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PLANO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

1 – Identificação da Instituição

1.1 – Localização da Instituição:

CLÍNICA DE RADIOTERAPIA DIGITE O NOME DA SUA CLINICA AQUI


Endereço digite aqui
Tel/Fax:
E-mail:
Registro CNEN xx.xxx [xxx.xxx/xx]
CNPJ:

1.2 – Identificação da estrutura organizacional:

1.2.1 – Direção
1.2.2 – Responsável Técnico
1.2.2 – Médicos Radioterapeutas
1.2.3 – Físicos Médicos
1.2.4 – Físicos Supervisores
1.2.5 – Técnicos em Radioterapia

1.3 – Descrição das linhas de responsabilidade e respectivos responsáveis:

1.3.1 – São funções da Direção:

a) tomar providencias necessárias relativas ao licenciamento da instalação, de acordo com as


normas aplicáveis de segurança e proteção baixadas pela CNEN;
b) ser responsável pela segurança e a radioproteção da instalação, dos pacientes e da equipe
médica e técnica;
c) assegurar que somente pessoal treinado e autorizado opere as fontes de radiação;
d) assegurar que todos os recursos disponíveis sejam utilizados para minimizar a
probabilidade de incidentes e acidentes;
e) manter um supervisor de radioproteção, com certificação de qualificação em conformidade

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com norma específica da CNEN;
f) estabelecer e submeter à CNEN um plano de radioproteção conforme a seção 7 da norma
CNEN NE 3.01;
g) assegurar que treinamentos e recursos materiais estejam disponíveis para atuação em
situações de incidentes e acidentes;
h) cientificar cada trabalhador sobre as doses resultantes de exposições de rotina, acidentais e
de emergência;
i) assegurar que sejam fornecidas e aplicadas, através do Serviço de Radioproteção, todas as
normas de Proteção Radiológica e instruções de segurança aos pacientes e à equipe
médica;
j) assegurar que as fontes de radiação, bem como os rejeitos radioativos, estejam
adequadamente instalados e protegidas;
k) assegurar que a remoção e colocação de fontes seladas em cabeçotes de equipamentos de
teleterapia sejam realizados por firmas autorizadas pela CNEN e na presença de um
representante da mesma;
l) que haja pronta comunicação à CNEN e demais autoridades competentes sobre a retirada
de uso de fonte e sua subsequente guarda, bem como sobre a ocorrência de perdas, roubos
ou danos de fontes radioativas;
m) estabelecer e implementar um plano de auditoria e garantia de qualidade para a verificação
da adequação do plano de radioproteção;
n) comunicar à CNEN, com brevidade, as doses resultantes de exposições acidentais ou de
emergência, juntamente com um relatório de trabalho sobre as mesmas;
o) colocar à disposição do inspetor da CNEN as informações relevantes à radioproteção
aplicada à instalação e garantir aos mesmos livre acesso às áreas da instalação;
p) prever e prover os recursos humanos e materiais necessários à operacionalização do
serviço;
q) garantir os arranjos necessários para que as exposições de seres humanos para fins de
pesquisa médica obedeçam aos requisitos estabelecidos pela CONEP, do Conselho
Nacional de Saúde;
r) fornecer as informações solicitadas pela Vigilância Sanitária.

1.3.1.1 – Diretor Responsável

a) Dr. Radioterapeuta - CRM

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1.3.2 – O Titular do serviço de radioterapia pode delegar ações relacionadas com essas
responsabilidades, porém continua responsável pelas mesmas, nos termos da legislação
vigente.

1.3.2.1 – Compete ao Responsável Técnico:

a) assessorar o Titular do serviço de radioterapia sobre todos os assuntos relativos ao


gerenciamento do serviço;
b) orientar e supervisionar os procedimentos de radioterapia a que são submetidos os
pacientes, considerando os requisitos estabelecidos neste Regulamento;
c) designar os profissionais, em número suficiente e com a qualificação profissional
necessária, para conduzir os procedimentos de Radioterapia em suas respectivas
competências;
d) estabelecer e disponibilizar os protocolos utilizados na rotina do serviço, bem como as
eventuais modificações que se façam necessárias;
e) assegurar que o paciente receba informações sobre o procedimento a que será submetido
e sobre os aspectos de proteção radiológica;
f) assegurar que o paciente receba informações sobre cuidados requeridos após o
procedimento, quando necessário;
g) coordenar o processo de investigação e notificar à Vigilância Sanitária local os eventos
adversos graves ocorridos no serviço de radioterapia.

1.3.2.2 – Responsável Técnico:

a) Dr. Radioterapeuta - CRM

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1.3.3 – São funções dos Radioterapeutas:

a) ser responsável por todas as fases do tratamento dos pacientes;


b) consultar e examinar o paciente;
c) promover a anamenese do paciente;
d) delimitar o volume alvo com precisão e segurança;
e) escolher o plano de tratamento adequado;
f) prescrever a dose e fracionamentos ideais;
g) fazer com que os órgãos de risco não recebam doses acima dos limites de tolerância
estabelecidos;
h) cuidar que no tratamento de pacientes grávidas, a dose no feto não ultrapasse os limites
estabelecidos, guardados o resultado e os objetivos do tratamento;
i) aplicar nos tratamentos o Princípio “ALARA” (a probabilidade ocorrência de
exposições mantenham-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exeqüíveis tendo
em conta os fatores sócios-econômicos);
j) colocar todos os dados, necessários ao tratamento dos pacientes, na ficha de tratamento,
de modo que os técnicos e o físico os possam entender e avaliar de modo claro e
preciso;
k) fazer com que as prescrições contidas na ficha de tratamento sejam cumpridas
corretamente e integralmente;
l) acompanhar a evolução do tratamento do paciente, modificando as prescrições de dose
que julgue adequada;
m) comunicar ao físico qualquer alteração nos dados da ficha de tratamento para que este
refaça e confirme a mudança nos cálculos;
n) orientar os técnicos quanto a posicionamentos especiais dos pacientes e anotá-los na
ficha de tratamento ou em ficha anexa especialmente criada para isto;
o) auxiliar o físico no treinamento e avaliação do pessoal;
p) cumprir e fazer cumprir as normas de radioproteção vigentes;
q) comunicar à CNEN, juntamente com o físico responsável, acidentes que possam
acarretar danos significativos em pacientes, “staff” técnico ou público em geral.

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1.3.3.1 – Radioterapeuta Responsável:

Dr. Radioterapeuta CRM / CNEN CB-

1.3.3.2 – Radioterapeuta Substituto:

a) Dr. Radioterapeuta CRM -

1.3.4 – Compete ao Especialista em Física Médica de Radioterapia:

a) participar direta e ativamente na elaboração dos tratamentos radioterápicos,


b) tanto na dosimetria clínica como na garantia da qualidade dos tratamentos;
c) realizar os testes de aceitação dos equipamentos de radioterapia;
d) realizar o comissionamento dos equipamentos de radioterapia e sistemas de planejamento
de tratamento;
e) calibrar regularmente os feixes terapêuticos utilizando protocolos nacionais ou, na falta
destes, protocolos internacionais recomendados pela AIEA;
f) conduzir o programa de controle da qualidade dos equipamentos, instrumentos e
acessórios de radioterapia e dosimetria;
g) manter o dosímetro clínico (eletrômetro e câmara de ionização) e o monitor de área
calibrados por laboratório de referência autorizado pelo Laboratório Nacional de
Metrologia das Radiações Ionizantes, por delegação do INMETRO;
h) supervisionar o funcionamento dos equipamentos utilizados e os trabalhos de
manutenção e
i) desenvolver e supervisionar programas de proteção radiológica das exposições médicas
em cooperação com o Supervisor de Proteção Radiológica e o Responsável Técnico.

1.3.4.1 – Físicos Médicos:

a) Herculis Rolins Torres – ABFM – RT 0173/982

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1.3.5 – É função do Supervisor de Proteção Radiológica supervisionar a aplicação das
medidas de radioproteção, através do Plano de Proteção Radiológica incluindo:

a) planejar, coordenar e supervisionar as atividades do serviço de proteção radiológica


de modo a garantir exposições tão baixas quanto razoavelmente exeqüíveis;
b) assessorar e informar à direção da instalação sobre todos os assuntos relativos a
radioproteção;
c) fazer cumprir as normas e recomendações sobre radioproteção da CNEN;
d) treinar, reciclar, orientar e avaliar o desempenho dos trabalhadores envolvidos em
atividades com fontes de radiação;
e) designar um profissional de nível superior como seu substituto nos impedimentos
eventuais.

