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ÍNDICE
CARBURAÇÃO
6 CARBURAÇÃO SIMPLES
8 DUPLACARBURAÇÃO
11 REPARO DE CARBURADOR
16 TROCA DA BOMBADE COMBUSTÍVEL
SISTEMA ELÉTRICO
19 TROCA DO PLATINADO
23 PONTO DE IGNIÇÃO
26 TROCADAS VELAS DE IGNIÇÃO
ACIONAMENTO
29 TROCA DA CORREIA
32 TROCA DO CABO DO ACELERADOR
35 CABO DE EMBREAGEM
38 REPARO DAALAVANCADE CÂMBIO
41 DUAS PONTEIRAS
LUBRIFICAÇÃO
44 TROCADO ÓLEO
47 FILTRO DE AR
50 FILTRO DE PAPEL
53 RADIADOR DE ÓLEO
SISTEMA DE FREIO
56 FREIO DIANTEIRO A TAMBOR
59 TROCA DAS PASTILHAS
62 LONATRASEIRA
65 FREIO DE MÃO
SUSPENSÃO
68 DO CHÃO NÃO PASSA!
72 TROCA DOS AMORTECEDORES
PAINELETAPEÇARIA
75 COLUNA DEDIREÇÃO
78 MEDIDOR ELÉTRICO DO NÍVEL
DE COMBUSTÍVEL
81 MARCADOR DE COMBUSTÍVEL
84 VIDROS DAS PORTAS
87 CORRENTES DE AR
90 FECHO DA FECHADURA
ILUMINAÇÃO
93 DE OLHO NOS FARÓIS
96 LANTERNAS ILUMINADAS
ISBN 978-85-432-0115-3
Postal
CIA
7777
•CHINA 61085 publicação
CEP total
A• reprodução
DIRETORA
é•uma Distribuição 05001-970
no
do Brasil
IBC Instituto
por
– São
ou parcial
–ADMINISTRATIVA: JacyBrasileiro
Paulo
desta
DINAP –Lucca
obra
Dalle SP
de –Tel.:
• IMPRESSO
é proibida
• GUIA Cultura
OFICINA(0**11)
Ltda.
semFUSCA 3393-
a– prévia
Caixa
NA
&
1. Fusca (Automóvel) - História. 2. Veículos. I. Marks, Roberto.
FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave de fenda
economia
Fôlego e DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
20 minutos
O carburador
desempenho
bem-regulado
eomelhora
consumoo Tarefa quecarburador
mistério
do acreditam
teoricamente
para boa
do
queFusca
parte
serviço
dos
permanece
osimples, proprietários,
aéregulagem
uma verda
um
1
Por m, faça o ajuste da rota 3
ção pelo parafuso da borbole
ta de aceleração – apertando,
acelera; desapertando, de
sacelera. O movimento deve
ser lento, pois esse ajuste é
bem sensível. Está termina
do o serviço quando o som
demonstrar que o motor está
regulado (daí a lenda do “bom
ouvido”). Saía com o carro
e verique como o motor se
comporta na hora da partida,
aceleração e em relação ao
consumo. Se necessário,
repita o ajuste de mistura e
rotação quantas vezes achar
conveniente. Também, ao
sair de uma localidade com
alguma altitude, como São
Paulo (800 metros acima do
nível do mar), e chegar ao
litoral, ou vice-versa.
2
Como motor ligado, apertenovamente e com movimen
tos lentos, de 1/8 de volta, o parafuso da mistura. Ao
começar, a rotação do motor poderá eventualmente aumentar.
! REALIZAR UMA BOA REGULAGEM DE CAR
BURADORÉPUROTREINO DEPERCEPÇÃO.
PORTANTO, NÃO DESANIMESEOS RESUL
Porém, pare quando sentir a rotação diminuir (o que popular TADOS INICIAIS NÃO FOREMOSESPERADOS.
mente é denido como “motor morrendo”). Comece, então, a
desapertar o parafuso lentamente até sentir a rotação estabilizar.
O ideal é o motor car ligeiramente acelerado.
DUPLACARBURAÇÃO Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defendamédia,alicate, chave de
boca de 7 mm e chave “L” de 13 mm.
Eciência
aprimorada TEMPOMÉDIO:
DIFICULDADE:
A dupla
edesempenho
melhora
acarburação
economiao
Oadvento série
nho, mas da Não só
também
Volkswagen.
de vantagens
dupla melhorou
motores
economia
carburação
aaos trouxe
de
oboxer
desempe-
combus-
uma
!
35 minutos
ATENÇÃO: DURANTE
AREGULAGEM, MO
O
TORESTARÁEM FUNCIONAMENTO. TODO
CUIDADO COM AS MÃOS E OS DEDOSÉ
tível. “Além disso, no caso de um dos carburadores apre POUCO, POIS, NOS MOTORES DETURBINA ALTA A
do motor VW
sentar falha, o motor continua funcionando, permitindo CORREIA DO GERADOR PASSA PERTO DO SISTEMA
ao motorista chegar até um ponto de socorro. Na carburação simples, DE ACIONAMENTO DOS CARBURADORES.
isso é impossível”, destaca o engenheiro Walter Abramides, proprietá
rio da oficina paulistana Garage Web.
Em contrapartida, a tarefa de regular os dois carburadores é bem mais
difícil e complicada do que a carburação simples. “Isso porque os
dois carburadores devem ser acionados ao mesmo tempo e na mesma
proporção”, afirma o especialista, que emenda: “Mas nada que não se
consiga após muito treino e certa experiência”.
O engenheiro recomenda, ainda, a utilização de um equalizador de vácuo
(aparelho que lê e permite igualar as massas de ar que passam em cada
um dos carburadores) para facilitar a tarefa. “Mas também é possível fazer
a regulagem sem esse aparelho, embora isso exija muito mais experiência
do profissional que for efetuar o serviço”, detalha Abramides.
Para o engenheiro, o fato de alguns proprietários procurarem sim
plificar, transformando o sistema de dupla carburação em simples
devido
há motivos
à dificuldade
O desempenho
condenável. que justifiquem
“Sedo em
carro
o seu manter
vai passar
a regulagem
deesse
regredir”,
mecânico deu dois para
alerta osempre
um carburador.
ajustada,
especialista.
conselho, “Já Não
desconfie. éo Oequalizadordevácuofacilitaoserviço,
5
2
Em seguida, encaixe os
redutores de ardo de vácuo nobocalde
equalizador
cada um dos carburadores. É por meio deles que o aparelho re
aliza a leitura da massa de ar que passará em cada carburador.
7
Volte o motor para marcha-lenta e certique-se de que ela não
se alterou. Agora, aperte as porcas de xação da vareta com
a chave de boca de 7 mm, tomando cuidado para não alterar
mais o seu comprimento. Segure-a com um alicate enquanto
as porcas são apertadas. Após travar a vareta, convém refazer
o teste do equalizador para certicar-se de que a peça não se
movimentou. Remonte os ltros de ar sobre os carburadores e
conecte de volta as mangueiras de respiro. Saía com o carro e
verique como o motor se comportana aceleração e na progres
sividade. Se necessário, repita a regulagem quantas vezes achar
conveniente. Com a prática, ca cada vez mais rápida e perfeita.
! DICADOMECÂNICO:ESEEUNÃOTIVEREQUALIZADOR?
O equalizador é de grande ajuda na hora de regular o sistema de dupla carburação e, portanto, um
investimento que vale apena para quem pretende realizar a manutenção do besouro na própria garagem.
“Mas também é possível fazer a regulagem sem ele”, aponta o engenheiro Walter Abramides, destacando,
no entanto, que, neste caso, será necessária certa experiência por parte de quem for realizar o serviço.
“Quando os carburadores estão sincronizados, o motor tem funcionamento uniforme, equilibrado. Não
estando, desencaixe a vareta ajustável e atue no parafuso da borboleta de cada um até que o motor que
“quieto”, sem balançar, entre 800 e 900rpm. Depois, faça o acerto da mistura ar-combustível de marcha
-lenta. Encaixe a vareta de volta, certicando-se de que a rotação de lenta não se altere, ajustando, se
necessário, o comprimento da vareta.”
FUSCA&CIA
10GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
REPARODECARBURADOR Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de fenda + chave 8 mm +
chave 14 mm + chave 13 mm
DIFICULDADE:
Injeção de
ânimo TEMPOMÉDIO:
Falhas no motor, 1 hora
“estouros” no
escapamento
e consumo
carburador
no
Componente fundamental para o
bom funcionamento do motor do
Fusca, o carburador requer alguns
problemas
excessivo
indicam
cuidados, além de manutenção
periódica para que funcione corretamen
te. “Um desses cuidados é a substituição
dos elementos que fazem parte do kit de
reparo do carburador”, afirma o engenheiro mecânico
Walter Abramides, da oficina Garage Web. Segundo ele,
o intervalo para a troca do kit deve ser a cada 10 mil qui
lômetros. “Ou até antes, caso o motor apresente sintomas
de falha na carburação”, alerta o especialista, referindo-se
a problemas como consumo excessivo de combustível, as
populares “passagens” ou “engasgos”, bem como a “morte”
repentina do motor ao desacelerar ou, ainda, o fenômeno
de “explosão” de combustível não queimado quando este
entra em contato com as áreas quentes do escapamento.
Embora um kit de reparo não custe mais do que R$40,
as oficinas chegam a cobrar até R$200 pelo serviço, que
requer alguma habilidade e consome pelo menos uma hora
de trabalho de um profissional. Por fim, Abramides lembra
que toda substituição dos elementos que compõem o
reparo do carburador deve ser acompanhada de outros Okitdereparoécompostodejuntas,diafragma,
serviços, tais como as trocas do filtro de are do filtro de
combustível. Além, é claro, da regulagem do carburador moladeretorno,anéisegiclê.Algunstrazematé
– assunto que trataremos na próxima edição. mesmoumanovaboiaparasubstituição
GUIA OFICINA FUSCA&CIA 11
3
! IMPORTANTE: O REPARO DO CARBURADOR DEVE SER ACOMPANHADO
SEMPRE DAS TROCAS DOS FILTROS DE AR E DE COMBUSTÍVEL.
Namesmo
o sequência,
com faça
a
1
12
mangueira que
carburador liga o do
à câmara
avanço do distribuidor.
Para soltaratampa
do
va ocarburador,
eixo de ligação
remo-
7
(cabo rígido ouala
vanca de arraste) que
liga a borboletado
afogador ao comando
da borboleta do
acelerador. Na hora
de remontar, atenção
para não inverter sua
10
posição (lembre-se, a
ponta mais longa vai
sempre conectada à
tampa do carburador). ! TRABALHEDEPREFERÊNCIAEMUMLOCAL
QUESEJA LIMPOEBEM-ILUMINADO.
14 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
17
! DICA: ATENÇÃO ÀORDEMDECADACOMPONENTERETIRADO PARA
NÃO SE PERDER NA HORA DE REMONTARO CONJUNTO!
GarageWeb
Rua Dr. Elias Chaves, 160,
! DICADOMECÂNICO1:CABODOAFOGADOR
Apenas no caso dos besouros mais antigos e que ainda
1 2
1
DICADOMECÂNICO2:TESTEDOINJETOR
Ao desmontar o carburador, é possível realizar alguns testes importantes, entre
eles a verificação do perfeito funcionamento do injetor de combustível. Para
isso, movimente com a mão a alavanca em que vai fixado o cabo do acelerador
(foto 1). Ao fazer isso, o combustível ainda presente no carburador deve passar
da cuba para o difusor por meio do injetor (foto 2). É perfeitamente normal que
2
o fluxo do combustível seja interrompido após alguns segundos com a alavanca
acionada. Outro teste valioso pode ser realizado após a remontagem e reinsta
lação completa do carburador no motor. É importante que não haja gotejamento
de combustível em nenhuma das juntas. Caso contrário, significa que a boia
não está cumprindo seu papel corretamente.
Dicas!
TROCADABOMBA
DECOMBUSTÍVEL
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de 13 mm + chave defenda
média
DIFICULDADE:
duas
chave
Com
de auxílio
desconecte
ligadas
combustívelasda
omangueiras
defenda,
à bomba. Retiradas as porcas,
puxe para cima a
bomba de com
bustível defeituosa.
Cuidado com mo
vimentos bruscos,
para não prejudicar
a parte de baquelite.
1
Antes de xar a nova bomba, é preciso lubricar a alavan
Para conter ca, preenchendo com graxatoda a parte inferior da peça.
o uxo de
combustível,
5
vede a ponta da
mangueira que
vem do tanque,
tarefa que pode
ser feita com
um parafuso,
pedaço de ma
deira ou mesmo
uma tampa de
caneta.
Com a chave
que ange
prendem
debomba
13
porcas
nos
a
à
solte as
(resina
baquelite
resistente
calor). de
mm,
combustível ao
de
parafusos
plástica
duas
xadas Ainda antes de aco
6 modarabombade
combustível,coloque
sobreaangede
baquelite ajuntade
papel que acompa
nha okit. Ela serve
para vedara graxada
alavancaetambéma
lubricaçãoexistente
3 no interior do bloco
domotor.
