Você está na página 1de 96

FAÇAVOCÊ MESMO

CIRCULANDO HÁ DEZANOS,AREVISTAFUSCA& CIATORNOU-SEREFERÊNCIANOUNIVERSODOS COLECIONADORESEADMIRADORES


DO POPULAR MODELO. DESDEA EDIÇÃO DE NÚMERO 60, A REVISTATAMBÉM TEM PUBLICADOA SEÇÃO ESPECÍFICA“FAÇAVOCÊ
MESMO”, MOSTRANDOOS DETALHES, PASSOA PASSO, DE COMO O DONO DO BESOURO PODE FAZERA MANUTENÇÃO E ATROCA
DE DIVERSOS COMPONENTES NA PRÓPRIA GARAGEM. AGORA, EM SUA CENTÉSIMA EDIÇÃO, A EDITORA ON LINE – ATENDENDO
A DIVERSOS PEDIDOS DE LEITORES – DECIDIU REUNIR ESTAS REPORTAGENS EM UM ÚNICO EXEMPLAR, PROCURANDO, ASSIM,
FACILITARA CONSULTA. DESSA FORMA, ACREDITAMOS ESTAR PRESTANDO MAIS UM SERVIÇOAOS LEITORES DA PUBLICAÇÃO.

Os editores

ÍNDICE
CARBURAÇÃO
6 CARBURAÇÃO SIMPLES
8 DUPLACARBURAÇÃO
11 REPARO DE CARBURADOR
16 TROCA DA BOMBADE COMBUSTÍVEL

SISTEMA ELÉTRICO
19 TROCA DO PLATINADO
23 PONTO DE IGNIÇÃO
26 TROCADAS VELAS DE IGNIÇÃO

ACIONAMENTO
29 TROCA DA CORREIA
32 TROCA DO CABO DO ACELERADOR
35 CABO DE EMBREAGEM
38 REPARO DAALAVANCADE CÂMBIO
41 DUAS PONTEIRAS

LUBRIFICAÇÃO
44 TROCADO ÓLEO
47 FILTRO DE AR
50 FILTRO DE PAPEL
53 RADIADOR DE ÓLEO
SISTEMA DE FREIO
56 FREIO DIANTEIRO A TAMBOR
59 TROCA DAS PASTILHAS
62 LONATRASEIRA
65 FREIO DE MÃO

SUSPENSÃO
68 DO CHÃO NÃO PASSA!
72 TROCA DOS AMORTECEDORES

PAINELETAPEÇARIA
75 COLUNA DEDIREÇÃO
78 MEDIDOR ELÉTRICO DO NÍVEL
DE COMBUSTÍVEL

81 MARCADOR DE COMBUSTÍVEL
84 VIDROS DAS PORTAS
87 CORRENTES DE AR
90 FECHO DA FECHADURA

ILUMINAÇÃO
93 DE OLHO NOS FARÓIS
96 LANTERNAS ILUMINADAS

PRESIDENTE: Paulo Roberto Houch • VICE-PRESIDENTE CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


com.br)
EDITORIAL: Andrea CalmonNESTA
• COLABORARAM EDIÇÃO: Roberto
(redacao@editoraonline. SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Adilson
Marks; Luiz Guedes Jr.; BobMultimídia
Nicollette/Comunica Sharp (Edição
(Arte) ee Textos),
Saulo
Mazzoni G971
(fotos) • COORDENADOR DE DIAGRAMAÇÃO: Guia ocina: fusca e cia/[Roberto Marks]. - [1.ed.] - São Paulo: Online, 2013.
DE Rubens
ArinesMartim • REVISORA: MichelleLeonardo
Neris • DIRETORA
•COMERCIAL:
SUPERVISOR
MARKETING: DELuana
GarbinVieira
MARKETING: Vinicius
• DIRETOR
• ESTAGIÁRIO:
DE PUBLICIDADE:Bobby Krell
Fernandes • ASISTENTE
Rodrigues il.

ISBN 978-85-432-0115-3
Postal
CIA
7777
•CHINA 61085 publicação
CEP total
A• reprodução
DIRETORA
é•uma Distribuição 05001-970
no
do Brasil
IBC Instituto
por
– São
ou parcial
–ADMINISTRATIVA: JacyBrasileiro
Paulo
desta
DINAP –Lucca
obra
Dalle SP
de –Tel.:
• IMPRESSO
é proibida
• GUIA Cultura
OFICINA(0**11)
Ltda.
semFUSCA 3393-
a– prévia
Caixa
NA
&
1. Fusca (Automóvel) - História. 2. Veículos. I. Marks, Roberto.

13-07115 CDD: 629.22209


autorização
br • VENDASdoAOS
editor. Para adquirir com
DISTRIBUIDORES: Tel.:
o IBC:
(0**11) 3393-7728 (vendas@
www.revistaonline.com. CDU: 629.331
editoraonline.com.br). 14/11/2013 19/11/2013
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

CARBURAÇÃO SIMPLES Dicas!

FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave de fenda

economia
Fôlego e DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
20 minutos
O carburador
desempenho
bem-regulado
eomelhora
consumoo Tarefa quecarburador
mistério
do acreditam
teoricamente
para boa
do
queFusca
parte
serviço
dos
permanece
osimples, proprietários,
aéregulagem
uma verda
um

deira “arte”, devendo ser realizado apenas por


combustível profissionais abençoados com um “bom ouvido”...
Na verdade, trata-se de um trabalho empírico, que requer, mais
do que tudo, experiência. Ou seja, quanto mais vezes alguém
praticar a regulagem, melhores serão os resultados. “E o serviço
é bastante fácil, podendo ser feito tranquilamente na garagem
de casa”, afirma o engenheiro mecânico Walter Abramides,
proprietário da oficina paulistana Garage Web.
Segundo o especialista, a regulagem do carburador deve ser
realizada a cada 10 mil quilômetros. “Ou sempre que o motor
apresentar alguns sintomas, como: “morte” sem motivo, acelera
ção mesmo quando em ponto-morto e o consumo de combustí
vel exagerado”, detalha o engenheiro. Claro, também é preciso
regulá-lo sempre que for efetuada a substituição do kit de reparo
do carburador, assunto tratado na última edição de Fusca & Cia.
Atualmente, a perfeita regulagem do carburador tornou-se ainda
mais importante no caso das cidades que contam com a inspeção
das comveicular
técnica um aparelho que lê “Para
obrigatória. isso, as oficinas
a quantidade de poluentes
estãonos gases
equipa-
de com doisconta Abramides.também caso dos motores
6 equipados
escapamento”,
para a próxima edição.
GUIAOFICINAFUSCA&CIA carburadores, Aliás, no
é fundamental a utili- Atualmente,acorretaregulagemdo
zação de um aparelho chamado equalizador. Mas isso é assunto carburadorpassouasermaisimportantenas
cidadesqueadotaramainspeçãoveicular
Primeira
mente, com
o motor des
ligado, use
a chave de
fenda para
apertar o
parafuso da
mistura ar
-combustível
até o nal,
sem forçar.
Quando
a rosca
chegar ao
m, retorne
2,5 voltas.

1
Por m, faça o ajuste da rota 3
ção pelo parafuso da borbole
ta de aceleração – apertando,
acelera; desapertando, de
sacelera. O movimento deve
ser lento, pois esse ajuste é
bem sensível. Está termina
do o serviço quando o som
demonstrar que o motor está
regulado (daí a lenda do “bom
ouvido”). Saía com o carro
e verique como o motor se
comporta na hora da partida,
aceleração e em relação ao
consumo. Se necessário,
repita o ajuste de mistura e
rotação quantas vezes achar
conveniente. Também, ao
sair de uma localidade com
alguma altitude, como São
Paulo (800 metros acima do
nível do mar), e chegar ao
litoral, ou vice-versa.

2
Como motor ligado, apertenovamente e com movimen
tos lentos, de 1/8 de volta, o parafuso da mistura. Ao
começar, a rotação do motor poderá eventualmente aumentar.
! REALIZAR UMA BOA REGULAGEM DE CAR
BURADORÉPUROTREINO DEPERCEPÇÃO.
PORTANTO, NÃO DESANIMESEOS RESUL
Porém, pare quando sentir a rotação diminuir (o que popular TADOS INICIAIS NÃO FOREMOSESPERADOS.
mente é denido como “motor morrendo”). Comece, então, a
desapertar o parafuso lentamente até sentir a rotação estabilizar.
O ideal é o motor car ligeiramente acelerado.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 7


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

DUPLACARBURAÇÃO Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defendamédia,alicate, chave de
boca de 7 mm e chave “L” de 13 mm.

Eciência
aprimorada TEMPOMÉDIO:
DIFICULDADE:

A dupla
edesempenho
melhora
acarburação
economiao
Oadvento série
nho, mas da Não só
também
Volkswagen.
de vantagens
dupla melhorou
motores
economia
carburação
aaos trouxe
de
oboxer
desempe-
combus-
uma
!
35 minutos

ATENÇÃO: DURANTE
AREGULAGEM, MO
O
TORESTARÁEM FUNCIONAMENTO. TODO
CUIDADO COM AS MÃOS E OS DEDOSÉ
tível. “Além disso, no caso de um dos carburadores apre POUCO, POIS, NOS MOTORES DETURBINA ALTA A
do motor VW
sentar falha, o motor continua funcionando, permitindo CORREIA DO GERADOR PASSA PERTO DO SISTEMA
ao motorista chegar até um ponto de socorro. Na carburação simples, DE ACIONAMENTO DOS CARBURADORES.
isso é impossível”, destaca o engenheiro Walter Abramides, proprietá
rio da oficina paulistana Garage Web.
Em contrapartida, a tarefa de regular os dois carburadores é bem mais
difícil e complicada do que a carburação simples. “Isso porque os
dois carburadores devem ser acionados ao mesmo tempo e na mesma
proporção”, afirma o especialista, que emenda: “Mas nada que não se
consiga após muito treino e certa experiência”.
O engenheiro recomenda, ainda, a utilização de um equalizador de vácuo
(aparelho que lê e permite igualar as massas de ar que passam em cada
um dos carburadores) para facilitar a tarefa. “Mas também é possível fazer
a regulagem sem esse aparelho, embora isso exija muito mais experiência
do profissional que for efetuar o serviço”, detalha Abramides.
Para o engenheiro, o fato de alguns proprietários procurarem sim
plificar, transformando o sistema de dupla carburação em simples
devido
há motivos
à dificuldade
O desempenho
condenável. que justifiquem
“Sedo em
carro
o seu manter
vai passar
a regulagem
deesse
regredir”,
mecânico deu dois para
alerta osempre
um carburador.
ajustada,
especialista.
conselho, “Já Não
desconfie. éo Oequalizadordevácuofacilitaoserviço,

contrário perfeitamente aceitável.”


FUSCA&CIA
poislêepermite igualarasmassasdear
8 GUIAOFICINA é
quepassamemcadaumdoscarburadores
Agora, sim, com
motor já aquecido,
ligue-o e deixe-o em
marcha-lenta. Com
os carburadores
desequalizados, o
ponteiro do mostra
dor do equalizador de
vácuo penderá para
Com o motor ainda 1 o lado do carburador
desligado, retire a que estiver mais
mangueira de respiro acelerado. A equali 4
que liga o carburador ao zação dá-se quando
motor. Em seguida, use a o ponteiro marcar o
chave de fenda para soltar pontozero, bem no
a abraçadeira e retirar o fil centro do mostrador.
tro de ar. Repita o processo Para conseguirisso,
no outro carburador. atue no parafuso da
borboleta de acelera
ção. Cuide para que
a rotação de marcha
-lentaque entre
800 e 900 rpm.

Ajuste a mistura ar-combustível de marcha-lenta de cada carbu


rador conforme explicado na edição passada de Fusca & Cia.

5
2
Em seguida, encaixe os
redutores de ardo de vácuo nobocalde
equalizador
cada um dos carburadores. É por meio deles que o aparelho re
aliza a leitura da massa de ar que passará em cada carburador.

Use a chave de boca


de 7 mm para soltar 3
as duas porcas da
vareta móvel que
aciona o carburador.
Vale destacar que uma
das varetas é xa e a
regulagem é efetuada
apenas por meio da
móvel, que possui uma
extremidade com rosca
direita e a outra com
roscaesquerda nos
terminais. Com as duas
porcas soltas, girando
a vareta comos dedos,
! NÃO SE ACANHE:SEO
SERVIÇO NÃO FICAR BOM NA PRIMEIRA
TENTATIVA, REPITA TODO O PROCESSO
altera-se seu compri QUANTAS VEZES ACHAR NECESSÁRIO. COM O
mento. Desencaixe a TEMPO, A TAREFA DE REGULAR A DUPLA CAR
varetado BURAÇÃO FICARÁ MAIS RÁPIDA E PERFEITA.
canoterminal que
carburador.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 9


Encaixe a vareta de modo que a rotação de marcha-lenta não
se altere, atuando no seu comprimento, se necessário. Agora,
acelere o motor a aproximadamente 2.000 rpm e observe se a
equalização é mantida. Uma dica: para acelerar o motor, prera
usar uma chave “L” de 13 mm em vez da mão para acionar o
bracinho ao qual o cabo é xado. Isso evita que o cabo se dobre,
o que pode até causar o seu rompimento. Se a equalização tiver
fugido a essa rotação, atue na vareta até que seja restabelecida
(esse ajuste do comprimento da vareta geralmente é mínimo).

7
Volte o motor para marcha-lenta e certique-se de que ela não
se alterou. Agora, aperte as porcas de xação da vareta com
a chave de boca de 7 mm, tomando cuidado para não alterar
mais o seu comprimento. Segure-a com um alicate enquanto
as porcas são apertadas. Após travar a vareta, convém refazer
o teste do equalizador para certicar-se de que a peça não se
movimentou. Remonte os ltros de ar sobre os carburadores e
conecte de volta as mangueiras de respiro. Saía com o carro e
verique como o motor se comportana aceleração e na progres
sividade. Se necessário, repita a regulagem quantas vezes achar
conveniente. Com a prática, ca cada vez mais rápida e perfeita.

! DICADOMECÂNICO:ESEEUNÃOTIVEREQUALIZADOR?
O equalizador é de grande ajuda na hora de regular o sistema de dupla carburação e, portanto, um
investimento que vale apena para quem pretende realizar a manutenção do besouro na própria garagem.
“Mas também é possível fazer a regulagem sem ele”, aponta o engenheiro Walter Abramides, destacando,
no entanto, que, neste caso, será necessária certa experiência por parte de quem for realizar o serviço.
“Quando os carburadores estão sincronizados, o motor tem funcionamento uniforme, equilibrado. Não
estando, desencaixe a vareta ajustável e atue no parafuso da borboleta de cada um até que o motor que
“quieto”, sem balançar, entre 800 e 900rpm. Depois, faça o acerto da mistura ar-combustível de marcha
-lenta. Encaixe a vareta de volta, certicando-se de que a rotação de lenta não se altere, ajustando, se
necessário, o comprimento da vareta.”

FUSCA&CIA
10GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

REPARODECARBURADOR Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de fenda + chave 8 mm +
chave 14 mm + chave 13 mm

DIFICULDADE:
Injeção de
ânimo TEMPOMÉDIO:
Falhas no motor, 1 hora
“estouros” no
escapamento
e consumo

carburador
no
Componente fundamental para o
bom funcionamento do motor do
Fusca, o carburador requer alguns
problemas
excessivo
indicam
cuidados, além de manutenção
periódica para que funcione corretamen
te. “Um desses cuidados é a substituição
dos elementos que fazem parte do kit de
reparo do carburador”, afirma o engenheiro mecânico
Walter Abramides, da oficina Garage Web. Segundo ele,
o intervalo para a troca do kit deve ser a cada 10 mil qui
lômetros. “Ou até antes, caso o motor apresente sintomas
de falha na carburação”, alerta o especialista, referindo-se
a problemas como consumo excessivo de combustível, as
populares “passagens” ou “engasgos”, bem como a “morte”
repentina do motor ao desacelerar ou, ainda, o fenômeno
de “explosão” de combustível não queimado quando este
entra em contato com as áreas quentes do escapamento.
Embora um kit de reparo não custe mais do que R$40,
as oficinas chegam a cobrar até R$200 pelo serviço, que
requer alguma habilidade e consome pelo menos uma hora
de trabalho de um profissional. Por fim, Abramides lembra
que toda substituição dos elementos que compõem o
reparo do carburador deve ser acompanhada de outros Okitdereparoécompostodejuntas,diafragma,
serviços, tais como as trocas do filtro de are do filtro de
combustível. Além, é claro, da regulagem do carburador moladeretorno,anéisegiclê.Algunstrazematé
– assunto que trataremos na próxima edição. mesmoumanovaboiaparasubstituição
GUIA OFICINA FUSCA&CIA 11
3
! IMPORTANTE: O REPARO DO CARBURADOR DEVE SER ACOMPANHADO
SEMPRE DAS TROCAS DOS FILTROS DE AR E DE COMBUSTÍVEL.

Namesmo
o sequência,
com faça
a
1
12

mangueira que
carburador liga o do
à câmara

avanço do distribuidor.

Com a chave defenda, libere o parafuso que prende o cabo do


acelerador ao carburador. Se o motor possuir afogador manual, é
preciso também soltar o cabo que oliga à borboleta do carbura
dor (veja box 1).

Em seguida, use a chave de 13 mm para soltar as duas porcas


Antes de remover o carburador, tire a chave do contato e que xam a base do carburador ao motor. Após retirá-lo, leve-o
coloque--ano seu bolso. Depois, retire o ltro de ar. Paraisso, a uma bancada de trabalho que esteja devidamente limpa a m
solte a mangueira de respiro do componente. Em seguida, use a de desmontá-lo. Tape a entrada do tubo de admissão para evitar
chave defenda para afrouxarabraçadeira que xa o ltro de ar que caia ali qualquer objeto indevidamente (um copo de papel é
sobre o carburador. Se o ltro for antigo, banhado a óleo, cuidado bom para isso; estopa, jamais).
para não virá-lo e derramar o líquido de seu interior.
5
2

Com a mão, desconecte do carburador a mangueira que o liga à


bomba de combustível.
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
8
! PARA EVITAR ACIDENTES, GUARDE SEMPRE AS CHAVES DO CARRO
NO BOLSO. ASSIM, NINGUÉM PODERÁ LIGÁ-LO INADVERTIDAMENTE.

6 Remova a junta velha


usada na vedação
entre o corpo e a
tampa do carburador.
Detalhe: o interior do
carburador é dividido em duas cavidades: a cuba, em que
fica aboia do nível do combustível; e o difusor, em quel fica
o injetor. Neste momento, é possível fazer um teste para
verificar o funcionamento do injetor (veja box 2).

Com a chave defenda, retire a bóia da cuba do carburadore des


carte o combustível ainda presente na cuba. Alguns kits de reparo
não contam com boia nova, mas este componente também deve
ser devidamente vericado e, se for o caso, substituído.
9

Já na bancada, comece a desmontagem do carburador com a


Com a chave de 14 mm, retire a válvula da boia, também cha
retirada da mola de retorno do acelerador. Na sequência, remova
mada de válvula de agulha, que ca na tampa do carburador.
com a chave defenda os cinco parafusos da tampa do carbura
dor. Desaperte em “X”.

Para soltaratampa
do
va ocarburador,
eixo de ligação
remo-
7
(cabo rígido ouala
vanca de arraste) que
liga a borboletado
afogador ao comando
da borboleta do
acelerador. Na hora
de remontar, atenção
para não inverter sua
10
posição (lembre-se, a
ponta mais longa vai
sempre conectada à
tampa do carburador). ! TRABALHEDEPREFERÊNCIAEMUMLOCAL
QUESEJA LIMPOEBEM-ILUMINADO.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 13


Com a chave
de fenda, retire 13
o giclê corretor
de ar, presente
no interior do
difusor. Depois,
vire o carburador
de cabeça para
baixo e retire o
tubo de emulsão.

Use a chave de 14 mm para remover o porta-giclê


11 principal e, com a chave defenda, o giclê de dentro do
porta-giclê.

14 Em seguida, retire opino (trava) e use a chave defenda


para liberar os quatro parafusos e abrir a tampa da
bomba de aceleração.

12 Em seguida, retire o giclê de marcha-lenta com a chave


de 8 mm.
! APROVEITEADESMONTAGEM COMPLETA
PARA TAMBÉM LAVARO CARBURADOR.

14 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
17
! DICA: ATENÇÃO ÀORDEMDECADACOMPONENTERETIRADO PARA
NÃO SE PERDER NA HORA DE REMONTARO CONJUNTO!