1.3.5.1 – Físico Supervisor de Proteção Radiológica:

a) Herculis Rolins Torres – FT 0179

1.3.5.2 – Supervisor de Proteção Radiológica Substituto:

b) Herculis Rolins Torres – FT 0179

1.3.5.3 – Físico:

a) Herculis Rolins Torres – FT 0179

1.3.6 - Compete ao Técnico em Radioterapia:

a) tratar o paciente de acordo com os dados contidos na ficha de tratamento;


b) comunicar ao radioterapeuta qualquer discrepância nos dados da ficha de tratamento;
c) anotar, no livro de ocorrência radiológica e comunicar, imediatamente, ao Supervisor de
Proteção Radiológica qualquer alteração que ocorra no aparelho que possa prejudicar o
bom andamento dos tratamentos;
d) informar a direção ou Superviso de proteção radiológica qualquer evento que, no seu
entender, possa influir nos níveis de exposição ou do risco de ocorrência de acidentes;

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e) comunicar ao Físico Médico responsável qualquer discrepância que, no seu entender, possa
comprometer a dosimetria do equipamento
f) executar o tratamento conforme determinado na prescrição escrita na ficha de tratamento
e simulação;
g) manter o paciente sob observação visual durante todo o tempo de exposição sem se
ausentar-se por qualquer que seja a situação;
h) responsabilizar-se pelos procedimentos técnicos executados no serviço;
i) zelar pelo bem estar do paciente durante o período do tratamento;
j) conhecer e aplicar as regras de segurança e proteção radiológica em
a) conformidade com a legislação vigente e as instruções do Supervisor de Proteção
Radiológica;
k) informar quaisquer achados anormais verificados durante o tratamento e nos
equipamentos, bem como qualquer suspeita que possa resultar em erro de administração
de dose; e
l) participar das metodologias de Gestão da Qualidade em Radioterapia.

1.3.6.1 – Técnico em Radioterapia:

Tecnico 1 CRTR
Tecnico 2 CRTR
Tecnico 3 CRTR
Tecnico 4 CRTR
Tecnico 5 CRTR

2 – Objetivo da Instalação e descrição da prática

Aplicação médica da radiação ionizante para fins terapêuticos focada no


tratamento oncológico. A Clinica utilizar de duas maneiras a radiação contra o câncer:

a) Teleterapia: utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioativos (Co-60) e
acelerador linear;

b) Braquiterapia: tratamento através de isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do


paciente onde será liberada a radiação ionizante (HDR – Ir-192).

3 – Função, classificação e descrição das áreas da Instalação

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3.1- Descrição física das instalações em radioterapia e classificação de área:

uma sala de espera para pacientes Área Livre


uma sala de exame de pacientes (consultório) Área Livre
uma sala de tratamento com o Ac. Linear Área Controlada
d) uma sala de tratamento com os aparelhos de telecobaltoterapia e
Área Controlada
braquiterapia
Área
dois postos de comando dos equipamentos (Clinac e Co-60)
Supervisionada
dois banheiros para pacientes Área Livre
um banheiro/vestiário para funcionários Área Livre
Área
uma sala de administração
Supervisionada
uma recepção com espera de pacientes e acompanhantes Área Livre
uma sala para câmara escura e revelação Área Livre
uma copa/cozinha – área livre Área Livre
uma sala para sistemas de planejamento/ faturamento Área Livre

4 – Descrição da equipe, instalações e equipamentos que compõe o serviço de proteção


radiológica

4.1 – Médicos Radioterapeutas

a) Dr. Radioterapeuta CRM


b) Dr. Radioterapeuta CRM
c) Dr.Radioterapeuta CRM

4.2 – Físicos

4.2.1 – Físico-Médico:

a) Herculis Rolins Torres – Reg. ABFM FT- 0173/982

4.2.2 – Físico :

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a) Herculis Rolins Torres

4.3 – Técnicos em Radioterapia

a) Tecnico CRTR
b) CRTR
c) CRTR
d) CRTR
e) CRTR

4.4 - Descrição dos equipamentos de megavoltagem e braquiterapia

4.4.1 – Acelerador Linear de Partículas com as características abaixo descritas:

a) Marca/Modelo : CLINAC xxxxx com “beam stopper” fixo


b) Tipo : Acelerador Linear de Elétrons Isocêntrico com SAD = yyy cm.
c) Altura do Isocentro: 123 cm.
d) Fabricante : VARIAN ASSOCIATES, INC
e) Energia Nominal para Fótons : MV
f) Taxa de Dose Nominal no Isocentro : 200 cGy/min (campo 10 x 10 cm2)
g) Carga de Trabalho : W = 100.000 cGy/semana , @ 80 cm, equivalentes a uma média de
50 a 70 pacientes/dia. Este valor utilizado reflete de modo realístico a utilização média
prevista para o equipamento, conforme sugerido pelo NCRP # 49 (pg. 64).

4.4.2 – Telecobalto com as características abaixo descritas:

a) Marca / Modelo: THERATRON 780 com “beam stopper” fixo

b) Fonte: Cobalto – 60 com SAD = 80cm.

c) Altura do Isocentro: 100cm.

d) Fabricante: AECL

e) Data da Instalação: maio/yyyy

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f) Carga de Trabalho : W = 100.000 cGy/semana (40 a 70 pacientes por dia), W está
superestimado em 30% ao sugerido pelo NCRP Report no 49.

g) Tempo Efetivo de "Beam On" : 22 Horas/semana

4.4.3 – Microselectron HDR com as características abaixo descritas:

a) Marca/Modelo: MicroSelectron – HDR – 18 canais

b) Tipo: Unidade de Braquiterapia por “Afterloading Control”

c) Fabricante: Nucletron Ltda

d) Data da Instalação: maio/xxxx

e) Radioisótopo: Irídio 192 – 10 Ci máx

f) Energia Média: 0,30 MeV

g) Constante de Decaimento (Γ): 0,480 R.m2/Ci.h (ou R/h @ 100 cm para 1Ci)

h) Carga de Trabalho (W):A carga de trabalho utilizada será de 15 cGy/semana, a 100 cm


(DIN 9.5.2.1). este valor é equivalente a uma média de 6 pacientes/dia, e portanto 30
pacientes/semana. Supondo-se que cada paciente recebe 3 inserções (típica para
tratamentos de tumores uterino) e que, conservadoramente, cada inserção demora 2
minutos, portanto teremos:

i - Número de pacientes por dia = 6


ii - Número de pacientes por semana = 30
iii - Número de inserções por paciente = 3
iv - Número de inserções por semana = 90
v - Tempo de inserção = 2 minutos
vi - Tempo de exposição por semana; t = 90 x 2 = 180 min = 3 horas
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vii - Taxa de kerma no ar (air kerma rate ou AKR) para 370 GBq (10 Ci) de Ir;

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AKR = 4,2 x 10-2 Gy/h a 100 cm.
viii - Carga de Trabalho Semanal – W = AKR . t = 4,2 x 10-2 Gy/h @ 1m . 3 h/sem ;
W=0,126Gy/sem a 100 cm

O valor no item h.viii é bastante adequado para braquiterapia de Alta Taxa de Dose.
Entretanto, levando-se em conta a dosimetria, manutenção e controle de qualidade, podemos
aproxima-la para W = 0,15 Gy/sem a 100 cm

4.4.4 – Raio - X com as características abaixo descritas:

a) Marca/Modelo: yyyy / xxxx

b) Tipo: Raio – X Transportável

c) Fabricante: xxxx

d) Data da Instalação: xxx/xxxx

e) Energia Média: 130 KV

5 – Descrição das fontes de radiação e dos correspondentes sistemas de controle e segurança.

5.1 – Unidade Telecobaltoterapia

Equipamento que utiliza o radioisótopo Co-60 encontra-se confinado em um cilindro


metálico de aproximadamente 2cm de diâmetro x 2cm de altura constituindo assim a fonte de
cobalto 60. Dentro dessa fonte, duplamente encapsulada, foram depositados os pequenos pellets
provenientes do reator nuclear que os produziu por um processo de ativação por nêutrons. É um
equipamento isocêntrico construído de tal forma que o braço gira em torno de um eixo central
denominado eixo isocêntrico. Isto significa que ao ser girado o aparelho aponta para um mesmo
ponto, qualquer que seja a angulação utilizada.