Com a bomba
em seu devido
lugar, coloque
as arruelas e as
porcas nos dois
parafusos e dê o
aperto necessá
rio com a chave 9
de 13 mm.
Conecte novamente as mangueiras de combustível na bomba
! DICADOMECÂNICO:CUIDADOCOMOBAQUELITE!
Atroca da bomba de combustível é um dos serviços mais fáceis que um mecânico pode desejar na hora de fazer a manu
tenção de um Fusca. Contudo, é preciso alguns cuidados para que a tarefa de apenas 20 minutos não se transforme num
problemão arrastado por horas de mão de obra.Uma dica importante é sempre desconectar e conectar as mangueiras com a
bombatotalmente xada pelas porcas (foto 1). “Caso contrário, o conjunto todo pode se movimentar, ocasionando a quebra da ange de
baquelite (foto2)”, alerta o especialista da Garage Web, Walter Abramides.“Se isso acontecer, será preciso abrir o bloco do motor para
retirara parte quebrada”, diz. A ange de material sintético tem a nalidade de não passar o calor gerado pelo motor à parte de metal da
bomba, que tem contato com o combustível. Outra dica do especialista é sempre tapara mangueira que vem do tanque com algum objeto
pontiagudo (foto3), já que o tanquedo Fusca ca mais alto do que a bomba, fazendo o combustível uir por gravidade. “Caso não seja
possível fechar o uxo com algum objeto, a dica é fazer atroca numa ladeira, com a frente do carro voltada para baixo”, ensina Walter.
1 2 3
18
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Textos e fotos: Luiz Guedes Jr
Dicas!
TROCADO
PLATINADO
FERRAMENTAS NECESSÁRIAS:
Chave defendamédia+chave estrelaou
soquete de 30mm+calibredelâmina0,40mm
DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
Desgaste 1 hora
natural
O desgaste da
liga
do
cadaé 10
ocorre de
natural. mil km
trocá-lo
platinado
metálica
Oforma
ideal
a Afunção terromper
baixa básica
aa corrente
tensão
na bobina, e do
gerar
corrente altaé in
platinado
elétrica
por
de indução,
de
tensão
que provoca a centelha nas velas. “É basi
camente um tipo de contato feito em aço
de alta resistência, tendo no passado sido
usada platina na liga – daí o nome que ficou para o com
ponente”, explica o engenheiro mecânico e proprietário
da oficina Garage Web, Walter Abramides. O desgaste
desse componente faz que o platinado perca o contato
correto ao longo do tempo, sendo recomendado substituir
o componente a cada 10 mil quilômetros. Serviço relativa
mente barato, já que a peça custa, em média, R$ 20. Mas,
atenção: sempre que trocá-lo, é preciso também regular a
abertura (folga do platinado, correspondente a determi
nado número de graus de permanência fechados, tempo
necessário para que possa haver passagem de corrente
primária suficiente para uma boa indução). Desregulado,
o platinado fica com o ângulo de permanência alterado,
acarretando a perda de eficiência e oca
sionando falhas no motor – que pode até ajustedafolgadoavançoinicial(ponto)daignição.
Semprequesetrocaoplatinado,faz-setambémo
mesmo parar. “Outra recomendação, nem
sempre seguida pelos motoristas, é trocar
também o condensador”, avisa Abrami Seupasso apassoserá vistonapróximaedição.
des. Veja o passo a passo a seguir.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 19
4
! DICADESEGURANÇA:
ANTES DE INICIAR O
TRABALHO, RETIRE
A CHAVE DO CONTATO E GUARDE-A
NOBOLSO. CERTIFIQUE-SE, AINDA,
DE QUE NÃO HAJAVAZAMENTO
DECOMBUSTÍVELEJAMAIS FUME
DURANTEATROCADO PLATINADO.
1
Com o auxílio da chave de fenda, solte o o
Após soltar as que liga o platinado ao condensador.
mova
duastravas,
a tampa
5
para ter acesso
ao interior do
distribuidor.
Retire a
mangueira Ainda com o
do avanço a 6 auxílio da chave
vácuo, para defenda, solte
que ela não o parafuso que
atrapalhe o prende o platinado
serviço. à mesano interior
do distribuidor.
Muito cuidado para
não deixar o para
fuso cair dentro do
3 distribuidor, algo
bem comum.
20 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Retirado o platinado antigo, é hora de fazer atroca do conden
sador (foto). A peça custa, em média, R$ 20, sendo responsável
por armazenar um pico de corrente elétrica com analidade de
reduzir o centelhamento no platinado.
C
B D
FUSCA&CIA
22GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
Dicas!
PONTODE
IGNIÇÃO
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
lâmpada de ponto + chave de boca
de 30 mm + chave de boca de 10 mm
DIFICULDADE:
Tarefa TEMPOMÉDIO:
obrigatória 15 minutos
O acerto do
ignição
ser
cadafeito após
ponto de
platinado
troca
deve Na matéria anterior, mostramos
o passo a passo da troca e regula
gem da abertura do platinado. Dando
prosseguimento ao tema, abordamos agora
o acerto do ponto de ignição. Tarefa bastante simples,
mas fundamental – obrigatória mesmo – ao final de cada
substituição de platinado. “E não apenas nesta ocasião”, defende o enge
nheiro mecânico e proprietário da oficina Garage Web, Walter Abramides.
“Verificar e ajustar o ponto de ignição com frequência melhora o funcio
namento do motor em todos os aspectos, tornando a partida mais rápida,
melhorando a queima de combustível e, consequentemente, reduzindo o
consumo e a emissão de poluentes, assunto bastante em voga em tempos
de inspeção veicular”, complementa o especialista.
Regularo ponto deignição nada mais é que “dizer” ao motor qualo momento
exato em que a centelha da velado cilindron° 1 deve saltar. Se isso ocorrer
antes do tempo previsto(adiantada), gera uma pressão excessivano cilindroe
na câmarade combustão, podendo causara popular“batida de pino”(nome
técnico:detonação)e, em casos extremos, chegarmesmo afurar e atéderreter
a cabeça do pistão. Poroutro lado, se a centelha saltarcom atraso, haveráque
da acentuada de potência, bem como aumento no consumo de combustível.
“Digamos que é saudávelregularo ponto de ignição pelo menos uma vez ao
mês, sobretudo no caso de veículos utilizados com bastantefrequ-
ência”,
na compra de um
afirma Abramides.
timinglight(lâmpada de ponto ou lâmpada
Para isso, o proprietáriopodeinvestir Parafazeroserviçonagaragemdecasa–e
estroboscópica).Mas tambémé possível fazero serviço com uma
comexatidão–,valeapenainvestirna
simples luz de teste, como mostramos no passo a passo a seguir. compradeumalâmpada deponto
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 23
acione
de
Ligue
ponto lâmpada
oamotor,
(oster
4
minais de energia
devem ser conec
tados à bateria,
enquanto o outro
cabo é conectado
ao de vela do pri
meiro cilindro). A
1 luzacenderá toda
vez que a centelha da vela do primeiro cilindro saltar, iluminando
Com o auxílio da chave de 30 mm, gire em senti
do horário a polia do virabrequim (polia maior, mais a posição da marca em formato de “W” e o centro da carcaça do
abaixo) até que o primeiro “dente” da marca em formato de motor. No caso da foto, o dente do “W” está à esquerda do centro
“W” esteja alinhado como centro (divisão) da carcaça do motor. da carcaça, o que indica que o ponto de ignição está adiantado e
Isso corresponde a 10ºAPMS (dez graus antes do ponto morto precisa ser regulado.
superior), que é o ponto recomendado nosVW a ar.
Movimente com uma das mãos o distribuidor, girando-o
lentamente em seu próprio eixo, para um lado e para
outro. Com a outra mão, segure a lâmpada de ponto
apontada para a polia e para o centro da carcaçado
motor. Pare de girar o distribuidor quando as marcas
coincidirem (o que signica a posição de 10ºAPMS).
5
24
2 Com um gizou qualqueroutromaterialsemelhante,marque
ambosospontos.Afunção dogizégerarcontrastecoma
lâmpadade ponto, oquefacilitaráoajustedopontodeignição.
Com muito
3 cuidado para não
movimentar o dis
Com o auxílio da tribuidor, aperte a
chave de 10 mm, braçadeira (chave
afrouxe abraçadei de 10 mm),
ra que existe abai
xando-o nesta
xo do distribuidor, posição. Evite
de modo que ele aperto excessivo.
possa ser “girado”
em seu próprio
eixo.
6
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
! DICADOMECÂNICO:ESEEUNÃOTIVERLÂMPADADEPONTO?
A maneira mais fácil e eficiente de realizar o ajuste do ponto de ignição é com o auxílio da lâmpada de ponto,
que pode ser encontrada no mercado a preços que variam de R$ 250 a R$ 1 mil. Mas também é possível fazer o serviço
com uma simples lâmpada de teste (dessas com dois fios, normalmente munidos de garras), além das chaves de boca de
30 mm e 10 mm (foto 1). Neste caso, o motor permanece desligado com o contato ligado. Em seguida, use a chave de 30
mm e gire a polia do virabrequim até que o primeiro dente da marca em “W”, no sentido de rotação do motor, coincida
com o centro da carcaça do motor (10º APMS). Retire, então, a tampa do distribuidor e veja se o rotor (“cachimbo”) está
apontando, mesmo que enviesado, para a traseira do carro – sinal de que está indicando a centelha para o primeiro
cilindro. Se o “cachimbo” estiver apontando para a frente do veículo (cilindro 3), use a chave de 30 mm e faça a polia do
virabrequim dar uma volta completa, fazendo que o rotor aponte para a traseira e volte à posição de 10º APMS. Na sequ
ência, fixe a garra de um dos fios da lâmpada de teste no terminal positivo (+) da bobina, sendo que a outra garra deve
ser aterrada a qualquer parte metálica do motor. Gire, então (com a chave de 30 mm), a polia do virabrequim (sentido
horário) até que a lâmpada acenda (foto 2), momento em que o platinado abre. Depois, volte lentamente a polia em sen
tido anti-horário, até o momento em que a lâmpada apagar (foto 3). Torne a virar lentamente a polia em sentido horário,
parando no exato momento em que a lâmpada acender (foto 4). Pronto, este é o ponto de ignição correto. Outra maneira
de chegar a ele é colocar o primeiro dente alinhado com o centro da carcaça, afrouxar o distribuidor (com a chave de 10
mm) e girá-lo, em vez de virar a polia do virabrequim, até que a lâmpada acenda.
1 2
3 4
VELASDEIGNIÇÃO
TROCADAS Dicas!
DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
Não é preciso
30 minutos para as quatro velas
esperar que uma
vela apresente
problemas para
por
outra nova
substituí-la
As velas são o que se pode definir como o compo
nente final do sistema de ignição. São elas que
ar-combustível.
provocam a centelha
Comoque
seusiráeletrodos
detonar(positivo
a mistura
e
negativo) se desgastam naturalmente devido ao efeito
de milhões de centelhas que provocam durante sua vida útil, elas têm
prazo de uso predeterminado pelo fabricante – aproximadamente, 20
mil quilômetros no caso do Fusca. “Isso não significa que o componente
não possa apresentar problemas antes deste prazo”, alerta o engenheiro
mecânico Walter Abramides, proprietário da Garage Web. “A cada 5
mil quilômetros, é recomendado retirar as velas e examiná-las em seu
aspecto, estado e folga entre os eletrodos. Por meio dessa leitura, um
mecânico experiente é capaz de tirar conclusões quanto ao correto fun
cionamento do carburador e do motor”, atesta o profissional.
Segundo o especialista, falhas e perda de força no motor são sintomas
clássicos de velas com problemas. “Aboa notícia é que a substituição de
uma vela defeituosa é uma tarefa bastante simples, podendo ser realiza
da pelo próprio dono do veículo na garagem de casa”, afirma Walter. “A
dificuldade maior é nos motores 1600, já que a dupla carburação atrapa
lha um pouco o acesso às velas do primeiro e do terceiro cilindro”, diz.
Atualmente, um jogo de velas é vendido no mercado de reposição
por volta de R$ 50, enquanto uma oficina cobra, em média, R$ 40
para efetuar a troca dos quatro componentes. “Se optar por fazer o
quanto
serviço às
emespecificações da vela,
casa, o proprietário doque
veículo deapenas
deve
variam com atento
acordoficar o ano Tamanhoderoscaeaparênciadacerâmica
de fabricação e o tipo de combustível do motor”, aponta o especialis sãoalgunsdosdetalhesquedevemser
26 ta, que dáFUSCA&CIA
GUIAOFICINA
essa e outras dicas no passo a passo a seguir. observadosnahoradesubstituirasvelas
4
Com a vela usada
fora do motor, é
possívelanalisá-la.