Retire a tampa da bomba de aceleração e remova a mola de


15 Aproveite que o
carburadorestá
todo desmontado
elimpe-o com
gasolina ou algum
detergente especial
vendido no mer
cado para eliminar
depósitos de carvão
e outros elementos
que prejudiquem o
funcionamento do
componente. Com
acionamento e o diafragma. tudo limpoeseco,já
é possível remontar
papelão
junta
Remova de a
dabasedocarburador.
(Velumoid) o carburador(basta seguir aordem inversa da desmontagem), subs
tituindoas peçasquecompõemo kit de reparo. São elas: junta da
tampa; junta da base; diafragma da bomba de aceleração;
molade acionamento do diafragma; válvulada boia
porta-giclêprincipal
guns
doacelerador.Atenção:
(agulha);
kits boiadacuba;
também oferecem
(metal)
eevite
anéisde
eaaperto
daboia de
molavedaçãodo
excessivo
(bra).Al-
retorno AGRADECIMENTO

GarageWeb
Rua Dr. Elias Chaves, 160,

16 nos parafusos e elementos do carburador. SantaCecília,SãoPaulo-SP

Tel.: (11) 3222-1424

! DICADOMECÂNICO1:CABODOAFOGADOR
Apenas no caso dos besouros mais antigos e que ainda
1 2

preservam o afogador em perfeito funcionamento, é preciso liberar


o cabo que permite a função junto ao carburador. Para isso, use
uma chave de 7 mm para soltar a ponta do cabo ligada à alavanca
borboleta do afogador na tampa do carburador (foto 1). Em seguida,
use uma chave de 8 mm para retirar o cabo do suporte fixado ao
corpo do carburador (foto 2).

1
DICADOMECÂNICO2:TESTEDOINJETOR
Ao desmontar o carburador, é possível realizar alguns testes importantes, entre
eles a verificação do perfeito funcionamento do injetor de combustível. Para
isso, movimente com a mão a alavanca em que vai fixado o cabo do acelerador
(foto 1). Ao fazer isso, o combustível ainda presente no carburador deve passar
da cuba para o difusor por meio do injetor (foto 2). É perfeitamente normal que
2
o fluxo do combustível seja interrompido após alguns segundos com a alavanca
acionada. Outro teste valioso pode ser realizado após a remontagem e reinsta
lação completa do carburador no motor. É importante que não haja gotejamento
de combustível em nenhuma das juntas. Caso contrário, significa que a boia
não está cumprindo seu papel corretamente.

GUIA OFICINA FUSCA&CIA 15


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

Dicas!
TROCADABOMBA
DECOMBUSTÍVEL
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de 13 mm + chave defenda
média

DIFICULDADE:

Sem prazo TEMPOMÉDIO:


de validade 20 minutos
A bomba de
trocada
só quando
deve ser
combustível
apresentar
defeito
Você acelera e o carro
“engasga”? O giro do
motor insiste em não
subir e a rotação teima
em não se manter, apesar
do pé fundo no acelerador? Acabou de
encher o tanque, mas o besouro age como
se faltasse gasolina? Se a resposta para
qualquer uma dessas perguntas for sim, é
bem provável que tenha chegado a hora de
substituir a bomba de combustível do seu
Volkswagen. “Não existe prazo de utiliza
ção ou troca preventiva da bomba, apenas
a substituição quando ela apresentar algum
problema. E o sintoma mais comum é a
falta de pressão para enviar combustível até
o carburador”, explica Walter Abramides,
proprietário da oficina paulistana Garage
Web. Mas não é preciso se desesperar.
Além de relativamente barata (entre R$ 40
e R$ 60 nas lojas de autopeças), a Abombadecombustíveléigualparamotoresde1300a
rápidaesimples,atémesmona
bombadecombustívelcomdefei-topodesersubstituídadeforma
1700 cm³.Eosmodelos disponíveisatualmenteatendem
garagem da sua casa, como mostra tantoacarrosagasolinaquantoamodelosaálcool
remos no passo a passo a seguir...
16 GUIAOFICINAFUSCA&CIA
4
! IMPORTANTE:
JAMAIS FAÇAA
ETAPA3 ANTES
DAS ETAPAS1 E
2. A RAZÃO PARAO
ALERTAVOCÊ ENCONTRA
NA“DICADO MECÂNICO”.
É SÓ VIRARA PÁGINA...

duas
chave
Com
de auxílio
desconecte
ligadas
combustívelasda
omangueiras
defenda,
à bomba. Retiradas as porcas,
puxe para cima a
bomba de com
bustível defeituosa.
Cuidado com mo
vimentos bruscos,
para não prejudicar
a parte de baquelite.
1
Antes de xar a nova bomba, é preciso lubricar a alavan
Para conter ca, preenchendo com graxatoda a parte inferior da peça.
o uxo de
combustível,
5
vede a ponta da
mangueira que
vem do tanque,
tarefa que pode
ser feita com
um parafuso,
pedaço de ma
deira ou mesmo
uma tampa de
caneta.

Com a chave
que ange
prendem
debomba
13
porcas
nos
a
à
solte as
(resina
baquelite
resistente
calor). de
mm,
combustível ao
de
parafusos
plástica
duas
xadas Ainda antes de aco
6 modarabombade
combustível,coloque
sobreaangede
baquelite ajuntade
papel que acompa
nha okit. Ela serve
para vedara graxada
alavancaetambéma
lubricaçãoexistente
3 no interior do bloco
domotor.

GUIA OFICINA FUSCA&CIA17


Encaixe a novabomba de combustível, coincidindo os dois
buracos existentes na parte inferior comos parafusos xados na
ange de baquelite.

Com a bomba
em seu devido
lugar, coloque
as arruelas e as
porcas nos dois
parafusos e dê o
aperto necessá
rio com a chave 9
de 13 mm.
Conecte novamente as mangueiras de combustível na bomba

8 (verique a necessidade de abraçadeiras). Pronto, seubesouro já


pode voltar às ruas...

! DICADOMECÂNICO:CUIDADOCOMOBAQUELITE!
Atroca da bomba de combustível é um dos serviços mais fáceis que um mecânico pode desejar na hora de fazer a manu
tenção de um Fusca. Contudo, é preciso alguns cuidados para que a tarefa de apenas 20 minutos não se transforme num
problemão arrastado por horas de mão de obra.Uma dica importante é sempre desconectar e conectar as mangueiras com a
bombatotalmente xada pelas porcas (foto 1). “Caso contrário, o conjunto todo pode se movimentar, ocasionando a quebra da ange de
baquelite (foto2)”, alerta o especialista da Garage Web, Walter Abramides.“Se isso acontecer, será preciso abrir o bloco do motor para
retirara parte quebrada”, diz. A ange de material sintético tem a nalidade de não passar o calor gerado pelo motor à parte de metal da
bomba, que tem contato com o combustível. Outra dica do especialista é sempre tapara mangueira que vem do tanque com algum objeto
pontiagudo (foto3), já que o tanquedo Fusca ca mais alto do que a bomba, fazendo o combustível uir por gravidade. “Caso não seja
possível fechar o uxo com algum objeto, a dica é fazer atroca numa ladeira, com a frente do carro voltada para baixo”, ensina Walter.

1 2 3

18
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Textos e fotos: Luiz Guedes Jr

Dicas!
TROCADO
PLATINADO
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS:
Chave defendamédia+chave estrelaou
soquete de 30mm+calibredelâmina0,40mm

DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
Desgaste 1 hora
natural
O desgaste da
liga
do
cadaé 10
ocorre de
natural. mil km
trocá-lo
platinado
metálica
Oforma
ideal
a Afunção terromper
baixa básica
aa corrente
tensão
na bobina, e do
gerar
corrente altaé in
platinado
elétrica
por
de indução,
de

tensão
que provoca a centelha nas velas. “É basi
camente um tipo de contato feito em aço
de alta resistência, tendo no passado sido
usada platina na liga – daí o nome que ficou para o com
ponente”, explica o engenheiro mecânico e proprietário
da oficina Garage Web, Walter Abramides. O desgaste
desse componente faz que o platinado perca o contato
correto ao longo do tempo, sendo recomendado substituir
o componente a cada 10 mil quilômetros. Serviço relativa
mente barato, já que a peça custa, em média, R$ 20. Mas,
atenção: sempre que trocá-lo, é preciso também regular a
abertura (folga do platinado, correspondente a determi
nado número de graus de permanência fechados, tempo
necessário para que possa haver passagem de corrente
primária suficiente para uma boa indução). Desregulado,
o platinado fica com o ângulo de permanência alterado,
acarretando a perda de eficiência e oca
sionando falhas no motor – que pode até ajustedafolgadoavançoinicial(ponto)daignição.
Semprequesetrocaoplatinado,faz-setambémo
mesmo parar. “Outra recomendação, nem
sempre seguida pelos motoristas, é trocar
também o condensador”, avisa Abrami Seupasso apassoserá vistonapróximaedição.
des. Veja o passo a passo a seguir.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 19
4
! DICADESEGURANÇA:
ANTES DE INICIAR O
TRABALHO, RETIRE
A CHAVE DO CONTATO E GUARDE-A
NOBOLSO. CERTIFIQUE-SE, AINDA,
DE QUE NÃO HAJAVAZAMENTO
DECOMBUSTÍVELEJAMAIS FUME
DURANTEATROCADO PLATINADO.

Como auxílio da Retire o rotor


chave defenda, do distribuidor
solte as travas tipo (popularmente
mola que prendem conhecido
a tampa ao corpo como cachim
do distribuidor. bo), puxando-o
para cima.

1
Com o auxílio da chave de fenda, solte o o
Após soltar as que liga o platinado ao condensador.
mova
duastravas,
a tampa
5
para ter acesso
ao interior do
distribuidor.

Retire a
mangueira Ainda com o
do avanço a 6 auxílio da chave
vácuo, para defenda, solte
que ela não o parafuso que
atrapalhe o prende o platinado
serviço. à mesano interior
do distribuidor.
Muito cuidado para
não deixar o para
fuso cair dentro do
3 distribuidor, algo
bem comum.

20 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Retirado o platinado antigo, é hora de fazer atroca do conden
sador (foto). A peça custa, em média, R$ 20, sendo responsável
por armazenar um pico de corrente elétrica com analidade de
reduzir o centelhamento no platinado.

Para isso, use


a chave de
fenda para
soltar o parafuso
que prende o
condensador à
lateral externa do
distribuidor. Em
10
seguida, libere o
condensador. Para instalar o novo condensador, repita o procedimento na
8 ordem inversa, conectando um dos os à bobina e xando o com
ponente à lateral do distribuidor com o auxílio da chave defenda.

! ÉPRECISOPÔRUMA OUDUAS GOTASDE ÓLEODEMOTORNOFELTROQUEVAIDENTRODAÁRVOREDO DISTRI


BUIDOR,PARALUBRIFICARAFIBRADOMARTELETEDOPLATINADO QUEFICAEM CONTATO COMOSRESSAL
TOS. SEISSO NÃO FORFEITO,OATRITO COMELOGOAFIBRA, AFOLGADIMINUIEAIGNIÇÃO ATRASA.

Com as mãos, libere também o outro o do condensador que o


Após instalar o novo
liga ao borne + (positivo) da bobina. 11 condensador, é hora
de instalar o novo
9 platinado, parafusando
-o à mesainterna do
distribuidor (uma dica
é usar um alicate de
ponta na para conduzir
o parafuso, que é
pequeno e pode acabar
caindo no interior do
distribuidor). Tudo
concluído, é chegada a
hora de realizar o ajuste
da folga do platinado
(veja como no boxDica
do Mecânico).

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 21


! DICADOMECÂNICO:REGULANDOOPLATINADO
De nada adianta substituir um platinado defeituoso se a pessoa que zer o serviço não souber também ajustar a folga que fará o
componente abrir no momento certo. “O ponto certo do platinado é a posição relativa do corpo do distribuidor em relação ao virabre
quim”, explica Abramides. Segundo ele, o primeiro passo para regular o platinado é posicioná-lo corretamente em relação à arvore
do distribuidor (comumente chamado de eixo). Para isso, utiliza-se a chave estrela de 30 mm para girar em sentido horário a polia do
virabrequim (foto 1). O intuito é girá-la até que um dos quatro ressaltos presentes na seção quadrada do eixo do distribuidor coincida
com a parte “elevada” do platinado (detalhe A). Em seguida, com o auxílio do calibre de lâmina 0,40 mm, efetue a regulagem de aber
1 2 tura do platinado (foto2). Isso é feito da seguinte maneira:
posicione a lâmina do calibre entre os pontos de contato
do platinado (detalhe B). A seguir, use uma chave defenda
como alavanca, encaixando-a no espaço existente entre
dois pontos no interior do distribuidor (detalhe C). Com o
calibre posicionado, movimente a chave defenda até que
ambos os pontos de contato estejam encostados na lâmina
de 0,40 mm; de modo, contudo, que a lâmina ainda consiga
entrar e sair do espaço entre os dois pontos de contato.
Depois, aperte o parafuso (detalhe D) para xar o platinado
3 4 5 nesta posição. Regu
lagem feita, encaixe
de volta o rotor (foto
3) e prenda a tampa
do distribuidor em
seu lugar (foto 4). Por
m, conecte de volta a
mangueira do avanço a
vácuo (foto 5).

C
B D

FUSCA&CIA
22GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

Dicas!
PONTODE
IGNIÇÃO
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
lâmpada de ponto + chave de boca
de 30 mm + chave de boca de 10 mm

DIFICULDADE:

Tarefa TEMPOMÉDIO:
obrigatória 15 minutos
O acerto do
ignição
ser
cadafeito após
ponto de
platinado
troca
deve Na matéria anterior, mostramos
o passo a passo da troca e regula
gem da abertura do platinado. Dando
prosseguimento ao tema, abordamos agora
o acerto do ponto de ignição. Tarefa bastante simples,
mas fundamental – obrigatória mesmo – ao final de cada
substituição de platinado. “E não apenas nesta ocasião”, defende o enge
nheiro mecânico e proprietário da oficina Garage Web, Walter Abramides.
“Verificar e ajustar o ponto de ignição com frequência melhora o funcio
namento do motor em todos os aspectos, tornando a partida mais rápida,
melhorando a queima de combustível e, consequentemente, reduzindo o
consumo e a emissão de poluentes, assunto bastante em voga em tempos
de inspeção veicular”, complementa o especialista.
Regularo ponto deignição nada mais é que “dizer” ao motor qualo momento
exato em que a centelha da velado cilindron° 1 deve saltar. Se isso ocorrer
antes do tempo previsto(adiantada), gera uma pressão excessivano cilindroe
na câmarade combustão, podendo causara popular“batida de pino”(nome
técnico:detonação)e, em casos extremos, chegarmesmo afurar e atéderreter
a cabeça do pistão. Poroutro lado, se a centelha saltarcom atraso, haveráque
da acentuada de potência, bem como aumento no consumo de combustível.
“Digamos que é saudávelregularo ponto de ignição pelo menos uma vez ao
mês, sobretudo no caso de veículos utilizados com bastantefrequ-
ência”,
na compra de um
afirma Abramides.
timinglight(lâmpada de ponto ou lâmpada
Para isso, o proprietáriopodeinvestir Parafazeroserviçonagaragemdecasa–e
estroboscópica).Mas tambémé possível fazero serviço com uma
comexatidão–,valeapenainvestirna
simples luz de teste, como mostramos no passo a passo a seguir. compradeumalâmpada deponto
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 23
acione
de
Ligue
ponto lâmpada
oamotor,
(oster
4
minais de energia
devem ser conec
tados à bateria,
enquanto o outro
cabo é conectado
ao de vela do pri
meiro cilindro). A

1 luzacenderá toda
vez que a centelha da vela do primeiro cilindro saltar, iluminando
Com o auxílio da chave de 30 mm, gire em senti
do horário a polia do virabrequim (polia maior, mais a posição da marca em formato de “W” e o centro da carcaça do
abaixo) até que o primeiro “dente” da marca em formato de motor. No caso da foto, o dente do “W” está à esquerda do centro
“W” esteja alinhado como centro (divisão) da carcaça do motor. da carcaça, o que indica que o ponto de ignição está adiantado e

Isso corresponde a 10ºAPMS (dez graus antes do ponto morto precisa ser regulado.
superior), que é o ponto recomendado nosVW a ar.
Movimente com uma das mãos o distribuidor, girando-o
lentamente em seu próprio eixo, para um lado e para
outro. Com a outra mão, segure a lâmpada de ponto
apontada para a polia e para o centro da carcaçado
motor. Pare de girar o distribuidor quando as marcas
coincidirem (o que signica a posição de 10ºAPMS).
5

24
2 Com um gizou qualqueroutromaterialsemelhante,marque
ambosospontos.Afunção dogizégerarcontrastecoma
lâmpadade ponto, oquefacilitaráoajustedopontodeignição.

Com muito
3 cuidado para não
movimentar o dis
Com o auxílio da tribuidor, aperte a
chave de 10 mm, braçadeira (chave
afrouxe abraçadei de 10 mm),
ra que existe abai
xando-o nesta
xo do distribuidor, posição. Evite
de modo que ele aperto excessivo.
possa ser “girado”
em seu próprio
eixo.
6

ATENÇÃO:TODO CUIDADO COM AS MÃOS É POUCO NESSE

! MOMENTO, POIS HÁ POLIAS E CORREIA TRAPEZOIDALEM


MOVIMENTO.

GUIAOFICINAFUSCA&CIA
! DICADOMECÂNICO:ESEEUNÃOTIVERLÂMPADADEPONTO?
A maneira mais fácil e eficiente de realizar o ajuste do ponto de ignição é com o auxílio da lâmpada de ponto,
que pode ser encontrada no mercado a preços que variam de R$ 250 a R$ 1 mil. Mas também é possível fazer o serviço
com uma simples lâmpada de teste (dessas com dois fios, normalmente munidos de garras), além das chaves de boca de
30 mm e 10 mm (foto 1). Neste caso, o motor permanece desligado com o contato ligado. Em seguida, use a chave de 30
mm e gire a polia do virabrequim até que o primeiro dente da marca em “W”, no sentido de rotação do motor, coincida
com o centro da carcaça do motor (10º APMS). Retire, então, a tampa do distribuidor e veja se o rotor (“cachimbo”) está
apontando, mesmo que enviesado, para a traseira do carro – sinal de que está indicando a centelha para o primeiro
cilindro. Se o “cachimbo” estiver apontando para a frente do veículo (cilindro 3), use a chave de 30 mm e faça a polia do
virabrequim dar uma volta completa, fazendo que o rotor aponte para a traseira e volte à posição de 10º APMS. Na sequ
ência, fixe a garra de um dos fios da lâmpada de teste no terminal positivo (+) da bobina, sendo que a outra garra deve
ser aterrada a qualquer parte metálica do motor. Gire, então (com a chave de 30 mm), a polia do virabrequim (sentido
horário) até que a lâmpada acenda (foto 2), momento em que o platinado abre. Depois, volte lentamente a polia em sen
tido anti-horário, até o momento em que a lâmpada apagar (foto 3). Torne a virar lentamente a polia em sentido horário,
parando no exato momento em que a lâmpada acender (foto 4). Pronto, este é o ponto de ignição correto. Outra maneira
de chegar a ele é colocar o primeiro dente alinhado com o centro da carcaça, afrouxar o distribuidor (com a chave de 10
mm) e girá-lo, em vez de virar a polia do virabrequim, até que a lâmpada acenda.

1 2

3 4

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 25


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

VELASDEIGNIÇÃO
TROCADAS Dicas!

Troca preventiva FERRAMENTASNECESSÁRIAS:


chave de vela + calibre
de lâminas

DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
Não é preciso
30 minutos para as quatro velas
esperar que uma
vela apresente
problemas para
por
outra nova
substituí-la
As velas são o que se pode definir como o compo
nente final do sistema de ignição. São elas que
ar-combustível.
provocam a centelha
Comoque
seusiráeletrodos
detonar(positivo
a mistura
e
negativo) se desgastam naturalmente devido ao efeito
de milhões de centelhas que provocam durante sua vida útil, elas têm
prazo de uso predeterminado pelo fabricante – aproximadamente, 20
mil quilômetros no caso do Fusca. “Isso não significa que o componente
não possa apresentar problemas antes deste prazo”, alerta o engenheiro
mecânico Walter Abramides, proprietário da Garage Web. “A cada 5
mil quilômetros, é recomendado retirar as velas e examiná-las em seu
aspecto, estado e folga entre os eletrodos. Por meio dessa leitura, um
mecânico experiente é capaz de tirar conclusões quanto ao correto fun
cionamento do carburador e do motor”, atesta o profissional.
Segundo o especialista, falhas e perda de força no motor são sintomas
clássicos de velas com problemas. “Aboa notícia é que a substituição de
uma vela defeituosa é uma tarefa bastante simples, podendo ser realiza
da pelo próprio dono do veículo na garagem de casa”, afirma Walter. “A
dificuldade maior é nos motores 1600, já que a dupla carburação atrapa
lha um pouco o acesso às velas do primeiro e do terceiro cilindro”, diz.
Atualmente, um jogo de velas é vendido no mercado de reposição
por volta de R$ 50, enquanto uma oficina cobra, em média, R$ 40
para efetuar a troca dos quatro componentes. “Se optar por fazer o
quanto
serviço às
emespecificações da vela,
casa, o proprietário doque
veículo deapenas
deve
variam com atento
acordoficar o ano Tamanhoderoscaeaparênciadacerâmica
de fabricação e o tipo de combustível do motor”, aponta o especialis sãoalgunsdosdetalhesquedevemser
26 ta, que dáFUSCA&CIA
GUIAOFICINA
essa e outras dicas no passo a passo a seguir. observadosnahoradesubstituirasvelas
4
Com a vela usada
fora do motor, é
possívelanalisá-la.
Por meio da sua
cor e granulação,
dá para identicar
se a queima da
1 Ao substituir as velas antigas pornovas, é importante car
mistura ar
-combustível está
atento a um detalhe antes mesmo de iniciar o trabalho no correta (veja como
motor: ao abriracaixa com as novas velas na especica no boxAspectos
ção correta para o seubesouro (veja quais nobox“Dicado Mecâni e Conclusões).
co”), note que as velas saem de fábrica com um terminal metálico
rosqueado na ponta mais na. No caso exclusivo dos Volkswagena
ar, esseterminal não tem serventia e deve ser retirado. Se a intenção não é substituir as
velas, mas apenas fazer a leitura
periódica delas, é preciso regular
a abertura dos eletrodos (que
aumenta como uso em virtude
da corrosão e queima, o que é
normal) antes de recolocara vela
no cabeçote. Essa folga é regu
lada com um calibre de lâminas
na medida de 0,70 mm. Se seu
calibre for em polegadas, use a
lâmina de 0,027”.