5.1.2 – Atividades Clínicas envolvendo o Co-60:

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a) Tumores de média profundidade - exemplo: CA de cabeça e pescoço, mamas pequenas e
operadas;

5.1.3 - Principais sistemas de controle e segurança para Co-60:

a) Controle: Sistema de monitoração (alarme) de radiação;


Segurança: Verifica se a fonte está exposta ou não emitindo sinal sonoro ou luminoso.

b) Controle: Sistema Áudio-visual dos pacientes em tratamento;


Segurança: Verificação do paciente pelo sistema de circuito fechado de Tv, assim como
comunicação oral entre o operador e o paciente.

c) Controle: Sistema de exposição beam-on e beam-off da fonte;


Segurança: Indicadores de posição recolhida/exposta da fonte no console, na porta e no
equipamento. Dois conjuntos de sinalizadores luminosos que indicam se o feixe está
ativado (luz vermelha) ou desativado (luz verde).

d) Controle: Sistema de controle de parada de emergência;


Segurança: Verifica se o feixe é interrompido quando se ativa o sistema correspondente
(abrindo a porta, atravessando a entrada da sala de radiação ou pressionando o interruptor
no console).

e) Controle: Sistema de Fuga do cabeçote;


Segurança: Verifica o levantamento radiométrico do cabeçote do equipamento.
f) Controle: Sistema de Verificação de acessórios;
Segurança: Verifica se cada acessório permanece firme e imóvel, inclusive para
diferentes posições do gantry e colimador.

g) Controle: Sistema de tempo de tratamento;


Segurança: Verifica se o feixe é interrompido ao fim do tempo prescrito.

h) Controle: Sistema de parada de emergência no hand control;

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Segurança: Verifica a não realização de qualquer movimento no equipamento emitindo
um sinal sonoro.

i) Controle: Sistema do laser de posicionamento;


Segurança: Verifica se o laser está alinhado em conformidade com o isocentro mecânico
do equipamento.

5.2 – Acelerador Linear

O acelerador linear é um equipamento eletro-eletrônico que emite radiação


artificialmente produzida, pela aceleração de elétrons, que ao se interagir com um alvo,
geralmente de tungstênio, produz Raios X. Quanto mais alta a energia do aparelho, medida em
MeV (milhões de elétrons-volt) maior a profundidade de penetração nos tecidos. Os aceleradores
lineares são denominados de aparelhos de megavoltagem. Funcionam de forma isocêntrica
girando em torno do paciente durante o tratamento. São colocados em salas com proteções
especiais. O paciente é posicionado na mesa de tratamento e o aparelho é operado fora da sala, a
irradiação do paciente.

5.2.1 - Atividades Clinicas envolvendo o Acelerador Linear.

a) Tratamento de neoplasias malignas de todas as formas utilizando-se de radiação


ionizante externa ao paciente.

5.2.3 - Principais situações de emergência para Acelerador Linear:

a) Controle: Sistema monitoração de dose;


Segurança: Verifica a exposição do feixe cessa após o termino das unidades
monitoras (UM) prescrita e se o mesmo se habilita a dar continuidade UM
restante após o interrompimento do feixe, por quaisquer situações adversas.

b) Controle: Sistema Áudio-visual dos pacientes em tratamento;


Segurança: Verificação do paciente pelo sistema de circuito fechado de Tv, assim
como comunicação oral entre o operador e o paciente.

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c) Controle: Sistema de exposição beam-on e beam-off da feixe;
Segurança: Indicadores de feixe ligado/desligado no console e na porta, dois
conjuntos de sinalizadores luminosos que indicam se o feixe está ativado (luz
vermelha) ou desativado (luz verde).

d) Controle: Sistema de controle de parada de emergência;


Segurança: Verifica se o feixe é interrompido quando se ativa o sistema
correspondente (abrindo a porta, atravessando a entrada da sala de radiação ou
pressionando o interruptor no console).
e) Controle: Sistema temporizador;
Segurança: Verifica se o feixe cessa com o tempo em relação a taxa de dose.

f) Controle: Sistema de Verificação de acessórios;


Segurança: Verifica se cada acessório permanece firme e imóvel, inclusive para
diferentes posições do gantry e colimador.

g) Controle: Sistema de verticalidade da mesa;


Segurança: Verifica se a mesa sobe e desce até seu limite.

h) Controle: Sistema de reset de emergência no main fraime;


Segurança: Verifica se o equipamento cessa completamente todos os
movimentos, desligando-se automaticamente.

i) Controle: Sistema do laser de posicionamento;


Segurança: Verifica se o laser está alinhado em conformidade com o isocentro
mecânico do equipamento.

5.3 – Braquiterapia de Alta Taxa de Dose

Braquiterapia é o tratamento que utiliza fontes de radiação colocadas a distância próxima


a lesão de tratamento do paciente. Será chamada intracavitária quando colocada em cavidades
naturais do organismo. Intersticial quando a fonte é transfixada nos tecidos. Superficial quando

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colocada sobre a pele do paciente. Esta técnica permite a administração de altas doses em uma
área localizada com mínimo dano aos tecidos sadios.

5.3.1 - Atividades Clinicas envolvendo o HDR

a) É aplicada no tratamento de tumores ginecológicos somente.

5.3.2 - Principais sistemas de controle e segurança para HDR:

a) Controle: Sistema de monitoração (alarme) de radiação;


Segurança: Verifica se a fonte está exposta ou não emitindo sinal sonoro ou
luminoso.

b) Controle: Sistema Áudio-visual dos pacientes em tratamento;


Segurança: Verificação do paciente pelo sistema de circuito fechado de Tv,
assim como comunicação oral entre o operador e o paciente.

c) Controle: Sistema de exposição beam-on e beam-off da fonte;


Segurança: Indicadores de posição recolhida/exposta da fonte no console, na
porta e no equipamento. Dois conjuntos de sinalizadores luminosos que indicam
se o feixe está ativado (luz vermelha) ou desativado (luz verde).

d) Controle: Sistema de controle de parada de emergência;


Segurança: Verifica se o feixe é interrompido quando se ativa o sistema
correspondente (abrindo a porta, atravessando a entrada da sala de radiação ou
pressionando o interruptor no console).
e) Controle: Sistema de Fuga do cofre;
Segurança: Verifica o levantamento radiométrico do cofre do equipamento
realizado pelo técnico responsável pela manutenção.

f) Controle: Sistema de Verificação fixação de aplicadores ginecológicos;

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Segurança: Verifica se cada acessório permanece firme e imóvel durante todo o
tratamento.

g) Controle: Sistema de tempo de tratamento;


Segurança: Verifica se o feixe é interrompido ao fim do tempo prescrito.

h) Controle: Sistema de parada de emergência reset externo a sala;


Segurança: Verifica a não realização de qualquer movimento no equipamento
emitindo um sinal sonoro.

i) Controle: Sistema recolhimento manual da fonte;


Segurança: Retração manual da fonte através da manivela dourada do
equipamento.

j) Controle: Sistema de cointainer de emergência;


Segurança: Utilizado para casos de não retração automática ou manual da fonte.

5.4 - Dispositivos básicos de proteção e controle das áreas

a) Não permitir a irradiação de pessoas para propósitos de treinamento ou demonstração, a


menos que exista um objetivo terapêutico por recomendação médica.
b) Não é permitida a presença de acompanhantes em salas de tratamento de radioterapia
durante as aplicações.
c) As portas das salas de tratamento permitem serem abertas pelo lado interno.
d) Os pacientes em tratamento devem aguardar sua vez em áreas livres.

6 – Demonstração da otimização da Proteção Radiológica ou de sua Dispensa:

a) Vide o Levantamento Radiométrico do Acelerador Linear e Cobalto.

7 – Função, qualificação e jornada de trabalho dos IOE.


7.1 - Equipe de Radioterapeutas:

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Escala de
Médico CRM Especialidade Vínculo
Trabalho
Radioterapeuta/ CLT OU
CRM / CNEN 07:00 às 12:00
Dr. Responsável CONTR
CB- segunda a sexta
Técnico ATO
CLT OU 14:00 às 17:00
Dr. CRM Radioterapeuta
CONTRATO segunda e quarta
CLT OU 12:00 às 17:00
Dr. CRM Radioterapeuta
CONTRATO segunda à sexta

7.2 – Equipe de Físicos-Médicos:

Registro
Físico CNEN/ABF Especialidade Vínculo Escala de Trabalho
M
10:00 às 14:00
Sup. de segunda-sexta
Radioproteção 13:00 as 17:00 terça-
quinta
13:00 às 17:00
segunda/quarta/sexta
Físico
08:00 às 12:00 terça-
quinta
Herculis Funcionário 08:00 às 12:00
Reg FT 0179 Físico-Médico
Rolins Torres CLT segunda-quarta-sexta

7.3 - Técnicos em Radioterapia:

Escala de
Técnico Conselho Especialidade Vínculo
Trabalho
Técnico de
CRTR Funcionário/ 07:00 as 11:48
Radioterapia
CLT segunda à sexta

Técnico de Funcionário/ 09:00 às 13:48


CRTR
Radioterapia CLT segunda à sexta
CRTR Técnico de Funcionário/ 07:00 as 11:48

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Radioterapia CLT segunda à sexta
Técnico de Funcionário/ 11:48 às 16:48
CRTR
Radioterapia CLT segunda à sexta
Técnico de Funcionário/ 11:48 às 16:48
CRTR
Radioterapia CLT segunda à sexta

8 – Estimativa das doses anuais para os IOEs e Indivíduos do Publico em condições de


exposições normais.

