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Título: Tips from Shortcuts

ISBN: 978-65-84536-43-2

Autor: Ronaldo Hirata

Projeto gráfico / Capa: W6Mbookdesign

Ilustrações: Cibele Santos

Fotos das aberturas: Jeff Chu

Revisão de texto: Marilda Ivanov

2023 Santos Publicações Ltda.


Todos os direitos reservados à Santos Publicações Ltda. Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida por quaisquer que sejam
os meios – mecânico, fotocópia, eletrônico ou outros –, sem a prévia permissão do
Editor.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Hirata, Ronaldo
Tips from shortcuts : volume 1 : clareamento dental e materiais dentários (resinas compostas
e adesivos) / Ronaldo Hirata ; ilustrações Cibele Santos. -- 2. ed. -- São Paulo : Santos Publicações, 2023.

Vários coautores.
ISBN 978-65-84536-43-2

1. Dentes 2. Odontologia 3. Odontologia (Dentística restauradora) 4. Odontologia - Aspectos estéticos


5. Odontologia digital 6. Resina dentária 7. Restaurações dentárias I. Santos, Cibele. II. Título.

22-138919 CDD-617.69

Índices para catálogo sistemático:


1. Restaurações dentárias: Resina composta : Odontologia 617.69
Henrique Ribeiro Soares - Bibliotecário - CRB-8/9314

Rua Apeninos, 664 – Paraíso | CEP 01533-000 – São Paulo

Tel.: (11) 5574-1200 | www.santospub.com.br

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RONA
• Espec
• Mest
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• Profe
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• Mant
• Minis
e me

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RONALDO HIRATA
• Especialista em Dentística Restauradora (UFPR);
• Mestre em Materiais Dentários (PUC-RS);
• Doutor em Dentística Restauradora (UERJ);
• Professor do departamento de Biomateriais e Biomimética da
New York University - NYU;
• Mantém sua clínica privada na cidade de Curitiba - PR
• Ministra e coordena cursos de aperfeiçoamento, especialização
e mestrado no Brasil e palestrante internacional.

COAUTORES ALESSANDRA REIS


ALESSANDRO DOURADO
LOGUERCIO
BRUNA MARIN FRONZA
CRISTIAN HIGASHI
ELIANE PLÁCIDO
ESTEVAM A. BONFANTE
JOSÉ ARBEX FILHO
MARCELO GIANNINI
OSWALDO SCOPIN DE ANDRADE
VINICIUS DI HIPÓLITO
WILLIAM KABBACH

COLABORADORES EDUARDO COUTINHO


JESSICA FERNANDEZ ARIAS

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“...contarei esta estória suspirando daqui a
séculos e séculos em algum outro lugar:
duas estradas, num bosque, divergiam; e eu
tomei a menos frequentada; e isto fez toda
a diferença”.

The road not taken - Robert Frost

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VIII TIPS from Shortcuts TIPS from Sh

Receita pra arrumar gaveta …Esp


Senho
separe coisa por coisa:
clamo
de um lado o pólen do passado
tão escur
as raízes do que foi importante
os retratos, os bilhetes,
os horários de chegada
de todos os navios-piratas,
os sinos que anunciam
que há um amigo na estrada
do outro lado, um espaço vazio
para o que vai acontecer,
as surpresas do destino
os desatinos do acaso

Roseana Murray in Receitas de Olhar

Esses desenhos são o esboço dos


finais inseridos no livro. Foram
realizados durante viagens e voos.
Quem me encontrava nessa época
me via desenhando em um bloco
de notas em filas de check in e
embarque; eu parecia uma figura
estranha, mas o resultado está aqui.

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om Shortcuts TIPS from Shortcuts IX

…Esperei com paciência no Agradecimentos


Senhor e Ele atendeu o meu
clamor, tirou-me de um vale Lembro de ter feito tantos agradecimentos no
ado
tão escuro, firmou os meus pés primeiro livro TIPS, individualmente, pelo papel
nte
numa rocha… de cada pessoa na confecção do livro.