2 5
Já no motor, com o carro desligado, preferencialmente
frio e com as chaves nobolso, retire o cabo emborracha
do de alta tensão da vela.

3
Por meio da chave
de vela, desrosqueie
a vela até que
ela seja liberada.
Normalmente,
a vela é sacada
para fora junto da
chave tubular, que
costuma ter um PARA A SUASEGURANÇA, TRABALHE
anel de borracha
interno para puxar
a vela junto, uma
vez desrosqueada.
! COM AS VELAS APENAS COM O MOTOR
DESLIGADO, DEPREFERÊNCIAFRIO.
PARA EVITARACIDENTES, SEMPRE
GUARDEAS CHAVES DO VEÍCULONOBOLSO
Se isso não ocorrer,
ENQUANTOREALIZAOSERVIÇO.
retire-a com a ponta
dos dedos.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 27
Regulada a abertura dos eletrodos, recoloque a vela no
motor. Prefira sempre iniciar o movimento de rosca com a
mão (para ter certeza de que ela não está entrando torta)
antes de apertá-la com a chave de vela. Não exagere no
aperto. Repita o processo em todas as velas.

ASPECTOSECONCLUSÕES
A centelha que inama a mistura comprimida, a facilidade na
ignição, a marcha-lenta, a aceleração e a potência máxima
estão diretamente relacionadas ao funcionamento das velas
de cada um dos quatro cilindros do motor do seu besouro. Por
isso mesmo, o aspecto da cerâmica e do isolador de uma vela
com pelo menos 500 quilômetros de uso pode dizer muito sobre
a saúde do motore a a carburação. Quando atonalidade apre
sentada é um marrom-claro (foto 1), signica que o carburador
está funcionando corretamente e a vela também. Se a cor for
cinza-claro, indica que o carburador está fornecendo mistura
muito pobre. Já a tonalidade preta (foto 2) denota mistura muito
rica. Por m, eletrodos sujos de óleo revelam o funcionamento
incorreto da vela ou má vedação dos anéis de segmento.

AGRADECIMENTO
DICADOMECÂNICO:ATENÇÃOÀSESPECIFICAÇÕES Garage Web

! Até meados de 1983, o Fuscana-

cional
de marca NGK tipoutilizava Após
Rua Dr. Elias Chaves,
160, Santa Cecília,
SãoPaulo-SPTel.:(11)3222-1424
a gasolina BP5HS. velas

este período, passou a usar velas


BP5ES. Já os modelos a álcool passaram de
velas BP7HS para BP7ES. O que isso signica
na prática? Muito simples: as velas NGK com
a letra “H” têm rosca mais curta que as velas
marcadas com a letra “E” (foto). “É preciso -
car atento a este detalhe”, alerta o especialista.
“Se uma vela ”E” for colocada num motor pre
visto para velas ”H”, pode até mesmo quebrar o
pistão”, garante Abramides.

28 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
Textos e fotos: Luiz Guedes Jr

Dicas!
TROCADACORREIA

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave defenda média + chave
estrela ou soquete de 19 mm (em
alguns modelos a chave é de 21
mm)

DIFICULDADE:

não Não
desculpa para
háa
trocá-la
correia
Substituir
velha TEMPOMÉDIO:

Um componente simples, barato


e de fácilmanutenção, mas
que muitas vezes é deixado de
20 minutos

lado pelos proprietáriose pode


barato causarsérios danos ao motor. A substi
é umeserviço
rápido
tuição preventivada correia trapezoidal
do motor do Fusca deveser realizada a
cada 20 mil quilômetros.Algo fácile barato, já que a peça
nova custa, em média, R$ 15. A correia acionada pela polia
do virabrequimfaz girar a polia montada na ponta da
árvore do induzido do dínamo ou do rotor do alternador
(variandode acordo com o ano de fabricação do modelo e
tipo de motor), que também aciona, na outra extremidade,
a turbina de arrefecimento,no caso dos motores “de cons
trução alta”. “Se a correia arrebentar, a bateria deixa de
ser carregadae o motor fica sem arrefecimento nenhum,
podendo danificar-seseriamente”, alerta o mecânico Lúcio
Mauro, da oficina MilleDuke, de São Paulo. Segundo ele,
o dono do veículo deve sempreavaliaro estado da correia,
cujos sintomas de desgaste são perdade espessura, resse
camento e trincas na borracha. “Não há razão
para não se trocaruma correia caso haja suspei- Acorreiautilizadaéamesmaparamotoresde
1200cm³a1600cm³.Oquevariaéaporca que
docarro,nagaragemdecasa”,afirmaoespecia-
tadeseuestado.Oserviçoérápidoesimples,podendoserfeitoatémesmopeloprópriodono
prendeapolia,podendoserde19mmoude21mm
lista, que ensina o passo a passo a seguir.

GUIAOFICINAFUSCA&CIA29
1 4
! MEXEREM POLIASÉ
PERIGOSO. RETIRE A
CHAVE DO CONTATO
E GUARDE-ANOSEUBOLSO,
PARAQUENÃO HAJAORISCO
DE ALGUÉMINADVERTIDAMENTE
DARA PARTIDA NO MOTOR.

Com o auxílio da Posicione a nova


chave defenda, correia, encaixan
trave a polia do dí do--a primeiro na
namo ou alternador, polia de cima para
de modo que ela depois ajustá-la à
não gire quando polia de baixo.
você começar a
soltar a porca que a
prende no centro.
Com o auxílio da chave de 19 mm, dê um aperto leve
na porca do parafuso central que une as duas partes da
Com a chave
polia superior, de modo a ajustar a posição das arruelas
estrela de 19
mm (em alguns internas e externas (veja como noboxDica do Mecâni
co), que controlam atensão da correia.
modelos, pode
ser de 21 mm),
5
solte a porca
que xa pelo
centro as duas
partes da polia.

Após afrouxar
a polia, retire a Verique atensão da correia,
correia velha,
6 que não pode car muito
soltando-a da frouxanem muito rígida. O
polia inferior segredo é tentar dobrá-la. Na
para depois tensão correta, ela só pode
soltá-la da dar meia-volta. Muito frouxa,
polia superior. pode patinar e não acionar
corretamente o gerador;
tensa demais, acaba com o
rolamento do gerador em
dezenas de quilômetros.
3

30GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Feito o ajuste da correia e das arruelas, aperte a porca do para
fuso central com a chave de 19 mm. Uma dica é voltar atravar
a polia com a chave defenda e fazer uma espécie de alavanca
para dar o aperto nal.

9
Antes de ligar o motor, verique se ambas aspolias estão girando
(no sentido horário). Se a correia estivertravando esse movimento
(muito tensionada), os rolamentos do dínamo ou do alternador
serão danicados.Tudo em ordem, seu Volkswagenestá pronto
para voltar às ruas.

! DICADOMECÂNICO:AJUSTE DASARRUELAS
Como não é possível variar a distância entre as polias para ajustar atensão da correia, como se faz na maioria dos carros,
a solução encontrada pela fábrica foi variar a largura do “V” da polia do gerador. Menos largura dá mais tensão à correia e
vice-versa. A largura ca menor à medida que diminuio número de arruelas entre as duas partes da polia. Conforme a
correia vai se desgastando, a borracha consequentemente perde espessura, além de ser normal a correia esticar por si só. Para
ajustar atensão numa correia usada (meia-vida), é preciso reduzir a largura do “V”. Já no caso da instalação de uma correia nova, é
necessário distanciar uma parte da outra. Como isso é feito? Simples, por meio de arruelas (Foto1), que podem ser combinadas em
diferentes quantidades (em geral, são oito arruelas), interna ou externamente no parafuso central da polia superior.“Quando se con
centra mais arruelas no interior da polia (Foto2), cria-se um espaço para uma correia mais espessa. Do contrário, quando se coloca
maior quantidade de arruelas na parte exterior das polias (Foto 3), as duas partes que compõem a polia cam mais próximas, o que
é ideal para correias já desgastadas”, explica o mecânico Lúcio Mauro, da ocina Mille Duke. Como última dica, o especialista reco
menda vericar a tensão da correia nova após mil a 2 mil km, pois ela pode esticar e afrouxar-se. Reajuste a tensão, se necessário.

1 2 3

INSTALAÇÃOAUTOMÁTICA
Na década de 1960, com a popularização do Fusca no Brasil, surgiram diversos fabricantes interessados em produzir acessórios e
equipamentos para o besouro. Algumas propostas eram bastante curiosas, como a correia Pratic, conforme lembra nosso colabora
dor Fernando Villamarim. “Esta correia, segundo propagava o fabricante, possibilitava ser instalada ‘automaticamente’ em apenas 5
segundos, bastando seguir as recomendações detalhadas no folheto da empresa,para depois ligar o motor”, diz. Ao que parece, isso
não era tão fácil como parecia na propaganda e o produto não teve sucesso. Porém, valeu a tentativa, numa época em que esse tipo de
serviço era considerado complicado pelos proprietários de Fusca.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 31


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

TROCADOCABO Dicas!
DOACELERADOR
FERRAMENTANECESSÁRIA:
Uma chave de 8 mm

DIFICULDADE:

Barato, leve TEMPOMÉDIO:


e ocupa pouco 30 minutos.

não
espaço.
Não há
ter um para
desculpas

extra à
cabo
mão
De não responde
repente, o acelerador

pedal afunda
comandos
mais aos
do no
pé assoalho
direito. O
de acelerador
e
perde a pressão que o faz voltar a
cada pisada. Consequentemente, o motor deixa de
acelerar e o carro vai perdendo velocidade até parar,
deixando você no meio da rua – ou, pior, no acosta
mento de uma estrada deserta. E tudo por causa de
um simples cabo, cujo preço no mercado de peças
não ultrapassa R$ 5. A recomendação de dez entre
dez mecânicos? Levar sempre um cabo de acelera
dor extra no porta-luvas ou na mala. Além de barato,
o componente não oferece grandes dificuldades
para ser substituído: o serviço pode ser realizado
tanto na garagem de casa como no acostamento de
uma rodovia. Mecânicos experientes levam menos
de 15 minutos para trocar um cabo de acelerador
arrebentado do Fusca por outro novinho. Mesmo
assim, algumas oficinas mal-intencionadas chegam
a cobraraprendaopasso
até R$ 100 pelo
serviço.
Então, aseguiretroque
apasso Achoucaro?
Aposição docabonomotor éamesmasejanoFusca,na
Kombi,naBrasilia,no Karmann-Ghia,etc.,masvarianos
você mesmo... casosde Variant,TL eoutrosVWde motorplano

32 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
TENHASEMPREUM CABOEXTRANOPORTA-LUVAS. CASO

! CONTRÁRIO, DENADAADIANTAAPRENDERESSALIÇÃO.

Retirado o cabo
antigo, é hora de
colocar o novo
componente, o
que deve sempre
ser feito do túnel
central (junto ao
pedal do acele
rador) em direção
ao motor, e nunca
o contrário. Porém,
antes de introduzi
-lo, é importante
lubricar o cabo
1 novo, de preferên
Use a chave de 8 mm para desprendero parafuso datrava
cia com uma graxa
que xa o cabo do acelerador.
gratada. 4
Insira o cabo novo por dentro do túnel central até que
a outra ponta apareça na saída junto ao motor.

2 Uma vez o cabo solto, puxe a parte arrebentada que


permaneceu conectada para omotor.

Repita a operação 6
no interior do
veículo, soltando Ainda no interior
manualmente o do veículo,
encaixe no pedal encaixe a ponta
do acelerador e em formato de
puxando o que “S” no pedal do
sobrou do cabo acelerador.
quebrado por meio

3 da saída localizada
no túnel central.

GUIAOFICINAFUSCA&CIA 33
De volta à parte externa do veículo, verique se a ponta do cabo
apareceu na saída voltada para a frente do motor. Caso não
tenha aparecido, é preciso pegá-la atrás do motor e guiá-la até
8
o conduíte que liga as duas extremidades (frente e traseira do
motor). Passe o cabo
7 por dentro da
trava, dando
um primeiro
aperto manual
no parafuso
de xação.

Use a chave de 8 mm para dar o aperto nal no parafuso da trava


de xação do cabo do acelerador. Pronto, seubesouro já está
pronto para voltar a acelerar!

! DICADOMECÂNICO:ESEEUNÃOTIVERUMCABOEXTRA?
Quebrou
adotar uma solução
se desesperar.
o cabo de emergência,
Segundo
do acelerador do seu
Tiago dos Santos,
fazendo
Fusca eque o besouro
mecânico
você da possui
não ocina um
acelere com
Mille Duke,
componente extra?
segurança
é possível sua
e fácil
até–Não precisa
casa
– AGRADECIMENTO
Mille Duke
www.milleduke.com.br
mesmo sem a presença de um cabo de acelerador. Para isso, o primeiro passo é soltar a mola de retorno
(fotos 1 e 2), guardando-a no bolso ou no porta-luvas para não perdê-la. Depois, com uma chave defenda
comum, aperte o parafuso que regula a rotação do motor (foto 3). Se você estiver na cidade, esse procedi
mento fará com que o motor ganhe uma aceleração sucientemente constante para levá-lo até sua casa ou até
a ocina de sua conança. Se você estiver na estrada, a dica para ganhar mais aceleração – e, consequentemente,
velocidade – é soltar o parafuso totalmente, retirar a mola que o “veste” e voltar a apertá-lo (fotos 4 e5).

1 2 3 4 5

34 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

CABODEEMBREAGEM Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave soquete 17 mm (com catraca ou
formato de “L”)+ alicate + chave defenda

DIFICULDADE:
Dura até
acabar...
O cabo de TEMPOMÉDIO:
embreagem pode 1 hora e 30 minutos
durar toda a vida
útil do besouro.
trocado
Mas vale ser
numa Embora e os avançados sistemas embarcados ve
nham substituindo antigos e tradicionais com
ponentes nos automóveis modernos, o “velho
restauração
conhecido” cabo de embreagem ainda é o
meio mais comum para acionar a embreagem nos
veículos equipados com câmbio manual. No Fusca, este sempre foi um
componente bastante peculiar. Trata-sede um cabo de aço trançado que
corre dentro de um conduíte; o conjunto é denominado cabo Bowden.
Bastante resistente, o cabo de embreagem pode durar por toda a vida
útil do besouro, mas ele também pode sofrer desgaste prematuro
provocado pelas condições de uso e locais por onde circula. “E sua
substituição é bastante trabalhosa, não devendo ser realizada por
quem não possui experiência com mecânica”, alerta José Lucimar
Rodrigues, mecânico da oficina paulistana Garage Web. “Se a pessoa
arriscar e não conseguir concluir o serviço, acabará sendo obrigada a
levar o veículo de guincho até uma oficina”, diz.
De acordo com o especialista, no entanto, vale a pena trocar o cabo de
embreagem (mesmo que ele esteja em bom estado) quando o trabalho
envolver, por exemplo, uma restauração completa. “Neste caso, o reco
mendado é fazer a substituição do componente com o chassi ainda
‘cru’; ou seja, desmontado da carroceria”, ensina Rodrigues. “Assim,
fica
motor
ensina
maiso passo
fácil na
quanto ter
a passo aos observa
pedaleira”,
acesso
a seguir
terminais
(também tanto na área
o especialista,
realizado que
do
num
Éraro,maspodeacontecerdeocaboda
chassi“cru”, para facilitar o trabalho fotográfico e melho embreagemarrebentar,oquenormalmente
rar o entendimento de cada etapa do processo). acontecejuntoàporcaborboleta,napontatraseira
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 35
NO CASO DE BUGUES E OUTROS MODELOS DE PLATAFORMA 4
! ENCURTADA, É PRECISO REDUZIR O TAMANHO DO CABO.

3636 1 Com a mão


ou uma
chave de
fenda, solte
o cabodo
acelerador.

Com um alicate, solte


a porca borboleta para
liberar o cabo do terminal
5
próximo ao motor (se o
Em seguida,
carro estiver montado, é
solte opino de
preciso erguê-lo num ele
trava do acio
vador ou com um macaco
para ter acesso ao local). namento do
Se a porca estiver engripada, aplique um pouco de óleo cilindro-mestre
ou desengrimpante em aerossol. na base do
pedal do freio,
liberandotoda
2 a pedaleira.

Agora, já é possível“sacar” paraforatoda a pedaleira, o que trará à mos


trao cabo de embreagem, antesocultado no interior do túnel do chassi
(às vezes, acontecede ele cairlá dentro, precisando ser“pescado”).

Em seguida, desencaixe o flexível e retire o cabo a ser


substituído instalado dentro dele.

3
7

Com a chave soquete de 17 mm, retire os dois parafusos (de 12 mm,


mas com cabeça de 17 mm) que prendem a pedaleiraaochassi. Retire o cabo antigo do túnel do chassi.

GUIAGUIAOFICINAOFICINA FUSCAFUSCA&&CIACIA
Passe o cabo novo pelo conduíte existente no interior do túnel do 11
chassi até que ele saia na outra ponta, próxima do motor. Impor
tante: é preciso lubricar o cabo com graxa durante o movimento
de passagem pelo conduíte.

Em seguida, retorne opino de trava do acionamento do cilindro


-mestre do freio e também o cabodo acelerador.
12

Encaixe o cabo no
engate do pedal da 9
embreagem (localizado
à direitado
Uma dica é acelerador).
amarrar

este encaixe, já que


do De volta à traseira do veículo, passe a outra ponta do cabo de
qualquer movimento
pedaldurante axação

fazer com que


da pedaleira pode
o cabo embreagem por dentro do exível (veja boxDica do Mecânico). Em
seguida, prenda o exível no terminal existente.

se solte no interior do
túnel do chassi.

10 13
Fixe a pedaleira, apertando os dois parafusos com a Por m, passe o cabo no terminal “traseiro” e xe-o com a
chave soquete de 17 mm. porcaborboleta.

! PEQUENOSCUIDADOS
Ao nalizar o serviço de troca do cabo da embreagem, é importante observar al
guns detalhes. “O pedal, por exemplo, deve ter uma folga de 10 mm até começar a acio
nar a embreagem”, ensina o mecânico José Lucimar Rodrigues. “É o chamado curso de
folga, para que o cabo que relaxado.” Outra dica dada pelo especialista é sobre a troca
também do exível (foto), que tem um papel importante no funcionamento do conjunto.
“A envergadura do exível inuencia no comportamento da embreagem. Ele deve car
ligeiramente arqueado. Se car muito esticado, provavelmente a embreagem vai trepidar
devido ao deslocamento do motor nos coxins em relação ao chassi. O arqueamento do
exível serve para compensar esse movimento.”

GUIAGUIA OFICINAOFICINA FUSCAFUSCA && CIACIA 3737


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

REPARODAALAVANCADECÂMBIO Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave 13 mm + chave 8 mm + chave de
fenda média + alicate

da
Fiquena
chapa-guia
para
prestar errar
Épreciso
atento!
correta
não
atenção
posição DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
2 horas

Comparado aos automóveis modernos,


a caixa de câmbio do Fusca pode até
parecer um tanto primitiva e de acio
namento desconfortável. Na época em
na hora da
remontagem que o besouro foi fabricado, entretanto, este era
um dos principais do
atributos modelo frente à
concorrência. “Além de muito simples e eficien
te, o câmbio do Fusca foi projetado para durar, podendo facilmente
ultrapassar os 100 mil quilômetros sem apresentar um único defeito”,
garante o engenheiro mecânico Walter Abramides, proprietário da
oficina paulistana Garage Web.
Já sobre os motivos que podem acelerar o desgaste de alguns de
seus componentes, Abramides destaca as condições do terreno e a
maneira como o motorista engata as marchas. “Terrenos com muita
trepidação e engates bruscos podem causar danos a componentes
do câmbio”, afirma o especialista, referindo-se basicamente ao
conjunto formado pela alavanca, pelo varão, pela bucha do varão e
pela luva de ligação. “Os sintomas de desgaste são quase sempre os
mesmos: alavanca imprecisa, vibração e ruído no interior do túnel
do chassi e marchas que escapam”, detalha o engenheiro.
A boa notícia é que é relativamente fácil e barato reparar o
sistema de engate das marchas. As peças somadas não chegam
a custar R$ 50. Já a mão de obra é mais trabalhosa. Por isso,
aseja,
algumasaprender
cuidar oficinas
melhor passo
chegam
o de passo
a cobrar
seuabesouro, a seguir
atétambém
mas R$
significa
200 pelo
uma não
serviço.
só aprender
ótima Ou
forma Oproblemamaiscomum éodesgasteda
buchadovarão.Mastambémpodehaver

de economizar.
38GUIAOFICINAFUSCA&CIA desgastenosencaixesdasextremidades
APÓS DESMONTAR O CONJUNTO, LUBRIFIQUE COM GRAXA
4
! TODAS AS PEÇAS ANTES DE COMEÇAR A REMONTAGEM.