9 – Descrição dos programas e procedimento relativos a monitoração individual,


monitoração de área, monitoração de efluentes e monitoração do meio ambiente:

9.1 – Monitoração individual:

a) Os trabalhadores da Instituição serão monitorados individualmente por TLDs tipo tórax


fornecidos pela PRO RAD.
b) Os resultados das doses acumuladas são registrados em formulário próprio e individual,
segundo a legislação em vigor.
c) Realização de exames admissionais (pré-ocupacionais), periódicos (anuais), especiais e pós-
ocupacionais por médico do trabalho com a emissão do correspondente Atestado de Saúde
Ocupacional (ASO) arquivados in loco.

d) Os monitores individuais são armazenados, quando não estiverem sendo utilizados, em local
próprio, afastados de fontes de radiação em um quadro afixado na parede.

e) Todos os registros estarão à disposição dos Órgãos Fiscalizadores em lugar acessível.

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9.2 – Monitoração de Área – Levantamento Radiométrico:

9.2.1 – Limites adotados para o levantamento radiométrico.

De acordo com a norma CNEN-NN 3.01 e CNEN- NN 3.06 os resultados deste Levantamento
Radiométrico foram avaliados utilizando-se os seguintes limites primários anuais de dose
equivalente:

Áreas livres .................................................1,0 msv/ano (0,02 msv/sem ou 2 mrem/sem)


Áreas supervisionadas................................ 20 msv/ano (0,40 msv/sem ou 40 mrem/sem)
Áreas controladas..................................... 20 mSv/ano (0,40 mSv/sem ou 40 mRem/sem)
Sabendo-se que média ponderada em 5 anos consecutivos, não exceda 50 mSv em qualquer ano.

9.2.2 – Localização física dos equipamentos:

O equipamento esta instalado na Clínica de Radioterapia yyyyyyyyyy situada na rua


xxxxxx, n0 111 – bairro – cidade – estado

9.2.3 – Dados da Instituição:

Clinica de radioterapia XXXX YYYY.


Tel. / Fax:
REG. CNEN – xx xxx
CGC
email:ccccc@veloxmail.com.br
9.2.4 – Instrumentação de Medidas

a) Monitor de radiação Bicron – Surveyor 200 – C042C


i Probe: Bicron Modelo EWGM – C024D
ii Fator de Correção: Ke = 0,963 calibrado pelo LCR/UERJ
iii Data da última calibração: 09/04/2010

9.2.5 – Fatores de uso (U) para feixe primário:

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Foram utilizados os seguintes fatores de uso:

00 – Feixe Vertical para baixo: ................................................U=3/7 (0,43)


900 e 2700 – Feixe horizontal, direito e esquerdo: ................U=1/7 (0,14)
1800 – Feixe Vertical para cima:..............................................U=2/7 (0,28)
9.2.6 - Formalismo do cálculo da Dose Equivalente Média Semanal.

A dose equivalente média semanal, no ponto avaliado, pode ser obtida por:

D
semanal
= Lcorr .x U x T x t" beam on "
xFcorr

com : Lcorr . = L p x φ( P & T ) x K


E

Sendo:

Lcorr. (mR/h) - Leitura corrigida por pressão, temperatura e fator de calibração (aferição) do
instrumento para a grandeza radiométrica vigente.

U - Fator de uso do equipamento de radioterapia para determinada orientação geométrica. Para


radiação secundária ou instalações de braquiterapia utilizar sempre U = 1.
Fcorr - 1mR/sem =0,87x10-2 mSv/sem.
T - Fator de ocupação do local avaliado.
KE - Fator de aferição do equipamento
t"beam on" - Tempo equivalente de feixe ativado ("beam on") do equipamento em horas/semana,
para a taxa de dose utilizada nas medições. O tempo de beam on pode ser calculado usando o
formalismo abaixo:

20
 
 W 
t"beam on " (horas / semana) =   
D
 nominal x 60 

com : W - (cGy / semana @ isocentro )



D - (cGy / minuto @ isocentro )
nominal

Onde:

W – Taxa de dose no isocêntro

Dnominal - Taxa de dose nominal no isocêntro

60 – Corrige o tempo de minutos para hora

9.2.7 - Levantamento Radiométrico das instalações do Theratron 780


9.2.7.1 – Características do equipamento:

a) Marca / modelo: THERATRON 780 com “beam stopper” fixo

b) Tipo: Cobalto – 60 com SAD = 80cm.

c) Altura do isocentro: 100cm.

d) Fabricante: AECL

e) Data da instalação: maio/ano

f) Carga de trabalho : W = 100.000 cGy/semana (40 a 70 pacientes por dia)

g) W está superestimado em 30% ao sugerido pelo NCRP Report no 49.

h) Tempo efetivo de "beam on" : 22 Horas/semana

9.2.7.2 - Condições gerais do levantamento radiométrico.


a) Leituras locais

21
As leituras foram feitas nos locais adjacentes às instalações do equipamento conforme indicadas
na planta da instalação, em anexo.
b) Condições físicas utilizadas durante o levantamento radiométrico.

i Barreiras Primárias

Campo: 20 x 20 cm2.
Taxa de dose do equipamento: 78,83 cGy/min.
Presença de fantoma: Não
Ponto de leituras: Na direção do eixo central em movimentos circulares ao longo da parede, no
máximo a 20cm da mesma.
Valor medido: Média dos valores medidos ao longo da área relevante da barreira analisada.
ii Barreiras Secundárias
Leituras com campo direto formando um ângulo de espalhamento de 90o em relação à barreira
analisada - Condições típicas
Campo: 20 x 20 cm2.
Presença de fantoma: Sim (30 x 30 x 30 cm3).
Ponto de leituras: Na altura do fantoma espalhador (ângulo de 90o com o eixo central) no
máximo a 20cm da parede.
Valor medido: Média dos valores medidos ao longo da área relevante da barreira analisada.
iii Radiação Skyshine
Leituras com campo direto apontado direto para o teto- Condições típicas
Campo: 20 x 20 cm2.
Presença de fantoma: Não
Ponto de leituras: a 1 m da parede na área descampada próxima ao gerador e adjacente à sala do
cobalto.
c) Constantes
i Fator de Correção: Ke = 0,963
ii P = 1018,5 hPa
iii T = 22 oC
iv Corr. P&T = 1,005
v Fcorr - 1mR/sem =0,87x10-2 mSv/sem

d) Memória de cálculos e resultados

22
Área A – Comando do Equipamento

Área Interna - Posto de comando do equipamento, com ocupação sistemática de técnicos e


médicos.
Tipo de Barreira : Secundária
Tipo de Área : Supervisionada
Limite Primário : 40 mR/semana (0.40 mSv/semana)
U=1
T=1
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 22 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leituras com gantry a 00: 0,20 mR/h
Leituras com gantry a 2700: 0,40mR/h
Leitura Média = 0,40 mR/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido – 8,51 mR/semana – 0,085 mSv/semana

Área B – Porta de acesso ao equipamento e circulação

Descrição: Área Interna - Porta de acesso a sala de tratamento e circulação com ocupação
eventual de técnicos e médicos.

Tipo de Barreira : Secundária


Tipo de Área : Supervisionada
Limite Primário :40 mR/semana (0,40 mSv/semana)
U = 1/7
T = 1/2
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 22 Horas/semana

23
Maiores valores medidos
Leitura com gantry a 270o
Leitura = 1,10 mR/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido –7,60 mR/semana - 0,076 mSv/semana

Área C – Estacionamento

Descrição: Área Externa - Ocupação eventual de indivíduos do público

Tipo de Barreira : Primária


Tipo de Área : Livre
Limite Primário :2 mR/semana (0.02 mSv/semana)
U = 1/7
T = 1/2
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 22 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitura com gantry a 2700
Leitura Média = 0,70 mR/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido – 1,06 mR/semana – 0,010 mSv/semana

Área D – Sala de Espera

Descrição: Área Interna - Local de espera de pacientese acompanhantes.