Salmos 40:1, 2
Passados cinco anos ainda me sinto grato a
todas estas, e a muitas mais. Mas essas pessoas
a
o sabem, e eu já deixei claro pessoalmente o
azio
quanto o sou.

Dessa vez, basta-me agradecer o que muita


vezes chamei de sorte, o que algumas pessoas
de Olhar
chamam de destino, outras de energia. Hoje
sinto isso como uma força, ou aquela confiança
que muitas vezes me faltou quando mais jovem;
vejo às vezes quanto o sol bate sobre a água
às vezes, quanto a chuva cai. Concluí por mim
mesmo ser Deus.

Não me importa estar certo ou errado sobre isso;


tampouco me importa a opinião das pessoas
sobre minha crença, afinal, é crença.

A Deus, meu registro e agradecimento.


ço dos
am
e voos.
a época
bloco
in e
figura
está aqui.

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X TIPS from Shortcuts TIPS from Sh

Sumário
Volume 1: Clareamento Dental e Materiais Dentários Capítu
(Resinas Compostas e Adesivos)

Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras...........................................1

Parte 1 - Como e por que fazer..........................................................................................................................................................................2


Por que o clareamento é o início da maioria dos casos clínicos estéticos restauradores? ..................................................... 2
Quais são os tipos de clareamento dental? ....................................................................................................................................................4
Quando e como realizar a microabrasão?........................................................................................................................................................ 5
Produtos para microabrasão ............................................................................................................................................................................10
Técnica da microabrasão................................................................................................................................................................................... 12
Quando indicar e como realizar o clareamento propriamente dito? ............................................................................................... 21
Mecanismo de ação dos produtos clareadores .......................................................................................................................................22
Métodos de clareamento propriamente dito.......................................................................................................................................... 24
Método de clareamento caseiro supervisionado ................................................................................................................................... 24
Método de clareamento over-the-counter.............................................................................................................................................. 34
Em consultório .......................................................................................................................................................................................................36
A técnica de clareamento com luz em consultório ...............................................................................................................................39
Técnica do clareamento assistido por luz UV em consultório .........................................................................................................44
Quanto tempo após o término do clareamento podem ser realizadas as restaurações definitivas?..............................55
Qual o melhor tratamento: caseiro ou consultório? .................................................................................................................................57
Quais são as técnicas para se realizar o clareamento em dentes não vitais?..............................................................................59
Existem reações adversas? Quais são as principais e como podemos resolvê-las?................................................................. 70
Sensibilidade Dental ........................................................................................................................................................................................... 70
Reabsorção cervical externa ............................................................................................................................................................................72
Parte 2 - Shortcuts de clareamento dental: uma forma mais simples.................................................................................... 76
Parte 3 - Para onde caminha a ciência em clareamento dental ................................................................................................. 81
Conclusão....................................................................................................................................................................................................................... 86

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om Shortcuts TIPS from Shortcuts XI

Capítulo 2 : Resinas compostas e sistemas adesivos: o material.....................................................91

Parte 1 - Resinas compostas............................................................................................................................................................................. 92