Por meio da sua
cor e granulação,
dá para identicar
se a queima da
1 Ao substituir as velas antigas pornovas, é importante car
mistura ar
-combustível está
atento a um detalhe antes mesmo de iniciar o trabalho no correta (veja como
motor: ao abriracaixa com as novas velas na especica no boxAspectos
ção correta para o seubesouro (veja quais nobox“Dicado Mecâni e Conclusões).
co”), note que as velas saem de fábrica com um terminal metálico
rosqueado na ponta mais na. No caso exclusivo dos Volkswagena
ar, esseterminal não tem serventia e deve ser retirado. Se a intenção não é substituir as
velas, mas apenas fazer a leitura
periódica delas, é preciso regular
a abertura dos eletrodos (que
aumenta como uso em virtude
da corrosão e queima, o que é
normal) antes de recolocara vela
no cabeçote. Essa folga é regu
lada com um calibre de lâminas
na medida de 0,70 mm. Se seu
calibre for em polegadas, use a
lâmina de 0,027”.
2 5
Já no motor, com o carro desligado, preferencialmente
frio e com as chaves nobolso, retire o cabo emborracha
do de alta tensão da vela.
3
Por meio da chave
de vela, desrosqueie
a vela até que
ela seja liberada.
Normalmente,
a vela é sacada
para fora junto da
chave tubular, que
costuma ter um PARA A SUASEGURANÇA, TRABALHE
anel de borracha
interno para puxar
a vela junto, uma
vez desrosqueada.
! COM AS VELAS APENAS COM O MOTOR
DESLIGADO, DEPREFERÊNCIAFRIO.
PARA EVITARACIDENTES, SEMPRE
GUARDEAS CHAVES DO VEÍCULONOBOLSO
Se isso não ocorrer,
ENQUANTOREALIZAOSERVIÇO.
retire-a com a ponta
dos dedos.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 27
Regulada a abertura dos eletrodos, recoloque a vela no
motor. Prefira sempre iniciar o movimento de rosca com a
mão (para ter certeza de que ela não está entrando torta)
antes de apertá-la com a chave de vela. Não exagere no
aperto. Repita o processo em todas as velas.
ASPECTOSECONCLUSÕES
A centelha que inama a mistura comprimida, a facilidade na
ignição, a marcha-lenta, a aceleração e a potência máxima
estão diretamente relacionadas ao funcionamento das velas
de cada um dos quatro cilindros do motor do seu besouro. Por
isso mesmo, o aspecto da cerâmica e do isolador de uma vela
com pelo menos 500 quilômetros de uso pode dizer muito sobre
a saúde do motore a a carburação. Quando atonalidade apre
sentada é um marrom-claro (foto 1), signica que o carburador
está funcionando corretamente e a vela também. Se a cor for
cinza-claro, indica que o carburador está fornecendo mistura
muito pobre. Já a tonalidade preta (foto 2) denota mistura muito
rica. Por m, eletrodos sujos de óleo revelam o funcionamento
incorreto da vela ou má vedação dos anéis de segmento.
AGRADECIMENTO
DICADOMECÂNICO:ATENÇÃOÀSESPECIFICAÇÕES Garage Web
cional
de marca NGK tipoutilizava Após
Rua Dr. Elias Chaves,
160, Santa Cecília,
SãoPaulo-SPTel.:(11)3222-1424
a gasolina BP5HS. velas
28 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
Textos e fotos: Luiz Guedes Jr
Dicas!
TROCADACORREIA
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave defenda média + chave
estrela ou soquete de 19 mm (em
alguns modelos a chave é de 21
mm)
DIFICULDADE:
não Não
desculpa para
háa
trocá-la
correia
Substituir
velha TEMPOMÉDIO:
GUIAOFICINAFUSCA&CIA29
1 4
! MEXEREM POLIASÉ
PERIGOSO. RETIRE A
CHAVE DO CONTATO
E GUARDE-ANOSEUBOLSO,
PARAQUENÃO HAJAORISCO
DE ALGUÉMINADVERTIDAMENTE
DARA PARTIDA NO MOTOR.
Após afrouxar
a polia, retire a Verique atensão da correia,
correia velha,
6 que não pode car muito
soltando-a da frouxanem muito rígida. O
polia inferior segredo é tentar dobrá-la. Na
para depois tensão correta, ela só pode
soltá-la da dar meia-volta. Muito frouxa,
polia superior. pode patinar e não acionar
corretamente o gerador;
tensa demais, acaba com o
rolamento do gerador em
dezenas de quilômetros.
3
30GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Feito o ajuste da correia e das arruelas, aperte a porca do para
fuso central com a chave de 19 mm. Uma dica é voltar atravar
a polia com a chave defenda e fazer uma espécie de alavanca
para dar o aperto nal.
9
Antes de ligar o motor, verique se ambas aspolias estão girando
(no sentido horário). Se a correia estivertravando esse movimento
(muito tensionada), os rolamentos do dínamo ou do alternador
serão danicados.Tudo em ordem, seu Volkswagenestá pronto
para voltar às ruas.
! DICADOMECÂNICO:AJUSTE DASARRUELAS
Como não é possível variar a distância entre as polias para ajustar atensão da correia, como se faz na maioria dos carros,
a solução encontrada pela fábrica foi variar a largura do “V” da polia do gerador. Menos largura dá mais tensão à correia e
vice-versa. A largura ca menor à medida que diminuio número de arruelas entre as duas partes da polia. Conforme a
correia vai se desgastando, a borracha consequentemente perde espessura, além de ser normal a correia esticar por si só. Para
ajustar atensão numa correia usada (meia-vida), é preciso reduzir a largura do “V”. Já no caso da instalação de uma correia nova, é
necessário distanciar uma parte da outra. Como isso é feito? Simples, por meio de arruelas (Foto1), que podem ser combinadas em
diferentes quantidades (em geral, são oito arruelas), interna ou externamente no parafuso central da polia superior.“Quando se con
centra mais arruelas no interior da polia (Foto2), cria-se um espaço para uma correia mais espessa. Do contrário, quando se coloca
maior quantidade de arruelas na parte exterior das polias (Foto 3), as duas partes que compõem a polia cam mais próximas, o que
é ideal para correias já desgastadas”, explica o mecânico Lúcio Mauro, da ocina Mille Duke. Como última dica, o especialista reco
menda vericar a tensão da correia nova após mil a 2 mil km, pois ela pode esticar e afrouxar-se. Reajuste a tensão, se necessário.
1 2 3
INSTALAÇÃOAUTOMÁTICA
Na década de 1960, com a popularização do Fusca no Brasil, surgiram diversos fabricantes interessados em produzir acessórios e
equipamentos para o besouro. Algumas propostas eram bastante curiosas, como a correia Pratic, conforme lembra nosso colabora
dor Fernando Villamarim. “Esta correia, segundo propagava o fabricante, possibilitava ser instalada ‘automaticamente’ em apenas 5
segundos, bastando seguir as recomendações detalhadas no folheto da empresa,para depois ligar o motor”, diz. Ao que parece, isso
não era tão fácil como parecia na propaganda e o produto não teve sucesso. Porém, valeu a tentativa, numa época em que esse tipo de
serviço era considerado complicado pelos proprietários de Fusca.
TROCADOCABO Dicas!
DOACELERADOR
FERRAMENTANECESSÁRIA:
Uma chave de 8 mm
DIFICULDADE:
não
espaço.
Não há
ter um para
desculpas
extra à
cabo
mão
De não responde
repente, o acelerador
pedal afunda
comandos
mais aos
do no
pé assoalho
direito. O
de acelerador
e
perde a pressão que o faz voltar a
cada pisada. Consequentemente, o motor deixa de
acelerar e o carro vai perdendo velocidade até parar,
deixando você no meio da rua – ou, pior, no acosta
mento de uma estrada deserta. E tudo por causa de
um simples cabo, cujo preço no mercado de peças
não ultrapassa R$ 5. A recomendação de dez entre
dez mecânicos? Levar sempre um cabo de acelera
dor extra no porta-luvas ou na mala. Além de barato,
o componente não oferece grandes dificuldades
para ser substituído: o serviço pode ser realizado
tanto na garagem de casa como no acostamento de
uma rodovia. Mecânicos experientes levam menos
de 15 minutos para trocar um cabo de acelerador
arrebentado do Fusca por outro novinho. Mesmo
assim, algumas oficinas mal-intencionadas chegam
a cobraraprendaopasso
até R$ 100 pelo
serviço.
Então, aseguiretroque
apasso Achoucaro?
Aposição docabonomotor éamesmasejanoFusca,na
Kombi,naBrasilia,no Karmann-Ghia,etc.,masvarianos
você mesmo... casosde Variant,TL eoutrosVWde motorplano
32 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
TENHASEMPREUM CABOEXTRANOPORTA-LUVAS. CASO
! CONTRÁRIO, DENADAADIANTAAPRENDERESSALIÇÃO.
Retirado o cabo
antigo, é hora de
colocar o novo
componente, o
que deve sempre
ser feito do túnel
central (junto ao
pedal do acele
rador) em direção
ao motor, e nunca
o contrário. Porém,
antes de introduzi
-lo, é importante
lubricar o cabo
1 novo, de preferên
Use a chave de 8 mm para desprendero parafuso datrava
cia com uma graxa
que xa o cabo do acelerador.
gratada. 4
Insira o cabo novo por dentro do túnel central até que
a outra ponta apareça na saída junto ao motor.
Repita a operação 6
no interior do
veículo, soltando Ainda no interior
manualmente o do veículo,
encaixe no pedal encaixe a ponta
do acelerador e em formato de
puxando o que “S” no pedal do
sobrou do cabo acelerador.
quebrado por meio
3 da saída localizada
no túnel central.
GUIAOFICINAFUSCA&CIA 33
De volta à parte externa do veículo, verique se a ponta do cabo
apareceu na saída voltada para a frente do motor. Caso não
tenha aparecido, é preciso pegá-la atrás do motor e guiá-la até
8
o conduíte que liga as duas extremidades (frente e traseira do
motor). Passe o cabo
7 por dentro da
trava, dando
um primeiro
aperto manual
no parafuso
de xação.
! DICADOMECÂNICO:ESEEUNÃOTIVERUMCABOEXTRA?
Quebrou
adotar uma solução
se desesperar.
o cabo de emergência,
Segundo
do acelerador do seu
Tiago dos Santos,
fazendo
Fusca eque o besouro
mecânico
você da possui
não ocina um
acelere com
Mille Duke,
componente extra?
segurança
é possível sua
e fácil
até–Não precisa
casa
– AGRADECIMENTO
Mille Duke
www.milleduke.com.br
mesmo sem a presença de um cabo de acelerador. Para isso, o primeiro passo é soltar a mola de retorno
(fotos 1 e 2), guardando-a no bolso ou no porta-luvas para não perdê-la. Depois, com uma chave defenda
comum, aperte o parafuso que regula a rotação do motor (foto 3). Se você estiver na cidade, esse procedi
mento fará com que o motor ganhe uma aceleração sucientemente constante para levá-lo até sua casa ou até
a ocina de sua conança. Se você estiver na estrada, a dica para ganhar mais aceleração – e, consequentemente,
velocidade – é soltar o parafuso totalmente, retirar a mola que o “veste” e voltar a apertá-lo (fotos 4 e5).
1 2 3 4 5
34 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
CABODEEMBREAGEM Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave soquete 17 mm (com catraca ou
formato de “L”)+ alicate + chave defenda
DIFICULDADE:
Dura até
acabar...
O cabo de TEMPOMÉDIO:
embreagem pode 1 hora e 30 minutos
durar toda a vida
útil do besouro.
trocado
Mas vale ser
numa Embora e os avançados sistemas embarcados ve
nham substituindo antigos e tradicionais com
ponentes nos automóveis modernos, o “velho
restauração
conhecido” cabo de embreagem ainda é o
meio mais comum para acionar a embreagem nos
veículos equipados com câmbio manual. No Fusca, este sempre foi um
componente bastante peculiar. Trata-sede um cabo de aço trançado que
corre dentro de um conduíte; o conjunto é denominado cabo Bowden.
Bastante resistente, o cabo de embreagem pode durar por toda a vida
útil do besouro, mas ele também pode sofrer desgaste prematuro
provocado pelas condições de uso e locais por onde circula. “E sua
substituição é bastante trabalhosa, não devendo ser realizada por
quem não possui experiência com mecânica”, alerta José Lucimar
Rodrigues, mecânico da oficina paulistana Garage Web. “Se a pessoa
arriscar e não conseguir concluir o serviço, acabará sendo obrigada a
levar o veículo de guincho até uma oficina”, diz.
De acordo com o especialista, no entanto, vale a pena trocar o cabo de
embreagem (mesmo que ele esteja em bom estado) quando o trabalho
envolver, por exemplo, uma restauração completa. “Neste caso, o reco
mendado é fazer a substituição do componente com o chassi ainda
‘cru’; ou seja, desmontado da carroceria”, ensina Rodrigues. “Assim,
fica
motor
ensina
maiso passo
fácil na
quanto ter
a passo aos observa
pedaleira”,
acesso
a seguir
terminais
(também tanto na área
o especialista,
realizado que
do
num
Éraro,maspodeacontecerdeocaboda
chassi“cru”, para facilitar o trabalho fotográfico e melho embreagemarrebentar,oquenormalmente
rar o entendimento de cada etapa do processo). acontecejuntoàporcaborboleta,napontatraseira
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 35
NO CASO DE BUGUES E OUTROS MODELOS DE PLATAFORMA 4
! ENCURTADA, É PRECISO REDUZIR O TAMANHO DO CABO.
