).
BAUMANN, Zygmunt.Modernidade e Holocausto, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1998
BERLIN, Isaiah, Pensadores Russos. São Paulo, Cia das Letras, 2002
BETHELL, Leslie. Nabuco e o Brasil entre Europa, Estados Unidos e América Latina. In
Novos Estudos, nº 88, novembro, 2010
BOMFIM, Manuel. América Latina: Males de Origem (1905). Topbooks Editora, Rio
de Janeiro, 1993.
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. São Paulo, Ed. Perspectiva,
1974.
BOSI, Alfredo. “A formação das idéias no contexto colonial”. In: Pensamento
Brasileiro. Instituto Rio Branco, Roma/ Brasília, 1995. capítulo I.
_____________. Dialética da Colonização. São Paulo, Cia. das Letras, 1992.
BRITO, Broca. A Vida Literária no Brasil - 1900. Livraria José Olímpio. Editora R. J.
1960.
BUTLER, J. e SPIVAK , G. Quem canta o Estado-nação?Brasília, Editora da UnB, 2018.
CANDIDO, Antônio. Literatura e Sociedade. São Paulo, Ed. Nacional, 1980.
_____________. “O indivíduo e a Pátria” In: Formação da Literatura Brasileira (vol.
II). Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, 1981.
_____________. “Método Crítico em Sílvio Romero” In : Formação da Literatura
Brasileira (vol. II). Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, 1981.
________________. - A Educação pela Noite eoutros ensaios . São Paulo, Ed. Ática,
1987.
CARVALHO, José Murilo. A Construção da Ordem. São Paulo, Cia. das Letras, 1987.
CARVALHO, M.A. Rezende. O Quinto século: André Rebouças e a construção do
Brasil. Rio de Janeiro, Ed. Revan, 1998.
CHACON, Vamireh - História das Idéias Sociológicas no Brasil. São Paulo, Ed.
Grijalbo/EDUSP, 1977.
CHATTERJEE, Partha. "Whose imagined community?."Millennium 20.3 (1991): 521-
525.
CONDE AGUIAR, Ronaldo. O Rebelde esquecido: tempo, vida e obra de Manoel
Bomfim. Rio de Janeiro: Topbooks, 2000.
COSTA, J. CRUZ - Contribuição à História das Idéias no Brasil. R. J. Civilização
Brasileira, 1967.
CUNHA, Euclides. Os Sertões. Abril Cultural, São Paulo, 1979.
ELIAS, Norbert - O Processo Civilizador. Vol. I, Rio de Janeiro, Ed. Zahar, 1990.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 2008
FOUCAULT, Michael. A ordem do discurso. São Paulo, Loyola, 1999
HARARI, , Yuval . 21 lições para o século 21. São Paulo. Cia. das Letras, 2018
LAMOUNIER, D. “Formação de um pensamento político - autoritário na primeira
república in Boris Fausto” (ed) História Geral da Civilização Brasileira. Tomo III. Vol.
2 Difel.
LIMA, Manuel de Oliveira – O Império Brasileiro, 1821-1889. Belo Horizonte: Itatiaia,
São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1989.
MACHADO DE ASSIS. Obras Completas. Nova Aguilar, Rio de Janeiro, .1985
MACHADO NETO, Antônio L. Estrutura Social da República das Letras. Sociologia
da Vida Intelectual Brasileira. São Paulo, EDUSP, 1973.
MANNHEIM, Karl - “O problema da Intelligentsia”. In: Sociologia da Cultura. São
Paulo, Ed. Perspectiva, 1974. Introdução.
MOTA, Carlos Guilherme. Idéiasde Brasil: formação e problemas (1817-1850). 2.ed.
São Paulo: SENAC, 2000.
MOTA, Lourenço Dantas. Um banquete no trópico, 1 e 2. São Paulo, Ed. Senac, 2001.
NABUCO, Joaquim. Minha Formação. S.P. Ed. Nacional, 1934.
_________________ O Abolicionismo (1983). São Paulo, Instituto Progresso Editora,
1949.
REBOUÇAS, André. Agricultura nacional: estudos econômicos, propaganda
abolicionista e democrática. Rio de Janeiro, 1883
RICUPERO, Bernardo.O romantismo e a ideia de nação no Brasil (1830-1870). São
Paulo: Martins Fontes, 2004.
ROMERO, Sílvio - “O Brasil Social e os Elementos que o Plasmaram”. In: História da
Literatura Brasileira. Rio de Janeiro, Ed. José Olympio, 1901.
ROUANET, Sérgio Paulo – As Razões do Iluminismo. São Paulo, Cia. das Letras, 1987.
_____________________ – “Idéias importadas: um falso problema?” in Cadernos do
IPRI. Tema de Atualidade Brasileira II – FUNAG, 1994
SAID, Edward - Orientalism. New York, Routledge, 1978
____________- Representações do intelectual - As Conferências Reith de 1993.São
Paulo, Cia das Letras, 2005.

TRINDADE, A. D. André Rebouças: um engenheiro no Império. Hucitec/Fapesp, São


Paulo, 2011
VELOSO, Mariza & MADEIRA, Angélica. Leituras Brasileiras.São Paulo: Paz e Terra,
1999.
SANTOS, Wanderley G. - “Raízes da Imaginação Política Brasileira”. In: Dados, no 7.
Rio de Janeiro, IUPERJ, 1970.
SCHWARCZ, Lilia M. As barbas do Imperador, um monarca nos trópicos. São Paulo,
Cia. das Letras, 1998.
SCHWARZ, Roberto. Ao Vencedor as Batatas. São Paulo, Livraria Duas Cidades,
1988.
___________________.Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São
Paulo: Editora 34, 2000.
Letras, 2008.
SEVCENKO, Nicolau - Literatura como Missão. Tensões Sociais e Criação Cultural
na Primeira República. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1983.
SODRÉ, Nélson, Werneck - “Esboço da Literatura Nacional” (caps. 1,2,7,8 e 14). In:
História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 1964.
SUSSEKIND, Flora - Cinematógrafo de Letras. Literatura, Técnica e Modernização no
Brasil. São Paulo, Cia das Letras, 1987.
VENTURA, Roberto - O Estilo Tropical. São Paulo, Cia das Letras, 1991.
Ministério das Relações Exteriores
Instituto Rio Branco

LEITURAS BRASILEIRAS II

Turma 2019- 2020


Professoras: Angélica Madeira e Mariza Veloso

EMENTA

O objetivo do curso é apresentar aos alunos estrangeiros do Instituto Rio Branco


(IRBr), ao longo do segundo semestre letivo, o pensamento brasileiro do período
modernista – décadas de 20, 30 e 40 do século XX.
Terminado o estudo dos pensadores do século XIX, serão examinados autores
clássicos do pensamento social e da literatura brasileira da primeira metade do século XX,
quando emerge uma intelligentsia, responsável por obras de vanguarda e pela criação de
numerosas instituições culturais.
A análise dos textos será precedida por um módulo teórico que orienta uma
abordagem crítica e contemporânea. Será também estudado o surto de modernização dos
anos 1950, o surgimento de novas instituições culturais e de um novo ciclo de vanguardas,
que culmina com a construção de Brasília.

METODOLOGIA

Estão previstas 21 aulas no cronograma abaixo, dedicadas a exposições e debates.


2. A leitura dos textos indicados na tabela anexa será obrigatória para todos. Os
textos estarão disponíveis na plataforma Dropbox, em formato digital. A senha de acesso
já foi distribuída a todos os alunos no primeiro semestre letivo. Alternativamente, vários
dos títulos indicados abaixo poderão ser obtidos nas bibliotecas do Itamaraty ou na
internet. Sempre que necessário, os textos serão antecipados aos alunos, por correio
eletrônico.
3. Os títulos da bibliografia abaixo complementam as leituras obrigatórias para as
aulas.
4. Ao longo do curso, dois trabalhos deverão ser apresentados, para fins de avaliação:
1) resenha sobre alguma das obras teóricas estudadas na primeira parte do curso (aulas 2
a 4), que deverá ser entregue no final de agosto; e 2) breve ensaio sobre tema relacionado
ao curso, a ser entregue em dezembro, ao fim do semestre letivo.
5. As datas de entrega dos trabalhos, bem como informações adicionais, tais como
formato e extensão das monografias, serão definidas e comunicadas aos alunos
oportunamente.

***

CRONOGRAMA

1 18/7 Apresentação: discussão do programa ***

2 25/7 Candido, "Literatura e cultura de 1900 a 1945". In: Literatura e


sociedade. Antonio Candido, "A revolução de 1930 e a cultura". In: A educação pela
noite;

3. 01/8 Luciano Martins, A gênese de uma intelligentsia, 1920-1940. In:


Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 2, nº 4; e Santiago, “Vanguarda: um conceito
e possivelmente um método”

4. 08/8 Santiago, "O entre-lugar do discurso latino-americano". In: Uma


literatura nos trópicos.

5. 15/8 Pós-colonialismo - Hall, "Pensando a diáspora". In: Da diáspora

6 22/8 Gilberto Freyre I Freyre, Casa-grande & senzala; e

7 29/8 Gilberto Freyre II Freyre, Casa-grande & senzala.

8 05/9 Gilberto Freyre III Freyre, "Ascensão do Bacharel e do mulato". In:


Sobrados e Mucambos.

9 12/9 Sérgio Buarque de Holanda I-, Raízes do Brasil (1936).

10 19/9 Sérgio Buarque de Holanda II Raízes do Brasil (1969) e .

Caminhos e fronteiras.

11 03/10 Caio Prado Jr. I Prado Jr., Formação do Brasil Contemporâneo.

D'Incao, História e Ideal: ensaios sobre Caio Prado Jr.

12. 10/10 Caio Prado Jr. II . Evolução política do Brasil (1933)

13. 17/10 Mário de Andrade: o nacionalismo estético. . Poemas


selecionados de O clã do Jabuti. E “O movimento modernista.”

14 24/10 Mário de Andrade: a redescoberta do Barroco. O Aleijadinha in


Aspectos das artes plásticas no Brasil
15 31/10 Oswald de Andrade - Manifesto Pau-Brasil; e Manifesto
Antropofágico.

16 07/11 Oswald de Andrade. "A marcha das utopias". In: Obras


Completas.

17 14/11 A arte da geração de 1945 - João Cabral de Mello Neto e Jorge


Amado (textos a serem definidos)

18 21/11 USP: Florestan Fernandes. A revolução burguesa no Brasil.

19 29/11 ISEB – Modernização dos anos 1950 e a construção de: Brasília:


Guerreiro Ramos. A redução sociológica (Ramos, 1958) e Vieira Pinto,
Ideologia e Desenvolvimento Nacional.

Lippi, Lucia. “A redescoberta do Brasil nos anos 1950: entre o projeto político e o rigor
acadêmico” in Madeira e Veloso. Descobertas do Brasil.

20 05/12 –. Brasília: estética e política; arquitetura, urbanismo,.

21. 12/12 - Encerramento


***

BIBLIOGRAFIA

AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro d'Água. São Paulo: Ed. Record,
1989.

ANDRADE, Mário de. "O Aleijadinho" (1935) In: Aspectos das Artes Plásticas no
Brasil. São Paulo, Ed Martins, 1965.
___________________. Macunaíma (1928). São Paulo: Ed. Livros Técnico-Científicos,
1978.
___________________.Poesias Completas. São Paulo, Martins Ed., 1966.
___________________ Conferência sobre o movimento modernista. Casa do Estudante,
Rio de Janeiro 1942.

ANDRADE, Oswald de. Memórias Sentimentais de João Miramar. São Paulo, Difusão
Européia do Livro, 1974.
________________. Poesias Reunidas. Rio de Janeiro, Ed.José Olympio, 1967.
________________. A marcha das Utopias. in Obras completas vol.8. Editora
Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1971.

BUARQUE, DE HOLANDA, Sérgio (1936). Raízes do Brasil. Rio de Janeiro, Ed. José
Olympio, 1976.
___________________. Capítulos de Literatura Colonial. São Paulo. Ed. Brasiliense,
1991.
___________________. Caminhos e Fronteiras. Rio de Janeiro, Ed José Olympio, 1957
DANTAS MOTA, Lourenço (org.) Um banquete no Trópico. Vol. 1 e 2. São Paulo, Ed.
Senac, 1999/2000.
FERNANDES, Florestan. A sociologia no Brasil. Ed. Vozes, Petrópolis, 1977.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. Rio de Janeiro. Ed. Aguilar, 1977.
___________________.Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural e
desenvolvimento urbano. 3.ed Rio de Janeiro: J.Olympio, 1961.

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo (1942). 23a ed. São Paulo:
Ed. Brasiliense, 1990.
___________________. Evolução Política do Brasil e outros estudos. 12a ed. São Paulo:
Ed. Brasiliense, 1976.
___________________. História Econômica do Brasil. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1976.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo, Companhia de bolso, 2007.
VIEIRA PINTO, Álvaro. Ideologia e desenvolvimento nacional. Rio de Janeiro: ISEB,
1956.

Comentários críticos

AMARAL, Araci. Artes Plásticas na Semana de 22. São Paulo: Perspectiva, 1970.
ARAÚJO, Ricardo Benzaquem. Guerra e Paz. Rio de Janeiro: Ed. 34. 1996.
AVILA, Affonso (org.). O Modernismo. São Paulo, Ed. Perspectiva, 1992
BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
BOTELHO, BASTOS e VILLAS BOAS. O Moderno em questão. Ed. Topbooks, Rio de
Janeiro, 2008
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo, Cia. Das Letras, 1993.
CÂNDIDO, Antônio. “Literatura e Subdesenvolvimento” e “A Revolução de 30 e a
Cultura”. In: A Educação pela Noite e outros ensaios. São Paulo: Ed. Ática, 1987.
___________________. “Literatura e Cultura de 1900 a 1945”. In: Literatura e
Sociedade. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1985.
CAVALCANTI, Lauro. Modernistas na repartição. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, 2000.
COSTA, Valeriano M. P. Vertentes democráticas em Gilberto Freyre e Sérgio Buarque
in Lua Nova, n.26, Rio de Janeiro, 1992.
DIAS, Fernando Correia. O movimento modernista em Minas- Uma interpretação
sociológica. Brasília, Ed. UnB, 1971.
D’INCAO, Maria Ângela. História e Ideal. São Paulo, Ed. Brasiliense/Unesp, 1989.
FERREIRA, Gabriela. A formação nacional em Buarque, Freyre e Vianna. In: Revista
Lua Nova, n. 37. Rio de Janeiro, 1996.
Guerreiro Ramos. A redução sociológicaEd Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1965
HALL, Stuart. Da diáspora:identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG,
2003.
LIMA, Luís Costa. "Oswald, poeta".In: Pensando nos trópicos, Rio de Janeiro, Rocco,
1991.
LOPES, Telê Porto-Ancona. Ramais e caminhos. São Paulo, Ed. Duas Cidades, 1972.
OLIVEIRA, Lucia Lippi. A sociologia do Guerreiro. Ed UFRJ, Rio de Janeiro, 1995.
MADEIRA e VELOSO. Descobertas do Brasil. Ed da UnB, Brasília, 2001.
-- Leituras Brasileiras. Ed. Paz e Terra, São Paulo, 1999
MARTINS, Luciano. "A gênese de uma intelligentsia, 1920-1940". In: Revista Brasileira
de Ciências Sociais, v. 2, nº 4.
MARTINS, Rubens de Oliveira. Um ciclone na Paulicéia: Oswald de Andrade e os limites
da vida intelectual em São Paulo (1900-1950), São Paulo, Ed. Unibero, 2001.
MIRANDA, Wander de Melo (org.). Narrativas da Modernidade. Belo Horizonte: Ed.
Autêntica, 1999.
MORAES, Eduardo Jardim. A brasilidade modernista: sua dimensão filosófica. Rio de
Janeiro: Graal, 1978.
______________________. Limites do moderno – o pensamento estético de Mário de
Andrade. Rio de Janeiro: Ed. Relume-Dumará, 1999.
PALLARES-BURKE. Gilberto Freyre: um Vitoriano dos Trópicos. Ed . Unesp, Saõ
Paulo, 2005.
PÉCAULT, Daniel. Os Intelectuais e a Política: entre o povo e a nação. São Paulo: Ed.
Ática, 1990.
RICUPERO, Bernardo. Sete lições sobre as interpretações do Brasil. São Paulo, Ed.
Alameda, 2007.
SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2005.
__________________. O intelectual modernista revisitado. In: Nas malhas da letra. São
Paulo, Cia. Das Letras, 1989.
__________________. Uma literatura nos trópicos. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos “A Imaginação Política Social”. In: Revista Dados
no 2/3, Rio de Janeiro: IUPERJ, 1967.
SODRÉ, Nelson Werneck. A verdade sobre o ISEB. Avenir ed., Rio de Janeiro, 1978
___________________. “Raízes da Imaginação Política Brasileira”. In: Dados, no 7. Rio
de Janeiro: IUPERJ, 1970.
SUSSEKIND, Flora. Cinematógrafo de Letras. Literatura, Técnica e Modernização no
Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1987.
TAVOLARO, Sérgio. Gilberto Freyre e nossa “Modernidade Tropical”: entre a
originalidade e o desvio. In: Sociologias, Porto Alegre, ano 15, no 33, mai/ago. 2013, p.
282-317.
TELLES, Gilberto Mendonça (org.). Vanguarda Européia e Modernismo Brasileiro. 10a
ed. Rio de Janeiro: Record, 1987.
WEGNER, Robert. A conquista do Oeste. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.
___________________."Sérgio Buarque e a tese de fronteira". In: XXII Encontro
Anual da ANPOCS, 1998.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES -
MRE INSTITUTO RIO BRANCO - IRBr
PROGRAMA DA DISCIPLINA: PORTUGUÊS DO BRASIL E CULTURA BRASILEIRA