Tipo de Barreira : Secundária


Tipo de Área : Livre
Limite Primário :2 mR/semana (0,02 mSv/semana)

24
U=1
T = 1/2
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 22 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitura com gantry a 00
Leitura Média = 0,15 mRem/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido – 1,59 mR/semana – 0,015 mSv/semana.

Área E – Corredor interno

Descrição: Área Interna - Local de passagem de pacientes, acompanhantes e trabalhadores.

Tipo de Barreira : Primária


Tipo de Área : Livre
Limite Primário :2 mR/semana (0.02 mSv/semana)
U = 1/7
T = 1/2
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 22 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitura gantry a 900 e a 270°:
Leitura Média = 0,20 mR/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido - 0,30 mR/semana – 3,0 µSv/semana.

Área S – Skyshine

Descrição: Área Externa - Ocupação eventual de indivíduos do público

25
Tipo de Barreira : Primária
Tipo de Área : Livre
Limite Primário :2 mR/semana (0.02 mSv/semana)
U = 2/7
T = 1/2
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 22 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitura com gantry a 1800:
Leitura Média com feixe primário = 0,20 mR/h ( pior caso)

Descrição: Área externa sem nenhuma construção acima e sem possibilidade de acesso.

Avaliação: Foi feita um levantamento ao redor da casamata em pontos distantes (> 5m), com o
objetivo de avaliar a radiação de “skyshine” (gantry a 1800)

Conclusão: O resultado obtido – 0,60 mR/semana – 6,00 µSv/semana

Levantamento Radiométrico do cabeçote

Unidade: mR/h
Escala: distância do contador / fonte = 1,0 m.

26
Pontos de Leitura Leitura mR/h Pontos de Leitura Leitura mR/h
1 0,10 8 0,30
2 0,60 9 0,20
3 0,20 10 0,50
4 0,10 11 0,20
5 0,20 12 0,40
6 0,20 13 0,20
7 0,20 14 0,50

9.2.7.3 – Resumo dos resultados e conclusão final

A tabela abaixo apresenta um resumo dos resultados obtidos e dos valores máximos
permitidos em função da Norma CNEN NE 3.01. Pode-se observar que todos as áreas em
questão satisfazem os critérios utilizados.

Resultado Limite Primário


Área Local Tipo de Barreira
(mR/sem) (mR/sem)
A Comando Secundária 8,51 40,0
B Porta de acesso e circulação Secundária 7,60 40,0
C Estacionamento Primária 1,06 2,0
D Sala de Espera Secundária 1,59 2,0
E Corredor Interno Primária 0,30 2,0
S Skyshine Primária 0,60 2,0

9.2.8 – Levantamento Radiométrico das Instalações do Aclerador Linear “Modelo”

9.2.8.1 – Característica do equipamento e utilização:


A seguir apresentamos os parâmetros utilizados na elaboração deste levantamento
radiométrico.

Marca/modelo : Clinac xxxx com “beam stopper” fixo


Tipo : Acelerador Linear de Elétrons Isocêntrico com SAD = yy cm.
Altura do isocentro: yyy cm.
Fabricante : VARIAN ASSOCIATES INC.
Energia nominal para fótons : yy MV
Taxa de dose nominal no isocentro : 200 cGy/min (campo 10 x 10 cm2)

27
Transmissividade do beam stopper: ≤ 0.1% (10-3 )
Carga de trabalho : W = 100.000 cGy/semana , a 100 cm, equivalentes a 50 a 70 pacientes/dia.
Este valor utilizado reflete de modo realístico a utilização média prevista para o equipamento,
conforme sugerido pelo NCRP # 49.

Tempo efetivo de "beam on" : 8,33 horas/semana


Radiação de fuga do cabeçote com feixe ativado : ≤ 0.1% da taxa de dose no isocentro, a 100
cm da trajetória do feixe de elétrons até o alvo.

Radiação espalhada a 90°: a = 0.00075; para F = 400 cm2 e fantoma cilíndrico (NCRP n#49
página 59, Table B-2.).

9.2.8.2 – Condições gerais do levantamento radiométrico

a) Leituras locais

As leituras foram feitas nos locais adjacentes às instalações do equipamento conforme indicadas
na planta da instalação, em anexo.

b) Condições físicas utilizadas durante o levantamento radiométrico

i Barreiras Primárias
Campo: 20 x 20 cm2.
Taxa de dose do equipamento: yyy cGy/min.

Presença de fantoma: Não

Ponto de leituras: Na direção do eixo central em movimentos circulares ao longo da parede, no


máximo a 20cm da mesma.

Valor medido: Média dos valores medidos ao longo da área relevante da barreira analisada.

ii Barreiras Secundárias

Leituras com campo direto formando um ângulo de espalhamento de 90o em relação à barreira

28
analisada - Condições típicas

Campo: 20 x 20 cm2.

Presença de fantoma: Sim (30 x 30 x 30 cm3).

Ponto de leituras: Na altura do fantoma espalhador (ângulo de 90o com o eixo central) no
máximo a 20cm da parede.

Valor medido: Média dos valores medidos ao longo da área relevante da barreira analisada.

iii Radiação Skyshine

Leituras com campo direto apontado direto para o teto- Condições típicas

Campo: 20 x 20 cm2.

Presença de fantoma: Não

Ponto de leituras: a 1 m da parede na área descampada próxima ao gerador e adjacente à sala do


cobalto.

c) Constantes

Fator de Correção: Ke = 0,963


P = 1018,5 hPa
T = 22 oC
Corr. P&T = 1,005
Fcorr - 1mR/sem =0,87x10-2 mSv/sem

d) Memória de cálculos e resultados

Área A - Comando do Equipamento

29
Descrição: Área Interna - Posto de comando do equipamento, com ocupação sistemática de
técnicos e médicos.

Tipo de Barreira : Primária


Tipo de Área : Supervisionada
Limite Primário :40 mRem/semana (0,04 mSv/semana)
U = 1/7
T=1
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 8,33 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitura com gantry a 0º e 270º: 0,20 mRem/h
Leitura com gantry a 90o e 180º: 0,20 mRem/h
Leitura Média = 0,20 mRem/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido – 0,23 mRem/sem – 0,23 µmSv

Área B - Porta de acesso ao Equipamento

Descrição: Área Interna – Porta de acesso ao equipamento, com ocupação eventual de


técnicos e médicos.

Tipo de Barreira : Primária e de múltiplo espalhamento


Tipo de Área : Supervisionada
Limite Primário :40 mRem/semana (0,04 mSv/semana)
U = 1/7
T = 1/2
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 8,33 Horas/semana

30
Maiores valores medidos
Leitura com gantry a 0º e 270º: 0,20 mRem/h
Leitura com gantry a 90o: 0,70 mRem/h
Leitura com gantry a 180o : 0,50 mRem/h

Leitura Média= 0,40 mRem/h (Pior caso)

Conclusão: O resultado obtido - 0,40mRem/sem – 0,40 µSv/semana.

Área C - Comando do Equipamento Theratron 780

Descrição: Área Interna - Posto de comando do equipamento Theratron 780, com ocupação
sistemática de técnicos e médicos.

Tipo de Barreira : Secundária


Tipo de Área : Supervisionada
Limite Primário :2 mRem/semana (0.02 mSv/semana)
U = 1/7
T=1
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 8,33 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitura com gantry a 0º: 0,20 mRem/h
Leitura com gantry a 2700 : 0,20 mRem/h
Leitura com gantry a 90o: 0,20 mRem/h
Leitura com gantry a 180o : 0,10 mRem/h
Leitura Média = 0,20 mRem/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido - 0,23 mRem/sem – 0,23 µSv/semana

31
Área D - Estacionamento e circulação de veículos

Descrição: Área externa – área de estacionamento e circulação de veículos, com ocupação


eventual de funcionários, pacientes e público em geral.

Tipo de Barreira : Secundária


Tipo de Área : Livre
Limite Primário :2 mRem/semana (0.02 mSv/semana)
U=1
T = 1/2
KE = 0,963
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 8,33 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitrura com gantry a 0º e 270º: 0,010 mRem/h
Leitura com gantry a 90o e 180º: 0,010 mRem/h
Leitura Média = 0,010 mRem/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido - 0,040mRem/sem – 0,040 µSv/semana.

Área E - Salas adjacentes

Descrição: Área Interna - Sala administrativa da empresa antiga “yyyy”, com ocupação
sistemática de funcionários (atualmente desativada).