3
7
GUIAGUIAOFICINAOFICINA FUSCAFUSCA&&CIACIA
Passe o cabo novo pelo conduíte existente no interior do túnel do 11
chassi até que ele saia na outra ponta, próxima do motor. Impor
tante: é preciso lubricar o cabo com graxa durante o movimento
de passagem pelo conduíte.
Encaixe o cabo no
engate do pedal da 9
embreagem (localizado
à direitado
Uma dica é acelerador).
amarrar
se solte no interior do
túnel do chassi.
10 13
Fixe a pedaleira, apertando os dois parafusos com a Por m, passe o cabo no terminal “traseiro” e xe-o com a
chave soquete de 17 mm. porcaborboleta.
! PEQUENOSCUIDADOS
Ao nalizar o serviço de troca do cabo da embreagem, é importante observar al
guns detalhes. “O pedal, por exemplo, deve ter uma folga de 10 mm até começar a acio
nar a embreagem”, ensina o mecânico José Lucimar Rodrigues. “É o chamado curso de
folga, para que o cabo que relaxado.” Outra dica dada pelo especialista é sobre a troca
também do exível (foto), que tem um papel importante no funcionamento do conjunto.
“A envergadura do exível inuencia no comportamento da embreagem. Ele deve car
ligeiramente arqueado. Se car muito esticado, provavelmente a embreagem vai trepidar
devido ao deslocamento do motor nos coxins em relação ao chassi. O arqueamento do
exível serve para compensar esse movimento.”
REPARODAALAVANCADECÂMBIO Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave 13 mm + chave 8 mm + chave de
fenda média + alicate
da
Fiquena
chapa-guia
para
prestar errar
Épreciso
atento!
correta
não
atenção
posição DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
2 horas
de economizar.
38GUIAOFICINAFUSCA&CIA desgastenosencaixesdasextremidades
APÓS DESMONTAR O CONJUNTO, LUBRIFIQUE COM GRAXA
4
! TODAS AS PEÇAS ANTES DE COMEÇAR A REMONTAGEM.
Remova o assento
5 do banco traseiro.
Abaixo dele, no túnel
central do chassi,
há uma tampa que
dá acesso à luva de
Remova tapetes, revestimento do assoalho e (se for o ligação entre o varão
caso) console para ter acesso aos dois parafusos que e a haste seletora do
fixam a base da alavanca de câmbio ao chassi. câmbio. Use a chave
defenda para soltar
o parafuso e abrir
2 a tampa.
3
Retire a luva, que é
um dos componen 7
tes que devem ser
trocados numa ope
ração de reparo do
comando de câmbio.
Para
do isso, com
alicate, desencaixe
ajuda
o varão da luva e de
Com o auxílio da chave de 13 mm, solte os dois parafusos pois puxe-a para fora
que fixam a base da alavanca de câmbio ao chassi. da haste seletora.
12 De voltaaointerior do veí
culo, no orifício da alavanca,
retire com a mão a bucha
antiga (caso ela ainda não
Do lado de fora do veículo, use a chave de fenda para tenha saído com o varão)
retirar as duas tampas das escotilhas que ficam atrás do presente num anel dentro
estepe e na saia dianteira. do túnel do chassi. Em
seguida, acomode abucha
no
chave
ou um
escotilha
cabeçote do para
retiraratampada
Levante
chassi.
escotilhasformam
comelevadoreuse
defenda
Essastrês
omacaco
existente
veículo a novano mesmo local.
9
Depois de xar a novabuchaao anelinterno
do
Isso facilitará
naahora
passagem
interior com
13
túnel,
câmbiolubrique o de remontar
dodela
novo
o conjunto.
varão
graxa.
de
os
Aliás,
bo”encaixes
do varão,nanohora
qualda
é importante vairemontagem
lubricar com graxatodos
encaixada a(“cachim-
alavanca
alicate, “pesque”
o varão no interior
do túnel do chassi
! Depois de montar a alavanca e chapa-guia no túnel do
chassi, verique se, a seleção de marchas está correta, ou
seja, se ao encostar a alavanca no m de curso lateral no
lado esquerdo, a primeira engata com total facilidade. Caso
e empurre-o em contrário, afrouxe um pouco os dois parafusos com a chave de 13
direção à dianteira mm e dê ligeira pancada lateralmente na chapa-guia, aperte os para
fusos e verique se cou certo Se necessário, repita a operação até o
do veículo.
correto posicionamento da alavanca no chassi, que traduza elmente
a seleção de marcha feita pela haste seletora dentro do câmbio.
! se
DICADOMECÂNICO:OQUETROCAR?
acionamento
garantiro
o câmbio da caixa
Operfeito
passo
apresentardesintomas
afuncionamento
passo câmbio.
acima ensina
como
Mas quais
como
vibração,
são as
do conjunto?“Esse ou alavanca
desmontaremontar
ruído
peças
reparo
quedeve
devemostrocar
ser depara
oimprecisana
sistema
feito apenas
3
2 1
hora de trocaras marchas”, detalhao engenheiroWalter Abramides. Segundo ele,
as peças que devem ser trocadas são aluva de ligação (foto1), o varão (foto2) e a
buchado varão(foto3). “Abuchasofre um desgastenatural, enquanto o varão e a
luvasão prejudicadospor movimentos bruscos na alavanca”, diz. “Em geral, ocorre
o desgaste dos encaixes desses componentes. Em casos mais especícos, é preciso
substituir até mesmo a alavanca de câmbio”, explica o especialista.
40
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
DUASPONTEIRAS Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Duas chaves de 13 mm + espelho
Ruído
Além
reduzido
ponteiras
osdegases,
Fusca
silenciador
levam do
em
aso
dissipar Para de
sicoescapamento
muitos
adorno, não apassam
ou incrementar
com
proprietários
a finalidadede
deFusca,
de componentes
asode
esportividade
realçar visual
ponteiras
acordo de
clás- DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
20 minutos
seu inteirior com o desejo de cada proprietário. “Não é bem assim”,
aponta o engenheiro mecânico Walter Abramides,
proprietário da oficina paulistana Garage Web. “As duas
ponteiras do besouro são conectadas à caixa de fluxo e têm como
função receber e dissipar os gases gerados pelos cilindros do motor”,
explica o especialista. “Além disso, é no interior das ponteiras que se
encontram os silenciadores, responsáveis por reduzir o nível do ruído
gerado pelo tradicionalmente barulhento motor refrigerado a ar”, diz.
Segundo Abramides, as ponteiras do Volkswagen Sedan podem durar
muitos anos, “devendo ser substituídas apenas quando houver neces
sidade técnica; ou seja, a deterioração dos silenciadores, ocasionando
excesso de ruído”, aconselha o engenheiro. “Mas há também quem
efetue a troca por motivos de estética, quando as ponteiras perdem o
cromado ou exibem aparência de desgaste excessivo.”
Seja qual for o motivo, a troca de ponteiras usadas por componentes
novos é uma tarefa bastante fácil e barata, com um par de ponteiras
custando em média R$ 50. “Difícil é achar componentes novos com
a mesma qualidade dos originais de fábrica. As ponteiras produzidas
atualmente são conhecidas por apresentar um assobio característico”,
detalha Abramides. Vale lembrar, ainda, que as ponteiras tornaram-se
mais curtas a partir de meados de 1970, com a troca dos para-choques
tipo “poleiro” pelos de lâmina única. Além disso, tanto os besouros pro
duzidos até julho de 1955, quanto a versão Pé de Boi, lançada em 1965,
e o Bizorrão 1600-S, de 1974, têm ponteira única de escapamento,
O que a julho
passo
já que de ao
sendo
dor.
até
pamento
1986, até
equipadoo Fusca
passocom 1955
a seguiravale
“Itamar”, de
ponteira
catalisador erapara
apenas
e1993
também de
1996, vinhaúnica.
aincorporada
modelos
saída comsilencia
fabricados
esca- tambémpodem
Baratasefáceisdetrocar,asponteiras
sersubstituídaspararealçarovisualdoFusca
TROCANDOAPONTEIRA
Em seguida,
1 2 saque para fora
a ponteira usada.
Se houver dificul-
dade para retirá
-la, balance--a
sem fazer muita
força para os la
dos ou utilize um
pequeno martelo
Com as duas chaves de 13 mm, segure uma das porcas de borracha para
enquanto
prende a outra éà afrouxada
a ponteira para de
caixa de fluxo liberar a braçadeira que
gases. ajudar a despren
der a peça.
CAÇANDOVAZAMENTOS
1 2
Ao realizar o serviço de substituição das ponteiras de escapamento, vale aproveitar para verificar a existência de vazamen
tos de gases nas junções dos quatro tubos que levam os gases dos cabeçotes para a caixa de fluxo (foto 1), sobretudo, se
o carro estiver suspenso no elevador. Para isso, a dica é pôr o motor em funcionamento e usar um espelho na proximidade
de cada junção (foto 2). Se o espelho embaçar com a presença de gases quentes, é sinal de que há vazamento no local.
4242 GUIAGUIAOFICINAOFICINAFUSCAFUSCA&&CIACIA
Em geral, as ponteiras personalizadas não trazem silenciador em seu corpo
! interno, fazendo que o besouro emita muito mais barulho!
MUDANDOOVISUAL...EORONCODOVELHOBOXER!
Para incrementar o visual do pacato besouro, muitos proprietários fazem uso das mais diver
sas formas de ponteiras de escapamento, sejam voltadas para baixo, para cima ou no sistema
4x1, com saída única em vez de dupla. O que muitos não sabem é que esses componentes de
customização disponibilizados no mercado de autopeças normalmente não trazem a chapa do
silenciador em seu corpo interno. Como todo o ruído do motor boxer do Fusca é contido nas
ponteiras, a personalização acaba não só alterando esteticamente, mas também provocando
muito mais barulho quando o carro é ligado.
TROCADOÓLEO Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
funil+ chave de 21 mm (em alguns
modelos achave é de 19mm)
TEMPOMÉDIO:
de trocar a 10 minutos
peneira
Componente
deve ser
substituído
Quando chegou ao Brasil, o Fusca
pedia a troca de óleo do motor a
cada 1.250 quilômetros rodados –
a cada duas
ou até mesmo diariamente, caso
trafegasse por estradas muito poeiren
trocas de óleo
tas, conforme destacava o manual do
proprietário. Atualmente, um motor Volkswagen refrige
rado a ar, bem regulado e sem vazamentos, pode rodar até
7.500 km sem necessidade de troca. “O óleo evoluiu muito
ao longo desses 60 anos”, afirma Lúcio Mauro, mecânico
da oficina Mille Duke, de São Paulo. “Se o dono do carro
quiser adotar uma medida bem precavida, a recomen
dação é substituir o óleo a cada cinco mil quilômetros
ou a cada seis meses, o que acontecer primeiro”, atesta
o especialista. Independente da cilindrada, todo motor
Volkswagen boxer leva 2,5 litros de óleo no cárter. “E use
sempre óleo mineral ou, se for o caso, específico para mo
tores com mais de cem mil quilômetros”, observa Lúcio.
“Jamais utilize óleos semissintéticos ou sintéticos, que são
muito finosrecomenda
temperaturas.”
mecânico e não
Como Fuscaa não
apresentam
oainda substituição
bompossui filtro
desempenho deem
da peneira altas
doo
óleo,
cárter
de óleo.
apenas (que custa
limpar
“Muita R$ 20,
agente emémédia)
peneirajá
ignora esse detalhe
a cada
suficiente”, ou
duas
acha
aponta o espe-
que
trocas Oóleomineraladequadoparaosmotores
boxerVolkswagenéodeclassificação
44 cialista,
GUIAOFICINAque ensina a
FUSCA&CIA
operação no passo a passo a seguir. APISJeviscosidadeSAE20W-50
4
Deixe escorrer so
bre um recipiente
todo o óleo usado
presente no cárter.
Se tiver chegado o
prazo de substituir
também a peneira,
esse é o momento,
1 com o cárter vazio
Na falta de um elevador, a dica é posicionar o carrosobre (veja como no box
a calçada com atraseira projetada para fora da guia. Isso Dica do Mecânico).
permitiráo acessoà tampa do bujão de escoamento do cárter com
o carro nivelado. Se o veículo for erguido com um macaco, o cárter
cará desnivelado e parte do óleo vaiacumular no interior. Após escoartodo o óleo do cárter, recoloque o parafu
so de vedação e aperte-o com a chave de 19 mm.
O nível
adequado
9
ca entre as
duas marcas
da vareta de
óleo. Tudo
correto, seu
VWjá pode
voltar a
rodar.