Qual é a composição básica das resinas compostas? ..............................................................................................................................96
............1 Por que as resinas compostas funcionam clinicamente? .................................................................................................................... 100
Como as resinas compostas podem ser classificadas?..........................................................................................................................101
.................2 Resinas de macropartícula ..............................................................................................................................................................................101
................. 2 Resinas híbridas (resinas tradicionais de partículas pequenas) ....................................................................................................... 102
.................4 Resinas de micropartículas............................................................................................................................................................................. 105
................. 5 Resinas micro-híbridas (híbridas modernas)......................................................................................................................................... 109
...............10 Resinas compostas de nanopartículas ....................................................................................................................................................... 116
............... 12 Resinas de baixa contração ............................................................................................................................................................................122
............... 21 Quais são os aspectos fundamentais de cor? ........................................................................................................................................... 128
...............22 Definição de luz...................................................................................................................................................................................................129
.............. 24 Conceito tridimensional da cor.....................................................................................................................................................................129
.............. 24 Opalescência.........................................................................................................................................................................................................137
.............. 34 Fluorescência ....................................................................................................................................................................................................... 128
...............36 Parte 2 - Longevidade e manutenção de restaurações de resinas compostas ............................................................... 140
...............39 Por que escrever sobre a longevidade e a manutenção de restaurações de resina composta?...................................... 140
..............44 Quanto tempo duram as restaurações?....................................................................................................................................................... 142
...............55 Quais são as principais causas das falhas de restaurações de resina composta? ................................................................... 143
...............57 Como avaliar os itens mais comuns de falha das restaurações? (Retenção e fratura) ......................................................... 146
...............59 Descoloração marginal está sempre associada a lesões de cárie adjacente à restauração? ............................................ 148
.............. 70 Como avaliar os itens mais comuns de falha das restaurações? (Descoloração e desadaptação marginal) ............. 150
.............. 70 O que fazer para melhorar a longevidade das restaurações estéticas?........................................................................................156
...............72 Quando decidir se é necessário fazer um reparo ou não? .................................................................................................................. 160
.............. 76 Como fazer o reparo de restaurações de resina composta? ..............................................................................................................163
.............. 81 Por que reparar a restauração e não fazer diretamente a troca da restauração antiga? ................................................... 168
.............. 86 Parte 3 - Sistemas adesivos ............................................................................................................................................................................ 171
Quais são os tipos básicos de sistemas adesivos presentes hoje para uso clínico e quais são as
diferenças em termos de abordagem clínica quanto ao esmalte e à dentina?........................................................................ 171
Existe a possibilidade de definir os tipos de adesivos para cada situação clínica e como utilizá-los?........................ 186
Podemos confiar em adesão e em sua estabilidade? ............................................................................................................................195
Como um clínico pode interpretar e acompanhar os resultados de pesquisas em adesão?..............................................197
Parte 4 - Shortcuts de sistemas adesivos e resinas compostas: uma forma mais simples ......................................201
Parte 5 - Para onde caminha a ciência em sistemas adesivos e resinas compostas ................................................... 207
Conclusão.....................................................................................................................................................................................................................209

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om Shortcuts TIPS from Shortcuts XVII

............ 188
............ 188 Prefácio Em um primeiro momento, alguém desavisado poderá pensar, em função do título do
livro, Tips, e do nome do autor, Hirata, que se trata da obra de um japonês destinada
............ 189 ao público de língua inglesa. Uma pessoa maldosa, ou mesmo uma invejosa, poderá
............ 190 achar que o emprego da palavra tips é uma falta de respeito à nossa amada e tão
............. 191 maltratada língua portuguesa. Para outras pessoas, contudo, poderá parecer apenas
.............195
.............196
Luiz Narciso Baratieri mais uma “americanice”. Ledo engano: o título do livro e o nome do autor representam
um reflexo - por sinal, mais um ótimo reflexo - desse fantástico mosaico chamado
Brasil. Um país do respeito às diferenças culturais, religiosas, regionais, acadêmicas,
............ 198
científicas, étnicas - enfim, um país do respeito à pluralidade.
...........200
........... 214
Tips, em inglês, pode significar “dicas”, “truques”, “segredos”. Em um português mais
popular, tips significa “o pulo do gato”, “aquilo que poucos sabem e que é fundamental
.............216 para que alguém possa, com propriedade e simplicidade, realizar algo. Nessa vida
.............217 corrida, altamente competitiva, poucos são aqueles que se propõem a compartir com
.............221 os outros o que conhecem e sabem muito bem fazer. Imagine então compartir os seus
............ 227 “segredos”, os seus “truques”, ou seja, as suas “dicas”. Hirata, um legítimo brasileiro de
olhos puxados, há muitos anos tem percorrido o Brasil e parte expressiva da América
Latina compartindo com estudantes e profissionais seus “truques”, técnicas e,
especialmente, os conhecimentos que adquiriu, com determinação e muito empenho,
ao longo desses anos.