1 Retire a alavanca de câmbio e


a sua base, conhecida como
chapa-guia. Preste muita
atenção à posição correta da
chapa-guia para depois remontá-la corretamente. Qualquer
inversão de lado resultará em alteração no curso lateral da
alavanca, dificultando a seleção dos canais 1ª-2ª e ré.

Remova o assento
5 do banco traseiro.
Abaixo dele, no túnel
central do chassi,
há uma tampa que
dá acesso à luva de
Remova tapetes, revestimento do assoalho e (se for o ligação entre o varão
caso) console para ter acesso aos dois parafusos que e a haste seletora do
fixam a base da alavanca de câmbio ao chassi. câmbio. Use a chave
defenda para soltar
o parafuso e abrir
2 a tampa.

Com o auxílio da chave de 8 mm, solte os dois parafusos


da luva de ligação que prendem o varão à haste seletora.

Retire com as mãos ou com o auxílio de uma chave defenda a


coifa de borracha que “veste” a base da alavanca de câmbio.

3
Retire a luva, que é
um dos componen 7
tes que devem ser
trocados numa ope
ração de reparo do
comando de câmbio.
Para
do isso, com
alicate, desencaixe
ajuda

o varão da luva e de
Com o auxílio da chave de 13 mm, solte os dois parafusos pois puxe-a para fora
que fixam a base da alavanca de câmbio ao chassi. da haste seletora.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 39


Às vezes aponta do varão 11
enroscanas paredes internas
e não aparece no orifício da
escotilha do cabeçote do
chassi. Se isso acontecer, é
preciso contar com a ajuda
de uma segunda pessoa para
guiá-la. Feito isso, retire o
8 varão de câmbio passando-o
pelas três escotilhas.

12 De voltaaointerior do veí
culo, no orifício da alavanca,
retire com a mão a bucha
antiga (caso ela ainda não
Do lado de fora do veículo, use a chave de fenda para tenha saído com o varão)
retirar as duas tampas das escotilhas que ficam atrás do presente num anel dentro
estepe e na saia dianteira. do túnel do chassi. Em
seguida, acomode abucha
no
chave
ou um
escotilha
cabeçote do para
retiraratampada
Levante
chassi.
escotilhasformam
comelevadoreuse
defenda
Essastrês
omacaco
existente
veículo a novano mesmo local.
9
Depois de xar a novabuchaao anelinterno
do
Isso facilitará
naahora
passagem
interior com
13
túnel,
câmbiolubrique o de remontar
dodela
novo
o conjunto.
varão
graxa.
de

os
Aliás,
bo”encaixes
do varão,nanohora
qualda
é importante vairemontagem
lubricar com graxatodos
encaixada a(“cachim-
alavanca

um caminho pelo de câmbio, e partetraseira, por meio do qual


qual será retirado o o varão se conecta à luva de ligação...). Passe
varão do câmbio. um pouco de graxa na ponta exposta da haste
seletora do câmbio. Remonte o conjunto
De voltade
interior,
auxílio aoumo
com invertendo os passos e seu câmbio está pronto
10 para encarar mais 100 mil quilômetros.

alicate, “pesque”
o varão no interior
do túnel do chassi
! Depois de montar a alavanca e chapa-guia no túnel do
chassi, verique se, a seleção de marchas está correta, ou
seja, se ao encostar a alavanca no m de curso lateral no
lado esquerdo, a primeira engata com total facilidade. Caso
e empurre-o em contrário, afrouxe um pouco os dois parafusos com a chave de 13
direção à dianteira mm e dê ligeira pancada lateralmente na chapa-guia, aperte os para
fusos e verique se cou certo Se necessário, repita a operação até o
do veículo.
correto posicionamento da alavanca no chassi, que traduza elmente
a seleção de marcha feita pela haste seletora dentro do câmbio.

! se
DICADOMECÂNICO:OQUETROCAR?
acionamento
garantiro
o câmbio da caixa
Operfeito
passo
apresentardesintomas
afuncionamento
passo câmbio.
acima ensina
como
Mas quais
como
vibração,
são as
do conjunto?“Esse ou alavanca
desmontaremontar
ruído
peças
reparo
quedeve
devemostrocar
ser depara
oimprecisana
sistema
feito apenas
3
2 1
hora de trocaras marchas”, detalhao engenheiroWalter Abramides. Segundo ele,
as peças que devem ser trocadas são aluva de ligação (foto1), o varão (foto2) e a
buchado varão(foto3). “Abuchasofre um desgastenatural, enquanto o varão e a
luvasão prejudicadospor movimentos bruscos na alavanca”, diz. “Em geral, ocorre
o desgaste dos encaixes desses componentes. Em casos mais especícos, é preciso
substituir até mesmo a alavanca de câmbio”, explica o especialista.

40
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

DUASPONTEIRAS Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Duas chaves de 13 mm + espelho
Ruído

Além
reduzido
ponteiras
osdegases,
Fusca
silenciador
levam do
em
aso
dissipar Para de
sicoescapamento
muitos
adorno, não apassam
ou incrementar
com
proprietários
a finalidadede
deFusca,
de componentes
asode
esportividade
realçar visual
ponteiras
acordo de
clás- DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:

20 minutos
seu inteirior com o desejo de cada proprietário. “Não é bem assim”,
aponta o engenheiro mecânico Walter Abramides,
proprietário da oficina paulistana Garage Web. “As duas
ponteiras do besouro são conectadas à caixa de fluxo e têm como
função receber e dissipar os gases gerados pelos cilindros do motor”,
explica o especialista. “Além disso, é no interior das ponteiras que se
encontram os silenciadores, responsáveis por reduzir o nível do ruído
gerado pelo tradicionalmente barulhento motor refrigerado a ar”, diz.
Segundo Abramides, as ponteiras do Volkswagen Sedan podem durar
muitos anos, “devendo ser substituídas apenas quando houver neces
sidade técnica; ou seja, a deterioração dos silenciadores, ocasionando
excesso de ruído”, aconselha o engenheiro. “Mas há também quem
efetue a troca por motivos de estética, quando as ponteiras perdem o
cromado ou exibem aparência de desgaste excessivo.”
Seja qual for o motivo, a troca de ponteiras usadas por componentes
novos é uma tarefa bastante fácil e barata, com um par de ponteiras
custando em média R$ 50. “Difícil é achar componentes novos com
a mesma qualidade dos originais de fábrica. As ponteiras produzidas
atualmente são conhecidas por apresentar um assobio característico”,
detalha Abramides. Vale lembrar, ainda, que as ponteiras tornaram-se
mais curtas a partir de meados de 1970, com a troca dos para-choques
tipo “poleiro” pelos de lâmina única. Além disso, tanto os besouros pro
duzidos até julho de 1955, quanto a versão Pé de Boi, lançada em 1965,
e o Bizorrão 1600-S, de 1974, têm ponteira única de escapamento,
O que a julho
passo
já que de ao
sendo
dor.
até
pamento
1986, até
equipadoo Fusca
passocom 1955
a seguiravale
“Itamar”, de
ponteira
catalisador erapara
apenas
e1993
também de
1996, vinhaúnica.
aincorporada
modelos
saída comsilencia
fabricados
esca- tambémpodem
Baratasefáceisdetrocar,asponteiras
sersubstituídaspararealçarovisualdoFusca

GUIA OFICINA FUSCA&CIA 41


Atenção: Uma ponteira instalada de maneira incorreta pode raspar no asfalto
! em valetas e reduzir a vida útil do silenciador em seu interior.

TROCANDOAPONTEIRA
Em seguida,
1 2 saque para fora
a ponteira usada.
Se houver dificul-
dade para retirá
-la, balance--a
sem fazer muita
força para os la
dos ou utilize um
pequeno martelo
Com as duas chaves de 13 mm, segure uma das porcas de borracha para
enquanto
prende a outra éà afrouxada
a ponteira para de
caixa de fluxo liberar a braçadeira que
gases. ajudar a despren
der a peça.

Coloque a novaponteira com o acabamento


3 arredondado para fora. A posição corretada
ponteira é cerca de 1 centímetro além da linha
do para-choque, evitando, assim, que os gases
de escapamento afetem a cromeação da lâmina.
Mas, atenção: cuidado para não exceder essa
distância de um centímetro, o que pode afetar o
ângulo de saída, fazendo que a ponteira arraste
nas valetas. Por sinal, uma das principais causas
para o desgaste prematuro do silenciador (chapa
interna repleta de pequenos furos).

CAÇANDOVAZAMENTOS
1 2

Ao realizar o serviço de substituição das ponteiras de escapamento, vale aproveitar para verificar a existência de vazamen
tos de gases nas junções dos quatro tubos que levam os gases dos cabeçotes para a caixa de fluxo (foto 1), sobretudo, se
o carro estiver suspenso no elevador. Para isso, a dica é pôr o motor em funcionamento e usar um espelho na proximidade
de cada junção (foto 2). Se o espelho embaçar com a presença de gases quentes, é sinal de que há vazamento no local.

4242 GUIAGUIAOFICINAOFICINAFUSCAFUSCA&&CIACIA
Em geral, as ponteiras personalizadas não trazem silenciador em seu corpo
! interno, fazendo que o besouro emita muito mais barulho!

MUDANDOOVISUAL...EORONCODOVELHOBOXER!

Para incrementar o visual do pacato besouro, muitos proprietários fazem uso das mais diver
sas formas de ponteiras de escapamento, sejam voltadas para baixo, para cima ou no sistema
4x1, com saída única em vez de dupla. O que muitos não sabem é que esses componentes de
customização disponibilizados no mercado de autopeças normalmente não trazem a chapa do
silenciador em seu corpo interno. Como todo o ruído do motor boxer do Fusca é contido nas
ponteiras, a personalização acaba não só alterando esteticamente, mas também provocando
muito mais barulho quando o carro é ligado.

GUIAGUIA OFICINAOFICINA FUSCAFUSCA&&CIACIA 4343


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

TROCADOÓLEO Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
funil+ chave de 21 mm (em alguns
modelos achave é de 19mm)

Não esqueça DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
de trocar a 10 minutos
peneira
Componente

deve ser
substituído
Quando chegou ao Brasil, o Fusca
pedia a troca de óleo do motor a
cada 1.250 quilômetros rodados –
a cada duas
ou até mesmo diariamente, caso
trafegasse por estradas muito poeiren
trocas de óleo
tas, conforme destacava o manual do
proprietário. Atualmente, um motor Volkswagen refrige
rado a ar, bem regulado e sem vazamentos, pode rodar até
7.500 km sem necessidade de troca. “O óleo evoluiu muito
ao longo desses 60 anos”, afirma Lúcio Mauro, mecânico
da oficina Mille Duke, de São Paulo. “Se o dono do carro
quiser adotar uma medida bem precavida, a recomen
dação é substituir o óleo a cada cinco mil quilômetros
ou a cada seis meses, o que acontecer primeiro”, atesta
o especialista. Independente da cilindrada, todo motor
Volkswagen boxer leva 2,5 litros de óleo no cárter. “E use
sempre óleo mineral ou, se for o caso, específico para mo
tores com mais de cem mil quilômetros”, observa Lúcio.
“Jamais utilize óleos semissintéticos ou sintéticos, que são
muito finosrecomenda
temperaturas.”
mecânico e não
Como Fuscaa não
apresentam
oainda substituição
bompossui filtro
desempenho deem
da peneira altas
doo
óleo,

cárter
de óleo.
apenas (que custa
limpar
“Muita R$ 20,
agente emémédia)
peneirajá
ignora esse detalhe
a cada
suficiente”, ou
duas
acha
aponta o espe-
que
trocas Oóleomineraladequadoparaosmotores
boxerVolkswagenéodeclassificação
44 cialista,
GUIAOFICINAque ensina a
FUSCA&CIA
operação no passo a passo a seguir. APISJeviscosidadeSAE20W-50
4
Deixe escorrer so
bre um recipiente
todo o óleo usado
presente no cárter.
Se tiver chegado o
prazo de substituir
também a peneira,
esse é o momento,
1 com o cárter vazio
Na falta de um elevador, a dica é posicionar o carrosobre (veja como no box
a calçada com atraseira projetada para fora da guia. Isso Dica do Mecânico).
permitiráo acessoà tampa do bujão de escoamento do cárter com
o carro nivelado. Se o veículo for erguido com um macaco, o cárter
cará desnivelado e parte do óleo vaiacumular no interior. Após escoartodo o óleo do cárter, recoloque o parafu
so de vedação e aperte-o com a chave de 19 mm.

2 Com a chave de 21 mm (em alguns modelos, pode ser de


19 mm), solte o parafuso que libera o escoamento do óleo
velho no cárter. Mas não retire todo o parafuso ainda.
Como cárter
vedado e o carro
de volta ao solo,
3 vá até o motor e
retire a tampa do
bocal de abaste
Após afrouxar o
cimento de óleo.
parafuso, retire-o
cuidadosamen
te com a mão,
liberando o uxo do
óleo a sertrocado.

NÃO JOGUEOÓLEO VELHONAREDEDEESGOTOOUDE

! ÁGUASPLUVIAIS. LEVE-OAUMPOSTO DECOMBUSTÍVEISOU


OFICINAEPEÇA PARA QUE O RECOLHAM.

GUIA OFICINA FUSCA&CIA 45


Com o auxílio de um funil, complete o reservatório com
8
2,5 litros de óleo mineral.

7 Após fechar a tampa do


bocal de abastecimento,
ligue o motor e verique
se o óleo colocado está no
nível correto. Antes de fa
zera medição, entretanto,
retire a vareta, limpe-a e
volte ainseri-la no tubo até
o m, para, então, voltar a
puxá-la e vericar o nível.

O nível
adequado
9
ca entre as
duas marcas
da vareta de
óleo. Tudo
correto, seu
VWjá pode
voltar a
rodar.

! DICADOMECÂNICO:TROCADAPENEIRA
Ignorada por motoristas e até mecânicos, a troca da peneira do cárter de óleo do Fusca deve ser realizada a cada 10
mil quilômetros. Como o besouro não possui ltro de óleo, é ela a responsável por reter a limalha provocada pelo atrito das
peças móveis do motor. Segundo o mecânico Lúcio Mauro, a troca da peneira deve ser realizada durante a substituição do
óleo, logo após o escoamento de todo o antigo lubri
1 2 cante do cárter. O preço dela é relativamente baixo e o
custo-benefício compensa. Para isso, o primeiro passo
é retirar (com uma chave de 10 mm) os seis parafusos
que xam a tampa do bujão de escoamento do cárter
(foto 1). Em seguida, retire a tampa (se houver muita
pressão, use uma chave defenda) e remova a peneira
usada (foto 2). Além da peneira, é recomendável trocar
também a tampa do bujão de abastecimento e as
duas juntas de papelão que ajudam a vedar o conjunto
(fotos 3, 4 e 5).
3 4 5

46
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

FILTRO DE AR Dicas!

FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave defenda média

DIFICULDADE:

1975, o
AtéÀmodaantiga TEMPOMÉDIO:
25 minutos

do besouro
nacional
ltro deera
“banhado” ar
a óleo... Como filtrocarburador
pelo
atmosfera,
odepróprio
ar evitando
é barrar
nome
e cheguem
aque

poeira
diz,
sujeiras
aao
presente
função
interior
do
na
passem

dos cilindros misturadas com o combustível, o


que pode provocar danos. Nos Fuscas mais anti
gos, o filtro de ar atuava pelo sistema popularmente definido
como “banhado” a óleo. Ou seja, o ar entrava no interior do
filtro e passava pelo óleo presente em seu interior, que desem
penhava o papel de reter quaisquer impurezas e/ou partículas
de poeira. Até por isso, a fábrica chegava a recomendar a
manutenção do filtro e a substituição do óleo diariamente para
o caso dos veículos que trafegavam por estradas de terra – bas
tante comuns no interior do Brasil naqueles primeiros anos de
produção do Fusca por aqui.
Atualmente, esta regra foi afrouxada: “Hoje, para os modelos
que circulam apenas nas cidades, essa troca pode ser esten
dida a cada 5 mila substituição
é recomendada quilômetros, do
mesma ocasião
óleo do emafirma
motor”, que também
o Besourosquecirculamapenas nacidade
engenheiro mecânico Walter Abramides, da oficina paulistana
podemestenderatrocadoóleoacada5mil
Garage Web. Segundo o especialista, sintomas como “engasgos”, km.Emcasosextremos,atrocaédiária!
aumento no consumo de combustível e fumaça preta saindo
pelos escapamentos também são indícios de que é preciso trocar o óleo do filtro de ar.
O sistema de filtro banhado em óleo foi utilizado no motor VW a ar até meados dos anos setenta. O primeiro Fusca nacional
a sair de fábrica com filtro “seco”, dotado de um elemento filtrante de papel (que prorrogou a manutenção para até 20 mil
km), foi o Super Fuscão 1600-S, lançado em 1974, que também marcou a estreia da dupla carburação. A partir de julho de
1975, entretanto, o filtro de ar “seco” foi estendido a toda linha do besouro nacional, inclusive nos motores de 1.300 cm³.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 47
4
Descarte o óleo
sujo como devido
cuidado com o
meio ambiente, e
lave bem o interior
e a tampa de seu
ltro. Esta limpeza
pode ser feita com
querosene ou até
óleo diesel, com
o auxílio de um
pincel. Depois,

1 use água e sabão


Com a mão, retire a mangueira de respiro que liga o para eliminar o
ltro de ar ao motor propriamente dito. resto de gordura
e deixe tudo secar
completamente
antes de seguir
para o próximo
passo.

Com o filtro de ar completamente limpo e seco, complete


o compartimento com óleo até o nível indicado por uma
seta. Jamais exceda o nível ou deixe de completá-lo até o
fim (veja o box Dica do Mecânico). Em geral, o
48
2 filtro de ar leva, em média, 150 ml de óleo.
Comachave defenda, solte oparafusodabraçadeiraque 5
xaoltro de arsobre o carburador. Depois, puxe-ocomas
mãos paraliberá-lo.Atenção, cuidado paranãoviraro ltrodear, pois
issopodeocasionarovazamento do óleopresente em seu interior.

Em uma
superfície
plana, libe
reas pre
silhas que
prendem a
tampa do
ltro de ar
e retire-a
para ter
acesso ao
! O ÓLEO USADO PARA COMPLETAR O NÍVEL
DO FILTRO DE ARÉO MESMO USADO NO
MOTOR BOX DE SEU VOLKSWAGEN. EM
comparti GERAL, O FILTRO DE AR REQUER APENAS 150
mento que ML DE ÓLEO. JAMAIS EXCEDA O LIMITE INDICA
armazenaoóleo. DOOU DEIXE DE COMPLETÁ-LO ATÉ O FIM.

FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Após completar o nível com óleo novo, recoloque a tampa do
filtro e prenda-a com as presilhas. Mais uma vez, cuidado
para não virar o filtro e derramar óleo no transporte da ban
cada de trabalho até o motor do veículo.

7
Posicione o filtro de ar sobre o carburador. Com a chave de
fenda, aperte o parafuso da braçadeira que fixa o conjunto.
Por fim, é importante não esquecer de recolocar a mangueira
de respiro no lugar. Pronto, o motor do seu besouro já pode
“respirar” tranquilo novamente!

DICADOMECÂNICO:ATENÇÃOAONÍVEL
! A tarefa de substituir o óleo do ltro de ar é
bastante simples e pode ser realizada por
qualquer proprietário na garagem de casa. Para
o engenheiro Walter Abramides, deve-se car
atento apenas a alguns detalhes importantes.
Um deles é na hora da limpeza (foto). “É impor
tante não deixar qualquer umidade no interior
do ltro. O ideal é deixá-lo secar ao sol por
alguns minutos antes de completar o óleo”, diz
o especialista, que chama a atenção para outra
dica. “Respeite sempre o nível indicado. Filtro
com pouco óleo não cumpre o papel de ltrar
as impurezas do ar. Já o excesso de óleo pode
provocar vazamentos com o carro em movi
mento, sobretudo em ladeiras”, aponta Abrami
des, que lembra: “Vazamento de óleo em partes
quentes do motor é uma das principais causas
de incêndios...”.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 49


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

FILTRODEPAPEL Dicas!

FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave defenda média

DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
20 minutos

Prazo maior
O elemento

de
troca
20
de papel
para
do km...
ar mil
intervalo
estendeultro
de
até
o Lançado em 1974, o Super Fuscão 1600-Smarcou uma
importante evolução na mecânica do besouro nacio
nal: a substituição da filtragem do ar para o carbura
dor, que era do tipo malha de aço e óleo, pelo filtro
“seco”, com elemento filtrante de papel. A partir de julho
de 1975, a novidade foi estendida para toda a linha Fusca
brasileira, independentemente de cilindrada ou número de carburadores.
Hoje, o elemento filtrante de papel é usado universalmente.
Além de uma manutenção mais simples e limpa, o filtro de ar seco também
prolongou
sistema exigia a troca do
o intervalo de óleo a cada cinco
substituição do elemento filtrante. ou
mil quilômetros; “O até
antigo
antes,
caso o veículo trafegasse por estradas de terra. Já com o filtro de papel, a
Umadicaimportanteélevarofiltro
usadoparaconferirasespecificações
troca pode ser prorrogada para até 20 mil quilômetros”, informa o enge
O especialista
nheiro mecânico alerta,
Walterporém, para ada
Abramides, importância
oficina Garage Web. o filtro de
de manter etamanhosantesdecomprarumnovo
ar sempre em perfeito estado (especialmente para os exemplares que vão passar pela Inspeção Veicular
Ambiental, já adotada em algumas capitais brasileiras). “Filtragem deficiente aumenta o desgaste de ci
lindros, pistões e anéis, prejudicando a vida útil do motor como um todo”, detalha. “E olha que um filtro
novo não custa mais do que R$ 25, sendo a tarefa de substituir o componente bastante simples, podendo
ser realizada por qualquer um na garagem de casa”, aponta o engenheiro.
50 GUIAOFICINAFUSCA&CIA
1
Com a mão, afaste a mangueira de respiro que liga o
ltro de ar ao separador de vapor de óleo.
4
Aproveite a ocasião
da troca para lavar o
suporte do ltro com
água e sabão. Antes
de seguir para o próxi
mo passo, certique
-se de que tudo está
completamente seco.

5
2 Com a chave de fen
da, solte o parafuso
da braçadeira que
fixa o filtro de ar sobre o car
burador. Depois, puxe-o com
as mãos para liberá-lo.

Na sequência, solte a Monte o novo elemento ltrante na posição correta dentro do


porca-borboleta que trava suporte e feche o conjunto rosqueando a porca borboleta.
a tampa do filtro e abra-o
para ter acesso ao elemen
to filtrante de papel. Retire
o elemento antigo que deve
ser substituído.

AVIDAÚTILDO FILTRODE ARÉREDUZIDANO

! CASODOS MODELOS QUETRAFEGAMPOR


ESTRADAS DE TERRA COM FREQUÊNCIA.

GUIA OFICINA FUSCA&CIA 51


Em seguida, posicione o filtro sobre o carburador 7
e fixe-o utilizando a chave de fenda para apertar o
parafuso da braçadeira.

Por m, antes de acionar o motor, não esqueça de reconectar a


6 mangueira do respiro ao ltro de ar. Pronto, seu besouro já está
pronto para enfrentar mais 20 mil quilômetros.

! DICADOMECÂNICO:JATODEAR?
Uma prática bastante comum e largamente oferecida em postos de combustíveis é a limpe
za do elemento ltrante de papel com a promessa de prolongar a vida útil do componente.
É o famoso “jato de ar sob pressão”.
“Essa limpeza até pode ser feita,
sobretudo após trafegar em estradas
de terra. Porém, tudo o que ela fará
será eliminar um pouco da poeira
alojada na superfície do ltro. Em
hipótese nenhuma isso irá prolongar
o intervalo determinado para a troca
do componente”, arma o engenheiro
Walter Abramides, que alerta: “E sem
pre direcione o jato de ar de dentro
para fora. Se for realizado no sentido
contrário, danicará os elementos de
papel responsáveis pela ltragem”.

52 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

Dicas!
RADIADORDEÓLEO

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de boca de 21 mm + chave de boca + chave
“L” de 10mm “L”+ chave especial(torta)de 10
mm pararadiadorVW+ chave estrelade 8mm+
chave combinada de 13mm + chave defenda

engenhosa
A adoção do
Solução DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
1 hora e 30 minutos

radiador de óleo
na resfriamento
e no
foi durabilidade
do motor
fundamental Ele pPorém,
cessário
roprietários
opara o bom
fica escondido
neme,dsaibam
radiador óleo por
etalvez isso,existência.
édeextremamente
sua
funcionamento muitos

ne
do motor
Volkswagen boxer refrigerado a ar. O componente foi sabiamen
te adotado por Ferdinand Porsche, uma vez que o
motor do Fusca na traseira acaba não recebendo
ar direto para ajudar no arrefecimento. “Como o cárter do motor
Volkswagen leva apenas 2,5 litros de óleo, o radiador acabou sen
do a melhor solução para resfriar o lubrificante e, por conseguinte,
o próprio motor, mesmo em situações extremas, o que corroborou
para a fama de robustez adquirida pelo modelo”, atesta o enge
nheiro mecânico Walter Abramides, da oficina Garage Web.
Segundo o especialista, entretanto, é preciso ficar atento a qual
quer suspeita de perda de eficiência do radiador ou vazamento
de óleo, geralmente ocasionado pelo desgaste dos dois anéis de
borracha sintética sobre os quais o componente é fixado no motor.
“A perda de óleo significa também perda de pressão do lubrifi
cante, o que pode gerar diversos males aos componentes internos
do motor. Por isso, ao menor indício de vazamento, é necessário
verificar o estado e, se for o caso, substituir os anéis de
vedação”, recomenda Abramides. “Como o radiador
ficaocultonointeriordacarenagemdaventoinha,dáumpoucodetrabalhoacessá-lo.Masnãoétãodifícil Oradiadordeóleoficaocultonointeriorda
carenagemdaventoinhadomotorBoxer,masdeveserexaminadocomcertafrequência
quanto parece”, afirma o profissional, que ensina o
serviço completo no passo a passo a seguir.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 53
É preciso também
4
soltar a correia. Para
ANTES DE INICIARO SERVIÇO, CERTIFIQUE-SE

! DE QUEO MOTORESTEJADESLIGADO!
isso, use uma chave
de 21 mm para
afrouxar a porca da
polia do gerador (a
menor, ou a de cima).
Use uma chave de
fenda para travar a
polia, atuando como
alavanca para facilitar
o serviço. Não é
necessário retirar a
retirada
polia,
apertoapenas aliviar
paradafacilitara
correia.o

Na sequência, use
5 a chave de 13
mm para soltar a
forte braçadeira do
1 Comece o serviço retirando a mangueira do suporte que prende
respiro do óleo. o gerador (dínamo
ou alternador).

Como o cabo do acelerador atravessa a carena


gem da ventoinha, é preciso liberá-lo com uma
chave defenda. Em seguida, retire também o
6 conduíte do cabo do acelerador.

54
2 Em seguida, use a chave de fenda para afrouxar a braça-
deira e liberar a retirada do ltro de ar sobre o radiador.

3 Removidostodos os
obstáculos, use a
chave de 10 mm para
Desligue ainda soltar os dois parafusos
a bobina e reti laterais que prendem a
re o cabo que carenagem da ventoinha
a conecta ao pela base. Mais uma
distribuidor. vez, não é preciso tirar
os parafusos, apenas
afrouxá-los.
7
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
8 Pronto, já
é possível
sacar a
carenagem
da ventoinha
e ter acesso
ao radiador
de óleo, que
ca do lado
esquerdo
olhando-se
para o motor.

Dependendo do ano do besou


9 ro,o radiador é xado sobre
uma base ou diretamente na
carcaçado motor. De qualquer
maneira, para soltá-lo, é
preciso retirar as três porcas
dexação. Uma delas é facil
mente retirada com uma chave
de 10 mm. As outras duas,
que cam de ponta-cabeça,
requerem uma chave especial
(torta), também de 10 mm.

Pronto,
11
a devidajáremover
radiador
possível érealizaro
emanuten- Remonte tudo,
10 ordem
seguindo
inversa da
desmontagem.
a
AGRADECIMENTO
Garage
Web
Rua Dr. Elias Chaves,
ção (veja box).
160, Santa Cecília,
São Paulo - SP
Tel.: (11) 3222-1424

! DICADOMECÂNICO:ANALISANDOORADIADOR 1 2
Segundo Walter Abramides, o primeiro item a ser veri
cado no radiador de óleo do Fusca é o estado dos dois anéis
de borracha sintética que cam na base do componente e têm a
função de garantir a perfeita vedação (fotos 1 e 2) do lubricante.
“A recomendação é sempre substituí-los ao vericar o radiador de
óleo, já que o custo é irrisório”, defende o especialista. Outro de
talhe é o deslocamento ou mesmo a ausência da telinha existente
na lateralnão
a telinha direita do radiador
chega (foto 3).a “Mesmo
a comprometer eciênciasolta ou faltando,
do radiador. Mas 3
gera aquele ‘assobio’ agudo característico de alguns motores,
razão pela qual muitos proprietários, sobretudo jovens, retiravam
-na propositadamente nos anos 70”, detalha o prossional. Por m,
Abramides recomenda que se aproveite a retirada do radiador para
lavá-lo bem com um solvente (querosene, por exemplo). “É normal
muita poeira acumular no radiador, reduzindo sua eciência.”

GUIA OFICINA FUSCA&CIA 55


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

FREIODIANTEIROATAMBOR Dicas!
FERRAMENTANECESSÁRIA
duas chaves de 27 mm + alicate + chave
defenda + martelo pequeno + talhadeira
“cega” (sem corte)

DIFICULDADE:

Fique atento TEMPOMÉDIO:


30 minutos por roda
O tambor dianteiro
possui duas
molas de retorno
com espessuras
Nas duas últimas edições de Fusca & Cia,
você conferiu como substituir e regular as
lonas do freio traseiro e também o ponto
distintas exato do freio de estacionamento. Agora,
dando continuidade ao tema, abordamos o passo a passo da verifi
cação, troca e regulagem das lonas do freio dianteiro a tambor. “É
recomendávelregular o freio a cada 5 mil quilômetros”, observa o
engenheiro mecânico Walter Abramides, proprietário da oficina
paulistana Garage Web. “Na mesma ocasião, também é bom checar
o desgaste das lonas, que pode ser verificado por meio da altura dos
rebites presentes em cada peça. Em geral, a substituição acontece
entre 15 mil e 20 mil quilômetros, variando de acordo com a maneira
de cada motorista guiar e também do tipo de solo em que o carro
trafega”, aponta o especialista, que afirma que o serviço é simples,
podendo ser efetuado por qualquer pessoa na garagem de casa, seja
para modelos com rodas de cinco (utilizado nesta reportagem) ou de
quatro parafusos.
“Emboraas peçastenhamformatosdiferentese não sejam
intercambiáveisdeuma rodaparaa outra,ateoriaé a mesmanahorade
executaro serviço”,garante.Outro ponto importanteé que atrocadas
lonasvelhasporcomponentesnovosdeveobrigatoriamenteserrealizada
nas quatrorodas na mesmaocasião.“Issoporqueo desgasteé
do
praticamenteigualemtodas as rodas,já queo cilindro-mestre
freiodo Fusca distribuipressãoidênticaparaa dianteirae Aalturadorebiteindicaodesgastedas
aatraseira,alémde
maioriados carros
o Fuscaterfrenagemmais
devidoao peso do motornatraseira”,
uniformeque
lonas.échegadaahorade
profundos, Quando os orifíciosestãomuito
substituí-las
detalhaAbramides,queensinao passoa passoa seguir.
56GUIAOFICINAFUSCA&CIA
EMBORA TENHAM PEÇAS DISTINTAS, A TEORIA É A MESMA 4
! PARA RODAS DE QUATRO OU DE CINCO PARAFUSOS.

Como veículo
1 ainda no chão,
Ainda como mar
em superfície telo e atalhadeira,
desdobre a chapa
completamente
metálica que fun
plana, e ofreio
ciona como trava
de mão acio
dasporcas.
nado, retire a
calota. Em se
guida, afrouxe
os parafusos, Com o auxílio
para, só então,
5 das duas cha
ergueroveículo ves de boca 27
e retirar a roda. mm, imobilize
a porca interna
enquanto a
contraporca
externa é solta
e retirada.

Na sequência, retire a chapa-travametálica como auxílio


2 No caso específico de uma chave defenda.

da roda do lado do
motorista, é preciso retirar
6
(com o auxílio de um alica
te) o pequeno contrapino
que atua como trava do
cabo do velocímetro.

3
Em seguida,
com o auxílio de
uma talhadeira
Com uma das
sem corte e um
chaves de
martelo peque
boca 27 mm,
no, remova com
retire, então, a
leves pancadas a
segunda porca
calotinha que dá
do rolamento
acesso às porcas
docubo.
do rolamento do
cubo. 7
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 57
um
8
Com a
mão, puxe
10 Com alicate,libereas duas
molas de retorno das sapatas. É
para fora o importante observar que uma mola é
rolamento mais na que a outra e tomar cuida
encaixado do para não inverteras posições. A
no centro mais na vai sempre ao lado das ro
do cubo. das dentadas das sapatas, enquanto
a mola mais grossaé xada ao lado
do cilindro (sempre voltado para o
interior do veículo).

Ainda com o alicate, solte as


molas de xação (prisioneiros)
11
presentes em cada sapata.
9 Para isso, basta pressioná-las
para trás ao mesmo tempo
que se gira ½ volta.

12 Pronto, já é possívelretiraras
sapatas gastas e substituí-las por
componentes novos. Feito isso,
repitatodo o processo de maneira
inversa, observando com atenção
Em seguida, remova otamborfreio (se estiver muito preso, utilize o as regulagens indicadas no box
Dicado Mecânico.
auxílio do martelo).

! DICADOMECÂNICO:REGULAGENSFINAIS
Após substituir as sapatas das lonas do tambordianteiro, é preciso car atento a duas regulagens importantes. A primeira
dá-se no momento do aperto da porca internadorolamento do cubo (foto1). “O segredo é apertá-lasomente até que ela
encoste no nal da rosca; depois, retorne 1/3 de volta para livrar todo o conjunto”, ensina Walter Abramides.Feito isso, veriquese o
movimento do tambor não está comprometido, girando-o com a mão (foto2). Depois demontado todo o conjunto, é chegada a hora
de regular o freio (serviço que deve ser repetido a cada 5 mil quilômetros). A regulagem é feita com o auxílio de uma chave defenda,
utilizada para mover as rodas dentadas, cujo acesso se dá por um orifício especíco presente no próprio tambor (foto 3). Gire a engre
nagem superior para a direita até o nal, travando o movimento do tambor. Depois, retorne dois dentes para liberar o movimento do
conjunto (esse é o acerto ideal). Repita o processo na roda dentada da sapata inferior.

1 2 3

58
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

TROCADAS Dicas!

PASTILHAS
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
martelo + pino + chave de
fenda média

DIFICULDADE:

Fique de olho!
Asdevem
pastilhas
cada
trocadas 5 ser
entre
mil
quilômetros
avericadas e TEMPO MÉDIO:
15 minutos por roda

Desde o lançamento do Fuscão, em


julho de 1970, o besouro nacional
passou a contar com um importante
componente de segurança: freio a
15 e 20 mil km disco nas rodas dianteiras. Primeiro, era op
cional; logo depois, tornou-se item de série
das versões dotadas de motorização 1600 – inclusive toda a
série “Itamar”. “Além de mais eficiente que o sistema atam
bor, as pastilhas de freio também são mais fáceis de serem
substituídas quando gastas”, observa o engenheiro Walter
Abramides, proprietário da oficina paulistana Garage Web.
“O trabalho leva, em média, 30 minutos e pode ser realizado
pelo proprietário na garagem de casa”, afirma o especialista.
Trabalho que pode significar uma boa economia, já que um
jogo com quatro pastilhas para o Fusca custa, aproximada
mente, R$ 15 no mercado de autopeças. Nas oficinas, com a
mão de obra incluída, esse valor pode chegar a R$ 60. “Mas
é preciso ficar atento”, salienta Walter. “Como envolve um
mecanismo de segurança do automóvel, é preciso ter cer
teza de que o trabalho foi executado corretamente. Apesar
de ser um serviço simples, já vi erros grosseiros como a
montagem das pastilhas do lado contrário”, alerta o especia
lista, que indica a marca de 5 mil km para a verificação e
de “O desgaste
10 mil km
pastilhas. a 15 mil km
varia de acordo
para possívelcom o estilo de
substituição das Acima,comparativodeumapastilhagasta
guiar e o tipo de terreno em que o veículo trafega”, aponta comoutranova.Ocomponenteéomesmo
o engenheiro, que ensina o passo a passo a seguir. doFuscãoatéasunidadesdasérie“Itamar”
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 59
4
Na sequência,
retire com a
mão os pinos de
para
mola de(cuidado
trava
não perdera
pressão

em formato de
1os cruz, que pode
Em
parafusos e ter oafrouxeos
poissuperfície
acionado,
erga veículo
acesso aocom
totalmente
disco de freio.
oplana
macaco
parafusos Como
edacom o dianteira
para,
roda freio de mão
esoltar
sósegurança
então, de- pular para fora na
retirada dos pinos
de trava).

extra, jamais cone totalmente no macaco. O ideal é calçar bem Caso amola em de cruznão tenha
3
(com a própria roda, madeira ou pedra) o veículo levantado. depressão formato
saído sozinha, retire-a com as mãos. Essamola ca
atrás dos pinos e tem como função dar pressão e tra
Com o auxílio da chave
defenda, faça uma
5 vartodo o conjunto quando montado, evitando ruídos.

alavanca para retornar


o pistão da pinça (de
pois repita a operação
na pastilha ao lado).
O retorno do pistão é
necessário para que
a pastilha não esteja
pressionada na hora
de ser retirada. Isso
60
2 porque, conforme o
desgaste do conjunto, o próprio cilindro-mestre do freio
pressiona os êmbolos da pinça para que as pastilhas
estejam sempre na distância correta (quase encostadas) em re
lação ao disco. Na dúvida, veja o sétimo passo desta sequência.
Pronto, agora
você já pode
retirar as pasti
lhas gastas.

Use o martelo e
o pino para fazer
correr para fora
do “trilho” os dois
(de cima e de bai
xo) pinos de trava
das pastilhas.

APÓSENCERRARATROCADASPASTILHAS, JAMAIS SE

! ESQUEÇADE BOMBEAROPEDALDO FREIO ATÉSENTIRA


PRESSÃO DEVIDA. FAÇA ISSO ANTES DELIGARO CARRO!

GUIAOFICINAFUSCA&CIA
7 8
Após retirar as
pastilhas usadas,
Coloque as novas pastilhas
use novamente a
chave defenda de freio em seus devidos
como alavanca e lugares. Muita atenção à po
certique-se de que sição correta das pastilhas
o pistão foi total em relação ao disco. Não é
preciso nenhuma regulagem
mente retornado.
da pastilha, pois a tarefa é
Ao fazer isso, verique se há um pouco de espaço no
reservatório do uido de freio, pois o retorno do pistão feita automaticamente pelo
tende a retornar um pouco de uido para o reservatório, cilindro-mestre quando o
que muitas vezes é inadvertidamente completado em freio é acionado.
postosdecombustível.
Repita o processo de forma inversa para
montar
9
pinos,oque
posicionarconjunto,
a mola denão
travam sozinhos
pressão
esquecendo
ao
atrás dos
de
serem

colocados como martelo. Antes de sair


com o carro, é preciso ainda bombear o
pedal do freio até que ele ofereça resis
tência – ou seja, até que ele dê freio,
sinal de que as pastilhas encostaram
no disco.

! DICADO MECÂNICO: POSSÍVEIS PROBLEMAS AGRADECIMENTO


Garage Web
Rua Dr. Elias Chaves,
160, Santa Cecília, São
Ao verificar o estado das pastilhas de freio a cada 5 mil quilômetros,
Paulo - SP
é possível perceber um desgaste desuniforme entre uma roda e outra. Tel.: (11) 3222-1424
A situação sugere falta de equilíbrio, apontando que o carro está frean
do mais de um lado do que do outro. “Normalmente, sintomas como esse
indicam problemas de natureza hidráulica”, aponta Walter Abramides. “Pode
estar ocorrendo duas situações opostas: no primeiro cenário, a pinça é pouco ou nada
acionada e a pastilha daquela roda simplesmente não gasta; numa outra situação, o
mecanismo pode estar engripado, fazendo que a pastilha não retorne do contato com o
disco e apresente desgaste acelerado”, ensina o especialista. “Seja qual for o problema,
o proprietário deve levar imediatamente o veículo até uma oficina de confiança, pois o
reparo requer um trabalho mais minucioso de um profissional.”
Outra dica do especialista é sobre o DOT do fluido de freio. “O Fusca deve sempre usar
DOT-3”, afirma Walter. “Ao contrário do que muita gente imagina, um fluido DOT-5 não
melhora o desempenho e ainda pode gerar problemas hidráulicos.”