Tipo de Barreira : Secundária


Tipo de Área : Livre
Limite Primário :2 mRem/semana (0.02 mSv/semana)
U=1
T=1
KE = 0,963

32
φ (P & T) = 1,005
T"Beam On" = 8,33 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitrua com gantry a 0 e 1800: < 0,02 mRem/h
Leitura com gantry a 2700 : < 0,02 mRem/h
Leitura com gantry a 90o: < 0,02 mRem/h
Leitura Média = 0,02 mRem/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido - 0,16 mRem/sem – 0,16 µSv/semana.

Área F – Copa /Cozinha

Descrição: Área interna – copa/cozinha com bancada para refeições com ocupação eventual de
funcionários da Clínica.

Tipo de Barreira : Secundária


Tipo de Área : Livre
Limite Primário :2 mRem/semana (0.02 mSv/semana)
U=1
T = 1/4
KE = 1.000
φ (P & T) = 1.003
T"Beam On" = 8.33 Horas/semana

Maiores valores medidos


Leitura com gantry a 0 e 1800: 0,02 mRem/h
Leitura com gantry a 2700 : 0,015 mRem/h
Leitura com gantry a 90o: 0,010 mRem/h
Leitura Média = 0,040 mRem/h (pior caso)

Conclusão: O resultado obtido - 0,040 mRem/sem – 0,040µSv/semana.

Área T - Telhado

33
Descrição: Área externa sem nenhuma construção acima.
Avaliação: Foi feita um levantamento ao redor da casamata em pontos distantes (> 5m), com o
objetivo de avaliar a radiação de “skyshine” (gantry a 1800)

Não foi encontrada nenhuma leitura nos pontos considerados.

9.2.8.3 – Resumo dos resultados e conclusão final

A tabela abaixo apresenta um resumo dos resultados obtidos e dos valores máximos
permitidos em função da Norma CNEN NE 3.01. Pode-se observar que todos as áreas em
questão satisfazem os critérios utilizados.

Área Local Tipo de Resultado Limite Primário


Barreira (mRem/sem) (mRem/sem)
A Comando Primária 0,23 40
B Porta de acesso Primária 0,40 40
C Comando Theratron 780 Secundária 0,23 40
D Estacionamento Secundária 0,040 2,0
E Salas adjacentes Secundária 0,040 2,0
F Copa e cozinha Secundária 0,040 2,0

9.3 - Monitoração de efluentes e Monitoração do meio ambiente:

a) Estes itens não se aplicam neste tipo de instalações.

10 – Descrição do sistema de gerência de rejeitos

Este sistema de rejeito destina se a fontes de Ir-192, resíduo do uso das mesmas em tratamento
de braquiterapia de alta taxa de dose.

10.1 Descrição geral das fontes para Microselectron-HDR de Alta Taxa de Dose

a) Material Radioativo: Irídio 192 – 192Ir

b) Fabricante: Mallinckrodt Medical B V. Westerduinweg 3. NL-1755 LE Petten

34
c) Características Físicas: Metal Sólido Selada

d) Dimensões da Fontes: Diâmetro – 0,60 mm, Comprimento Ativo – 3,50 mm

e) Dimensões do encapsulamento: Diâmetro – 1,10 mm, Comprimento – 5,00 mm

f) Atividade para o não uso da fonte: 0,5 Ci

g) Taxa de Dose para o Transporte da Fonte: 6 – 10 µSv/h (0,6 – 1,0 mREM/h)

h) Atividade para rejeito: < 18,5 GBq

i) Fontes Danificadas: são consideradas como rejeito

10.2 Especificação do Embalado (Balde e Contêiner)

a) Modelo: Contêiner Pequeno

b) Dimensões do contêiner: Cilíndrico com 32cm diâmetro e 41 cm de altura

c) Peso: 24 Kg

d) Embalado: Balde de Transporte

e) Categoria: Amarelo II ou Branco I

f) Tipo: A

g) Peso (Balde-Contêiner): 27 Kg

h) Índice de Transporte (IT): Inferior a 1

i) Taxa de Dose a 1metro: maior que 0 e menor ou igual a 1 mrem/h (0,01 mSv/h)

j) Taxa de Dose na Superfície: maior que 0,5 mrem/h (0,005 mSv/h) menor ou igual a 50
mrem/h (0,5mSv/h)

k) Contaminação radioativa no balde: valor menor que .4 Bq/cm2

l) Simbologia: O balde sempre será sinalizado com o símbolo Internacional de material


radioativo – RADIOATIVO 7

10.3 Armazenamento provisório das fontes

35
As fontes são armazenadas dentro de um deposito na mesma instituição, fora da área de
trabalho e de circulação do publico, fechado com segurança, monitorado, classificado por
área e monitorado de acordo com as normas da CNEN.

Este deposito esta blindado para o exterior cumprindo assim os requisitos de


radioproteção.

10.4 Transporte

O Plano de Transporte é feito pela empresa [DIGITE O NOME DA EMPRESA] mediante a


contratação deles nos eventos de descomissionamento de fonte.

10.5 Monitoramento da fonte

Este item se aplica a cada descomissionamento e os valores de Atividade, Taxa de Dose e


monitoração são definidos a partir de cada fonte. Um relatório técnico, é emitido pela empresa
Nucletron diante da troca de fontes, e o mesmo é usado como relatório de monitoração da fonte.

11 – Descrição do controle médico de IOE, incluindo planejamento médico em caso de


acidentes - Anexo

a) A Clinica possui um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional


(PCMSO) arquivado com segurança na sala dos Físicos.

12 – Programa de treinamento especifico para IOE e demais funcionários, eventualmente.

12.1 - Introdução:
12.1.1 - Objetivos do treinamento:
Este programa de treinamento visa manter o pessoal técnico atualizado e em condições de
exercerem suas funções com técnica apurada, conhecimento e confiança.

12.1.2 - Duração do treinamento:

a) 40 horas aulas anuais

i 20 horas/aula de Março a Maio


ii 20 horas/aula de Agosto a Outubro.

36
12.1.3 - Responsáveis pelo treinamento:

Herculis Rolins Torres - Físico - Médico

Nome do outro profissional – Físico

Nome do outro profissional – Física - Médica e Supervisora de Proteção Radiológica

Dr. Fulano - Médico Radioterapeuta

Dr. Beltrano - Médico Radioterapeuta

12.2 – Programa de Educação Continuada

PROGRAMA:
N0 de horas /aula

12.2.1 - Introdução 1
12.2.2 - Raios - X 1
12.2.3 - Cobalto 2
12.2.4 - Acelerador linear 3
12.2.5 - Simuladores 1
12.2.6 – Equipamentos em Dosimetria 1
12.2.7 - Equipamentos em Braquiterapia 3
12.2.8 - Equipamentos em Filmes e em Revelação 1
12.2.9 - Equipamentos em Planejamento de Tratamento 1

12.3 - INTERPRETAÇÃO DE TRATAMENTO


12.3.1 - Noções de posicionamento 4
12.3.2 - Acessórios auxiliares 2

12.4 - PARÂMETROS FÍSICOS


12.4.1 - Conceitos de dosimetria 3
12.4.2 - Técnicas especiais 4

12.5 - PROTEÇÃO RADIOLÓGICA


12.5.1 - Monitoração pessoal 2
12.5.2 - Tipos e unidades de radiação, conceito de blindagem. 1
12.5.3 - Doses máximas permissíveis 1
12.5.4 - Procedimentos de emergência em radioterapia
3
e em braquiterapia
12.5.5 – Condutas em procedimentos de emergência 3
12.5.6 – Atribuições, conduta e responsabilidade dos
3
Técnicos em Radioterapia

37
TOTAL FINAL 40 horas

12.6 – Referência bibliografica:

12.6.1 - Apostila para o Curso de Técnicos em Radioterapia do Instituto Nacional de


Câncer/PQRT.

12.6.2 - Luiz Tauhata, Ivan Salati, Renato Di Prinzio, Antonieta Di Prinzio - Radioproteção e
Dosimetria: Fundamentos - CNEN, 2003

12.6.3 - CNEN (1988). Diretrizes Básicas de Radioproteção. Norma CNEN-3.01.

12.6.4 - CNEN (1990). Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de Radioterapia.