EMENTA: A disciplina está distribuída em dois eixos temáticos articulados entre si. O
primeiro denominado Português do Brasil versará sobre aspectos relevantes da variação
brasileira da Língua Portuguesa, visando o melhoramento das quatro habilidade linguísticas
(expressão oral e escrita, compreensão auditiva e de textos escritos); avançando no estudo
da gramática (compreensão e desenvolvimento de estruturas complexas do PB, uso do PB
em situações formais e informais). O segundo eixo, o da Cultura Brasileira e seus matizes.

METODOLOGIA: Serão utilizadas aulas expositivas; debates; apresentações orais;


leituras interpretativas; análises de vídeos e filmes; audição de músicas do cancioneiro
brasileiro e análise interpretativa das letras; dinâmicas de grupo; relatórios de leitura; ditados;
seminários; produção textual e todas as demais atividades inerentes e necessárias para o
avanço no aperfeiçoamento do aprendizado da língua.

OBJETIVOS:

Objetivos gerais:
No eixo temático Português do Brasil: desenvolver competências comunicativas
viabilizando o uso da língua em diferentes contextos (formais/informais). Viabilizar e
contribuir para a autonomia do aluno na produção textual. Aperfeiçoar as quatro
habilidades linguísticas com ênfase na leitura. Estudar os fatos gramaticais complexos
extrapolando a gramática considerada básica.
No eixo da Cultura Brasileira: propiciar o conhecimento de diferentes manifestações
culturais e sua influencia nas relações interpessoais, inclusive diplomáticas. Discutir e
debater as peculiaridades linguísticas regionais. Aprender e discutir sobre algumas
características do português brasileiro e suas variações visíveis de acordo com os
movimentos migratórios internos e externos.
Objetivo específico:
Ao final do curso o aluno deverá expressar-se com fluidez oral o PB; ler, entender e produzir
textos no idioma em nível satisfatório. Interagir de forma eficaz (oral e escrita).
Reconhecer as dificuldades da língua e dirimir tais dificuldades. Distinguir os diferentes
sotaques e suas especificidades culturais.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: (adequado à duração da disciplina)

- Fonética. Os sons peculiares do PB (vogais nasais, dígrafos, etc). Pronúncia.


- Expressões idiomáticas;
- O mapa linguístico brasileiro;
- dificuldades da língua;
- apreciação musical.
- Seleção textual e temática; sistematização de elementos gramaticais e estruturais mais
frequentes, levantados a partir das necessidades observadas em classe e de acordo com
os textos lidos em sala de aula.
- Leitura de informação: jornais (notícias e editoriais), revistas e textos diversos.
- Leitura de entretenimento: contos e crônicas de autores brasileiros;
- As Regiões do Brasil: suas características linguísticas e culturais; os bens culturais
ligados à música, à palavra escrita, às tartes do tempo (música); ao espaço (cultura, artes
plásticas e arquitetura).
- O português na América (multilinguismo) e o português no Brasil (Recorte diacrônico,
diastrático, diatópico e diamésico do português brasileiro).

BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA:

BECHARA, Evanildo. Lições de Português pela análise sintática. 19 ed. rev. Ampl. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris; VELLASCO, Ana Maria de M. S; FREITAS,


Vera Aparecida de L.(orgs). O Falar Candango, análise sociolinguística dos processos de
difusão e focalização dialetais.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dificuldades da língua portuguesa. 3 ed. rev.


ampl. de acordo com a nova ortografia. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009.

FERNANDES, Gláucia Roberta Rocha. Muito Prazer: fale o português do Brasil. Básico.
Barueri, SP: DISAL, 2014.

. Muito Prazer: fale o português do Brasil. Intermediário. Barueri, SP:


DISAL, 2014.
ILARI, Rodolfo. O português da gente: a língua que estudamos e a língua que falamos. 2
ed. 5ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2014.

ROBERTS, Ian. KATO, Mary A.(orgs) Português Brasileiro: uma viagem diacrônica. 3 ed.
São Paulo: Contexto, 2018.

SILVEIRA, João Gomes. Dicionário de expressões populares da língua portuguesa: riqueza


idiomática das frases verbais. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

SÍTIOS ÚTEIS:

https://www.dicio.com.br/
http://michaelis.uol.com.br/moderno-
portugues/
https://www.correiobraziliense.com.br/
http://df.divirtasemais.com.br/
INSTITUTO RIO BRANCO

DISCIPLINA DE LINGUAGEM DIPLOMÁTICA – 1º SEMESTRE DE 2019

Professor titular: ministro André Chermont de Lima

Professor assistente: conselheiro Gustavo de Sá Duarte Barboza

A finalidade do próximo curso de Linguagem Diplomática (primeiro


semestre de 2019) será capacitar os alunos recém-ingressos no Instituto Rio
Branco a atuarem em uma das dimensões mais fundamentais da atividade
diplomática: a gestão da comunicação, em suas formas escrita e oral.

Denomina-se gestão da comunicação a capacidade de expressar-se de


maneira adequada ante a diversidade de interlocutores e circunstâncias
que se apresentam ao longo da carreira profissional do diplomata, tanto
por meio do manejo técnico de modalidades de comunicação formal como
pela habilidade em elaborar apropriadamente seu conteúdo.

O ensino de noções de linguagem diplomática strictu sensu será dividido em


duas vertentes pedagógicas: a redação e identificação da documentação
oficial (telegramas, ofícios, memorandos, despachos, notas verbais, cartas
etc.) e as modalidades “livres” de comunicação (discursos, notas e
declarações à imprensa, artigos, palestras, mensagens eletrônicas e em
redes sociais etc.). Embora essa distinção nem sempre se afigure clara e
muitas das categorias aqui elencadas sejam avessas a regras estritas quanto
a sua elaboração, é importante introduzir o aluno recém-ingresso no
ministério a formas de comunicação com as quais ele terá de lidar a partir
de seu primeiro dia de lotação. Por outro lado, e em especial diante da
crescente importância da diplomacia pública para a política externa, será
de grande utilidade treiná-lo para cenários variados de interação com
setores da sociedade civil – cidadãos comuns, imprensa, ONGs,
empresários, artistas, acadêmicos etc.

Pretende-se reforçar o emprego da linguagem adequada e correta em


ambas as vertentes da comunicação diplomática (oficial e “livre”) por meio
de aulas práticas, nas quais o aluno será apresentado a exemplos e modelos
e formulará, a partir deles, expedientes e documentos. Será estimulado, ao
mesmo tempo, a confrontar-se com situações hipotéticas para as quais
precisará demonstrar desenvoltura mínima na expressão oral e na
habilidade escrita em formatos menos estritos que os dos expedientes
oficiais.

Também integrarão a disciplina noções de manipulação da documentação


oficial: o aluno será apresentado à legislação sobre sigilo, tratamento e
arquivamento dos expedientes, bem como às normas de acesso público à
informação.

Parece pacífico, no entanto, que a capacitação para a linguagem


diplomática jamais será plenamente apreendida se o aluno não receber
noções básicas (não exaustivas, porém) do funcionamento da estrutura
burocrático-administrativa na qual estará inserido – o conhecimento e
compreensão dessa estrutura formarão a consciência de seu papel e
função, de seus direitos e deveres e de sua capacidade de trânsito dentro
da estrutura pública. Tais noções deverão ser transmitidas por meio da
introdução ao organograma do Itamaraty, ao funcionamento da carreira
diplomática e a um panorama geral do complexo de atividades
desempenhadas na SERE e nos postos no exterior. Consequentemente,
serão discutidas também peculiaridades das formas de comunicação
inerentes aos diversos setores da SERE e dos postos. A interação
institucional entre o ministério e os demais órgãos da administração
pública, bem como o papel institucional das representações no exterior,
também serão abordadas.

Por tratar-se de disciplina de natureza essencialmente prática, a bibliografia


consistirá em fontes diretas – expedientes e documentos, contemporâneos
e históricos, emitidos pelo Itamaraty; legislação e regras regimentais, além
do Manual de Redação Oficial e Diplomática do Itamaraty. Para aqueles que
desejarem aprofundar-se na teoria da linguagem diplomática, estarão
disponíveis listas de livros e textos selecionados em programas anteriores
da disciplina.
Os titulares da disciplina proporão à Diretoria do IRBr convite a funcionários
diplomáticos para proferirem palestras ou ministrarem aulas
extraordinárias sobre temas relacionados à disciplina.

A avaliação dos alunos se dará por meio de (i) provas escritas, (ii) exercícios
de redação de expedientes oficiais e (iii) simulações de comunicação oral,
individuais e em grupo.

Brasília, novembro de 2018


Instituto Rio Branco
Organizações Econômicas Internacionais e Contenciosos
1º semestre/2019

Conselheiro Marcus Vinicius da Costa Ramalho


(marcus.ramalho@itamaraty.gov.br)
Segundo-Secretário Fabiano Burkhardt
(fabiano.burkhardt@itamaraty.gov.br)

1. Aspectos do multilateralismo econômico: origens e instituições


- Significado de multilateralismo econômico
- Fim da Segunda Guerra Mundial, planos para o pós-guerra
- Bretton Woods, Carta de Havana
- O fracasso da Organização Internacional do Comércio
- O multilateralismo econômico em xeque?

2. Alguns aspectos "teóricos" da economia internacional (1)


- A especificidade do comércio internacional: as diferentes moedas
- Dois problemas básicos: (i) a taxa de câmbio e (ii) os desequilíbrios
- As três diferentes soluções: câmbio livre, câmbio controlado e câmbio
"estabilizado"
- Ajustes do balanço de pagamentos

3. Alguns aspectos "teóricos" da economia internacional (2)


- Os custos comparativos e a "competitividade"
- Interações entre comércio, renda e preços
- Interações entre comércio e crédito

4. Comércio internacional: o GATT e a OMC. Visão geral


- As rodadas de liberalização comercial do GATT, as rodadas Tóquio e
Uruguai
- Evolução da posição brasileira
- Os acordos da OMC
- Funcionamento da OMC
- Situação atual: o mecanismo de solução de controvérsias no centro das
discussões sobre "reforma"

5. Acordos da OMC: o mecanismo de solução de controvérsias (DSU)


- Solução de controvérsias na era do GATT
- Explicação do DSU. Etapas de um contencioso (inclusive "retaliação")

6. Acordos da OMC: o GATT. Principais dispositivos e dois contenciosos: pneus


reformados e medidas tributárias (1)
- GATT: artigos I e XI
- GATT: as exceções gerais - artigo XX
- O contencioso dos pneus reformados
- Uma nota sobre "protecionismo"
7. Acordos da OMC: o GATT. Principais dispositivos e dois contenciosos: pneus
reformados e medidas tributárias (2)
- GATT: artigos II e III
- O contencioso sobre medidas tributárias brasileiras

8. Comércio e segurança nacional. Os contenciosos contra a Rússia, países


árabes e EUA
- "Trade warfare"
- Bens "estratégicos"
- GATT: exceções de segurança - artigo XXI
- O assunto pela primeira vez na OMC: os contenciosos contra a Rússia,
países árabes e EUA

9. Acordos da OMC: o Acordo de Subsídios. Os contenciosos Embraer-


Bombardier e o contencioso do algodão (1)
- Acordo de Subsídios: definição de subsídios
- Acordo de Subsídios: subsídios proibidos
- Os contenciosos Embraer-Bombardier dos anos 1990: a questão do
"benefício"; o papel do "arranjo" da OCDE

10. Acordos da OMC: o Acordo de Subsídios. Os contenciosos Embraer-


Bombardier e o contencioso do algodão (2)
- Acordo de Subsídios: subsídios "acionáveis"
- O contencioso do algodão contra os EUA
- O novo contencioso Embraer-Bombardier

11. Acordos da OMC: o GATS


- Importância do setor de serviços
- Objetivos e estrutura do GATS
- Modos de prestação
- Obrigações gerais e específicas
- Discussões atuais

12. Acordos da OMC: o TRIPS. A Organização Mundial da Propriedade


Intelectual
- Princípios e estrutura do TRIPS
- Direitos de autor e temas conexos
- Propriedade industrial
- Perfil do Brasil na Organização Mundial da Propriedade Intelectual

13. Sistema monetário e finanças: o FMI


- "Moeda internacional"
- Origem e evolução do FMI
- Os três "choques" e a crise da dívida nos anos 1980
- O sistema atual

14. Investimentos internacionais: o tratamento dos capitais estrangeiros. A


posição brasileira
- O tratamento ao capital estrangeiro na legislação brasileira
- A posição brasileira e a experiência dos APPIs nas décadas de 1990 e
2000
- O modelo brasileiro de Acordo de Cooperação e Facilitação de
Investimentos
- Restrições por motivos de "segurança"
- O Acordo de TRIMs na OMC e suas restrições

15. Investimentos internacionais: o Banco Mundial, o BID, o NDB


- Financiamento ao desenvolvimento
- A evolução da política de empréstimos do Banco Mundial
- O princípio da condicionalidade
- O BID e o sistema de financiamento ao desenvolvimento no continente
americano
- Estrutura, instrumentos, desafios e oportunidades do Novo Banco de
Desenvolvimento

16. A OCDE. Participação brasileira


- Origens da OCDE
- Créditos à exportação. Resolução do contencioso Embraer-Bombardier
- Adesão ao código de liberalização de capitais
- Desafios e oportunidades da adesão plena do Brasil à OCDE

17. O G-20 financeiro


- O G-20 e a crise financeira de 2007-2008
- Evolução da agenda do G-20
- O G-20 e as questões atuais

18. "Guerra comercial". EUA, China e os desafios ao multilateralismo


econômico
- A escalada de tensões comerciais entre EUA e China
- China como "economia de mercado" na OMC
- O quadro macroeconômico mais amplo
- Precedentes
- "Reforma" e futuro da OMC – o que interessa ao Brasil?