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 61


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

LONATRASEIRA Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave tipo soquete de 36 mm + alicate +
chave defenda + martelo pequeno

importante
Detalhe DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
A operação a 25 minutos por roda
seguir é válida
rodas
modelos
apenas com
de cinco
parafusos,
para Você para numa rua íngreme, puxa o freio
de mão e, mesmo assim, o besouro insiste
em sair da inércia? Aproxima-se de um
semáforo e o pé tem de ir cada vez mais
fundo no freio até o carro parar, exigindo “bom
utilizadas no
bear” o pedal? Se as respostas forem positivas,
Fusca até 1974
talvez tenha chegado a hora de substituir as
lonas do sistema de freio do seu besouro. Este sistema do Fusca
requer regulagem periódica (veja como no box Dica do Mecâ
nico) e checagem completa a cada 5 mil quilômetros. “Neste
momento, é necessário verificar a profundidade dos rebites
em relação à lona. Se o orifício do rebite já quase não existir,
então é preciso trocar as lonas velhas por componentes novos”,
explica Walter Abramides, engenheiro mecânico e proprietário
da oficina Garage Web. “Um trabalho rápido e simples, que
pode ser facilmente realizado pelo proprietário do veículo na
garagem de casa”, salienta o especialista. Em média, o par de lo
nas traseiras para besouros com rodas de cinco furos (modelos
1200 e 1300, fabricados até 1974) custa R$ 17. Ou seja, trocando
as lonas em casa, o proprietário gastará, em média, R$ 40 em
peças. Uma boa maneira de economizar, já que algu
mas oficinas
viço apenas naschegam
rodasatraseiras. R$ lembrar
cobrar atéVale 180 peloque
ser- a lonaéoparâmetroparaavaliarodesgaste.
Aalturadoorifíciodorebiteemrelaçãoà
operação nas rodas dianteiras é diferente, pois requer
ajuste da folga dos rolamentos cônicos na montagem, Estatarefadeveserfeitaacada5milkm
assunto que será visto numa futura edição.
62GUIAOFICINA FUSCA&CIA
APÓS TROCAR AS LONAS TRASEIRAS, É HORA DE REGULAR 4
! O FREIO DE MÃO.

Com o auxílio de
um macaco, erga
a roda do chão e
solte com a mão a
porca do cubo que
já foi afrouxada.

Libere o freio de
5 mão e retire o
tambor (não é
preciso soltá-lo
da roda).

1 Como veículo ainda no chão, em superfície completamente


plana, e ofreio de mão acionado, retire a calota daroda.

Com o auxilio de um alicate, solte a mola de retorno


inferior das sapatas de freio.

2 Em seguida, remova a cupilha (trava da porca do cubo


da roda, também chamada de contrapino), colocando as
pontas retas e puxando-a com o auxílio de um alicate.

3
Na sequência,
repita a ope
Com a chave tipo ração com a
soquete de 36 mola superior.
mm, afrouxe a
porca docubo da
rodatraseira.

7
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 63
8
Ainda com o
alicate, solte
11
as molas
da
-a
volta
para
Para para
degire-a trás
fazê-lo,
liberá-la.
trava
pressione-
e sapata.
½ Para colocar as novas
sapatas com as lonas
de freio, executetoda
a operação de maneira
invertida. Nunca esqueça
de xar o cabo do freio de
mão a uma das sapatas
do freio traseiras.

Após xaras duas sapatas,


é possível que otambornão
consiga“vestir”novamente
o conjunto (as lonas novas
podem car muito altas).
Para aproximar um patim do
outro, use a chave defenda
para retornara regulagem do
patim, o que é feito girando as
rodas dentadas existentes.
12
Coloque de volta o conjun
13 to tambor-roda depois de
9 Pronto, já é possível retirar as sapatas.
limpá-lo com querosene e
secá-lo bem e aperte a porca
do cubo com o auxílio da cha
vesoquete de 36 mm. Depois,
não esqueça de colocaruma
cupilhanova com o auxílio de
um martelo pequeno.

Como
pontas dadobre
alicate, as duas
cupilhasobre
14
lateral da porca paratravá-la.
Depois, é só encaixara calota
e repetira operação na outra
10 Observação: no casodasrodastraseiras, uma das sapatas
rodatraseira. A operação de
substituição das lonas defreio
também estará presaaocabo de acionamentodofreio de mão. das rodas dianteirasé assunto
uma
para outra edição...

! DICADOMECÂNICO:REGULANDOOFREIO
Conforme a lona de freio vai se desgastando, é recomendado fazer ajus
tes para manter a eciência de frenagem diante da nova situação, o que é bastante
simples. Basta soltar as calotas e girar as rodas dentadas de ajuste das sapatas
(como visto no 12º passo). O serviço pode ser feito com o auxilio de uma chave de
fenda. E não há necessidade de soltar a roda ou o tambor. As engrenagens de ajuste
podem ser acessadas por meio de orifício presente no próprio tambor (foto).

64GUIAOFICINAFUSCA&CIA
FREIODEMÃO
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

Dicas!
llo
e
V
az
mo
T:
ot
oF

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
duas chaves de 10 mm +
chave de fenda

DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
10 minutos.

freio
serde
Item de
emergência,
pode
para
segurança
frear
Em o carro
usado
caso
mão de
o Você de mão,
puxatambém
alavanca
chamado do
a
defreio

freio
de estacionamento, mas
o carro continua solto.
Quem nunca viveu essa
cena? Ou sofreu com um freio de mão
ineficiente na hora de arrancar numa
ladeira íngreme? De tão corriqueiro, o
problema é quase sempre ignorado, sen
do solucionado apenas nas ocasiões em
que o besouro “visita” uma oficina devido
a assuntos mais sérios. “E olha que não
há motivos para sofrer com freio de mão
desregulado. Na verdade, deixá-lo sempre
em
e rápida,
ordemque
é uma
qualquer
tarefaum pode fazer
bastante na
simples

garagem da própria casa”, afirma Wal


ter Abramides, engenheiro mecânico e
proprietário da oficina paulistana Garage
Web. destaca ainda
que O profissional
especiais, de obra Aregulagemdofreiodeestacionamentoésimples
o serviço
tampouco
não exige
mãoferramentas enãoexigeferramentaselaboradas,podendoser
especializada, como mostramos no
passo a passo a seguir. realizadanagaragemdecasaeempoucosminutos
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 65
Abaixe toda a alavanca e puxe-a devagar,
1 contando quantos dentes (barulhos de
“tec”) possui a regulagem atual. O ideal é que
haja, no máximo, quatro dentes (“tecs”). No caso
do carro usado para as fotos desta reportagem, por exemplo,
contamos nove dentes, o que mostra que o freio de mão estava
bastante desregulado.

Com o freio de mão acionado, retire o acabamento de


borracha fixado na base da alavanca para ter acesso às
duas pontas roscadas, que são as extremidades dos próprios
cabos que regulam o sistema. Se a capa estiver muito presa,
use como auxílio a chave defenda.

Para regular corretamente o freio de mão, use a chave de 10 mm


para liberar (poucacoisa) a rosca de baixo de ambas as pontas
roscadas. Em seguida, puxe a alavanca apenas até o quarto dente.

2 Use uma das chaves de 10 mm para segurar a porca


de baixo, enquanto a outra chave de 10 mm é usada
para soltar a porca de cima da ponta roscada. Repita o
processo na outra ponta roscada.

SOMENTEEM ANTES

! ATENÇÃO: FAÇA ESTESERVIÇO SUPERFÍCIEPLANA E COM O CARRO DESLIGADO.


DE SAIR, CONVÉM TESTARO FREIO DE ESTACIONAMENTONUMA LADEIRA NÃO MUITO ÍNGREME.

66 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Para que a alavanca nesta posição corresponda ao freio de
mão totalmente acionado, aperte ambas as porcas de baixo
das pontas roscadas com a chave de 10 mm até encostarem.
Depois, trave a regulagem, apertando a porca de baixo contra
a de cima, em cada ponta roscada.

Concluído o serviço, é precisovericar sua ecácia de duas ma


neiras. Primeiro, acione o freio até o último dente, que deve ser o
quarto (quatro “tecs”), e certique-se de que o carro realmente não
sai do lugar. Depois, baixe a alavanca do freio de estacionamento
para verse o automóvel semove como freio totalmente solto (se
não está preso). Se qualquer uma dessas operações apresentar
falhas, será preciso repetirtodo o processo de regulagem. Se tudo
estiver certo, bastarecolocaro acabamento de borracha que cobre
as pontas roscadas e porcas e curtir seubesouro.

! Em teoria, o freio de mão,


na verdade, um freio de es
tacionamento, é destinado
DICADOMECÂNICO:MUITOMAISDOQUEESTACIONAR
apenas a manter o veículo imobili
zado na ausência do motorista ou
utilizado para auxiliar arrancada
em ladeiras muito íngremes. “Mas
ele também pode e deve ser usado
em emergências, no caso de falha
do freio de serviço”, alerta o enge
nheiro mecânico Walter Abramides,
da oficina Garage Web, dando mais
um motivo para sempre manter
o freio de mão bem-regulado. O
especialista destaca ainda que a
impossibilidade de regulagem é si
nal de que as lonas traseiras (foto)
já se encontram no fim de suas
vidas úteis. “Neste caso, é preciso
substituí-las antes de regular o
freio de estacionamento”, diz.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 67


Texto: Roberto Marks Fotos: Saulo Mazzoni

DOCHÃONÃOPASSA!

Fusca “REBAIXADO” é sinônimo de ESPORTIVIDADE e TAMBÉM DE


OTIMIZAÇÃO da dirigibilidade e estabilidade. ESTE PROCESSO
EVOLUIU bastante NOS ÚLTIMOS ANOS.
Rebaixar a suspensão
do Fusca é uma
prática antiga –
afeta diretamente o con
forto de rodagem. Porém,
para quem sempre desejou
realizada desde os um Fusca “irado”, com
anos 50 –, com o objetivo foco no desempenho, o
de otimizar a dinâmica do rebaixamento é uma ação
besouro no que se refere basicamente obrigatória
à dirigibilidade e estabili para reduzir a característi
dade em velocidades mais ca oscilação do sistema de
elevadas e, de quebra, confortável de um ao
te desenvolvidovisando
suspensãoporbarrasdetorção,quefoioriginalmen-
rodar Orebaixamentodasuspensãoreduzacaracterísticaoscilaçãodosistemade
também proporcionar um
visual mais esportivo. Em
contrapartida, esta redu suspensãoporbarrasdetorção
ção no curso da suspensão típico sedã familiar.
68
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
O rebaixamento pode modificação no Fusca.,mas
ser feito de maneira bem tambémoutras exigências
simples e relativamente que partem dos proprietários
prática, bastando alterar a de besourospertencentes
posição de montagem dos às mais diversas “tribos”,
feixes de lâminas dentro conformeexplica Alexandre
dos dois tubos do corpo do Caretta, especialista no as
eixo dianteiro e, ao mesmo sunto e que adotou o apelido
tempo, mudando o ângulo de “Katraka”, com o qual
de montagem, na estria, dos tambémbatizou sua oficina
facões que ligam as mangas de serviços de alinhamento e
de eixo traseiras às barras balanceamentoem veículos,
de torção. Para facilitar onde dedica espaço especial
a alteração na suspensão para o Fusca e seus deriva
dianteira, popularizou-se na dos: “Nós aqui atendemos a
década de 1960 a adaptação modelos de todas as marcas,
do dispositivo denominado mas somos especialistas no

Apopularcatracaéfixadaexternamente,nocorpodoeixo,parafacilitararegulagem

catraca, um semicírculo desenvolvimento de soluções marca registrada desta peça peça ou R$250, se instalada
dentado que, fixado por especiais para a suspensão que comercializa e faz a aqui”, detalha Alexandre.
solda na parte externa dos do Fusca e seus derivados adaptação na sua oficina, ele Para quem pretende fa
tubos, possibilita alterar com motorrefrigeradoa ar”, também distribui e instala a zer essa adaptação, mas
a posição dos feixes de lâmi detalhao mecânico. “Nossa manga de eixo dianteira des quer manter o conforto de
nas em relação ao corpo do propostavai desde a simples centrada, que é importada, rodagem, o especialista
eixo sem precisar desmon instalação da catraca atéo es além de fazer o estreitamen recomenda a instalação das
tar as mangas e os braços treitamento radical do corpo to do corpo do eixo dianteiro, mangas de eixo dianteiras
arrastados da suspensão. do eixo dianteiro para os be bem como fornecer facões descentradas: “Estas mangas
souros adaptados à tendência especiais para a suspensão têm o rolamento da ponta
ASDICAS DO “KATRAKA” Old School.” traseira. “A Katraka, que de eixo deslocado cerca de 5
Atualmente, tem aumentado Além da popular “Katraka”, possibilita reduzir a altura da centímetros para cima. Desta
a procurade interessados que, como faz questão de suspensão dianteira em até forma, elas funcionam da
em fazernão só este tipo de ressaltar Alexandre, virou 9 centímetros, custa R$ 90 a maneira correta,já que dei
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 69
ângulodefixaçãodofacãonasestriasdasbarras
Natraseira,orebaixamentoéfeitoalterandoo

xam o pivôlivre e garantem polegadas, montadas com


rodar mais confortável.” pneus de perfil superbaixo,
Fabricadas na China, as nós encurtamos os tubos em
mangas de eixo descentra até 3,5 centímetros de cada Rodado moderno
lado”, detalha o especialista. Atualmente, já é possível
das são distribuídas com
montar rodas com aro de até
exclusividade em todo 20 polegadas nos Fuscas
o mundo pela empresa VISUAL RADICAL
americana Empi(European Alexandre explica que rodas
Motor Products, Inc.), que, com aro de até 18 polegadas
desde a década de 1950, se e pneus de perfil baixo “ro
especializou na linha VW dam tranquilo” com as mo
a ar. O par destas mangas dificações descritas acima.
custa, na Katraka, R$ 550, Porém, para quem deseja
sendo cobrado mais R$ 150 colocar aro maior, é preciso
para o serviço de montagem analisar detalhadamente o
no carro. Essa adaptação off-set da roda. Mas Katraka
também é recomendada também se especializou no
pelo especialista para quem serviço de encurtamento
deseja equipar o besouro radical do corpo do eixo
com rodas de maior diâme dianteiro para atender a pe
tro, seguindo uma tendência didos dos fãs da tendência
bem atual. Mas, neste caso, “Old School”, que gostam
Alexandre também indica do carro “socado” no chão,
encurtar ligeiramente a conforme explica: “Neste
bitola do corpo do eixo que caso, nós encurtamos os
acomoda os feixes de lâmi tubos do corpo e os feixes
nas da suspensão dianteira. de molas em até 12 centíme
“Para rodas com aro de tros de cada lado, além de
até 17 polegadas, basta um retirarmos a torre e o pino
encurtamento de 2 centíme inferior de fixação do amor
tros de cada lado. Para rodas tecedor, que não é utilizado
maiores, com aro de até 20 na dianteira dos Fuscas

PARA RODAR COM CONFORTO


E
SEGURANÇA, É RECOMENDÁVEL

! INSTALAR MANGAS DE EIXO


DIANTEIRAS DESCENTRADAS.

70 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
O ESPECIALISTA RECOMENDA MANTER A

! CAMBAGEM DAS RODAS ENTRE 0,5 E 1,5


GRAU NEGATIVO PARA RODAR SEGURO.

que seguem esta tendência, é de R$ 495. Outro trabalho


geralmente fabricados antes realizado pela oficina é o
de 1970”. recorte na parte superior do
O serviço de encurtamento facão para possibilitar um
dos tubos e feixes de mola, curso maior, sem raspar no
mesmo para as versões Old suporte, que possibilita cam
School, que só pode ser fei bagem traseira negativa de
to na suspensão antiga com até 5 graus. O serviço custa
pino-mestre, custa R$ 300, R$ 200 para o par, mais Recorte no facão
sendo cobrado mais R$ 60 R$ 60 pela montagem. O recorte no facão possibilita aumentar o ângulo
Apesar das propostas de cambagem sem prejudicar seu curso...
pelo serviço de montagem
na oficina. Katraka também radicais que desenvolveu
desenvolveu a adaptação em sua oficina, Katraka diz
de facão duplo para instalar que não se deve abusar na
na suspensão traseira de radicalização. “Costumo
besouros de elevado de recomendar aos clientes
sempenho. “Nós soldamos manter a cambagem das
dois facões paralelos, o que rodas de 0,5 a, no máximo,
garante maior rigidez, prin 1,5 grau negativo, para
cipalmente em arrancadas rodar com segurança e
para os Fuscas equipados confortavelmente, além de
com motor de elevada po também preservar a inte
tência”, detalha o especia gridade do carro”, finaliza
lista. O custo deste serviço Alexandre.

recortadosproporcionammaiorconfortonorodar
Mangasdeeixodescentradasefacões

Manga de eixo descentrada


No detalhe, pode-se notar a diferença entre
a manga original (à esq.) e a descentrada

GUIAOFICINA FUSCA & CIA 71


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

TROCADOS Dicas!
AMORTECEDORES
Carroceria
rme no
asfalto
éda papel doos
amortecedor
O
controlar
movimentos
suspensão FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave de 17 mm + chave de 19 mm

DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
2 horas

Você passa por um buraco e seu besouro imediatamente inicia movi


mentos repetitivos de sobe-e-desce como se fosse um velho colchão de
molas? Qualquer movimento brusco no volante e lá se vai a estabilidade
do veículo, tornando inútil qualquer tentativa de correção? Se a resposta
for sim para qualquer uma das perguntas, é bem provável que tenha chegado a
hora de trocar os amortecedores de seu Fusca. “Ao fazer uma curva acentuada,
todo o peso do carro é apoiado nas rodas opostas; ou seja, externas à direção
em que se movimenta o volante. O papel do amortecedor é controlar os movi
mentos da suspensão e, consequentemente, de todo o veículo neste momento,
garantindo estabilidade e cessando a oscilação das molas, cuja amplitude tende
a ser sempre crescente”, explica o engenheiro mecânico e proprietário da ofici
na Garage Web, Walter Abramides. “Por isso mesmo, qualquer carro sem amor
tecedor que funcione bem torna-se virtualmente incontrolável”, complementa.
Os fabricantes recomendam examinar as condições dos amortecedores após 40
mil quilômetros de uso, mas o desgaste pode variar de acordo com a maneira
de guiar e do tipo de terreno em que se trafega. “Como seu funcionamento é hi
dráulico, também é necessário verificar possíveis vazamentos de óleo”, lembra
Abramides, que alerta: “Ainda que apenas um amortecedor esteja com proble
ma, é recomendável fazer a troca dos quatro componentes. Se não for possível,
faça, no mínimo, a substituição do par dianteiro outraseiro”. Em média, o jogo
com dois amortecedores para o Fusca custa cerca de R$ 150, mas as oficinas
chegam a cobrar até R$ 180 pela mão de obra, já quedeo
serviço,apesar desimples,
trabalho.Ouseja, aprenderrequerquaseduashoras
opassoapassoaseguir é modeloscomsuspensãodepivô(Fuscãoem
Oamortecedordianteiroédiferentenos
uma boa maneira de economizar... diante).Otraseiroéigualatéasérie“Itamar”
72 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
! JAMAIS TROQUE OS AMORTECEDORES EM SUPERFÍCIE
ÍNGREME E VERIFIQUE SE AS RODAS ESTÃO TRAVADAS.

Posicione o
novo amor-
tecedor,
encaixando
olhal inferioro

ao elemento
de rosca xo.

Com o auxílio da chave de 17 mm, prenda a porca


Retire a roda dianteira para ter acesso ao amortecedor.
1 Feito isso, solte o parafuso do olhal superior do amorte
do olhal inferior e o parafuso do olhal inferior. Pronto,
agora repita o processo na outra roda dianteira.
cedor com o auxílio da chave de 17 mm.
5

2 Em seguida, use a mesma chave para soltar a porca que


xa o olhal inferior, localizada“nas costas” do amortecedor.
Retire a roda traseira
Retire o amortecedor parateracesso ao
antigo, puxando-o amortecedor. Feito
levemente para o lado isso, use a chave de
de dentro do veículo 19 mm para segurar
(em direção ao porta a porca do lado
-malas), já que o ele externo e a chave de
mento de rosca que 17mm para soltar
prende a porca do o parafuso do lado
olhal inferior é xo na interno(voltado para
3 área atrás do tambor/ o motor) do olhal
disco dianteiro. 6 superior.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 73


Retire a porca e a arruela e depois utilize o orifício existente na
carroceria para retirar o parafuso e liberar o olhal superior.
9
7 Retire o amor
tecedor traseiro
usado e posi
cione onovo
componente,
iniciando sua
xação pelo
olhal superior.