Norma CNEN-3.06

13 – Níveis operacionais e demais restrições adotados

a) Adotamos os níveis operacionais de limites de doses anuais de acordo com a norma:

i Indivíduos do público: 1,0 mSv/ano (0,02 mSv/sem ou 2 mRem/sem);

ii IOE: 20 mSv/ano (0,40 mSv/sem ou 40 mRem/sem);

iii Grávidas ocupacionalmente expostas: suas tarefas são controladas de maneira que a
dose máxima seja de 1mSv durante o resto do período de gestação;

iv Paciente: os limites de dose não se aplicam a exposições médicas;

v Acompanhantes e voluntários: os limites de dose máximo de 5 mSv durante o período


de tratamento do paciente.

vi Indivíduos com idade inferior a 18 anos não exercem funções de IOE.

b) Adotamos os níveis de restrições de limites de doses de acordo com as normas:

i Indivíduos com idade inferior a 18 anos não exercem funções de IOE;

ii Indivíduos do grupo critico: máximo de dose efetiva anual não ultrapasse 10 µSv;

38
iii Dose efetiva coletiva anual não supera o valor de 1 pessoa.Sv;

iv Crianças em visita a pacientes: máximo de dose de 1mSv;

v Nível de investigação para monitoração individual para IOE é 6mSv por ano.

13.1 - Referências

a) CNEN: NN 3.01 – Diretrizes básicas de proteção radiológica

b) CNEN - Normas - Posição Regulatória [3.01 / 004 ]

c) CNEN - Normas - Posição Regulatória [3.01 / 006 ]

14 – Descrição dos tipos de acidentes previsíveis

14.1 – Unidade de Cobalto-60

Os equipamentos de cobaltoterapia são equipamentos bastante seguros em todos os


aspectos. Entretanto, podemos mencionar algumas situações emergenciais e como proceder. Um
sistema de emergência encontra-se próximo ao console do equipamento.

14.1.1 - O equipamento não desliga o feixe depois de terminado o tratamento, a fonte de


cobalto 60 não recolhe depois de terminado o tratamento.

Em ambos os casos, por algum motivo emergencial, o cronômetro não desligou o feixe ou a
fonte ficou presa na posição ligada, o que pode ser verificado ou pelos indicadores luminosos ou
pela constatação visual de um pino vermelho no cabeçote indicador de feixe atuado.

a) O procedimento básico será:

i pressione o botão de emergência e verifique se a fonte foi recolhida;


ii caso contrário, entre na sala de tratamento e retire imediatamente o paciente do feixe,
usando os movimentos da mesa, e tomando cuidado para não se expor ao feixe primário;
iii instrua o paciente para deixar a sala;

39
iv utilize a barra “T” de recolhimento de emergência para proceder ao recolhimento
mecânico da fonte na posição de segurança;
v caso este procedimento não seja bem sucedido, saia da sala, feche a porta e comunique o
fato imediatamente ao setor de Física Médica ou ao seu superior. Não deixe o comando
até que o problema seja relatado a outros membros da equipe.

14.1.2 - Iminência de colisão do aparelho com o paciente ou outros dispositivos

No caso de algum movimento indesejado e perigoso do braço (gantry), do colimador ou da


mesa de tratamento.

b) O procedimento será:

i pressione imediatamente o botão de emergência a fim de interromper a ameaça do


movimento descontrolado.
ii caso o paciente seja atingido ou fique imobilizado, procure ajuda imediatamente no
sentido de liberar o paciente da imobilização produzida.

14.1.3 – Falha no sistema de minuteria de dose no paciente:

No caso de falha no marcador de tempo do equipamento.

c) O procedimento será:

i Interromper imediatamente o tratamento pelo modo mais rápido (normalmente


pressionando o botão de emergência):
ii Suspender o atendimento e comunicar imediatamente o fato ao setor de Proteção
Radiológica;
iii Abrir a porta da sala de tratamento.

14.2 - Principais procedimentos de emergência com o acelerador linear:

Um sistema de emergência encontra-se próximo ao console do equipamento.

40
14.2.1- Falha no sistema de monitoração de dose no paciente:

Irradiação do paciente além do esperado devido à falha do sistema de monitoração.

a) O procedimento será:

i Interromper imediatamente o tratamento pelo modo mais rápido pressionando o botão


de emergência;
ii Suspender o atendimento e comunicar imediatamente o fato ao setor de Proteção
Radiológica;
iii Abrir a porta da sala de tratamento;
iv Se o problema persistir interromper o fornecimento de energia junto ao transformador
de alta tensão que alimenta o aparelho

14.2.2 - Iminência de colisão do aparelho com o paciente ou outros dispositivos

No caso de algum movimento indesejado e perigoso do braço (gantry), do colimador ou da


mesa de tratamento.

a) O procedimento será:

i pressione imediatamente o botão de emergência a fim de interromper a ameaça do


movimento descontrolado.
ii caso o paciente seja atingido ou fique imobilizado, procure ajuda imediatamente
no sentido de liberar o paciente da imobilização produzida.

14.3 – Braquiterapia de Alta de Dose - HDR

Os equipamentos de braquiterapia é um equipamento bastante seguro em todos os


aspectos. Entretanto, podemos mencionar algumas situações emergenciais e como proceder. Um
sistema de emergência encontra-se próximo ao console do equipamento.

41
14.3.1 - O equipamento não desliga o feixe depois de terminado o tratamento, a fonte de Ir-
192 não recolhe para o cofre após o término do tratamento

a) O procedimento básico será:

i pressione o botão de emergência e verifique se a fonte foi recolhida;


ii caso contrário, após a verificação do nível de radiação visto pela unidade
repetidora fora sala, entre na sala de tratamento e retire imediatamente o aplicador
do paciente retirando-o da sala e tomando cuidado para não se expor ao feixe por
um longo período de tempo;
iii levante o painel de acesso em cima da unidade de tratamento para acessar a
manivela dourada, gire-a na direção das setas até que ela fique travada;
iv com um auxilio de um pinça longa, coloque o aplicador e fonte no container e
assegure que ambos estejam armazenados com segurança dentro do container;
v caso este procedimento não seja bem sucedido, saia da sala, feche a porta e
comunique o fato imediatamente ao setor de Física Médica ou ao seu superior.
Não deixe o comando até que o problema seja relatado a outros membros da
equipe.

14.3.2 – Desprendimento da fonte do aplicador

b) O procedimento básico será:

i verificação do nível de radiação visto pela unidade repetidora fora sala;


ii com um auxilio de um pinça longa, coloque a fonte no container e assegure que a
mesma esteja armazenada com segurança dentro do container;
iii saia da sala, feche a porta e comunique o fato imediatamente ao setor de Física
Médica ou ao seu superior. Não deixe o comando até que o problema seja relatado
a outros membros da equipe

14.3.2 – Ruptura do cateter

c) O procedimento básico será:

42
i com um auxilio de um pinça longa, retire a fonte do paciente e coloque a mesma
no container e assegure que a mesma esteja armazenada com segurança dentro do
container;
ii saia da sala, feche a porta e comunique o fato imediatamente ao setor de Física
Médica ou ao seu superior. Não deixe o comando até que o problema seja relatado
a outros membros da equipe

14.4 – Raio-X simulador

Irradiação do paciente além do tempo esperado devido à falha do sistema de exposição.

a) O procedimento será:

i Interromper imediatamente a exposição pelo modo mais rápido pressionando o


botão de emergência;
ii Se o problema persistir interromper o fornecimento de energia junto ao dijuntor
do transformador de alta tensão que alimenta o aparelho
iii Suspender o atendimento e comunicar imediatamente o fato ao setor de Proteção
Radiológica;

14.5 – Incêndio nas instalações do serviço:

a) No caso de um alarme de incêndio nas instalações, o procedimento será:

i encerre imediatamente a aplicação em curso e retire o paciente da sala de


tratamento;
ii desligue o equipamento na chave ou no botão de emergência, feche a porta da sala
e abandone o local de acordo com os procedimentos de emergência estabelecidos
pelo corpo de bombeiros.

43
15 – Regulamento interno e instruções gerais aos IOE e demais trabalhadores:

a) Vide em anexo o Regulamento assinado pelos IOEs e Funcionários.

16 – Programa de Garantia da Qualidade

O objetivo programa é fazer com que o tratamento de radioterapia seja aplicado conforme
planejado, de acordo com os padrões internacionais de qualidade e segurança. Foram utilizadas
planilhas e para a garantia de qualidade do PQRT- INCA.
16.1 – Dosimetria e Controle de Qualidade nos equipamentos de tratamento e instrumentos
de Medida

É utilizado o Protocolo da Agencia Internacional de Energia Atômica (IAEA) TRS 398 -


ABSORBED DOSE DETERMINATION IN EXTERNAL BEAM RADIOTHERAPY - An
International Code of Practice for Dosimetry Based on Standards of Absorbed Dose to Water.
Vienna – 2000.
As planilhas de cálculos de dosimetria usadas são da IAEA ou do PQRT/INCa que são
baseadas no TRS398 em formato Excel e coladas em um livro de dosimetria.
Todos os teste relevantes efetuados estão descritos em detalhe nas planilhas abaixo e suas
freqüências.