Avaliações:

(1) Simulação de um contencioso (dois grupos)


(2) Entrega de um texto (máximo duas páginas, com consulta) sobre tema a definir
INSTITUTO RIO-BRANCO
CURSO DE POLÍTICA INTERNACIONAL I e II
Ementa REVISTA - 14/1/2019

Em 2019, o Curso de Política Internacional do Instituto Rio-Branco mudará de


modelo.

OBJETIVO DO CURSO

Em vez de ensinar ao estudante-diplomata uma determinada concepção da


« ordem internacional » contemporânea, em várias áreas e sub-áreas temáticas,
e cobrar a assimilação daquele conteúdo, o curso terá como objetivo treinar o
estudante-diplomata para:
- procurar, organizar, analisar e apresentar informação sobre temas de política
internacional (como ele terá de fazer ao ser lotado);
- conscientizar-se das amarras ideológicas eventualmente adquiridas em sua
formação anterior, tomar distância delas, e passar a organizar seu trabalho com
base em fatos, não em lugares-comuns e frases feitas;
- diferenciar entre os especialistas verdadeiros - com pesquisa e análise reais e
conhecimento prático do terreno e do tema - e os « fazedores de opinião »
onipresentes na mídia;
- respeitar e considerar uma ampla pluralidade de pontos de vista e ideias sobre
temas internacionais, inclusive de fontes consideradas pela « doxa » acadêmica
e midiática como heterodoxas e não-convencionais.

FORMATO DO CURSO

O curso será organizado não em torno da exposição dos contornos de uma


suposta « ordem internacional baseada em regras » (« rules-based international
order »), mas em torno dos choques sofridos no século 21 pelo sistema
internacional. Cada aula debaterá um choque específico.
Não haverá aula expositiva.
Em cada aula, dois estudantes-diplomatas debaterão um tema. Serão
designadas, para cada um deles, teses opostas a respeito do tema, aproveitando,
se possível, suas competências anteriores (por exemplo, conhecimento mais
aprofundado de direito ou economia, competência em determinada língua
estrangeira, estudos ou trabalho ou vivência anterior pertinentes etc).
O estudante-diplomata poderá ou não estar de acordo com a tese que lhe será
designada. Em qualquer caso, será julgado não pelo teor dela, mas por sua
capacidade de pesquisar, encontrar, analisar e apresentar fatos e argumentos.
Às duas exposições concorrentes, de dez minutos cada, sucederá sessão de
perguntas e respostas nas quais o professor, o assistente e os demais estudantes-
diplomatas aprofundarão o debate do tema.

BIBLIOGRAFIA

Os dois apresentadores de cada sessão deverão encontrar e propor bibliografia


para cada tema: no máximo três artigos sucintos, sendo vedado apenas o uso da
grande mídia tradicional, nacional ou estrangeira, à qual se julga que os
estudantes-diplomatas já foram suficientemente expostos.
Uma vez aprovada pelo professor, a bibliografia será compartilhada com a
classe, para os que desejarem aprofundar-se, e servirá para para preparar o curso
do próximo ano letivo. Em caso de dificuldade, o professor e o assistente
poderão recomendar livros, artigos ou sites relevantes, mas o estudante-
diplomata deverá demonstrar capacidade de pesquisa e iniciativa, e será
avaliado por isso. A classe será motivada pelo fato de que será co-autora da
bibliografia do curso de Política Internacional do próximo ano (ad referendum
da direção do IRBR).
Para aprofundar a capacidade de análise de choques sobre a realidade
internacional em contexto de incerteza, toda a classe deverá ler o livro « A
lógica do cisne negro: o impacto do altamente improvável » (« The Black
Swan »), de Nassim Nicholas Taleb, Editora Best Seller, Rio, 2015 (9a edição).
A leitura de outros livros e artigos do autor é fortemente encorajada.
A cada aula, os estudantes-diplomatas deverão ter lido um capítulo do « Cisne
Negro » (indicado no programa). Haverá perguntas sobre a assimilação dos
conceitos do capítulo, dirigidas pelo professor ou seu assistente,
preferencialmente, a estudantes que tenham pouca participação no debate, de
forma a permitir-lhes melhorar a nota de participação (ou piorar caso não
tenham lido).

OUTRAS CONSIDERAÇÕES

A critério do professor, poderão ser convidados especialistas, de dentro ou de


fora do MRE, para assistir aos debates e orientar a sessão de perguntas e
respostas, e eventualmente comentar o tema em pauta. Isso não afetará a nota
dos apresentadores.
Não há a pretensão de abarcar todos os temas relevantes da política
internacional. De modo a garantir o tratamento integrado das várias disciplinas
do Curso de Formação de Diplomatas, diversos aspectos centrais da política
internacional não serão discutidos, dado que o serão em outras matérias do
CFD.

CONDUTA DURANTE O CURSO

Durante os debates, haverá inteira liberdade de exposição da opinião do


estudante-diplomata sobre qualquer tema. Ele não será julgado pela
concordância ou não do professor com o que ele diz, mas pela clareza, coerência
e profundidade do que exprime.
Espera-se engajamento total dos estudantes-diplomatas com o debate, durante
as aulas, e capacidade de pesquisa autônoma e reflexão, fora delas.
Todo estudante-diplomata pode tomar a palavra durante os debates, mas deverá
levantar a mão e ser reconhecido pelo professor ou pelo assistente antes de falar.
É terminantemente proibido o uso de qualquer aparelho eletrônico (notebook,
computador, telefone celular etc) durante as aulas. Os celulares deverão ser
desligados ou colocados em modo avião antes do começo das aulas. A consulta
de whatsapp, ou outra forma de mensagem eletrônica durante as aulas
ocasionará o envio imediato do estudante-diplomata para a biblioteca, onde
deverá esperar até o final da aula, sem necessidade de aviso prévio, e resultará
em redução da nota.
É permitido o uso de papel e caneta para anotar os avisos do curso. Não é
encorajada a tomada de notas sobre o debate. É preferível que a atenção seja
plenamente dedicada ao debate e à reflexão.

AVALIAÇÃO

A nota do estudante-diplomata a cada semestre será composta por três


elementos:
- apresentação de dez minutos e resposta a perguntas sobre um dos temas,
defendendo tese a ele designada (40 pontos).
- participação disciplinada, pertinente e coerente nos debates sobre os
temas apresentados pelos colegas (30 pontos) e
- prova final, testando leitura, assimilação e capacidade de aplicação dos
conceitos do livro « O cisne negro » a temas de política internacional (30
pontos).
PROGRAMA DE AULAS

1ª aula – Apresentação do curso


Responsáveis: Embaixador Achilles Zaluar e Conselheiro Hélio Franchini

2ª aula – Os atentados de 11/9/2001


Tese 1: Os atentados de 11/9/2001 são indicadores de uma tendência profunda
de conflito de civilizações.
Tese 2: Os atentados de 11/9/2001 respondem a motivações e circunstâncias
específicos e não apontam para uma tendência profunda de conflito de
civilizações.

3ª aula – A Guerra do Iraque (2003)


Tese 1: A Guerra do Iraque foi justificada e beneficiou a segurança da região e
do mundo.
Tese 2: A Guerra do Iraque não foi justificada e prejudicou a segurança da
região e do mundo.

4ª aula – A entrada da China na OMC


Tese 1: O ingresso da China na OMC foi benéfico para a economia
internacional, inclusive dos países avançados e do Brasil.
Tese 2: O ingresso da China na OMC foi prejudicial à economia internacional,
inclusive a dos países avançados e à do Brasil.

5ª aula – A reemergência da Rússia


Tese 1: A reemergência da Rússia sob Putin constitui desafio à segurança, ao
direito e à ordem internacionais.
\
Tese 2: A reemergência da Rússia sob Putin é benéfica para a segurança, o
direito e a ordem internacionais.

6ª aula – A irrupção do debate sobre a mudança do clima


Tese 1: A mudança do clima é real e antropogênica, ameaça toda a humanidade,
e exige resposta global.
Tese 2: A mudança do clima tem sido exagerada, bem como seu componente
antropogênico; não ameaça a humanidade, nem requer resposta global.

7ª aula – O fortalecimento dos sistemas regional e global de proteção dos


direitos humanos
Tese 1: O fortalecimento dos sistemas internacionais de proteção dos direitos
humanos representa fenômeno benéfico para o mundo em geral e o Brasil em
particular.
Tese 2: Os sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos foram
capturados por uma burocracia ideologizada, violam a soberania nacional, e
ameaçam a soberania de todos os países, inclusive o Brasil.

8ª aula – Cadeias globais de valor, deslocalização, livre-comércio e


intensificação dos fluxos financeiros
Tese 1: A globalização econômica é inevitável e tende a acelerar-se cada vez
mais; todos os países, inclusive o Brasil, tem de se esforçar para se adaptar a
essa tendência.
Tese 2: A atual fase de ultraglobalização é insustentável; os Estados, inclusive
o Brasil, devem esforçar-se para retomar o controle soberano sobre sua forma
de inserção na economia mundial.

9ª aula – Migração
Tese 1: As migrações globais são um fenômeno globalmente benéfico, além de
inevitável; os Estados devem apenas administrar esse processo.
Tese 2: As migrações globais, acima de um certo patamar, são de difícil ou
impossível assimilação, e ameaçam a coesão cultural e política das nações; os
Estados devem controlar e limitar esse processo.

10ª aula – A crise financeira de 2008


Tese 1: A crise financeira de 2008 foi um evento limitado e isolado; os erros
que a provocaram foram eficazmente corrigidos nos níveis nacional e global,
inclusive pela atuação do G20.
Tese 2: A crise financeira de 2008 revela incoerências incorrigíveis da
globalização; as medidas adotadas em resposta a ela foram meramente
paliativas; estamos a caminho de nova crise financeira, ainda mais grave.

11ª aula – A crise do euro (2010-15)


Tese 1: O euro é algo formidável e demonstra a grandeza e sabedoria do
processo de integração europeia; eventuais problemas vão sendo corrigidos à
medida que se apresentam.
Tese 2: O euro é um projeto tecnocrático, antidemocrático e economicamente
irracional, que agrava as distorções das economias e sociedades da Europa, em
favor do núcleo alemão e em detrimento dos Estados periféricos; deverá
desintegrar-se no futuro, como outras iniciativas de união monetária.

12ª aula – A « Primavera Árabe »


Tese 1: A « Primavera Árabe » representou, fundamentalmente, um esforço de
modernização e democratização autônomo das nações árabes; é algo que deve
ser encorajado e retomado no futuro.
Tese 2: A suposta « Primavera Árabe » representou a continuação da disputa
geopolítica pela região entre potências exteriores, que manipularam as
aspirações nacionais; todo o processo produziu insegurança e terrorismo,
prejudicando as próprias populações dos países afetados.

13ª aula – A marginalização das Nações Unidas nos temas de segurança


internacional
Tese 1: A tendência à marginalização das Nações Unidas nos principais temas
de segurança internacional deve ser revertida pelo fortalecimento e reforma da
Organização e de seu Conselho de Segurança, inclusive com o ingresso do
Brasil como membro permanente.
Tese 2: A marginalização das Nações Unidas nos principais temas de segurança
internacional é algo inevitável; a reforma do Conselho de Segurança é inviável
no futuro previsível; o Brasil não deve gastar muito capital diplomático nesse
assunto.

14ª aula – « Populismo » e democracia: tendências da política latino-americana


Tese 1: O populismo « bolivariano » representou as aspirações históricas dos
povos latino-americanos; o processo de integração « bolivariana » pode ter sido
interrompido, mas deverá ser retomado no futuro.
Tese 2: O populismo « bolivariano » representa um projeto autoritário e
inviável, tendo conduzido ao impasse as nações que nele se engajaram; será
inevitavelmente superado pela consolidação da democracia representativa e da
economia de mercado.

15ª aula – « Populismo » e democracia: tendências da política europeia


Tese 1: O « Brexit » e a ascensão da direita nacionalista em países como Itália,
Hungria, Polônia etc representam retrocessos preocupantes para os ideais
democráticos, generosos e liberais até então prevalecentes na União Europeia.
Tese 2: O « Brexit » e a ascensão da direita nacionalista em países como Itália,
Hungria, Polônia etc representam avanços importantes para a democracia e a
soberania nacional, em contraposição ao projeto tecnocrático e antidemocrático
da União Europeia.

16ª aula – Afro-otimismo ou Afropessimismo?


Tese 1: O continente africano apresenta taxas elevadas de crescimento
econômico e deve ser considerado como uma das principais fronteiras
econômicas mundiais nas próximas décadas.
Tese 2: As tendências demográficas e climáticas da África são insustentáveis;
o continente deverá caracterizar-se, nas próximas décadas décadas, por fluxos
maciços de emigrantes e instabilidade política e de segurança.

17ª aula – A « Belt and Road Initiative » (BRI): rumo a um mundo centrado na
Eurásia?
Tese 1: A BRI, impulsionada pela China, tende a integrar a « Eurásia » ,
superando o distanciamento secular entre Europa e Leste Asiático, e a
reconfigurar a economia mundial, com a China como principal pólo.
Tese 2: A BRI representa tentativa da China de exercer uma hegemonia
ilegítima sobre seus vizinhos; a iniciativa está cheia de contradições e tende a
fracassar.

18ª aula – A eleição presidencial dos EUA em 2016


Tese 1: A eleição presidencial dos EUA em 2016 foi um acidente de percurso,
causado por ingerências externas, pelas « fake news » e pelo machismo de uma
parcela deplorável de eleitores; em breve tudo retornará à normalidade.
Tese 2: A eleição presidencial dos EUA em 2016 representou avanço
democrático importante, uma vez que parcela considerável da população, até
então excluída do debate político pela hegemonia globalista, finalmente se fez
ouvir.

19ª aula – Prova semestral (« Cisne Negro »)


20ª aula – Avaliação do curso
INSTITUTO RIO-BRANCO

CURSO DE POLÍTICA INTERNACIONAL II –2º SEMESTRE 2019

Professores: Embaixador Achilles Zaluar e PS Bruna Gagliardi

OBJETIVO DO CURSO

O curso de PI-1, no primeiro semestre, teve como objetivos treinar o estudante-diplomata


para (1) procurar, organizar, analisar e apresentar informação sobre temas de PI; (2) tomar
distância de amarras ideológicas e "narrativas" e organizar sua pesquisa com base em
fatos e fontes primárias diversificadas; (3) diferenciar entre especialistas verdadeiros e
"narrativas"; e (4) respeitar e considerar uma ampla pluralidade de pontos de vista e ideias
sobre temas internacionais. Daí a ênfase no contraditório e na pesquisa, conduzindo a
debates sobre 17 temas ("choques" no sistema internacional no século XXI).

No segundo semestre, os objetivos serão: (1) treinar o aprofundamento da pesquisa


(evitando o pecado fundamental do diplomata, que é a superficialidade); (2) identificar
temas fundamentais, transversais na realidade internacional contemporânea, e determinar
onde reside o interesse nacional em cada caso; (3) aprender a aproveitar as competências,
conhecimentos e qualidades que cada estudante-diplomata traz de sua experiência e
formação a serviço do Brasil e do MRE; e (4) praticar o trabalho em equipe a serviço dessas
competências (aprofundamento, distinção entre o que é importante e o que não é,
determinação do interesse nacional, bom uso de seus próprios pontos fortes a serviço do
Brasil e trabalho em equipe).

FORMATO DO CURSO

Os estudantes-diplomatas serão divididos em sete grupos de cinco pessoas (quatro


brasileiros e um estrangeiro). Cada grupo receberá um tema transversal que se
transformará num projeto de pesquisa, a ser conduzido ao longo do semestre, em equipe,
aproveitando as qualificações de cada um.