Use o orifício da carroceria para inserir o parafuso no olhal superior.


Depois, coloque manualmente arruela e porca e dê o aperto com
a chave de 17 mm (enquanto segura a porcacomachave de 19
mm). Repita esse processo no olhal inferiore também no outro
Repita o amortecedor traseiro. Pronto, seu VW já está pronto para rodar.
processo dopa
rafuso superior
no olhal inferior,
10
utilizando as
chaves de 19
mm e 17 mm.

! DICADOMECÂNICO:VERIFIQUE OSBATENTES...
Retirar as rodas para realizar a troca dos amortecedores é também uma ótima oportunidade para vericar o estado
dos batentes dianteiros (foto 1) e traseiros (foto 2) da suspensão. “Se as peças de borracha, responsáveis por limitar o
curso da suspensão, estiveram danicadas (como as mostradas nas fotos), é preciso substituí-las”, avisa o engenheiro
e dono da Garage Web, Walter Abramides. Outra dica do especialista é jamais efetuar a troca dos amortecedores em superfícies
íngremes. “Faça isso somente no plano, com o freio de estacionamento ativado e as rodas travadas (foto 3).”

1 2 3

FUSCA&CIA
74GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

COLUNADEDIREÇÃO Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de estria 27 mm + chave de
fenda média + alicate de bico

DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
30 minutos

Trabalho
simples
Problemas na
coluna de
comuns,
direção são
mas,
fáceis de
normalmente, Você de
-se
e a descanso.
com
alavanca corpo
de
Ouseta
faz ao curva, da
pior:
chave
não
retornaa alavanca
ovolta
de setas,
sozinha
volante movimenta
impedindo
em à posição
linha reta

consertar que a lanterna de pisca seja acionada corretamente.


Para muitos proprietários, problemas como esses são
dores de cabeça constantes e de difícil solução, uma vez que envol
vem mexer na coluna de direção e no próprio volante – mistério
que nem todos estão seguros para enfrentar. “Mas, no fundo, é uma
tarefa das mais simples”, pondera o engenheiro mecânico Walter
Abramides, proprietário da oficina paulistana Garage Web. No pas
so a passo a seguir, o especialista ensina como desmontar e verifi
car a eficácia dos componentes para uma manutenção completa. “O
serviço é simples e resolve problemas que incomodam na hora de
guiar, como buzina que dispara sozinha, por exem
pode serexecutada
plo”, afirma por qualquer
Abramides. um natarefa,
“Além disso, garagem
quede Setaquenãovoltasozinhaàposiçãodedescanso,
a alavancaquenãofuncionaefolganoencaixedo
casa, também serve para aqueles que desejam subs
tituir o volante ou a chave de setas.” volantesãodefeitosquepodemserarrumados
GUIA OFICINA FUSCA&CIA 75
1 Retire

buzina
prende
de
ter
chave
tas
o
à
com as
porca
botão para
acesso
àmãos
volante que
direção.
oede
coluna
de se-
a ! PARA EVITAR CHO
QUES ELÉTRICOS,
CERTIFIQUE-SE DE
QUE O CONTATO ESTÁ
DESLIGADO AS CHAVES
E
ESTÃO EM SEU BOLSO.
ISSO PORQUE BUZINA DO
A
FUSCA SÓ FUNCIONA (TEM
CORRENTE) QUANDO O
CARRO ESTÁ LIGADO

Coloqueoosoltodabuzina paradentrodaarvorede direção, demodo


2 que não atrapalhe a solturada porca. Para soltá-la, use a chave de
estria de 27 mm. Use uma das mãos para segurara chave, enquanto a
outra seguraovolante, para que ele não vire como movimento da por
ca. Em seguida, saque o volante para fora com pequenos movimentos
laterais, tentando sempre mantê-loo mais alinhado possível.

Com o auxílio de uma chave defenda, solte o o da buzina que


ca preso ao aro do botão. Não é preciso desligar a bateria, mas
certique-se sempre de que o contato esteja desligado e que as
chaves estão em seu bolso, já que a buzina não funciona sem a
ignição ligada– evitando choques elétricos.

A B
Sem o volante, é possívelavaliar as condições da chave de seta. Se o problema é a falta de retorno da alavanca, existemtrês possibilidades:
1ª) o corpo da chave pode estar muito afastado do volante, impedindo que a plaquetade destrave do volante (detalheA) alcance alingueta
da chave de seta(detalhe B); 2ª) a chave de seta está soltae o volante passa a posição direto e, em vez de destravaralingueta, acaba
girandotoda a chave de seta; 3ª) alingueta ou a plaquetade destrave estão quebradas, exigindo a substituição do componente danicado.
76 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Com a chave de Use o alicate
fenda, solte o de bico para
parafuso que xa soltar a trava
a chave de seta à da mola da
coluna de direção. coluna de
Atenção: o parafuso direção,
não sai, devendo retirando-a
apenas ser afrou em seguida.
xado. Em seguida,
retire o componen
te com as mãos. 6
5

Por m, retire
7 o rolamento da
coluna de dire
ção, que deve ser
substituído caso o
volante apresente
folga ou, ainda, se
a buzina estiver
disparando sozinha
com o carro em
movimento.

! DICADOMECÂNICO:“BURACO”NACOLUNA
Muitas vezes, após a montagem e/ou ma
nutenção da coluna de direção, surge um “buraco”
esteticamente incômodo entre a chave de seta e o
volante. “Para corrigir essa distância, é preciso regu
lar os ajustes da árvore de direção existentes abaixo
do tanque”, ensina o engenheiro Walter Abramides.
“Mas, para isso, é preciso um pouco mais de conhe
cimento técnico, razão pela qual recomendo levar o
carro até uma ocina especializada.”

GUIA OFICINA FUSCA&CIA77


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

MEDIDOR ELÉTRICODO
NÍVEL DE COMBUSTÍVEL* Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defenda média + chave de 7
mmDIFICULDADE:

Padrão
antigo
O medidor
TEMPOMÉDIO:

equipou
besouro
nacional com
elétrico
o Entre produzido
da
de posição da
combustívelboia
meados
1961 eno Brasilno
de
elétrico quecom
vinha fazia
interior
1967, o besouro
domedidor
atanque.
leitura !
20 minutos

CUIDADO: POR SE TRATAR DE UM


EQUIPAMENTO LIGADO À REDE ELÉTRICA,
ÉRECOMENDÁVEL DESCONECTARA BATERIA
sistema 6 volts “O instrumento no painel tem um circuito elé (MESMO COM O AUTOMÓVEL DESLIGADO) PARA
trico ajustado para medir a variação de resisti EVITAR O RISCO DE CURTO-CIRCUITO.
vidade da boia dentro do tanque, indicando a quantidade de
des, sócio da oficina
combustível”, explicapaulistana
o engenheiro mecânico
Garage Web. Walter Abrami- *Válido apenas para modelosproduzidosaté o primeirosemestre
de1967,
quando oFuscanacionalainda
mantinhasistema de 6 volts e medidor elétrico de combustível para aleituradaboiado tanque.

Por um lado, esse sistema mais antigo apresentava


muito menos falhas por falta de regulagem que
o adotado posteriormente, por cabo (que aborda
mos na última edição). “Por outro lado, o sistema
mais moderno é muito mais simples e fácil de
regular que o elétrico”, avalia o especialista. Se
gundo Abramides, em caso de falta de precisão na
marcação do medidor elétrico, o melhor a fazer
é desmontar o instrumento e a boia, para depois
levá-los a uma loja especializada em reparação de
instrumentos de painel. “Essa sincronização da
boia com o medidor deve sempre ser feita por um
profissional capacitado. Mas o dono do automóvel
já economizará bastante se ele próprio desmontar
o conjunto, levar para o reparo e depois remontar Memorize ou anote a posição de todosos fios liberados do
tudo no lugar”, afirma o engenheiro, que ensina a
78 tarefa no passo a passo a seguir.
GUIAOFICINAFUSCA&CIA marcador,evitandooriscodeinvertê-losnahoradaremontagem
Abrao porta
-malas, remo
1
va o papelão
de proteção e,
em seguida,
retire os dois
parafusos (de
roscamanual
ou comauxílio
de uma chave
defenda) que
xam abra
çadeira que
serve como
suporte para
o medidor de
combustível.

Após soltartodos os os, o medidor de combustível já está 4


liberado para ser levado a uma loja especializada em consertos de
instrumentos de painel.

Agora, é preciso retirar a bóia para levar o conjunto. Para isso,


volte ao interior do porta-malas e solte com a mão o terminal
elétrico que liga a boia ao instrumento do painel.

2
Por dentro do carro, puxe o medidor de combustível
para fora.

Em seguida,
use a chave 3
de 7 mm
para liberar
os cabos
elétricos
fixados atrás
do medidor.
Atenção: é
importante
memorizar
e/ou anotar
a posição
correta de
cada um dos
fios para não
! ATENÇÃO: NA HORA DE REMONTAR O
CONJUNTO, NOTE QUE A BOIA TEM UMA ÚNICA
DE DO
POSIÇÃO ENCAIXEDENTRO TANQUEDE COM
invertê-los BUSTÍVEL. POR ESSE MOTIVO, SEUS PARAFUSOS
na hora da NÃO SÃO ESPAÇADOS SIMETRICAMENTE.
remontagem.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 79


Na sequência, use a chave defenda para soltar os cinco
parafusos que fixam a boia. Note que cada parafuso tem
posição específica, já que a boia possui uma única posição
de encaixe no tanque de combustível.

7
Após retirar os cinco parafusos, basta sacar para fora a
boia e levá-la (como medidor) a uma loja especializada.
Mais tarde, após a loja devolver os componentes comos devidos
reparos, basta montartodo o conjunto na ordem inversa da
desmontagem e aproveitarobomfuncionamento do medidor de
combustível elétrico por outros muitos quilômetros.

! DICADOMECÂNICO:RETIRADADOPINODESEGURANÇA AGRADECIMENTOGarageWeb

que o Caso vem de fábrica comseum pino de que RuaDr.EliasChaves,160,SantaCecília,


como
cilindro. Antes
trava haja
para
componentedeaque a boia
instalá-la,
necessidadenão deque
comprar
é preciso uma
retirar
movimentando
esse
boia nova,
pino, no vale
segurança,
deixando à atua
interior do
mos
lembrar
SãoPaulo-SP
Tel.: (11) 3222-1424

tra dois pequenos furos, conforme é possível notar na foto abaixo.

80 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

MARCADORDECOMBUSTÍVEL* Dicas!

FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave defenda média

DIFICULDADE:

Tanquecheio?
quantidade
dúvida
É comum
marcadores
sobrena
motoristas de
combustível
desregulados
deixarema
V
tanque ocê
combustível
no
de.
cheio,
combustívelpainel
Ou pior:
mas
manda
em sobe
você
oe ponteiro
somente
ponteiro
completar
meio oao surpreendido
o indica
até
doQuem
amarcador
tanque
étrânsito. meta-
meio
desem
nun- TEMPOMÉDIO:
10 minutos

*Válido apenas paramodelos apartir do segundo


semestre de 1967, quando o Fuscanacional adotou o
sistema de 12 voltse o marcador de combustível deixou
de ser elétrico e passou a ser acionado por cabo.

ca passou por situações como essas? De tão


comum, o fato é encarado com normalidade pela maioria dos
proprietários de besouros. “E olha que este é um defeito abso
lutamente fácil e rápido de ser resolvido”, atesta o engenheiro
mecânico Walter Abramides, da oficina paulistana Garage
Web. “Basta uma chave de fenda e a ajuda de um amigo para
regular o marcador de combustível, em menos de 10 minutos,
na própria garagem de casa”, garante o especialista.
Segundo Abramides, é normal que o marcador desregule
com o uso cotidiano, sobretudo devido às trepidações do
asfalto irregular. “Para ter certeza de que o mostrador está
devidamente regulado, basta completar o tanque e verificar
se o ponteiro posiciona-se na marca correspondente. Caso
contrário, significa que qualquer outra informação não é de
confiança”, alerta o engenheiro, que emenda: “Também é
importante aproveitar a regulagem do marcador para
verificar
boia, principais
se não há
motivos
vazamentos
de odornadejunta
combustível
ou no centro
no inte-
da
Aregulagemdomarcadordecombustívelé
rior do veículo. Caso haja vazamento, é preciso trocar a trabalhopara,aomenos,duaspessoas,já
junta da guarnição ou até mesmo a boia por completo”. queumatemdeficarnointeriordoveículo
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 81
CUIDADO AO

! MESMO COMO CARRO DESLIGADO, MUITO


METÁLICAJUNTO ÀFIAÇÃO
QUE
FICAATRÁS
DO
PAINEL
MANIPULARA CHAVE DEFENDA
NO
INTERIOR
DO
PORTA-MALAS.
O IDEAL É DESCONECTAR A BATERIA PARA EVITAR O RISCO DE CURTO-CIRCUITO.

1
82 Antes de iniciar a regulagem, é importante que o carro esteja sobre um plano horizontal. Além disso, entende-se
que a tarefa exige a presença de, ao menos, duas pessoas: uma para fazer o ajuste do parafuso existente atrás do
marcador de combustível, cujo acesso se dá pelo porta-malas dianteiro, e outra para observar o comportamento
do ponteiro no instrumento do painel. O passo a passo a seguir pode ser realizado independentemente da quantidade de
combustível no tanque.

Abra o porta-malas, remova o papelão de proteção do painel e, sem seguida, retire a tampa protetora do impulsor da
2 bóia com o auxílio da chave de fenda.

Com movimentos leves, movimente o braço da boia e verifique se o cabo também se movimenta, sinal de que o sis
3 tema opera normalmente. Se tudo estiver certo, puxe o braço da boia totalmente para baixo, o que representa tanque
cheio. Segure o braço nesta posição e use a chave de fenda para virar o parafuso atrás do marcador. Pare de virar o
parafuso apenas quando o observador disser que o ponteiro está sobre a marca “cheio”, representada pelo 1/1.
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Em seguida, movimente o braço da boia para cima e verifique se o ponteiro repousa sobre a marca da reserva,
4 representada pela letra R. Caso contrário, mantenha o braço na posição e vire o parafuso atrás do marcador até que
o observador confirme a posição correta do instrumento no interior do veículo. Pronto, seu marcador já está comple
tamente ajustado e você pode ter certeza de que ele indicará o nível exato de combustível no tanque.

!DICADOMECÂNICO:
CUIDADOSEXTRAS
Ao virar o parafuso na parte de trás
do marcador de combustível, faça-o
sempre sem usar a força, pois o pon
teiro do instrumento é sensível e pode
até quebrar se for pressionado em um
dos cantos do medidor. Outro cuidado
importante é manter sempre em or
dem o papelão de proteção interno do
porta-malas. Ele protege não apenas
a fiação, mas também evita que obje
tos soltos no porta-malas danifiquem
a boia do tanque de combustível e o
cabo de acionamento do marcador
(foto). No caso de rompimento do cabo,
é preciso comprar um novo conjunto
completo, inclusive com o instrumento.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 83


Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

VIDROSDASPORTAS Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Martelo + saca-pino + chave de boca 10mm

DIFICULDADE:

antigos
Sem
A troca riscos
de vidros
por
TEMPOMÉDIO:
30 minutos
componentes
tarefa
novos é uma
bastante
simples
Na
hora de adquirir
um Fusca, a presença
de vidros originais de
fábrica é motivo de
orgulho e alegria para qual
quer novo proprietário. Finalizado o tra
balho de restauração, entretanto, muitos
começam a olhar com desdém para aque
la peça riscada e com as marcas inerentes
ao uso e à ação do tempo... “Sobretudo, os
vidros das portas, marcados pelo cons
tante uso e pelo contato com a máquina
metálica responsável pelo movimento
de sobe e desce”, detalha o engenheiro
Walter Abramides, proprietário da oficina
paulistana Garage Web. Mas não há moti
vo para desespero. “Há no mercado uma
vasta oferta de vidros novos e originais d
se época em bom estado de conservação.
Fusca
que
E remover
pode
é uma
perfeitamente
e instalar
tarefa relativamente
um ser
vidro
efetu
na porta
simples,
do

ensinaopassoapassoaseguir.
adapeloproprietárionagaragemdecasa”,afirmaoespecialista,que Oconstantecontatodosvidroscom aspartesmetálicas
damáquinade“sobeedesce”éumdosprincipais
responsáveispelosincômodosriscosaolongodosanos
84 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
MESMO

! SUBSTITUIRVIDROS RISCADOS, QUEBRADOS OU


MANUTENÇÃO DE
SIMPLES ERÁPIDA, QUE PODETRANQUILAMENTE SER
EFETUARADEVIDA
COMPONENTES COMPROBLEMAS ÉUMATAREFABASTANTE
FEITANAGARAGEM DE CASA.

Comprima o aro da maçaneta da porta contra o forro interno e utilize o martelo com o saca-pino para retirar o pino
1 de trava do componente. Após retirar o pino, saque a maçaneta para fora.

2 Repita a mesma operação na manivela do vidro, utilizando o martelo com o saca-pino.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 85


3 Após retirar a manivela do vidro e a maçaneta da
porta, remova o forro interno, soltando manualmente
os grampos de fixação, cuidando para não danificar a
pintura. Em seguida, retire as molas e os calços de bor
racha da manivela de acionamento do vidro da porta e da
maçaneta interna da porta.

Ainda segurando o vidro com uma das mãos, reti


5
re a máquina de acionamento do vidro, fazendo-a
percorrer pelo trilho de suporte do vidro.

Use a chave de boca de 10 mm para desaparafusar os


quatro parafusos do corpo da máquina de acionamento do
vidro da porta. Antes de soltar o último parafuso, lembre
-se de segurar o vidro com uma das mãos, a fim de evitar
que ele caia. Observe, ainda, que a porta do passageiro Pronto, já é possível retirar o vidro antigo riscado.
6
possui um suporte para o puxador, que deve ser retirado Para montar o conjunto com o vidro novo, basta
após soltar seu parafuso de fixação. repetir o passo a passo na sequência inversa.

86
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Antonio Moreira Fotos: Saulo Mazzoni

CORRENTESDEAR

Uma dasdemàs
mações
relação
tários de
aiores
Fusca érecla vedação e que aparece após
“correntes
proprie longo período de uso.
em Esta situação se agravanas
ro Walter Abramides, pro
prietário da oficina paulista
na Garage Web. “E também
a ser um pouco trabalhoso
caçar cada ponto de entrada
de ar e criar uma solução
regiões e nas épocas mais tem a situação inversa; ou de eliminá-lo. Mas nada que
de ar” na cabine, que surgem frias. “Além de falhas no seja, acessórios retirados, não possa ser feito comum
espalhadas por diversos projeto, que foram sendo cor como cabo de afogador, por pouco de paciência pelo
pontos da carroceria. Seja rigidas pela fábrica ao longo exemplo, deixando buracos próprio dono do Fusca, na
pelos cantos das portas, das dos anos, alguns exemplares abertos sem utilidade e garagem de casa”, afirma
janelas ou até mesmo por também apresentam corren propiciando a formação de o especialista, que ensina
trás do painel – muitas vezes tes de ar resultantes de furos correntes de ar.” alguns procedimentos,
acompanhado por um desa realizados por antigos donos A boa notícia é que é relati bem como aponta alguns
gradável odor de combus com o intuito de instalar ou vamente simples eliminar dos pontos mais críticos de
tível –, este é um problema adaptar algum acessório no aventilação indesejada do entrada de ar no besouro, no
comumente provocado pela besouro”, afirma o engenhei interior do veículo. “Chega passo a passo a seguir.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 87
ALGUMAS CORRENTES DE ARSÃO PROVOCADAS POR DESGASTES OU FALHAS DE PROJETO.
! OUTRAS DECORRENTES DE FUROSE ADAPTAÇÕES FEITAS POR ANTIGOS PROPRIETÁRIOS.

PORTA-LUVAS
As correntes arvindas pelo porta-luvas são mais comuns em modelos antigos, provocadas pela má vedação da estrutura
de
que vai xada no interior do porta-malas contra a parede internado painel. Além disso, também é possível que entre ar por
meio das pequenas aberturas por onde passam os braços da tampa do porta-luvas. Veja como eliminar o problema:

1 Com uma chave defenda, remova o parafuso da braçadeira existente no interior do porta-malas e que xa o porta-luvas. Em
seguida, retire a estrutura do porta-luvas.

Paranalizar,use pequenastiras debor


rachaoupedaços defeltro para vedaro
2 De uma juntasobressalente espaço livrenas aberturas de passagem
de borracha, corte duas dos braços datampado porta-luvas.
tiras de aproximadamente Recoloqueo porta-luvas, pressionando-o
7 mm de largura, sendo que uma
3 Cole atira mais comprida na borda superior da aber contraastiras de borracha, o que deverá
deveter 37 centímetrose a outra, tura de encaixe do porta-luvas. Em seguida, repita o eliminarporcompletoascorrentes dear
47 centímetros de comprimento. processo colando atira menor na borda inferior. nesta área do interior.