Este livro, mais que um amontoado de excelentes dicas, é a mais pura tradução
daquilo que Hirata é e representa para nossa profissão: mais um jovem que, com
empenho, determinação e muito trabalho, consegue realizar mais um dos seus sonhos;
mais um jovem que consegue mostrar o quão fascinante é a odontologia; mais um
jovem maduro, experiente, responsável e comprometido em dividir com os outros
aquilo que acredita ser fundamental; mais um fantástico exemplo de que vale a pena
acreditarmos nos nossos sonhos e trabalharmos arduamente para torná-los realidade.

Ler o livro de Hirata e tomar ciência de alguns de seus tips, digo, “truques”, foi um dos
meus maiores deleites dos últimos tempos. Assim, quero aproveitar para recomendar
a leitura do mesmo a todos que amam esta maravilhosa profissão, a odontologia
restauradora; aproveito para agradecer-lhe a oportunidade de escrever essas palavras
e parabenizá-lo por tão linda e excelente obra.

Um grande abraço a todos e boa leitura (sem truques)!

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XVIII TIPS from Shortcuts TIPS from Sh

Homen

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om Shortcuts TIPS from Shortcuts XIX

Homenagem

Aos antepassados, na figura da minha avó presente na foto, mas a


todos os que me fizeram chegar onde cheguei.

Aos meus pais que tanto investiram em mim, mesmo com tantas
limitações. Tenho lembranças da minha mãe me tomando lição de
casa depois de quase adulto; na época era um pouco constrangedor,
mas o resultado veio. A eles meu respeito.

A educação é o bem maior.

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XX TIPS from Shortcuts TIPS from Sh

Intro
Foto: Irenka Simon

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om Shortcuts TIPS from Shortcuts XXI

Introdução by Hirata Muito tempo se passou desde o lançamento do TIPS (2010). Outros projetos vieram,
incluindo a revisão deste livro lançado como Shortcuts, onde o conteúdo foi ampliado.
Eu adquiri alguns cabelos mais brancos (levemente), menos paciência com as pessoas
estúpidas e incapazes de sonhar, e estou mais liberto da minha própria prisão que
havia criado através da Odontologia. Me sinto livre, portanto, para amar mais os
processos e as pessoas.

Preciso ser sincero, nunca folheei nenhum dos livros e versões que fiz, e não sinto que
o deva fazer; para mim é um projeto ao qual me dediquei e acabou, parte-se para
outros. Mas o TIPS teve um acolhimento especial pelo público, talvez pela provocação
do título a sua época, pela linguagem simples e pelas soluções e opiniões sinceras.
Nunca tentei me esconder atrás da mascara do “tudo é correto e tudo pode dar certo
se você se adapta a esta técnica. Dei sobretudo uma opinião pessoal em tudo, um
traço da minha personalidade em cada frase e cada desenho. E este livro teve um apelo
grande dos jovens, a quem sempre carrego um misto de fascinação e preocupação.

Jovens precisam de um norte, uma direção, uma informação sincera e honesta;


acredito que este livro poderia ser parte deste caminho. Acredito que mudando uma
juventude mudamos um futuro, para mais de 3 gerações. Educação não pode ser
dispensada ou desprezada, e gosto do senso de colocar um tijolo no muro de um país
e um mundo melhor.

Estas versões acadêmicas podem alcançar mais alunos e ex-alunos, de forma mais
acessível, e contar mais histórias reais e auxiliar num salto profissional na busca da
qualidade técnica. Eu estou com vocês, se vocês estiverem comigo. Este projeto é
para você jovem (de todas idades), para dizer que acredito em você, e peço que neste
momento acredite também em mim. E estou certo que daqui a alguns anos, vocês
estarão escrevendo livros para renovar estes…

“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas, e


não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram”. Jean Piaget

Um grande abraço!