Os alunos são encorajados a propor os grupos, no formato acima. Nenhum grupo poderá
deixar de ter um aluno estrangeiro.
Os alunos são encorajados a formar o grupo, na medida do possível, concentrando as
competências disponíveis: grupo dos economistas, dos formados em RI, dos jornalistas,
dos formados em áreas técnicas, dos formados em Letras ou Filosofia etc. Essas
competências serão, na medida do possível, aproveitadas ao designar tema transversal no
qual elas serão mais úteis para o aprofundamento.

O progresso da pesquisa será apresentado pelo grupo ao restante da classe, ao longo do


semestre ("progress reports"), seguindo-se debate em que os membros de outros grupos
farão perguntas, observações e sugestões de aprofundamento. Pessoas qualificadas
poderão ser convidadas pelo professor para comentar os relatórios de progresso.

A apresentação dos relatórios parciais será na forma de um relatório de progresso, escrito,


com uma página de extensão no máximo, e uma apresentação de 15-20 minutos em que
cada um dos membros do grupo deverá falar por pelo menos dois minutos. O grupo poderá
designar um coordenador se julgar apropriado.

Ao final do semestre, cada grupo apresentará, na data de sua apresentação final, um


trabalho escrito, de 15 a 20 páginas, que será distribuído à turma, com os resultados de
sua pesquisa e as principais fontes bibliográficas e outras (entrevistas, por exemplo) que
utilizou. O professor poderá recomendar os melhores trabalhos para publicação.

Os trabalhos deverão:

- explicar as linhas gerais do tema de forma clara, compreensível e sofisticada;

- apontar os grandes debates e divergências que se encontram na análise do assunto;

- identificar o interesse do Brasil em cada assunto;

- propor uma linha de atuação para o Governo brasileiro.

Não haverá aula expositiva.


BIBLIOGRAFIA

Cada grupo determinará a bibliografia do seu tema, a ser apresentada no relatório final; a
capacidade de identificar e selecionar os textos relevantes será avaliada.

Em paralelo, assim como o primeiro semestre utilizou o "Cisne Negro" de Nassim Taleb
para revelar instrumentos de reflexão e análise não-convencionais, o segundo semestre
utilizará o artigo "Bound to fail: the rise and fall of the liberal international order", de John
Mersheimer (International Security, Vol 43, Issue 4, Spring 2019, pp 7-50; o link foi
disponibilizado para a classe) para fornecer uma estrutura teórica à reflexão sobre os temas
transversais.

A leitura dos demais livros e artigos de Mearsheimer é fortemente encorajada, em particular


"The tragedy of great power politics" (2001), "Why leaders lie" (2011) e "The great delusion"
(2018).

Como contraponto ao pensamento de Mearsheimer, os estudantes-diplomatas são


encorajados a ler ou reler "Boundto lead" (1990), de Joseph Nye, e a refletir sobre o que
ocorreu ou deixou de ocorrer nas três décadas subsequentes.

Os que desejarem aprofundamento teórico poderão ler "The origins of alliances" (1987), de
Stephen Walt.

CONDUTA DURANTE O CURSO

Continuam válidas as observações feitas no programa do primeiro semestre sobre:

- inteira liberdade de opinião e expressão; o estudante-diplomata será julgado pela


profundidade da pesquisa e clareza de exposição escrita e oral, não pela concordância ou
não com as opiniões do professor;
- espera-se engajamento de cada um com o debate, durante as aulas, e com a pesquisa e
reflexão, fora delas;

- todos podem tomar a palavra durante os debates, mas devem levantar a mão e ser
reconhecidos pelo professor ou pelo assistente para falar;

- os aparelhos eletrônicos continuam proibidos. Papel e caneta são permitidos, mas não se
encoraja tomar notas durante o debate; melhor treinar a concentração da atenção.

- Os "progress reports" e relatórios finais dos grupos substituem com vantagem as


anotações digitais ou analógicas. Melhor ainda, as apresentações e debates dos demais
grupos, e o trabalho de pesquisa, equipe e apresentação do seu próprio grupo deverão,
idealmente, deixar traços úteis nas redes neuronais de cada estudante-diplomata.

AVALIAÇÃO

A nota final será composta por dois elementos:

- Relatórios de progresso (escritos e orais), apresentação final e projeto de artigo final: 70


pontos (nota a ser atribuída ao grupo)

- Apresentação oral sobre capítulo do artigo “Bound to fail” e aspectos conexos da realidade
internacional: 30 pontos (individual)

GRUPOS DE PESQUISA

1) Sistema Monetário Internacional

- Matheus Corradi;
- Henrique Sato
- Ricardo Nogueira
- Bernardo Morais
-Marc Forst

2) Sanções internacionais

- Angelo
- Francisco
- Mauricio Gurjao
- Luiz Filipe
- Yetoro

3) Fato, Narrativa e Mídia

- Raphael França
- Maurício Horta
- Pedro Vale
- Nádia
- Jorge

4) Geopolítica e Energia
- Laís Monteiro
- Svetlana
- AndreLettieri
- Ciro Ferreira
- Jonas Marinho

5) Projeção Internacional da China

- Anna
- Justina Boto
- Gabriela Ruggeri
- Cauê
- Diógenes

6) Nacionalismo, soberanismo e populismo europeu

- Bernardo P
- Igor Moraes
- Rafael Mendes
- Silva
- João Evangelista

7) Inovação e Indústria de Defesa

- Victor
- Yasunori
- Luiz Eduardo
- Matheus Knispel
- Osvaldo
- Robert

CRONOGRAMA

09/07 – Aula 1 – Introdução ao curso de PI II

16/07 – Aula 2 – Relatórios de progresso de 30 minutos por grupo, grupos 1 e 2.

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer:


Introduction

Alunos:

23/07 – Aula 3 – Relatórios de progresso de 30 minutos por grupo, grupos 3 e 4.

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: What


Is an Order and Why Do Orders Matter?

Alunos:

30/07 – Aula 4 – Relatórios de progresso de 30 minutos por grupo, grupos 5 e 6.

Debate de 30 minutos: texto “Bound to fail", de John Mersheimer: Types


of Orders – Realist Orders

Alunos:

06/08 – Aula 5 – Relatórios de progresso de 30 minutos por grupo, grupos 3 e 4.

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: Types


of Orders – Agnostic and Ideological Orders; Thick and Thin Orders

Alunos:

13/08 – Aula 6 – Relatórios de progresso de 30 minutos por grupo, grupos 5 e 6.


Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: The
Rise and Decline of International Orders

Alunos:

20/08 – Aula 7 – Relatórios de progresso de 30 minutos do grupo 7.

30 minutos: Embaixador Achilles.

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: The


Cold War Orders, 1945–89

Alunos:

27/08 – Aula 8 – Palestra sobre o tema Sistema Monetário Internacional: 1 hora

Palestrante: (convidado a definir)

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: The


Liberal International Order, 1990–2019

Alunos:

03/09 – Aula 9 – Palestra sobre o tema Sanções internacionais: 1 hora

Palestrante convidado: PS Ricardo Rizzo (?)

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: The


Golden Years, 1990–2004

Alunos:

10/09 – Aula 10 – Palestra sobre o tema Fato, Narrativa e Mídia: 1 hora

Palestrante: (convidado a definir)

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: The


Liberal Order Goes Downhill, 2005–19

Alunos:

17/09 – Aula 11 – Palestra sobre o tema Geopolítica e Energia: 1 hora

Palestrante convidada: PS Cristina Alexandre (?)


Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: What
Went Wrong? The Perils of Democracy Promotion

Alunos:

24/09 – Aula 12 – Palestra sobre o tema Projeção Internacional da China: 1 hora

Palestrante convidada: Cons. Carolina El Debs

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer:


Fighting Losing Wars – Turning the Major Powers into Enemies

Alunos:

01/10 – Aula 13 – Palestra sobre o tema Nacionalismo, soberanismo e populismo

europeu: 1 hora

Palestrante: (convidado a definir)

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer:


Turning the Liberal Democracies against the Liberal Order

Alunos:

08/10 – Aula 14 – Palestra sobre o tema Inovação e Indústria de Defesa: 1 hora

Palestrante convidado: PS Thiago Couto (?)

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: The


Downside of Hyperglobalization, Hyperglobalization and its discontents

Alunos:

15/10 – Aula 15 – 2ª rodada, relatórios de progresso de 30min por grupo, grupos

1 e 2.

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: The


Rise of China

Alunos:

22/10 – Aula 16 – 2ª rodada, relatórios de progresso de 30min por grupo, grupos

3 e 4.
Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer: Where
Are We Headed? The New Realist Orders, Alunos:

29/10 – Aula 17 – 2ª rodada, relatórios de progresso de 30min por grupo, grupos

5 e 6.

Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer:


Economic Cooperation and Rivalry

Alunos:

05/11 – Aula 18 – 2ª rodada, relatórios de progresso de 30min por grupo 7.

- Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer:


Russia and Europe

Alunos:

- Debate de 30 minutos: texto "Bound to fail", de John Mersheimer:


Conclusion

Alunos:

12/11 – Aula 19 – Palestra Min. Marcelo Câmara – JPCOA e a questão nuclear

iraniana

19/11 – Aula 20 – Palestra Cons. Cleiton Schenkel – Coreia do Norte

26/11 – Aula 21 – Palestra – Situação no Oriente Médio (convidado a definir)

(45 min)

Apresentação final, grupo 1 (45 min.)

03/12 – Aula 22 – Apresentação final, grupo 2 e 3

10/12 – Aula 23 – Apresentação final, grupo 4 e 5


17/12 – Aula 24 – Apresentação final, grupo 6 e 7
INSTITUTO RIO BRANCO

CURSO DE TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO

Professor Titular: Ministro Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega

Professor Assistente: Secretário Leonardo Fernandes Rodrigues Cardote

II/2019

OBJETIVO

O curso objetiva apresentar e discutir conceitos e técnicas de negociações internacionais, sempre


relacionando-os com casos concretos. A parte teórica será complementada pela oportunidade de
pô-los em prática, por meio de simulações.

O curso compreende aulas expositivas, palestras de convidados com experiência de negociações


internacionais e simulações de negociações baseadas em cenários reais do contexto internacional.

PROGRAMA

Parte 1 - Conceitos e técnicas

Nessa etapa, serão apresentados conceitos e técnicas associados à participação em uma


negociação internacional. A partir das leituras indicadas, serão analisados e debatidos os
principais elementos da negociação, bem como as estratégias e táticas empregadas pelo
negociador com vistas à obtenção de um resultado satisfatório.

Parte 2 - Palestras

Uma vez apresentados os conceitos e técnicas básicos, estes serão ilustrados a partir de casos
representativos, expostos em palestras de convidados com experiência negociadora internacional.

Parte 3 - Simulações
Estão previstos três exercícios de simulação, em sala de aula, de negociações internacionais.

Parte 4 - Avaliação

A avaliação de rendimento será feita com base na participação dos alunos nos exercícios de
simulação e em prova escrita final.
Ementa das Disciplinas do Curso de Árabe

Disciplina: Árabe Clássico


Objetivo: capacitar os alunos ao domínio básico do idioma árabe clássico
(conversação, leitura e escrita), durante os quatro semestres do curso de
formação do IRBr, para que por fim, o estudante possa alcançar a fluência
do idioma na vida prática, sem o auxílio do professor.
Material didático: Livro “Eu falo árabe”, publicado na Síria, para o ensino
de língua árabe para estrangeiros.

Primeiro Semestre
- Informações básicas sobre o idioma árabe e sua comparação com o idioma
português, geral. (2h/aula.)
- Acentos fonográficos e as interligações das letras. (2h/aula.)
- Estudos do alfabeto - Formas das letras e suas pronúncias, com iniciação
de conversação básica. (16h/aula)
 Primeira parte do livro (lições nº 1 e 2) - 4h/aula
- Oração nominal simples e os pronomes demonstrativos.
- O modo interrogativo (O que)

 Segunda parte (lições nº 3 e 4) - 4h/aula


- Interrogação (Será).
- Afirmação e negação.
- Pronomes pessoais singulares.

 Terceira parte (lições nº 5 e 6) – 6h/aula


- Agregação do substantivo ao nome próprio e pronomes.
- Atribuição com “L de posse”.
- Interrogação com “Liman” (de quem?);
- Pronomes possessivos (Singular);
 Quarta Parte (lição nº 7) – 4h/aula

- Interrogativo de lugar “Aina” (onde);


- Os Advérbios de lugar e suas agregações;
- Preposição “Fi” (em, no, na, nos e nas);

 Quinta Parte (Lições nº 8 a 11) – 10h/aula

- Adjetivos;
- Revisão das construções anteriores;

 Sexta Parte (Lições nº 12 a 16) – 18h/aula

- Verbo no tempo presente (singular), verbo transitivo direto e indireto;


- Interrogação “Maza e Hál (O que e Será que?) com presença de verbo;
- Conjunções;
- Caso acusativo e os objetos diretos e indiretos;
- Os números (01 a 10).

Segunda etapa do livro


 Primeira Parte: (Lição nº 1) – 4h/aula
- Revisão Geral:
- Advérbios, pronomes, orações nominais e verbais e demonstração de lugar;
- Práticas e conversação (diálogos);

 Segunda Parte (Lição nº 2) – 4h/aula

- Oração Verbal;
- L de Posse;
- Definição;
- Letras Solares e Lunares.

 Terceira Parte (Lição nº 3) – 4h/aula


- Pronomes demonstrativos;
- Conjunções alternativas;
- Revisão de Adjetivos;
- Os Parentes.
Segundo Semestre
 Quarta Parte (Lição nº 4) – 4h/aula

- Verbo presente e futuro com os pronomes pessoais;


- Uso das preposições com pronomes pessoais.

 Quinta Parte (Lição nº 5) – 5h/aula


- Agregação dos advérbios aos pronomes;
- Interrogação com “Qual e Quem”;
- As cores básicas.

 Sexta Parte (Lições nº 6 e 7) – 8h/aula

- Revisão dos pronomes aderidos;


- Prática de mais verbos e preposições;

 Sétima Parte (Lições nº 8 e 9) – 8h/aula

- Verbo no futuro;
- Dias da semana.

 Oitava Parte (lições nº 10 e 11) – 8h/aula


- Pronomes relativos;
- Os Parentes;
- Práticas de mais verbos.

 Nona Parte (lição nº 12) - 4h/aula


- Pronomes relativos;
- Forma negativa do verbo no futuro
- Utilização do infinitivo funcionando como substantivo
- Uso do verbo nos tempos presente e futuro no modo indicativo

 Décima Parte (lição nº 13 + os legumes e as frutas) - 10h/aula


- Pronomes pessoais no plural
- Verbo nos tempos presente e futuro com os pronomes pessoais no plural
- Uso do plural irregular
 Décima Primeira Parte (lições nº 14 e 15) - 8h/aula
- Uso do verbo no tempo passado com os pronomes;
- A forma negativa verbo no passado;
- O pronome interrogativa – com quem?.

 Décima Segunda Parte (lições nº 16 e 17) - 10h/aula


- Uso de “duna” = sem;
- O verbo no passado agregado aos pronomes possessivos no acusativo;
- O verbo nos tempos preente e futuro no acusativo.

 Décima Terceira Parte (lições nº 18 e 19) - 10h/aula


- O uso do pronome interrogativo “kam” = quanto;
- O uso dos pronomes adjetivos e substantivos “koull”;
- No consultório médico;
- As partes do copro humano;
- Com os vizinhos.

 Décima Parte (lições nº 20 e 21) - 10h/aula


- Os pontos cardeais;
- O verbo defectivo;
- O uso do “quad”;
- Os pronomes de conjunção;
- Na mercearia;
- Na estação de trem.