! DICADOMECÂNICO:TROCADAPENEIRA
Ignorada por motoristas e até mecânicos, a troca da peneira do cárter de óleo do Fusca deve ser realizada a cada 10
mil quilômetros. Como o besouro não possui ltro de óleo, é ela a responsável por reter a limalha provocada pelo atrito das
peças móveis do motor. Segundo o mecânico Lúcio Mauro, a troca da peneira deve ser realizada durante a substituição do
óleo, logo após o escoamento de todo o antigo lubri
1 2 cante do cárter. O preço dela é relativamente baixo e o
custo-benefício compensa. Para isso, o primeiro passo
é retirar (com uma chave de 10 mm) os seis parafusos
que xam a tampa do bujão de escoamento do cárter
(foto 1). Em seguida, retire a tampa (se houver muita
pressão, use uma chave defenda) e remova a peneira
usada (foto 2). Além da peneira, é recomendável trocar
também a tampa do bujão de abastecimento e as
duas juntas de papelão que ajudam a vedar o conjunto
(fotos 3, 4 e 5).
3 4 5
46
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
FILTRO DE AR Dicas!
FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave defenda média
DIFICULDADE:
1975, o
AtéÀmodaantiga TEMPOMÉDIO:
25 minutos
do besouro
nacional
ltro deera
“banhado” ar
a óleo... Como filtrocarburador
pelo
atmosfera,
odepróprio
ar evitando
é barrar
nome
e cheguem
aque
já
poeira
diz,
sujeiras
aao
presente
função
interior
do
na
passem
Em uma
superfície
plana, libe
reas pre
silhas que
prendem a
tampa do
ltro de ar
e retire-a
para ter
acesso ao
! O ÓLEO USADO PARA COMPLETAR O NÍVEL
DO FILTRO DE ARÉO MESMO USADO NO
MOTOR BOX DE SEU VOLKSWAGEN. EM
comparti GERAL, O FILTRO DE AR REQUER APENAS 150
mento que ML DE ÓLEO. JAMAIS EXCEDA O LIMITE INDICA
armazenaoóleo. DOOU DEIXE DE COMPLETÁ-LO ATÉ O FIM.
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Após completar o nível com óleo novo, recoloque a tampa do
filtro e prenda-a com as presilhas. Mais uma vez, cuidado
para não virar o filtro e derramar óleo no transporte da ban
cada de trabalho até o motor do veículo.
7
Posicione o filtro de ar sobre o carburador. Com a chave de
fenda, aperte o parafuso da braçadeira que fixa o conjunto.
Por fim, é importante não esquecer de recolocar a mangueira
de respiro no lugar. Pronto, o motor do seu besouro já pode
“respirar” tranquilo novamente!
DICADOMECÂNICO:ATENÇÃOAONÍVEL
! A tarefa de substituir o óleo do ltro de ar é
bastante simples e pode ser realizada por
qualquer proprietário na garagem de casa. Para
o engenheiro Walter Abramides, deve-se car
atento apenas a alguns detalhes importantes.
Um deles é na hora da limpeza (foto). “É impor
tante não deixar qualquer umidade no interior
do ltro. O ideal é deixá-lo secar ao sol por
alguns minutos antes de completar o óleo”, diz
o especialista, que chama a atenção para outra
dica. “Respeite sempre o nível indicado. Filtro
com pouco óleo não cumpre o papel de ltrar
as impurezas do ar. Já o excesso de óleo pode
provocar vazamentos com o carro em movi
mento, sobretudo em ladeiras”, aponta Abrami
des, que lembra: “Vazamento de óleo em partes
quentes do motor é uma das principais causas
de incêndios...”.
FILTRODEPAPEL Dicas!
FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave defenda média
DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
20 minutos
Prazo maior
O elemento
de
troca
20
de papel
para
do km...
ar mil
intervalo
estendeultro
de
até
o Lançado em 1974, o Super Fuscão 1600-Smarcou uma
importante evolução na mecânica do besouro nacio
nal: a substituição da filtragem do ar para o carbura
dor, que era do tipo malha de aço e óleo, pelo filtro
“seco”, com elemento filtrante de papel. A partir de julho
de 1975, a novidade foi estendida para toda a linha Fusca
brasileira, independentemente de cilindrada ou número de carburadores.
Hoje, o elemento filtrante de papel é usado universalmente.
Além de uma manutenção mais simples e limpa, o filtro de ar seco também
prolongou
sistema exigia a troca do
o intervalo de óleo a cada cinco
substituição do elemento filtrante. ou
mil quilômetros; “O até
antigo
antes,
caso o veículo trafegasse por estradas de terra. Já com o filtro de papel, a
Umadicaimportanteélevarofiltro
usadoparaconferirasespecificações
troca pode ser prorrogada para até 20 mil quilômetros”, informa o enge
O especialista
nheiro mecânico alerta,
Walterporém, para ada
Abramides, importância
oficina Garage Web. o filtro de
de manter etamanhosantesdecomprarumnovo
ar sempre em perfeito estado (especialmente para os exemplares que vão passar pela Inspeção Veicular
Ambiental, já adotada em algumas capitais brasileiras). “Filtragem deficiente aumenta o desgaste de ci
lindros, pistões e anéis, prejudicando a vida útil do motor como um todo”, detalha. “E olha que um filtro
novo não custa mais do que R$ 25, sendo a tarefa de substituir o componente bastante simples, podendo
ser realizada por qualquer um na garagem de casa”, aponta o engenheiro.
50 GUIAOFICINAFUSCA&CIA
1
Com a mão, afaste a mangueira de respiro que liga o
ltro de ar ao separador de vapor de óleo.
4
Aproveite a ocasião
da troca para lavar o
suporte do ltro com
água e sabão. Antes
de seguir para o próxi
mo passo, certique
-se de que tudo está
completamente seco.
5
2 Com a chave de fen
da, solte o parafuso
da braçadeira que
fixa o filtro de ar sobre o car
burador. Depois, puxe-o com
as mãos para liberá-lo.
! DICADOMECÂNICO:JATODEAR?
Uma prática bastante comum e largamente oferecida em postos de combustíveis é a limpe
za do elemento ltrante de papel com a promessa de prolongar a vida útil do componente.
É o famoso “jato de ar sob pressão”.
“Essa limpeza até pode ser feita,
sobretudo após trafegar em estradas
de terra. Porém, tudo o que ela fará
será eliminar um pouco da poeira
alojada na superfície do ltro. Em
hipótese nenhuma isso irá prolongar
o intervalo determinado para a troca
do componente”, arma o engenheiro
Walter Abramides, que alerta: “E sem
pre direcione o jato de ar de dentro
para fora. Se for realizado no sentido
contrário, danicará os elementos de
papel responsáveis pela ltragem”.
52 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
Dicas!
RADIADORDEÓLEO
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de boca de 21 mm + chave de boca + chave
“L” de 10mm “L”+ chave especial(torta)de 10
mm pararadiadorVW+ chave estrelade 8mm+
chave combinada de 13mm + chave defenda
engenhosa
A adoção do
Solução DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
1 hora e 30 minutos
radiador de óleo
na resfriamento
e no
foi durabilidade
do motor
fundamental Ele pPorém,
cessário
roprietários
opara o bom
fica escondido
neme,dsaibam
radiador óleo por
etalvez isso,existência.
édeextremamente
sua
funcionamento muitos
ne
do motor
Volkswagen boxer refrigerado a ar. O componente foi sabiamen
te adotado por Ferdinand Porsche, uma vez que o
motor do Fusca na traseira acaba não recebendo
ar direto para ajudar no arrefecimento. “Como o cárter do motor
Volkswagen leva apenas 2,5 litros de óleo, o radiador acabou sen
do a melhor solução para resfriar o lubrificante e, por conseguinte,
o próprio motor, mesmo em situações extremas, o que corroborou
para a fama de robustez adquirida pelo modelo”, atesta o enge
nheiro mecânico Walter Abramides, da oficina Garage Web.
Segundo o especialista, entretanto, é preciso ficar atento a qual
quer suspeita de perda de eficiência do radiador ou vazamento
de óleo, geralmente ocasionado pelo desgaste dos dois anéis de
borracha sintética sobre os quais o componente é fixado no motor.
“A perda de óleo significa também perda de pressão do lubrifi
cante, o que pode gerar diversos males aos componentes internos
do motor. Por isso, ao menor indício de vazamento, é necessário
verificar o estado e, se for o caso, substituir os anéis de
vedação”, recomenda Abramides. “Como o radiador
ficaocultonointeriordacarenagemdaventoinha,dáumpoucodetrabalhoacessá-lo.Masnãoétãodifícil Oradiadordeóleoficaocultonointeriorda
carenagemdaventoinhadomotorBoxer,masdeveserexaminadocomcertafrequência
quanto parece”, afirma o profissional, que ensina o
serviço completo no passo a passo a seguir.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 53
É preciso também
4
soltar a correia. Para
ANTES DE INICIARO SERVIÇO, CERTIFIQUE-SE
! DE QUEO MOTORESTEJADESLIGADO!
isso, use uma chave
de 21 mm para
afrouxar a porca da
polia do gerador (a
menor, ou a de cima).
Use uma chave de
fenda para travar a
polia, atuando como
alavanca para facilitar
o serviço. Não é
necessário retirar a
retirada
polia,
apertoapenas aliviar
paradafacilitara
correia.o
Na sequência, use
5 a chave de 13
mm para soltar a
forte braçadeira do
1 Comece o serviço retirando a mangueira do suporte que prende
respiro do óleo. o gerador (dínamo
ou alternador).
54
2 Em seguida, use a chave de fenda para afrouxar a braça-
deira e liberar a retirada do ltro de ar sobre o radiador.
3 Removidostodos os
obstáculos, use a
chave de 10 mm para
Desligue ainda soltar os dois parafusos
a bobina e reti laterais que prendem a
re o cabo que carenagem da ventoinha
a conecta ao pela base. Mais uma
distribuidor. vez, não é preciso tirar
os parafusos, apenas
afrouxá-los.
7
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
8 Pronto, já
é possível
sacar a
carenagem
da ventoinha
e ter acesso
ao radiador
de óleo, que
ca do lado
esquerdo
olhando-se
para o motor.
Pronto,
11
a devidajáremover
radiador
possível érealizaro
emanuten- Remonte tudo,
10 ordem
seguindo
inversa da
desmontagem.
a
AGRADECIMENTO
Garage
Web
Rua Dr. Elias Chaves,
ção (veja box).
160, Santa Cecília,
São Paulo - SP
Tel.: (11) 3222-1424
! DICADOMECÂNICO:ANALISANDOORADIADOR 1 2
Segundo Walter Abramides, o primeiro item a ser veri
cado no radiador de óleo do Fusca é o estado dos dois anéis
de borracha sintética que cam na base do componente e têm a
função de garantir a perfeita vedação (fotos 1 e 2) do lubricante.
“A recomendação é sempre substituí-los ao vericar o radiador de
óleo, já que o custo é irrisório”, defende o especialista. Outro de
talhe é o deslocamento ou mesmo a ausência da telinha existente
na lateralnão
a telinha direita do radiador
chega (foto 3).a “Mesmo
a comprometer eciênciasolta ou faltando,
do radiador. Mas 3
gera aquele ‘assobio’ agudo característico de alguns motores,
razão pela qual muitos proprietários, sobretudo jovens, retiravam
-na propositadamente nos anos 70”, detalha o prossional. Por m,
Abramides recomenda que se aproveite a retirada do radiador para
lavá-lo bem com um solvente (querosene, por exemplo). “É normal
muita poeira acumular no radiador, reduzindo sua eciência.”
FREIODIANTEIROATAMBOR Dicas!
FERRAMENTANECESSÁRIA
duas chaves de 27 mm + alicate + chave
defenda + martelo pequeno + talhadeira
“cega” (sem corte)
DIFICULDADE:
Como veículo
1 ainda no chão,
Ainda como mar
em superfície telo e atalhadeira,
desdobre a chapa
completamente
metálica que fun
plana, e ofreio
ciona como trava
de mão acio
dasporcas.
nado, retire a
calota. Em se
guida, afrouxe
os parafusos, Com o auxílio
para, só então,
5 das duas cha
ergueroveículo ves de boca 27
e retirar a roda. mm, imobilize
a porca interna
enquanto a
contraporca
externa é solta
e retirada.
da roda do lado do
motorista, é preciso retirar
6
(com o auxílio de um alica
te) o pequeno contrapino
que atua como trava do
cabo do velocímetro.
3
Em seguida,
com o auxílio de
uma talhadeira
Com uma das
sem corte e um
chaves de
martelo peque
boca 27 mm,
no, remova com
retire, então, a
leves pancadas a
segunda porca
calotinha que dá
do rolamento
acesso às porcas
docubo.
do rolamento do
cubo. 7
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 57
um
8
Com a
mão, puxe
10 Com alicate,libereas duas
molas de retorno das sapatas. É
para fora o importante observar que uma mola é
rolamento mais na que a outra e tomar cuida
encaixado do para não inverteras posições. A
no centro mais na vai sempre ao lado das ro
do cubo. das dentadas das sapatas, enquanto
a mola mais grossaé xada ao lado
do cilindro (sempre voltado para o
interior do veículo).