Ronaldo Hirata

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1
22 TIPS from Shortcuts Capítulo 1 : C

Clareamento dental:
conceitos e substâncias clareadoras

bleaching..
Ronaldo Hirata
Cristian Higashi
Alessandro Dourado Loguercio

“I need to be myself / I can’t be no one else / I’m feeling supersonic / Give me gin and tonic / You can have it all but how
much do you want it? / You make me laugh / Give me your autograph / Can I ride with you in your BMW? / You can sail with
me in my yellow submarine...” / Oasis supersonic

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om Shortcuts Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 1

oras

how
ail with

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2 TIPS from Shortcuts Capítulo 1 : C

Parte 1 - Como e por que fazer

Pergunta 1
Por que o clareamento é o início da maioria dos casos clínicos estéticos
restauradores?

O clareamento dental faz parte de todo o planejamento estético O claream


RESPOSTA
do sorriso, seja como um tratamento individual ou previamente a radores ta
outros tratamentos restauradores diretos ou indiretos. tos estéti
» O clareamento dental faz parte do
planejamento. restaurado
Nos dias atuais, o clareamento é um procedimento não invasi- em termo
» Esse procedimento aumenta a circulação dos vo que já apresenta evidências científicas suficientes para uma taurados c
tratamentos restauradores. aplicação clínica segura. Além disso, com a valorização da esté- restaurado
tica cada vez mais crescente por parte da sociedade, a popula- futuras re
» Existe a necessidade de manutenção a cada
ridade desse tipo de tratamento aumenta a cada dia. Coloca-se não são p
ano e meio a dois.
como um passo, muitas vezes, incluso nos planos de tratamen- ou pensa
to reabilitadores, servindo como um período interessante para antes da c
» Pode ser um tratamento prévio ao tratamento
restaurador. se pensar o tratamento programado tendo maior contato com estas nec
o paciente e observando a sua realidade e anseios. Outro fator disso, se
favorável é a periodicidade do tratamento, pois a cada ano e de claream
meio a dois o mesmo paciente pode fazer uma reconsulta para a coloraçã
refazer o clareamento. resultado

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om Shortcuts Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 3

Converse com o paciente


sobre a possibilidade do
clareamento dental e expli-
que que o momento ideal é
sempre antes de qualquer
procedimento restaurador.
Normalmente o profissional
imagina que o paciente tem
conhecimento sobre cla-
readores e isso não ocorre
sempre.

o estético O clareamento dental associado a outros procedimentos restau-


amente a radores também é uma abordagem muito comum nos tratamen-
tos estéticos atuais, pois é um passo inicial, prévio ao tratamento
restaurador, que visa restabelecer uma condição mais homogênea
ão invasi- em termos de saturação e luminosidade dos dentes a serem res-
para uma taurados com os adjacentes. Sempre que um tratamento estético
1.1

o da esté- restaurador for planejado, o ideal é informar ao paciente que as


a popula- futuras restaurações, sejam com resinas compostas ou cerâmicas,
Coloca-se não são passíveis de clareamento e, por isso, se o paciente pensou
ratamen- ou pensa em fazer o clareamento dental, este deve ser realizado
ante para antes da confecção das restaurações, pois se for realizado depois,
tato com estas necessitarão de reparos ou substituição total. Ao contrário
1.2

utro fator disso, se as restaurações forem realizadas após o procedimento


1.1 e 1.2: Caso inicial com
ada ano e de clareamento dental, estas serão confeccionadas de acordo com
necessidade de modificação

sulta para a coloração mais clara obtida no tratamento prévio, otimizando o estética com resinas compostas;
caso finalizado com clareamento
resultado final do tratamento proposto (Figs. 1.1 e 1.2). dental como primeiro passo.

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4 TIPS from Shortcuts Capítulo 1 : C

Pergunta 2
Quais são os tipos de clareamento dental?