*Conversações, práticas, exercícios escritos, provas e outras atividades


práticas permanentes durante as aulas.

*****
ABDULBARI NASER
A Teaching Plan of Mandarin for Instituto Rio Branco

Level 1.1 Topics & Vocabulary:

o Intro to Pinyin-Chinese phonetics system


o Greetings in normal and polite ways
o Introduce self, introduce others
o Talking about oneself
o Likes & dislikes
o Taking a taxi
o Asking about directions
o Expressing time, days and counting numbers from 0-100
o Shopping, asking about prices, sizes and colours
o Buying tickets for travel; start with “qing wen 请问”
o Talking about jobs, company and business etiquette.
o Asking for help

Grammar:

o Basic sentences with to be “shi是”, to have “you有” and to do “zuo做”


o Sentences with stative verb (hen, 我很好)
o Past, and the situation has changed with a functional marker “le”
o Pronouns – subject “wo我”, plural form 我们,你们, 他们
o possessive word “de的”
o Auxiliary words e.g. “xiang 想”
o Word order in sentences (Chinese sentence orders, difference between English and Chinese)
o Sentence forms – statement, question and negative
o Measure words (e.g. a cup of tea = “yi bei cha” 一杯茶 )
o Particles with “ba 吧” “ma吗”

Cultural content:

o Various forms of Chinese


o Lucky/unlucky numbers
o Hand shaking
o Business card
o China tea
o Politeness in Chinese language (different modal words)

Skills Work:

o Extensive practice of Pinyin and tones


o eading phonetics/ Pinyin skills
o Focus on Pinyin, characters are optional
o Listening practice (short simple sentences)
o Recognizing reading a few simple characters
o Memorize some frequently used short sentences.

» Chinese (Mandarin) Beginner 2


Level 1.2 Topics & Vocabulary:

o Talking about day, date, month and year.


o Ordering drinks in a pub or restaurant
o Asking where somebody is from (country and city)
o Describing one’s own things (a bag, a mobile phone, etc)
o Asking for information about public transport (bus, tube, train..)
o Ordering food in a restaurant (from entering a restaurant to paying the bill)
o Arranging an appointment with somebody (time and location)
o Making enquiries when shopping (size, colour of clothes, looking for fitting room )
o Communicating with Chinese people at the dinner table (propose a toast, give compliments, etc)

Grammar:

o Emphasize Chinese sentence order (put time and location words in front of the verb---
Time+Location+Action)
o Emphasize measure words (一杯,一个,difference between 一星期 and 一个星期)
o Past and future with time words “zuo tian昨天” & “ming tian明天”
o Question words: ma, shenme, nar, shenme defang, shenme shihou, zenme, ji, duoshao.
o Chinese sentences with two words (Subject + verb1+verb2)
o Emphasize possessive word ‘de’
o Learn a large variety of sentence patterns according to textbook.
o Focus on sentence patterns instead of grammar (the importance of memorizing sentence patterns in
learning Chinese)

Cultural content:

o Chinese calendar
o Chinese dishes and staple food/ 讲一讲菜和饭的区别
o Various celebrations, e.g. Chinese New Year
o Major dialects in Chinese language
o Modesty, e.g. “na li哪里, na li哪里”

Skills Work:

o Lots of Pinyin and tones practice (reading and listening)


o Recognising simple characters (10-20 characters)
o Improve intonation via practising drills and sentence patterns
o Self-learning skills (using dictionary and online websites)
o ractise and memorise frequently used short daily life sentences and frequently used sentence patterns.

» Chinese (Mandarin) Beginner 3

Level 1.3 topics & Vocabulary:

o Review & practise previous level vocabulary (e.g. through dialogue creation)
o Ask someone for help (talk to customer service)
o Learn how to book a room in a hotel and other related hotel language
o Learn to describe physical uncomfortableness and illness; how to talk to a doctor
o Conversation in a post office
o Pay compliments, praise somebody else
o Make an apology in different situations (being late, forget things, unable to finish a task..)
o Express gratitude formally and informally in different situations
o Pay a compliment, ask for compensation.
o Arrange an appointment formally and informally.

Grammar:

o Review & practise previous level grammar (e.g. through mixed tense work – present/past/future)
o Difference between 或者 and 还是
o Difference between two negative words: 不 and 没有
o Complement of degree construction : Sentence structure V+de+hen+adj (做得很好,说得很不错)
o 好吗 and 好不好 / 行吗 and 行不行
o Sentence structure with 怎么

Cultural content:

o Compliments in Chinese culture


o Medical system in China
o Table manners
o Customs of celebration, e.g. special food for Chinese New Year
o Famous Chinese Kong Fu movies

Skills Work:

o Pronunciation – key sounds practice


o Lots of speaking and listening practice
o Memorize longer frequently used daily life Chinese sentences.
o Longer oral presentation
o Recognising characters and writing common characters practice
o Self-learning skills (using dictionary and online websites)

» Chinese (Mandarin) Elementary 1

Level 2.1 topics & Vocabulary:

o Talking about one’s capability, writing simple sentences in CV


o Refuse an invitation and express regrets
o Agree or disagree, give others permission
o Make a telephone call and leave a message for somebody
o Make a request for a refund or an exchange in a shop
o Make an excuse to leave earlier in different situations
o Bargains in shopping
o Ask for services in a bank (exchange money, transfer money..)
o Saying goodbye in different situations

Grammar:

o Review & practise previous level grammar (e.g. sentence order and tenses)
o Difference between能 and会
o Words about permission and refusal, agree and disagree可以,不可以,能,不能
o Present continuous e.g. “zheng zai正在”
o Adverbs “cai才” and “jiu就”
o Conditional clause “yao shi要是…jiu就…”
o Understanding potential verb phrases with “de得/bu不”
o Attributive clause with “de的”

Cultural content:

o Chinese characters
o Bargaining in China
o Money system
o Chinese idioms and proverbs
o Telephone call etiquette

Skills Work:

o Pronunciation and intonation practice


o eading short essay practice
o Writing common characters practice
o Translating from Chinese to English, and vice versa
o Improve fluency by practising situational dialogues
o Improve presentation skills

» Chinese (Mandarin) Elementary 2

Level 2.2 topics & Vocabulary:

o Talking about one’s life in a new place.


o Invite somebody to do something and arrange an appointment
o Describe somebody, something or an event
o Stop somebody doing something and give permission to somebody to do something
o Remind people to do something
o Request someone to hurry up politely
o Express satisfaction and make a complaint about a bad service.
o Give your opinion or suggestion to someone
o Ask directions and give directions
o Give reasons or explain people’s questions

Grammar:

o Chinese words describing approximation (两三次,八九岁,二十多岁,)


o Words and phrases for pre-condition: 如果, 如果….的话,如果….就
o Sentences with ‘把’ and its difference with sentences with ‘被’
o Re-cap the usage of ‘的’ to emphasize past. For example: 我是坐车来的。他是六点走的。
o Adverbs “就” to make an emphasis. 我一会儿就去。
o Re-cap the usage of ‘过’ indicating something experienced. 我看过/吃过/
o Different patterns of duplication of a verb to indicate to do something quickly. 看看, 看一看,看一下
o Linking words : 因为….所以/ 虽然….但是 Emphasize its difference from English.

Cultural content:

o Chinese characters
o Chinese geography and minorities, Minority issues can be different from western countries’ concepts
o Invitation (polite form of words)
o Buying medicines in China
o Lucky numbers in China
o Directions concept in China (dong nan xi bei)

Skills Work:

o Pronunciation practice
o Enlarge vocabulary quickly (more supplementary materials)
o Improve skills in speaking longer Chinese sentences
o Translating from Chinese to English, and vice versa
o Speaking out one’s thoughts and giving opinions
o Improve presentation skills in Chinese in different business contexts

» Chinese (Mandarin) Elementary 3

Level 2.2 topics & Vocabulary:

o Rent or buy a property


o Express certainty and uncertainty about an issue
o Choose a mobile phone and a service package
o Express feeling odd or surprised about something you heard
o Express worries and learn to comfort others
o Make an apology or forgive someone
o Make a compliment and respond to other’s compliment with modesty
o Express one’s doubt

Grammar:

o Three ‘de’s in Chinese, 的 得 地


o Learn comparative forms: 更, 越来越
o Comparision: A +bi 比+B+adj+number For example: 我比他大两岁。
o How to indicate an action in progress: 在 ,正在,着
o Re-cap sentences with ‘把’。 把….给…
o Re-cap different tenses in Chinese grammar

Cultural content:

o Chinese characters
o Chinese banking services
o Travelling in China
o Chinese holidays
o Chinese property market and Chinese people’s concept of “home”
o China’s business development

Skills Work:

o Improve intonation and speaking fluency


o Enlarge vocabulary quickly (more supplementary materials)
o Listen to Chinese audio, video materials
o Improve communication skills
o Improve presentation skills in Chinese in different business contexts

» Chinese (Mandarin) Intermediate 1

Level 2.3 Topics & Vocabulary:

o Agree, disagree or oppose others/ learn to debate a certain topic


o Ask for service and get certain or uncertain answers.
o Leave a message for somebody, or do someone a favour
o Make an estimation; predict or guess the result of something
o Correct someone’s mistake in speech
o Change a plan or an appointment
o Express regrets
o Make a comparison

Grammar:

o Comparison: A is as good as B / A 和 B 一样, A 和 B不一样


o Comparison: A is not as good as B/ A没有B…
o erbs + adverb to indicate completion or extent of an action
o Ask somebody to do something/ 让…回答这个问题
o How to indicate an action is about to happen: 就要
o Linking words: 要是…..就
o Verb+不+了 去不了、吃不了

Cultural content:

o Looking for a job in China


o Chinese pottery and china
o Colour symbolism in Chinese culture
o Four traditional Chinese festivals

Skills Work:

o Improve intonation by repeating some frequently used sentences


o Improve public speaking skills without reading notes
o Enlarge vocabulary quickly (more supplementary materials)
o Listening to fast speed Chinese audio, video materials
o Practise debate skill in classroom
o Improve presentation skills in Chinese in different business contexts

» Chinese (Mandarin) Intermediate 2

Level 3.1 topics & Vocabulary:

o Formal introduction in business context including social etiquette


o Pass on a business memo to staff members
o Office administration staff, buying stationery or sending out posts
o Confirm a business invitation
o Express good wishes in different business context
o Ask colleagues to do a favour for you
o Make a business decision and to make compromise in business negotiation
o Add a wide range of topics for discussion and debate in class, including: Entertainment, mass media, work,
business, education, school life and routine, the environment, tourism & travel, news, social & political
issues, books, generation changes, cities, people, relationships, the arts, technology, health & fitness, social
life, night life, national traditions/customs & culture, consumerism, globalisation.

Grammar:

o Re-cap linking words: not… but/ not only…but also/ although


o New linking words: “一….就”, “不管…..都”
o Using an adjective before a verb in Chinese: 多吃、快走、少买
o Understand the sentence pattern “快 …了”
o Understand the usage of the sentence patter “越…越”/ 越吃越瘦,越说越不明白
o Focus: sentences with “被” and “让”
o Sentence pattern “ adj+了(一)点儿”/ 价格高了一点儿

Cultural content:

o The roles of a business card and social etiquette in using a business card in China
o Chinese social benefits and medical care system
o Formal proverbs and phrases wishing one’s business success and to prosper
o Addressing people properly in an office
o Chinese people’s working ethics and working overtime during holidays
o The importance of Guanxi while doing business in China

Skills Work:

o Speaking Chinese in a business context (differentiate formal conversation and casual conversation)
o Listening to fast speed Chinese audio, video materials (TV shows or films)
o Enlarge vocabulary at a faster pace (with a focus on business Chinese)
o Write short business report from research
o Deliver business presentations in Chinese
o Expressing one’s own opinion on current issues

» Chinese (Mandarin) Intermediate 3

Level 3.2 Topics & Vocabulary:

o Make a reservation for business purposes, such as booking a meeting room or making a reservation with a
bank
o Phrases and expressions related to dealing with financial matters in a company, for example claiming
expenses.
o Apply for a job and job interviews
o Evaluating your colleagues’ work performance
o Answer clients’ requests and make an apology on behalf of your company
o Official/ formal reception and farewell
o Express regrets
o A wide range of topics for discussion and debate in class, including: Entertainment, mass media, work,
business, education, school life and routine, the environment, tourism & travel, news, social & political
issues, books, generation changes, cities, people, relationships, the arts, technology, health & fitness, social
life, night life, national traditions/customs & culture, consumerism, globalisation.

Grammar:

o Insert ‘ge’ and other modifying words into some two-character words. For example: 睡个好觉,跳个舞,吃个

o More on sentences with ‘把’. 把书拿过来,把包带过来,把信寄过来
o Question pattern “难道…吗?” indicates incredulity. Example: 你难道不知道吗?
o Difference between ‘再’ and ‘又’
o Re-cap paired linking words: 不但….而且/ 因为…所以/虽然…但是
o Comparison patterns: A 比 B.. ..A 比B 更…A 没有 B….A不如B

Cultural content:

o Addressing a person by their position, age, profession instead of their names


o Look for a job in China. (Employment situations changed dramatically in China during the past 2 decades.)
o Chinese ways of showing modesty
o Characters for Chinese numbers
o Main business fairs in China

Skills Work:

o Speaking Chinese in a given business situation.


o Listening to fast speed Chinese audio, video materials
o Read Chinese meeting schedules, products manual, etc.
o Learn writing short stories or reports in Chinese characters.
o Improve research abilities by using Chinese key words
o Deliver short business presentations in Chinese
o Discussion in groups about current issues from newspapers or magazines.

» Chinese (Mandarin) Upper Intermediate

Level 3.3 topics & Vocabulary:

o Attend a management meeting and discuss some business strategies


o Attend a media strategy meeting and prepare for a company event.
o Talk about one’s work progress
o Chair a media conference and speak to media people
o Provide consulting services to a company
o Official/ formal reception and farewell
o To reach a general conclusion for a discussion
o A wide range of topics for discussion and debate in class, including: Entertainment, mass media, work,
business, education, etc

Grammar:

o Sentence pattern “就这么定了” “就这么着了” to indicate a decision.


o “只有…才” to link a conditional complex sentence
o ‘之所以…是因为…’ using this pair of linking words to put result before reason.
o ‘是….的’ to emphasize a fact. For example: 任务是艰巨的
o Formal and polite forms to address an organization
o Relative clauses (not only…but…)
o More negative forms e.g. “fou否”
o Conjunctions
o Punctuation

Cultural content:

o Chinese idioms and proverbs


o Chinese websites and media industry
o Chinese abbreviation
o Food safety in China
o Names of government organizations and state owned enterprises
o Chinese provinces

Skills Work:

o Extensive speaking/active practice inc. situational exercises & interaction


o Extensive listening practice, normal speed Chinese conversation
o Re-drafting Extensive reading practice
o Lots of writing practice e.g. CV and covering letter
o Written notes/letters

» Chinese (Mandarin) Advanced

Level 3.4 Topics & Vocabulary:

At this level, the teaching will be tailored to meet students’ demands to improve their command of Chinese
language. Teachers will be helping students to enlarge their vocabulary and help them to express their ideas in a
higher level of spoken Chinese.

Topic oriented teaching: In class, teacher will add a large variety of topics into teaching, such as entertainment,
media, business, education, school life, cities, people, relationships, the arts, technology, social life, night life,
national traditions/customs & culture, globalization, etc. Original multimedia materials such as Chinese video and
audio will be added in teaching.

Students are encouraged to repeat what they read, listened and watched with the guidance and support from
teacher. Meanwhile, with teacher’s guidance, students are also encouraged to have a deeper discussion about
current issues.