12 Pronto, já é possívelretiraras
sapatas gastas e substituí-las por
componentes novos. Feito isso,
repitatodo o processo de maneira
inversa, observando com atenção
Em seguida, remova otamborfreio (se estiver muito preso, utilize o as regulagens indicadas no box
Dicado Mecânico.
auxílio do martelo).
! DICADOMECÂNICO:REGULAGENSFINAIS
Após substituir as sapatas das lonas do tambordianteiro, é preciso car atento a duas regulagens importantes. A primeira
dá-se no momento do aperto da porca internadorolamento do cubo (foto1). “O segredo é apertá-lasomente até que ela
encoste no nal da rosca; depois, retorne 1/3 de volta para livrar todo o conjunto”, ensina Walter Abramides.Feito isso, veriquese o
movimento do tambor não está comprometido, girando-o com a mão (foto2). Depois demontado todo o conjunto, é chegada a hora
de regular o freio (serviço que deve ser repetido a cada 5 mil quilômetros). A regulagem é feita com o auxílio de uma chave defenda,
utilizada para mover as rodas dentadas, cujo acesso se dá por um orifício especíco presente no próprio tambor (foto 3). Gire a engre
nagem superior para a direita até o nal, travando o movimento do tambor. Depois, retorne dois dentes para liberar o movimento do
conjunto (esse é o acerto ideal). Repita o processo na roda dentada da sapata inferior.
1 2 3
58
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
TROCADAS Dicas!
PASTILHAS
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
martelo + pino + chave de
fenda média
DIFICULDADE:
Fique de olho!
Asdevem
pastilhas
cada
trocadas 5 ser
entre
mil
quilômetros
avericadas e TEMPO MÉDIO:
15 minutos por roda
em formato de
1os cruz, que pode
Em
parafusos e ter oafrouxeos
poissuperfície
acionado,
erga veículo
acesso aocom
totalmente
disco de freio.
oplana
macaco
parafusos Como
edacom o dianteira
para,
roda freio de mão
esoltar
sósegurança
então, de- pular para fora na
retirada dos pinos
de trava).
extra, jamais cone totalmente no macaco. O ideal é calçar bem Caso amola em de cruznão tenha
3
(com a própria roda, madeira ou pedra) o veículo levantado. depressão formato
saído sozinha, retire-a com as mãos. Essamola ca
atrás dos pinos e tem como função dar pressão e tra
Com o auxílio da chave
defenda, faça uma
5 vartodo o conjunto quando montado, evitando ruídos.
Use o martelo e
o pino para fazer
correr para fora
do “trilho” os dois
(de cima e de bai
xo) pinos de trava
das pastilhas.
APÓSENCERRARATROCADASPASTILHAS, JAMAIS SE
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
7 8
Após retirar as
pastilhas usadas,
Coloque as novas pastilhas
use novamente a
chave defenda de freio em seus devidos
como alavanca e lugares. Muita atenção à po
certique-se de que sição correta das pastilhas
o pistão foi total em relação ao disco. Não é
preciso nenhuma regulagem
mente retornado.
da pastilha, pois a tarefa é
Ao fazer isso, verique se há um pouco de espaço no
reservatório do uido de freio, pois o retorno do pistão feita automaticamente pelo
tende a retornar um pouco de uido para o reservatório, cilindro-mestre quando o
que muitas vezes é inadvertidamente completado em freio é acionado.
postosdecombustível.
Repita o processo de forma inversa para
montar
9
pinos,oque
posicionarconjunto,
a mola denão
travam sozinhos
pressão
esquecendo
ao
atrás dos
de
serem
LONATRASEIRA Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave tipo soquete de 36 mm + alicate +
chave defenda + martelo pequeno
importante
Detalhe DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
A operação a 25 minutos por roda
seguir é válida
rodas
modelos
apenas com
de cinco
parafusos,
para Você para numa rua íngreme, puxa o freio
de mão e, mesmo assim, o besouro insiste
em sair da inércia? Aproxima-se de um
semáforo e o pé tem de ir cada vez mais
fundo no freio até o carro parar, exigindo “bom
utilizadas no
bear” o pedal? Se as respostas forem positivas,
Fusca até 1974
talvez tenha chegado a hora de substituir as
lonas do sistema de freio do seu besouro. Este sistema do Fusca
requer regulagem periódica (veja como no box Dica do Mecâ
nico) e checagem completa a cada 5 mil quilômetros. “Neste
momento, é necessário verificar a profundidade dos rebites
em relação à lona. Se o orifício do rebite já quase não existir,
então é preciso trocar as lonas velhas por componentes novos”,
explica Walter Abramides, engenheiro mecânico e proprietário
da oficina Garage Web. “Um trabalho rápido e simples, que
pode ser facilmente realizado pelo proprietário do veículo na
garagem de casa”, salienta o especialista. Em média, o par de lo
nas traseiras para besouros com rodas de cinco furos (modelos
1200 e 1300, fabricados até 1974) custa R$ 17. Ou seja, trocando
as lonas em casa, o proprietário gastará, em média, R$ 40 em
peças. Uma boa maneira de economizar, já que algu
mas oficinas
viço apenas naschegam
rodasatraseiras. R$ lembrar
cobrar atéVale 180 peloque
ser- a lonaéoparâmetroparaavaliarodesgaste.
Aalturadoorifíciodorebiteemrelaçãoà
operação nas rodas dianteiras é diferente, pois requer
ajuste da folga dos rolamentos cônicos na montagem, Estatarefadeveserfeitaacada5milkm
assunto que será visto numa futura edição.
62GUIAOFICINA FUSCA&CIA
APÓS TROCAR AS LONAS TRASEIRAS, É HORA DE REGULAR 4
! O FREIO DE MÃO.
Com o auxílio de
um macaco, erga
a roda do chão e
solte com a mão a
porca do cubo que
já foi afrouxada.
Libere o freio de
5 mão e retire o
tambor (não é
preciso soltá-lo
da roda).
3
Na sequência,
repita a ope
Com a chave tipo ração com a
soquete de 36 mola superior.
mm, afrouxe a
porca docubo da
rodatraseira.
7
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 63
8
Ainda com o
alicate, solte
11
as molas
da
-a
volta
para
Para para
degire-a trás
fazê-lo,
liberá-la.
trava
pressione-
e sapata.
½ Para colocar as novas
sapatas com as lonas
de freio, executetoda
a operação de maneira
invertida. Nunca esqueça
de xar o cabo do freio de
mão a uma das sapatas
do freio traseiras.
Como
pontas dadobre
alicate, as duas
cupilhasobre
14
lateral da porca paratravá-la.
Depois, é só encaixara calota
e repetira operação na outra
10 Observação: no casodasrodastraseiras, uma das sapatas
rodatraseira. A operação de
substituição das lonas defreio
também estará presaaocabo de acionamentodofreio de mão. das rodas dianteirasé assunto
uma
para outra edição...
! DICADOMECÂNICO:REGULANDOOFREIO
Conforme a lona de freio vai se desgastando, é recomendado fazer ajus
tes para manter a eciência de frenagem diante da nova situação, o que é bastante
simples. Basta soltar as calotas e girar as rodas dentadas de ajuste das sapatas
(como visto no 12º passo). O serviço pode ser feito com o auxilio de uma chave de
fenda. E não há necessidade de soltar a roda ou o tambor. As engrenagens de ajuste
podem ser acessadas por meio de orifício presente no próprio tambor (foto).
64GUIAOFICINAFUSCA&CIA
FREIODEMÃO
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
Dicas!
llo
e
V
az
mo
T:
ot
oF
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
duas chaves de 10 mm +
chave de fenda
DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
10 minutos.
freio
serde
Item de
emergência,
pode
para
segurança
frear
Em o carro
usado
caso
mão de
o Você de mão,
puxatambém
alavanca
chamado do
a
defreio
freio
de estacionamento, mas
o carro continua solto.
Quem nunca viveu essa
cena? Ou sofreu com um freio de mão
ineficiente na hora de arrancar numa
ladeira íngreme? De tão corriqueiro, o
problema é quase sempre ignorado, sen
do solucionado apenas nas ocasiões em
que o besouro “visita” uma oficina devido
a assuntos mais sérios. “E olha que não
há motivos para sofrer com freio de mão
desregulado. Na verdade, deixá-lo sempre
em
e rápida,
ordemque
é uma
qualquer
tarefaum pode fazer
bastante na
simples
SOMENTEEM ANTES
66 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Para que a alavanca nesta posição corresponda ao freio de
mão totalmente acionado, aperte ambas as porcas de baixo
das pontas roscadas com a chave de 10 mm até encostarem.
Depois, trave a regulagem, apertando a porca de baixo contra
a de cima, em cada ponta roscada.
DOCHÃONÃOPASSA!
Apopularcatracaéfixadaexternamente,nocorpodoeixo,parafacilitararegulagem
catraca, um semicírculo desenvolvimento de soluções marca registrada desta peça peça ou R$250, se instalada
dentado que, fixado por especiais para a suspensão que comercializa e faz a aqui”, detalha Alexandre.
solda na parte externa dos do Fusca e seus derivados adaptação na sua oficina, ele Para quem pretende fa
tubos, possibilita alterar com motorrefrigeradoa ar”, também distribui e instala a zer essa adaptação, mas
a posição dos feixes de lâmi detalhao mecânico. “Nossa manga de eixo dianteira des quer manter o conforto de
nas em relação ao corpo do propostavai desde a simples centrada, que é importada, rodagem, o especialista
eixo sem precisar desmon instalação da catraca atéo es além de fazer o estreitamen recomenda a instalação das
tar as mangas e os braços treitamento radical do corpo to do corpo do eixo dianteiro, mangas de eixo dianteiras
arrastados da suspensão. do eixo dianteiro para os be bem como fornecer facões descentradas: “Estas mangas
souros adaptados à tendência especiais para a suspensão têm o rolamento da ponta
ASDICAS DO “KATRAKA” Old School.” traseira. “A Katraka, que de eixo deslocado cerca de 5
Atualmente, tem aumentado Além da popular “Katraka”, possibilita reduzir a altura da centímetros para cima. Desta
a procurade interessados que, como faz questão de suspensão dianteira em até forma, elas funcionam da
em fazernão só este tipo de ressaltar Alexandre, virou 9 centímetros, custa R$ 90 a maneira correta,já que dei
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 69
ângulodefixaçãodofacãonasestriasdasbarras
Natraseira,orebaixamentoéfeitoalterandoo
70 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
O ESPECIALISTA RECOMENDA MANTER A
recortadosproporcionammaiorconfortonorodar
Mangasdeeixodescentradasefacões
TROCADOS Dicas!
AMORTECEDORES
Carroceria
rme no
asfalto
éda papel doos
amortecedor
O
controlar
movimentos
suspensão FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
chave de 17 mm + chave de 19 mm
DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
2 horas
Posicione o
novo amor-
tecedor,
encaixando
olhal inferioro
ao elemento
de rosca xo.
! DICADOMECÂNICO:VERIFIQUE OSBATENTES...
Retirar as rodas para realizar a troca dos amortecedores é também uma ótima oportunidade para vericar o estado
dos batentes dianteiros (foto 1) e traseiros (foto 2) da suspensão. “Se as peças de borracha, responsáveis por limitar o
curso da suspensão, estiveram danicadas (como as mostradas nas fotos), é preciso substituí-las”, avisa o engenheiro
e dono da Garage Web, Walter Abramides. Outra dica do especialista é jamais efetuar a troca dos amortecedores em superfícies
íngremes. “Faça isso somente no plano, com o freio de estacionamento ativado e as rodas travadas (foto 3).”
1 2 3
FUSCA&CIA
74GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
COLUNADEDIREÇÃO Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave de estria 27 mm + chave de
fenda média + alicate de bico
DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
30 minutos
Trabalho
simples
Problemas na
coluna de
comuns,
direção são
mas,
fáceis de
normalmente, Você de
-se
e a descanso.
com
alavanca corpo
de
Ouseta
faz ao curva, da
pior:
chave
não
retornaa alavanca
ovolta
de setas,
sozinha
volante movimenta
impedindo
em à posição
linha reta
buzina
prende
de
ter
chave
tas
o
à
com as
porca
botão para
acesso
àmãos
volante que
direção.
oede
coluna
de se-
a ! PARA EVITAR CHO
QUES ELÉTRICOS,
CERTIFIQUE-SE DE
QUE O CONTATO ESTÁ
DESLIGADO AS CHAVES
E
ESTÃO EM SEU BOLSO.