Temos dois tipos de técnicas de clareamento: microabrasão e o


RESPOSTA
clareamento propriamente dito, que são aplicadas de acordo com RESPOS

os tipos de manchas. As suas indicações e os protocolos de trata-


» Microabrasão.
» Realiza
mento serão descritos nas perguntas seguintes.
superf
» Clareamento propriamente dito.

» Para m
moder
e ocup

» Para m
de des
verifica

» Não us
esmalt
vezes,

O trata
e abra
esmalt

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om Shortcuts Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 5

Pergunta 3
Quando e como realizar a microabrasão?

rasão e o A microabrasão é um procedimento de desgaste mecânico e quími-


ordo com RESPOSTA co superficial do esmalte, removendo cerca de 10 m por aplicação,
de trata- sendo indicado, portanto, para manchas superficiais, principalmente
» Realiza-se para a remoção de manchamento
as de fluorose, manchas brancas de desmineralização que foram re-
superficial.
mineralizadas (como manchas pós-ortodontia). Estariam contraindi-
cadas manchas profundas como hipoplasias causadas por trauma-
» Para manchas de fluorose de grau leve a
moderado (normalmente são pares, simétricas tismo ou infecção da dentição decídua (Figs. 1.3 a 1.5).
e ocupam o terço médio incisal dos dentes).

Nos casos de manchamento profundo, a indicação correta é o recon-


» Para manchas brancas superficiais provenientes torno cosmético realizado com resinas compostas (Figs. 1.6 a 1.13).
de desmineralização, como as manchas
verificadas após tratamentos ortodônticos.
O tratamento de microabrasão está bem indicado para manchas

» Não usar essa técnica em hipoplasias de superficiais de fluorose e manchas brancas de desmineralização.
esmalte, pois essas manchas, na maioria das
vezes, são de natureza profunda. No manchamento de fluorose, deve-se saber que da mesma forma
que pode trazer benefícios consideráveis, o flúor também pode au-
O tratamento é realizado com produtos ácidos
mentar o risco de fluorose dental em algumas populações1. O uso
e abrasivos abrasionados sobre a superfície do
excessivo de flúor durante o desenvolvimento dos dentes, isso é, a
esmalte.
ingestão de água fluoretada com mais de 1 ppm de flúor do terceiro

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6 TIPS from Shortcuts Capítulo 1 : C

mês de gravidez ao oitavo ano de vida1 pode resultar em esmalte


defeituoso e manchado, numa condição conhecida como fluorosis.
Essa condição é geralmente associada a uma insatisfação dos pais
em relação à aparência, cor e ao manchamento dos dentes dos
seus filhos2, pois essas alterações cromáticas são caracterizadas por
manchas bilaterais e simétricas, esbranquiçadas quando em graus 1.6

leves, podendo evoluir para colorações mais amarronzadas quando


1.3
em graus mais severos (Figs. 1.14 e 1.15).
1.3: Mancha profunda de hipoplasia contraindicada para o
procedimento de microabrasão.

A técnica de microabrasão pode melhorar muito a aparência


dos dentes, mas deve ser realizada apenas para remover man-
chas superficiais de fluorose de graus leve a moderado, confor-
1.9

me a escala de Dean . Alguns estudos prévios relatam o sucesso


3

dos produtos para microabrasão para a remoção de manchas


brancas4-7. Entretanto, o sucesso da microabrasão (que também
pode ser medida pela satisfação do paciente) depende do nú-
mero de fatores envolvidos, particularmente do tipo e da ex-
1.4

tensão das manchas. Manchas de fluorose severas, em geral,


1.12

não respondem tão bem ao tratamento da microabrasão como


as manchas leves ou muito leves4,8,9. Em 2002, Wong e Winter4
demonstraram que o procedimento de microabrasão realizado
em defeitos difusos de esmalte e em defeitos em muitas linhas
(que podem ser considerados como fluorose severa) resultaram
em baixos níveis de satisfação dos pacientes3,4, indicando que
1.5

o sucesso da microabrasão depende especialmente do tipo e


1.4 e 1.5: Perceba que à medida que se desgasta superficialmente o
esmalte, a mancha fica mais evidente devido à profundidade. extensão da descoloração. 1.14