Students are required to write longer articles about their daily life stories and their view of the world.

Presentation skills: Teacher will help students to organise longer presentation with different professional topics
that students are interested in.

Students will have intensive practise in class to improve their listening, speaking, reading and presentation skills.

» Chinese (Mandarin) Proficiency

Advanced Topics

In this level, the teaching will be tailored to meet students’ specific demands in their professional development
and language command. Teachers will be helping students to enlarge their vocabulary and help them to express
their ideas in a very high level of professional Chinese.

Students will be playing a major role in classroom, getting involved in a lot of discussion, debate and
presentation practice.

News: With selections of current news stories about China, teacher organizes students to discuss and debate
about China’s development, problems and roles in the world. Also discuss about the cultural differences between
the East and the West.

Videos: Students will have opportunity to watch up-to-date Chinese TV plays, shows to experience real life
Chinese language. (Classroom should have white board or multimedia equipment.)

Reports: Students are required to do research and write short reports about current issues, such as politics,
economy, culture and environment.

Professional presentation: Students are required to deliver formal and longer presentations in Chinese in their
preferred area, such as finance, business, law, media, management and science. Teacher will help students find
out their weaknesses and common mistakes.

Students will have intensive practise in class to improve their listening, speaking, reading and presentation skills
to meet a professional demand.
Ministerio de Asuntos Exteriores
Instituto Rio Branco
Lengua y Cultura Española
Español Diplomático
Primer Semestre de 2019
Metodología, Secuenciación de Contenidos,
Programa y Evaluación
Profesores:
Pedro Delgado Hernández
María del Mar Paramos Cebey
Dulce Maria Cassilha Andrigueto

1. Metodología

El programa que utilizamos está basado en la metodología de los Enfoques de Tareas y


Comunicativo.

El Concepto de Lengua del que partimos considera la lengua como el conjunto de todos los
elementos necesarios para la comunicación significativa: componentes gramaticales, funciones
y nociones lingüísticas, el sistema de relación entre las reglas y los convencionalismos que
gobiernan el significado.

La selección y secuenciación de los contenidos están enmarcados en el proceso de aprendizaje


sin dejar de considerar los componentes lingüísticos y temáticos que hacen posible el proceso.
El contenido será secuenciado en las tareas del lenguaje y en las de comunicación.

Las capacidades de comunicación y de aprendizaje que alcanzaremos serán: interpretar,


expresar y negociar el significado de forma oral y escrita. Ese significado nos ha de servir para
poder verterlo en los moldes de otras lenguas que los alumnos tienen que dominar, o viceversa.

Los objetivos generales de estos métodos implican facilitar la competencia comunicativa,


incluyendo en ésta la interpretación y la expresión de un mensaje oral o escrito, negociando el
significado.
La función del alumno en este proceso consiste en saber qué y cómo quiere aprender en un
proceso de autoaprendizaje.

El profesor tiene una función de corresponsabilidad en este aprendizaje.

La evaluación forma parte de este proceso de aprendizaje. Los criterios para evaluar serán
holísticos, entendiendo cada uno de los momentos de la evaluación dentro de una evaluación
formativa y personalizante, donde evaluamos lo aprendido en el proceso continuo de
aprendizaje. En el último apartado de este documento mostraremos de una manera más
concreta en qué va a consistir la evaluación.

Las unidades didácticas que tendrán que ir realizando los alumnos están relacionadas con el
nivel y el trabajo que desempeñan.

En definitiva, tratamos de hacer que el alumno adquiera un dominio de la lengua y cultura


española e hispanoamericana que le permita desenvolverse con soltura en todos los ambientes
en los que la lengua y cultura hispanoamericana sean vehículos de comunicación con otras
personas. Con ello intentamos conseguir que la función que han de desempeñar representando
a Brasil sea lo más satisfactoriamente posible.
2. Perfil de los Alumnos

En este semestre trabajamos con una promoción. Es el primer semestre que trabajamos con
ella.

Trabajaremos en tres grupos lo más homogéneo posible en cuanto al nivel de lengua (A, B y C).
El grupo A tiene 9 alumnos, el grupo B tiene 9 alumnos y el grupo C tiene 9 alumnos. Tenemos
alumnos de nivel inicial e intermedio, alguno es avanzado.

El nivel de español del grupo es superior al de la promoción anterior pero en un dominio


adecuado al que venimos recibiendo los últimos años. Dentro de los grupos hay también
diversos niveles pero se puede trabajar bien con ellos haciendo que todos crezcan. En definitiva,
encontramos alumnos que son usuarios de la lengua Umbral e Independiente .

El grupo muestra mucho ánimo para aprender y dominar el español. Con todos trabajaremos
en clase durante cuatro horas todas las semanas. Sabemos que trabajaremos con ellos durante
tres semestres, por ellos secuenciaremos los contenidos para intertar trabajar el mayor número
posible de materia de una forma armónica y completa.

El programa es muy amplio y el tiempo es pequeño pero lo aprovecharemos al máximo para que
dominen lo mejor posible la lengua y la cultura del mundo hispánico enfocando todo el estudio
en el uso que tienen que realizar de la lengua castellana en las actividades que conlleva la vida
diplomática.
3. PROGRAMACIÓN

3.1. PROGRAMA DEL GRUPO A. PROFESORA DULCE MARIA

3.1.1. PERFIL DEL GRUPO .

El programa se dirige a un grupo de 9 alumnos de nivel A2, conforme a las directrices del MCER.
Según este documento, los alumnos de este nivel son capaces de:

- comprender frases y expresiones de uso frecuente relacionadas con áreas de experiencia que
les son especialmente relevantes.

- comunicarse a la hora de llevar a cabo tareas simples y cotidianas que no requieran más que
intercambios sencillos y directos de información sobre cuestiones que les son conocidas o
habituales.

- describir en términos sencillos aspectos de su pasado y entorno, así como cuestiones


relacionadas con sus necesidades inmediatas.

3.1.2. OBJETIVOS DEL NIVEL

 Ser capaz de transmitir y comprender mensajes sencillos por teléfono.


 Ser capaz de comprender cartas e informaciones habituales.
 Ser capaz de tratar sobre temas habituales y mantener una conversación sobre temas
de actualidad.
 Ser capaz de transmitir cartas y mensajes basados en datos objetivos.
 Se capaz de producir textos simples y coherentes sobre temas familiares o de interés
personal.

3.1.3. CONTENIDOS

Revisión de todo lo anterior.


FUNCIONES COMUNICATIVAS CONTENIDOS LIGÜÍSTICOS

Tema 1  Poder/Tener que/Hay que +Inf.


 Presente de Indicativo
 Hablar por teléfono  Verbo gustar
 Describir física y psicológicamente a  Posesivos, demostrativos, artículos
las personas.
 Proponer un plan o hacer una
invitación
 Acciones habituales

Tema 2  Pronombre átonos OD+OI

 Referirse a objetos y a personas (se+lo/la/los/las)

 Expresar acciones continuas  Colocación de los pronombres

 Preposiciones

 Usos del gerundio

Estar+gerúndio

Tema 3  Llevarse bien/mal con alguien


 Quedar/Quedarse
 Hablar sobre las relaciones laborales  Pretéritos (Perfecto, Indefinido,
 Proponer una cita Imperfecto, Pluscuamperfecto)
 Referirse a acciones en pasado

Tema 4  Futuro simple


 Acentuación
 Hablar sobre el futuro  Heterotónicos
 Expresar planes e intenciones
 Hacer valoraciones

Tema5

 Formular deseos  Imperativo afirmativo


 Hablar del desarrollo de una acción  Imperativo con pronombres
 Formular condiciones reales,  Construcciones Potenciales
hipotéticas, imposibles.

Tema 6  Creo que/estoy seguro de que


 Ojalá que/Necesito que, etc.
 Expresar deseos y necesidades  Cuando+ Subj.
 Expresar opiniones sobre temas de  No creo que+Subj.
actualidad
 Dar soluciones a problemas
3.2. PROGRAMA DEL GRUPO B. PROFESORA MARÍA DEL MAR.

3.2.1. PERFIL DEL GRUPO.

El programa se dirige a un grupo de 9 alumnos de nivel B1, conforme a las directrices del MCER
(MARCO Común de Referencia Europeo). Según este documento, los alumnos de este nivel son
capaces de:

- comprender frases y expresiones de uso frecuente relacionadas a problemas


contemporáneos.
- -comunicarse con fluidez y espontaneidad.
- -tomar parte activa en debates desarrollados en situaciones cotidianas y defendiendo
sus puntos de vista.
- -explicar un punto de vista sobre un tema exponiendo las ventajas y los inconvenientes
de varias opciones.

3.2.2. OBJETIVOS DEL NIVEL

- Ser capaz de transmitir y comprender mensajes siguiendo líneas argumentales complejas


siempre que el tema sea relativamente conocido.

- Ser capaz de leer y comprender artículos e informes relativos a problemas contemporáneos.

- Ser capaz de tratar sobre temas habituales y mantener una conversación sobre temas de
actualidad.

- Ser capaz de escribir redacciones o informes transmitiendo información o proponiendo


motivos que apoyen o refuten un punto de vista concreto.
3.2.3 CONTENIDOS

Revisión de todo lo anterior.

FUNCIONES COMUNICATIVAS CONTENIDOS LINGÜÍSTICOS

Tema 1

Futuro del indicativo

Expresar obligación Poder/tener que/hay que +infinitivo

Expresar deseos y suposiciones Pronombres átonos (OD / OI)

Hacer predicciones para el futuro Acentuación

Tema 2 Fórmulas imperativas

Pret. Perfecto de Subjuntivo (espero que


hayas tenido…)
Expresar órdenes y pedidos

Expresar hipótesis

Tema 3

Condicional (¿te importaría….¿)

Expresar condiciones y posibilidades Pronombres átonos

Disculparse

Justificarse

Tema 4

Pretérito Imperfecto de Subjuntivo +


Condicional simple
Expresar condiciones y posibilidades poco
probables (iría …. si tuviera/tuviese…)
Expresar deseos

Tema 5 Oraciones subordinadas

Uso del Indicativo / Subjuntivo

Expresar deseos, órdenes, sensaciones,


probabilidades, necesidades.

Expresar opiniones sobre temas de la


actualidad

3.3. PROGRAMA DEL GRUPO C. PROFESOR PEDRO

3.3.1. PERFIL DEL GRUPO.

El programa se dirige a un grupo de 9 alumnos de nivel B1 y B2, conforme a las directrices del
MCER. Según este documento, los alumnos de este nivel son capaces de:

- transmitir y comprender mensajes sencillos por teléfono.

- comprender cartas e informaciones habituales.

- tratar sobre temas habituales y mantener una conversación sobre temas de actualidad.

- transmitir cartas y mensajes basados en datos objetivos.

- producir textos simples y coherentes sobre temas familiares o de interés personal.

3.3.2. OBJETIVOS DEL NIVEL

 Ser capaz de comprender las ideas principales de textos complejos que traten de temas,
tanto concretos, como abstractos, incluso si son de carácter técnico, siempre que estén
dentro de su campo de especialización.
 Ser capaz de relacionarse con hablantes nativos con un grado suficiente de fluencia y
naturalidad, de manera que la comunicación se realice sin esfuerzo por parte de los
interlocutores.
3.3.3. CONTENIDOS
Para conseguir los objetivos trabajaremos los siguientes contenidos:
1. Mundo del español.
2. Documentos y espacios de referencia oficiales en el mundo del español.
3. Análisis de documentos oficiales.
4. Acentuación.
5. Revisión de todos los contenidos lingüísticos de los niveles anteriores (pronombres,
demostrativos,…).
6. Resumen, descripción, narración (dominio del presente, y todos los tiempos
pretéritos).
7. Valoración, duda, futuro.
8. El modo subjuntivo.
9. Trabajo con marcadores y conectores de la lengua oral y de la escrita.
10. Vocabulario específico del lenguaje diplomático.
11. Lectura y exposición en clase y comentario de clásicos de la lengua española que
prioricen los pasados y la descripción. (Lazarillo de Tormes, Leyendas de Bécquer,
Novelas Ejemplares de Cervantes, El Quijote, Pedro Páramo de Juan Rulfo, Leyendas
de Guatemala de Miguel Ángel Asturias, Historia de Cronopíos y de Famas de Cortázar,
Algunos Cuentos de Borges, Sin noticias de Gurb, Eduardo Mendoza…).
12. Uso de los imperativos y las condicionales.
13. Modelo de Carta Comercial.
14. Pronominalización, Preposición, Regencia Verbal.
15. Traducciones de textos oficiales al español. Del español al portugués y viceversa.
3.4. CONTENIDOS Y METODOLOGÍAS COMUNES PARA TODOS LOS GRUPOS

Todos los grupos trabajan a la vez contenidos culturales del mundo hispánico y se
acercan a la literatura de esta cultura, Miguel de Cervantes... (tienen que leer obras
y exponerlas en clase hablando del autor, estilo literario, época y haciendo un
análisis de la obra leída).

Lectura continua de los periódicos de lengua española, relacionándolos con los de otras lenguas
para poder hacer la traducción, comprensión de textos, diálogos y diferentes estudios escritos
a la vez que nos sirven para advertir las reglas gramaticales.

Buscamos trabajar con el vocabulario que el mundo hispánico utiliza en el mundo diplomático,
en documentos oficiales y en las organizaciones internacionales. Asimismo, nos acercaremos a
documentos que traten de cuestiones de derecho, relaciones internacionales y del mundo de
las empresas y del comercio.

Cada alumno tiene que elaborar un mínimo de redacciones de diferentes temas y familiarizarse
con documentos oficiales del mundo hispánico.
Todos han de hacer presentaciones en la lengua española para habituarse y han de saber utilizar
los recursos que tiene la lengua en reuniones formales e informales en el mundo de la
diplomacia. Al mismo tiempo trabajamos para que sepan coordinar reuniones utilizando la
lengua de Cervantes.

Nos serviremos de la audición de programas y vídeos relacionados con los temas y foros con los
que van a trabajar.

Vídeos y DVD culturales de Hispanoamérica junto con investigaciones en Internet.

Músicas de los diferentes países de lengua y cultura hispanoamericana, analizando el


vocabulario y las estructuras gramaticales que aparecen en las canciones.

Exposiciones de los alumnos de diferentes temas que van trabajando.

Comprensiones de textos y audiciones.

Análisis de películas.

Participación en todos los eventos de la lengua y la cultura española que sea posible y que sirvan
para enriquecimiento de los alumnos.

Todos los meses haremos actividades conjuntas (cine, ponencias, actividades culturales, …) en
las que todos los grupos se puedan enriquecen a pesar de los diferentes niveles de lengua que
tienen. Visitaremos una exposición sobre Dalí y la Divina Comedia, aprovecharemos para
trabajar la descripción y ver vocabulario del mundo de las Artes.

Aprovechar todas las oportunidades que el Instituto ofrece para poner en práctica lo aprendido.
En el mes de abril celebraremos el Día de la Lengua Española invitando a un conferenciante para
hablar de la situación de la lengua española hoy en el mundo y a los embajadores de los países
en los que hay Academia de la Lengua Española.
Intentar buscar conferencias de los Consejeros de Cultura, Embajadores de las diferentes
embajadas de los países de habla española.

Para el buen desempeño de los alumnos el trabajo fuera de clase es importante. Esperamos que
a pesar de las ocupaciones que tienen puedan realizar las tareas fuera de clase para que el
enriquecimiento de la lengua y cultura españolas sea mayor.

Sin olvidar que la auténtica prueba la tendrán cuando tengan que representar a Brasil utilizando
la lengua española, para la cual les estamos preparando concienzudamente.