ISSO PORQUE BUZINA DO
A
FUSCA SÓ FUNCIONA (TEM
CORRENTE) QUANDO O
CARRO ESTÁ LIGADO
A B
Sem o volante, é possívelavaliar as condições da chave de seta. Se o problema é a falta de retorno da alavanca, existemtrês possibilidades:
1ª) o corpo da chave pode estar muito afastado do volante, impedindo que a plaquetade destrave do volante (detalheA) alcance alingueta
da chave de seta(detalhe B); 2ª) a chave de seta está soltae o volante passa a posição direto e, em vez de destravaralingueta, acaba
girandotoda a chave de seta; 3ª) alingueta ou a plaquetade destrave estão quebradas, exigindo a substituição do componente danicado.
76 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Com a chave de Use o alicate
fenda, solte o de bico para
parafuso que xa soltar a trava
a chave de seta à da mola da
coluna de direção. coluna de
Atenção: o parafuso direção,
não sai, devendo retirando-a
apenas ser afrou em seguida.
xado. Em seguida,
retire o componen
te com as mãos. 6
5
Por m, retire
7 o rolamento da
coluna de dire
ção, que deve ser
substituído caso o
volante apresente
folga ou, ainda, se
a buzina estiver
disparando sozinha
com o carro em
movimento.
! DICADOMECÂNICO:“BURACO”NACOLUNA
Muitas vezes, após a montagem e/ou ma
nutenção da coluna de direção, surge um “buraco”
esteticamente incômodo entre a chave de seta e o
volante. “Para corrigir essa distância, é preciso regu
lar os ajustes da árvore de direção existentes abaixo
do tanque”, ensina o engenheiro Walter Abramides.
“Mas, para isso, é preciso um pouco mais de conhe
cimento técnico, razão pela qual recomendo levar o
carro até uma ocina especializada.”
MEDIDOR ELÉTRICODO
NÍVEL DE COMBUSTÍVEL* Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defenda média + chave de 7
mmDIFICULDADE:
Padrão
antigo
O medidor
TEMPOMÉDIO:
equipou
besouro
nacional com
elétrico
o Entre produzido
da
de posição da
combustívelboia
meados
1961 eno Brasilno
de
elétrico quecom
vinha fazia
interior
1967, o besouro
domedidor
atanque.
leitura !
20 minutos
2
Por dentro do carro, puxe o medidor de combustível
para fora.
Em seguida,
use a chave 3
de 7 mm
para liberar
os cabos
elétricos
fixados atrás
do medidor.
Atenção: é
importante
memorizar
e/ou anotar
a posição
correta de
cada um dos
fios para não
! ATENÇÃO: NA HORA DE REMONTAR O
CONJUNTO, NOTE QUE A BOIA TEM UMA ÚNICA
DE DO
POSIÇÃO ENCAIXEDENTRO TANQUEDE COM
invertê-los BUSTÍVEL. POR ESSE MOTIVO, SEUS PARAFUSOS
na hora da NÃO SÃO ESPAÇADOS SIMETRICAMENTE.
remontagem.
7
Após retirar os cinco parafusos, basta sacar para fora a
boia e levá-la (como medidor) a uma loja especializada.
Mais tarde, após a loja devolver os componentes comos devidos
reparos, basta montartodo o conjunto na ordem inversa da
desmontagem e aproveitarobomfuncionamento do medidor de
combustível elétrico por outros muitos quilômetros.
! DICADOMECÂNICO:RETIRADADOPINODESEGURANÇA AGRADECIMENTOGarageWeb
80 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
MARCADORDECOMBUSTÍVEL* Dicas!
FERRAMENTANECESSÁRIA:
Chave defenda média
DIFICULDADE:
Tanquecheio?
quantidade
dúvida
É comum
marcadores
sobrena
motoristas de
combustível
desregulados
deixarema
V
tanque ocê
combustível
no
de.
cheio,
combustívelpainel
Ou pior:
mas
manda
em sobe
você
oe ponteiro
somente
ponteiro
completar
meio oao surpreendido
o indica
até
doQuem
amarcador
tanque
étrânsito. meta-
meio
desem
nun- TEMPOMÉDIO:
10 minutos
1
82 Antes de iniciar a regulagem, é importante que o carro esteja sobre um plano horizontal. Além disso, entende-se
que a tarefa exige a presença de, ao menos, duas pessoas: uma para fazer o ajuste do parafuso existente atrás do
marcador de combustível, cujo acesso se dá pelo porta-malas dianteiro, e outra para observar o comportamento
do ponteiro no instrumento do painel. O passo a passo a seguir pode ser realizado independentemente da quantidade de
combustível no tanque.
Abra o porta-malas, remova o papelão de proteção do painel e, sem seguida, retire a tampa protetora do impulsor da
2 bóia com o auxílio da chave de fenda.
Com movimentos leves, movimente o braço da boia e verifique se o cabo também se movimenta, sinal de que o sis
3 tema opera normalmente. Se tudo estiver certo, puxe o braço da boia totalmente para baixo, o que representa tanque
cheio. Segure o braço nesta posição e use a chave de fenda para virar o parafuso atrás do marcador. Pare de virar o
parafuso apenas quando o observador disser que o ponteiro está sobre a marca “cheio”, representada pelo 1/1.
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
Em seguida, movimente o braço da boia para cima e verifique se o ponteiro repousa sobre a marca da reserva,
4 representada pela letra R. Caso contrário, mantenha o braço na posição e vire o parafuso atrás do marcador até que
o observador confirme a posição correta do instrumento no interior do veículo. Pronto, seu marcador já está comple
tamente ajustado e você pode ter certeza de que ele indicará o nível exato de combustível no tanque.
!DICADOMECÂNICO:
CUIDADOSEXTRAS
Ao virar o parafuso na parte de trás
do marcador de combustível, faça-o
sempre sem usar a força, pois o pon
teiro do instrumento é sensível e pode
até quebrar se for pressionado em um
dos cantos do medidor. Outro cuidado
importante é manter sempre em or
dem o papelão de proteção interno do
porta-malas. Ele protege não apenas
a fiação, mas também evita que obje
tos soltos no porta-malas danifiquem
a boia do tanque de combustível e o
cabo de acionamento do marcador
(foto). No caso de rompimento do cabo,
é preciso comprar um novo conjunto
completo, inclusive com o instrumento.
VIDROSDASPORTAS Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Martelo + saca-pino + chave de boca 10mm
DIFICULDADE:
antigos
Sem
A troca riscos
de vidros
por
TEMPOMÉDIO:
30 minutos
componentes
tarefa
novos é uma
bastante
simples
Na
hora de adquirir
um Fusca, a presença
de vidros originais de
fábrica é motivo de
orgulho e alegria para qual
quer novo proprietário. Finalizado o tra
balho de restauração, entretanto, muitos
começam a olhar com desdém para aque
la peça riscada e com as marcas inerentes
ao uso e à ação do tempo... “Sobretudo, os
vidros das portas, marcados pelo cons
tante uso e pelo contato com a máquina
metálica responsável pelo movimento
de sobe e desce”, detalha o engenheiro
Walter Abramides, proprietário da oficina
paulistana Garage Web. Mas não há moti
vo para desespero. “Há no mercado uma
vasta oferta de vidros novos e originais d
se época em bom estado de conservação.
Fusca
que
E remover
pode
é uma
perfeitamente
e instalar
tarefa relativamente
um ser
vidro
efetu
na porta
simples,
do
ensinaopassoapassoaseguir.
adapeloproprietárionagaragemdecasa”,afirmaoespecialista,que Oconstantecontatodosvidroscom aspartesmetálicas
damáquinade“sobeedesce”éumdosprincipais
responsáveispelosincômodosriscosaolongodosanos
84 GUIAOFICINA
FUSCA&CIA
MESMO
Comprima o aro da maçaneta da porta contra o forro interno e utilize o martelo com o saca-pino para retirar o pino
1 de trava do componente. Após retirar o pino, saque a maçaneta para fora.
86
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
Texto: Antonio Moreira Fotos: Saulo Mazzoni
CORRENTESDEAR
Uma dasdemàs
mações
relação
tários de
aiores
Fusca érecla vedação e que aparece após
“correntes
proprie longo período de uso.
em Esta situação se agravanas
ro Walter Abramides, pro
prietário da oficina paulista
na Garage Web. “E também
a ser um pouco trabalhoso
caçar cada ponto de entrada
de ar e criar uma solução
regiões e nas épocas mais tem a situação inversa; ou de eliminá-lo. Mas nada que
de ar” na cabine, que surgem frias. “Além de falhas no seja, acessórios retirados, não possa ser feito comum
espalhadas por diversos projeto, que foram sendo cor como cabo de afogador, por pouco de paciência pelo
pontos da carroceria. Seja rigidas pela fábrica ao longo exemplo, deixando buracos próprio dono do Fusca, na
pelos cantos das portas, das dos anos, alguns exemplares abertos sem utilidade e garagem de casa”, afirma
janelas ou até mesmo por também apresentam corren propiciando a formação de o especialista, que ensina
trás do painel – muitas vezes tes de ar resultantes de furos correntes de ar.” alguns procedimentos,
acompanhado por um desa realizados por antigos donos A boa notícia é que é relati bem como aponta alguns
gradável odor de combus com o intuito de instalar ou vamente simples eliminar dos pontos mais críticos de
tível –, este é um problema adaptar algum acessório no aventilação indesejada do entrada de ar no besouro, no
comumente provocado pela besouro”, afirma o engenhei interior do veículo. “Chega passo a passo a seguir.
GUIA OFICINA FUSCA & CIA 87
ALGUMAS CORRENTES DE ARSÃO PROVOCADAS POR DESGASTES OU FALHAS DE PROJETO.
! OUTRAS DECORRENTES DE FUROSE ADAPTAÇÕES FEITAS POR ANTIGOS PROPRIETÁRIOS.
PORTA-LUVAS
As correntes arvindas pelo porta-luvas são mais comuns em modelos antigos, provocadas pela má vedação da estrutura
de
que vai xada no interior do porta-malas contra a parede internado painel. Além disso, também é possível que entre ar por
meio das pequenas aberturas por onde passam os braços da tampa do porta-luvas. Veja como eliminar o problema:
1 Com uma chave defenda, remova o parafuso da braçadeira existente no interior do porta-malas e que xa o porta-luvas. Em
seguida, retire a estrutura do porta-luvas.
CABODOAFOGADOR
Ofuro existente no assoalho do
porta-malas para a passagem do
antigo cabo do afogador tam
bém provoca as correntes de ar,
direcionadas para os pés dos
ocupantes dos bancos dianteiros. 2
Se o carro ainda tiver o cabo do 1 Primeiramente, verifique o Se o vão for pequeno, umatirade
afogador presente no assoalho do
interior do porta-malas, é preciso tamanho do vão existente entre o borrachapode ser suciente. Corte-anotamanho que
cabo e o buraco. Dessa forma, é possível
apenas vedar bem suas laterais. acharnecessário e depois cole-ajunto à carroceria.
Se o cabo não mais existir, pode-se definir qual o melhor material a ser Paranalizar, você pode lubricarlevemente aface
eliminar o problema por completo utilizado para vedar a passagem de ar internadatira deborracha, facilitando, assim, a passa
soldando o orifício por inteiro. (feltro, tira de borracha, etc.). gem e a remoção do cabo quandonecessário.
88 FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
NÃO HÁ REGRAS OU MANUAIS OFICIAIS PARA CORRIGIR CORRENTES DE AR. O TRABALHO É
! EMPÍRICO E REQUER BASTANTE CRIATIVIDADE NAS SOLUÇÕES E MATERIAIS EMPREGADOS.
LIMITADORDAPORTA
A entrada de por meio limitador da porta, gerando uma corrente com saída pela forração interna, dire
ar do
tamente sobre o motorista e o passageiro, ocorre apenas nos besouros fabricados até junho de 1964 (chassi
B4-167.962). Aprenda a eliminá-lano passo a passo abaixo.
21
Com uma chave de fenda, retire o parafuso que prende o limitador à estrutura da carroceria.
Em
puma
seguida,
circularrecorte um pedaço de es-
com aproximadamente 3
Introduza a espuma no interior da porta, de modo que ela fique bem
55 mm de
Coloque o pedaço deeespumano
diâmetro um corte nolimitador.
centro. pressionada a ponto de não cair para o interior da estrutura e, conse
quentemente, impeça a passagem de ar pelo local.
FENDAENTRE 1
EOTETO
APORTA
Esse é um dos problemas
mais clássicos em todo
Fusca (e incômodo, já que a
corrente de ar segue direta
mente
também
gem napelo
das direção
portas. da regula-
cabeça
desgaste
dos ocupantes),
borrachas das
2
e pelacausado
má ação
porta.
Removado
Setempo, é necessário
aaborracha
borrachana
estiver
partegasta
superior
pelada
substituí-la. Corte tiras de papelão de 2 mm
de espessura e cole-as entre a
porta e a borracha. Isso dará mais pressão
à borracha e causará, consequentemente,
uma melhor vedação contra a passagem
de ar. GUIA OFICINA FUSCA & CIA 89
Texto e Fotos: Luiz Guedes Jr.