CABODOAFOGADOR
Ofuro existente no assoalho do
porta-malas para a passagem do
antigo cabo do afogador tam
bém provoca as correntes de ar,
direcionadas para os pés dos
ocupantes dos bancos dianteiros. 2
Se o carro ainda tiver o cabo do 1 Primeiramente, verifique o Se o vão for pequeno, umatirade
afogador presente no assoalho do
interior do porta-malas, é preciso tamanho do vão existente entre o borrachapode ser suciente. Corte-anotamanho que
cabo e o buraco. Dessa forma, é possível
apenas vedar bem suas laterais. acharnecessário e depois cole-ajunto à carroceria.
Se o cabo não mais existir, pode-se definir qual o melhor material a ser Paranalizar, você pode lubricarlevemente aface
eliminar o problema por completo utilizado para vedar a passagem de ar internadatira deborracha, facilitando, assim, a passa
soldando o orifício por inteiro. (feltro, tira de borracha, etc.). gem e a remoção do cabo quandonecessário.
88 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
NÃO HÁ REGRAS OU MANUAIS OFICIAIS PARA CORRIGIR CORRENTES DE AR. O TRABALHO É
! EMPÍRICO E REQUER BASTANTE CRIATIVIDADE NAS SOLUÇÕES E MATERIAIS EMPREGADOS.

LIMITADORDAPORTA
A entrada de por meio limitador da porta, gerando uma corrente com saída pela forração interna, dire
ar do
tamente sobre o motorista e o passageiro, ocorre apenas nos besouros fabricados até junho de 1964 (chassi
B4-167.962). Aprenda a eliminá-lano passo a passo abaixo.

21
Com uma chave de fenda, retire o parafuso que prende o limitador à estrutura da carroceria.

Em
puma
seguida,
circularrecorte um pedaço de es-
com aproximadamente 3
Introduza a espuma no interior da porta, de modo que ela fique bem
55 mm de
Coloque o pedaço deeespumano
diâmetro um corte nolimitador.
centro. pressionada a ponto de não cair para o interior da estrutura e, conse
quentemente, impeça a passagem de ar pelo local.

FENDAENTRE 1
EOTETO
APORTA
Esse é um dos problemas
mais clássicos em todo
Fusca (e incômodo, já que a
corrente de ar segue direta
mente
também
gem napelo
das direção
portas. da regula-
cabeça
desgaste
dos ocupantes),
borrachas das
2
e pelacausado
má ação
porta.
Removado
Setempo, é necessário
aaborracha
borrachana
estiver
partegasta
superior
pelada
substituí-la. Corte tiras de papelão de 2 mm
de espessura e cole-as entre a
porta e a borracha. Isso dará mais pressão
à borracha e causará, consequentemente,
uma melhor vedação contra a passagem
de ar. GUIA OFICINA FUSCA & CIA 89
Texto e Fotos: Luiz Guedes Jr.

FECHODAFECHADURA

Dura até
acabar!

de
Trepidações
euso
da podem
componentesos
fechadura
o excesso
desgastar
V ocê faz
uma curva mais rápida
porta subitamente abre? Ou requer
um pouco mais do que um mero
ea
Dicas!
empurrão na hora abrir ou fechar?
Se a resposta for sim para qualquer uma das FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defenda e chave de
perguntas, é hora de revisar a regulagem do
boca pequena
fecho da fechadura das portas de seu besouro.
A tarefa é relativamente
fechadura, que pode simplescom
desregular e pode sercontínuo
uso feita na gara
to
gemtécnico sobre
de casa, o funcionamento
bastando apenas um do osistema
pouco de travaaoda
de conhecimen DIFICULDADE:

TEMPOMÉDIO:
longo dos anos e também em virtude das fortes trepida 25 minutos
ções em algumas condições de piso por onde se trafega.

ATÉNOVEMBRO DE 1964(CHASSIB4-190.501),OMIOLO ERA IDÊNTICO NASFECHADURAS DEPORTAS, CAPÔ

! TRASEIROEIGNIÇÃO. APÓSESSADATA, ACHAVEDEIGNIÇÃO MUDOU, POISINCORPOROUATRAVADE DIREÇÃO.

90GUIAOFICINA FUSCA&CIA
É IMPORTANTE DESTACAR QUE A REGULAGEM DA POSIÇÃO DO FECHO DA FECHADURA

! NA COLUNA CENTRAL INFLUENCIA O ENCAIXE DA PORTA JUNTO À CARROCERIA!

COMOFUNCIONA
Ao fechar a porta, otrinco passapor um primeiro
estágio (entalhe de segurança), para somente
depois, comprimida com mais força, chegar ao
segundo entalhe e concluir otravamento com
segurança. A m de evitar o deslocamento do trinco
por vibração do carro e/ou da porta, ofecho da
fechadura possui uma cunha de plástico corrediça
e ajustável, que comprime a caixa do trinco contra o
entalhe de travamento, mantendo a porta com
pletamente fechada e garantindo a segurançados
ocupantes dos bancos dianteiros. Para que tudo
isso ocorra com perfeição, entretanto, é preciso
certicar-se de que a porta, o fecho da fechadura e
a cunha plástica estejam corretamente regulados.
1) Contraporca
2) Bucha de encosto
3) Parafuso de regulagem
4) Cunha deslizante de plástico
5) Mola da cunha
6) Fecho da porta

ALINHAMENTODASPORTAS
Um dos requisitos para que a fechadu
ra atue com
perfeito eciênciadas
alinhamento e segurança
portas. Para
éo

vericar se a ajustagem das portas


está correta, basta conferir alguns
detalhes simples: para começar, o
friso cromado da porta e o da carro
ceria devem se encontrar, bem como
devem coincidir a folga existente entre
a porta e o teto comos vãos locali
zados entre a porta, a coluna central
e a parte inferior da carroceria. Além
disso, a porta deve abrir e fechar sem
nenhum atrito com a carroceria, bem
como deve atuar com perfeição no
papel de vedação contra correntes de
ar. Se qualquer uma dessas obser
vações não bater, é preciso regular
a porta, afrouxando os parafusos de
suas dobradiças e ajustando-a.

GUIA OFICINA FUSCA & CIA 91


EXAMINANDOOFECHO POSIÇÃODOFECHO
Ofecho de encaixe da fechadura é aparafusado numa placaroscada
móvel, xada na coluna central, podendo ser regulada na horizontal
e na vertical. Para isso, basta afrouxarostrês parafusos que pren
dem todo o conjunto – lembrando de reapertá-los bem ao nalizaro
serviço. Na regulagem horizontal, ofechodeve ser deslocado até que
aporta e coluna central da carroceria quem perfeitamente alinhadas.
Jáo movimento na vertical deve garantir que otrinco encoste de forma
C uniformenos dois pontos de apoio (X) e (Y) do fecho. Para vericar se a
posição está correta, abra e feche a porta várias vezes. Caso os pontos
de contato não estejam uniformes (encostando ao mesmo tempo), re
pita a regulagem vertical. Vale lembrar novamente que operfeito ajuste
B do fecho da fechadura depende diretamente da ajustagem da porta e
de seu encaixe na carroceria.

A
Y
Também é importante verificar o estado
do fecho da fechadura, substituindo-o em
caso de desgaste excessivo, sobretudo,
na superfície de apoio da caixa do trinco
(A) e nos entalhes de segurança e trava
mento (B). A cunha plástica do fecho (C)
deve ser substituída se apresentar estrias
ou desgaste excessivo, o que geralmente
é provocado por trincos danificados.

REGULAGEMDACUNHA
A cunha plástica do fecho é a responsável por mantera portafechada mesmo com
fortestrepidações. Paraisso, é auxiliada por uma bucha de encostoregulável. Explicando
melhor: um parafuso combucha de encosto é regulado de maneira que a cunha plástica
queimóvel enquanto a porta estiver travada. Para regular o conjunto, é preciso travaro
parafuso de regulagem (veja em Como Funciona) como auxílio de uma chave defenda,
enquanto a contraporca é afrouxada com uma chave de boca pequena. Girandoo para
fuso no sentido horário, abucha de encosto aproxima-se da cunha plástica, aumentando
a resistência no ato de abrir a porta. Para vericaressapressão melhore chegar a um
ponto aceitável, abra a porta sempre pela maçaneta interna. Se a resistência for dema
siada ou se a porta “saltar” do fecho ao ser aberta, deve-se girar o parafuso em sentido
anti-horário até que apressão no fechar e abrir se torne sucientementeleve. Feito isso,
é preciso apertar a contraporca, rmandoo parafuso com uma chave defenda.
FUSCA&CIA
92GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

DEOLHONOSFARÓIS Dicas!

FERRAMENTANECESSÁRIA:
chave defenda philips

DIFICULDADE:

Cadalente, TEMPOMÉDIO:
10 minutos por farol
um caso
As “ranhuras”
dolente
vidrosão
da

projetadas para
Aprincípio, verificar a eficiência e realizar a troca
das lâmpadas dos faróis de um automóvel pode
até parecer uma tarefa bastante simples. Afinal,
basta acender o farol. Se a lâmpada iluminar, está
diferentes tipos
funcionando. Caso contrário, basta substituí-la por uma
de lâmpadas
nova, certo? “Mais ou menos”, alerta o engenheiro mecâ
nico Walter Abramides, proprietário da oficina paulistana Garage Web. “O
simples fato de a lâmpada iluminar não significa que o farol esteja atuando
corretamente. É preciso ficar atento a alguns detalhes, que vão da regula
gem ao tipo correto da lâmpada utilizada”, detalha o especialista.
No caso do Fusca nacional, por exemplo, houve mudanças de especificações em
três períodos distintos. De 1950 a 1967, o besouro utilizou as lentes “deitadas”, A LÂMPADACERTA!
popularmente conhecidas como “olho de boi”, além de lâmpadas assimétricas de Maisdoqueum simples efeitovisual,asranhuras
6 volts (lembrando que, de 1959 a 1962, existiram ainda versões equipadas com reetoras presentes nas lentes dos vidros dos
faróis tipo “Sealed Beam”, unidades seladas, os quais não se troca somente a lâm faróis têm a função de direcionar corretamente
pada, mas todo o conjunto óptico). Em meados de 1967, as lâmpadas passaram a o foco do feixe de luz. E para que isso ocorra
12 volts, mas as lentes dos faróis permaneceram “deitadas” – “olho de boi” – até o perfeitamente, é preciso respeitar o tipo de lâm
final de 1972. Em 1973, as lentes dos faróis diminuíram e passaram a ser verti pada previsto pelo fabricante. Até 1973, o Fusca
cais, “ de pé”, porém com o vidro curvo – mantido até o final de 1975. utilizouapenaslâmpadasassimétricas(àdireita).
De 1976 em diante, até o final da produção da série “Itamar”, o Fusca nacional De 1974 em diante, passou a existira opção das
lâmpadas bi-iodo (à esquerda), identicadas
passou a sair de fábrica com lentes verticais de vidro plano. Além disso, a partir
de 1974, o besouro também ganhou a opção de lâmpadas bi-iodo. “É fundamental pela sigla H4. Temainda um modelo de lâmpada
identicado como H5, que possui aparência de
observar essas características na hora de substituir uma lâmpada queimada. Caso bi-iodo,mas pode serinstalada em faróis delen
contrário, o farol pode até iluminar, mas certamente não oferecerá o foco correto tes com ranhuras especícas para as lâmpadas
previsto pelas ranhuras daquela lente”, destaca Abramides, que ensina a seguir o assimétricas.
passo a passo de como substituir uma lâmpada queimada no besouro.
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
93
NUNCAUSELÂMPADAS ACIMADO LIMITE REGULAMENTARDE 3
! 60/55W.ISSO PODE COMPROMETERAFIAÇÃO DEVIDO ÀMAIOR
INTENSIDADE DECORRENTE (AMPERAGEM)RESULTANTE.

Libere o
94
1 suporte da
lâmpada, que
é xado por
pressão. Para
soltá-lo, basta
pressionar
para baixo e
girar ao mes
mo tempo.

Com a chave philips, retire o parafuso inferior que prende o


conjunto óptico do farol à carroceria.

2
4

Retire a lâmpada queimada e instale uma nova, respeitan


do a tensão (volts) e o modelo previsto de acordo com as
ranhuras refletivas da lente do farol. Observe os pontos de
Desencaixe os terminais tipo soquete do farol, da lanterna e do encaixe antes de fixar por pressão o suporte da lâmpada.
terra. Identique bem qual os os e onde se encaixam para não Reconecte os terminais, encaixe o conjunto óptico à carro
confundir na hora de religá-los, evitando inversões. ceria e fixe-o com a chave philips.

GUIAOFICINAFUSCA&CIA
REGULAGEMCASEIRA
Faróis desregulados não iluminam na direção e na proporção corretas, comprometendo a se
gurança – além de ofuscar os motoristas no sentido contrário. Os fabricantes recomendam que
a regulagem seja feita periodicamente devido às trepidações. E é possível realizar o serviço na
própria garagem de casa, como mostramos no passo a passo a seguir:

1 -Verique se os pneus estão calibrados corretamente.


2 -Posicione o veículo em uma superfície plana a uma distância mínima (não mais que 10
centímetros) da parede.
3 -Faça uma linha paralela ao solo (H1). Em seguida, trace uma segunda linha (H2) paralela à
linha H1 com distância de 2,5 cm.
4 -Faça duas linhas verticais (V1 e V2) perpendiculares às linhas H1 e H2, de acordo com o
centro óptico de cada farol desligado.
5 -Afaste o veículo a uma distância de 2 metros da parede.
6 -Ligue os faróis em luz alta.
7 -Verique se o foco dos faróis estão no mesmo ponto entre as linhas H1 com V1 e H2 com V2.
Faça a regulagem horizontal e vertical pelos parafusos existentes no aro cromado externo
de cada farol (fotos).

DICADOMECÂNICO:CUIDADOCOMASLENTES...
! Um erro bastante comum na hora de restaurar
um Fusca é confundir as lentes dos faróis do
besouro (foto 1) com as lentes da Kombi (foto
2). “As peças de um até encaixam no outro,
mas não funcionam, por um motivo simples:
para resultar no foco perfeito, as nervuras
reetivas da lente de vidro devem ser verti
cais. Quando se instala uma lente de Kombino
Fusca, essas nervuras acabam posicionadas
em sentido horizontal, prejudicando comple
tamente a distribuição correta da luz”, explica
Walter Abramides.
1 2

GUIAOFICINAFUSCA&CIA
95
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni

LANTERNASILUMINADAS Dicas!

FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defenda philips e chave
de fenda comum

DIFICULDADE:

Fácil também
de esquecer... TEMPOMÉDIO:
5 minutos por lanterna
Apesar de um
serviço simples,
deixada
a troca de
lâmpadas é
Algumas tarefas são tão simples que é inadmissível
que o proprietário do veículo deixe de executá-las.
Apesar disso, muitas vezes são deixadas de lado...
É o caso, por exemplo, da substituição de lâmpa
lado por
menos
1950a 1961;comduas
três das lâmpadas,no
queimadas
versõesbásicas
motoristas
muitos e/ou
de lanternas
casodefeituosas.
(com
dalente Não écom
umalâmpada,
bicolor;e de Verifiquetambém
raro encontrar no oestadodasborrachas
trânsito carros sem iluminação traseira, de placa ou de
pisca na dianteira. “O serviço não leva mais do que cinco
minutos, mas é deixado de lado por muitos motoristas, podendo provocar
acidentes e até resultar em multas”, alerta o engenheiro mecânico Walter
Abramides, proprietário da oficina paulistana Garage Web.
Segundoele, tudo de queo proprietárioprecisapara trocarlâmpadas defeitu
osas é sabera potência(watts)e atensão(volts),bastando,paraisso, observara
própria lâmpada queimada retirada do soquete.Mas há ainda os casos em que
a lâmpadaestá boa e, aindaassim, teima em nãoacender.“Muitasvezes, o pro
blema pode serfalta de contato ou fiação antiga.Há casos em que as borrachas
de vedaçãoficamvelhas, deixando entrarágua nas lanternas.Comisso, a fiação
podeoxidar,gerando consumoexcessivode energia,perda de eficiênciae, em
casos mais extremos, atécurto-circuito”,afirmaAbramides. De acordo com o
especialista,outro cuidadoimportanteé em relação ao aterramentodo sistema
(veja BoxDica do Mecânico).
Valelembrar,ainda,que o Fusca nacionalteveduas tensões(6 volts, de 1950
até1ª série de 1967;e 12 volts, da 2ª sériede 1967em diante)e ao

trêslâmpadas, para as lentes tricolores, que também ofereciam devedação.Aentradadeáguanosoquete


96 a luz de
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA ré). oxidaafiaçãoecausaperdadeeficiência
NUNCA INSTALE LÂMPADAS MAIS POTENTES QUE AS INDICADAS PELO FABRICANTE! A

! FIAÇÃO ORIGINAL PODE NÃO ESTAR DIMENSIONADA, O QUE CAUSARÁ PROBLEMAS.

LANTERNATRASEIRA
Observe que, no caso da
1 2 lanterna fotografada, há
duas lâmpadas no interior
da lente. A de cima é sim
ples, sendo de 21 watts
e atuando apenas para a
função de pisca. Já a de
baixo tem dupla função,
pois serve tanto para ilu
minação de segurança (5
Com uma chave philips, retire os dois parafusos e remova watts) como também para
a lente acrílica da lanterna traseira, tomando cuidado para o freio (21 watts).
não deixar cair o aro cromado que a envolve.

Para retirar a lâmpada, basta girá-la e Antes de


3 puxá-la. Para instalar o novo compo 4 recolocar
nente, repita o movimento. Note que a a lente
lâmpada só encaixa numa única posição acrílica,
(os pinos de polaridade positiva e nega verifique
tiva coincidem com as reentrâncias do se todas
soquete), o que é proposital para evitar a as lâmpa
inversão de polaridade. Portanto, jamais das estão
force o encaixe de uma lâmpada. Se ela funcionan
não entrar com facilidade, é porque você do corre
está colocando-a de maneira errada. tamente.

LUZDEPLACA
Com uma Puxe o Note que a lâm
1 chave de 2 conjunto 3 padaaqui usada
fenda comum, com cui é de 5watts de
retire os dois dado para potência. Jamais
parafusos não torcer instalelâmpadas
para liberar a e/ou arre com potência aci
capa acrílica bentar a mada estipulada
que protege fiação de pela fábrica, pois
o soquete da energia aação não está
lâmpada de elétrica. preparada para
placa. isso.

Após trocar a lâmpada, aperte os


4 parafusos com força moderada na
hora de fixar novamente o conjun
to, pois a carcaça acrílica tende
a ressecar com o tempo e pode
trincar. E não esqueça de checar a
eficiência do serviço; ou seja, se a
lâmpada acende quando os faróis
são ligados.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 97
PISCASDIANTEIROS
Remova a lâm
1
98 2 pada (21 watts)
a ser substitu
ída e coloque
a nova com o
movimento de
“girar e puxar”.
Certifique-se de
que a lâmpada
entrou sem
Com uma chave philips, retire o único parafuso que esforço e que
prende a carcaça cromada à lente acrílica e à carroce ficou bem fixa
ria (o para-lama dianteiro). da ao soquete.

!3 lâmpada
Ligue
pisca
verifique
antes
mente
acendeeode
se a nova
correta-
4
Tudo certo,
recoloque a
lente acrílica
e a capa cro
mada, fixando
tudo com o
parafuso e a
chave philips.

montar o
conjunto.

DICADOMECÂNICO:ATENÇÃOAOATERRAMENTO
Uma cena bastante comum é a lanterna do veículo à frente
simplesmente acender todas as lâmpadas, quando na verdade o
motorista acionou apenas o freio ou o pisca... “Pode até parecer
um curto-circuito, mas, na maioria das vezes, o problema é a
falta de aterramento do sistema”, alerta Walter Abramides, da
ocina Garage Web. “A corrente elétrica não acha aterramento e
percorre outros caminhos, acionando outras lâmpadas”, explica.
Segundo o especialista, o problema no Fusca é quase sempre
gerado por ferrugem ou por falta de aperto no parafuso que
tem a função de deixar a carcaça das lâmpadas em contato
com a carroceria. “Neste último caso, um simples aperto do
parafuso (foto) elimina o problema”, diz.
Já nos modelos com carroceria de plástico reforçado com bra
de vidro, que não conduz corrente elétrica, a função de aterra
mento é realizada por uma ação exclusiva levada até a lanter
na... “Nestes casos, é preciso checar a condição dessa ação e
descobrir por que ela não está agindo”, naliza Abramides.

FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
MAIS ECONOMIA
Faça-o gastar menos,
trocando a bomba de
combustível, correias, etc.

MAIS POTÊNCIA
Carburação, velas: veja
que como deixá-lo
mais potente

MECÂNICAE
ELÉTRICA
Desde a troca de uma
lâmpada até o platinado,
mostramos como fazer

www.revistaonline.com.br

Você também pode gostar