4. La evaluación de los alumnos en el aula de Español Diplomático

En el departamento de Español Diplomático del Instituto Rio Branco entendemos la


evaluación como un proceso en el que el sistema de referencia es personalizante, donde
interesa la progresión del alumno dentro de la sala de aula pensando siempre en el trabajo
que han de realizar nuestros alumnos. Ello requiere una tarea conjunta entre el docente y
el discente con unos criterios holísticos y analíticos.

La evaluación supone una forma específica de conocer y de relacionarse con el objeto de


aprendizaje. La evaluación parte de la recogida sistemática de datos e informaciones
objetivas, pasa por una reflexión sobre esos datos y conduce a la toma de decisiones que
permitan la mejora y el progreso del alumno.

En todo caso, evaluar no significa ‘valorar’, pues la valoración es un juicio meramente


subjetivo, mientras que la evaluación es una actividad sistemática de reflexión sobre la
información extraída que conduce a juicios fundamentados en datos e informaciones
objetivas. Es decir, una cosa son los datos y otra las interpretaciones.

En los momentos de la evaluación formativa (nos interesa lo aprendido y la continuación) y


sumativa (buscamos saber si los objetivos previstos se han alcanzado) nos regimos por los
parámetros establecidos por la ALTE (The Association of Language Testers in Europe,
www.alte.org) que es la referencia que usa para las lenguas el Consejo de Europa y, en lo
referente al español, base de las pruebas de español en la Universidad de Salamanca y en el
Instituto Cervantes, máximas entidades en la difusión del español como lengua extranjera en el
mundo.
Los criterios que utilizamos a la hora de elaborar la prueba son los de validez, viabilidad,
objetividad, fiabilidad, discriminación, dificultad y adecuación a lo enseñado.
Adecuando estos criterios a la realidad del Instituto Rio Branco donde buscamos la participación
de los alumnos en el aula y la evolución de las destrezas de la lengua a lo largo de su estancia en
el Instituto, realizaremos las siguientes pruebas:

Primer, segundo y tercer semestre:

a) Prueba final. Oral (la duración de la prueba depende del nivel, más
adelante aparece la planilla de la prueba de Expresión Oral) y escrita.

La nota de la prueba final del semestre –la realizaremos en dos momentos a lo largo del
semestre- está distribuida de la siguiente forma:

Comprensión de lectura. 15 puntos

* Prueba Escrita: Gramática y vocabulario. 20 puntos

Expresión escrita. 15 puntos

Comprensión auditiva. 10 puntos


* Prueba Oral:
Expresión oral. 30 puntos
Asistencia3. 5 puntos

Participación:
Presentación de trabajos4. 5 puntos

El alumno tiene que participar del 50% de las clases para ser evaluado.

Planilla de Evaluación de la Expresión Oral

3
. El alumno para conseguir estos cinco puntos tiene que asistir al 70% de las aulas y su presencia ha de
ser activa.
4
. Se valorará la presentación de textos escritos y la presentación de temas. (Por lo menos, cinco trabajos
escritos y una presentación en la clase, a lo largo del semestre).
Programme 2019
« Français avancé1 »

A. Objectifs principaux

- 1. Excellente maitrise de la Compréhension orale ;

- 2. Excellente maitrise de la Production orale ;

- 3. Excellente maitrise de la Compréhension écrite ;

- 4. Excellente maitrise de la Production écrite

B. Objectifs spécifiques2

1. Compréhension orale
- 1a. Peut restituer l’ensemble des informations importantes et des
points de vue exprimés sans les altérer (règle d’objectivité, fidélité et
précision) et si nécessaire répondre à des demandes de précision ou
d’explication ;

- 1b. Peut organiser son discours selon une structure logique et


efficace et qui facilite l’écoute pour le destinataire.

2. Production orale
- 2a. Peut élaborer une réflexion personnelle en s’appuyant sur
des arguments principaux et secondaires et sur des exemples
pertinents ; 1

- 2b. Peut produire un discours élaboré, limpide et fluide avec une


structure logique efficace qui aide le destinataire à remarquer les
points importants ;

- 2c. Peut facilement préciser et nuancer sa position en répondant aux


questions, commentaires et contre-arguments ;

1
Équivalent niveaux C1 et C2

2
Source : Centre international d’études pédagogiques, CIEP (épreuves Delf et Dalf)
- 2d. Peut faciliter le développement de la discussion en recentrant ou
élargissant le débat, en rebondissant sur les propos de l’interlocuteur.

3. Compréhension écrite
- Capacité à comprendre un texte (voire dossier) sur un sujet complexe.

4. Production écrite
- 4a. Capacité à produire un texte sur un sujet complexe : peut formuler une
problématique et la mettre en perspective, la développer à l’aide
d’arguments principaux et secondaires et l’illustrer à l’aide d’exemples
pertinents ;

- 4b. Peut produire un texte élaboré, fluide et bien structuré, manifestant


une grande maitrise des outils d’organisation, d’articulation et de
cohésion de la rédaction.

C. Résultats attendus

1. Compétence lexicale
- 1a. Dispose d’un vaste répertoire d’expressions idiomatiques et courantes
autorisant une grande souplesse pour formuler ou nuancer les idées ;

- 1b. Utilise de de façon appropriée le vocabulaire.

2. Compétence morpho-syntaxique 2

- 2a. Maintient un haut degré de correction grammaticale (les erreurs sont


rares) ;

- 2b. Fait preuve d’une grande souplesse dans les constructions utilisées et
peut nuancer, préciser, modaliser.
3. Aisance
- 3a. Montre une grande souplesse dans la reformulation d’idées en les
présentant sous des formes linguistiques variées ;

- 3b. Peut exprimer avec précision des nuances de sens.

4 .Maitrise du système phonologique

- 4a. A acquis une intonation et une prononciation claires et naturelles ;

- 4b. Peut varier l’intonation et mettre en relief certains mots pour exprimer
de fines nuances de sens et/ou mobiliser l’attention de l’interlocuteur

D. Activités générales

1. Conjugaison - grammaire
- Parler de ses activités (décrire, adjectifs possessifs, présent progressif,
passé récent, futur proche) ;
- Demander et proposer (démonstratifs, verbes « pouvoir », « devoir » et
vouloir ») ;
- Conseiller quelqu’un (impératif, verbes « devoir » et pouvoir » au
conditionnel) ;
- Parler du passé (imparfait, passé simple et passé composé, participes
passés irréguliers, expressions temporelles) ;
- Parler des choses et des personnes (pronoms relatifs, pronoms
possessifs) ;
- Parler du futur (futur simple, futur proche) ; 3
- Parler de faits divers (plus-que-parfait, forme passive, discours rapporté) ;
- Parler d’une action (gérondif, pronoms démonstratifs) ;
- S’expliquer et argumenter (exprimer la cause, la conséquence, le but,
l’opposition, conditionnel, subjonctif) ;
- La concordance des temps (phrase complexe) ;
- Les négations particulières.
2. Lexique
- Les registres de langue (soutenu, courant, familier) ;
- L’argot ;
- Vocabulaire spécifique de la correspondance diplomatique.

3. « Français et extravagances » (difficultés particulières de la langue


française)
- Euphonie ;
- Homophones (non homographes) ;
- Paronymes ;
- Pluriel des mots composés ;
- Accord des verbes pronominaux ;
- Nombre du complément du nom ;
- Genre grammatical des mots ;
- Emporter, amener, apporter, etc.

4. F.O.S : expressions et locutions courantes de la correspondance diplomatique3


- Locutions introductives ;
- Locutions d’exposition ;
- Locutions de conclusion.

E. Activités spécifiques

1. Compréhension orale

- Questions écrites et orales portant sur le contenu d’un document audio 4


ou vidéo (écoute, prise de notes) ;
- Conversations sur base de jeu de rôles (mise en situation).

2. Production orale
- Conversations sur base de jeu de rôles (mise en situation) ;
- Présentation (longue – 60/90 mn) en binôme sur un sujet de relations
internationales (suivie d’un débat) ;

3
Extraits du Manual de Francês Diplomatico, J-M Bustani, 2002
- Présentation (courte – 20/30 mn) individuelle sur un sujet libre (suivie
d’un débat).

3. Compréhension écrite
- Questions écrites et orales portant sur le contenu d’un texte.

4. Production écrite
- Rédaction d’un résumé d’article de journal ou d’extrait de livre (texte
court – 200 mots) ;
- Rédaction d’un document synthétique sur base d’un dossier (texte
moyen – 400 mots) ;
- Rédaction d’un essai (texte long – 700 mots ou plus) ;
- Dictée avec autocorrection ;
- Jeu des erreurs, etc.

F. Projection de film/documentaire francophone

3 films/documentaires seront projetés par semestre et feront l’objet


d’exercices spécifiques (production orale ou écrite).

Exemples :

- Diplomatie ;
- La Haine ;
- L’auberge espagnole ;
- Persépolis, etc.

G. Thèmes abordés (liste non exhaustive)

Chaque cours débute par une revue d’actualités internationales.

S’ensuivent des exercices (écrits et/ou oraux) sur un thème défini par avance,
tel que :

- Rôle du diplomate aujourd’hui ;


- Fonctionnement d’une ambassade ;
- Diplomatie : reflet d’un pays ;
- Ethique et diplomatie ;
- Softpower : culture ;
- Softpower : tourisme ;
- Histoire, poids dans les relations bilatérales ;
- Sports et relations internationales ;
- Réforme de la gouvernance internationale ;
- Grands défis actuels de l’Humanité ;
- Ingérence humanitaire ;
- Problème de la déforestation ;
- Intelligence artificielle ;
- Cyberterrorisme ;
- Infaux (fake news).

H. Système de notation

Outre les présentations orales, les élèves seront régulièrement soumis à des

évaluations écrites (3 ou 4 par semestre).

D’autre part, une note de participation (fréquence, qualité) sera également attribuée.

Ainsi, chaque élève recevra 5 ou 6 notes par semestre (ce qui permet de niveler une éventuelle
défaillance ponctuelle d’un élève mais surtout de mesurer ses progrès).

I. Sources (liste non exhaustive)

1. Sites internet spécialisés FLE


- ciep.fr ;
- bdl.oqlf.gouv.qc.ca/bdl/ ; 6
- la-conjugaison.nouvelobs.com/fle/ ;
- lepointdufle.net/ ;
- francaisfacile.com/ ;
- academie-francaise.fr/questions-de-langue ;
- francaisavecpierre.com/.
2. Ouvrages spécialisés FLE
- Grammaire progressive du français, niveau avancé, CLE
international ;
- Vocabulaire progressif du français, niveau avancé, CLE
international ;
- Bescherelle (conjugaison, grammaire), Hatier ;
- Manuel de français diplomatique, FUNAG.

3. Sites d’actualités
- Lefigaro.fr ;
- Lemonde.fr ;
- TV5monde.com ;
- Rfi.fr.

4. Sites de relations internationales


- iris-france.org/ ;
- ifri.org/ ;
- monde-diplomatique.fr/index/sujet/relinter ;
- courrierinternational.com/.

5. Sites généralistes
- Le dessous des cartes (chaine youtube) ;
- Geopolitis (chaine youtube) ;
- Talks with a spy (chaine youtube);
- C’est pas sorcier (chaine youtube)

7
Instituto Rio Branco
Prof: Maria Antonietta B. Ribeiro

Programme 2019 - Français

Résumé:
développer les quatre compétences de l’apprentissage d’une langue étrangère
(compréhension orale, compréhension écrite, production orale et production écrite) de
manière que les élèves puissent arriver à un niveau plus avancé du Cadre européen commun
de référence pour les langues.

Objectif:
préparer l’étudiant à entendre, à écrire et surtout à parler le plus couramment et
correctement possible.

1er semestre 2019: 22 janvier au 27 juin - 44 cours prévus

L’écoute:
 interviews, exposés et vidéos.
L’écrit:
 compréhension écrite (textes de presse et de littérature) et
production écrite (critiques, lettres).
L’oral:
 présentation et défense d’un point de vue.
Points de grammaire: révision
 articles
 adjectifs et pronoms et démonstratifs
 adjectifs et pronoms possessifs
 pronoms personnels
 pronoms relatifs
 formation des adverbes
 l’accord du participe passé (auxiliaires avoir et être)
 le pronom indéfini tout
 le pronom interrogatif et exclamatif quel
 forme passive
Évaluations:
 deux évaluations écrites et deux évaluations orales prévues.
2e semestre 2019: 9 juillet au 12 décembre - 46 cours prévus

L’écoute:
 comprendre des conférences, exposés et conversations entre
locuteurs natifs.

L’écrit:
 compréhension écrite (textes de presse et de littérature) et
production écrite (témoignages, rapports, courrier).

L’oral:
 présentation d’un point de vue, argumenter, dialoguer et débattre.

Points de grammaire: révision


 faux-amis
 l’emploi des temps de l’indicatif
 mieux / meilleur
 nominalisation
 l’emploi du conditionnel
 l’emploi de l’infinitif
 les hypothèses et l’expression de la condition
 l’emploi du subjonctif
 vocabulaire diplomatique
 les expressions de: cause, conséquence, but, temps et opposition.

Évaluations:
 deux évaluations écrites et deux évaluations orales prévues.
Ministério das Relações Exteriores – MRE
Instituto Rio Branco – IRBr
Curso de Língua Francesa
Prof.: Olivier Chopart Streit

Proposta de programa
para a disciplina de Língua Francesa
do Curso de Formação de Diplomatas para o ano de 2019

Dias e horários programados:

Terças e quintas-feiras, das 10:45 hs às 12:15 hs.

Início das aulas:

1º Semestre: Início: 21 de janeiro de 2019


Final: 28 de junho de 2019

2º Semestre: Início: 08 de julho de 2019


Final: 13 de dezembro de 2019

Objetivo geral:

A disciplina busca desenvolver atividades de prática oral e escrita da língua francesa, de modo a
permitir aos estudantes a porem em prática seus conhecimentos da língua e a mobilizarem as
competências requeridas para a comunicação em língua francesa: compreensão e produção oral,
compreensão e produção escrita.

Os objetivos específicos para cada competência oral e escrita estão definidos detalhadamente
pelo CIEP (Centre International d’Études Pédagogiques) no CECRL (Cadre Européen Commun
de Référence pour l’Apprentissage/Enseignement des Langues) para cada nível de proficiência
linguística. Os objetivos estabelecidos para os níveis B2/C1 serão trabalhados junto aos
estudantes do curso

Objetivos específicos:

Verificação das competências (gramaticais, morfossintáticas, lexicais e fonéticas) já adquiridas


pelos estudantes.

Abordagem dos aspectos sociolinguísticos da língua francesa e de seus diversos ambientes de


utilização.

Identificação das eventuais lacunas trazidas pelos estudantes.

Abordagem da atualidade política, econômica, social, ambiental e cultural internacional na


imprensa e literatura em língua francesa.

Abordagem de temáticas de interesse dos diplomatas estudantes.


Objetivos linguísticos e comunicacionais

Vide Tabela CECR (CADRE EUROPÉEN COMMUN DE RÉFÉRENCE POUR


L'APPRENTISSAGE / ENSEIGNEMENT DES LANGUES A1 / A2 / B1 / B2 / C1 / C2) abaixo
com descrição dos objetivos dos níveis B2 e C1.

COMPRENDRE

Écouter

B2 Je peux comprendre des conférences et des discours assez longs et même suivre une
argumentation complexe si le sujet m'en est relativement familier. Je peux comprendre la
plupart des émissions de télévision sur l'actualité et les informations. Je peux comprendre la
plupart des films en langue standard.

C1 Je peux comprendre un long discours même s'il n'est pas clairement structuré et que les
articulations sont seulement implicites. Je peux comprendre les émissions de télévision et les
films sans trop d'effort.

Lire

B2 Je peux lire des articles et des rapports sur des questions contemporaines dans lesquels les
auteurs adoptent une attitude particulière ou un certain point de vue. Je peux comprendre un
texte littéraire contemporain en prose.