FECHODAFECHADURA
Dura até
acabar!
de
Trepidações
euso
da podem
componentesos
fechadura
o excesso
desgastar
V ocê faz
uma curva mais rápida
porta subitamente abre? Ou requer
um pouco mais do que um mero
ea
Dicas!
empurrão na hora abrir ou fechar?
Se a resposta for sim para qualquer uma das FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defenda e chave de
perguntas, é hora de revisar a regulagem do
boca pequena
fecho da fechadura das portas de seu besouro.
A tarefa é relativamente
fechadura, que pode simplescom
desregular e pode sercontínuo
uso feita na gara
to
gemtécnico sobre
de casa, o funcionamento
bastando apenas um do osistema
pouco de travaaoda
de conhecimen DIFICULDADE:
TEMPOMÉDIO:
longo dos anos e também em virtude das fortes trepida 25 minutos
ções em algumas condições de piso por onde se trafega.
90GUIAOFICINA FUSCA&CIA
É IMPORTANTE DESTACAR QUE A REGULAGEM DA POSIÇÃO DO FECHO DA FECHADURA
COMOFUNCIONA
Ao fechar a porta, otrinco passapor um primeiro
estágio (entalhe de segurança), para somente
depois, comprimida com mais força, chegar ao
segundo entalhe e concluir otravamento com
segurança. A m de evitar o deslocamento do trinco
por vibração do carro e/ou da porta, ofecho da
fechadura possui uma cunha de plástico corrediça
e ajustável, que comprime a caixa do trinco contra o
entalhe de travamento, mantendo a porta com
pletamente fechada e garantindo a segurançados
ocupantes dos bancos dianteiros. Para que tudo
isso ocorra com perfeição, entretanto, é preciso
certicar-se de que a porta, o fecho da fechadura e
a cunha plástica estejam corretamente regulados.
1) Contraporca
2) Bucha de encosto
3) Parafuso de regulagem
4) Cunha deslizante de plástico
5) Mola da cunha
6) Fecho da porta
ALINHAMENTODASPORTAS
Um dos requisitos para que a fechadu
ra atue com
perfeito eciênciadas
alinhamento e segurança
portas. Para
éo
A
Y
Também é importante verificar o estado
do fecho da fechadura, substituindo-o em
caso de desgaste excessivo, sobretudo,
na superfície de apoio da caixa do trinco
(A) e nos entalhes de segurança e trava
mento (B). A cunha plástica do fecho (C)
deve ser substituída se apresentar estrias
ou desgaste excessivo, o que geralmente
é provocado por trincos danificados.
REGULAGEMDACUNHA
A cunha plástica do fecho é a responsável por mantera portafechada mesmo com
fortestrepidações. Paraisso, é auxiliada por uma bucha de encostoregulável. Explicando
melhor: um parafuso combucha de encosto é regulado de maneira que a cunha plástica
queimóvel enquanto a porta estiver travada. Para regular o conjunto, é preciso travaro
parafuso de regulagem (veja em Como Funciona) como auxílio de uma chave defenda,
enquanto a contraporca é afrouxada com uma chave de boca pequena. Girandoo para
fuso no sentido horário, abucha de encosto aproxima-se da cunha plástica, aumentando
a resistência no ato de abrir a porta. Para vericaressapressão melhore chegar a um
ponto aceitável, abra a porta sempre pela maçaneta interna. Se a resistência for dema
siada ou se a porta “saltar” do fecho ao ser aberta, deve-se girar o parafuso em sentido
anti-horário até que apressão no fechar e abrir se torne sucientementeleve. Feito isso,
é preciso apertar a contraporca, rmandoo parafuso com uma chave defenda.
FUSCA&CIA
92GUIAOFICINA
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
DEOLHONOSFARÓIS Dicas!
FERRAMENTANECESSÁRIA:
chave defenda philips
DIFICULDADE:
Cadalente, TEMPOMÉDIO:
10 minutos por farol
um caso
As “ranhuras”
dolente
vidrosão
da
projetadas para
Aprincípio, verificar a eficiência e realizar a troca
das lâmpadas dos faróis de um automóvel pode
até parecer uma tarefa bastante simples. Afinal,
basta acender o farol. Se a lâmpada iluminar, está
diferentes tipos
funcionando. Caso contrário, basta substituí-la por uma
de lâmpadas
nova, certo? “Mais ou menos”, alerta o engenheiro mecâ
nico Walter Abramides, proprietário da oficina paulistana Garage Web. “O
simples fato de a lâmpada iluminar não significa que o farol esteja atuando
corretamente. É preciso ficar atento a alguns detalhes, que vão da regula
gem ao tipo correto da lâmpada utilizada”, detalha o especialista.
No caso do Fusca nacional, por exemplo, houve mudanças de especificações em
três períodos distintos. De 1950 a 1967, o besouro utilizou as lentes “deitadas”, A LÂMPADACERTA!
popularmente conhecidas como “olho de boi”, além de lâmpadas assimétricas de Maisdoqueum simples efeitovisual,asranhuras
6 volts (lembrando que, de 1959 a 1962, existiram ainda versões equipadas com reetoras presentes nas lentes dos vidros dos
faróis tipo “Sealed Beam”, unidades seladas, os quais não se troca somente a lâm faróis têm a função de direcionar corretamente
pada, mas todo o conjunto óptico). Em meados de 1967, as lâmpadas passaram a o foco do feixe de luz. E para que isso ocorra
12 volts, mas as lentes dos faróis permaneceram “deitadas” – “olho de boi” – até o perfeitamente, é preciso respeitar o tipo de lâm
final de 1972. Em 1973, as lentes dos faróis diminuíram e passaram a ser verti pada previsto pelo fabricante. Até 1973, o Fusca
cais, “ de pé”, porém com o vidro curvo – mantido até o final de 1975. utilizouapenaslâmpadasassimétricas(àdireita).
De 1976 em diante, até o final da produção da série “Itamar”, o Fusca nacional De 1974 em diante, passou a existira opção das
lâmpadas bi-iodo (à esquerda), identicadas
passou a sair de fábrica com lentes verticais de vidro plano. Além disso, a partir
de 1974, o besouro também ganhou a opção de lâmpadas bi-iodo. “É fundamental pela sigla H4. Temainda um modelo de lâmpada
identicado como H5, que possui aparência de
observar essas características na hora de substituir uma lâmpada queimada. Caso bi-iodo,mas pode serinstalada em faróis delen
contrário, o farol pode até iluminar, mas certamente não oferecerá o foco correto tes com ranhuras especícas para as lâmpadas
previsto pelas ranhuras daquela lente”, destaca Abramides, que ensina a seguir o assimétricas.
passo a passo de como substituir uma lâmpada queimada no besouro.
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
93
NUNCAUSELÂMPADAS ACIMADO LIMITE REGULAMENTARDE 3
! 60/55W.ISSO PODE COMPROMETERAFIAÇÃO DEVIDO ÀMAIOR
INTENSIDADE DECORRENTE (AMPERAGEM)RESULTANTE.
Libere o
94
1 suporte da
lâmpada, que
é xado por
pressão. Para
soltá-lo, basta
pressionar
para baixo e
girar ao mes
mo tempo.
2
4
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
REGULAGEMCASEIRA
Faróis desregulados não iluminam na direção e na proporção corretas, comprometendo a se
gurança – além de ofuscar os motoristas no sentido contrário. Os fabricantes recomendam que
a regulagem seja feita periodicamente devido às trepidações. E é possível realizar o serviço na
própria garagem de casa, como mostramos no passo a passo a seguir:
DICADOMECÂNICO:CUIDADOCOMASLENTES...
! Um erro bastante comum na hora de restaurar
um Fusca é confundir as lentes dos faróis do
besouro (foto 1) com as lentes da Kombi (foto
2). “As peças de um até encaixam no outro,
mas não funcionam, por um motivo simples:
para resultar no foco perfeito, as nervuras
reetivas da lente de vidro devem ser verti
cais. Quando se instala uma lente de Kombino
Fusca, essas nervuras acabam posicionadas
em sentido horizontal, prejudicando comple
tamente a distribuição correta da luz”, explica
Walter Abramides.
1 2
GUIAOFICINAFUSCA&CIA
95
Texto: Luiz Guedes Jr. Fotos: Saulo Mazzoni
LANTERNASILUMINADAS Dicas!
FERRAMENTASNECESSÁRIAS:
Chave defenda philips e chave
de fenda comum
DIFICULDADE:
Fácil também
de esquecer... TEMPOMÉDIO:
5 minutos por lanterna
Apesar de um
serviço simples,
deixada
a troca de
lâmpadas é
Algumas tarefas são tão simples que é inadmissível
que o proprietário do veículo deixe de executá-las.
Apesar disso, muitas vezes são deixadas de lado...
É o caso, por exemplo, da substituição de lâmpa
lado por
menos
1950a 1961;comduas
três das lâmpadas,no
queimadas
versõesbásicas
motoristas
muitos e/ou
de lanternas
casodefeituosas.
(com
dalente Não écom
umalâmpada,
bicolor;e de Verifiquetambém
raro encontrar no oestadodasborrachas
trânsito carros sem iluminação traseira, de placa ou de
pisca na dianteira. “O serviço não leva mais do que cinco
minutos, mas é deixado de lado por muitos motoristas, podendo provocar
acidentes e até resultar em multas”, alerta o engenheiro mecânico Walter
Abramides, proprietário da oficina paulistana Garage Web.
Segundoele, tudo de queo proprietárioprecisapara trocarlâmpadas defeitu
osas é sabera potência(watts)e atensão(volts),bastando,paraisso, observara
própria lâmpada queimada retirada do soquete.Mas há ainda os casos em que
a lâmpadaestá boa e, aindaassim, teima em nãoacender.“Muitasvezes, o pro
blema pode serfalta de contato ou fiação antiga.Há casos em que as borrachas
de vedaçãoficamvelhas, deixando entrarágua nas lanternas.Comisso, a fiação
podeoxidar,gerando consumoexcessivode energia,perda de eficiênciae, em
casos mais extremos, atécurto-circuito”,afirmaAbramides. De acordo com o
especialista,outro cuidadoimportanteé em relação ao aterramentodo sistema
(veja BoxDica do Mecânico).
Valelembrar,ainda,que o Fusca nacionalteveduas tensões(6 volts, de 1950
até1ª série de 1967;e 12 volts, da 2ª sériede 1967em diante)e ao
LANTERNATRASEIRA
Observe que, no caso da
1 2 lanterna fotografada, há
duas lâmpadas no interior
da lente. A de cima é sim
ples, sendo de 21 watts
e atuando apenas para a
função de pisca. Já a de
baixo tem dupla função,
pois serve tanto para ilu
minação de segurança (5
Com uma chave philips, retire os dois parafusos e remova watts) como também para
a lente acrílica da lanterna traseira, tomando cuidado para o freio (21 watts).
não deixar cair o aro cromado que a envolve.
LUZDEPLACA
Com uma Puxe o Note que a lâm
1 chave de 2 conjunto 3 padaaqui usada
fenda comum, com cui é de 5watts de
retire os dois dado para potência. Jamais
parafusos não torcer instalelâmpadas
para liberar a e/ou arre com potência aci
capa acrílica bentar a mada estipulada
que protege fiação de pela fábrica, pois
o soquete da energia aação não está
lâmpada de elétrica. preparada para
placa. isso.
!3 lâmpada
Ligue
pisca
verifique
antes
mente
acendeeode
se a nova
correta-
4
Tudo certo,
recoloque a
lente acrílica
e a capa cro
mada, fixando
tudo com o
parafuso e a
chave philips.
montar o
conjunto.
DICADOMECÂNICO:ATENÇÃOAOATERRAMENTO
Uma cena bastante comum é a lanterna do veículo à frente
simplesmente acender todas as lâmpadas, quando na verdade o
motorista acionou apenas o freio ou o pisca... “Pode até parecer
um curto-circuito, mas, na maioria das vezes, o problema é a
falta de aterramento do sistema”, alerta Walter Abramides, da
ocina Garage Web. “A corrente elétrica não acha aterramento e
percorre outros caminhos, acionando outras lâmpadas”, explica.
Segundo o especialista, o problema no Fusca é quase sempre
gerado por ferrugem ou por falta de aperto no parafuso que
tem a função de deixar a carcaça das lâmpadas em contato
com a carroceria. “Neste último caso, um simples aperto do
parafuso (foto) elimina o problema”, diz.
Já nos modelos com carroceria de plástico reforçado com bra
de vidro, que não conduz corrente elétrica, a função de aterra
mento é realizada por uma ação exclusiva levada até a lanter
na... “Nestes casos, é preciso checar a condição dessa ação e
descobrir por que ela não está agindo”, naliza Abramides.
FUSCA&CIA
GUIAOFICINA
MAIS ECONOMIA
Faça-o gastar menos,
trocando a bomba de
combustível, correias, etc.
MAIS POTÊNCIA
Carburação, velas: veja
que como deixá-lo
mais potente
MECÂNICAE
ELÉTRICA
Desde a troca de uma
lâmpada até o platinado,
mostramos como fazer
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