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om Shortcuts Capítulo 1 : Clareamento dental: conceitos e substâncias clareadoras 7

m esmalte
o fluorosis.
o dos pais
entes dos
izadas por
em graus 1.6 1.7 1.8

as quando

aparência
ver man-
o, confor-
1.9 1.10 1.11

o sucesso
manchas
e também
1.6 e 1.7: Dente 11 com mancha hipoplásica profunda
de do nú- na região incisal, evidenciada pela alta saturação dos
demais dentes.
e da ex-
1.8 e 1.9: Clareamento em consultório para diminuir a
em geral, diferença de cor.
1.12 1.13

são como
1.10 e 1.11: Desgaste superficial da mancha para

e Winter 4 restauração com resinas compostas. Esta não necessita


ser completamente removida, uma vez que é muito
realizado profunda; um desgaste de 1,0 mm a 1,2 mm é o
suficiente para acomodar as camadas de resina dentina
tas linhas e esmalte.

esultaram 1.12 e 1.13: Resultado final após a restauração.

ando que
1.14 e 1.15: Caso inicial clássico de manchas de
do tipo e desmineralização ao redor dos bráquetes ortodônticos.
Após a remoção do aparelho, ocorre remineralização,
1.14 1.15
mas a mancha persiste.

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8 TIPS from Shortcuts Capítulo 1 : C

16 a 30: (1.16, 1.17 e 1.18) Caso inicial clássico de


Ao se tratar de manchas brancas de esmalte remineralizadas,
manchas de desmineralização ao redor dos bráquetes
ortodônticos. Após a remoção do aparelho, ocorre sempre é difícil predizer quando a microabrasão irá remover
remineralização, mas a mancha persiste. (1.19, 1.20 e
1.21) Como são manchas superficiais, a remoção com totalmente as manchas dos dentes, como em casos de cáries
produtos para microabrasão (Opalustre/Ultradent)
é possível. Utilizam-se borrachas para polimento incipientes de esmalte ao redor de bráquetes ortodônticos.
de resina (Astropol verde/Ivoclar Vivadent) para
a abrasão da pasta. Deve ser abrasionada toda a
Normalmente, as manchas esbranquiçadas são melhoradas,
vestibular e não apenas em cima da mancha. Esse
embora nem sempre possam ser completamente eliminadas
ácido clorídrico (6,6%) da empresa Ultradent pode
1.18
ser utilizado até mesmo sem isolamento absoluto, (Figs. 1.16 a 1.30). A palavra-chave é a superficialidade da man-
por ser extremamente suave, mas o prudente, como
protocolo, seria o isolamento absoluto. Apesar cha, quanto mais superficial, melhor o resultado.
de ser pouco agressivo, ainda assim possui ótimo
resultado de abrasão. As outras marcas requerem
obrigatoriamente o uso de proteção gengival. (1.22)
Após a primeira aplicação, por 20 segundos, a mancha
persiste. Pode-se repetir esse processo, lavando por
20 segundos entre as aplicações, por até 15 vezes.
Normalmente, na oitava ou nona aplicação as manchas 1.17
devem ter sido já removidas. Se isso não ocorrer
provavelmente não haverá resultado entre a nona 1.22
e décima quinta aplicações. (1.23) Após a segunda
aplicação. (1.24) Após a terceira aplicação. (1.25) Após
a oitava aplicação. (1.26 e 1.27) Polimento da superfície
com borrachas para polimento (Astropol/Ivoclar
Vivadent) e Astrobrush (Ivoclar Vivadent). (1.28, 1.29 e
1.30) Caso finalizado.

1.16

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