C1 Je peux comprendre des textes factuels ou littéraires longs et complexes et en apprécier les
différences de style. Je peux comprendre des articles spécialisés et de longues instructions
techniques même lorsqu'ils ne sont pas en relation avec mon domaine.

PARLER

Prendre part à une conversation

B2 Je peux communiquer avec un degré de spontanéité et d'aisance qui rende possible une
interaction normale avec un interlocuteur natif. Je peux participer activement à une
conversation dans des situations familières, présenter et défendre mes opinions.

C1 Je peux m'exprimer spontanément et couramment sans trop apparemment devoir chercher


mes mots. Je peux utiliser la langue de manière souple et efficace pour des relations sociales ou
professionnelles. Je peux exprimer mes idées et opinions et lier mes interventions à celles de
mes interlocuteurs.

S'exprimer oralement en continu

B2 Je peux m'exprimer de façon claire et détaillée sur une grande gamme de sujets relatifs à
mes centres d'intérêt. Je peux développer un point de vue sur un sujet d'actualité et expliquer les
avantages et les inconvénients de différentes possibilités.

C1 Je peux présenter des descriptions claires et détaillées de sujets complexes, en intégrant des
thèmes qui leur sont liés, en développant certains points et en terminant mon intervention de
façon appropriée.

ÉCRIRE
B2 Je peux écrire des textes clairs et détaillés sur une grande gamme de sujets relatifs à mes
intérêts. Je peux écrire un essai ou un rapport en transmettant une information ou en exposant
des raisons pour ou contre une opinion donnée. Je peux écrire des lettres qui mettent en valeur
le sens que j'attribue personnellement aux événements et aux expériences.

C1 Je peux m'exprimer dans un texte clair et bien structuré et développer mon point de vue. Je
peux écrire sur des sujets complexes dans une lettre, un essai ou un rapport, en soulignant les
points que je juge importants. Je peux adopter un style adapté au destinataire.

Atividades sugeridas

Phonétique de la langue française: liasons, élisions, phonèmes consonnes et voyelles...

Découverte de la presse en langue française : en ligne /sur papier

Courrier International : regards croisés sur l’actualité internationale

Radio France International : Historique et présentation du site

RFI : Activités en ligne de langue française

Le Journal en Français Facile

Aspects historiques de la langue française: langues d’Oil et langues d’Oc

Le français et la Révolution de 1789

Géographie de la langue française dans le monde:

Le 1 er Empire Colonial (les comptoirs commerciaux)

Le 2 e Empire Colonial (les colonies d’exploitation et de peuplement)

L’Indochine / l’Algérie / l’AOF – Afrique Occidentale Française / le Soudan

Jule Ferry et l’école laique obligatoire

Géopolitique de la langue française dans le monde

Luc Ferry L’humanisme

Présentation de littératures africaines en langue française

Films court-métrages « Étrangement courts »

Les languages non-verbaux : la geste, le regard, la démarche, les mains, les jambes...

Vive la France Michel Audiard

Bamako et le procès des instituitions financières internationales

Dis-moi dix mots qui te racontent – qui nous relient / Collections produites à l’occasion de la
Semaine de la Langue Française et de la Francophonie du Ministère de la Culture et la
Communication

Le patrimoine culturel matériel et immatériel / linguistique


La sauvegarde et conservation du patrimoine

Langues régionales identités

Présentation des sculptures de Ousmane Sow

Les Expositions Universelles de Paris 1858, 1900 et autres

L’Exposition Universelle de Philadelphie

Les registres de la langue : familier, courant et soutenu.

L’argot, le verlan : parcours découverte des registres de la rue.

Les formules de politesse dans les correspondances officielles.

Métodos de avaliação

Diversas atividades de produção escrita, de apresentação de seminários e de simulação feitas ao


longo do ano letivo servirão para a avaliação do desempenho dos estudantes.

Exercícios com notas servirão para o acompanhamento do desempenho dos estudantes: serão
realizados 5/6 atividades com notas ao longo do ano.

A participação e a frequência também serão avaliadas.

Activités prévues pour l’évaluation

Outre les présentations orales, les élèves seront régulièrement soumis à des
évaluations écrites (3 ou 4 par semestre).

D’autre part, une note de participation (fréquence, qualité) sera également


attribuée.

Ainsi, chaque élève recevra 5 ou 6 notes par semestre (ce qui permet de niveler
une éventuelle défaillance ponctuelle d’un élève mais surtout de mesurer ses
progrès).

 Présentation (courte – 20/30 mn) individuelle sur un sujet libre (suivie


d’un débat).
 Compréhension écrite: Questions écrites et orales portant sur le contenu d’un texte.
 Production écrite: Rédaction d’un résumé d’article de journal ou d’extrait de livre (texte
court – 200 mots) ;
 Rédaction d’un document synthétique sur base d’un dossier (texte moyen – 400 mots);
 Rédaction d’un essai (texte long – 700 mots ou plus);
 Compréhension orale: questions écrites et orales portant sur le contenu d’un document
áudio ou vidéo (écoute, prise de notes) ;
 Production orale: conversations sur base de jeu de rôles (mise en situation) et
présentation (longue – 60/90 mn) en binôme sur un sujet de relations internationales
(suivie d’un débat).
Projection de films et documentaire en langue française

Des films et des documentaires seront projetés au long de l’année et feront l’objet
d’exercices spécifiques (production orale ou écrite).

Exemples :
- Diplomatie ;
- La Haine ;
- L’auberge espagnole ;
- Persépolis,;
- Bamako;
- Vive la France, de Michel Audiard;
- etc.

Sources de matériels (liste non exhaustive)

1. Sites internet spécialisés FLE


- ciep.fr ;
- bdl.oqlf.gouv.qc.ca/bdl/ ;
- la-conjugaison.nouvelobs.com/fle/ ;
- lepointdufle.net/ ;
- francaisfacile.com/ ;
- academie-francaise.fr/questions-de-langue ;
- francaisavecpierre.com/.

2. Ouvrages spécialisés FLE


- Grammaire progressive du français, niveau avancé, CLE international ;
- Vocabulaire progressif du français, niveau avancé, CLE international ;
- Bescherelle (conjugaison, grammaire), Hatier ;
- Manuel de français diplomatique, FUNAG.

3. Sites d’actualités
- Lefigaro.fr ;
- Lemonde.fr ;
- TV5monde.com ;
- Rfi.fr.

4. Sites de relations internationales


- iris-france.org/ ;
- ifri.org/ ;
- monde-diplomatique.fr/index/sujet/relinter ;
- courrierinternational.com/.

5. Sites généralistes
- Le dessous des cartes (chaine youtube) ;
- Geopolitis (chaine youtube) ;
- Talks with a spy (chaine youtube);
- C’est pas sorcier (chaine youtube)
2019

Conteúdo Programático- Inglês

Primeiro semestre

Modulo 1 O serviço diplomático (6 horas)


Objetivos do módulo:
Familiarizar os alunos com a estrutura do MRE, através trabalhos orais/ resumos

Modulo 2 Linguagem Diplomática e Debates (40 horas)

Objetivos do módulo:

 Introdução à linguagem instrumental da diplomacia e às convenções de


debates e negociações formais.
Textos podem incluir:

2.1 Texto: Diplomacy by Sir Harold Nicholson (Oxford University Press, 1969)
2.2 Vocabulário & definições Light Entertainment – diplomatic phrases
2.3 Texto: Liar's Privilege The Economist, March l988
2.4 Textos: Language and procedures for debating
2.5 Análise de procedimentos e convenções de debates formais Language
and Procedures
for Debating
2.6 Vocabulário e definições: Glossary for Debates and Negotiations

2.7 Coletivas de imprensa: assuntos de atualidade


2.8 Debate formal tipo “For and against” + comentários/feedback/ avaliação
2.9 Debate formal num fórum internacional + comentários/feedback/ avaliação
2.10 Simulação filmada de uma negociação internacional +
comentários/feedback/ avaliação

[Consultas aos documentos em outra secções do Casebook para apoiar tais trabalhos
orais]
Modulo 3 Redação de cartas e documentos diplomáticos (14 horas)

Objetivos do módulo

 Familiarizar os alunos com estilos e modelos e redação de cartas e


documentos diplomáticas
 oferecer exercícios de redação de documentos sociais e/ou profissionais
3.1 Layout, convenções e maneiras de iniciar uma carta
3.2 Títulos e maneiras de endereçar cartas (1) Exercícios

Modulo 4 Discursos (20 horas)

Objetivos do modúlo:

 oferecer modelos de discursos históricos


 treinar leitura, declamação e pronúncia [ver também Capitulo 8- Pronunciation]
 compreensão, análise e discussão dos conteúdos dos discursos

Os discursos podem incluir:

4.1 Frederick Douglass: The Hypocrisy of American Slavery


4.2 Abraham Lincoln: The Gettysburg Address 19.11.1863
4.3 Franklin D. Roosevelt: Extracts
4.4 Sir Winston Churchill – Extracts
4.5 John F. Kennedy: Inaugural Address 20.1.1961
4.6 Martin Luther King- I have a dream
4.7 Ambassador Maria Luiza Ribeiro Viotti- Conselho de Segurança da ONU-
E outros discursos

Modulo 5 Public Speaking Competition (8 horas)

Cada aluno/a prepara um discurso sobre determinado assunto e apresenta à turma e


aos professores. No final, 9 a 10 alunos participam, e os juízes incluem professores,
alunos, ex-alunos e convidados.

Modulo 6 Telegramas e mensagens (6 horas)

Objetivos do modulo:
 analisar e criar telegramas e mensagens de congratulações e de condolências,
entre outras

Modulo 7 Apresentação oral individual e debates (20 horas)

Objetivos do módulo:

 organizar, treinar e montar apresentações com powerpoint; avaliar a clareza


das idéias apresentadas e o uso de recursos visuais

Livre escolha de tópico; cada diplomata em treinamento deve fazer uma apresentação
para a turma, com monitoramento e feedback dos professores e dos colegas de grupo.

 Continuação das atividades de debates e reuniões simuladas [ver Modulo 2]

Coletivas de imprensa: assuntos de atualidade


Debate formal tipo “For and against” + comentários/feedback/ avaliação
Debate formal num fórum internacional + comentários/feedback/ avaliação
Simulação filmada de uma negociação internacional + comentários/feedback/
avaliação

Modulo 8 Language and Language change (8 horas)

Objetivos do módulo: sensibilizar os alunos à linguagem politicamente correta e à


necessidade de utilizar linguagem não-discriminatória

Os capítulos 8- Pronunciation, 9- Poems e 10- Language Practice and reference


notes poderão ser utilizados pelos professores tanto no primeiro semestre como no
segundo como material de apoio às outras atividades.

Avaliação

Nota Escrita: média de 5 trabalhos feitos em sala ou como dever de casa durante cada
semestre.

Nota Oral: avaliação contínua dos trabalhos de debate, simulação e apresentação oral,
abrangendo os seguintes aspectos:

Desenvoltura/fluência 20%
Correção no uso da língua 20%
Participação em debates e trabalhos orais 20%
Pronúncia 15%
Vocabulário 10%
Esforço e atitude 15%

Nota final: média das duas notas


Instituto Rio Branco
Curso de Formação de Diplomatas – 2019

Russo I e II

Ementa:
Ensino do alfabeto cirílico e da escrita em letra cursiva, aprendizado da fonética
e da fonologia da língua russa. Estudo das funções morfológicas e sintáticas das
principais classes gramaticais da língua: substantivo, pronome, verbo, adjetivo,
advérbio, numeral, preposição e conjugação. Compreensão e interpretação de
textos de vários tipos e gêneros e sua análise morfossintática.

Objetivo:
Desenvolver as principais habilidades linguísticas: escutar, falar, ler e escrever.
Fazer que o aluno seja capaz de compreender textos de nível básico na língua
original, com ajuda de dicionário, discutir textos, redigir, compreender e se fazer
compreender. Conhecer linguagens coloquial e formal.

Professora responsável: Dina Chetvertak


Carga Horária: 140 horas-aula

 RUSSO I
 Objetivo:

Apresentar o alfabeto cirílico. Ensino de fonética, fonologia, morfologia e


estruturas sintáticas básicas do russo para iniciantes.

 Programa:
1. Alfabetização e fonética elementar do russo;
2. Fundamentos de construção de frases em russo;
3. Caso nominativo: substantivos, adjetivos e pronomes flexionados em gênero
e número;
4. Advérbios de lugar, tempo e modo;
5. Conjugação dos verbos regulares e irregulares no tempo presente;
6. O caso genitivo e as suas principais funções sintáticas;
7. O caso prepositivo e as suas principais funções sintáticas;
8. O caso acusativo e as suas principais funções sintáticas;
9. Numerais cardinais.

 RUSSO II
 Objetivo:

Propiciar aprofundamento no estudo da morfossintaxe da língua russa visando


dar ao aluno maior desembaraço na língua estudada.

 Programa:
1. Conjugação dos verbos regulares e irregulares nos tempos passado e futuro
do aspecto imperfectivo;
2. O caso dativo e as suas principais funções sintáticas;
3. O caso instrumental e as suas principais funções sintáticas;
4. Numerais cardinais e ordinais flexionados em gênero e número;
5. As conjugações verbais e o aspecto perfectivo;
6. Os verbos de movimento;
7. O período composto por coordenação e subordinação.

 Método de ensino:

Aulas expositivas sobre questões teóricas da gramática russa; aulas práticas com
exercícios orais e escritos para fixação de vocabulário e estruturas frásicas.

 Critério de avaliação dos alunos:

Exercícios orais e escritos; testes e provas.

 BIBLIOGRAFIA:

AKISHINA A.A. e KAGAN, O.I. – Aprendendo a ensinar: para professores da


língua russa como segunda língua. Moscou, Editora “Russkiy yazik”, 2002.
ANDREEVA, I., ARSENOVA E. e MIKITYANTS, K. – Zhivaya retch (Língua viva).
Acompanhado do respectivo livro de de exercícios. São Petersburgo, Editora “Art-
Express”, 2018.
ANTONOVA, V.E., NAKHABINA M.M., SAFRONOVA M.V. e TOLSTYKH A.A. –
Doroga v Rossiyu (A caminho da Rússia). São Petersburgo, Editora “Zlatoust”,
2009.
FOREIGN SERVICE INSTITUTE, DEPARTMENT OF STATE – An active
introduction to Russian. Washington D.C., 1973.
DOLENGA, M. – A língua russa: gramática elementar com exercícios de tradução,
trechos de leitura e vocabulários. Rio de Janeiro, Editora Globo, 1961.
EUROPEAN LANGUAGE INSTITUTE – Dicionário ilustrado de língua russa.
Itália, Editora ELI, 1996.
KHAVRÓNINA, S. A e CHIROTCHÉNSKAIA, A. I. – Russian in exercises.
Moscou, Editora “Progress Publishers”, 1981.
MILLER, L.V., POLITOVA L.V. e RYBAKOVA I.Y. – Zhyli-Byli... (Era uma vez...)
28 lições de língua russa para iniciantes. Acompanhado do respectivo de livro de
exercícios.
São Petersburgo, Editora “Zlatoust”, 2003.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DA FEDERAÇÃO RUSSA – Normas Estatatais
para Níveis de proficiência na língua russa como segunda língua (A1, A2 e B1).
São Petersburgo, Editora “Zlatoust”, 2001.
SHCHUKIN A.N. – Metodologia de ensino da língua russa como segunda língua.
Moscou, Editora “Vysshaya shkola”, 2003.
Recursos online com gravações de áudio:
https://www2.gwu.edu/~slavic/golosa/audio/audio1-4e.htm
http://www.russianforfree.com

Você também pode gostar