16.1 - Descrição dos instrumentos de dosimetria, procedimentos de calibração dos feixes,


freqüência de calibração.

16.1 - Conjuntos Dosimétricos:

i Eletrômetro PTW – UNIDOS E – Mod. 10010 série 00006


ii Câmara de ionização PTW Mod. TN 30001-10 série 1344
iii Capa de equilíbrio eletrônico PTW diâmetro externo = 16,37 mm
iv Eletrômetro [DIGITE O NOME DO FABRICANTE] – Modelo: [DIGITE] – série
[DIGITE]
v Câmara de ionização a prova d’água – DIGITE TODOS OS DADOS
vi Câmara de ionização tipo poço - Fabricante: PTW Friburg - Tipo/série no 31111-1111

44
16.1.2 – Instrumentos auxiliares

a) Barômetro e termômetro devidamente calibrados [MODELO DIGITE]

16.1.3 - Procedimentos básicos de calibração do feixe:

Um fantoma 30 x 30 x 30cm3 é posicionado sob o feixe primário do aparelho em nível assim


como o gantry.

Setup:

i Determinação do Ponto de Calibração;


ii Alinhamento do Raio central;
iii Colocação do Campo padrão – TRS398;
iv Medida em Profundidade de Referência;
v Distância foco-superfície do fantoma;
vi Cálculo do D20/D10;
vii Realizar leituras na profundidade do feixe conforme o TRS 398;
viii Observar valores de temperatura e pressão durante a calibração.

16.1.4 – Freqüência de calibração:

a) Dosimetria absoluta do campo 10 x 10 cm2– mensal ou no caso de desvio > 3% no


valor encontrado no controle semanal para aceleradores lineares, na troca do
magnetron, troca ou manutenção das câmaras monitoras do equipmento;
b) Dosimetria absoluta do campo 10 x 10 cm2– mensal para Co-60;
c) HDR calibração em câmara tipo poço quando a fonte é trocada.

16.2- Descrição dos instrumentos de monitoração de área

a)Monitor de radiação Bicron – Modelo Surveyor 200 – série C042C

16.2.1- Levantamento radiométrico freqüência

45
a) Levantamento Radiométrico das instalações – a cada 2 anos
b) Levantamento radiométrico da Rad. de Fuga do Cabeçote ("Leakage") - a cada 2 anos

16.3 – Programa de Garantia de Qualidade dos aparelhos de Megavoltagem

Um programa da garantia da qualidade é um pré-requisito essencial para uma alta


precisão do resultado no tratamento radioterápico com alta confiança. Tal programa inclui
procedimentos que são monitorados pelo físico médico, onde tais critérios são definidos
coletivamente pelos profissionais envolvidos, os quais estabelecem todos os padrões a serem
seguidos pela instituição. Para garantir a segurança dos pacientes, técnicos, médicos, enfermeiros
e físicos, e também para manter a integridade do tratamento, o aparelho devem ser mantidos
através de um programa de garantia da qualidade.]

16.3.1 – Testes diários

O objetivo principal do programa do controle da qualidade é estabelecer métodos de


verificação e confirmação de que o equipamento funcione de acordo com as recomendações do
fabricante atendendo as normas estaduais e federais, protegendo o paciente e o público em geral.
Testes diários são realizadas conforme as planilhas abaixo. As verificações diárias são realizadas
pela manhã, antes de qualquer tratamento.

46
CONTROLE DE QUALIDADE DIÁRIO Co-60
Equipamento:__________________________________________Semana ___/___ à ___/___/___

47
TESTES

Indicador de posição da fonte (diário)

Console

Equipamento

Intertravamento da Porta

Monitor de Radiação

Sistema de Parada de Emergência

Porta (Funcional, s/n)


Sistema de Retorno da
Fonte
Movimento do Colimador

Movimento do Cabeçote

Movimento da Mesa

Telêmetro
Indicador do Campo
Luminoso
Indicadores de Posição
(lasers)
Sistema Luminoso da Porta

Realizado por:

Revisado por :

Observações:

48
CONTROLE DE QUALIDADE DIÁRIO DO ACELERADOR-MODELO

49
Equipamento:________________________________________Semana ___/___ à ___/___/___.

CONTROLE QUALIDADE DO APARELHO – HDR – Ir 192


TESTE
SEGURANÇA
Teste de Luzes do Console
Luzes na Porta
Luzes de Irradiação no Console
Sistema de Visualização
SISTEMA DE PARADA DE EMERGÊNCIA
Porta
Console
Movimento do Cabeçote
PROGRAMAÇÃO

Interrupção por UM

Verificação de Câmaras Monitoras

MECÂNICOS
Movimento da Estativa
Movimento do Colimador
Movimento do Cabeçote
Telêmero
Lasers
Tamanho de Campo
Centro do Reticulado

Realizados por:

Realizados por:

Observações:

TESTES DIÁRIOS

50
TESTES DE SEGURANÇA

DIA
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

PARÂMETROS
Intertravamento da
porta
Inspeção dos cabos
contra enroscamento
Checagem do
Monitor de Área
Interrupção do
tratamento com o
botão de emergência
Checagem do
circuito fechado de
TV e Áudio
Chave interruptora
do cofre
Troca do canal de
tratamento
Interrupção do
tratamento no
console

Comentários:

Realizado por:

16.3.2 – Testes Mensais

As verificações da garantia da qualidade mensais foram estipuladas pela equipe do


serviço de física médica e seguindo as recomendações do TECDOC 1151, planilhas do PQRT e
planilha de dosimetria da IAEA e Norma 3.01 e 3.06 da CNEN.

51
16.4 - Programa de garantia de qualidade dos medidores

calibração periódica do monitor de radiação anual


calibração periódica do conjunto dosimétrico a cada 2 anos
aferições do conjunto dosimétrico com fonte de cobalto-60 *Semestrais
levantamento radiométrico das instalações a cada 2 anos
levantamento radiométrico da Rad. de Fuga do Cabeçote a cada 2 anos
("Leakage")
atualização dos assentamentos individuais de dose anual
verificação dos fatores de uso e ocupação do equipamento e das a cada 2 anos
circunvizinhanças
avaliação das doses individuais dos dosímetros pessoais mensal
fiscalização da utilização das áreas adjacentes da instalação mensal
verificação da aplicação de restrições de acesso em áreas mensal
controladas ou isoladas
Avaliação da utilização sistemática de dosímetros pessoais pelos semanal
funcionários

16.5 - Programa de garantia de qualidade dos acessórios

O controle de qualidade dos acessórios utilizados são checados mensalmente conforme planilha
EPECIFICAR AQUI

17 – Descrição dos sistemas de planejamento de tratamento computadorizado:

sistema de planejamento de tratamento computadorizado para braquiterapia por controle remoto


– HDR - NUCLETRON.
a) sistema de planejamento de tratamento computadorizado para teleterapia – CAT 3D -
MEVIS

18 – Prova, através de cálculos, que as áreas adjacentes estão de acordo com os limites
primários e de acordo com o princípio de otimização.

a) Vide Levantamento Radiométrico da Instalação nesse plano.

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19 - REFERÊNCIAS

1. AAPM (1994). Comprehensive QA for radiation oncology. Radiation Committe Task Group
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2. BJR (1983). Central Axis Depth Dose Data for Use in Radiotherapy
3. CNEN (1990). Requisitos de Radioproteção e Segurança para Serviços de Radioterapia.
Norma CNEN-3.06
4. CNEN (1988). Diretrizes Básicas de Radioproteção. Norma CNEN-3.01
5. IAEA (1997). Absorbed Dose Determinationin Photon and Electron Beams. An
International Code of Practice. Second Edition. TRS Nº 398
6. IAEA . Calibration Source of Brachiterapy – TECDOC 1079
7. ICRP (1982). Protection against ionizing radiation from external sources used in medicine.
ICRP publication # 33.
8. NCRP (1976). Estrutural shielding design and evaluation for medical use of X-rays and
gamma rays of energies up to 10 MeV. NCRP report # 49
9. NCRP (1979). Radiation protection design guidelines for 0.1-100 MeV particle accelerator
facilities. NCRP report # 51.
10. Torres, Hérculis R. Garantia de Qualidade no Microselectrn HDR. Monografia de conclusão
do Curso de Especialização em Física Médica – Instituto Nacional de Câncer, 1999.
11. Apostila para o Curso de Técnicos em Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer/PQRT.
12. Luiz Tauhata, Ivan Salati, Renato Di Prinzio, Antonieta Di Prinzio - Radioproteção e
Dosimetria: Fundamentos - CNEN, 2003

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